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Metodologia

Para a realização deste trabalho foram utilizadas fotografias aéreas


fornecidas pela Direcção Nacional de Geologia e Minas (DNGM), impressas em tamanho
A3 para análise regional com a finalidade de digitalizá-los.
As folhas foto-interpretadas fornecidas pela DNGM foram digitalizadas no ambiente SIG, com
especial auxílio do Qgis 2.18.4 Las Palmas 1.

Figura 1 - Apresentação do Qatum GIS versão 2.18.4 que foi usado para a digitalização das cartas foto-
interpretadas.

As fotografias aéreas fornecidas pela DNGM já impressas na folha vegetal foram escaneadas e
convertidas no formato “tiff”, o que, segundo os fundamentos de GIS, são classificadas como dados
matriciais ou Raster, o que tornou necessário a Georeferenciação das mesmas.

Para a georefenciação de qualquer carta topográfica no Qgis, na barra do menu Raster clicamos
em georeferenciador, tal como ilustra a figura abaixo, importa salientar que se a mesma não estiver
disponível, devemos habilita-la clicando na barra de menu Módulos “plugins”.

1
Outras versoes tambem criam ou produzem os mesmos efeitos desejados.
Figura 2 - Iniciando com o Georreferenciamento

Depois de aberto o campo de georreferenciamento, inserimos a camada matricial a ser


georreferenciada e plotamos os pontos (coordenadas)2, Importa salientar também que as
coordenadas preferenciadas para o processo de georreferenciamento devem estar no sistema graus
decimais, pois são mais fácies de inserir e não causam muitas dificuldades para o usuário.

Figura 3 - inserindo os pontos ou coordenadas em graus decimais.

2
Tratando-se de um poligono regular, deve-se plotar no minimo 4 coordenadas, espalhadas nos 4 vertecis da imagem,
mas para melhor resolucao, quanto mais coordenadas forem plotadas melhor.
Depois de inseridos todos os pontos na carta topográfica, habilitamos a opção “configuração de
transformação” e no “tipo de transformação” escolhe-se “linear”, na opção “método de
amostragem” escolhe-se “vizinho mais próximo” tal como ilustra a figura abaixo.

Figura 4 - Configuração de transformação.

De seguida habilitamos a opção “iniciar georreferenciamento’’ e por fim fechamos o


georreferenciador.

Figura 5 - Etapas finais do georreferenciamento.


Depois de terminado o processo de georreferenciamento, importa adicionar a camada vectorial
Mapsheet, ou qualquer Shapefile de forma a confirmar a localização geográfica correcta da carta
coordenatizada.

Figura 6 - Confirmação da correcta localização geográfica da carta georreferenciada.

Finalizado o processo de georreferenciamento, dá-se seguimento ao processo de digitalização da


carta foto-interpretada (fotogeologia).

As camadas vectoriais são classificadas em três diferentes tipos, (pontos, linhas e polígonos),
desta forma é necessário criar camadas de pontos, linhas e polígonos, dependendo da existência
dos mesmos dentro da carta a digitalizar.

Para criar uma camada vectorial (não confundir com adicionar uma camada vectorial) vamos ao
menu camada e clicamos em adicionar nova camada vectorial (Ctrl+Shift+N), tal como ilustra a
figura abaixo. O mesmo procedimento é feito para criar camadas do tipo pontos e camadas do tipo
polígonos.
Figura 7 - Criando nova camada vectorial

Depois de criadas as camadas vectoriais, dá-se inicio a digitalização das feições pontuais, lineares
e poligonares existentes na carta topográfica ou foto-interpretada, para tal, habilitamos a opção
“Alternar edição” encontrada na barra de ferramentas, tal como ilustra a figura abaixo.

Figura 8 - Habilitando a opção "Alternar Edição" localizada na barra de ferramentas.


Depois de habilitada a opção acima identificada, com o botão esquerdo do mause, vai se dando
cliks consecutivos por cima da linha a digitalizar, importa salientar que quanto maior for o zoom
(maior tamanho do pixel) menor é a possibilidade de cometer erros.

Figura 9 - Digitalizando linhas

Depois de preenchida a linha digitalizada, damos um clik com o botão direito do mause, e
aparecerá uma pequena janela “Atributos do elemento” que constituirá a nossa tabela de atributos.

Figura 10 - Preenchendo a tabela de atributos do elemento que no final será de toda camada.
A figura abaixo mostra a forma como as linhas aparecerão findo o processo de digitalização das
mesmas.

Figura 11 - Processo de digitalização das linhas finalizado

O mesmo procedimento é valido para a digitalização dos pontos como também para a digitalização
dos polígonos.
Fundamentação Teórica
 Aluvião

Segundo (Wikipedia, 2020), Aluvião é um depósito de sedimentos


clásticos (areia, cascalho ou lama) formado por um sistema fluvial no leito e nas margens da
drenagem, incluindo as planícies de inundação e as áreas deltaicas, com material mais fino
extravasado dos canais nas cheias. Sedimentos clásticos depositados em zonas estuarinas e, para
alguns autores (ex.gr. AGI), sedimentos terrígenos trabalhados directamente por ondas nas zonas
costeiras marinhas ou lacustrinas também são considerados aluviões.

Os depósitos aluviais são muito retrabalhados e mutáveis devido à erosão fluvial. Depositados
durante as secas ou nos locais de remansos quando cai a energia da corrente do rio, vão ser, em
seguida, erodidos pela força da água da cheia ou pela mudança do curso do rio.

 Eluvião

Produto da decomposição de rochas, que permanece no mesmo lugar ou depósito residual da


decomposição de rochas que sofre pouco ou nenhum transporte.

 Dunas Barcanas

Dunas são registos deposicionais resultados do transporte e da deposição de partículas pelo vento.
(Jesus, 2020).

Dunas barcanas ocorrem em ambiente com estoque limitado de areia e ventos moderados e em
direcção única. Tem uma forma de meia-lua, com as dobras voltadas para o mesmo sentido do
vento. Raramente formam campos com grande extensão, embora comumente sejam encontradas
em conjunto

 Escarpas

Segundo (Wikipedia, Escarpas, 2019) Uma escarpa, em geomorfologia, é uma forma


de relevo que é uma área de transição entre diferentes províncias fisiogeográficas que envolve
uma elevação aguda (superior a 49º), caracterizada pela formação de um penhasco ou uma encosta
íngreme.

As escarpas geralmente são formadas pela erosão diferencial de rochas cristalinas ou pelo
movimento vertical da crosta terrestre ao longo de uma falha geológica. Em outras palavras,
rampas aclives que surgem nas bordas de planaltos. Frequentemente as escarpas estão na transição
entre uma série de rochas sedimentares para outra série de uma composição e datação diferente.

 Pântanos

Pântano é uma área plana de abundante vegetação herbácea e/ou arbustiva que permanece grande
parte do tempo inundada. Os pântanos surgem geralmente em áreas onde o escoamento das águas
é lento. Desta forma, a massa orgânica presente nas águas se decompõe no próprio local.

Segundo (Cruz, 2016) O Pântano é um tipo de ecossistema constituído de planícies parcial ou


totalmente inundadas, cobertas com uma vegetação bastante densa e um solo com grandes
quantidades de vegetação em decomposição. Forma-se geralmente em zonas em que não existe
uma rede hidrográfica capaz de dar vazão à totalidade das águas acumuladas pelas chuvas.

Os pântanos geralmente são formados por águas paradas e pouco profundas e constituem um dos
tipos de ecossistemas das chamadas zonas húmidas (que constituem a fronteira entre os
ecossistemas terrestres e os ecossistemas aquáticos). O ecossistema de pântano é também
frequente na foz de grandes rios, sobretudo nos deltas, devido à sedimentação de aluviões e limos
em terras ao nível do mar.

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