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ÍNDICE

1. Cartografia Digital

2. Modelagem Geográfica/Cartográfica

3. Projeções Cartográficas (foco na aplicação)

4. Georreferenciamento de dados espaciais

5. Generalização Cartográfica

6. Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais


1. Cartografia Digital
EAM433 - UFV 2017

Aula 01 – Apresentação |Cartografia Digital

Sumário

• Apresentação da disciplina
• Cartografia Digital

Prof. Afonso P. Santos 1


EAM433 - UFV 2017

EAM 433

• Ementa: “Cartografia digital: conceito, histórico e evolução. Modelagem


cartográfica: modelo e estrutura de dados. Aplicações das Projeções
Cartográficas. Georreferenciamento e Vetorização de dados cartográficos.
Generalização Cartográfica: histórico e conceitos, tipos de generalização e
operadores. Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais: conceitos e
padrões, metadados e estruturação de dados vetoriais. Topologia
cartográfica. Criação e edição de bases cartográficas.”

• Disciplina de 3 créditos (1 hora/aula teórica e 2 hora/aula prática)

EAM 433
• Conteúdo Programático, Formas de Avaliação, Referências Bibliográficas e
Cronograma de Aulas:

Disponível no PVAnet

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EAM 433
• "CARTA é a representação no plano, em escala média ou grande, dos
aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície,
subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais - paralelos e
meridianos - com a finalidade de possibilitar a avaliação de pormenores,
com grau de precisão compatível com a escala.“

• A carta antigamente era confeccionada na FORMA ANALÓGICA, hoje ela é


produzida na FORMA DIGITAL.

• O objetivo desta disciplina EAM 433 e posteriormente EAM 434 é preparar


o aluno para que prepare uma base cartográfica DIGITAL a ser utilizada
para as mais diversas finalidades, inclusive para a geração de cartas na
forma Analógica (ou impressa).

EAM 433
• Na disciplina EAM 431 - Projeções Cartográficas, foram estudados os
principais sistemas de projeções com suas equações, leis de projeções e
procedimentos a serem utilizados para a confecção de cartas.

• Já nesta disciplina EAM 433 – Cartografia Digital I, utilizaremos os


procedimentos já embutidos em softwares para que seja possível:
– Trabalhar com diferentes projeções;
– Organizar produtos cartográficos;
– Trabalhar, converter e editar dados cartográficos de diferentes fontes;

• Os produtos gerados em atividades da disciplina deverão ser apresentados


nos principais Sistemas de Projeções Cartográficos utilizadas, tais como:
Principais Projeções Planas, Cônicas e Cilíndricas (UTM, LTM, RTM, etc.), e
outras.

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Cartografia Digital

Cartografia Digital
Conceito:
• A palavra Cartografia foi criada pelo português Visconde de
Santarém, em carta escrita em Paris datada de 1839 e dirigida ao
historiador brasileiro Adolfo Varnhagen. Antes utilizava-se o
vocábulo Cosmografia.

• Em 1973 a Associação Internacional de Cartografia (ICA), definiu


cartografia como: “A arte, ciência e tecnologia de construção de
mapas, juntamente com seus estudos como documentação
científica e trabalhos de arte”.

• Em seguida, será apresentada o conceito atual de cartografia.

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Cartografia Digital
• Durante anos pesquisadores dedicaram seus estudos no sentido de
desenvolver técnicas que permitissem gerar as representações
cartográficas de um modo mais rápido e com menores custos.

• Com o advento do computador permitiu mudanças tanto


qualitativas quanto quantitativas na produção de mapas e cartas.
– Qualitativamente  representação em tempo real;
– Quantitativamente  gerar um maior número de mapas em menor tempo;

• No princípio, os softwares de cartografia digital automatizaram as tarefas


manuais, mas mesmo assim os mapas ainda eram produzidos em papel

Cartografia Digital
• Paralelamente ao desenvolvimento dos métodos e técnicas para
produção, armazenamento e tratamento da informação geográfica,
percebeu-se que a informação poderia ser utilizada para outras atividades
além da reprodução de mapas.

• A sobreposição das informações armazenadas permitia que fossem feitas


análises sobre os dados, gerando novas informações. Com isso, surgiram
os Sistemas de Informação Geográfica (SIG).

• SIG: Qualquer conjunto de procedimentos manuais ou baseados


em computador destinados a armazenar e manipular dados referenciados
geograficamente (ARONOFF, 1989)

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Cartografia Digital
• Umas das principais características dos SIG é a análise espacial bem como a
tomada de decisões através da integração, analise e manipulações de dados
cartográficos.

• Portanto para utilização de um SIG para o propósito de tomada de decisões é


necessário dispor de uma base de dados espaciais e de informações
associadas que possam ser utilizadas no processo de análise espacial.

• Antes os softwares para produção de mapas, denominados de CAC (Computer


Aided Cartography) eram utilizados para produzir bases de dados geográficas,
e, assim, alimentar as aplicações realizadas com os SIGs.

• Deve-ser levar em consideração que a tecnologia computacional modificou o


modo de criar os mapas, entretanto, a base teórica envolvida para a produção
dos mapas permanece inalterada.

Cartografia Digital
Conceito:

• Em 1991, a ICA propôs uma nova definição de cartografia :


– “ciência que trata da organização, apresentação, comunicação e
utilização da geoinformação, sob uma forma que pode ser visual,
numérica ou tátil, incluindo todos os processos de elaboração, após a
preparação dos dados, bem como o estudo e utilização dos mapas ou
meios de representação em todas as suas formas”

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CAD x CAC x SIG


• CAD (Computer Aided Design): Programas voltados para fazer desenhos e
projetos auxiliados por computador. Um programa para CAD apresenta,
em geral, uma representação simbólica mais simples e só é capaz de lidar
com coordenadas referidas a um sistema cartesiano.

CAD x CAC x SIG

• CAC (Computer Aided Cartography): programa destinado à digitalização e


estruturação de dados cartográficos. Apresentam mais recursos para
representação simbólica e projeto de símbolos, em comparação com o
CAD. É capaz de lidar com coordenadas geodésicas, com diferentes
superfícies de referência (datum) e diferentes projeções cartográficas.

Embora um programa para CAC possa


ser utilizado como um CAD, o inverso
não é verdade

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CAD x CAC x SIG

• SIG: programa similar ao CAC com a diferença de manipular dados não-


espaciais (chamados de semânticos ou atributos) e também dados espaciais
(dados cartográficos), que são mais complexos, tanto na forma de organização,
como nos tipos de algoritmos para sua manipulação.

• Um CAC permite armazenar a geometria das informações e associar a


informação semântica por meio da representação gráfica. Ex: um CAC, para se
informar que uma rodovia é estadual ou federal é necessário alterar a sua
forma de representação, por exemplo, com uma espessura de traço ou cor
diferente.

• Assim, pode-se distinguir duas diferentes aplicações: aquelas que utilizam


programas do tipo CAC e têm como objetivo automatizar os processos de
produção cartográfica, e aquelas que utilizam programas do tipo SIG e que
têm como objetivo além do CAC realizar análises e tomada de decisões
baseados em dados espaciais e de atributo.

CAD x CAC x SIG

• Atualmente qualquer projeto de cartografia digital irá utilizar do SIG. Não


há cartografia digital sem o uso de informações semânticas.

• Hoje é impensável criar uma base cartográfica sem que cada feição
presente nesta base tenha uma tabela de atributos associada, de modo a
obter diversas informações a respeito desta feição.

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Cartografia Digital
• Os SIGs e CACs caracterizam-se por armazenar as
informações em planos de informação (também
chamados de layers), utilizando a estrutura de dados
vetorial ou matricial. Além disso, permitem intercâmbio
de informações com outros programas, através de algum
formato de dados padrão.

• Em cada nível as informações estão, posicionalmente,


relacionadas a outros níveis através de um sistema de
coordenadas comum.

• Os níveis de informação podem ser definidos de acordo


com o tema representado, por exemplo: hidrografia,
limites de municípios, divisas de propriedades, cobertura
vegetal etc.

Cartografia Digital
• Principais Softwares:

– Sistema de Informações Geográficas - CAC (SIG)

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Cartografia Digital
• Principais Softwares:

– Sensoriamento Remoto / Fotogrametria

Cartografia Digital
• Principais Softwares:

– WebMapping e WebGIS

For FLEX
For SILVERLIGHT

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Cartografia Digital
• Alguns exemplos de Webmapping / WebGIS:

• Acervo fundiário INCRA (i3geo)


http://acervofundiario.incra.gov.br/i3geo/aplicmap/geral.htm?5bf650b4d
b2f4adc10cbf5a9289116f8

• Município de Ponta Grossa (MapServer):


http://geo.pg.pr.gov.br/webgis/map.phtml

• ANEEL (ArcGIS for flex): http://sigel.aneel.gov.br/

• Atlas Digital das Águas de Minas (Google Maps):


http://www.atlasdasaguas.ufv.br/paracatu/Satelite/Satelite.html

Referências bibliográficas

• Alguns texto são baseados ou retirados na íntegra de:

– GRIPP JR, J. 2011. Notas de Aulas da disciplina EAM 433 – Cartografia Digital I.
Departamento de Engenharia Civil. Universidade Federal de Viçosa.

– MENEZES, P. M. L. Notas de Aulas de Cartografia. Apostila. Departamento de


Geografia. Universidade Federal do Rio de Janeiro.

– VIEIRA, A. J. B.; DELAZARI, L. S. 2004. Cartografia. Capítulo Cartografia Digital.


Departamento de Geomática. Universidade Federal do Paraná.

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2. Modelagem
Geográfica/Cartográfica
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Aula 02 – Modelagem Geográfica/Cartográfica

Sumário

• Modelagem Geográfica / Cartográfica


• Objetos e Campos
• Modelos de Dados
– Modelo Vetorial
– Modelo Raster
– Modelo Orientado por Objetos
– Modelo Difuso
– Modelo Temporal
– Modelo Tridimensional
• Estrutura de Dados
– Estrutura Vetorial
– Estrutura Matricial

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Modelagem Geográfica/Cartográfica

• Em Cartografia necessita-se modelar o mundo real de modo que possa-se


representar o mais fidedignamente através de dados espaciais.

• É importante frisar que não


há como representar e obter
informações exatas do
ambiente geográfico que
vivemos, logo é necessário
generalizar a realidade
coletando dados que sejam
relevantes ao que se queira
representar.

Fonte Figura: Prof. Joel Gripp Jr. (2010)

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Modelagem Geográfica/Cartográfica

• Na Cartografia Digital e no SIG o conhecimento da Terra é formalizado


através dos modelos de dados, que são estruturas e regras que permitem
a representação digital da superfície de interesse.

• A característica básica de um modelo de dados é ser uma abstração da


realidade, representando-a com um grau finito de informações de modo a
facilitar o seu estudo, diminuindo sua complexidade.

• Em Cartografia, o fenômeno é representado por primitivas gráficas ou


entidades como pontos, linhas, polígonos e superfície;

Modelagem Geográfica/Cartográfica

• Representar o quê? (Incluir, Omitir, Simplificar)

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Modelagem Geográfica/Cartográfica

• O processo de modelagem envolve 3 aspectos:


– Natureza do Fenômeno (fronteiras definidas ou não, contínuo ou não,
homogêneo ou heterogêneo, etc.), ou seja, o que será modelado?
Hidrografia, uso do solo, estradas, area urbanizada, localidades?
– Modo de Observação (escala, resolução, tempo, erro, etc.)
– Finalidade (utilização do dado)
• Na concepção do modelo deve ter em mente, o erro máximo associado
aos dados e a escala, a estrutura de dados utilizados (vetor, matriz...), nível
de generalização dos dados, época (tempo) dos dados, ontologia (teoria –
significado dado a entidade), metadados, atualização dos dados, entre
outros

Universo Quais entidades são


necessárias para
Ontológico
descrever o
problema?

Quais as abstrações
Universo formais necessárias
Formal para representar os
conceitos do
universo ontológico?

Universo Quais são os tipos de


dados necessários
Estrutural
para representar os
modelos e álgebras
do universo formal?

Universo de
Realiza-se a
Implementação implementação do
sistema, escolhendo a
arquitetura, linguagens
e paradigmas de
programação

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Modelagem Geográfica/Cartográfica

• Em relação aos atuais mapeamentos colaborativos, o que representar?


Como é feito a normalização da representação (inclusão, simplificação e
omissão)?; já que para um leigo no assunto é bem subjetivo o que
representar para uma determinada finalidade de mapeamento.

Modelagem Geográfica/Cartográfica

• Como proceder na produção cartográfica quando há locais confidenciais,


como áreas militares, refinarias, propriedades governamentais? Como e
o que representar?

http://catitosnews.blogspot.com.br/2011/06/lugares-proibidos-que-o-google-maps.html

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Modelagem Geográfica/Cartográfica

• No processo de modelagem geográfica são utilizados algumas definições:


– Realidade: o fenômeno como ele é, inclusive todos os aspectos que podem ou não ser
percebidos por indivíduos;
– Entidade: É qualquer fenômeno geográfico da natureza, ou resultante da ação direta do
homem, que é de interesse específico da aplicação;
– Objeto: É a representação digital de uma entidade, ou parte dela;
– Classe de Objeto: Descreve um conjunto de objetos que representa um conjunto de
entidades. Ex. Conjunto de pontos que representam um conjunto de postes de uma
rede elétrica.
– Atributo: Descreve as características das entidades, normalmente na forma não
espacial;
– Plano de Informação / Camada / Layer: Grupo de entidades conceitualmente
relacionadas a um tema (fenômeno);

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Modelagem Geográfica/Cartográfica

• Modelo de Dados: é uma abstração da realidade. É a forma de


representar a percepção da realidade;
o Há duas visões conceituais para a representação geográfica (modelo de
dados): os objetos discretos e campos contínuos.

Os objetos discretos representam o mundo geográfico como objetos


geometricamente bem definidos, sendo estes possíveis de listá-los em uma
tabela.
Na visão de objetos, as entidades estão dispostas sobre um grande espaço vazio
onde nem todas as posições estão preenchidas, além de várias entidades poder
estar situada sobre uma mesma posição geográfica.
Um objeto tem a propriedade de ser identificados por sua dimensão: objeto
adimensional é representado por um ponto; objeto unidimensional por linhas;
objetos bidimensionais por áreas e; objetos tridimensionais por volumes.

Modelagem Geográfica/Cartográfica

• Modelo de Dados: é uma abstração da realidade. É a forma de


representar a percepção da realidade;
o Há duas visões conceituais para a representação geográfica (modelo de
dados): os objetos discretos e campos contínuos.

Os campos contínuos representam o mundo geográfico por um conjunto finito


de variáveis, cujo valor pode ser medido em qualquer ponto na superfície
terrestre, podendo variar continuamente ao longo desta superfície.
Todas as posições no espaço geográfico estão associadas a algum valor
correspondente à variável representada.
Exemplos de campos contínuos são: modelos digitais de elevação, temperatura,
tipo de solo, modelo de uso e ocupação da terra, entre outros.

Pode ser tanto vetorial


quanto raster !!!

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Modelos de Dados

• Campos contínuos e objetos discretos definem duas visões conceituais dos


fenômenos geográficos, mas não resolvem o problema da representação
digital, ou seja, são formas para se poder pensar sobre os fenômenos e
não para lidar com as limitações de representações destes fenômenos
sobre o computador.
• Logo existem vários modelos para reduzir estes fenômenos geográficos a
formas que possam ser codificadas em uma base de dados computacional:
– Modelos Vetoriais
– Modelos Matriciais
– Modelos Difusos
– Modelos Temporais
– Modelos Tridimensionais
– Modelos Orientados por Objetos

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Modelos de Dados

• Modelos Vetoriais Ponto, Linha e Polígono: Reproduzem o


essencial na cartografia impressa e possuem
• Modelos Matriciais
fronteiras bem definidas. Podem ser
subdividido em:
• Modelos Difusos
• Gráfico – utilizam apenas atributos
• Modelos Temporais
necessários à sua representação
• Modelos Tridimensionais (espessura, cor, tipo de símbolo pontual,
• Modelos Orientados por Objetos tipo de linha)  CAC

• Relacional – utilizam uma tabela de


atributos relacionado com a localização
geográfica
•Topológico: Noções de grafos;
permite análises topológicas, como
redes, conectividades, adjacências,
etc.
•Não-Topológico

Modelos de Dados

• Modelos Vetoriais
Consiste numa discretização do espaço em
• Modelos Matriciais células, cuja posição é definida por
números de linhas e de colunas, em
• Modelos Difusos conjunto com as coordenadas da primeira
• Modelos Temporais célula e da dimensão das células.
• Modelos Tridimensionais
Cada célula, geralmente, possui um único
• Modelos Orientados por Objetos valor associado, que provém de valores
medidos especificamente para cada célula
(imagem de satélite, interpolação,
conversão vetor/raster)

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Modelos de Dados

• Modelos Vetoriais
• Modelos Matriciais

• Modelos Difusos Mais indicado para representações cujas


• Modelos Temporais fronteiras não são rígidas. (Ex: Transição
• Modelos Tridimensionais entre áreas de pastagens e florestas)
• Modelos Orientados por Objetos Possui estrutura matricial.

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Modelos de Dados

• Modelos Vetoriais
• Modelos Matriciais

• Modelos Difusos
Considera variações geográficas (formas,
• Modelos Temporais
posição e atributos) ao longo do tempo
• Modelos Tridimensionais
• Modelos Orientados por Objetos

Modelos de Dados

• Modelos Vetoriais
• Modelos Matriciais

• Modelos Difusos Modelos voltados para representação 3D.


• Modelos Temporais
• Modelos Tridimensionais Bastante utilizado para simulações
urbanas, representação do relevo e layouts
• Modelos Orientados por Objetos arquitetônicos.

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Modelos de Dados

• Modelos Vetoriais Modelo de dados similar ao modelo vetorial


relacional.
• Modelos Matriciais
Modelo = Dados + Estrutura + Algoritmos (funções)
• Modelos Difusos
O modelo relacional abrange apenas Dados +
• Modelos Temporais Estrutura, já no O.O contempla a terceira
• Modelos Tridimensionais componente que é os algoritmos ou funções
• Modelos Orientados por Objetos associadas ao comportamento dos objetos

Ex de comportamento  topologia;

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Estrutura de Dados

Modelo de Dados e
Representação
Estrutura de Dados

Prática Conceitual

• Para que os modelos de dados existam no computador, eles necessitam


de uma estrutura/arquitetura.
• Conhecer sua estrutura permite conhecer suas limitações e
potencialidades computacionais para modelagem geográfica.

Estrutura de Dados: é uma representação do modelo de dados expressa em


termos de diagramas, listas e arranjos para refletir o registro dos dados no
computador;

Estrutura de Dados

• Na década de 1960, os modelos de dados eram bem simples, baseados


nas plataformas CAD, no modelo gráfico e no modelo por imagens;
– Ao utilizar a plataforma CAD para Cartografia Digital, tem-se três
problemas: não dispõe de projeções; não dispõe de topologia; não
tem atributos e identificadores únicos para cada objeto representado;
– O modelo gráfico era utilizado apenas para vetorizar uma carta, sem
qualquer abordagem de atributos e topologia;
– As imagens eram fotos aéreas digitalizadas ou imagens digitais
apresentadas como camadas ou como atributos de entidades
georreferenciadas em banco de dados

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Estrutura de Dados

• Existem três tipos de estrutura de dados:


– Estrutura Matricial
– Estrutura Vetorial
– Estrutura por Objetos

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Estrutura Matricial

• Dentro do Modelo Matricial existe as seguintes estruturas:


– Estrutura Fundamental (Arquivo não comprimido)
– Estrutura Codificação por repetições (Run-length Encoding)
– Estrutura Código de Cadeia Matricial (Raster chain codes ou freeman)
– Estrutura Quadtrees
– Estrutura Wavelet

Estrutura Fundamental

• No modelo matricial a estrutura fundamental, ou a mais simples, é uma


matriz bidimensional, cujas células representam o atributo de apenas um
fenômeno.

• Para cada fenômeno deve haver uma matriz. Logo para representar vários
fenômenos deverá existir vários planos de informação (layers) .

• Esta estrutura utiliza um arquivo não compactado, logo o tamanho do


arquivo deve ser levado em conta na modelagem cartográfica.

• São estruturas chamadas de GRID ou Raster.

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Estrutura Fundamental

• Os dados são salvos em um arquivo não compactado contendo os valores


da matriz (grade), com seu respectivo metadados no cabeçalho do
arquivo;

Exemplo de um arquivo Raster no formato ASCII do ArcGIS

NCOLS 480
NROWS 450
XLLCORNER 378922
metadados
YLLCORNER 4072345
CELLSIZE 30
NODATA_VALUE -32768
Valores 43 2 45 7 3 56 2 5 23 65 34 6 32 54 57 34
das células 35 45 65 34 2 6 78 4 2 6 89 3 2 7 45 23 5
...

Estrutura de Codificação por Repetições

• Na estrutura fundamental (full raster encoding), o sistema armazena toda


a matriz de dados, célula por célula, o que acarreta um enorme espaço de
armazenamento do arquivo matricial.

• O método de codificação por repetições (Run-length encoding) é uma


proposta de estrutura matricial simples de forma a reduzir o espaço
necessário para o armazenamento de uma matriz.

• Tem uma taxa de compressão igual a 5, e não há perdas de informação no


processo de (des)compactação.

• Este método explora a repetição de valores que aparecem nas células de


uma linha da matriz.

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Estrutura de Códificação por Repetições

Estrutura Fundamental Estrutura Codificação por Repetições

0 00 0 1 12 2 2 33 3 3 (1,4)(4,0)(2,1)(3,2)(4,3)
0 00 1 1 11 2 2 22 3 3 (2,4)(3,0)(4,1)(4,2)(2,3)
0 01 1 3 33 2 2 22 3 3 (3,5)(2,0)(2,1)(3,3)(4,2)(2,3)
0 11 1 3 33 3 2 22 3 3 (4,5)(1,0)(3,1)(4,3)(3,2)(2,3)
4ª linha

1ª rep.: 1 vez o atributo ‘0’


Quantidade de repetição 2ª rep.: 3 vezes o atributo ‘1’
[0-1-3-2-3]
3ª rep.: 4 vezes o atributo ‘3’
4ª rep.: 3 vezes o atributo ‘2’
5ª rep.: 2 vezes o atributo ‘3’

Estrutura de Dados

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Estrutura de Cadeia Matricial

• O método de codificação por repetições se limita a operações linha por


linha.

• Já o método de Cadeia Matricial (Raster chain codes ou freeman) utiliza-se


do artifício de se mover em qualquer direção fazendo a contagem de
células de uma região semelhante (realiza o movimento em linhas de
bordas / células de fronteiras).

• A estrutura se dá utilizando uma cadeia de dois números: a base e o


expoente.
– Base: representa a direção de movimento (0. leste | 1.norte |
2.oeste | 3.sul)
– Expoente: representa quantas células foram percorridas na direção

Estrutura de Cadeia Matricial

- Permite estimativas de áreas e


perímetros, além de detecção de
curvas e concavidades;
- Úteis para a conversão de dados
matriciais em vetoriais;

- Operação de sobreposição são


difíceis;
- Redundância introduzida pela
duplicação de fronteiras;

1
2
0², 3², 0, 1, 0, 1, 0, 3, 0, 1, 0, 3, 1, 07, 33, 23, 32, 28, 3, 24, 16 0
3

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Estrutura Quadtrees

• A idéia por trás da estrutura quadtree é que qualquer imagem pode ser
dividida em quatro quadrantes menores. Sendo que cada quadrante pode
ser dividido novamente em quatro subquadrantes e assim sucessivamente
até que o quadrante seja homogêneo e não necessite de maiores divisões.

• Na quadtree, a imagem é representada por um nó pai, enquanto que os


quatro quadrantes são representados por quatro nós filho, em uma ordem
pré-determinada. (Árvore)

• Em SIG e CAC utiliza-se a decomposição Quadtrees com o objetivo


utilização principal de redução do armazenamento através de uma
decomposição recursiva do espaço, de modo a agregar blocos
homogêneos.

Estrutura Quadtrees

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Estrutura Wavelet

• Esta técnica de compactação remove informações (há perdas!!!) por


consultas recursivas de padrões em conjunto de dados em escalas
diferentes, sempre tentando obter uma representação fiel do original.

• Arquivos matriciais de compressão wavelet podem ser vistos rapidamente


em diferentes escalas com uma quantidade apropriada de detalhes. O
padrão JPEG 2000 define a compactação por wavelets em imagens.

• A taxa de compressão da wavelets é um valor próximo de 40, mas há


perda de informação no processo de (des)compactação.

Estrutura de Dados

Estrutura Matricial

• Exemplos de extensões de arquivos raster:


– GeoTIFF - Tagged Image File Format - (*.tiff);
– JPEG - Joint Photographic Experts Group - (*.jpg);
– GIF - Graphics Interchange Format – (*.gif)
– BMP - Windows Bitmap – (*.bmp)
– PNG - Portable Network Graphics - (*.png)
– IMG – ERDAS Imagine File – (*.img)
– MrSID - Multi-resolution Seamless Image Database | LizardTech's SID - (*.sid)
– DEM – Digital Elevation Model – (*.dem)
– ECW - Enhanced Compressed Wavelet – (*ECW)
– ASCII – (*.txt)
– ...

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Estrutura Há Perdas? Taxa Compactação Vantagem Desvantagem

Estrutura simples e de
Fundamental Não Nenhuma fácil entendimento; Utiliza Tamanho do arquivo;
arquivo ASCII

Compactação sem perda Se limita a operar linha


Codificação por
Não 5x de informação; Estrutura por linha; Tamanho do
Repetição
simples arquivo;

Permite estimativas de
Não, mas há áreas, perímetros e
Cadeia Redundância nas
duplicação de Variável detecção de curvas;
Matricial fronteiras;
informação Conversão formato raster
para vetorial

Dependendo o tamanho
Taxa de compactação sem
Quadtree Não Variável do arquivo poder ser
perda de informação
grande;

Alta taxa de compactação


Wavelet Sim 40x Há perdas de informação;
(JPEG2000)

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Estrutura Vetorial

• O modelo vetorial é bastante utilizado na Cartografia Digital e no SIG


devido à precisão de seu método de representação, sua eficiência de
armazenamento, qualidade de produção cartográfica e vasta
disponibilidade de ferramentas funcionais para operações como:
projeções, processamento de sobreposição e análise cartográfica.
• No modelo vetorial, o espaço entre as feições não precisa ser
representado, não sendo, portanto, armazenado.
• São apresentados quatro estruturas:
– Spaghetti (simples)
– Topológica
– Georrelacional
– Objetos

Estrutura Spaghetti

• É a estrutura de dados vetoriais mais simples, trazendo a idéia do mapa


analógico Linha por Linha.
• Cada entidade é representada por um arco/linha, chamado de
spaghetti, devido à semelhança entre os fios de espaguete (linha) e os
arcos formados pelos fios.
• Dois polígonos adjacentes não compartilham a mesma linha –
Coordenadas armazenadas duas vezes;
• Embora espacialmente definidas, não há relação espacial;
• Arquivos Spaghetti são chamados de não-estruturados, já que a relação
topológica deve ser derivada mediante cálculos.

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Estrutura Spaghetti

• Pontos representados pelas coordenadas (x, y)


• Linhas são séries de segmentos de retas conectadas e definidas por sequência ordenada
de pontos (vértices)
• Polígonos são semelhantes às linhas, porém o último vértice é o mesmo que o primeiro.
Portanto tem que ter pelo menos 4 vértices.

Estrutura Spaghetti

Vantagens: Desvantagem:
• Redundância dos dados, armazena duas
• Estrutura simples vezes a fronteira de polígonos;
• Custo computacional devido a falta de
• Organização sequencial o que favorece relacionamento espacial entre as feições;
a propósito de visualização • Impossível a criação de ilhas;
• Não existe uma maneira simples de
verificar a topologia das feições;
• Armazenamento dos dados é realizada
de forma sequencial, logo o tempo de
busca é longo; operações de
sobreposição são intratáveis;

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Estrutura Topológica

• Topologia é a matemática e a ciência dos relacionamentos geométricos.


• Utilizada para validar a geometria de entidades vetoriais e operações
como traçados de redes e testes de adjacência/sobreposição de polígonos,
entre outros. As relações são descritas independentemente das
coordenadas.
• O modelo topológico tem por base a teoria matemática dos grafos,
empregando Arcos e Nós
– Nó é um ponto de interseção entre dois ou mais arcos ou ponto inicial/final
de arcos
– Arco é uma sequência de vértices ordenados. Um arco sempre inicia em um
nó e termina em outro nó
• Em aulas posteriores será estudado o uso da topologia para edição e validação de
dados cartográficos

Estrutura Topológica

• Estrutura Topológica
– Arcos se conectam apenas aos – Cada polígono também tem um
nós código que o relaciona aos
números de arcos.
– Um conjunto fechado de arcos
e nós forma um polígono – Cada arco do polígono é capaz
de olhar para a esquerda e para
– Cada arco tem um número de a direita para identificar os
identificação que aponta para polígonos por ele formado –
um conjunto de nós Definie-se Adjacência

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Estrutura Topológica

Estrutura Topológica

• Uma estrutura topológica vetorial utilizada para modelos de dados


tridimensional é o TIN (Rede irregular de Triângulo);
• Cada vértice que forma o triângulo tem coordenadas X, Y e Z conhecidas;
• Geralmente utiliza-se o algoritmo de Delaunay para gerar a triangulação;
• Mais detalhes serão vistos na disciplina EAM434;

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Estrutura Georrelacional
• A estrutura georrelacional é baseada na estrutura topológica e foi desenvolvida
especificamente para dados geográficos. Esta estrutura permite a ligação entre
dados espaciais (geográficos/cartográficos) e não-espaciais (atributos /
descritivo). Mantém ligação intima entre a geometria, os atributos e a topologia.
• Os dados não-espaciais são ligados ao dados espaciais através de um campo de
atributos em comum aos dois dados.

Estrutura de Objetos

• Em modelos de dados orientados a objetos, o mundo real é modelado


como uma coleção de objetos e seus relacionamentos.
• Objetos geográficos do mesmo tipo são agrupados com classe de objetos
(pense como uma layer), e os objetos individuais são chamados como
instâncias.
• Em SIG, normalmente a estrutura de um modelo orientado a objetos é a
seguinte: uma classe de objeto é armazenada em uma tabela do banco
de dados, com um objeto em cada linha e as propriedades (atributos) do
objeto em cada coluna;
• Todos os objetos tem algum tipo de relacionamento com outros objetos
da mesma ou de outra classe. Este relacionamento pode ser inerente ou
não da classe que o objeto pertence;

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Estrutura de Objetos

• Três relacionamentos são frequentemente utilizados: topológico,


geográfico e gerais;
– Relacionamentos topológicos geralmente são construídos dentro da classe de
objetos, onde se definem diversas regras topológicas de relacionamento
entre os objetos;
– O relacionamento geográfico indica se poderá ou não haver sobreposição,
adjacência entre polígonos, entre outros...
– Relacionamento geral são utilizados para definir regras de outros tipos como
regras de atributos.

Estrutura Funcionamento Topologia Vantagem Desvantagem


Redundância de informação
(fronteiras duplicadas); Custo
Cada entidade é Estrutura simples e computacional para analisar
Spaghetti representado por um arco Não. organização relacionamento entre feições;
(linha) sequencial Tempo de procura de entidade
é longa; Impossível criação de
ilhas
Se baseia na teoria dos
grafos empregando arcos Relacionamento
(linhas) e nós (pontos). Para entre as feições
Não faz ligação com dados não-
representar uma entidade estão implícito à
Topológico Sim. espaciais; Não há
onde cada arco, nó e estrutura; Não há
relacionamento entre objetos
polígono tem um n° redundância de
identificador que relaciona informação.
com outros.
Baseia-se no modelo Permite ligação
topológico e foi desenvolvido entre dados Não há relacionamento entre
Georelacional Sim
para aplicação em dados espaciais e não- objetos.
espaciais. espaciais
Relacionamento
Se baseia no modelo
topológico,
georelacional, onde as
relacionamento
Objeto entidades tem algum tipo de Sim -
geográfico e
relacionamento com outros
relacionamento
objetos
geral entre objetos

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Comparação entre Modelos de Dados


Vetorial e Matricial

Modelo Vantagens Desvantagens


Matricial • Estrutura de dados simples; • Maior espaço para armazenamento;
• Representação de áreas com grande • Dependendo do tamanho do pixel pode
variabilidade espacial; comprometer a visualização;
• Procedimentos de análise simples; • Mais difícil para representar
• Operações de Overlay são facilmente relacionamentos topológicos;
e eficientemente implementadas;
Vetor • Menor espaço de armazenamento; • Estrutura mais complexa;
• Topologia: suporta o armazenamento • Não muito compatível com dados de
e operações; sensoriamento remoto;
• Saída gráfica melhor se aproximando • Ineficientes para áreas com grande
de mapas manuais; variabilidade espacial;
• Cálculos de medidas espaciais mais • Algumas análises espaciais difíceis de
precisos realizar;

Referências bibliográficas

• Alguns texto são baseados ou retirados na íntegra de:

– ABREU, M. V. S. 2011. Notas de Aulas da disciplina EAM451 – Sistema de Informação Geográfica. Departamento de
Engenharia Civil. Universidade Federal de Viçosa.

– GRIPP JR, J. 2011. Notas de Aulas da disciplina EAM 433 – Cartografia Digital I. Departamento de Engenharia Civil.
Universidade Federal de Viçosa.

– LISBOA FILHO, J.; IOCHPE, C. 1996. Introdução a sistema de informações geográficas com ênfase em banco de dados.
Disponível em: http://www.dpi.ufv.br/~jugurta/papers/sig-bd-jai.pdf.

– LONGLEY, P. A.; GOODCHILD, M. F.; MAGUIRE, D. J.; RHIND, D. W. 2013. Sistemas e Ciência da Informação Geográfica.
3ª Edição. Editora Bookman. Porto Alegre. 560p.

– MATOS, J. 2008. Fundamentos da Informação Geográfica. Lidel, 5ª edição. Lisboa, Portugal.

– MIRANDA, J. I. 2010. Fundamentos de Sistemas de Informações Geográficas. Embrapa, 2ª edição. Brasília, Brasil.

– MOUNTAIN GEOPORTAL, 2011. Chapter 1: GIS Concepts. Acessado em Fevereiro de 2012 em <http://demo-
menris.icimod.org/CapacityBuilding/TrainingContent.aspx?mTab=cb&TCID=23&TSCID=8&TID=13>

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3. Projeções Cartográficas
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Aula 03 – Projeções Cartográficas

Sumário

• Sistemas de Referenciais Terrestres


– Geodésia, Cartografia e Projeções;
– Datum;
– Sistemas de Coordenadas;

• Projeções Cartográficas
– Sistema de Projeção UTM
– Sistema de Projeção RTM e LTM
– Projeção Policônica, Albers, Lambert

• Transformação de Datum

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Geodésia, Cartografia e Projeções

• O processo de construção/produção de uma carta segue as


seguintes etapas (Vieira e Oliveira, 2001):
– qual o objetivo da carta a ser produzida;
– definir o datum (referencial terrestre) e o sistema de coordenadas;
– definir o sistema de projeção;
– dados cartográficos;
– edição, topologia, metadados, simbologia (cartografia temática)...;
– controle de qualidade;

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Geodésia, Cartografia e Projeções


• O principal problema da Cartografia é a representação de uma
superfície curva em um plano;

• A partir deste problema é que surge as projeções cartográficas, que


tem como objetivo representar este espaço curvo em um plano;

• Para se representar a superfície terrestre em um sistema de


coordenadas plano, requer primeiramente estabelecer qual grandeza
(comprimento, formas e áreas) desejam-se preservar, uma vez que, a
figura geométrica da terra é representada por um elipsóide de
revolução e esse processo de transformação (matemática executada
sobre os pontos da superfície curva da terra) ocasiona deformações.

Geodésia, Cartografia e Projeções


• Geodésia: ciência que estuda a forma e dimensões da terra;
– Pitágoras, Tales de Mileto e Aristóteles defenderam a esfericidade da Terra
– Erastótenes determinou o raio da Terra, com erro inferior a 2%
– Isaac Newton considerou a Terra como uma figura geométrica gerada pela
rotação de uma elipse em torno do eixo menor.
– Gauss caracterizou a Terra como Geóide;

• Por ser irregular (distribuição heterogênea da massa da Terra), não é


possível criar um modelo matemático de coordenadas;

• Portanto, adota-se um elipsóide para descrever o geóide;

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Geodésia, Cartografia e Projeções


• Por muito tempo, buscava-se o elipsóide que se adaptasse ao geóide no
local;
• Hoje, busca-se o elipsóide que melhor se ajuste ao geóide global;
• Atualmente há levantamentos precisos em escala global em relação ao
geóide. Quanto mais se conhece sobre a forma do geóide, busca-se
sempre criar um elipsóide que se adeque ao geóide;

Geodésia, Cartografia e Projeções


• Geodésia
– Superfície física (relevo);
– Superfície equipotencial (geoide);
– Superfície Matemática (elipsóide
de revolução ou esferoide) ou
superfície de referência;

• Cartografia
– Superfície de Projeção (Plano, Cone ou Cilindro)
elipsóide  representado em um plano;

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Sistemas de Referenciais Terrestre


• Sistema de referência é o conjunto de parâmetros e convenções que
define uma época específica, os três eixos de um sistema de
coordenadas.

• Sistema de referencial terrestre contou com grande evolução devido ao


advento do GNSS. Países e continentes estão revisando, recriando e
densificando suas redes geodésicas fundamentais com uma alta
acurácia.

Sistemas de Referenciais Terrestre


Algumas Definições:
• Sistemas de Coordenadas: É um conjunto de linhas de referência que cobrem a
superfície (esférica, elipsoidal, cartesiana) com a finalidade de permitir a
localização precisa de qualquer ponto sobre a mesma;

• Datum (Geocêntrico): Conjunto de parâmetros e constantes que definem um


sistema de coordenadas, incluindo a origem, orientação e escala, de tal forma
a torná-las acessível para aplicações geodésicas e cartográficas
• Para Data regionais:
• Datum Horizontal – Ponto de referência (origem) para o sistema de coordenadas
horizontais (Latitude e Longitude)
• Datum Vertical – Ponto de referência (origem) para o sistema de coordenadas
verticais (determinação de altitudes)

10

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Datum
Data Horizontais utilizados no Brasil:

 Córrego Alegre
○ Datum Planimétrico - Córrego Alegre – Elipsóide Internacional de Hayford 1924 –
Realizações em 1961 e após em 1970-72

 ARATU
○ Datum Planimétrico utilizado na área litorânea do Brasil – Elipsóide Internacional Rayford
1924

 SAD 69
○ Datum Planimétrico - Chuá (Minas Gerais) – Elipsóide UGGI67 (União Geodésica e Geofísica
Internacional de 1967) - Realização 1969 e posteriormente em 1996 (GPS)

 SIRGAS 2000 (resolução 25/02/2005)


○ Datum Geocêntrico – Elipsóide GRS-80 (Geodetic Reference System 1980)

11

Datum
• Data Verticais utilizados no Brasil:
– Imbituba, SC.
– Porto de Santana, Amapá
• Atualmente tem-se 5 marégrafos: Imbituba, Macaé, Salvador, Fortaleza e Santana;

• Outros Data Verticais (modelos Globais):


– WGS84 Geoid
– EGM84
– EGM96
– EGM 2008

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Sistemas de Coordenadas
• Sistemas de Coordenadas Geodésicas ou Geográficas (elipsoidal)

– Utiliza a rede geográfica, que é composta por meridianos (semicircunferência de


círculos máximos que ligam um polo a outro) e paralelos (Circunferências
perpendiculares ao eixo da Terra e possuem a mesma distância em relação ao plano
do Equador).

– Latitude: Ângulo que a normal de um ponto P


forma com o plano do equador

– Longitude: Ângulo formado entre o plano do


meridiano local com o plano do
meridiano de referência (Greenwich)

13

Sistemas de Coordenadas
• Sistemas de Coordenadas Cartesianas Geocêntrico

– Possui a origem no centro da Terra, sendo os eixos X e Y no plano do equador e o


eixo Z coincide com o eixo de rotação da Terra.
– É o sistema utilizado no posicionamento por satélites.
– Não é utilizado para mapeamentos e cartografia.
– Utilizado nas transformações de sistemas de coordenadas e datum;

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Sistemas de Coordenadas
• Sistemas de Coordenadas Projetadas

– É o sistema de coordenadas de alguma projeção


cartográfica;

– Varia de acordo com a projeção;

– Comum transformar 3D em 2D.

15

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Projeções Cartográficas
• A Terra não é uma esfera perfeita, mesmo que fosse seria impossível
representá-la num plano sem distorções.

• Na Cartografia a Terra pode ser representada por:


– Globo: utilizado em escala reduzida, logo a diferença entre os eixos do
elipsóide podem ser negligenciados. Possui representação fiel, embora seu
manuseio e transporte seja difícil.
– Mapa ou Carta: Problema da Cartografia  representação de uma
superfície curva em um plano, para isto se desenvolveu os Sistemas de
PROJEÇÃO, e como consequência vem as DISTORÇÕES. Fácil manuseio e
visualização da Terra inteira ao mesmo tempo.

17

Projeções Cartográficas
• Princípio da Projeção

18

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Projeções Cartográficas
• Qualquer Projeção terá distorções;

• Ao utilizar projeções, temos que escolher qual características que iremos


preservar:

– Área  Projeção Equivalente (Preserva área)

– Distância  Projeção Equidistante (Preserva a distância)

– Forma  Projeção Conforme, Similaridade ou Helmert (Preserva a forma, ângulos)

– Direção  Projeção Azimutal (Preserva a direção)

– Não conserva nada  Projeção Afiláticas

19

Projeções Cartográficas
• Quanto à Superfícies de Projeção:
– Cilíndrica
– Cônica
– Plana

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Projeções Cartográficas
• Quanto ao tipo de contato com o elipsóide:
– Tangente: toca em um ponto apenas;
– Secante: toca em dois pontos;
– Polisuperficiais: pontos de contatos infinitos.

• Quanto à posição da projeção em relação ao elipsóide:


– Olhar slide anterior (Normal, Transversa, Obliqua, Polar, Equatorial,...);

21

Projeções Cartográficas
• Quanto a localização do ponto de vista
– Gnomônica

– Estereográfica

– Ortográfica

Estereográfica
Gnomônica
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Sistema UTM
• Universal é devido ao fato de ser um sistema único para todo o globo;
• Transversa é o nome dado a posição ortogonal do eixo do cilindro em
relação ao eixo de rotação do elipsóide;
• Mercator é o nome do idealizador da projeção, considerado um dos
pais da cartografia;
• Não é uma projeção, e sim, um sistema de projeção transversa de
Mercator conforme de Gauss, onde o cilindro se encontra na posição
transversa, de modo secante.

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Sistema UTM
• A Terra dividida em 60 fusos de 6° de Longitude
enumerado a partir do anti-meridiano de Greenwich;
• Então o cilindro transverso adotado como superfície
de projeção assume 30 posições diferentes, já que
seu eixo mantém-se sempre perpendicular ao
meridiano central de cada fuso ou zona
• Cada fuso possui meridiano central, meridiano de
secância distante 1º37’ e o meridiano extremo
distante 1º 23’ do meridiano de secância;
• As coordenadas tem origem no cruzamento do
Equador com o meridiano central do fuso;
• Extensão da Latitude de 80° S a 84° N;
• Latitudes superiores deve utilizar outro sistema de
projeção (ex.: Projeção Polar Estereográfica)

25

Sistema UTM

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Sistema UTM

SOBREPOSIÇÃO DOS FUSOS

Sistema UTM
• Critério para o desenvolvimento das coordenadas UTM:
– Continuidade nas áreas mapeadas;
– Controlar os erros de escalas (não ultrapassar tolerância especificada); Conformidade
para minimizar os erros;
– Um único sistema de coordenadas planos retangular para todas as zonas; Sistema
Ortogonal;
– Fórmula de transformação de uma zona para a outra ser uniforme por todo o sistema,
adotando um elipsóide de referência;
– Convergência meridiana não ultrapassar 5°;
– Cada fuso pode ser prolongado em até 30’ sobre os fusos adjacentes, criando assim,
uma área de superposição de fusos de 1º de largura (aproximadamente 110 Km). Esta
área de superposição serve para facilitar o trabalho de campo em atividades cujas áreas
de interesse esteja no limite entre fusos. Sendo assim, os ponto situados em até 30’ nas
zonas de superposição são calculados no próprio fuso e no contíguo.
– É o sistema de projeção oficial adotado para o mapeamento sistemático brasileiro.

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Sistema UTM

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Sistema UTM

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Sistema UTM

Meridiano Central : Ko = 0,9996  1/2.500

Meridiano Secante: K = 1  distorção nula

Meridiano Extremo: k = 1,001  1/1.000 31

Sistema UTM

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Linha de secância
• Para determinar a posição da linha de secância entre o cilindro
transverso e o globo terrestre, utiliza-se a fórmula do coeficiente de
distorção linear do sistema de projeção UTM:

• Fazendo uma simplificação e considerando a forma matemática da


Terra como uma esfera, e não o elipsoide, tem-se:

onde:
k = coef. deformação linear;
1 . ko = 0,9996 (k no Merid. Central do fuso)
φ, λ = latitude e longitude
λo = latitude do Merid. Central do fuso

Linha de Secância
• Qual a longitude da linha de secância no fuso UTM?

– Sabendo que
1 .

– E que na linha de secância o k=1, então:

1 .

1 .

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Linha de Secância
• Qual a longitude da linha de secância no fuso UTM?

1 .

. 1

Linha de Secância
• Qual a longitude da linha de secância no fuso UTM?

1

onde:
± = obter a linha de secância no lado
oeste ou leste do Meridiano Central

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Linha de secância

lat long.LS1 long.LS2 MC ME1 ME2


0 -43,3794 -46,6206 -45 -42 -48
-5 -43,3732 -46,6268 -45 -42 -48
-10 -43,3544 -46,6456 -45 -42 -48
-15 -43,3222 -46,6778 -45 -42 -48
-20 -43,2753 -46,7247 -45 -42 -48
-25 -43,2118 -46,7882 -45 -42 -48
-30 -43,1286 -46,8714 -45 -42 -48
-35 -43,0215 -46,9785 -45 -42 -48
-40 -42,8842 -47,1158 -45 -42 -48
-45 -42,7078 -47,2922 -45 -42 -48
-50 -42,4783 -47,5217 -45 -42 -48
-55 -42,1738 -47,8262 -45 -42 -48
-60 -41,7575 -48,2425 -45 -42 -48
-65 -41,1629 -48,8371 -45 -42 -48
-70 -40,2568 -49,7432 -45 -42 -48
-75 -38,7267 -51,2733 -45 -42 -48
-80 -35,6267 -54,3733 -45 -42 -48
-85 -26,0651 -63,9349 -45 -42 -48

Linha de secância
UTM
0
-60 -57 -54 -51 -48 -45 -42 -39 -36 -33 -30
-5
-10
-15
-20
-25
-30
-35
-40
-45
-50
-55
-60
-65
-70
-75
-80
-85

Linha Secância 1 Linha Secância 2


Meridiano Extremo 1 Meridiano Extremo 2

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Linha de secância
UTM
-49 -48,5 -48 -47,5 -47 -46,5 -46 -45,5 -45 -44,5 -44 -43,5 -43 -42,5 -42 -41,5 -41
0
Extensão
Latitudinal
-5
Brasileira

-10

-15

-20

-25

-30

-35
Linha Secância 1 Linha Secância 2
Meridiano Extremo 1 Meridiano Extremo 2

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Sistema RTM
• O RTM é uma especificidade do sistema de projeção UTM. Sua
conceituação é similar ao sistema UTM;
• É utilizado em aplicações regionais.
• Características:
– Projeção conforme de Gauss (superfície de projeção cilíndrica transversa).
– Fusos de 2º de longitude.
– Fator de redução de escala K0= 0,999995
– Distorção linear no meridiano central = 1/200.000 e 1/9.000 no meridiano
extremo.
– Origem: N = 5.000.000 e E= 400.000

41

Sistema LTM
• O LTM é uma especificidade do sistema de projeção UTM. Sua
conceituação é similar ao sistema UTM e RTM;
• É utilizado em aplicações locais.
– Ex. Adotada pelo Instituto de Cartografia Aeronáutica para mapeamento de
aeroportos, na escala 1/2000.
• Características:
– Projeção conforme de Gauss (superfície de projeção cilíndrica transversa).
– Fusos de 1º de longitude.
– Fator de redução de escala, K0= 0,999995
– Distorção no meridiano central = 1/200.000
– Origem: N = 5.000.000 e E= 200.000

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UTM, RTM e LTM

43

UTM, RTM e LTM

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UTM, RTM e LTM

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UTM, RTM e LTM

• O Sistema UTM é bastante utilizado, em nível mundial, na


Cartografia e Sistemas de Informações Geográficas;

• Aplicações em Obras de Engenharia, Cadastro Territorial


Multifinalitário  Sistema de coordenadas ortogonal  LTM ou
RTM ;

• Se a área de interesse abrange vários fusos??? Ex: Estado Minas


Gerais.
– Solução: Utilizar outras Projeções
– Segundo IBGE no Brasil se utiliza-se principalmente a projeção Policônica e a
projeção Cônica Normal de Lambert

46

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Aula Prática
• Nas aulas práticas serão respondidas questões como:
– Como proceder caso a área de mapeamento localize entre dois fusos?
– Como configurar a projeção RTM e LTM no ArcGIS?

47

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Projeções Cônicas
• As projeções Cônicas, como a Policônica, Albers e Lambert, são
bastante utilizadas no Brasil.
• Segundo Ilife (2000), a projeção cônica pode ser considerada uma
projeção geral, já que uma projeção cônica tangente ao polo se
comporta como uma projeção plana azimutal. Já uma projeção
cônica tangenciando o equador se comporta como uma projeção
cilíndrica;
• A projeção cônica é recomendável para regiões com grandes
extensões longitudinais, particularmente em regiões de latitudes
médias;
• Esta projeção utiliza da definição de um meridiano central
(longitude) e de 1 ou 2 paralelos padrões (latitude de tangência).
Sempre o meridiano central irá ser representado como uma reta
que converge para um dos polos.

49

Projeção Policônica
• Não é nem conforme nem equivalente. Utiliza
como superfície intermediária de projeção
diversos cones tangentes em vez de apenas
um.
• No caso normal os eixos dos cones são
coincidentes com o eixo terrestre. Os cones
tangenciam a superfície terrestre em seus
paralelos, de modo que a cada um
corresponda à um cone tangente, sendo os
paralelos representados por um arco de
círculo.
• O meridiano central é representado por uma
reta ortogonal ao Equador, que também é uma
reta; Os demais meridianos são curvas
complexas;

50

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Projeção Policônica
• Utilização
– Mapas topográficos de grandes áreas e
pequena escala;
– Cartas gerais de regiões não muito extensas;
– Levantamentos hidrográficos;
– Mapa Internacional do Mundo foi realizado
inicialmente através da projeção policônica.
Após foi substituída pela cônica conforme de
Lambert.
– No Brasil é utilizada nos mapas da série
1:5.000.000 e 1: 2.500.000 do IBGE, mapas
estaduais e regionais.

51

Projeção Cônica Equivalente de Albers


• Projeção equivalente, normal. Possuem a
representação dos paralelos como arcos de círculos
concêntricos e raios desses arcos, igualmente
espaçados para os meridianos.
• Os paralelos não são igualmente espaçados, sendo o
espaçamento maior próximo ao paralelo padrão e
menor próximo às bordas norte e sul.
• O polo não é o centro dos círculos, mas também
um arco de círculo.
• Os paralelos padrões devem ser tomados de forma
a minimizarem a distorção em uma determinada
região
• No Brasil está sendo atualmente utilizada no Projeto
SIVAM.

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Projeção Cônica Normal de Lambert


• Parecido com a projeção de Albers, seguindo a ideia dos
espaçamentos dos paralelos
• É uma projeção conforme, porém em altas latitudes, a
propriedade não é válida, devido às grandes deformações
introduzidas.
• As linhas retas entre pontos próximos aproximam-se de arcos
de círculos máximos.

• Snyder (1987) e Ilife (2000) citam que a definição das 2


latitudes definidas como paralelos padrões deve estar
distante dos extremos da região mapeada em 1/6 da
amplitude latitudinal;
• A escala, reduzida entre os paralelos padrões, é ampliada
exteriormente a eles. Isto aplica-se às escalas ao longo dos
meridianos, paralelos ou qualquer outra direção, uma vez
que é igual em um ponto dado.

53

Projeção Cônica Normal de Lambert


• Utilização:
– Aplicação em regiões com pequena diferença de
latitude (um paralelo padrão).
– Manutenção das formas das áreas e precisão de
escala satisfatória. Mapeamento de utilização
geral.
– Com dois paralelos padrões tem ampla aplicação:
pela Organização Internacional da Aviação Civil
(OIAC): Cartas Aeronáuticas na escala
de1:1.000.000;
– estudo de fenômenos meteorológicos
(Organização Mundial de Meteorologia);
– cartas sinóticas;
– Atlas;
– Carta Internacional do Mundo 1:1.000.000

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Parâmetros para Projeções

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Outras Projeção
• Aplicações em Mapas Globais

Representação Global

Representação Global

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Outras Projeção
• Aplicações em Mapas Globais

Representação Global
Navegação área e marítima

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Outras Projeção
• Aplicações em Mapas Globais

Representação Global Representação do Clima em nível global

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Outras Projeção
• Regionais

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Outras Projeção

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Indicatriz de Tissot
• A indicatriz ou elipse de Tissot é o instrumento matemático que
permite calcular e representar graficamente as deformações das
projeções num dado ponto.
• A indicatriz de Tissot permite que sejam visualizados os valores de
distorção de escala para um ponto qualquer e para qualquer direção a
partir daquele ponto.
– Se a projeção for conforme num dado ponto a indicatriz irá manter-se circular,
apesar de esta ser maior ou menor que a original;
– Se a projeção for equivalente num dado ponto é provável que a indicatriz não seja
um círculo;
– Se a projeção for afilática num dado ponto a indicatriz pode variar tanto em forma
com em tamanho.

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Indicatriz de Tissot

Fonte: Firkowski e Sluter (s.d.)


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Transformação de Datum
• Em Cartografia Digital é corriqueiro a transformação entre sistemas de
referências (Datum);
• Durante muito tempo utilizou-se como datum padrão no Brasil os data SAD-69
e Córrego Alegre. Todo o mapeamento sistemático brasileiro utilizou-se destes
dois data;
• Em 2005, tornou-se vigente o datum SIRGAS 2000. Logo, ao se utilizar dados
das cartas topográficas do mapeamento sistemático é necessário realizar a
transformação do datum SAD-69/C.A. para o SIRGAS 2000;
• Apresenta-se quatro métodos de transformação entre data:
– Método dos Três Parâmetros (Translação Geocêntrica);
– Método dos Sete Parâmetros;
– Método de Molodensky;
– Método de Grades Ntv2
65

Transformação de Datum
• Transformação Três Parâmetros ou Translação Geocêntrica:
– Transforma-se o sistema de coordenadas de origem para o sistema de
coordenadas cartesianas geocêntricas;
– Aplica-se uma translação (ΔX, ΔY, ΔZ) nos eixos cartesianos geocêntricos
do sistema de origem. Esta translação é a diferença entre a origem dos
dois elipsóides dos diferentes data.
– Retorna do sistema cartesiano geocêntrico para o sistema de coordenadas
de origem

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Transformação de Datum
• Transformação de Sete Parâmetros:

– Método mais acurado que o anterior;


– Consiste em adicionar 4 parâmetros a mais que a translação geocêntrica (3
rotações e 1 fator de escala);
– 7 parâmetros (ΔX, ΔY, ΔZ, rx, ry, rz, S)
– Utilizado nos EUA, Europa e Austrália;
– Ex: Conversão do WGS72 para WGS84  (0.0, 0.0, 4.5, 0.0, 0.0, -0.554, 0.227)

67

Transformação de Datum
• Transformação de Molodensky:
– Realiza a conversão entre dois sistemas de coordenadas geodésicos (com
data/datuns diferentes) sem a necessidade de se converter o sistema para
coordenadas cartesianas geocêntricas;
– Utiliza 5 parâmetros: 3 translação (ΔX, ΔY, ΔZ), diferença entre os semieixos
maiores dos dois elipsóides (Δa) e a diferença entre os achatamentos (Δf);

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Transformação de Datum
• Transformação por Grades Ntv2:
– As grades regulares é uma forma padronizada de se realizar transformações entre
sistemas de referências (datum); Podem ter duas alternativas de Grades:
– A primeira basicamente modela as distorções entre os sistemas, construindo uma grade
denominada grade de distorção (GD), onde contem as distorções (Δφ, Δλ). A conversão
das coordenadas para o outro sistema se dá através da aplicação de parâmetros de
transformação e posteriormente uma interpolação bilinear é realizada para obter as
correções na GD;
– A segunda é a geração de grades contendo as transformações completa das diferenças
entre as realizações. Esta grade é chamada de Grade de Transformação (GT) e os
valores interpolados nesta grade proporcionam a transformação entre as realizações
incorporadas à modelagem das distorções.
– As informações contidas nos nós das grades (GD e GT) são geradas a partir de dados de
estações em ambas as realizações.
– O IBGE disponibiliza a grades de transformações dos sistemas de referências oficiais
utilizados (ou que foram utilizados), através de arquivos disponível no ProGRID.

69

Referências bibliográficas

• Alguns texto são baseados ou retirados na íntegra de:

– ABREU, M. V. S. 2011. Notas de Aulas da disciplina EAM451 – Sistema de Informação Geográfica.


Departamento de Engenharia Civil. Universidade Federal de Viçosa.

– ESRI, 2004. Understanding Map Projections.

– FIRKOWSKI, H.; SLUTER, C. s.d. Cartografia Geral e Projeções Cartográficas. Notas de aula. Curso de
Especialização em Geotecnologias. Universidade Federal do Paraná.

– GRIPP JR, J. 2011. Notas de Aulas da disciplina EAM 433 – Cartografia Digital I. Departamento de
Engenharia Civil. Universidade Federal de Viçosa.

– GUIMARÃES, W. D. GRIPP JR, J. 2010. Notas de Aulas Práticas Cartografia Digital. Departamento de
Engenharia Civil. Universidade Federal de Viçosa.

– JEKELI, C. 2006. Geometric Reference Systems in Geodesy. Ohio State University.

– MENEZES, P. M. L. Notas de Aulas Cartografia. Departamento de Geografia. Universidade Federal do Rio


de Janeiro.

– NOSOLINE, I. M. 2009. Sistemas de Projeções Cartográficas.

– VIEIRA, A. J. B.; OLIVEIRA, L. C. 2001. Textos Didáticos: Conceitos importantes de Cartografia Digital.
Universidade Federal do Paraná.
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4. Georreferenciamento de
dados espaciais
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Aula 04 – Georreferenciamento de dados espaciais

Sumário
• Importância
• Definições
– Correção Geométrica;
– Georreferenciamento;
– Ortorretificação;
– Registro;
• Transformações Geométricas
– Isogonal (Conforme / Similaridade);
– Afim;
– Projetiva;
– Spline;
– RubberSheet
– Polinomiais
• RMS
• Reamostragem
– Vizinho Mais Próximo
– Bilinear
– Convolução Cúbica

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Importância

• Ao inserir algum dado espacial (uma imagem, uma planta escaneada ou até
mesmo um arquivo vetorial) em um sistema de cartografia digital ou em um
SIG, onde estes dados não estejam referenciados a um sistema de
coordenadas, projeção e datum, ou quando se tem distorções que são
imprescindíveis de correções é necessário efetuar um georeferenciamento;
• A correção geométrica é um procedimento importante na Cartografia
Digital pois permite (IBGE, 1999):
– integração entre os dados e entre outras bases cartográficas;
– compatibilização entre imagens obtidas em datas diferentes;
– integração de imagens obtidas por sensores diferentes;
– obtenção de estereoscopia a partir de imagens tomadas em posições
diferentes.

Conceitos

• Quando se trabalha com imagens digitais, têm-se o uso de vários termos como
correção geométrica, georreferenciamento e ortorretificação. Gripp Jr. (2009)
define os termos da seguinte forma:
– Correção geométrica (retificação) se refere à correção de distorções na
imagem.
– O termo georreferenciamento é utilizado quando é atribuído algum
sistema de coordenadas e projeção cartográfica à imagem no processo de
correção geométrica.
– Já o conceito de ortorretificação está relacionado às correções geométricas
e o georreferenciamento do sensor, bem como a correção das distorções
na imagem provenientes do relevo terrestre. Como resultado final, todos
os elementos visualizados na imagem estará em uma projeção ortogonal.

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Georreferenciamento de Imagens

• No processo de aquisição de imagens digitais (principalmente de imagens


orbitais), existem diversos erros:

Georreferenciamento de Imagens
Tipo
Procedimento Dados necessários
Georreferenciamento
Aplicação de simples - Pontos de controles
correção geométrica e homólogos no arquivo a ser
Expedito
atribuição de um sistema de corrigido e em campo (ou de
(Georreferenciamento)
coordenadas; um arquivo mais acurado)

Utiliza-se do processo de - Pontos de controles


ortorretificação. homólogos no arquivo a ser
corrigido e em campo (ou de
Rigoroso
Aplica correção geométrica um arquivo mais acurado)
(Ortorretificação)
considerando a influência do
relevo e atribuição de um - Modelo Digital de Elevação
sistema de coordenadas (MDE)

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Erro de Deslocamento do Relevo

Registro de Imagens

• Muitas vezes existe ainda a necessidade de se combinar duas imagens


diferentes de uma mesma área.
• É o caso, por exemplo, de imagens multi-temporais, no qual se deseja
comparar mudanças ocorridas em uma determinada área, em
diferentes épocas.
• Para que duas imagens sejam “espacialmente” comparáveis é
necessário que sofram um tipo de transformação espacial conhecido
como registro.
• Assim o registro pode ser definido como o ajuste do sistema de
coordenadas de uma imagem (dado em pixel/linhas ou em alguma
projeção cartográfica) ao sistema equivalente de outra imagem,
cobrindo a mesma área;
Fonte: CRÓSTA,1992
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Processo do Georreferenciamento

• Segundo Fonseca (2004), o processo de correção geométrica compreende três


etapas:
– Mapeamento Direto
– Mapeamento Inverso
– Reamostragem

Processo do Georreferenciamento

• Segundo Fonseca (2004), o processo de correção geométrica compreende três


etapas:
– Mapeamento Direto Estabelece a relação entre o sistema de coordenadas da
imagem bruta e o sistema de coordenadas da base de
– Mapeamento Inverso referência (mapas, pontos determinados em campo, ou
imagem previamente corrigida).
– Reamostragem
Nesta fase será determinada uma nova malha de linhas e
colunas, orientadas segundo um novo Sistema Geodésico
e uma Projeção, gerando uma nova posição para os
centros dos pixels na imagem corrigida;

Processo de Transformações Geométricas


(obtenção dos parâmetros de transformação e realização
da transformação inversa de modo a obter a nova
localização de cada feição)

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Processo do Georreferenciamento

• Segundo Fonseca (2004), o processo de correção geométrica compreende três


etapas:
– Mapeamento Direto Inverte a transformação geométrica usada
no mapeamento direto, permitindo que se
– Mapeamento Inverso retorne à imagem original para que se
definam os níveis de cinza que irá compor a
– Reamostragem imagem corrigida.

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Processo do Georreferenciamento

• Segundo Fonseca (2004), o processo de correção geométrica compreende três


etapas:
– Mapeamento Direto
– Mapeamento Inverso Ela usa a informação sobre níveis de cinza
conseguida pelo mapeamento inverso e
– Reamostragem realiza uma interpolação para definir os
valores de nível de cinza que irá compor
cada célula da imagem corrigida

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Transformações Geométricas

• O processo de georreferenciamento utiliza de modelo matemáticos


(transformações geométricas) com o objetivo de relacionar o sistema de
coordenadas da imagem ou do arquivo vetorial de origem com o sistema de
coordenadas terrestre.
• Existem vários tipos de transformações geométricas, cada um com suas
especificidades, para utilizar no processo de georreferenciamento. Abaixo estão
listadas a transformações disponíveis no ArcGIS:
– Isogonal (Conforme ou Similaridade);
– Afim
– Projetiva
– Polinomial
– Spline
– Rubbersheeting;
– Edge Matching;
– Ajustada;

13

Transformações Geométricas

Isogonal ou Conforme ou Similaridade ou Helmert


• Como propriedade fundamental tem-se a preservação da forma. Os comprimentos
podem ser alterados, mas a forma não.
• 2D  2 translações (Dx e Dy), 1 rotação (α), 1 escala (s)  4 parâmetros (a,b,c,d) 
requer 2 pts controle;

Xnovo = a.Ximg + b.Yimg + c


Ynovo = - b.Ximg + a.Yimg + d
Onde:
a = s.cos(α); b = s.sen(α);
c = Dx; d = Dy;

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Transformações Geométricas

Afim
• Como propriedade fundamental tem-se o paralelismo invariante. Lados
paralelos antes da transformação, permanecem paralelos. Pode haver
alterações dos comprimentos e da forma.
• 2D  2 translações (Dx e Dy), 1 rotação (α), 2 escala (Sx e Sy), 1 fator de não-
ortogonalidade entre os eixos x e y (ε)  6 parâmetros (a,b,c,d, e,f)  requer 3
pts controle;

Onde:
Xnovo = a.Ximg + b.Yimg + e a = Sx.cos(α); b = Sx.sen(α + ε);
c = -Sy.sen(α); d = Sy.cos (α + ε);
Ynovo = c.Ximg + d.Yimg + f e = Dx; f = Dy;

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Transformações Geométricas

Projetiva
• Como propriedade fundamental tem-se a preservação da colinearidade entre três
pontos, ou seja, três pontos colineares antes da transformação, permanecem
colineares.
• Muito utilizado em imagens aéreas (fotogrametria)
• 2D  8 parâmetros (a,b,c,d,e,f,g,h)  requer 4 pts controle;

Xnovo = (a.Ximg + b.Yimg + c) / (g.Ximg + h.Yimg + 1)


Ynovo = (d.Ximg + e.Yimg + f ) / (g.Ximg + h.Yimg + 1)

Não se sabe o que representa cada parâmetro utilizado.

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Transformações Geométricas

Polinomial
• O modelo matemático são polinômios utilizados para transformações de uso geral.
Podem ser divididos em várias ordens:
• 1ª Ordem: é igual à transformação Afim. Necessita de 3 pontos;
• 2ª Ordem: não preserva a forma (distorção). Linhas retas podem virar curvas.
Necessita de 6 pontos;
• 3ª ordem: Necessita de 10 pontos;

Xnovo = a1 + a2.Ximg + a3.Yimg + a4.X²img + a5.Y²img + a6. X²Y²img

17

Transformações Geométricas

Polinomial
Polinômios de ordem superior fornecem maior flexibilidade
na deformação da superfície de modo a se ajustar bem aos pontos de
controle;
Logo, uma função polinomial de alta ordem
podem deformar significativamente as coordenadas de pontos que não são
de controle e produzir distorções significativas.
RMS (raiz do erro quadrático médio) pode ser usado para avaliar a
qualidade do ajuste para os pontos de controle. Ao utilizar polinômios de
alto grau o RMS tende a diminuir, mas isso não mede a distorção ponto
que não são de controle.
Para avaliar uma imagem georreferenciada deve-se aplicar o Controle de
Qualidade Posicional, através de normas especificas.

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Transformações Geométricas

Spline
• Se ajusta muito bem no ponto de controle, mas não se mantém confiável
em uma área sem pontos; Tem uma acurácia local muito boa;
• Utilizados quando os pontos de controle são muito importantes e tem que
ser registrados precisamente.
• Necessita de um mínimo de 3 pontos;

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Transformações Geométricas

Edge Matching
• Transformação utilizada para fazer o ajuste das bordas (lados) entre dois
planos de informações (layers);
• Utilizada para ajustar (unir) as bordas de cartas do mapeamento
sistemático brasileiro;
• O plano de informação a ser ajustada (entrada) deverá ser a menos
acurada;

Source Target
(less accurate) (more accurate)

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Transformações Geométricas

Ajustada (Adjust)
• Seu algoritmo combina uma transformação polinomial e técnicas de
interpolação TIN (Rede irregular de triângulos).
• Otimiza a acurácia local (pontos se ajustam exatamente) e o ajustamento por
mínimos quadrados.
• Exige um mínimo de 3 pontos de controle.

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Transformações Geométricas

Rubber Sheeting
• Distorções geométricas geralmente ocorrem em dados. Estas distorções podem ser
causadas por:
– Imperfeição no registro de um mapa compilado;
– falta de controle geodésico nos dados;
• Rubber sheeting corrige falhas através de um ajustamento geométrico
de coordenadas;
• A transformação literalmente “estica” a superfície, movimentando feições através
de várias transformações, em cada região (por partes), que preserva linhas retas.
• Rubber Sheeting é comumente usado após uma transformação para refinar ainda
mais a precisão.

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Transformações Geométricas

Rubber Sheeting
• Utilizada para correção de arquivos vetoriais DGN de cartas topográficas brasileiras.
– Grande parte dos arquivos DGN do IBGE estão deslocados quando comparados com as
cartas em formato TIFF. Logo, utiliza-se a transformação Rubber Sheeting para corrigir
este deslocamento.

Target layer (accurate)

Source layer (inaccurate)

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Transformações Geométricas

Rubber Sheeting
• Rubber Sheeting utiliza dois TIN para interpolar alterações em X (dX) e
mudanças em Y (dY) para as coordenadas de acordo com as discrepâncias dos
pontos de controle. Cada TIN tem a mesma estrutura de triangulação. A partir do
ponto de controle (no arquivo a ser corrigido) e todos os pontos de limite é gerada a
triangulação. Logo todo os pontos de controle e pontos de limite serão um nó do
TIN. Um nó é definido pela suas coordenadas x, y e o valor de z.
• O valor z de cada nó é usado para interpolar. O valor z é a diferença
(deslocamento) entre o ponto no arquivo original e sua posição correta. Para
pontos de limite do arquivo, o valor do z é zero (0). O processo de interpolação
pode ser pelo método Linear ou pelo método do Inverso da Distância (IDW)
• O valor z interpolados a partir do TIN dY é adicionado à coordenadas Y. Por exemplo,
se uma coordenadas de entrada é 1000,1500, e dX para este ponto é de 20, e dY é -
100, a saída coordena após AJUSTE será 1020,1400 (1000 + 20 = 1020 e 1500 + (-
100) =1,400).

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Transformações Geométricas
Rubber Sheeting

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RMS

• Fórmula do RMS no ArcGIS:

– Onde e = erro (discrepância entre o ponto de controle e o mesmo ponto depois da


transformação; ou o resíduo do ajustamento pelo MMQ);

• Padrões p/ comparação (Georreferenciamento de um mapa):


– RMS ≤ Erro de Graficismo (0,2mm x escala);
• Padrões p/ comparação (Georreferenciamento de uma imagem orbital):
– RMS ≤ (0,5 * Pixel);

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Reamostragem

• A reamostragem é a última etapa do processo de georreferenciamento. Ela usa a


informação sobre níveis de cinza conseguida pelo mapeamento inverso e realiza
uma interpolação para definir os valores de nível de cinza que irá compor a imagem
corrigida.
• Os principais métodos de reamostragem são:
– vizinho mais próximo, que usa o nível de cinza mais próximo ao resultado do
mapeamento inverso, ou seja, mantém as estatísticas da imagem;

– bilinear, que usa três interpolações lineares sobre os quatro pixels que cercam
o resultado do mapeamento inverso, duas ao longo das linhas e uma na direção
das colunas. Há alteração do nível de cinza da imagem original;

– convolução cúbica, que usa cinco interpolações polinomiais do terceiro grau


sobre os dezesseis pixels que cercam o resultado do mapeamento inverso,
quatro ao longo das linhas e a quinta na direção das colunas. Há alteração do
nível de cinza da imagem original.

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Reamostragem
Vizinho Mais Próximo

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Reamostragem
Bilinear

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Reamostragem
Convolução Cúbica

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Importante

• O sistema de projeção e Datum será sempre o mesmo dos pontos de


controle, ou o mesmo de uma imagem no caso de registro;
• Utilizar pontos de controle bem distribuídos na área de estudo para
realizar o processo de georreferenciamento, ortorretificação ou registro;
• O RMS deve ser menor que o erro aceitável para a escala do mapeamento;
• Quando não se pretende alterar a resolução do pixel a reamostragem por
vizinho próximo é a mais indicada, já que irá preservar as estatísticas da
imagem;

31

Referências bibliográficas
• Alguns texto são baseados ou retirados na íntegra de:

– ABREU, M. V. S. 2011. Notas de Aulas da disciplina EAM451 – Sistema de Informação Geográfica.


Departamento de Engenharia Civil. Universidade Federal de Viçosa.

– CRÓSTA, A.P., 1992. Processamento Digital de Imagens de Sensoriamneto Remoto,UNICAMP;

– ESRI, 2012. An overview of spatial adjustment. Acessado em 23/03/2012 <


http://webhelp.esri.com/arcgiSDEsktop/9.3/index.cfm?TopicName=An_overview_of_spatial_adjustment >.

– FONSECA, L.M.G., 2004. Processamento Digital de Imagens,INPE.

– GRIPP JR, J. 2011. Notas de Aulas da disciplina EAM 433 – Cartografia Digital I. Departamento de
Engenharia Civil. Universidade Federal de Viçosa.

– GRIPP JR, Joel. Ortorretificação de imagens de alta resolução para aplicação no cadastro técnico rural e
mapeamento de áreas de preservação permanente e reservas legais. Tese de Doutorado. Universidade
Federal de Viçosa. 2009.

– GUIMARÃES, W. D. GRIPP JR, J. 2010. Notas de Aulas Práticas Cartografia Digital. Departamento de
Engenharia Civil. Universidade Federal de Viçosa.

– SANTOS, Afonso de Paula, 2010. Avaliação da acurácia posicional em dados espaciais com o uso da
estatística espacial. Dissertação. Universidade Federal de Viçosa

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5. Generalização Cartográfica
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Aula 05 – Generalização Cartográfica

Sumário
• Histórico
• Conceito
• Objetivos
• Tipos de Generalização
– Semântica (Conceitual ou Modelo ou Atributos)
– Geométrica
• Bases Cartográficas Multi-Escala
• Generalização Automática
• Aplicação Prática
– Generalização em Polígonos;

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Histórico

• A generalização cartográfica, mesmo sem saber, é utilizada desde o


princípio da cartografia, visto os desenhos e mapas apresentados em
pinturas rupestres, na idade das pedras.

• McMaster e Shea (1992) descrevem o histórico da generalização


cartográfica com o relato sobre o assunto no início do século XX, mais
precisamente em 1908, onde o cartógrafo alemão Max Eckert descrevia
sobre o assunto no boletim da Sociedade Americana de Geógrafos.

• Em 1942, J. K. Wright abordou o assunto dividindo a generalização


cartográfica em dois componentes: a simplificação, onde se manipula a
informação bruta de modo a simplificar e mostrar com uma maior clareza
no mapa; e a ampliação, onde se manipula uma informação que é muito
escassa.
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Histórico
• Erwin Raisz explorou bastante o assunto entre a década de 1940 a 1960.
Este autor dizia que na generalização não há regras, mas consiste num
processo de combinação, omissão e simplificação e que uma generalização
inteligente demanda um bom conhecimento de geografia e cartografia
além de um ótimo senso de proporção.

• Em 1960, Arthur Robinson em seu livro Elements of Cartography descrevia


a generalização cartográfica em três importantes etapas: 1) realizar a
seleção de objetos/feições que serão representadas; 2) simplificar suas
formas; 3) avaliar a importância relativa entre os itens a serem
representados e ordená-los.

Histórico
• As primeiras pesquisas sobre generalização automática foram realizas na
década de 1960. Apesar de mais de 50 anos de pesquisas o que se tem, hoje,
resume-se a pouco mais que uma dúzia de algoritmos de generalização.
• Algumas operações de generalização (como simplificação gráfica, classificação,
eliminação e agregação) já existem nos SIGs comerciais, mas com o objetivo de
edição gráfica.
• A maioria das empresas comerciais de SIG ignorou ou continua ignorando o
tema da generalização cartográfica. Muitos pesquisadores, empresas e
profissionais argumentam que a generalização automática ainda é um
problema por resolver, ou seja, não existe uma solução computacional e além
disso os benefícios práticos e econômicos de uma solução completamente
automática são altamente duvidosos. Por isso a produção cartográfica ainda
hoje é mantida em versões de dados generalizados manualmente em múltiplas
escalas.

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Conceito
• Os mapas são modelos / abstrações do mundo real onde nem tudo pode
ser representado e/ou descrito de forma exata.
• O processo de editar um mapa para aumentar a legibilidade e enfatizar
informação importante é chamado generalização.
• O processo de reduzir o nível de detalhe de um mapa, como consequência
da redução da escala do mapa, é chamado generalização cartográfica.

• Generalização Cartográfica define-se como um processo de ajustamento de


conteúdo (atributo) e gráfico, com a finalidade de melhorar o uso de dados
geográficos a um nível mais elevado da percepção visual de entidades
espaciais / temporais tal como as suas relações (LOPES, 2005).

Conceito
• Atualmente a grande maioria da população lida rotineiramente com a
generalização cartográfica, seja com o uso de navegadores veicular e
celular, na utilização de alguma ferramenta webmapping como o usual
Google Maps, Google Earth, Bing Maps, entre outros.

A generalização pode ser entendida como um processo de interpretação que conduz a uma
visão de nível mais elevado (em uma escala menor) acerca de algum fenômeno.

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Conceito

• Pretende-se com a generalização reduzir a complexidade de um mapa ao


manter os elementos e a prioridade das entidades cartográficas de acordo
com a finalidade do mapa. Isto é usual nos mapas topográficos impressos, a
qual impõem exigências tradicionais elevadas no que diz respeito a
precisão, legibilidade e qualidade estética.

Objetivos

• Os objetivos da generalização são basicamente, preservar padrões


geográficos e dar ênfase a informação temática de um mapa.

• Há considerações múltiplas que motivam a generalização em cartografia:


– Teórica: a generalização ajuda a contrariar as consequências indesejáveis de
redução da escala;
– Aplicações específicas: tenta-se focar no propósito do mapa, nos possíveis
utilizadores e na forma como transmite a sua informação;
– Computacional: tenta-se adquirir o equilíbrio certo entre algoritmos, máxima
redução de dados e memória mínima ou exigências de disco.

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Tipos de Generalização

• As ações da generalização foram decompostas em diversos operadores


básicos agrupados em transformações espaciais e de atributos.

• Basicamente existem dois tipos de generalização: a generalização


semântica e a generalização geométrica.

• A generalização semântica (modelo ou conceitual ou de atributos) é


fundamentada na definição da informação relevante na qual o mapa deve
transmitir.

• A generalização geométrica se constitui na manipulação de características


gráficas de objetos representados no mapa. Exemplo a generalização de
hidrografia na escala de 1:50.000 e 1:250.000;

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Generalização Semântica
• Pode-se incluir na generalização semântica, a transformação de atributos,
que engloba os seguintes operadores:

• Classificação e
Simbolização Processo de generalização ao quais objetos são
agrupados, em categorias, mediantes as suas
semelhanças (atributos). Ao final, atribui
• Agregação símbolos para representar a classificação.

• Seleção / Omissão
/ Eliminação

13

Generalização Semântica

• Pode-se incluir na generalização semântica, a transformação de atributos,


que engloba os seguintes operadores:

• Classificação e é uma transformação na qual se agrega pontos de


Simbolização mesmo atributo / classe, em um objeto de ordem mais
elevada. Após a agregação obtém-se uma maior
clareza na representação. Um exemplo claro é quando
• Agregação se tem um conjunto de edificações em uma cidade,
representados em uma escala cadastral 1:2.000. Ao
representar esta região na escala de 1:100.000 as
• Seleção / Omissão edificações dão lugar a uma mancha urbana.
/ Eliminação

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Generalização Semântica
• Pode-se incluir na generalização semântica, a transformação de atributos,
que engloba os seguintes operadores:

• Classificação e é o processo de generalização na qual o especialista


Simbolização define quais objetos no banco de dados geográficos
serão representados no mapa. Para tanto, é feito uma
seleção dos objetos que não serão representados ou
• Agregação omitidos no mapa final.

• Seleção / Omissão
/ Eliminação

15

Generalização Geométrica

• A generalização geométrica busca criar um mapa que tenha uma boa


qualidade visual, tornando-o uma boa ferramenta de comunicação.

• Basicamente é uma transformação gráfica de objetos classificados e


agregados no mapa.

• Esta generalização geométrica engloba operadores que manipulam a


estrutura geométrica e topológica dos dados, tais como: simplificação,
suavização, realce, fractalização, fusão, amalgamação, colapso, exagero,
tipificação, deslocamento, refinamento e anamorfose.

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Generalização Geométrica
• Simplificação é uma combinação de muitas operações incluindo a
• Suavização eliminação de pequenos objetos do mapa, da redução de
pontos numa linha ou superfície, suavização de linhas ou
• Realce limite de áreas, e ainda ajustamento da posição de cada
• Fractalização ponto de uma linha de acordo com a posição dos seus
• Fusão pontos circunvizinhos, a fim de diminuir a angularidade e a
preservação de características geométricas, tais como a
• Amalgamação dimensão fractal de uma linha ou dos cantos retangulares de
• Colapso um edifício
• Exagero
• Tipificação
• Deslocamento
• Refinamento
• Anamorfose

17

Generalização Geométrica

• Simplificação Em dados vetoriais, as curvas de feições lineares que são


• Suavização demasiadamente angulosas podem ser suavizadas
aplicando algoritmos de suavização, mantendo apenas as
• Realce tendências mais significativas da linha. Tais processos
• Fractalização adicionam nós ou vértices entre os pontos existentes de tal
• Fusão maneira que fazem a linha inteira parecer mais lisa,
ajudando a reduzir os ângulos acentuados. Normalmente a
• Amalgamação versão suavizada oferece uma representação estética mais
• Colapso agradável.
• Exagero
• Tipificação
• Deslocamento
• Refinamento
• Anamorfose

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Generalização Geométrica
• Simplificação As formas e tamanhos de entidades por vezes precisam ser
• Suavização exagerados ou enfatizados para satisfazer as exigências
específicas de um mapa. Com os processos da generalização
• Realce os objetos lineares podem tornar-se mais lisos, podendo
• Fractalização haver necessidade de realçar partes de objetos que se
• Fusão pretenda evidenciar, como por exemplo curvas em estradas.
A diferença para a transformação exagero, é que o operador
• Amalgamação de realce funciona a maior parte das vezes, com a
• Colapso simbolização de entidades.
• Exagero
• Tipificação
• Deslocamento
• Refinamento
• Anamorfose

19

Generalização Geométrica

• Simplificação As entidades tais como linhas de costa são normalmente


• Suavização muito complexas e a sua suavização (ou realce de detalhes)
na escala maior podem ser conseguidos aplicando técnicas
• Realce fractais, onde cada componente individual de uma linha
• Fractalização suavizada na escala maior é uma replica exata do
• Fusão componente da linha na escala menor. A definição fractal da
linha força normalmente os ângulos menores ao longo da
• Amalgamação linha a tornarem-se maiores efetuando a suavização da
• Colapso linha.
• Exagero
• Tipificação
• Deslocamento
• Refinamento
• Anamorfose

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Generalização Geométrica
• Simplificação
Quando a mudança de escala é significativa, por vezes é
• Suavização impossível preservar as características individuais de
• Realce entidades lineares. Então, estas entidades lineares devem
• Fractalização ser fundidas. Esta transformação é chamada fusão. De certo
modo, a fusão é semelhante a agregação pois ambas unem
• Fusão entidades, mas a agregação efetua-se em entidades
• Amalgamação adimensionais, a fusão opera em dados unidimensionais; i.e.
• Colapso pontos versus entidades lineares.

• Exagero
• Tipificação
• Deslocamento
• Refinamento
• Anamorfose

21

Generalização Geométrica

• Simplificação A transformação de amalgamação assemelha-se às


transformações agregação e fusão, mas enquanto estas
• Suavização operam em entidades adimensionais e unidimensionais, a
• Realce amalgamação opera com entidades bidimensionais, ou seja,
• Fractalização áreas. Na amalgamação de áreas num elemento maior, é
frequentemente possível reter as características gerais
• Fusão dessas áreas apesar de uma redução de escala. Por exemplo,
• Amalgamação se um mapa cobrir uma área que contém muitos lagos
• Colapso pequenos, esses lagos podem judiciosamente ser
amalgamados em lagos maiores, e reter as características
• Exagero originais do mapa quando a escala é reduzida.
• Tipificação
• Deslocamento
• Refinamento
• Anamorfose

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Generalização Geométrica
• Simplificação A transformação chamada Colapso, consiste na redução da
• Suavização dimensão de um objeto. Em mapas de pequena escala
• Realce muitos objetos que são representados por polígonos não
podem ser representados proporcionalmente à sua escala.
• Fractalização Em vez disso são representados por pontos ou linhas. Por
• Fusão exemplo, na figura abaixo onde um rio, alarga num lago.
• Amalgamação Quando a escala do mapa é reduzida, as margens do rio
fundem-se. Como o rio, que é representado por uma
• Colapso entidade linear, alarga num lago que é representado por
• Exagero uma entidade poligonal, há um ponto de ramificação, onde
• Tipificação os dois lados do rio podem ser delineados claramente sem
coalescência do espaço entre as duas derivações da linha.
• Deslocamento
• Refinamento
• Anamorfose

23

Generalização Geométrica

• Simplificação é usada para mudar as formas e tamanhos de entidades, de


• Suavização modo que são exageradas para satisfazer as exigências
específicas de um mapa. Isto é frequentemente motivado
• Realce pelo fato do tamanho físico, de muitos objetos do mapa, não
• Fractalização permitir que sejam representados de forma conveniente. O
• Fusão exagero não é mais do que o realce gráfico de características
significativas de entidades do mapa.
• Amalgamação Em mapas de pequena escala, muitos dos objetos que são
• Colapso importantes para serem representados são pequenos na
• Exagero realidade, tal como estradas, edifícios ou pontes então a
sua representação terá que ser exagerada.
• Tipificação
• Deslocamento
• Refinamento
• Anamorfose

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Generalização Geométrica
• Simplificação Tipificação significa que um grande número de objetos
• Suavização discretos com formas similares são representados por um
pequeno número de objetos que tem a mesma forma
• Realce típica. Os objetos tipificados têm que preservar as
• Fractalização características iniciais da distribuição. Aplica-se este
• Fusão operador quando a escala do mapa não permitir uma
representação geométrica exata da entidade. Em alguns
• Amalgamação casos os pequenos objetos isolados de uma classe podem
• Colapso juntar-se em outra classe dominante.
• Exagero Pretende-se assim reduzir a densidade das entidades e o
nível de detalhe, mantendo a distribuição representativa do
• Tipificação padrão e impressão visual do grupo da entidade original. Por
• Deslocamento exemplo, reduzir a importância do detalhe numa rede de
• Refinamento drenagem sem perder a impressão visual desta estrutura.

• Anamorfose

25

Generalização Geométrica

• Simplificação A transformação espacial chamada deslocamento é usada


para evitar a fusão entre entidades, quando a colocação de
• Suavização
duas ou mais entidades no mapa entram em conflito. O
• Realce objetivo é ser capaz de usar simbolização de entidades
• Fractalização mesmo quando a sua colocação física as sobrepõe ou
fiquem muito aproximadas. Este processo é terminado
• Fusão
geralmente de forma manual.
• Amalgamação
• Colapso
• Exagero
• Tipificação
• Deslocamento
• Refinamento
• Anamorfose

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Generalização Geométrica
• Simplificação A transformação de refinamento seleciona um número e
• Suavização padrão de entidades que, ou são muito pequenas ou muitas
para serem representadas claramente, e descreve-as de uma
• Realce forma que reduz a complexidade do mapa. Isto é
• Fractalização normalmente feito omitindo as entidades menores, ou
• Fusão entidades que acrescentam pouco à percepção geral do
mapa.
• Amalgamação
• Colapso
• Exagero
• Tipificação
• Deslocamento
• Refinamento
• Anamorfose

27

Generalização Geométrica

• Simplificação
A anamorfose é uma transformação local de um conjunto de
• Suavização objetos a fim de resolver conflitos de proximidade. A
• Realce anamorfose é composta de deslocamentos e deformações
• Fractalização locais com propagação.

• Fusão
• Amalgamação
• Colapso
• Exagero
• Tipificação
• Deslocamento
• Refinamento
• Anamorfose

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Generalização Matricial
Pode-se ter operadores matriciais para a generalização:

• Estrutural (reamostragem de modo a aumentar a dimensão do pixel);


• Numérica (aplicação de filtros);
• Categorização (classificação de imagens – Sensoriamento Remoto);
• Eliminação;
• Amalgamação (Pixels de mesmo valor que estão próximos, porém, não estão
conectados, passam a se conectar);
• Dilatação (Os agrupamentos de pixels são expandidos de acordo com o limiar
proposto);
• Erosão (Aplica-se este operador após a dilatação, removendo pixels espúrios);

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Bases Multi-Escala
 Porque ainda se utilizam mapeamento multi-escala? (LOPES, 2005)

• Não há no mercado nenhuma ferramenta eficaz de generalização para produção,


capaz de produzir os conjuntos de dados;

• Não há nenhuma ferramenta para propagar atualizações numa série de conjuntos


de dados obtidos por generalização, os processos de regenerar conjuntos de dados
são caros e requerem muito tempo;

• Quanto menor for a escala, mais curto é o ciclo de atualização. Consequentemente,


se uma empresa de cartografia pretender manter uma só escala (grande), então
tem que frequentemente atualizar com a precisão geométrica mais elevada, para
responder às necessidades de atualização de escalas maiores;

31

Bases Multi-Escala

 Porque ainda se utilizam mapeamento multi-escala?

• Do ponto de vista da gestão, uma vez que não se pode dispor de duplicação
de esforços que acontecem ao atualizar as diferentes séries de mapas,
como também as inconsistências que podem surgir por este processo.
(?!?!?!)

• Além da visualização da informação geográfica em monitores, os mapas em


papel continuarão a existir, uma vez que são documentos transportáveis
fáceis de manusear e também podem representar mais dados que o
próprio monitor. O mapa como meio de comunicação visual, ainda é o mais
fácil e mais rápido para comunicação de informação geográfica com o
utilizador. (?!?!?!)

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Generalização Automática
• Para cada situação de aplicação da generalização cartográfica, utiliza-se da
experiência e subjetividade do cartógrafo, dos objetivos, do conteúdo e da
mudança de escala para se escolher os operadores a serem utilizados;
• Logo, percebe-se a dificuldade da implementação da generalização
automática;
• A generalização automática está ligada fortemente (inseparável) ao projeto
de estruturas de dados, especialmente para as aplicações que exigem
funções de generalização em tempo real;
• Atualmente a generalização “automática” é realizada utilizando operadores
iterativamente, onde a cada iteração o cartógrafo pode visualizar e alterar
os parâmetros dos algoritmos.

33

Generalização Automática

• Vantagens:
– A descrição da realidade com graus de abstração, variando em
diferentes modelos, ou níveis dentro do mesmo modelo, concentrando-
se na informação essencial para cada grupo de utilizadores ou
finalidades particulares.

– Filtrar o ruído numa imagem ou num mapa e realçar as entidades


essenciais, havendo assim uma quantidade de informação relevante e
legível numa dada escala ou num dado formato.

– espacial/temporal através da Internet. Distribuição e acesso eficazes de


informação maciça

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Generalização de Polígonos
• Como generalizar os polígonos resultantes de uma classificação de
imagens para uma determinada escala?

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Generalização de Polígonos
• Para realizar este processo de generalização cartográfica recorre a alguns
operadores semânticos e geométricos em formato vetorial e matricial;

• Processos:
1. Classificar a imagem (Operador Matricial de Categorização);
2. Reclassificar as classes de uso e ocupação da terra que são similares
(Operador Semântico de Classificação);
3. Conversão do formato matricial para vetorial (Operador Semântico de
Agregação e Operador Geométrico de Simplificação);
4. Eliminação de polígonos menores que a área mínima representável (Operador
de Eliminação);
5. Suavização dos polígonos resultantes (Operador Geométrico de Suavização);

37

Generalização de Polígonos

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Generalização de Polígonos
Classificação de Imagens

• A terminologia “Classificação de imagens digitais” é o processo


quantitativo de extração de informação em imagens para reconhecer
padrões e objetos homogêneos com o objetivo de mapear as áreas da
superfície terrestre (FONSECA, 2000).

• Segundo Mather (2004), o processo de classificação de imagens consiste


no reconhecimento das classes de feições presente na imagem e no
terreno, sendo, assim, realizada uma categorização de cada pixel da
imagem. O processo de categorização é numérico, podendo ser utilizado
diversos algoritmos para a realização deste processo, onde cada número
gerado corresponde a uma classe de feição presente no terreno (Ex.
Água, Pastagem, Mata, Solo Exposto, etc.).

39

Generalização de Polígonos
Classificação de Imagens

• A classificação de imagens é a determinação da relação entre valores de


cinza da imagem e fenômenos mapeados.
• No processo de classificação é inicialmente fixado o conjunto de classes de
interesse e a seguir todos os pixels da imagem podem ser classificados
dentro de uma dessas classes, segundo critério estatístico e de
similaridade.
• Os métodos de classificação, segundo o grau de participação do usuário,
podem ser divididos em duas categorias: classificação supervisionada e
não supervisionada.

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Generalização de Polígonos
Classificação de Imagens

• Na classificação supervisionada, o analista contribui com o conhecimento


a respeito da área (amostras) para estabelecer as classes. Assim, as áreas
onde as classes estão presentes são identificadas (espectralmente) e
impostadas ao ambiente computacional para que, a partir dos valores
correspondentes a estas regiões, sejam calculados os parâmetros
estatísticos (assinaturas espectrais) para cada categoria “classificada”
(média e variância, por exemplo). Em seguida aplica-se um algoritmo de
classificação (Distância mínima, Máxima Verossimilhança – MaxVer, Redes
Neurais, entre outros), utilizando assinaturas espectrais anteriormente
definidas, para que cada pixel possa ser categorizado.

41

Generalização de Polígonos
Classificação de Imagens

• Na classificação não supervisionada o analista não participa da seleção das


classes, apenas escolhe o número de classes que deverá ser gerada. Esta
tarefa é realizada a partir de algoritmos computacionais que analisam o
conjunto de dados espectrais da imagem e nele identificam as classes
espectrais (agrupamento de pixels com características espectrais
similares), gerando as assinaturas espectrais para cada classe. Os
algoritmos mais conhecidos baseiam-se nos princípios de agrupamento
estatístico, sendo um dos mais utilizados o algoritmo ISO Data. Em seguida
utiliza-se um algoritmo de classificação.

42

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Generalização de Polígonos
Classificação de Imagens
Reclassificação das classe

43

Generalização de Polígonos
Tolerância para representar o menor polígono em uma escala

• Para eliminar pequenos polígonos é necessário que estes tenham áreas


menores que uma tolerância de representação para uma dada escala.
• Esta tolerância de representação aqui chamada de Área Mínima
Representável (AMR) corresponde à área mínima de um polígono que
seja legível para o usuário de um mapa em determinada escala.
• Em cartografia, se utiliza como parâmetro o erro de graficismos que
corresponde a 0,2mm, onde este valor representa a acuidade visual (grau
de discernimento) de um individuo em perfeitas condições óticas. Ou seja,
uma pessoa consegue distinguir e representar um seguimento de
magnitude de 0,2 milímetros. Logo, o menor comprimento representável
em uma carta (MCR) é o erro de graficismo multiplicado pelo
denominador da escala de representação.

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Generalização de Polígonos
Tolerância para representar o menor polígono em uma escala

• Em um primeiro momento pode-se pensar que o menor polígono (MP)


representado em uma carta poderia ser a área de um quadrado cujo lado
correspondesse ao erro de graficismo para uma dada escala de
representação.

MP = MCR ²
MP = (Denominador Escala x Erro graficismo)²

45

Generalização de Polígonos
Tolerância para representar o menor polígono em uma escala

• Considerando uma imagem orbital ou aérea, a menor porção representada no


terreno corresponde ao pixel. Sabe-se que não há como identificar um objeto
a partir de um único pixel, então é necessário ter um conjunto de pixels para
que se possa discernir alguma feição no terreno. Segundo Rodrigues (2009)
citando Paredes (1987), em fotogrametria existe o conceito do menor
tamanho de objeto identificável, que corresponde a cinco vezes o valor da
resolução no terreno de uma imagem.

• Considerando a formulação do MP, pode-se fazer uma associação do


comprimento do lado de um pixel com o MCR. Logo, temos que para
representar um polígono de forma legível em um mapa é necessário ter um
conjunto de MP. Logo, faz-se uma relação com o conceito de menor tamanho
de um objeto identificável, e então uma formulação da AMR pode ser
definida como o quadrado da multiplicação do MCR pelo constante (5) do
menor objeto não identificável.

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Generalização de Polígonos
Tolerância para representar o menor polígono em uma escala

• Logo, faz-se uma relação com o conceito de menor tamanho de um objeto


identificável, e então uma formulação da AMR pode ser definida como o
quadrado da multiplicação do MCR pelo constante (5) do menor objeto
não identificável.

AMR = ( MCR x F)² ,


AMR = (Denominador Escala x 0,2 mm x 5 )

onde:
AMR = Área mínima representável;
MCR = menor comprimento representável em uma carta;
F = fator de identificação de um objeto;

47

Generalização de Polígonos
Tolerância para representar o menor polígono em uma escala

• Já para mapeamento de uso da terra, IBGE (2006) define a tolerância para o


termo Menor Área Mapeável (MAM): “considera-se adequado representar a
menor área mapeável por um quadrado de 5mm x 5mm. A relação entre a
menor área mapeada e a área real do terreno está vinculada à escala
utilizada. Em um mapeamento 1: 250.000, por exemplo, a menor área
mapeável equivale a 156 ha".

• O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística utiliza o conceito de área


mínima mapeável (AMM) no mapeamento de Solos. Segundo IBGE (2007) a
AMM é “determinada pelas menores dimensões que podem ser legivelmente
delineadas num mapa ou carta, sem prejuízo da informação gerada nos
trabalhos de campo, o que corresponde na prática, a uma área de
0,4cm² (0,6cm x 0,6cm). A equivalência desta área no mapa, com a área
correspondente no terreno, é função da escala final de apresentação”.

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Generalização de Polígonos
Tolerância para representar o menor polígono em uma escala

• Menor Polígono: MP = (Denominador Escala x 0,2mm) ²

• Área Mínima Representável: AMP = (Denominador Escala x 1,0 mm) ²

• Menor Área Mapeável: MAM = (Denominador Escala x 5,0mm) ²

• Área Mínima Mapeável: AMM = (Denominador Escala x 6,0mm) ²

49

Generalização de Polígonos
Área Mínima Mapeável

• Abaixo segue uma tabela mostrando os valores, em hectares, para o MP,


AMR, MAM e AMM em diversas escalas.
Escala MP AMR MAM AMM
1: 10.000 0,0004 0,01 0,25 0,36
1: 25.000 0,0025 0,0625 1,5625 2,25
1: 50.000 0,01 0,25 6,25 9
1: 100.000 0,04 1 25 36
1: 250.000 0,25 6,25 156,25 225
1: 500.000 1 25 625 900
1: 750.000 2,25 56,25 1406,25 2025
1: 1.000.000 4 100 2500 3600
1: 2.500.000 25 625 15625 22500
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Generalização de Polígonos
Eliminação utilizando a tolerância da área mínima mapeável

Escala 1:250.000 - AMR

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Generalização de Polígonos
Eliminação utilizando a tolerância da área mínima mapeável

Escala 1:250.000 - MAM

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Generalização de Polígonos
Eliminação utilizando a tolerância da área mínima mapeável

Escala 1:250.000 - AMM

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Generalização de Polígonos
Eliminação utilizando a tolerância da área mínima mapeável

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Referências bibliográficas
• Alguns texto são baseados ou retirados na íntegra de:

– D'ALGE, J. C. L. Generalização cartográfica em sistemas de informação geográfica: aplicação


aos mapas de vegetação da Amazônia Brasileira. 2007.132p. Tese (Doutorado) - Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo, 2007. Disponível em:
http://www.dpi.inpe.br/~julio/arquivos/Tese_JulioDalge.pdf.
– LOPES, J. Generalização Cartográfica. 2005.120p. Dissertação (Mestrado) – Universidade de
Lisboa. Lisboa, 2005.
– MCMASTER, R. B.; SHEA, K. S. Generalization in Digital Cartography. 1. ed. Washington:
Association of American Geographers, 1992. 133p. il. ISBN 8-89291-209- X.
– MENG, L. Automatic generalization of geographic data. Technical Report. VBB Viak, Stockholm,
Sweden. 1997.
– SANTOS, A. P; NUNES, D. M.; SÍGOLO, R. N. Avaliação do uso de diferentes tolerâncias de
representação no processo de generalização cartográfica de polígonos. In: Anais 4º Simpósio
de Geotecnologias no Pantanal, Bonito, MS, 20-24 de outubro 2012. Embrapa Informática
Agropecuária/INPE, p.677 -687
– SPINOLA, D. N. Generalização cartográfica em SIG aplicada a um mapa de uso e cobertura do
solo em formato vetorial e matricial. Monografia. Universidade Federal de Viçosa. 2010.

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6. Infraestrutura Nacional de
Dados Espaciais (INDE)
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Aula 06 – INDE

Sumário
• Termos utilizados
• IDE
– Definição
– IDE de Serviços
– Motivações
– Objetivos
– Justificativas
– Componentes
– Fatores para o sucesso
• INDE
• ET-EDGV
• ET-ADGV
• Metadados -PERFIL MGB
• ET-PCDG

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Termos utilizados

• Antes do estudo das IDEs, deve-se compreender alguns conceitos:

• Dados: observações ou resultado de uma medida (por investigação,


cálculo ou pesquisa) de aspectos característicos da natureza, estado ou
condição de algo de interesse, que são descritos através de
representações formais e, ao serem apresentados de forma direta ou
indireta à consciência, servem de base ou pressuposto no processo
cognitivo.

• Informação: é gerada a partir de algum tratamento ou processamento


dos dados por parte do seu usuário, envolvendo, além de
procedimentos formais (tradução, formatação, fusão, exibição, etc.),
processos cognitivos de cada indivíduo;

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Termos utilizados
• Informação Espacial: é uma informação que contêm a sua localização e
geometria inserida nesta.

• Conhecimento: informações que foram analisadas e avaliadas sobre a


sua confiabilidade, sua relevância e sua importância. É gerado a partir
da interpretação e integração de dados e informações;

• Padrão: documento aprovado por um organismo reconhecido que


provê, pelo uso comum e repetitivo, regras, diretrizes ou características
de produtos, processos ou serviços cuja obediência não é obrigatória;

• Qualidade: Expressa o grau de aderência de um produto a padrões que


atendem um determinado uso;

Termos utilizados

• Dado Espacial: aquele que se distingue essencialmente pela


componente espacial, que associa a cada entidade ou fenômeno uma
localização na Terra, traduzida por sistema geodésico de referência, em
dado instante ou período de tempo, podendo ser derivado, entre
outras fontes, das tecnologias de levantamento, inclusive as associadas
a sistemas globais de posicionamento apoiados por satélites, bem
como de mapeamento ou de sensoriamento remoto.

• Nesta disciplina, entendem-se como sinônimos: dados espaciais, dados


geográficos, dados geoespaciais e dados cartográficos.

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Termos utilizados
• Visão de outros autores:
• Geográfico se refere à superfície e ao
espaço próximo da Terra

• Espacial refere-se a algum espaço, não


somente ao espaço da superfície da
Terra. Ex: espaço cósmico, espaço do
Terra corpo humano, etc.

• Geoespacial para designar uma região


do espaço 3D que compreende a
superfície da Terra, seu subsolo e o
espaço próximo ao planeta

Termos utilizados

• Dados geoespaciais de referência: conjunto de dados que


proporcionam informações genéricas de uso não particularizado,
elaborados como bases imprescindíveis para o referenciamento
geográfico de informações sobre a superfície do território nacional.
Constituem os insumos básicos para o georreferenciamento e
contextualização geográfica de todas as temáticas territoriais
específicas; Podem ser de: controle geodésico; cartas topográficas e
cadastrais; Nomes geográficos; Limites político-administrativos;
Elevação e batimetria; e Registro de propriedades e terras.

• Dados geoespaciais oficial de referência: para ser considerado oficial,


um determinado conjunto de dados geoespaciais precisa ser,
necessariamente, homologado pelo órgão federal competente.

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IDE

• As informações espaciais das feições naturais e artificiais do terreno


eram transmitidas ao usuário apenas por meio de sua posição, definida
por sua geometria, e de sua identificação, de acordo com convenções
cartográficas estabelecidas para cada escala de carta.

• Atualmente, com o crescimento de usuários e produtores de dados e


informações espaciais, visto a popularização do geoprocessamento,
surgiram duas necessidades:

– padronizar os produtos gerados (requisito fundamental para a


interoperabilidade dos dados) e;

– atestar a qualidade dos mesmos;

10

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IDE
• A ONU, em 1992, constatou que a qualidade destes dados espaciais
não era adequada, além de verificar que a sua utilidade é reduzida por
restrições de acesso ou por falta de padronização dos conjuntos de
dados;

• Após isto, a construção das chamadas Infraestruturas de Dados


Espaciais (IDEs) vem sendo considerada uma ação essencial de boa
governança, tanto pelo Estado quanto pela sociedade, em diversos
países;

11

IDE

• O aumento da conscientização sobre o papel central dos acordos de


compartilhamento de bases de dados espaciais, com vistas à
integração, compatibilização (harmonização) e disponibilização
daquelas consideradas de uso comum, foi um fator que impulsionou a
evolução das IDEs no mundo.

• Esses acordos, estabelecidos inicialmente entre órgãos públicos,


atualmente abrangem todos os atores da sociedade em diversos
países.

12

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Definição de IDE
• Há diversas definições sobre IDEs, todas com o intuito de integração,
padronização e disponibilização de dados espaciais;

• O Decreto n° 6666 de 2008 que institui a Infraestrutura Nacional de


Dados Espaciais (INDE) define uma IDE como:
 conjunto integrado de tecnologias; políticas; mecanismos e
procedimentos de coordenação e monitoramento; padrões e
acordos, necessário para facilitar e ordenar a geração, o
armazenamento, o acesso, o compartilhamento, a disseminação e
o uso dos dados geoespaciais de origem federal, estadual, distrital
e municipal

13

Definição de IDE

• A INDE brasileira acompanha a vertente mais atual e abrangente da


definição de uma IDE, na qual o conceito de serviços prevalece sobre o
de dados espaciais.

• Assim, uma IDE pode ser entendida como um conjunto de serviços que
oferecem uma série de funcionalidades úteis e interessantes para uma
comunidade de usuários de dados espaciais.

• Se antes a ênfase era nos dados que o usuário poderia acessar, agora a
ênfase recai nos variados “usos” que podem ser feitos desses dados.

14

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IDE de Serviços
• Uma IDE Orientada para Serviços (IOS) pode ser entendida como a
confluência entre diversos provedores de dados geográficos, cada
qual fornecendo acesso a dados através de serviços web específicos,
que podem ser encontrados através de mensagens XML.

• Para escolher quais dados e quais serviços preenchem suas


necessidades, o usuário realiza buscas através de um repositório de
metadados sobre informações e geosserviços disponíveis.

• A ideia principal das IDEs é oferecer serviços de acesso à IG, com base
em catálogos de acervos de dados, tornando indiferentes, aos olhos do
usuário, o local, meio e estrutura física de armazenamento, ou seja, o
usuário não sabe onde e como esta armazenado o dado espacial.

15

IDE de Serviços

16

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Motivações para implantar uma IDE


• A importância crescente da informação geográfica dentro da
sociedade de informação;

• A necessidade dos governos coordenarem a aquisição e oferta de


dados;

• A necessidade de planejamento para o desenvolvimento social,


ambiental e econômico;

• A modernização do governo, em todos os níveis de gestão e


desenvolvimento (aquisição, produção, análise e disseminação de
dados e informações).

17

Objetivos de uma IDE

• Compartilhar IG, inicialmente na administração pública, e depois para


toda a sociedade;

• Incrementar a administração eletrônica no setor público;

• Garantir aos cidadãos os direitos de acesso à IG pública para a tomada


de decisões;

• Incorporar a IG produzida pela iniciativa privada;

• Harmonizar a IG disponibilizada, bem como registrar as características


dessa IG;

• Subsidiar a tomada de decisões de forma mais eficiente e eficaz.

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Justificativa para implantar uma IDE


• O acesso aos dados geográficos existentes deve ocorrer de modo fácil,
cômodo e eficaz;

• A IG deve ser reutilizada uma vez que tenha sido usada para o projeto
que justificou a sua aquisição, face aos custos elevados de sua
produção.

19

5 Pilares de uma IDE

• É consenso internacional que uma IDE deve estar fundamentada em


cinco pilares ou componentes:

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Fatores para o Sucesso de uma IDE


• Mudança institucional quanto à cultura de documentação dos dados
geoespaciais (através de padrão de metadados);

• Conscientização da gestão e do corpo técnico, de forma crescente e


permanente, quanto à necessidade de conhecer e compor seus
catálogos de dados e informações para integração e análise
objetivando a tomada de decisão;

• Implementação e incorporação gradativa (sistemática e permanente)


de catálogos de dados e metadados, segundo padrão internacional,
das bases geoespaciais existentes;

• Implantação de mecanismos de busca e acesso, segundo padrão de


dados e metadados, que propicie a usabilidade dos dados em nível
nacional, regional e internacional.
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23

INDE

• A Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais foi instituída pelo Decreto


n° 6.666 em 2008;

• A INDE nasce com o propósito de catalogar, integrar e harmonizar


dados geoespaciais existentes nas instituições do governo brasileiro,
produtoras e mantenedoras desse tipo de dado, de maneira que
possam ser facilmente localizados, explorados e acessados para os
mais diversos usos, por qualquer cliente que tenha acesso à Internet.

• Os dados geoespaciais serão catalogados através dos seus respectivos


metadados, publicados pelos produtores/mantenedores desses dados.

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Objetivos da INDE
• A INDE tem como principais objetivos:

1. promover o adequado ordenamento na geração, armazenamento, acesso,


compartilhamento, disseminação e uso dos dados geoespaciais;

2. promover a utilização, na produção dos dados geoespaciais pelos órgãos


públicos das esferas federal, estadual, distrital e municipal, dos padrões e
normas homologados pela Comissão Nacional de Cartografia – CONCAR;

3. evitar a duplicidade de ações e o desperdício de recursos na obtenção de


dados geoespaciais, por meio da divulgação da documentação
(metadados) dos dados disponíveis nas entidades e nos órgãos públicos
das esferas federal, estadual, distrital e municipal.

25

Implantação da INDE

• Para o planejamento das ações da INDE foi elaborado um instrumento


de gestão norteador do projeto da implantação – o Plano de Ação da
INDE.

• A estratégia de implantação da INDE proposta no seu plano de ação


baseia-se num escalonamento de metas de acordo com prioridades e
objetivos bem definidos, a serem alcançados ao longo de ciclos de
implantação. Estão previstos três ciclos e os seguintes prazos:

– Ciclo I – Dezembro 2010

– Ciclo II – 2011 a 2014

– Ciclo III – 2015 a 2020

26

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Implantação da INDE

• Funcionamento do DBDG e Portal SIG Brasil


• Identificação e adesão dos atores
– Ciclo I – Dezembro 2010
• Consolidação do DBDG
– Ciclo II – 2011 a 2014 • Fornecimento de serviços WFS e WCS
– Ciclo III – 2015 a 2020
• Consolidar a INDE como a principal
ferramenta de busca e acesso a dados
espaciais no Brasil, tanto para atores
públicos quanto civis.

27

Atores integrantes da INDE

• O Plano de Ação da INDE, conceitua os atores de uma maneira geral e


abrangente, identificando os setores partícipes de uma Infraestrutura
de Dados Espaciais:
– As instituições governamentais (de todos os níveis de governo);
– A academia (universidades, institutos e centros de pesquisa);
– A iniciativa privada (empresas constituídas com finalidade de lucro);
– A sociedade (cidadãos e sociedade civil organizada).
• No processo de construção da INDE temos como referência para
participação os seguintes grupos:
– Atores organizacionais e administrativos;
– Produtores de dados e informações geoespaciais de referência e temáticas;
– Usuários;
– Produtores de dados e informações de valor agregado;
– Provedores de produtos e serviços nas áreas de geoprocessamento e correlatas.

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Padrões INDE
• Para implantação da INDE será necessário a criação de diversos
padrões, normas e especificações técnicas:

– PMG - Padrões de Metadados Geoespaciais;

– ET-ADGV: Especificação Técnica para Aquisição de Dados Geoespaciais


Vetoriais;

– ET-EDGV: Estrutura de Dados Geoespaciais Vetoriais;

– ET-PCDG: Produtos de Conjuntos Dados Geoespaciais;

– ET-RDGV: Representação de Dados Geoespaciais Vetoriais;

– ET-CQDG: Controle de Qualidade de Dados Geoespaciais;

29

Padrões INDE
• Responsáveis pela elaboração dos padrões da INDE:

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ET-EDGV
• Especificação Técnica para a Estruturação de Dados Geoespaciais
Vetoriais, versão 2.1.3.  Versão homologada pela CONCAR
• Existe ainda a ET-EDGV DEFESA Força Terrestre 2ª edição de 2016, própria para
ações de defesa e segurança do Brasil;

• Objetivos:
– tem por finalidade padronizar estruturas de dados que viabilizem
o compartilhamento de dados, a interoperabilidade e a
racionalização de recursos entre os produtores e usuários de dados
e informação cartográfica.

• Criada para estruturar a Mapoteca Nacional Digital (MND), que é uma


componente de dados da INDE. A MND é constituída dos dados
referentes às informações geoespaciais, produzidas para o Sistema
Cartográfico Nacional (SCN)
32

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ET-EDGV
MODELO CONCEITUAL

• A estrutura prevista para a MND é subdividida em três partes:


estrutura de dados vetoriais, estrutura de dados matriciais e estrutura
de metadados.

• A presente Especificação enfoca a estrutura de dados vetoriais e


destina-se aos produtores, desenvolvedores de SIG e usuários finais de
dados geoespaciais. Aos produtores e desenvolvedores de bases
cartográficas, recomenda-se complementar a leitura deste capitulo
com o estudo prévio do padrão OMT-G e documentação referente a
técnica de modelagem UML 2.0, em particular, no que se refere aos
diagramas de classes.

33

ET-EDGV
MODELO CONCEITUAL

• No decorrer deste e dos demais capítulos o dado geoespacial


modelado receberá a denominação de classe de objetos.

• “Um modelo de dados é um conjunto de conceitos que podem ser


usados para descrever a estrutura e as operações em banco de dados”
e ainda “.... é necessário construir uma abstração dos objetos e
fenômenos do mundo real, de modo a obter uma forma de
representação conveniente, embora simplificada, que seja adequada às
finalidades das aplicações do banco de dados”.

34

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ET-EDGV
MODELO CONCEITUAL

• A INDE considera as seguintes categorias de informação para


mapeamento 1:25.000 e menores:

35

ET-EDGV
MODELO CONCEITUAL

• Primitivas Geométricas:

36

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ET-EDGV
MODELO CONCEITUAL

• Relacionamentos Espaciais:

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ET-EDGV
MODELO CONCEITUAL

• Relacionamentos Espaciais:

38

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ET-EDGV
MODELO CONCEITUAL

• Relacionamentos Espaciais:

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ET-EDGV
MODELO CONCEITUAL

• Relacionamentos Espaciais:

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ET-EDGV
ESTRUTURAÇÃO - Categoria:

41

ET-EDGV
ESTRUTURAÇÃO - Classes

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ET-EDGV
ESTRUTURAÇÃO - Classes

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ET-EDGV

• A ET-EDGV padroniza as categorias de informações a serem


mapeadas, bem como as feições que compõem estas categorias;

• Sua função é estruturar a modelagem conceitual, os relacionamentos


das primitivas gráficas utilizadas para cada feição e, determinar os
atributos que cada feição terá.

44

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ET-EDGV

Visualizar ET-EDGV
(disponível no PVAnet)

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ET-ADGV
• Especificação Técnica para a Aquisição de Dados Geoespaciais
Vetoriais, versão 2.1.3.  Versão homologada na CONCAR.
• Existe ainda a ET-ADGV DEFESA Força Terrestre 2ª edição de 2016, própria para
ações de defesa e segurança do Brasil;

• Objetivos:
– tem por finalidade definir as regras para a construção do atributo
“geometria” de cada classe de objetos constante da Especificação
Técnica para Estruturação de Dados Aeroespaciais Vetoriais (ET-
EDGV), bem como dos atributos essenciais a perfeita
individualização das instancias e os respectivos metadados.

47

ET-ADGV
• A ET-ADGV considera sinônimos:
– classe de objetos geoespaciais = feição
– Instancia de classe de objetos geoespaciais = objeto
• Nas convenções cartográficas utilizadas na cartografia analógica e até
pouco tempo atrás, durante o inicio da cartografia digital, os dados
geoespaciais relativos a uma feição ficavam limitados a representação
de sua geometria e a sua identificação, assim, na forma mencionada,
não havia preocupação com aspectos topológicos, não-espaciais ou
temporais, dentre outros.
• A norma técnica da época, o Manual Técnico T34-700 de Convenções
Cartográficas, 1a Parte, editado pela DSG, descrevia os dados
geoespaciais, enquanto o Manual Técnico T34-700, 2a Parte, definia a
forma de representação dos dados.
48

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ET-ADGV
• A ET-ADGV vem padronizar e orienta o processo de aquisição da
geometria dos vários tipos de dados geoespaciais vetoriais, presentes
na ET-EDGV, qualquer que seja o insumo utilizado (levantamento de
campo, fotografias aéreas, imagens de sensores orbitais etc.), visto que
os processos de aquisição são similares.

• A ET-ADGV define os objetos a serem adquiridos (mapeados) em


função da escala de representação do produto final, sendo a dimensão
do objeto o critério preponderante.

• O interesse do usuário final, ou mesmo a importância relativa de um


objeto para a região onde ele esta localizado, são fatores
determinantes na aquisição de uma feição geográfica.

49

ET-ADGV
• Exemplo da relevância da informação:

– um posto de combustível e uma informação importantíssima para


a região onde os mesmos são escassos, no entanto, sua
importância e extremamente reduzida quando se trata de um
grande centro urbano;

– massa d’água cujas dimensões sejam inferiores as previstas para a


aquisição, mas que e a única fonte de água disponível em uma
determinada região.

– regiões nas quais ocorre a pecuária extensiva. Nestas regiões


encontram-se grandes polígonos referentes a pastagem com baixa
densidade de outros objetos, assim, as cercas divisórias fixas são
importantes elementos referenciais
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ET-ADGV
• Nas tabelas a seguir, consta na coluna CLASSE o critério para aquisição
do objeto na sua forma real (área).

• Caso não seja possível adquirir na sua forma real, o objeto deve ser
adquirido na forma de linha ou ponto.

• Não sendo da forma real, para ser adquirido como linha bastará que
uma de suas dimensões seja maior que 0,8mm.

51

ET-ADGV

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ET-ADGV

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ET-ADGV

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ET-ADGV

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ET-ADGV

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ET-ADGV

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ET-ADGV

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ET-ADGV

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ET-ADGV

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ET-ADGV

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ET-ADGV

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ET-ADGV
• Ao adquirir um dado espacial deve-se atender aos padrões de acurácia
posicional brasileiro.

Assunto a ser abordado em EAM-434 e EAM-436

66

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ET-ADGV
• Orientações para a construção das geometrias das feições e suas
descontinuidades  ANEXO C (ET-ADGV)

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ET-ADGV

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ET-ADGV

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ET-ADGV

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ET-ADGV

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ET-ADGV

Visualizar ET-ADGV
(disponível no PVAnet)

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PERFIL MGB

Perfil de Metadados Geoespaciais do Brasil

• Definição Metadados:

 conjunto de informações descritivas sobre os dados, incluindo as


características de seu levantamento, produção, qualidade e
estrutura de armazenamento, essenciais para promover a sua
documentação, integração e disponibilização, bem como
possibilitar sua busca e exploração. (Decreto-lei 6666 de 2008);

 Informações que descrevem os dados;

74

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PERFIL MGB
• Dentre os diversos componentes de uma infraestrutura de dados
espaciais (IDE), os metadados de informações geoespaciais são
elementos centrais à dinâmica de todo este processo;

• Em virtude do grande número de instituições que, na atualidade, estão


envolvidas na cadeia de produção e distribuição de dados geoespaciais,
é necessário a aderência a um conjunto de normas e padrões comuns
que irão garantir a interoperabilidade entre sistemas diversos,
facilitando o compartilhamento dos dados entre as diferentes
instituições e organizações.

• Para isso, é necessário a existência de padrões de metadados


consolidados e estruturados

75

PERFIL MGB

• Importância dos metadados:

– promover a sua documentação, integração e disponibilização de


dados geoespaciais, bem como possibilitar sua busca e exploração;

– evitar duplicidade de ações e o desperdício de recursos na produção


e divulgação de dados geoespaciais

– compartilhamento e disseminação de dados, sendo obrigatório


para órgãos e entidades do Poder Executivo federal e voluntário
para os demais

– órgãos e entidades deverão na produção, direta ou indireta, ou na


aquisição de dados... obedecer aos padrões de dados e de
metadados estabelecidos para a INDE

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PERFIL MGB
• Importância dos metadados:

– descrever também produtos planejados: consultar a CONCAR antes


de iniciar a execução de novos projetos ...”

– acesso eletrônico público aos repositórios de dados geoespaciais e


seus metadados distribuídos

– premissa de utilização de software livre e padrões abertos e com


orientações da iniciativa e-PING

77

PERFIL MGB

• Os metadados nada mais são do que diversos campos a serem preenchidos


de forma a descrever o dado espacial;

• A norma ISO 19115 compõe-se de mais de 300 elementos de metadados,


dos quais oito são obrigatórios em qualquer perfil que venha a ser baseado
nesse padrão.

• Um perfil de metadados contém um conjunto básico e necessário de


elementos que retrate as características dos produtos geoespaciais de uma
determinada comunidade e garanta sua identificação, avaliação e utilização
consistente

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Prof. Afonso P. Santos 39


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PERFIL MGB
Perfil Brasileiro de Metadados:

• Recomenda-se que na descrição de dados geoespaciais de referência


(Mapeamento Geográfico, Topográfico Terrestre Básico e Especiais definidos
no SCN) seja preenchido o perfil MGB completo;

• Nas organizações que porventura não disponham de elementos que


compõem o perfil MGB completo, recomenda-se o uso do perfil MGB
sumarizado;

79

PERFIL MGB

• Na INDE foi adotado grande parte das seções de metadados contidas na ISO
19115, atendendo as características da documentação geoespacial
produzida no Brasil. As seções adotadas são:

1. MD_Metadata - Informações do Conjunto de Entidades de Metadados: define


metadados de um produto e estabelece hierarquia;

2. MD_Identification - Informações de Identificação: informação básica requerida


para identificar univocamente um produto;

3. MD_Constraints - Informações de Restrições: restrições legais e de segurança no


acesso e no uso dos dados;

4. DQ_DataQuality - Informações de Qualidade dos Dados: descreve sua linhagem


(fontes e processos de produção) e qualidade/ teste dos dados. O anexo 5.4
relaciona os atributos de Linhagem e de Relatórios que são sugeridos para serem
incluídos na descrição de linhagem, por método de produção dos dados
geoespaciais;
80

Prof. Afonso P. Santos 40


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PERFIL MGB
5. MD_MaintenanceInformation - Informações de Manutenção dos Dados: descreve
práticas de manutenção e atualização;

6. MD_SpatialRepresentation - Informações de Representação Espacial: descreve


mecanismo usado para representar os dados geoespaciais (matricial ou vetorial);

7. MD_ReferenceSystem - Informações do Sistema de Referência: descreve sistema


de referência espacial e temporal usado;

8. MD_ContentInformation - Informações de Conteúdo: descreve conteúdo do(s)


catálogo(s) de abrangência e de feições usado(s) para definir feições de dados
geoespaciais;

9. MD_Distribution - Informações do Distribuidor: informações do distribuidor e


métodos de acesso.

81

PERFIL MGB

• Perfil Brasileiro de Metadados:

82

Prof. Afonso P. Santos 41


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PERFIL MGB
• Descrição das seções e elementos presentes no Perfil MGB

• Exemplo de Metadados

Visualizar Perfil MGB


(disponível no PVAnet)

83

Prof. Afonso P. Santos 42


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ET-PCDG
• O Decreto-Lei nº 243/1967 (BRASIL, 1967), em seu Capítulo IV, aborda a
Representação do Espaço Territorial e estabelece que o Espaço Brasileiro
será representado por meio de cartas e outras formas afins.
• As cartas, quanto à representação dimensional, classificam-se em
Planimétricas e Planialtimétricas. Quanto ao caráter informativo, em
Cartas Gerais, Especiais e Temáticas, onde:
– Cartas Gerais – proporcionam informações genéricas de uso não
particularizado.
– Cartas Temáticas – apresentam um ou mais fenômenos específicos,
servindo a representação dimensional apenas para situar o tema.
– Cartas Especiais – registram informações específicas, destinadas, em
particular, a uma única classe de usuários.

85

ET-PCDG
• Segundo a INDE, define-se como Dados Geoespaciais de referência os
“dados ou conjuntos de dados que proporcionam informações genéricas
de uso não particularizado, elaborados como bases imprescindíveis para o
referenciamento geográfico de informações sobre a superfície do
território nacional”.
• Estes dados de referência constituem os insumos básicos para o
georreferenciamento e contextualização geográfica de todas as
temáticas territoriais específicas.
• Assim, em face do atual estágio tecnológico uma releitura das
classificações das representações do Espaço Territorial estabelecidas no
Decreto-Lei nº 243/1967 (BRASIL, 1967), permite assumir como Cartas
Gerais os dados geoespaciais de referência.

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Prof. Afonso P. Santos 43


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ET-PCDG
• Os Dados Geoespaciais de referência são a base para a produção de
outras informações ou mesmo de outros dados de referência e, portanto,
os critérios a serem adotados em relação aos mesmos devem ser os mais
rigorosos possíveis, visando reduzir a propagação de erros aos produtos
finais.
• Com base nestes conceitos e nos das normas da série ISO 19100, esta
especificação tem por objetivo descrever os requisitos para cada tipo de
produto gerado a partir de conjuntos de dados geoespaciais,
estabelecidos no Sistema Cartográfico Nacional (SCN).

87

ET-PCDG
• A partir da 2ª edição da ET-PCDG de 2016, alguns termos são alterados:

1:250.000
Mapeamento Sistemático Básico 1:100.000
1:50.000
1:25.000

Mapeamento Topográfico em Pequenas Escalas (MapTopoPE)

Mapeamento Cadastral 1:10.000


1:2.000
1:1.000
Mapeamento Topográfico em Grandes Escalas (MapTopoGE)

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Prof. Afonso P. Santos 44


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ET-PCDG
• Cada Capítulos da ET-PCDG irá descrever cada produto:
– I. Dados Vetoriais do MapTopoPE;
– II. Dados Vetoriais do MapTopoGE;
– III. Cartas Topográficas (MapTopoPE);
– IV. Carta Ortoimagem (MapTopoPE);
– V. Modelo Digital de Elevação;
– VI. Ortoimagem;
– VII. Carta Topográfica cadastral (MapTopoGE);
– VIII. Carta Ortoimagem Cadastral (MapTopoGE);
– Anexos A: Orientação de preenchimento de metadados
– Anexo B: Folhas modelos (layout) de produtos do tipo Carta

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ET-PCDG
• Cada Capítulos da ET-PCDG irá descrever cada dado geoespacial de
referência, abordando os seguintes tópicos
– Introdução;
– Ficha Técnica;

A Ficha Técnica de cada produto, elaborada a partir da norma técnica ISO


19.131 (ISO, 2007), deve especificar uma lista de requisitos, que,
normalmente, é a seguinte:

1) Visão geral (DPS_Overview).


2) Escopo da especificação (DPS_ScopeInformation).
3) Identificação do produto (DPS_IdentificationInformation).
4) Conteúdo e estrutura do produto (DPS_ContentAndStructureInformation).
5) Manutenção do produto (DPS_MaintenanceInformation).
90

Prof. Afonso P. Santos 45


EAM433 - UFV 2017

ET-PCDG
• Cada Capítulos da ET-PCDG irá descrever cada dado geoespacial de
referência, abordando os seguintes tópicos
– Introdução;
– Ficha Técnica;

6) Aquisição dos dados (DPS_DataCaptureInformation).


7) Apresentação do produto (DPS_PortrayalInformation).
8) Sistema de referência (DPS_ReferenceSystemInformation).
9) Distribuição do produto (DPS_DeliveryInformation).
10) Qualidade dos dados (DPS_DataQualityInformation).
11) Informações adicionais (DPS_AdditionalInformation).
12) Metadados (DPS_Metadata)

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ET-PCDG
• Ex: Dados Vetoriais de Referência (MapTopoPE)

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EAM433 - UFV 2017

ET-PCDG
• Ex: Dados Vetoriais de Referência (MapTopoPE)

.
.
.

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ET-PCDG

Visualizar ET-PCDG
(disponível no PVAnet)

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EAM433 - UFV 2017

Referências bibliográficas

• Alguns texto são baseados ou retirados na íntegra de:

– BRASIL. Decreto nº 6.666 de 27 de novembro de 2008. Infra-Estrutura Nacional de Dados Espaciais. Retirado de:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6666.htm>. Acessado em 18 de dezembro de
2010.

– CONCAR – Comissão Nacional de Cartografia, 2010. Plano de ação para implantação da infraestrutura de dados
espaciais (INDE). Rio de Janeiro.

– CONCAR – Comissão Nacional de Cartografia, 2010. Especificação técnica para estruturação de dados geoespaciais
vetoriais (ET-EDGV). Rio de Janeiro.

– DSG – Diretoria do Serviço Geográfico, 2012. Especificação técnica para aquisição de dados geoespaciais vetoriais
(ET-ADGV). Brasília.

– LUNARDI, O. A.; PENHA, A. L. T.; CERQUEIRA, R. W. O exército brasileiro e os padrões de dados geoespaciais para a
INDE. IV Simpósio Brasileiro de Ciências Geodésicas e Tecnologia da Geoinformação, 2012, Recife, Brasil. p.8.

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