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Análise Matemática 2
Outline
1 Superfícies-Superfícies parametrizáveis em Rn
Resumo
Continuação
Continuando o resumo, vem
f) Reta normal a uma superfície parametrizável regular num
ponto P = r (u0 , v0 ). Equação vetorial
∂r ∂r
(x, y, z) = r (u0 , v0 ) + λ (u0 , v0 ) × (u0 , v0 ), λ ∈ R.
∂u ∂v
Continuação
Continuação
Continuação
Teorema de Gauss
então,
Teorema de Gauss
Seja S uma superfície fechada simétrica parametrizável regular
orientável segundo a normal exterior (... por bocados), que é
fronteira de uma região W orientada com a normal exterior.
Seja F : R3 → R3 um campo de classe C 1 em R3 .
ZZ ZZZ
F · dS = divFdzdydx
S W
fechada
Exemplo
Example
Considere o campo F (x, y, z) = (x, y, xy) onde S é o tetraedo
com os lados x = 0, z = 0, y + z = 1RRe x = y orientado
segundo a normal exterior. Calcule S F · dS .
Logo
RR pelo teorema
RRR de Gauss, tem-se
S F · dS = W div(F )dzdydx. Logo
div(x, y, xy) = 1 + 1 + 0 = 2. Assim,
R 1 R 1 R 1−y −x
2dzdydx = 13 .
RR
S F · dS = 0 x 0
Teorema de Stokes
Teorema de Stokes
Seja F : R3 → R3 um campo de classe C 1 em R3 e seja C o
bordo de uma superfície parametrizável regular orientável S,
orientado com a orientação induzida pela orientação da
Superfície S. ZZ Z
rotF · dS = F · ds
S C
Rotacional de um campo
Define-se o rotacional de um campo F como sendo
~i ~j ~k
−−→ ~ ~ = ∂ ∂ ∂
rotF = ∇ × F ∂x ∂y ∂z
F1 F2 F3
Example
~ · ds
R
Considere o campo F (x, y, z) = (x, y, z). Calcule C F
onde C é a curva de interseção da superfície esférica
x 2 + y 2 + z 2 = 1 e x + z = 1, onde C é percorrida, de tal modo
que a sua projeção no plano Oxy é percorrida no sentido
direto. Considere a superfície S tal que
S = {(x, y, z) ∈ R3 : x 2 + y 2 + z 2 = 1 ∧ x + z ≥ 1}. A
orientação estabelecida em S é de tal modo que induz a
orientação
R deRR C. Tem-se, como RR rot(F ) = (0, 0, 0) então
C F · dS = S rot(F ) · dS = S (0, 0, 0) · dS = 0
FIM DO RESUMO
Definição
Diz-se que um conjunto S de R3 é uma superfície
parametrizável se e só se
i) existir um conjunto U ⊂ R2 conexo com interior diferente
do vazio.
ii) existir uma aplicação r de U em R3 tal que
a) S = r (U)
b) r é injectiva em U;
c) r é contínua em U;
d) r −1 é uma aplicação contínua em S.
.
A aplicação r diz-se uma parametrização de S.
Mas...
Mas
Mas quando dizemos seja S uma superfície parametrizável
parametrizada por r pressupomos que r tem as propriedades
enunciadas no acetato anterior.
Definição
Seja S uma superfície parametrizável. S é uma superfície
parametrizável regular se e só se existir uma aplicação r
definida num conjunto conexo U com interior diferente do vazio
tal que S = r (U) e tal que
i) A aplicação r é injectiva e de classe C 1 em U
ii) A aplicação r −1 é contínua em S;
∂r ∂r
iii) ∂u (u0 , v0 ) × ∂v (u0 , v0 ) 6= (0, 0, 0), ∀(u0 , v0 ) ∈ U.
Teorema
Seja f uma função escalar de classe C 1 de Df ⊂ R3 em R tal
que Df é um conexo com interior diferente do vazio. Então
Graf(f ) é uma superfície parametrizável regular e
r (x, y) = (x, y, f (x, y)), (x, y) ∈ Df é uma parametrização
regular de Graf(f ). Notem que
∂r ∂r ∂f ∂f
∂x (x, y) × ∂y (x, y) = (− ∂x (x, y), − ∂y (x, y), 1) 6= (0, 0, 0).
Parametrizar é
Exemplos de parametrizações
i) Considere-se a parametrização
s(x , y ) = (x , y , f (x , y )), (x , y ) ∈ D
Exemplo
Parametrize a superficie z = x 2 + y 2 tal que x 2 + y 2 ≤ 1.
Outros exemplos
Exemplo
Parametrize a superfície y = x 2 + z 2 tal que x 2 + z 2 ≤ 4.
Exemplo
p
Parametrize a superfície x = y 2 + z 2 tal que y 2 + z 2 ≤ 1.
Definição
Dizemos que S é uma superfície parametrizável regular por
bocados se S = ∪ni=1 Si em que cada Si , i = 1, ..., n é uma
superfície parametrizável regular e além disso a área de Si ∩ Sj
é nula para i 6= j.
Definição
Diz-se que um vetor v é tangente a uma superfície S num
ponto P ∈ S se existir um a > 0 e uma curva C ⊂ S
parametrizada r :] − a, a[→ C tal que r (0) = P e r ′ (0) = v.
Motivação
v P0 = (u0 , v0 )
v0
O u0 u
Plano tangente
z
2 t
1
x
2
−2
2
y −2
Definição
As equações paramétricas do plano tangente à superfície S
no ponto r (u0 , v0 ) são,
∂r ∂r
(x, y, z) = r (u0 , v0 ) + λ (u0 , v0 ) + β (u0 , v0 ), λ, β ∈ R
∂u ∂v
Definição
A equação vetorial da reta normal à superfície S no ponto
r (u0 , v0 ) é
∂r ∂r
(x, y, z) = r (u0 , v0 ) + λ (u0 , v0 ) × (u0 , v0 )
∂u ∂v
,λ∈R
Exemplo
Considere a superfície S definida pela parametrização
r (x, y) = (x, y, x 2 + y 2 ), D = {(x, y) ∈ R2 : x 2 + y 2 ≤ 1}.
Determine a recta normal a S no ponto r (1, 1) = (1, 1, 2) de S.
Motivação
Curvas na superfície
x
y
Elemento area
r (u, v)
Tu △u
Tv △v
r (u + △u, v)
O
r (u, v + △v)
r (u + △u, v + △v)
Figure: u ← ui e v ← vj
Note-se que
Motivação
v
(u + △u, v) (u, v)
(u + △u, v + △v)
(u, v + △v)
O u
Assim
b−a d−c
Tem-se ui = a + n i e vj = c + n j
n
X
area(S) = lim area(Sij )
n→+∞
i,j=1
n
X
= lim area(r (Sij′ ))
n→+∞
i,j=1
n
X
= lim ||ru (ui , vj )△u × rv (ui , vj )△v||
n→+∞
i,j=1
n
X
= lim ||ru (ui , vj ) × rv (ui , vj )||△u△v
n→+∞
i,j=1
ZZ
= ||ru × rv ||dvdu
D
∂r ∂r
ZZ
A(S) = × dudv.
D ∂u ∂v
Problema
Considere a superfície
S = {(x, y, z) ∈ R3 : x 2 + y 2 = 1 ∧ 0 ≤ z ≤ 1}. Mostre que a
área de S é 2π utilizando integrais de superfície .
Definição
Sejam S uma superfície parametrizável regular, r uma
parametrização regular de S tal que S = r (D) e f uma função
de R3 em R tal que f é contínua num aberto
RR contendo S. Então
define-se o integral de f ao longo de S, S fdS através da
igualdade: ZZ
fdS
S
∂r ∂r
ZZ
= f (r (u, v)) (u, v) × (u, v) dudv.
D ∂u ∂v
Mas se
S = ∪ni=1 Si tal que àrea de Si ∩ Sj é zero para i 6= j então
ZZ n ZZ
X
fdS = fdS
S i=1 Si
Problema
Problema
Considere a superfície p
S = {(x, y, z) ∈ R3 : z = x 2 + y 2 ∧ x 2 + y 2 ≤ 1}. Mostre que
ZZ
xdS = 0.
S
onde
D = {(x, y) ∈ R2 : x 2 + y 2 ≤ 1}.
Então podemos considerar como boa parametrização para
S, r1 (θ, r ) = (r cos(θ), r sin(θ), r ), onde
D1 = {(r , θ) ∈ R2 : 0 ≤ θ ≤ 2π ∧ 0 ≤ r ≤ 1}
Assim
∂r1
(θ, r ) = (−r sin(θ), r cos(θ), 0)
∂θ
∂r1
(θ, r ) = (cos(θ), sin(θ), 1)
∂r
Donde
∂r1 ∂r
(θ, r ) × 1 (θ, r ) = (r cos(θ), r sin(θ), −r )
∂θ ∂r
Logo
∂r1 ∂r
ZZ ZZ
xdS = r cos(θ)|| (r , θ) × 1 (r , θ)||drd θ
S D1 ∂θ ∂r
ZZ Z 2π Z 1
xdS = r cos(θ)||(r cos(θ), r sin(θ), −r )||drd θ
S 0 0
ZZ Z 2π Z 1 q
xdS = r cos(θ) r 2 cos2 (θ) + r 2 sin2 (θ) + r 2 drd θ =
S 0 0
Z 2π Z 1√ Z 1 Z 2π √
= 2r 2 cos(θ)drd θ = 2r 2 cos(θ)d θdr
0 0 0 0
Z 1√ Z 1√
= 2r 2 [sin(θ)]2π
0 dr = 20dr = 0
0 0
Definição:
Seja S uma superfície parametrizável regular. S diz-se
orientável se existir uma aplicação contínua que associa a
cada ponto P de S um vetor normal unitário n(P).
Definição
Uma superfície orientável é uma superfície com dois lados
sendo um o exterior ou positivo e o outro interior ou negativo.
Em cada ponto (x, y, z) ∈ S existem dois vetores normais n1 e
n2 onde n1 = −n2 . Cada um deles está associado a um lado
da superfície. Assim, para especificar um lado de S em cada
ponto escolhemos o vetor normal n que aponta para o lado
positivo.
Teorema
Toda a superfície parametrizável regular é orientável.
Pois
Sejam S uma superfície parametrizável regular parametrizada
por r : D → S que a cada (u, v) associa r (u, v). A aplicação n
que a cada ponto P = r (u, v) de S associa o vetor normal
∂r ∂r
× ∂v
n(P) = ∂u
∂r é uma aplicação contínua em S. E portanto a
∂r
k ∂uk× ∂v
superfície S é orientável. A aplicação n estabelece uma
orientação em S e −n estabelece uma nova orientação em S.
Convenções
Superfície de Mobius
1 ∂r ∂r ∂r ∂r
n(r (u, v )) = ∂u
(u, v ) × ∂v
(u, v )/ ∂u
(u, v ) × ∂v (u, v ) .
Rui Gonçalves Análise Matemática 2
Superfícies-Superfícies parametrizáveis em Rn
Problema
Considere a superfície
S = {(x, y, z)) ∈ R3 : z = x 2 + y 2 ∧ x 2 + y 2 ≤ 1}. Considere o
campo F (x, y, z) = (x, y, 0). Considere que a superfície S está
orientada de modo que a normal a um ponto da superfície tem
a componente em z posítiva.
Mostre que ZZ
F · dS = −π.
S
Resolução:
A função,
onde
D = {(θ, r ) ∈ R2 : 0 ≤ r ≤ 1 ∧ 0 ≤ θ ≤ 2π}.
Continuando
∂r1 ∂r1
Calculemos agora os vetores ∂θ (θ, r ) e ∂r (θ, r ). Assim
∂r1
(θ, r ) = (−r sin(θ), r cos(θ), 0).
∂θ
∂r1
(θ, r ) = (cos(θ), sin(θ), 2r ).
∂r
Logo
~1
∂r ~
∂r
(θ, r ) × 1 (θ, r ) =
∂θ ∂r
~i ~j ~k
= −r sin(θ) r cos(θ) 0
cos(θ) sin(θ) 2r
Donde...
∂r1 ∂r1
N1 (θ, r ) = − (θ, r ) × (θ, r ) = (−2r 2 cos(θ), −2r 2 sin(θ), r )
∂θ ∂r
Como F (x, y, z) = (x, y, 0) então
ZZ ZZ
(x, y, 0).dS = F (r1 (θ, r )|N1 (θ, r )drd θ.
S D1
ZZ
= (r cos(θ), r sin(θ), 0)|(−2r 2 cos(θ), −2r 2 sin(θ), r )drd θ.
D1
Z 2π Z 1
=− 2r 3 drd θ.
0 0
2π
1
= −2 θ = −π.
4 0
Problema
Mostre que ZZ
F · dS = 0
S
Mas se S = ∪ni=1 Si
Continua
Divergência de um campo
Definição
Seja F : R3 → R3 de classe C 1 tal que
F (x, y, z) = (F1 (x, y, z), F2 (x, y, z), F3 (x, y, z)). Então
define-se divergência de F como sendo o número real
divF (x, y, z) tal que
Exemplo
Teorema de Gauss
Teorema
Sejam T um sólido do espaço limitado por uma superfície S
fechada simétrica, orientada segundo a normal exterior a S e
F : R3 → R3 um campo de classe C 1 num aberto w que
contém T . Então tem-se
ZZ ZZZ
F · dS = (divF )dzdydx
S T
.
Exemplo 1
RR
Calcule S (x, −y, 0) · dS onde S é a superfície esférica de raio
1.
Exemplo 1
Pelo
RR teorema de Gauss RRR como div(x, −y, 0) = 1 − 1 = 0 então
S (x, −y, 0).dS = W 0dzdydx = 0 onde
W = {(x, y, z) ∈ R3 : x 2 + y 2 + z 2 ≤ 1}.
Exemplo 2
Continuação
= (x 2 + y 2 + z 2 )dzdydx =
W
π
Z 2π Z
4
Z 4 cos(φ)
ρ4 sin(φ)d ρd φd θ
0 0 1
π
Z 2π Z 4
Z 4 cos(φ)
= ρ4 sin(φ)d ρd φd θ
0 0 1
√ !
178 2
= ... = + π
3 5
Teorema de Stokes
Teorema
Sejam S uma superfície parametrizável regular orientável cujo
bordo é uma curva fechada simples regular (por bocados), C,
com a orientação induzida pela orientação de S e F um campo
de R3 → R3 tal que F é campo de classe C 1 na região do
espaço S ∪ C. Então temos que
ZZ Z
rotF · dS = F · ds
S C
Problema1
Problema 2
Considere o campo
F (x, y, z) = (xy 2 + ey , yz 2 + sin2 (x), 5 + zx 2 ) ep
a região
3 2 2
W = {(x, y, z) ∈ R : (x + y ≤ 4) ∧ (0 ≤ z ≤ 4 − x 2 − y 2 )}
e SW a fronteira da região W orientada RR pela normal exterior.
Usando o teorema de Gauss calcule SW F · dS . (Solução:
64π
5 ).
Problema 3
Problema 4