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Caco Basileus
Edson Yukishigue Oyama
Eduardo Shibata
Felipe Filatte
Joaquim Matheus Santiago Coelho
Larissa Beatriz Torres Ferreira
Marcos Navarro
Diretor geral
Herlan Fellini
Coordenador geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial
Hexag Editora
Diretor editorial
Pedro Tadeu Batista
Revisora
Maria Cristina Lopes Araujo
Programação visual
Hexag Editora
Editoração eletrônica
Claudio Guilherme da Silva
Eder Carlos Bastos de Lima
Fernando Cruz Botelho de Souza
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva
Stephanie Lippi Antonio
Foto da capa
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Impressão e acabamento
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CARO ALUNO
Você está recebendo o terceiro caderno da U.T.I. (Unidade Técnica de Imersão) do Hexag Vestibulares. Este material
tem o objetivo de verificar se você aprendeu os conteúdos estudados nos livros 5 e 6, oferecendo-lhe uma seleção
de questões dissertativas ideais para exercitar suas memória e escrita, já que é fundamental estar sempre pronto a
realizar as provas de 2ª fase dos vestibulares.
Além disso, este material também traz sínteses do que você observou em sala de aula, ajudando-lhe ainda
mais a compreender os itens que, possivelmente, não tenham ficado claros e a relembrar os pontos que foram
esquecidos.
Aproveite para aprimorar seus conhecimentos.
Bons estudos!
Herlan Fellini
BIOLOGIA
Biologia 1 5
Biologia 2 31
Biologia 3 53
FÍSICA
Física 1 79
Física 2 99
Física 3 129
ÍNDICE QUÍMICA
Química 1 159
Química 2 189
Química 3 215
U.T.I.
5/6
Biologia 1
Angiospermas
Fruto
Após a fecundação, a flor sofre uma grande modificação. De todos os componentes que foram vistos anteriormente,
acabam sobrando apenas o pedúnculo e o ovário. Todo o restante degenera, enquanto o ovário se desenvolve em
fruto e em seu interior, o óvulo fecundado originará o embrião que será envolvido pelo endosperma, formando a
semente.
O pericarpo pode acumular substâncias de reserva, são os frutos carnosos (baga ou drupa). Porém, há os
que não apresentam substâncias acumuladas, são os frutos secos (deiscentes ou indeiscentes).
Pseudofrutos
Representados por aqueles em que a parte que se desenvolve tornando-se comestível não é o ovário, mas sim outra
parte da flor. Assim, temos:
§§ Caju – a parte suculenta é o pedúnculo floral e o fruto verdadeiro é a castanha-de-caju;
§§ Maçã e pera – a parte comestível é o receptáculo floral que envolve o fruto verdadeiro.
Fruto múltiplo
§§ Morango – existe um único receptáculo desenvolvido, no qual encontramos grande número de frutículos.
Infrutescência
Origina-se do desenvolvimento de uma inflorescência, ou seja, várias flores reunidas, como é o observado em cacho
de uvas, amora, jaca e espiga de milho.
O abacaxi, por sua vez, é um caso de pseudoinfrutescência partenocárpica: comem-se dele os receptáculos
hipertrofiados das diversas flores reunidas.
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Classificação das angiospermas
As angiospermas estão divididas em duas subclasses, cuja principal diferença está nos cotilédones dos embriões.
Cotilédone é a folha primordial do embrião, que pode ou não apresentar as reservas do endosperma da
semente.
Monocotiledôneas
Raiz Flores Caule Folha Semente Exemplos
Arroz, orquí-
dea, palmei-
ra, coqueiro,
trigo, abacaxi,
banana, cana-
Em geral, não forma - d e - a ç ú c a r,
tronco e não cresce em milho, grama.
Apresenta estrutu- Costuma ser estrei-
Fasciculada; os espessura. Apresenta
ra trimera, isto é, os ta, com nervuras
ramos radiculares caules herbáceos, col- Um cotilédone reduzi-
elementos florais paralelas e bainha
são equivalentes mos, bulbos e rizomas. do, sem reserva.
são três ou múlti- geralmente desen-
em tamanho. Os feixes vasculares
plos de três. volvida.
são dispostos irregu-
larmente.
Eudicotiledôneas
Raiz Flores Caule Folha Semente Exemplos
Beterraba, fei-
jão, café, soja,
alface, amen-
doim, eucalipto
Têm estrutura te- Normalmente com cres-
trâmera ou pen- cimento em espessura.
Geralmente é lar-
tâmera, isto é, os São comuns caules le-
Pivotante ou axial. ga, com nervuras
elementos florais nhosos. Dois cotilédones
Têm raiz em eixo reticuladas e bai-
são em número Os feixes vasculares dis- com ou sem reserva
principal. nha quase sempre
de quatro ou cin- postos em círculo.
reduzida.
co, ou múltiplos Em muitas espécies for-
desses números. mam-se troncos.
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Morfofisiologia vegetal
Tecidos vegetais
Meristema
O tecido meristemático é o responsável pelo crescimento e desenvolvimento de um vegetal. As células desse tecido
são vivas, indiferenciadas, pequenas, de parede fina, contêm vários vacúolos pequenos pelo citoplasma e apresen-
tam capacidade de sofrer divisões sucessivas.
Os meristemas são responsáveis pela formação dos diversos tecidos que formam o corpo de um vegetal.
Há dois tipos deles:
§§ meristemas primários ou apicais, responsáveis pelo crescimento em comprimento e representados pela
protoderme, pelo procâmbio e pelo meristema fundamental; e
§§ meristemas secundários ou laterais, responsáveis pelo crescimento em espessura e representados pelo
câmbio e pelo felogênio.
Meristema apical
Meristemas primários:
Protoderma
Meristema fundamental
Procâmbio
Líber
Lenho
Epiderme
Parênquima
Feixe liberolenhoso
Câmbio
vascular }
Meristemas
Felogênio secundários
Caule Caule
estrutura
estrutura secundária
primária
Epiderme
É o tecido mais externo dos órgãos vegetais em estrutura primária, sendo substituída pela periderme em órgãos
com crescimento secundário. Geralmente é composta por uma única camada de células vivas, vacuoladas, perfeita-
mente justapostas e sem espaços intercelulares.
Suas funções incluem revestimento, proteção, restrição contra perda de água, trocas gasosas pelos estôma-
tos e absorção de água e sais minerais através de pelos radiculares ou pelos absorventes.
Solo
Pelos
radiculares
Epiderme
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Os tricomas são tipos especiais de células epidérmicas com estrutura e funções diversas. Algumas de suas
funções: evitar a perda de água por transpiração, auxiliar na defesa contra predadores, redução da incidência lumi-
nosa e produção de substâncias para prender insetos ou atrair polinizadores.
Tricomas
Súber ou cortiça
É um tecido formado por células justapostas e mortas devido a suberificação (deposição de suberina) de suas pare-
des celulares. O súber exerce proteção e substitui a epiderme no caule e na raiz, quando do crescimento secundário.
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Raiz
Raiz, caule e folha são os órgãos vegetativos de uma planta.
A principal função da raiz é a absorção dos nutrientes minerais, sendo que, no solo, também é responsável
pela fixação do vegetal ao substrato.
Uma raiz padrão possui partes bem definidas:
zona
pilífera
zona de
alongamento celular
ou de distensão
região meristemática
ou zona de
multiplicação celular
coifa
O sistema radicular pode se apresentar basicamente em dois tipos: pivotante, com uma raiz principal, ou
fasciculado, sem raiz principal, que tem seus ramos equivalentes em tamanho e crescendo em todas as direções.
As raízes distribuem-se amplamente pelo solo, mas há algumas plantas que possuem raízes aéreas e outras
que possuem raízes submersas. Alguns tipos de raízes também desempenham outras funções:
§§ raízes tuberosas;
§§ raízes respiratórias ou pneumatóforos;
§§ raízes sugadoras ou haustórios.
Anatomia interna
Em corte transversal, é possível observar em raízes jovens a sua estrutura primária, uma vez que ainda não cresce-
ram em diâmetro, somente em comprimento.
A estrutura primária da raiz, esquematizada a seguir, é constituída por epiderme, córtex, endoderme e
um cilindro central formado pelo periciclo e pelos vasos de xilema e floema.
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Os vasos floemáticos e xilemáticos alternam-se e, em muitas raízes de eudicotiledôneas, dispõem-se em
estrela ou em cruz. Em monocotiledôneas, os vasos de xilema espalham-se na periferia e os de floema alternam-se
entre eles; o centro radicular é ocupado por uma medula parenquimática.
a b
eudicotiledônea monocotiledônea
medula
floema floema
xilema
xilema
O córtex radicular possui proeminentes espaços intercelulares para facilitar a entrada de água e nutrientes.
No entanto, na endoderme se nota o oposto, dada sua função de desviar o fluxo de solutos do apoplasto para o
simplasto. As paredes das células da endoderme possuem as estrias de Caspary, reforço de suberina em forma de
fita, impermeável.
estria de Caspary
endoderme
floema
A periciclo xilema
x
rte
có
epiderme
B
O movimento de água através da raiz é resultante de um mecanismo osmótico. A água pode seguir via simplasto (trajeto A) ou via apoplasto (trajeto B).
A estrutura secundária é representada pelo crescimento diametral ou em espessura do órgão. Nas eu-
dicotiledôneas, esse crescimento deve-se à ação dos meristemas secundários, o câmbio vascular e o felogênio.
Observe, na sequência das figuras, a ação do câmbio vascular no crescimento em espessura das raízes de eudico-
tiledôneas lenhosas, que permite a formação progressiva de novas camadas de xilema, internamente ao câmbio, e
de floema, externamente a ele.
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Estrutura secundária de raiz
Caule
O caule é um órgão responsável por conectar as raízes, folhas e quando presentes, as flores. A característica exclusi-
va dos caules é a existência de gemas laterais (ou axilares), compostas de tecido embrionário (meristema), capazes
de originar os demais tecidos componentes da planta.
Se apresenta em formatos e tamanhos muito variados, de maneira geral, pode ser aéreo ou subterrâneo.
Caules aéreos
§§ Troncos, muito espessos e com ramificações variadas, os galhos;
§§ Estipes, característicos de palmeiras e coqueiros, normalmente sem ramificações;
§§ Colmos, dotados de nós, típicos do bambu e da cana-de-açúcar;
§§ Hastes, caules bastante delgados, de hortaliças.
Caules subterrâneos
§§ Rizomas
§§ Tubérculos
§§ Bulbos
Modificações caulinares
As modificações caulinares mais conhecidas são gavinhas, espinhos, cladódios e filocládios.
§§ Gavinhas são ramos finos, que se enrolam em espiral com a função de fixação, encontrado em plantas como
a videira e o maracujazeiro.
§§ Espinhos são ramos curtos e pontiagudos com função protetora, encontrados em algumas plantas com o
juazeiro e a laranjeira.
§§ Cladódios são os caules suculentos, achatados e clorofilados dos cactos, que assumindo a função de folha,
realizam a fotossíntese.
§§ Filocládios são ramos curtos, laminares com aspecto de folhas.
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Classificação dos caules
Tronco – caule das árvores, lenhoso, robusto
Haste – caule das ervas, verde, flexível e fino
Eretos
Estipe – caule das palmeiras, cilíndrico sem meristemas secundárias
Aéreos Colmo – caule das gramíneas, dividido em “gomos”
Estolão – rastejante, que se alastra pelo solo
Rastejantes
Sarmentoso – rastejante com um ponto de fixação ao solo
Trepadores Que se enrola em um suporte
Rizoma – cresce horizontalmente ao solo. Ex.: bananeiras e samambaias
Tubérculo – ramo de caule que intumesce para armazenar reservas
Subterrâneos
Bulbo – “sistema caulinar” modificado. Ex.: cebola
Xilopódio – caule subterrâneo típico de plantas do cerrado
Aquáticos Com parênquimas aeríferos que servem para respiração e flutuação
Tecidos de proteção
Os tecidos protetores, ou de revestimento, de uma traqueófita são o súber e a epiderme.
Nas eudicotiledôneas, os feixes dispõem-se regularmente no interior do caule como se estivessem ao longo
de uma circunferência e rodeiam uma medula parenquimática.
Nas monocotiledôneas, eles dispõem-se desorganizadamente no interior do parênquima, não existindo
córtex nem medula definidos.
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A estrutura secundária do caule
O caule de muitas eudicotiledôneas é capaz de crescer em espessura, o que é possível pela ação de dois tecidos
meristemáticos, o câmbio vascular e o felogênio. O primeiro é responsável pela elaboração de novos vasos de xi-
lema e de floema. O segundo é responsável pela elaboração anual do novo revestimento da árvore (do caule e da
raiz), ou seja, da casca suberosa.
Folha
A realização da fotossíntese, transpiração, a eliminação e a absorção dos gases atmosféricos através dos estô-
matos, além da condução e distribuição da seiva e reserva de nutrientes são fenômenos fisiológicos de grande
importância realizados pela folha.
Morfologia interna
Plastídeos Cutícula
São pequenas estruturas contidas nas A superfície da folha contém uma camada de
folhas que dão as cores às folhas. cera para evitar a perda de água
Epiderme
chamado cloroplasto É uma camada de células especializadas que
aparece em toda a superfície da planta
Parênquima paliçádico
Células ricas em cloroplastos e é o
primeiro lugar que ocorre a fotossíntese
Estômatos
O xilema transporta água e minerais
Abertura nas folhas controlada
das r ransporta os
pelas células-guarda e permitem a
produtos da fotossíntese para toda a
troca de gases com a atmosfera
planta.
São especializações da epiderme foliar: cutícula, acúleos, pelos, hidatódios e estômatos (imagem).
Vista
externa
Em
corte
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A ação dos estômatos na regulação hídrica
O principal papel dos estômatos relaciona-se às trocas gasosas entre a planta e o meio. Mas estômatos abertos
permitem a perda de água na forma de vapor: transpiração estomática. A água também é perdida por transpiração
cuticular. Portanto, a transpiração total é a soma das duas transpirações.
Curva de fechamento
DIFERENÇA
DE
PESO (g)
TEMPO (Min)
Estabilização: fechamento dos estômatos
ESTABILIZAÇÃO:
Antes FECHAMENTO
da estabilização: transpiração DOSe cuticular
estomática ESTÔMATOS
ANTES DA ESTABILIZAÇÃO: TRANSPIRAÇÃO
Após estabilização: ESTOMÁTICA
Transpiração cuticular E CUTICULAR
APÓS ESTABILIZAÇÃO: TRANSPIRAÇÃO CUTICULAR
A abertura e o fechamento dos estômatos são influenciados pela umidade do ar e pela luz.
Ambos têm como base o mecanismo osmótico. Pode ocorrer por dois modos:
§§ Concentração de amido-glicose;
§§ Íons potássio.
Na prática, ambos os mecanismos ocorrem. De qualquer modo, a possibilidade de reposição da água per-
dida por transpiração tem grande impacto, ou seja, solo com disponibilidade de água indica estômatos abertos, e
o contrário também é valido.
§§ claro: fotossíntese → solução vacuolar básica (entra k+) → ganha água → estômatos abertos.
§§ escuro: sem fotossíntese → solução vacuolar ácida (sai k+) → perde água → estômatos fechados.
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Adaptações da folha aos diferentes ambientes
As folhas das angiospermas apresentam grande variação de estrutura, devido à disponibilidade ou não de água.
§§ Caracteres hidrofíticos
§§ Caracteres mesofíticos
§§ Caracteres xerofíticos – geralmente, são folhas pequenas e compactadas. As folhas de xerófitas são, fre-
quentemente, espessas e coriáceas, com cutícula bem desenvolvida e grande quantidade de tricomas.
Condução de nutrientes
Tecidos condutores
O xilema (lenho) conduz seiva bruta (inorgânica) da raiz às folhas, enquanto o floema (líber) conduz seiva elaborada
(orgânica) da folha aos órgãos consumidores ou armazenadores de reserva. No caule, o floema fica disposto mais
externamente que o xilema, praticamente colado à casca.
Xilema
Os vasos condutores de seiva inorgânica são formados por células mortas – devido à impregnação por lignina – e
ocas. Por ser constituído de células com paredes rígidas, o xilema também participa da sustentação do vegetal.
Existem dois tipos de células condutoras no xilema: traqueídes e elementos de vaso.
Floema
Os vasos do floema são formados por células vivas. A passagem da seiva orgânica se dá célula a célula – há placas
crivadas nas paredes terminais de células que se tocam.
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A condução da seiva elaborada
De modo geral, os materiais orgânicos são translocados para órgãos consumidores e de reserva, podendo haver
inversão do movimento (isto é, dos órgãos de reserva para região em crescimento), quando necessário.
A hipótese de Münch
A hipótese mais aceita atualmente para a condução da seiva elaborada é a que foi formulada por Münch e se
baseia na movimentação de toda a solução do floema, incluindo água e solutos. É a hipótese do arrastamento
mecânico da solução, também chamada de hipótese do fluxo por pressão. O transporte de compostos orgânicos
seria devido a um deslocamento rápido de moléculas de água que arrastariam, no seu movimento, as moléculas
em solução.
Acompanhe no esquema a seguir as etapas envolvidas nesse mecanismo:
Anel de Malpighi
A retirada de um anel de casca do tronco principal leva a árvore à morte, pois, devido à morte de suas
raízes, não recebe mais suprimento de água e sais minerais, essenciais para a fotossíntese. O espessamento do
tronco acima do anel é relacionado ao aumento da atividade meristemática nessa região, graças ao acúmulo de
composto orgânico.
Hormônios vegetais
Assim como em animais, nos vegetais também há uma série de fatores que controlam fisiologicamente seu fun-
cionamento. Os hormônios vegetais ou fitormônios – substâncias orgânicas reguladoras de processos vitais, como
o crescimento, a germinação de sementes e amadurecimento de frutos – são importantes no controle do metabo-
lismo das plantas.
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Auxinas
O AIA tem a capacidade de estimular ou inibir o crescimento, em razão disso sua ação depende da sua concentra-
ção e também da região onde se encontra. Observe o gráfico abaixo.
Giberelinas
§§ Estimulam o crescimento de caules e folhas, através da ação na divisão e no alongamento celular.
§§ Estimulam a quebra de dormência em sementes, para a germinação.
§§ Quando aplicadas a determinadas plantas podem estimular a floração e o desenvolvimento de frutos par-
tenocárpicos, como as auxinas.
Citocininas
§§ Em conjunto com as auxinas, estimulam a ocorrência de divisão celular.
§§ Esse hormônio junto à auxina ainda influencia a dominância apical, mas de modo oposto à auxina.
§§ Atrasam a senescência das folhas, ou seja, têm ação antienvelhecimento em folhas.
Etileno
É o único fitormônio gasoso.
§§ Estimula o amadurecimento em frutos.
§§ Também está envolvido na abscisão ou queda foliar e de frutos.
Ácido abscísico
A principal função do ácido abscísico (ABA) é impedir a germinação prematura de sementes, mantendo-as dor-
mentes. Além disso também tem importante papel no estímulo ao fechamento estomatal, quando em ocasiões de
carência de água, que estimula sua síntese.
As giberelinas quebram a dormência de sementes, enquanto o ácido abscísico as mantém dormentes.
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Movimentos vegetais
Em resposta a estímulos, os vegetais apresentam movimentos, que, de modo geral podem ser classificados em
tactismo, tipo de movimento com deslocamento, tropismo e nastismo, ambos movimentos sem deslocamento.
Tactismos
Movimento no qual há deslocamento, o qual acontece em gametas vegetais, como os anterozoides de briófitas e
pteridófitas, denominado quimiotactismo.
As euglenas, algas unicelulares, apresentam fototactismo positivo, se movendo em direção à luz.
O aerotactismo é o movimento de organismos em relação ao gás oxigênio, que pode ser observado em
bactérias.
Tropismos
São movimentos de curvatura – por crescimento – em resposta a estímulos ambientais. Quando a região da planta
– como caule ou raiz – se aproxima do estímulo, tem-se o tropismo positivo; e, quando acontece o contrário – o
afastamento – tem-se o tropismo negativo.
Os principais tipos de tropismo são: fototropismo, geotropismo (gravitropismo), quimiotropismo e tigmo-
tropismo.
Fototropismo
A luz é o estímulo ambiental. De modo geral, as raízes têm fototropismo negativo e os caules fototropismo positivo.
Geotropismo
A força da gravidade é o estímulo por trás desse movimento. De modo geral, os caules apresentam geotropismo
negativo, enquanto a raiz apresenta geotropismo positivo.
Quimiotropismo
Ocorre em decorrência de um estímulo químico. Um exemplo de quimiotropismo é o que ocorre no crescimento do
tubo polínico em direção ao óvulo.
Tigmotropismo
Neste movimento o estímulo é mecânico. É observado em gavinhas que se enrolam ao redor de suportes.
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Nastismos
São movimentos não orientados, apesar de também serem desencadeados por estímulos ambientais, assim inde-
pendem da direção ou origem do estímulo.
Fotonastismo
Nesse tipo de movimento, observado na abertura e fechamento de flores, a luz age como agente estimulador.
Termonastismo
Nesse tipo de movimento a temperatura age como estimulante.
Fotoperiodismo
A resposta dos seres vivos à periodicidade luminosa diária é denominada fotoperiodismo, e demonstra influência
sobre processos fisiológicos dos vegetais, como a floração e a queda de folhas. No entanto, atualmente sabe-se
que o período de duração contínua de escuro exerce maior influência na floração.
Tomando como exemplo a floração, vamos distinguir como podem ser classificadas as plantas de acordo
com a influência do fotoperiodismo sobre elas.
§§ Plantas indiferentes
§§ Plantas de dia curto e de dia longo
Planta de dia curto (PDC) (planta de noite longa) Planta de dia longo (PDL) (planta de noite curta)
21
Fitocromos
A percepção da duração do dia ou da noite nos vegetais depende da existência de pigmentos proteicos fotorrecep-
tores, os fitocromos, produzidos nas folhas ou em sementes e responsáveis por captar específicos comprimentos
de onda. Assim, além da floração os períodos de luminosidade influenciam – estimulando ou inibindo – também
a germinação de sementes. Por exemplo, numa planta de dia curto, um dos tipos de fitocromo atua inibindo a flo-
ração em períodos de escuridão particularmente curtos; e em uma planta de dia longo, sob as mesmas condições,
o mesmo fitocromo que agia inibindo a floração naquelas plantas, age de maneira oposta, induzindo a floração.
22
U.T.I. - Sala
1. (UERJ) O padrão de movimentação das plantas é influenciado por diferentes estímulos, de natu-
reza química ou física. Considere as plantas como a dama-da-noite, que abrem suas flores apenas
no período noturno.
Identifique o tipo de movimento vegetal que promove a abertura noturna das flores da dama-da-
-noite e indique o estímulo responsável por esse movimento.
Em relação às flores que se abrem à noite, apresente duas características morfológicas típicas res-
ponsáveis pela atração de polinizadores noturnos.
3. (UFTM) Foram retirados dois anéis em torno do caule de duas plantas (cana-de-açúcar e laranjei-
ra), como ilustra o esquema.
23
5. (UFF) O gráfico a seguir representa curvas de transpiração de três plantas de um mesmo tipo e
tamanho, que foram mantidas em uma estufa com temperatura constante e luminosidade natural.
Nesse experimento, cada planta foi submetida a uma das seguintes condições de suprimento de
água: I – muita água, somente no início da manhã e médio suprimento no resto do dia; II – pouca
água durante todo o dia; III – amplo suprimento de água o dia todo.
a) Após a análise do gráfico, associe cada curva (A, B e C) à sua respectiva condição de suprimento de
água (I, II e III).
b) Compare a abertura dos estômatos das plantas submetidas às condições I e III, ao meio-dia.
c) Explique, de acordo com a teoria de Dixon, como a transpiração atua no mecanismo de transporte da
seiva bruta, em árvores de grande porte.
6. (UFC) Atualmente é comum haver, em muitos supermercados da cidade, verduras que foram culti-
vadas através da técnica da hidroponia, ou seja, do cultivo em soluções de nutrientes inorgânicos
e não no solo.
Pergunta-se:
a) Como são classificados os nutrientes inorgânicos essenciais adicionados à solução? Cite 2 (dois) exem-
plos de cada grupo.
b) Por que a solução de nutrientes utilizada na hidroponia deve ser continuamente aerada?
24
U.T.I. - E.O.
1. (Unisa – Medicina) A figura 1 mostra uma abelha na flor de uma laranjeira e a figura 2 indica o
local em que foi removido um anel completo de um ramo (cintamento ou anel de Malpighi) dessa
planta.
a) Cite o nome do processo realizado pela abelha que garante a reprodução da planta. Que benefício a
abelha obtém ao realizar tal processo?
b) Considere que a laranjeira possua todos os ramos repletos de flores e que o cintamento tenha sido
feito no local apontado pela figura 2. Qual será o tamanho dos frutos formados acima do cintamento
em comparação ao tamanho dos frutos dos demais ramos? Justifique sua resposta.
2. (Unesp) “Fruto ou Fruta? Qual a diferença, 3. (UFU) A ilustração a seguir representa, com
se é que existe alguma, entre ‘fruto’ e ‘fru- um esquema tridimensional, a morfologia
ta’?” interna de uma folha. Analise-a e responda
A questão tem uma resposta simples: fruta as questões que seguem.
é o fruto comestível. O que equivale a dizer
que toda fruta é um fruto, mas nem todo
fruto é uma fruta. A mamona, por exemplo,
é o fruto da mamoneira. Não é uma fruta,
pois não se pode comê-la. Já o mamão, fruto
do mamoeiro, é obviamente uma fruta.
(Veja, 04.02.2015. Adaptado.)
25
4. (UFRJ) A soma da área superficial de todas 8. (UERJ) Experimentos envolvendo a clona-
as folhas encontradas em 1m2 de terreno é gem de animais foram recentemente divul-
denominada SF. O gráfico a seguir apresenta gados. No entanto, ainda há uma grande
a SF de 3 ecossistemas distintos (A, B e C). dificuldade de obtenção de clones a partir,
Nesses três ambientes, a disponibilidade de exclusivamente, do cultivo de células somá-
luz não é um fator limitante para a fotossín- ticas de um organismo animal, embora estas
tese. células possuam o potencial genético para
tal.
Por outro lado, a clonagem de plantas, a
partir de culturas adequadas “in vitro” de
células vegetais, já é executada com certa fa-
cilidade, permitindo a produção de grande
número de plantas geneticamente idênticas,
a partir de células somáticas de um só indi-
víduo original.
a) Indique o tipo de tecido vegetal que está em
permanente condição de originar os demais
tecidos vegetais e justifique sua resposta.
Identifique qual dos três ecossistemas cor- b) Estabeleça a diferença, quanto ao número
responde a um deserto, explicando a relação de cromossomas, entre células somáticas e
entre a SF e as características ambientais células germinativas da espécie humana.
deste ecossistema.
9. (Unicamp) O texto a seguir se refere ao ciclo
5. (Unesp) Um professor de biologia solicitou de vida de uma planta vascular:
“Os esporos germinam para produzir a fase
a um aluno que separasse, junto com o téc-
gametofítica. Os micrósporos se tornam
nico de laboratório, algumas plantas mono- grãos polínicos e, depois do transporte para
cotiledôneas de um herbário (local onde se a micrópila do óvulo, o microgametófito con-
guardam plantas secas e etiquetadas). O alu- tinua o seu desenvolvimento na forma de
no, pretendendo auxiliar o técnico, deu-lhe um tubo, crescendo através do nucelo. Um
as seguintes informações: megásporo produz um gametófito envolvido
I. a semente de milho tem dois cotilédones pela parede do nucelo e por tegumento. Os
gametófitos produzem gametas: duas células
e a semente de feijão, apenas um.
espermáticas em cada tubo polínico e uma
II. as plantas com flores trímeras devem fi- oosfera em cada arquegônio”.
car juntas com as de raízes axiais. a) A que grupo de plantas se refere o texto?
a) Após ouvir as informações, o técnico deve b) Que estrutura mencionada no texto permitiu
concordar com o aluno? Justifique. essa conclusão?
b) Cite duas características e dê dois exemplos c) Quais são os outros grupos de plantas vascu-
de plantas dicotiledôneas diferentes daque- lares?
las informadas pelo aluno.
10. (Uflavras) A figura representa uma planta e
seus órgãos vegetativos 1, 2 e 3.
6. (UERJ) O controle da abertura dos estôma-
tos das folhas envolve o transporte ativo de
íons de potássio.
a) Descreva a importância do potássio no pro-
cesso de abertura dos estômatos.
b) Nomeie as células responsáveis pelo controle
dessa abertura.
27
18. (UFU) A figura adiante refere-se a um processo ecológico muito importante para a manutenção
dos ecossistemas naturais e agrícolas. Analise essa figura e responda ás questões a seguir.
28
21. (UFRN) As funções exercidas pelos diferen-
tes órgãos dos vegetais se relacionam entre
si e permitem a interação do vegetal com o
meio.
Nessa perspectiva, explique:
a) de que modo se dá a interação entre folhas e
raízes de um mesmo vegetal;
b) como os vegetais de mangue e os de caatin-
ga se adaptaram a seus respectivos ambien-
tes, a partir das modificações sofridas por
suas raízes.
29
U.T.I.
5/6
Biologia 2
Sistema respiratório
Para que o pulmão realize a hematose (trocas gasosas) necessária à sobrevivência dos organismos, o ar deve
percorrer todos os componentes do sistema respiratório:
§§ Nariz;
§§ Faringe;
§§ Laringe;
§§ Traqueia;
§§ Brônquios;
§§ Pulmões;
§§ Bronquíolos.
Ventilação pulmonar
§§ Na inspiração, ocorre a contração da musculatura respiratória, composta por:
Diafragma: se achata e desce.
Músculos intercostais: dirigem as costelas para cima e para a frente. Como consequência, amplia-se a
caixa torácica, aumentando o seu volume interno.
A pressão interna da caixa torácica se reduz e fica menor que a pressão atmosférica. O ar, então, penetra
nos pulmões.
§§ Na expiração:
Músculos respiratórios relaxam;
Diafragma sobe;
Músculos intercostais fazem com que as costelas voltem à posição original.
O volume da caixa torácica diminui e a pressão interna aumenta, forçando a saída do ar.
O bulbo (componente do sistema nervoso central) é altamente sensível ao aumento de CO2 no sangue e à
diminuição do pH sanguíneo decorrente do acúmulo desse gás, assim quando em situações de pouca oxigenação
o aumento da acidez e o próprio CO2 em solução física no plasma estimulam os neurônios do centro respiratório.
Consequentemente, impulsos nervosos seguem pelo nervo que está ligado, ao inervar o diafragma e a musculatura
intercostal, promovendo a sua contração e a realização involuntária dos movimentos respiratórios, na tentativa de
expulsar o CO2 e obtenção de O2.
Sistema digestório
Digestão é o processo de transformação de moléculas de grande tamanho, por hidrólise enzimática, em unidades
menores que possam ser absorvidas e utilizadas pelas células. De maneira geral, pode se dar em dois tipos: extra e
intracelular. No homem e em todos os vertebrados, a digestão é extracelular e ocorre inteiramente na cavidade do
tubo digestório composto por:
§§ Boca, língua e dentes: diz-se que a digestão se inicia na boca, pois é nesse local em que se iniciam os
movimentos mecânicos (mastigação) e processos químicos (ação da amilase/ptialina);
§§ Faringe: onde se iniciam os movimentos peristálticos que continuam pelo trato digestório com a fun-
ção de empurrar o bolo alimentar em direção ao ânus;
§§ Esôfago: através de movimentos peristálticos, o esôfago empurra o alimento para o estômago;
§§ Estômago: os movimentos peristálticos continuam, misturando o bolo alimentar no suco gástrico que
contém, principalmente pepsina, enzima com capacidade de quebrar proteínas. O suco alimentar resultante
da digestão gástrica é denominada quimo;
§§ Intestino delgado: suas paredes são repletas de pregas circulares, vilosidades e microvilosidades de
forma a aumentar a superfície de contato, pois é no intestino delgado que a absorção de nutrientes ocorre,
33
além de outros eventos da digestão;
§§ Intestino grosso: após a absorção dos resíduos úteis pelo intestino delgado, os restos alimentares são
enviados ao intestino grosso, misturados com grande quantidade de água e sais, que são quase totalmente
absorvidos pelas paredes do intestino grosso;
§§ Ânus.
Além dos órgãos citados, é importante lembrar dos órgãos que agem como glândulas:
§§ Fígado: maior glândula do organismo. Produz a bile e armazena glicose, ferro, cobre e vitaminas;
§§ Vesícula biliar: situado na face inferior do fígado, armazena a bile;
§§ Pâncreas: é considerada uma glândula mista por secretar enzimas digestivas e hormônios (insulina e
glucagon).
Sistema urinário
O metabolismo celular dos animais decorrente da alimentação produz excretas nitrogenadas tóxicas ao organismo
e que por esse motivo, devem ser eliminadas do corpo, buscando estabelecer a homeostase. O aparelho que per-
mite filtrar aquilo que é tóxico e o que é útil ao organismo é composto por:
§§ Dois rins;
§§ Vias urinárias (formada pelas pelves renais, ureteres, bexiga urinária e uretra).
Filtração do sangue
As artérias renais passam por ramificações sucessivas, formando arteríolas e capilares, vasos de menor calibre. A
partir da arteríola aferente que adentra na cápsula de Bowman, forma-se um emaranhado de capilares sanguíne-
os, decorrentes de ramificações, denominado glomérulo renal ou glomérulo de Malpighi. É função do glomérulo
realizar a filtração do sangue. Após esse processo, o sangue continua a fluir pelo néfron, graças à arteríola eferente
que abandona a cápsula. Um conjunto de capilares, originados a partir da arteríola eferente, envolve os túbulos
renais e a alça de Henle, possibilitando trocas entre a corrente sanguínea e o interior do túbulo néfrico. Por fim,
esses capilares irão se unir para a formação de vênulas, que culminarão na veia renal, possibilitando o retorno do
sangue para a circulação sistêmica contendo o que é útil ao organismo, como os íons.
34
Excretas nitrogenadas nos diferentes grupos animais
Os animais evoluíram de forma que pudessem excretar o produto que é mais conveniente de acordo com o ambien-
te em que vive, isto é, de acordo com a quantidade de água disponível.
Animais com maior disponibilidade de água, podem excretar produtos nitrogenados bastante tóxicos, pois
não precisam economizar água para diluir tal produto. Animais que precisam poupar água, devem converter a
amônia até um produto menos tóxico, para que não necessite diluí-lo, poupando água para si.
Sistema nervoso
A relação do mundo exterior com o organismo se dá graças à existência do sistema nervoso que detecta altera-
ções no mundo exterior e até mesmo perturbações e diferentes sensações no interior do próprio organismo. Tais
informações percebidas são levadas até um centro de comando, onde devem ser processadas e interpretadas para
gerar uma resposta.
35
Lei do tudo ou nada
Existem duas situações: ou o estímulo não consegue atingir o limiar de excitação e não gera impulso, ou é suficien-
te para atingir o limiar e gera impulso. Esse fenômeno obedece à chamada lei do tudo ou nada.
Arco reflexo
Arco reflexo se caracteriza por uma rápida resposta a um estímulo, como retirar a mão de algo danoso. Desse
processo participa a medula espinhal e neurônios.
Três tipos básicos de neurônio podem ser reconhecidos com relação à atividade que desempenham:
§§ neurônios sensoriais;
§§ neurônios de associação (interneurônios);
§§ neurônios efetores (ou motores).
Órgãos do sentido
O sistema nervoso é responsável por codificar as informações levadas até ele. Os animais evoluíram de forma que
possuíssem estruturas especializadas em perceber e codificar com bastante precisão os cinco sentidos. Algumas
dessas estruturas especializadas são:
a. Mecanorreceptores:
§§ Tato – ex.: localizados na pele.
§§ Proprioceptores – ex.: localizados no músculo.
§§ Pressão – ex.: localizados nos vasos.
§§ Equilíbrio – ex.: labirinto, localizado no ouvido.
§§ Auditivos – ex.: cóclea, localizado no ouvido.
b. Quimiorreceptores
§§ Gustativos – ex.: localizados na língua (nos humanos).
§§ Olfativos – ex.: localizados no epitélio nasal.
c. Termorreceptores
§§ Temperatura – ex.: localizado na pele.
36
d. Eletrorreceptores
§§ Corrente elétrica – ex.: localizados na pele dos peixes elétricos.
e. Fotorreceptores
§§ Compostos que absorvem luz – ex.: localizados no olho.
f. Dor
§§ Terminações nervosas livres – ex.: localizadas em todo o corpo.
Visão
Fazem parte da estrutura ocular humana: córnea, íris, pupila, cristalino/lente, humor aquoso, humor vítreo, verno
óptico e retina — local onde se concentram cones (sensíveis à cores) e bastonetes (sensíveis à lumino-
sidade). Ao vermos um objeto a luz é captada por fotorreceptores na retina; a luz é “convertida” em impulso
nervoso; e então sinais são enviados para o cérebro.
Olfato
O número de células olfativas varia de acordo com a espécie, justificando o ótimo olfato que os cães possuem, por
exemplo.
O epitélio olfativo é composto por três diferentes tipos celulares: células receptoras, células de suporte, e
células basais. Uma parte (dendrito) do neurônio receptor está em contato com o epitélio nasal e outra parte
(axônio) se encontra com outros axônios ligados pelo bulbo olfatório — o conjunto de axônios caracteriza o
nervo olfativo, responsável por encaminhar ao SNC as informações relacionadas a esse sentido.
Gustação
Os botões gustativos localizados em diferentes regiões da língua são responsáveis por captar as substâncias quí-
micas que dão sabor aos alimentos. Somos capazes de distinguir o amargo, o ácido, o salgado, o doce e o umami.
Audição
A orelha – órgão que se assemelha a uma concha para captar melhor as ondas sonoras – pode ser dividida em:
§§ Orelha externa: pavilhão da orelha e canal auditivo (delimitado pelo tímpano).
§§ Orelha média: contém três ossículos, o martelo, a bigorna e o estribo, atuam na amplificação do som.
§§ Orelha interna: também relacionada ao equilíbrio. Contém a cóclea. Da cóclea, a mensagem é conduzida
pelo nervo auditivo até o cérebro.
Drogas e o SNC
Droga é qualquer substância natural ou sintética que provoca mudanças físicas ou psíquicas. As drogas podem ser
administradas ou ingeridas de diferentes maneiras, que incluem a via oral, absorção cutânea (ou pelas mucosas),
injeção e inalação – as duas últimas responsáveis por causar efeitos mais fortes e instantâneos, pois alcançam mais
rápido a corrente sanguínea e consequentemente seus receptores específicos. Estes estão localizados no cérebro,
de maneira geral.
37
Ao alcançar seu receptor alvo, essas substâncias influenciam, podendo ser:
§§ Drogas agonistas: imitam ou aumentam a ação de determinado neurotransmissor, como a nicotina (pre-
sente no cigarro), uma agonista da acetilcolina, e o LSD (ácido lisérgico), um agonista da serotonina;
§§ Drogas antagonistas: bloqueiam sua, como a cafeína, uma antagonista da adenosina;
§§ Bloquear ou afetar sua reabsorção: importante mecanismo que ocorre após o estímulo da membrana
pós-sináptica. A cocaína tem esse efeito, pois bloqueia a reabsorção de norepinefrina e de dopamina, cau-
sando a continuidade de sua ação.
A maioria dessas drogas passíveis de serem usadas de maneira abusiva é classificada como drogas psico-
trópicas ou psicoativas, pois agem no cérebro alterando o humor, o comportamento, e os processos de pensa-
mento. São comumente assim classificadas:
§§ estimulantes: como a cocaína, o crack, a nicotina, a cafeína e as anfetaminas;
§§ calmantes (ou depressoras): como o álcool, barbitúricos, opioides, e os inalantes ou solventes;
§§ alucinógenas (ou perturbadoras): como a maconha (THC), o LSD, a mescalina, certos tipos de cogu-
melos e o ecstasy.
Além dos componentes básicos do sistema endócrino, uma região fundamental para o organismo e, parti-
cularmente, para o controle de hormônios, o hipotálamo tem a função de estimular ou inibir a secreção de hormô-
nios, função esta desempenhada pela hipófise/glândula pituitária. A hipófise é dividida em neurohipófise/hipófise
posterior e adenohipófise/hipófise anterior.
38
Hormônios Atuação
Age no crescimento de vários tecidos e órgãos, particularmente nos ossos.
Crescimento – GH Na infância, a deficiência desse hormônio pode levar ao quadro de nanismo;
(somatotrofina) e o excesso dele, ao gigantismo. No adulto, o excesso, provoca acromegalia
(aumento das extremidades – mãos, pés, mandíbulas).
(porção anterior) Adrenocorticotrófico – Age na região cortical das glândulas adrenais, estimulando-as a produzirem
Adenoípofise
ACTH os hormônios cortisol e aldosterona.
Folículo estimulante – Age nos ovários, estimulando o desenvolvimento dos folículos ovarianos. No
FSH (gonadotrofina) homem, estimula a formação dos espermatozoides.
Atua nas gônadas femininas e masculinas. Nos ovários age na ruptura dos
Luteinizante – LH
folículos ovarianos, que resulta na liberação do óvulo. No homem, age nos
(gonadotrofina)
testículos, estimulando a síntese de testosterona.
Tireotrofina – TSH Age estimulando a síntese dos hormônios tireoidianos.
Atua estimulando a produção de leite pelas glândulas mamárias e a secre-
Prolactina
ção de progesterona pelos ovários.
39
No homem, o FSH estimula a espermatogênese (produção de espermatozoides) e o LH favorece a produção
de testosterona pelo testículo. A testosterona é responsável por desenvolver as características sexuais masculinas.
Na mulher, o FSH e o LH participam do ciclo menstrual. No organismo feminino a ação hormonal, no que
tange a reprodução, se inicia ainda na vida intrauterina (quando os folículos ovarianos são formados num número
limitado) e se desdobra em eventos complexos a partir da puberdade.
Neste período o estrógeno estimula o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários.
Métodos anticoncepcionais
§§ Preservativo/camisinha masculina e feminina: agem como barreira física, impede também a trans-
missão de doenças sexualmente transmissíveis (DST);
§§ Pílula anticoncepcional: contém hormônios sintéticos que inibem a ovulação. Não protege contra DST;
§§ Dispositivo intrauterino (DIU): o DIU de cobre funciona como barreira física, impedindo que os esper-
matozoides cheguem ao ovócito. O DIU de mirena também libera hormônios, então além de funcionar como
barreira física, também inibe a ovulação. Não protege contra DST;
§§ Diafragma: funciona como barreira física, pois tampa a entrada da tuba uterina. Não protege contra DST;
§§ Tabelinha/método do calendário: ausência de relações sexuais entre o casal durante o período fértil da
mulher. Método de baixa eficácia, pois o ciclo menstrual não totalmente regulado;
§§ Vasectomia: parte dos ductos deferentes é seccionada, impedindo a passagem dos espermatozoides.
Método irreversível;
§§ Laqueadura das tubas uterinas: as tubas uterinas são costuradas, impedindo que os espermatozoides
atinjam o ovócito. Método irreversível.
40
Doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)
As doenças que são transmitidas através de relações sexuais, são assim passadas para outros indivíduos porque o
patógeno está presente em quantidades consideráveis nas secreções sexuais ou ainda nas regiões íntimas.
Prevenção
Alguns cuidados devem ser tomados para evitar o contágio.
§§ Usar materiais descartáveis ou esterelizados da maneira adequada;
§§ Prevenir-se durante as relações sexuais;
§§ Tomar as vacinas disponíveis, como HPV e Hepatite B;
§§ Exames pré-natais em mulheres grávidas para evitar que o filho seja contagiado;
§§ Controle do sangue utilizado em transfusões pelos órgãos de fiscalização.
Doenças
§§ Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS): retrovírus (HIV) invade o sistema imune e ataca os
linfócitos T CD4, responsáveis pela defesa do organismo, justificando o fato de a doença ser caracterizada
pela debilitação do sistema imune;
§§ Condiloma acuminado: o papiloma vírus humano (HPV) gera infecções e verrugas na região genital de
homens e mulheres (ataca também o útero). A vacina foi disponibilizada há pouco tempo no Brasil, inclusive
na rede pública, para meninas de 11 a 13 anos;
§§ Herpes genital: causada principalmente pelo herpes-vírus tipo 2 (HSV-2), cuja manifestação dá-se nos
órgãos genitais com o aparecimento de vesículas (bolhas), preenchidas com líquido, que ao romperem,
originam feridas;
41
§§ Hepatite B: as hepatites C e D também podem ser transmitidas sexualmente, porém a hepatite B é consi-
derada sexualmente transmissível. O quadro pode ser assintomático. Os vírus atacam o fígado e os sintomas
são caracterizados por cansaço, tontura, enjoo, vômitos, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados
(icterícia), urina escura e fezes claras.
§§ Gonorreia: causada pela bactéria Neisseria gonorrheae. Doença caracterizada pela presença de secreção
purulenta (corrimento) na uretra masculina ou feminina (vagina);
§§ Sífilis: doença bacteriana, causada pela bactéria Treponema pallidum. A evolução da doença pode ser di-
vidida em três estágios: no primeiro deles, “cancro duro” cerca de um mês após a contaminação aparecem
nos órgãos genitais lesão ulcerosa. O segundo estágio, com manifestação algum tempo após o cancro duro,
inclui, dentre outros sintomas, o aparecimento de lesões cutâneas e mucosas; e no terceiro, estão incluídas
lesões que se espalham por diversos locais do organismo, dentre eles no sistema nervoso central, resultando
em provável cegueira, em paralisia geral ou até mesmo em morte.
§§ Cancro mole: doença bacteriana causada pela Haemophilus ducreyi, o quadro inicial é caracterizado por
pequenas lesões nos órgãos genitais e, mais tardiamente, podem rapidamente evoluir para dolorosas feridas
cuja consistência na base é mole – daí a denominação cancro mole;
§§ Tricomoníase: o causador é o protozoário Trichomonas vaginalis. Além de ser transmitida por relações se-
xuais e de mãe para filho, a doença também pode ser transmitida pelo uso comum de instalações sanitárias,
toalhas ou roupas de cama contaminadas. Nos homens, o parasita geralmente infecta a uretra e a bexiga
urinária, e embora na maioria dos casos essa infecção seja assintomática, ela pode provocar corrimento
uretral e dores ao urinar; e nas mulheres, pode ocorrer inflamação na vagina, com produção de secreção
(amarelo-esverdeada de odor fétido), bem como dores ao urinar.
42
U.T.I - Sala
1. (UEL) Além do transporte de gases, a circulação sanguínea transporta outros solutos, calor e nu-
trientes. Cada classe de vertebrados tem um tipo muito uniforme de circulação, mas as diferenças
entre as classes são substanciais, principalmente quando se comparam os vertebrados aquáticos
com os terrestres.
As figuras a seguir representam dois tipos de circulação sanguínea observados em vertebrados. A
letra V representa os ventrículos e a letra A representa os átrios. As setas indicam a direção do
fluxo sanguíneo.
Organismo X Organismo Y
1 2
A A
V
Aorta
A V V
Aorta
Com base na figura e nos conhecimentos sobre circulação sanguínea, responda aos itens a seguir.
a) Que órgãos são representados pelos números 1 e 2?
Cite uma classe animal à qual pode pertencer o organismo X e outra à qual pode pertencer o organismo Y.
b) Que vantagens apresenta a circulação dupla completa, no organismo Y, em relação à circulação encon-
trada no organismo X?
2. (USF) Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são as princi-
pais causas mundiais de morte. No Brasil, 300 mil pessoas morrem anualmente, ou seja, um óbito
a cada dois minutos é causado por esse tipo de enfermidade.
Embora fatores não modificáveis, como predisposição genética, contribuam para a ocorrência de
tais doenças, para o cardiologista Leonardo Spencer, do Hospital do Coração do Brasil, em Brasília,
essas estatísticas podem ser explicadas principalmente pelos maus hábitos de vida da população.
“Alimentação não balanceada, rica em gordura saturada, aliada ao sedentarismo, ao sobrepeso, à
hipertensão, ao diabetes e ao tabagismo, por exemplo, aumenta consideravelmente o risco de o
indivíduo ter um problema cardíaco no futuro”.
Várias enfermidades estão no guarda-chuva das doenças cardiovasculares. O Dr. Leonardo Spencer
enumera as 4 que mais levam a óbito no Brasil: infarto agudo do miocárdio, doença vascular peri-
férica, acidente vascular cerebral e morte súbita.
Disponível em: <http://coracaoalerta.com.br/fique-alerta/4-doencas-cardiovasculares-
que-mais-matam-pais-2/>. Acesso em: 02/10/2015, às 09h35min.
a) Como uma pessoa que apresenta predisposição genética às doenças cardiovasculares pode adotar me-
didas profiláticas contra esses males?
b) O modo de vida atual nas grandes cidades leva as pessoas a consumirem cada vez mais alimentos in-
dustrializados ricos em sódio e gordura. Cite as consequências para a saúde humana de uma dieta com
estes compostos.
c) No esquema que segue sobre o coração, identifique os vasos numerados de 1 a 5, informando o tipo de
sangue que circula pelo vaso indicado.
3 4 5
2
AD AE
VD VE
1
43
3. (UFU) “Em aves que voam pouco, como galinhas e perus, os músculos peitorais, que movimentam
as asas, são formados principalmente por fibras brancas. Em aves migratórias acontece o contrário:
os músculos peitorais são formados predominantemente por fibras vermelhas”.
Adaptado de LOPES, Sônia. São Paulo: Saraiva, 2003. p. 393. v. 1.
4. (FMJ) O sistema nervoso é formado por bilhões de neurônios, que possibilitam a condução do
impulso nervoso em um único sentido. Cada neurônio é constituído por três regiões específicas,
sendo que apenas uma delas é envolvida pelo estrato mielínico (bainha de mielina).
a) Cite as três regiões do neurônio que permitem a propagação do impulso nervoso num sentido único.
Qual é a vantagem da presença do estrato mielínico na condução do impulso nervoso?
b) Explique como um neurônio consegue “se comunicar” com outro neurônio sem ter contato físico.
FIGURA 1 FIGURA 2
a) Nomeie os neurotransmissores 1, 2 e 3.
b) Qual é o efeito do neurotransmissor 3 sobre fibras musculares estriadas cardíacas?
c) Qual é o efeito do neurotransmissor 1 sobre fibras musculares estriadas cardíacas?
44
U.T.I. - E.O.
1. (Unicid – Medicina) A figura representa um modelo artificial para demonstrar como ocorrem os
movimentos respiratórios no ser humano.
Uma garrafa tem seu fundo cortado e substituído por uma borracha, no interior dela há uma bexi-
ga amarrada em um tubo oco que atravessa uma rolha acoplada à boca da garrafa.
45
3. (Unesp) Considere os seguintes exemplos de orientação e comunicação em diferentes grupos de
animais.
I. Os machos de vagalumes, ativos durante a noite, são capazes de localizar suas fêmeas pousadas
na vegetação por meio de flashes de luz emitidos por elas.
II. Machos da mariposa do bicho-da-seda podem perceber a presença de uma fêmea que esteja
emitindo feromônios a alguns quilômetros de distância e se orientar até ela.
III.Peixes são capazes de perceber a aproximação de outro organismo pelas vibrações que estes
provocam no meio.
IV. Cascavéis, também ativas durante a noite, possuem órgãos sensoriais altamente sensíveis ao
calor emitido por um organismo endotérmico.
V. Cascavéis projetam constantemente sua língua para fora e para dentro da boca. A língua entra
em contato com um órgão situado no teto da boca e o animal obtém então informações sobre o
ambiente.
a) Identifique em cada exemplo se o estímulo percebido pelos diferentes animais, para sua orientação e
comunicação, é de natureza física ou química.
b) Que órgãos são responsáveis pela percepção do estímulo nos exemplos II, III e IV, respectivamente?
Identifique pelo menos dois casos entre os cinco exemplos citados em que a percepção do estímulo
pode estar relacionada com a captura de presas.
Y
a) Qual a importância da estrutura apontada pela seta Y? Qual cavidade cardíaca recebe sangue prove-
niente dos pulmões, por meio das veias pulmonares?
b) Qual o nome da estrutura apontada pela seta X? Explique qual a sua importância para o metabolismo
humano.
5. (Fac. Santa Marcelina – Medicina) O sangue humano é formado pelo plasma, que contém água, ga-
ses, excretas, proteínas, e pelos elementos figurados, tais como eritrócitos, leucócitos e plaquetas.
a) Além dos componentes citados do plasma, há um monossacarídeo que quando em excesso, pode ser
um indicativo de diabetes. Qual é esse monossacarídeo? Qual é a importância desse monossacarídeo
para o metabolismo celular?
b) Dos elementos figurados, qual deles realiza a diapedese? Explique como esse processo ocorre.
6. (Unisa – Medicina) Os eritrócitos ou hemácias são as células que estão em maior quantidade no
sangue de um homem saudável. São anucleadas e ricas em hemoglobina.
a) Em qual tecido de um homem adulto os eritrócitos são produzidos? Cite um órgão em que os eritrócitos
adultos são destruídos.
b) Baixa quantidade de eritrócitos no sangue ou deficiências nas moléculas de hemoglobina podem de-
sencadear quadros anêmicos. Explique por que as pessoas anêmicas ficam frequentemente cansadas.
46
7. (UFG) A Figura I corresponde a uma etapa da ação da vitamina K no processo de coagulação san-
guínea, enquanto a Figura II mostra o efeito da interação entre derivados da cumarina, classe de
medicamentos anticoagulantes orais, e da vitamina K.
Figura I O2 CO2
carboxilação
Protrombina Trombina + Ca2+
coagulação
sanguínea
Figura II
50
redutase da vitamina K (%)
Bloqueio da 2,3-epoxi-
derivados da cumarina
derivados da cumarina na
presença de vitamina k
8. (UFTM) A tabela mostra os resultados dos exames de sangue de três estudantes da UFTM.
47
10. (UERJ) Cientistas produzem primeiro hambúrguer de laboratório
O primeiro hambúrguer totalmente cultivado em laboratório foi preparado e degustado durante
uma entrevista coletiva em Londres. Cientistas transformaram células-tronco de uma vaca em
fibras musculares esqueléticas, em quantidade suficiente para preparar um hambúrguer de 140
gramas. Os pesquisadores disseram que a tecnologia poderia ser uma forma ecologicamente sus-
tentável de atender à demanda crescente por carne no planeta, pois sua produção gasta 45%
menos energia, emite 96% menos gás metano e gasta 99% menos hectares de terra para a mesma
quantidade de carne convencional.
Adaptado de O Globo, 06/08/2013.
Nomeie as duas proteínas mais abundantes das fibras musculares, responsáveis por sua contração.
Explique, ainda, a relação entre a expansão mundial dos rebanhos de bovinos e o aumento do
efeito estufa.
12. (UERJ) Observe nas ilustrações dois tipos de néfrons: o néfron cortical, com alça néfrica ou alça de
Henle, curta; o néfron justamedular, com alça néfrica longa.
Suponha três vertebrados adultos hipotéticos, X, Y e Z, caracterizados pelos seguintes tipos de né-
frons: X, apenas néfrons corticais; Y, apenas néfrons justamedulares; Z, apenas néfrons de outro
tipo, sem alça néfrica.
Com base apenas nessa característica, aponte o vertebrado mais adaptado para a vida em um am-
biente terrestre com pouca água. Justifique sua resposta a partir da função desempenhada pela
alça néfrica.
Considerando os três principais tipos de excretas nitrogenados, nomeie aquele mais adequado a
ambientes muito secos. Cite, ainda, uma das propriedades desse excreta que justifique sua escolha.
48
13. (UEMA) A maior parte do axônio é envolvida Considerando a hipótese de o modelo des-
por uma camada de natureza lipídica chama- crito ser bem-sucedido e aceito sem rejeição
da de bainha mielínica que funciona como pelo organismo humano, no caso de implan-
isolante elétrico, aumentando a velocidade te, descreva a função a ser desempenhada
de condução do impulso nervoso. Algumas pelo rim artificial, em cada uma das etapas
doenças, como, por exemplo, a síndrome de descritas.
Guillain-Barré, têm origem na destruição da
bainha de mielina com perda gradual da ati-
vidade motora. 16. (UERJ) A amônia é produzida pelos organis-
Fonte: LINHARES, Sergio; GEWANDJNAJDER, mos vivos, especialmente durante o catabo-
Fernando. Biologia hoje. São Paulo: Ática, 2011. lismo dos aminoácidos. Por ser muito tóxica,
alguns vertebrados a incorporam, antes da
Explique como a destruição da bainha de
mielina afeta a atividade muscular. excreção, como ácido úrico ou como ureia.
Cite um vertebrado que excreta diretamente
amônia e identifique o principal órgão ex-
14. (UEMA) Nossos sentidos funcionam em de-
cretor dessa substância. Aponte, também,
terminadas regiões do nosso corpo a partir
de estímulos que recebemos do meio am- uma vantagem de adaptação ambiental rela-
biente. Eles são baseados em “sensores” tiva às aves e outra relativa aos répteis, por
muito sofisticados que foram desenvolvidos excretarem ácido úrico, substância pouco so-
ao longo de milhões de anos, fruto da evo- lúvel em água.
lução. Cada um deles foi se transformando
devido aos estímulos do meio ambiente, fa-
17. (UERJ) Todas as células do organismo hu-
vorecendo as configurações mais adaptadas
mano possuem uma diferença de potencial
aos desafios impostos pelo meio. Costuma-se
ter muita confiança no que os nossos senti- elétrico entre as faces interna e externa da
dos nos transmitem. Em particular, a visão membrana plasmática. Nas células nervosas,
é um dos que consideramos mais confiáveis. essa diferença é denominada potencial de
Quando vemos alguma coisa, ficamos mais repouso, pois um estímulo é capaz de de-
seguros sobre aquilo a que se refere. sencadear uma fase de despolarização se-
OLIVEIRA, Adilson de. Física sem mistério: um olhar guida de outra de repolarização; após isso,
para além dos sentidos. 2010. Disponível em: <http:// a situação de repouso se restabelece. A al-
cienciahoje.uol.com.br/colunas/fisica-sem-misterio/um-
teração de polaridade na membrana dessas
olhar-para-alem-dos-sentidos>. Acesso em: 20 out. 2013.
células é chamada de potencial de ação que,
a) A visão funciona de maneira extremamente repetindo-se ao longo dos axônios, forma o
sofisticada. Nossos olhos se ajustaram para mecanismo responsável pela propagação do
captar uma faixa de 400 a 700 nm, porque impulso nervoso.
grande parte da luz do Sol que chega até nós O gráfico a seguir mostra a formação do po-
está dentro dessa faixa de comprimento de tencial de ação.
onda. A partir dessas informações, explique o
funcionamento dos nossos sensores visuais.
milivolts
49
18. (Unicamp) Na tabela a seguir são apresentados os resultados das análises realizadas para identi-
ficar as substâncias excretadas por girinos, sapos e pombos.
a) Identifique, na tabela, qual amostra corresponde às substâncias excretadas por pombos. Explique a
vantagem desse tipo de excreção para as aves.
b) Identifique, na tabela, qual amostra corresponde às substâncias excretadas por girinos e qual cor-
responde às dos sapos. Explique a relação entre o tipo de substância excretada por esses animais e o
ambiente em que vivem.
19. (UFG) Os rins mantêm o equilíbrio hídrico no corpo por meio da regulação da quantidade e dos
componentes do líquido dentro e fora das células. Quaisquer distúrbios dos canais de água nos
néfrons, ou do hormônio antidiurético (ADH), podem levar a doenças, como a desidratação.
O gráfico a seguir representa duas situações diferentes, em que as duas curvas se sobrepõem até
a metade da porção D do néfron.
Curva 1
Osmolaridade tubular. mOsm/L
1200 Curva 2
900
600
300
A B C D E
20. (UERJ) Foram utilizados, em um experimento, dois salmões, X e Y, de mesmo sexo, peso e idade.
O salmão X foi aclimatado em um aquário contendo água do mar, e o salmão Y, em um aquário
similar com água doce. As demais condições ambientais nos dois aquários foram mantidas iguais
e constantes.
Observe, no gráfico a seguir, os resultados das medidas, nesses peixes, de dois parâmetros em re-
lação ao íon Na+: taxa de absorção intestinal e taxa de excreção pelo tecido branquial.
50
Considerando o exposto, explique: b) A raiva do torcedor, quando o time adversá-
a) as diferenças encontradas entre os peixes rio marca um gol, muitas vezes é acompa-
nos valores dos parâmetros medidos e iden- nhada por uma alteração do sistema cardio-
tifique o tipo de aclimatação que correspon- vascular resultante de respostas endócrinas
de aos pontos 1 e 2 do gráfico; e nervosas. Qual é a alteração cardiovascular
b) a atuação do rim no processo de controle hí- mais comum nesse caso? Que fator endócri-
drico de salmões adaptados em água do mar no é o responsável por essa alteração?
e em água doce.
51
U.T.I.
5/6
Biologia 3
Fator Rh e imunologia básica
A herança do sistema Rh
Genótipos Fenótipos
RR, Rr Rh+
rr Rh-
Ao contrário do que ocorre no grupo ABO, os anticorpos anti-Rh não são naturais, isto é, a produção deles deve ser
decorrente de uma sensibilidade prévia.
Eritroblastose fetal
A doença hemolítica do recém-nascido, também chamada de eritroblastose fetal, ocorre em crianças Rh+ filhas
de mães Rh–. Na eritroblastose fetal, a criança é sempre heterozigota (Rr), o gene r é herdado da mãe (rr) e o R é
proveniente do pai (RR ou Rr).
Na eritroblastose fetal, a criança é sempre heterozigota (Rr), o gene r é herdado da mãe (rr) e o R é pro-
veniente do pai (RR ou Rr). De modo geral, a eritroblastose é constatada a partir da segunda gestação de mães
Rh–. Regularmente, nas trocas sanguíneas entre mãe e feto, verifica-se apenas a passagem de anticorpos e outras
substâncias: nutrientes, O2, CO2 etc. As células não conseguem cruzar a barreira placentária. No entanto, proxima-
mente ao fim da gravidez, é comum a ocorrência de algumas rupturas placentárias, que favorecem a passagem de
sangue do feto para a mãe.
Fenótipos Genótipos
M LM LM
N LN LN
MN LM LN
Os sistemas ABO, Rh e MN são independentes. Portanto, uma mesma pessoa jamais pertence ao grupo
sanguíneo A ou Rh+ ou M. O correto seria dizer que o indivíduo pertence ao grupo sanguíneo A, Rh+ e MN, assim
como outro pertence ao grupo B; Rh– e N, e assim por diante.
Transfusões no sistema MN
A produção de anticorpos anti-M ou anti-N ocorre após sensibilização, como acontece com o sistema Rh. Portanto,
não haverá reação de incompatibilidade se uma pessoa que pertencer ao grupo M, por exemplo, receber sangue
tipo N, a não ser que ela esteja sensibilizada por transfusão anterior.
55
A defesa do organismo
Podemos chamar de antígeno qualquer agente infeccioso ou substância capaz de ser reconhecida pelo sistema
imune. O sistema imunológico deve inativar e eliminar os antígenos estranhos impedindo o desenvolvimento de
processos alérgicos, inflamatórios ou infecciosos.
Os mecanismos de defesa imunológicos podem ser classificados em:
§§ Mecanismo inespecífico, o qual não faz distinção do antígeno (corpo estranho). Inclui primeira linha de
defesa, a qual é externa, formada pela pele e pelas membranas mucosas do sistema digestório, respiratório
e urogenital. A segunda linha de defesa, as barreiras internas inespecíficas, caracteriza-se por substâncias
químicas e células que destroem qualquer antígeno.
§§ Mecanismo específico, no qual as respostas imunológicas são discriminadas, ou seja, específicas para cada
agente infeccioso. Esse mecanismo constitui a terceira linha de defesa e envolve a participação dos órgãos
linfoides (baço, timo, linfonodos e tonsilas).
As respostas de defesa podem ser classificadas em respostas inatas (primeira e segunda linha de defesa) e
adaptativas (terceira linha de defesa).
A resposta inflamatória
A resposta inflamatória é iniciada após lesão no tecido com consequente ativação de células endoteliais presentes
nas paredes dos vasos sanguíneos.
Os efeitos vasculares observados após estimulação das moléculas pró-inflamatórias são aumento da per-
meabilidade vascular, vasodilatação, eritema, edema e dor, conjunto de alterações conhecido como inflamação.
Caso a resposta inflamatória não seja eficaz na contenção da infecção, o sistema imune passa a depender
de mecanismos mais específicos e sofisticados, dos quais tomam parte vários tipos celulares, o que chamamos de
resposta imune adaptativa ou adquirida.
Estas células são responsáveis por discriminar pequenas diferenças entre os antígenos estranhos presentes na
natureza e montar respostas de defesa mais eficazes do que aquelas realizadas pelo sistema imune inato. Existem
três grandes subpopulações de linfócitos: linfócito B (LB), linfócito (LT) e células matadoras naturais (células NK).
Exceto as células NK que participam da resposta inata, os LB e LT são células da resposta imune adaptativa. Os
LB são as únicas células produtoras de anticorpos ou imunoglobulinas (Ig) enquanto os LT são divididos em duas
subpopulações celulares, os LT auxiliares (LTa) ou T CD4 e os LT citotóxicos (LTc) ou T CD8.
56
As propriedades da resposta adaptativa
1. Especificidade
2. Memória
A vantagem das respostas imunes com memória é permitir que a próxima resposta de defesa seja mais rápida e
mais intensa, garantindo uma eliminação do antígeno estranho antes que ele prolifere causando infecção e os
sinais e sintomas característicos da doença. Observe o gráfico abaixo:
Quantidade de
anticorpos Resposta imune
secundária
Resposta
imune primária
Dias
Antígeno 7 14 Segunda dose 7 14
injetado do antígeno
Gráfico mostrando a diferença de tempo entre as respostas primária e secundária
57
No próximo passo realizou a autofecundação dessas plantas, resultando numa geração F2 que apresentou
quatro diferentes fenótipos, na proporção aproximada de 9: 3: 3: 1.
♀
VR Vr vR vr
♂
VVRR VVRr VvRR VvRr
Amarela/lisa Amarela/lisa Amarela/lisa Amarela/lisa
VR
58
Taxa de permutação
Porcentagem dos recombinantes.
A a A a
B b b B
Genes em posição cis nos cromossomos. Genes em posição trans nos cromossomos.
Mapas gênicos
§§ Os genes devem estar dispostos linearmente no cromossomo;
§§ Frequência do crossing-over deveria refletir, de alguma forma, a distância entre os genes; e
§§ Se a porcentagem de crossing-over for baixa, os genes devem estar próximos um do outro, o que torna
menos provável a quebra e a troca de pedaços entre os homólogos.
Herança e sexo
De modo geral, nos organismos vivos há dois tipos de cromossomos: os autossomos – comuns a ambos os
sexos – e os heterossomos – que diferem entre os sexos. Regularmente, as células diploides humanas contêm
23 pares de cromossomos homólogos, 2n = 46, dos quais 44 são autossomos, e dois são os cromossomos sexuais
ou heterossomos.
59
Cromossomos sexuais
O cromossomo Y, menor cromossomo humano, é mais curto e possui menos genes que o cromossomo X e contém
uma porção encurvada, na qual há genes exclusivos do sexo masculino.
Sexo feminino é homogamético – só produz um tipo único de gameta –, enquanto o masculino é he-
terogamético – produz dois tipos de gametas.
Sistema X0
As fêmeas são representadas por A + XX (homogaméticas) e os machos, por A + X0 (heterogaméticos), uma vez
que um de seus gametas terá um cromossomo a menos. Portanto, quem determina o sexo da prole é o macho, pois
é o sexo heterogamético.
Sistema ZW
Para não gerar confusão com o sistema XY, a simbologia utilizada nesses casos é diferente: os cromossomos sexuais
dos machos são representados por ZZ e os cromossomos sexuais das fêmeas são representados por ZW. Portanto,
nesse sistema é a fêmea quem determina o sexo da prole.
Sistema ZO
No sistema ZO, a fêmea é heterogamética (ZO) e o macho é homogamético (ZZ). Esse tipo de sistema ocorre em
alguns répteis e, casualmente, em aves.
Abelhas e partenogênese
Nas abelhas, a determinação sexual se dá quanto à ploidia. Os machos (zangões) são sempre haploides – devido
à partenogênese – e as fêmeas, diploides.
60
Heranças ligadas ao sexo
Daltonismo
No daltonismo, o indivíduo é incapaz de distinguir – ou tem uma visão alterada – uma ou algumas cores primárias
(vermelho, azul e verde).
Genótipos Fenótipos
XX
D D
mulher normal
XDXd mulher normal portadora
XdXd mulher daltônica
XY
D
homem normal
X dY homem daltônico
Hemofilia
É uma alteração genética em que o sangue apresenta grandes dificuldades de coagulação, decorrente da falta de
produção ou funcionamento anormal de um ou mais fatores que atuam na coagulação sanguínea.
Genótipos Fenótipos
XX
H H
mulher normal
XX
H h
mulher normal portadora
XX
h h
mulher hemofílica
XHY homem normal
HYh
homem hemofílica
61
Interação gênica
Em todos os casos de heranças analisados, dentre eles os alelos múltiplos, verificou-se que cada par de genes está
envolvido com a determinação de uma certa característica. Uma vez que ocupam o mesmo locus no par de cromos-
somos homólogos, os dois alelos atuam no mesmo caráter. Há muitos casos, porém, em que vários genes, situados
em cromossomos diferentes, somam seus efeitos na determinação de uma mesma característica fenotípica, em
uma verdadeira interação gênica.
Tipos de crista em galos
Genótipos Fenótipos
A_B_ púrpura
A_bb branca
aa_B branca
aabb branca
62
Epistasia
Trata-se de um caso especial de interação gênica, segundo a qual um par de genes bloqueia a ação do outro par,
inibindo a manifestação dele. O par que exerce a inibição é chamado epistático; o par inibido, hipostático. Há dois
tipos de epistasia:
§§ a dominante, em que é necessário apenas um gene dominante no par epistático; e
§§ a recessiva, em que o par epistático deve estar em dose dupla.
Genótipo Fenótipo
B_I_ branca
bbI_ branca
B_ii preta
bbii marrom
Genótipos e fenótipos envolvidos na cor da pelagem de cães
Genótipos fenótipos
A_C_ aguti
aaC_ preto
A_cc albino
aacc albino
Genótipos e fenótipos envolvidos na coloração de pelagem de ratos
Herança quantitativa
A herança quantitativa ou poligênica também é um caso particular de interação gênica. Nela, diferentes fenótipos de
uma dada característica mostram variações lentas e contínuas e mudam gradativamente, saindo de um fenótipo “mí-
nimo” até chegar a um fenótipo “máximo”. Assim, esses genes possuem efeitos aditivos na composição dos fenótipos.
63
Calculando o número de fenótipos sem o quadro de cruzamentos
Simplesmente acrescentando 1 ao número de genes envolvidos na expressão de dado caractere, chega-se ao
número de fenótipos possíveis em F2. Por exemplo: se quatro genes estiverem envolvidos (A_B_), então 5 (4 + 1)
serão os tipos de fenótipos. Inversamente, a partir da quantidade de fenótipos, é possível saber o número de genes
da herança. Caso haja nove fenótipos em F2, então subtraindo 1 (9 – 1), teremos que 8 genes, dispostos em quatro
pares, atuam em tal herança.
Em herança quantitativa, a proporção fenotípica, por sua vez, para cruzamento entre indivíduos heterozigo-
tos, pode ser calculada a partir do triângulo de Pascal. Considerando dois heterozigotos para dois pares de genes,
e partindo do número de fenótipos igual a 5, montamos um triângulo com essa quantidade de linhas:
1
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
Na primeira linha, é colocado o número 1, pelo qual também todas as demais linhas são iniciadas e termi-
nadas. Os números seguintes ao inicial de cada linha são resultados da soma do número imediatamente acima com
aquele à esquerda (caso não haja um número acima ou à esquerda, é considerado zero).
9 : ___
___ 3 : ___
3 : ___
1
Interação gênica Forma da crista nas aves 16 16 16 16
noz rosa ervilha simples
9 : ___
___ 6 : ___
1
Interação gênica Forma dos frutos em abóbora 16 16 16
discoide esférica alongada
9 : ___
___ 7
Interação gênica 16 16
Cor da flor em ervilha-de-cheiro
(ação complementar) púpura branca
16 :
___ 3 : ___
___ 1
Epistásia dominante Cor da pelagem nos cães 16 16 16
branca preta marron
9 : ___
___ 3 : 4
___
Epistácia recessiva Cor da pelagem nos ratos 16 16 16
aguti albino preto
64
Mutações
A mutação é qualquer alteração no material genético. Há dois tipos básicos de mutação, a gênica e a cromos-
sômica. As mutações gênicas são pequenas alterações que ocorrem na cadeia de nucleotídeos (gene) do
DNA e em razão disso podem levar à alteração do fenótipo. A mutação cromossômica é uma mudança no
número ou na estrutura dos cromossomos.
Mutações gênicas
§§ Adição: inserção de um nucleotídeo à sequência já existente do DNA.
§§ Deleção: eliminação de um nucleotídeo da sequência presente no DNA.
§§ Substituição: ocorre a troca de um nucleotídeo por outro. Caso clássico dessa condição é a que resulta
em hemácias falciformes (com formato de foice).
Aneuploidia
Qualquer perda ou ganho de cromossomos – que altere a condição normal das células. Gera a monossomia e a
trissomia.
Síndrome de Down
Os indivíduos portadores dessa anomalia apresentam uma cópia extra do cromossomo 21.
Síndrome de Edwards
Síndrome de Patau
65
Aneuploidias em cromossomos sexuais
Tipo de
Nome comum Fórmula cromossômica
aneuploidia
Síndrome de Turner monossomia 44A + X0 (óvulo sem X + espermatozoide com X)
Síndrome do duplo Y trissomia 44A + XYY (óvulo com X + espermatozoide com YY)
Genética de populações
A genética de populações estuda a distribuição dos genes em populações, os fatores que podem alterar ou modi-
ficar a frequência gênica (ou alélica), bem como a frequência genotípica ao passar de gerações.
O princípio de Hardy-Weinberg
Graças à reprodução sexuada, os genótipos possíveis serão AA, Aa e aa, e as frequências genotípicas em cada
geração:
§§ probabilidade de AA: p x p = p2
§§ probabilidade de aa: q x q = q2
§§ probabilidade de Aa: com gameta feminino (A) e gameta masculino (a):
p x q = pq
q x p = qp
Observe neste quadro de Punnet a representação do cruzamento:
A a →A+a=1
A AA Aa
A+a=1
a Aa aa
66
Em razão disso, as frequências genotípicas são determinadas pela seguinte expansão binomial:
(p + q)2 = 1 ou p2 + 2pq + q2 = 1
↓ ↓ ↓
AA + 2Aa + aa = 1
Uma vez que p + q = 1, logo: q = 1 – p.
A fórmula de Hardy-Weinberg também pode ser escrita desta maneira:
p2 + 2p(1 – p) + (1 – p)2 = 1
A técnica do PCR
Trata-se de uma reação em cadeia da polimerase (do inglês, polymerase chain reaction), que é utilizada para mul-
tiplicar em milhares de cópias um único pedaço de DNA.
67
Terapia gênica
Trata-se da utilização de genes normais que substituiriam genes alterados causadores de diversas doenças huma-
nas, que possuem caráter gênico. Esse material genético será introduzido (por um vetor) no indivíduo afetado, com
o objetivo de corrigir uma informação que está errada ou ausente no DNA desse indivíduo, atenuando os sintomas
ou ainda o curando.
Clonagem
A clonagem reprodutiva produz uma “cópia” de um indivíduo existente mediante uma técnica chamada
transferência nuclear, que se baseia na remoção do núcleo de um óvulo que é substituído pelo núcleo de outra
célula somática. Feita a fusão, as células passam a se diferenciar.
68
U.T.I. - Sala
1. (Fac. Santa Marcelina – Medicina) As imagens mostram alguns fenótipos em coelhos. Sabe-se que
o alelo C determina a pelagem selvagem, o alelo cch determina pelagem chinchila, o alelo ch deter-
mina a pelagem himalaia e o alelo ca determina a pelagem albina. A ordem de dominância entre
eles é C > cch > cc > Ca
selvagem chinchila Himalaia albino
a) Considere o cruzamento entre um macho Ccch e uma fêmea chca. Quais os possíveis fenótipos dos des-
cendentes desse cruzamento?
b) Embora sejam fenotipicamente diferentes, por que não podemos afirmar que esses coelhos são de es-
pécies diferentes? De acordo com a genética, como provavelmente surgiram os diferentes alelos nesses
animais?
2. (Unesp) Em uma novela recentemente exibida na TV, um dos personagens é picado por uma cobra
e, para curar-se, recorre a remédios caseiros e crenças da cultura popular. O médico da cidade, que
não havia sido chamado para tratar do caso, afirmou que a prática adotada não era recomendável,
e que “a ‘cura’ só se deu porque provavelmente a cobra não era venenosa.”
Em se tratando de uma cobra peçonhenta, qual o tratamento mais adequado: soro ou vacina? Seria
importante saber a espécie da cobra? Justifique suas respostas.
3. (UEL) Em tomates, foi identificado um mutante denominado de ‘firme’ por apresentar os frutos
com polpas firmes, conferindo maior tempo de duração pós-colheita. Este caráter é governado
por um gene recessivo (f), localizado no cromossomo 10. Outro gene, situado no cromossomo 2,
controla a cor do fruto, sendo o alelo para cor vermelha (A) dominante em relação à cor amarela
(a). Sabendo que estas características são úteis em programas de melhoramento, um pesquisador
realizou dois cruzamentos entre plantas de frutos vermelhos e polpas normais. Os resultados ob-
servados estão no quadro a seguir:
Por que, nos cruzamentos, os fenótipos dos genitores, mesmo sendo iguais, originaram proporções
fenotípicas diferentes nos descendentes?
4. (Unesp) Marcos e Paulo são filhos do mesmo pai, mas de mães diferentes.
Com relação aos tipos sanguíneos dos sistemas ABO e Rh, Marcos é um “doador universal”. Con-
tudo, ao invés de doar sangue, Marcos é obrigado a recebê-lo por doação, pois tem hemofilia tipo
A, uma característica ligada ao sexo. Nas vezes em que recebeu transfusão sanguínea, Marcos teve
por doadores Paulo e a mãe de Paulo. Sua mãe e seu pai não puderam doar sangue, embora fossem
compatíveis pelo sistema Rh, mas não o eram pelo sistema ABO.
Já adultos, Marcos e Paulo casaram-se com mulheres em cujas famílias não havia histórico de
hemofilia, e ambos os casais esperam um bebê do sexo masculino. Contudo, estão receosos de que
seus filhos possam vir a ter hemofilia. O heredograma representa as famílias de Marcos e de Paulo.
69
O indivíduo apontado pela seta é Marcos.
1 2 3
II
1 2 3 4
III
1 2
Considerando o histórico acima, qual o provável tipo sanguíneo da mãe e do pai de Marcos e qual a
probabilidade de que os filhos de Marcos e de Paulo sejam hemofílicos? Justifique suas respostas.
Gene dominante para visão em cores Gene dominante para síntese de G-6-PD
A enzima G-6-PD (glicose seis fosfato desidrogenase), presente nas hemácias, está envolvida no
metabolismo da glicose.
Sabe-se que a deficiência dessa enzima torna a hemácia sensível a certas drogas – por exemplo,
alguns tipos de analgésicos.
Atividade enzi-
Variantes da G-6-PD Genes Quadro clínico
mática (%)
B B 100 Normal
A A 80-100 Normal
A- A- 10-20 Sensibilidade a drogas;
crise hemolítica leve
Med B- 0-5 Sensibilidade a drogas;
crise hemolítica leve
70
6. (UFC) Mendel não acreditava na mistura de caracteres herdados. De acordo com suas conclusões,
a partir dos cruzamentos realizados com ervilhas do gênero 'Pisum', as características não se mis-
turam, permanecem separadas e são transmitidas independentemente.
HENIG, Robin. "O monge no jardim". Rio de Janeiro: Rocco, 2001.
71
U.T.I. - E.O. a) Considerando os padrões de herança envol-
vidos na determinação dos grupos sanguíne-
os, no sistema ABO, demonstre quais serão
1. (UFG) Analise o cartaz a seguir. as proporções fenotípica e genotípica espe-
radas na progênie de um casamento entre
um indivíduo portador dos dois antígenos (A
e B) e uma mulher que não possui nenhum
desses antígenos em suas hemácias.
b) O texto apresenta a seguinte informa-
ção: “A equipe de Qiyong Liu, da empresa
ZymeQuest (EUA), obteve enzimas capazes
de remover da superfície dos glóbulos ver-
melhos as moléculas responsáveis pela rea-
ção imune”. Com base nessa informação, res-
ponda: Essa característica modificada pode
ser transmitida para os descendentes dos
indivíduos? Justifique a sua resposta.
c) Nas respostas imunológicas são envolvidos
diferentes grupos de células, dentre as quais
Considerando o exposto, responda: os macrófagos. Caracterize os macrófagos em
a) como é obtida esta forma de imunização e relação às estruturas e organelas envolvidas
qual a sua ação no corpo humano? em sua ação durante o processo imunológi-
b) quais as características morfofisiológicas do co.
micro-organismo referido no cartaz?
c) por que essa imunização é recomendada 3. (UERJ) As vacinas são um meio eficiente de
para essa faixa etária? prevenção contra doenças infecciosas, causa-
das tanto por vírus como por bactérias.
2. (UFES) Leia o texto abaixo e faça o que se Indique três princípios ativos encontrados
pede. nas vacinas e explique como atuam no or-
ganismo.
Enzimas convertem sangue
de todos os tipos em O 4. (Fuvest)
104
Um método capaz de transformar em O san-
Concentração de anticorpo
72
5. (Unicamp) Suponha uma planta superior 7. (Unicamp) Horas depois de uma pequena
originada de um zigoto no qual dois dos pa- farpa de madeira ter espetado o dedo e se
res de cromossomos, A e B, têm a constitui- instalado debaixo da pele de uma pessoa,
ção A1A2B1B2. nota-se que o tecido ao redor desse corpo
a) Qual será a constituição cromossômica da estranho fica intumescido, avermelhado e
planta adulta originada desse zigoto? Justi- dolorido, em razão dos processos desencade-
fique. ados pelos agentes que penetraram na pele
b) Se essa planta se reproduzir por autofecun- juntamente com a farpa.
dação, a constituição cromossômica de seus a) Indique quais células participam diretamen-
descendentes será igual à da planta mãe? te do combate a esses agentes externos. Ex-
Justifique. plique o mecanismo utilizado por essas cé-
lulas para iniciar o processo de combate aos
6. (UFC) Com base no conhecimento sobre os agentes externos.
processos genéticos, identifique, entre as b) Ao final do processo de combate forma-se
palavras destacadas, aquela que corresponde muitas vezes uma substância espessa e ama-
aos fenômenos descritos nas assertivas a se- relada conhecida como pus. Como essa subs-
guir e circule-as. tância é formada?
a) suponha o indivíduo diíbrido AaBb cujas cé-
lulas germinativas entraram no processo de 8. (UFJF) O esquema a seguir ilustra de forma
meiose e originarão quatro tipos de game- sintética o processo de formação de gametas
tas, cada tipo na proporção de 25%. (meiose) de um indivíduo de genótipo AaBb.
a) Complete o esquema:
SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE – LIGAÇÃO GÊ-
NICA – GENES LIGADOS
73
9. (UFU) Na espécie humana, assim como em Identifique qual dos dois casos tem maior
todas as outras espécies de seres vivos, exis- probabilidade de representar dois locos no
tem vários fenótipos dos quais as heranças mesmo cromossomo. Justifique sua resposta.
provêm de um par de alelos com relação de
dominância completa. Dentre esses fenóti- 11. (Unicamp) Considere duas linhagens homo-
pos podem ser citados: 1) sensibilidade gus-
zigotas de plantas, uma com caule longo e
tativa para feniltiocarbamida (PTC) é domi-
frutos ovais e outra com caule curto e fru-
nante sobre a não sensibilidade; 2) a forma
tos redondos. Os genes para comprimento
do lobo da orelha, lobo solto é dominante so-
bre lobo aderente; 3) a capacidade de dobrar do caule e forma do fruto segregam-se inde-
a língua é dominante sobre a incapacidade pendentemente. O alelo que determina caule
de fazê-lo. longo é dominante, assim como o alelo para
Um casal, cujo marido tem lobo da orelha fruto redondo.
aderente, é heterozigoto para a sensibilida- a) De que forma podem ser obtidas plantas
de ao PTC e não é capaz de dobrar a língua. com caule curto e frutos ovais a partir das
A esposa tem heterozigose para a forma do linhagens originais? Explique indicando o(s)
lobo da orelha, para a sensibilidade ao PTC e cruzamento(s). Utilize as letras A, a para
para a capacidade de dobrar a língua. comprimento do caule e B, b para forma dos
Com base nesses conhecimentos, qual é a frutos.
probabilidade deste casal ter uma criança b) Em que proporção essas plantas de caule
masculina e com lobo da orelha aderente, curto e frutos ovais serão obtidas?
não sensível ao PTC e não ser capaz de do-
brar a língua?
12. (Unesp) Em abelhas, a cor do olho é condi-
cionada por uma série de alelos múltiplos,
10. (UFRJ) Um pesquisador está estudando a
constituída por cinco alelos, com a seguinte
genética de uma espécie de moscas, conside-
relação de dominância:
rando apenas dois locos, cada um com dois
genes alelos: marrom>pérola>neve>creme>amarelo.
Loco 1 – gene A (dominante) ou gene a (re-
cessivo); Uma rainha de olho marrom, porém, hetero-
Loco 2 – gene B (dominante) ou gene b (re- zigota para pérola, produziu 600 ovos e foi
cessivo). inseminada artificialmente por espermato-
Cruzando indivíduos AABB com indivídu- zoides que portavam, em proporções iguais,
os aabb, foram obtidos 100% de indivíduos os cinco alelos. Somente 40% dos ovos dessa
AaBb que, quando cruzados entre si, podem rainha foram fertilizados e toda a descen-
formar indivíduos com os genótipos mostra- dência teve a mesma oportunidade de so-
dos na Tabela 1. brevivência. Em abelhas, existe um processo
Sem interação entre os dois locos, as propor- denominado partenogênese.
ções fenotípicas dependem de os referidos
a) O que é partenogênese? Em abelhas, que
locos estarem ou não no mesmo cromossomo.
descendência resulta deste processo?
Na Tabela 2, estão representadas duas pro-
b) Na inseminação realizada, qual o número
porções fenotípicas (casos 1 e 2) que pode-
riam resultar do cruzamento de dois indiví- esperado de machos e de fêmeas na descen-
duos AaBb. dência? Dos machos esperados, quantos te-
rão o olho de cor marrom?
Tabela 1
Gametas AB Ab aB ab 13. (UERJ) Admita uma raça de cães cujo pa-
AB AABB AABb AaBB AaBb drão de coloração da pelagem dependa de
Ab AAbB AAbb AabB Aabb dois tipos de genes. A presença do alelo e,
aB aABB aABb aaBB aaBb recessivo, em dose dupla, impede que ocor-
ab aAbB aAbb aabB aabb ra a deposição de pigmento por outro gene,
resultando na cor dourada. No entanto, bas-
Tabela 2 ta um único gene E, dominante, para que o
Fenótipos Caso 1 Caso 2 animal não tenha a cor dourada e exiba pela-
A- B- 9 7 gem chocolate ou preta. Caso o animal apre-
A- BB 3 7 sente um alelo E dominante e, pelo menos,
um alelo B dominante, sua pelagem será pre-
aa B- 3 1
ta; caso o alelo E dominante ocorra associado
aa BB 1 1
ao gene b duplo recessivo, sua coloração será
Total 16 16 chocolate. Observe o esquema.
74
Trata-se de uma doença genética, com pa-
drão de herança recessivo ligado ao cromos-
somo X. Na maioria dos casos, a mutação res-
ponsável pela doença foi herdada da mãe do
paciente (em geral, assintomática).
(www.oapd.org.br. Adaptado.)
75
= hemofílico albino
= não-hemofílico albino
= não-hemofílica albina
23. (Fuvest) Uma mulher é portadora de um
gene letal ligado ao sexo, que causa abor-
to espontâneo. Supondo que quinze de suas
gestações se completem, qual o número es-
perado para crianças do sexo masculino, en-
tre as que nascerem? Justifique sua resposta.
XLXI X XLY
77
U.T.I.
5/6
Física 1
Trabalho de uma força constante
t = F ∙ d ∙ cos q
tFr = ttotal
tFt = Ft ∙ d
81
Trabalho da força elástica
1 kx2 e
tF = __ 1 kx2
tFel = – __
2 2
Pm = ___
τ
t
P = F ∙ v ∙ cosq
P=F∙v
Potência e energia
E
Pm = ___
t
Rendimento
P
h = __
u
Pt
82
Energia
Um conjunto formado por um ou mais corpos pode produzir, de algum modo, o movimento de objetos. Logo,
esse conjunto tem energia.
mv 2 mv A2
tAB = ___
B – ___
2 2
mv
2
EC = ___
2
tAB = EC – EC = DEC
B A
v0 = 0
A
g
Epg = mgh
83
Energia potencial elástica
EP = kx
2
___
2
Energia mecânica
EM = EC + EP
A energia mecânica de um corpo é constante, se, dentre todas as forças que atuam nesse corpo, as forças
conservativas forem as únicas a realizar trabalho não nulo.
84
Sistemas não conservativos
___› __›
Q
= m · v
__› ___›
· Dt = DQ
F
85
Impulso de força variável
Quantidade de movimento em
um sistema de partículas
___
› ___
› ___
› ___
› ___
›
sistema = Q 1 + Q 2 + Q 3 + ... + Q n
Q
86
Casos particulares de colisão
vf – vf v (afastamento)
e = ______
B A
vi – vi =
_______________
rel
A B vrel (aproximação)
Gravitação
O sistema geocêntrico de Ptolomeu
87
O modelo heliocêntrico de Copérnico
As leis de Kepler
Primeira lei de Kepler
Os planetas movem-se em trajetória elíptica, com o Sol na posição em um dos focos da elipse.
A linha que liga o Sol a um planeta varre áreas iguais em intervalos de tempo iguais.
88
Terceira lei de Kepler
planeta
A Sol A`
a a
R = constante
3
__
T2
m · m2
F = G · ______
1 2
R
G = 6,673 · 10-11
dXXXXX
G ·
v = _____
R
M __
T2 4p2
G · M
R3 = _____
89
Satélite geoestacionário
G · M = constante
R3 = _____
__
T2 4p2
Campo gravitacional
F=P
M · m2 = m · g
G · ______
(R + h)
G · M 2
g = ______
(R + h)
M2
gsuperfície = G · _____
R
Velocidade de escape
M ·m
EPg = G · _____
T
R
________
e
√
2 · g · MT
V = ________
R
90
Estática
Equilíbrio estático
FRx = SFx = 0 e FRy = SFy = 0
Centro de massa
m1 ⋅ x1 + m2 ⋅ x2 + m3 ⋅ x3 + ... + mn ⋅ xn
xCM = _____________________________
m + m + m + ... + m
1 2 3 n
m ⋅ y + m2 ⋅ y2 + m3 ⋅ y3 + ... + mn ⋅ yn
yCM = ___________________________
1 1 m
+ m2 + m3 + ... + mn
1
MFO = F · d
91
Binário
Mbinário = F · b
___
› ___
›
F RX = SFx = O
___› ___›
F RY = SFY = O
MR = SM = 0
Talha exponencial
Pn
FM = __
2
P
vantagem mecânica = __
FM
92
U.T.I. - Sala
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Prata, francês compara vaias no Rio às recebidas por Jesse Owens em 1936
Gustavo Franceschini e Rodrigo Mattos
Do UOL, no Rio de Janeiro
Atual campeão olímpico e favorito absoluto ao bi, Renaud Lavillenie foi surpreendido por Thiago
Braz e terminou com a prata no salto com vara masculino. A derrota e a forma como ela aconteceu
irritaram o francês, que saiu reclamando da torcida e comparou o público do Engenhão aos alemães
nazistas que vaiaram Jesse Owens, um negro americano, na Olimpíada de 1936, em Berlim.
“Não houve fair play por parte do público. Isso é para futebol, não para o atletismo. Em 1936, o
público estava contra Jesse Owens. Não víamos isso desde então. Preciso lidar com isso. Para as
Olimpíadas, não é uma boa imagem. Não fiz nada para os brasileiros”, declarou ele logo após a
derrota.
Disponível em: <http://olimpiadas.uol.com.br/noticias/redacao/2016/08/16/derrotado-por-thiago-
braz-frances-quer-revanche-na-mesma-moeda-em-paris.htm>. Acesso em: 27 set. 2016.
93
b) Na figura B, acima, é representado um salto cuja altura máxima do centro de massa do atleta é h =
6,03 m. Considerando que a corrida para o salto foi realizada com velocidade constante de 9,20 m/s
e que na altura h a velocidade do atleta é nula, determine o ganho percentual de energia obtido em
relação à energia cinética inicial quando o atleta flexiona a vara ao tocar na caixa de apoio. Despreze
a massa da vara e a resistência do ar.
3. O Dr. Vest B. Lando dirige seu automóvel de massa m = 1.000 kg pela estrada cujo perfil está abaixo:
Quando está na posição x = 20 m com velocidade de v = 72 km/h (20 m/s), ele percebe que na
posicão x = 120 m há uma pedra ocupando toda a estrada. Se Dr. Lando não acelerar ou acionar os
freios, o automóvel (devido a atritos internos e externos) chega na posição da pedra com metade
da energia cinética que teria, caso não houvesse qualquer dissipação de energia.
a) Com que velocidade o automóvel chocar-se-á com a pedra, se o Dr. Lando não acelerar ou acionar os freios?
b) Que energia tem que ser dissipada com os freios acionados para que o automóvel pare rente à pedra?
5. A razão entre as massas de um planeta e de um satélite é 81. Um foguete está a uma distância R do
planeta e a uma distância r do satélite, entre o planeta e o satélite. Qual deve ser o valor da razão
R/r, para que as duas forças de atração sobre o foguete se equilibrem?
94
U.T.I. - E.O. 4. Uma partícula de massa m = 4 kg move-se
sobre uma trajetória retilínea, sob a ação de
uma única força que tem a mesma direção e
sentido do movimento. Sua intensidade, em
função da posição, é dada pelo gráfico:
1. Um atleta de skate, para conseguir comple-
tar um looping de uma pista, precisa descer
uma rampa, de forma que atinja velocidade
suficiente para completar a volta no looping
(considere o esquema a seguir). Determine a
altura da rampa, para que o atleta atinja a
velocidade mínima para completar o looping.
(Desconsidere o atrito)
C
atrito estático entre os pneus e a pista deve
ter no mínimo um valor (µ) (fig. A). Para que hC
o automóvel percorra uma curva horizontal, A B 30º
com o mesmo raio e com a mesma velocidade D E
acima, numa estrada com sobrelevação (fig.
B), sem ter tendência a derrapar, o ângulo de Determine:
sobrelevação deve ter o valor α. a) a velocidade desse corpo quando se destaca
da mola;
b) seu deslocamento sobre o plano inclinado,
até parar.
M
3. Um bloco de massa 4,5 kg é abandonado em
repouso num plano inclinado. O coeficiente
de atrito entre o bloco e o plano é 0,50. B
Considere: g = 10 m/s2; AC = 3 m; BC = 4 m
E
95
7. Um canhão dispara horizontalmente um 11. Dois carrinhos iguais, com 1 kg de massa
míssel de 60 kg, conferindo-lhe em 1/40 s a cada um, estão unidos por um barbante e
velocidade de 900 m/s. Qual é a intensidade caminham com velocidade de 3 m/s. Entre
do impulso I recebido pelo míssel? Admitin- os carrinhos há uma mola comprimida, cuja
do que, durante o disparo, a força propulsora massa pode ser desprezada. Num determina-
seja constante, calcule a sua intensidade. do instante, o barbante se rompe, a mola se
desprende e um dos carrinhos para imedia-
tamente.
8. Um bloco de massa 2 kg e dimensões despre-
V
zíveis desliza sobre uma trajetória retilínea
apoiado num plano horizontal liso. No ins-
tante t = 0, a velocidade do bloco é de 5 m/s
e passa a agir sobre ele uma força resultante
Determine:
sempre na direção e sentido do deslocamen-
a) a quantidade de movimento inicial do con-
to do bloco. A intensidade da força resultan- junto;
te varia com o tempo de acordo com o gráfico b) a velocidade do carrinho que continua em
abaixo. movimento.
g = 10 m/s2 L
96
15. Seja g a intensidade da aceleração da gravidade na superfície terrestre. A que altura acima da
superfície a aceleração da gravidade tem intensidade g/2? Considere a Terra como uma esfera de
raio R.
16. Se a massa da Lua é cerca de 1/81 da massa da Terra, e se a distância de seu centro ao centro da
Terra é 60 vezes o raio terrestre, a que distância do centro da Terra a força gravitacional exercida
pela Lua sobre uma nave espacial que vai em trajetória reta da Terra para a Lua (reta que une os
centros dos dois corpos celestes) terá a mesma intensidade da força gravitacional exercida pela
Terra sobre a referida nave?
17. No sistema em equilíbrio, o bloco 1 tem peso 30 N. Os fios e as polias são ideais.
A
45° B C
(2)
(1)
45°
μ0 200 kg
100
kg
Determine o coeficiente de atrito estático μ0 da superfície onde se encontra o bloco de massa 200 kg.
19. Uma barra rígida e homogênea de 2 kg está ligada numa das extremidades a um suporte, através
de uma mola de constante elástica k = 200 N/m. Na outra extremidade, articula-se a um rolete que
pode girar livremente. Nessa situação, a mola está deformada de 5 cm.
g = 10 m/s2
20. Em uma academia de musculação, uma barra B, com 2,0 m de comprimento e massa de 10 kg, está
apoiada de forma simétrica em dois suportes, S1 e S2, separados por uma distância de 1,0 m, como
indicado na figura.
M
0,5 m 0,5 m 0,5 m 0,5 m
E1 S1 B S2 E2
0,10 m
g
Para a realização de exercícios, vários discos, de diferentes massas M, podem ser colocados em
encaixes, E, com seus centros a 0,10 m de cada extremidade da barra.
Determine o valor máximo de M, em kg, que poderá ser colocado no encaixe E2 e a força normal
no apoio S1.
97
U.T.I.
5/6
Física 2
Oscilações
Oscilações periódicas
1
f = __
T
x1 > 0 e F1 < 0
x2 < 0 e F2 > 0
Fel = –k ⋅ x
101
⋅ A
Em = k____
2
x(t) = A ⋅ cos(ω t + ϕ)
v(t) = –A ω sen(ω t + ϕ)
a(t) = –A ω² cos(ω t + ϕ)
Período do MHS
__
m
√
T = 2p __
k
102
Pêndulo simples
XX
T = 2p __ d
gL
Pulsos e ondas
Quanto à natureza
§§ Ondas mecânicas são aquelas que se propagam em um meio material. Exemplos: ondas em cordas, ondas
sonoras (som) e ondas na água.
§§ Ondas eletromagnéticas são geradas por cargas elétricas oscilantes e não necessitam de um meio ma-
terial para se propagar (podem propagar-se no vácuo, isto é, um meio onde não existe matéria). Exemplo:
ondas de rádio, de televisão, de luz, de radar, raio X, raios laser etc.
103
Quanto à direção de propagação
§§ Unidimensionais são as ondas que se propagam em apenas uma direção. As ondas em cordas são um
exemplo de propagação unidimensional.
§§ Bidimensionais são aquelas que se propagam num plano. Como exemplo, as ondas na superfície da água
em um lago têm propagação bidimensional.
§§ Tridimensionais são as que se propagam em todas as direções. Por exemplo: ondas sonoras no ar atmosfé-
rico.
§§ Transversais são ondas, na qual a direção de propagação é perpendicular à direção de vibração. As ondas
em cordas são transversais.
§§ Longitudinais são aquelas, cujas vibrações coincidem com a direção de propagação. Como exemplo, as
ondas sonoras são ondas longitudinais.
d
XX
v = __T
m
104
Ondas periódicas
1
f = __
T
v = †f
Ondas eletromagnéticas
105
Reflexão de um pulso
Refração de um pulso
__ v1 †__1
v 2 = †
2
( (T
y = A ∙ cos 2π __ 1 – __ ))
x + θ0
λ
Frente de onda
106
Princípio de Huygens
Cada ponto de uma frente de onda, em determinado instante, é fonte de ondas secundárias que têm carac-
terísticas iguais às da onda inicial.
Reflexão de ondas
107
Refração de ondas
Representação da refração de ondas, com os segmentos de reta paralelos indicando as frentes de onda (†† > †1).
AI: raio de onda incidente
IB: raio de onda refratado
NI: normal
i: ângulo de incidência
r: ângulo de refração
†1: comprimento de onda no meio (1)
†2: comprimento de onda no meio (2)
n = _ vc
sen i = __
____ n2 †__1 __ v1
sen r n1 † = =
v
2 2
108
Difração
Polarização
109
Princípio da superposição
110
()
† (n = 0, 2, 4, 6, ...)
∆d = n __
2
Interferência construtiva
()
† (n = 1, 3, 5, 7, ...)
∆d = n __
2
Interferência destrutiva
Experiência de Young
d.y
D = ____
L
111
λ , sendo n = 0, 2, 4, 6,... haverá interferência destrutiva (franja escura).
D = 2d = n __
2
λ
__
D = 2d = i , sendo i = 1, 3, 5, 7,... haverá interferência construtiva (franja clara).
2
Produção do som
Qualidades do som
§§ altura ou tom;
§§ intensidade ou volume;
§§ timbre.
Altura ou tom
A altura do som está atrelada à sua frequência. Os sons graves têm frequências menores e os agudos, fre-
quências maiores.
112
Intensidade
Um mesmo som (mesma frequência) é mais forte ou mais fraco dependendo das amplitudes das oscilações
maiores ou menores, respectivamente.
d© = 10 log __I
I0
Timbre
Efeito Doppler
fonte sonora
113
λ'' > λ
λ' > λ
( )
v ± v0
f' = f · _____
v ± v
F
§§ Se o observador se aproxima da fonte, utiliza-se +v0; se o observador se afasta da fonte, usa-se –v0.
§§ Se a fonte se afasta do observador, utiliza-se +vF; se a fonte se aproxima do observador, usa-se –vF.
interferência construtiva
interferência destrutiva.
114
Onda estacionária
Cordas vibrantes
2º é __
† = __ v = __
2º é fn = n __
v
n fn n 2º
Tubos sonoros
115
Tubo aberto
2º é f1 = __
1º harmônico: †1 = __ v = __
v
1 †1 2º
2º é f2 = __
2º harmônico: †2 = __ v = __
v = __
2v é f2 = 2f1
2 †2 __ 2º
2º
2
2º é f3 = __
3º harmônico: †3 = __ v = __ 3v é f2 = 3f1
v = __
3 †3 __ 2º
2º
3
: : : : : :
2º é f = __
n-ésimo harmônico: †n = __ v = __ nv é f2 = nf1
v = __
n †n __ n 2º
2º
n
Tubo fechado
v = __
1º harmônico: †1 = 4º é f1 = __ v
†1 4º
4º é f3 = __
3º harmônico: †3 = __ v = __ 3v é f3 = 3f1
v = __
3 †2 __ 4º
4º
3
(3º modo de vibrar)
4º é f5 = __
5º harmônico: †5 = __ v = __ 5v é f5 = 5f1
v = __
5 †5 __ 4º
4º
5
: : :
4º ä f
† 2n – 1 = _____ v ä f2n – 1 = (2n – 1) · f1
= (2n – 1) · __
2n – 1 2n – 1 4º
116
Hidrostática
Densidade e massa específica
m
d = __
V
Pressão
__
F __›
pm =
A
Pressão em fluidos
FB = pB · A e FC = pC · A
pB · A = pC · A ou pB = pC
Lei de Stevin
pC = p B + d · g · h
117
Vasos comunicantes
py = px + dgh ou py = pz + dgh
Princípio de Pascal
Uma pressão externa aplicada a um líquido dentro de um recipiente é transmitida, sem diminuição, para todo o
líquido e às paredes do recipiente.
Pressão atmosférica
1 atmosfera (1 atm) é a pressão equivalente à exercida por uma coluna de mercúrio de altura 76 cm, à tempera-
tura de 0º C, num local onde a gravidade é normal (g = 9,80665 m/s2).
118
Empuxo
Um corpo que esteja total ou parcialmente submerso num fluido em equilíbrio (e sob a ação da gravidade) recebe
a ação de uma força vertical para cima, ou seja, de sentido oposto ao da gravidade. Essa força é o que chamamos
de empuxo.
Princípio de Arquimedes
O módulo do empuxo é igual ao módulo do peso do líquido do recipiente que caberia dentro do espaço ocupado
pelo corpo.
E = dF · VF · g
Z = ___
DV
Dt
Z = ___ A · Ds
DV = _____ = A · v
Dt Dt
119
A1 · v1 = A2 · v2
Equação de Bernoulli –
d · v12 d · v22
p1 + d · g · h1 + _____
= p2 + d · g · h2 + _____
2 2
d · v2
p + d · g · h + ____
= constante
2
dv = constante
2
p + ___
2
120
Equação de Torricelli
V = d XXXXXXX
2 · g · h
121
U.T.I. - Sala
1. (PUC-RJ 2017) Um longo tubo cilíndrico e vertical possui uma seção reta de 10,0 cm2. São coloca-
dos dentro dele 100 cm3 de água (densidade dA = 10,0 g/cm3) e 100 cm3 de óleo (dO = 0,800 g/cm3),
que não se mistura com a água.
Considere g = 10,0 m/s2.
a) Calcule a altura total da coluna de óleo + água.
b) Dentro do cilindro com óleo e água, coloca-se uma esfera de plástico com densidade dE = 0,900 g/cm3,
massa 15,0 g e raio menor que o do cilindro. O que acontece com a esfera? Ela cai no fundo do reci-
piente ou flutua? Justifique e faça um desenho da posição da esfera dentro do tubo, no equilíbrio.
c) Calcule a pressão manométrica (P - Patm) no fundo do recipiente cilíndrico contendo o óleo, a água e a esfera.
2. Uma pessoa apresenta deficiência visual, conseguindo ler somente se o livro estiver a uma distân-
cia de 75 cm. Qual deve ser a distância focal dos óculos, apropriados para que ela consiga ler, com
o livro colocado a 25 cm de distância?
3. Um corpo de massa m está preso em uma mola de constante elástica k e em repouso no ponto O.
O corpo é então puxado até a posição A e depois solto. O atrito é desprezível. Sendo m = 10 kg,
k = 40 N/m, π = 3,14, pede-se:
a) o período de oscilação do corpo;
b) o número de vezes que um observador, estacionário no ponto B, vê o corpo passar por ele, durante um
intervalo de 15,7 segundos.
m
k
O B A
4. Uma piscina tem fundo plano horizontal. Uma onda eletromagnética de frequência 100 MHz,
vinda de um satélite, incide perpendicularmente sobre a piscina e é parcialmente refletida pela
superfície da água e pelo fundo da piscina. Suponha que, para essa frequência, a velocidade da luz
na água é 4,0 x 107 m/s.
a) Qual é o comprimento de onda na água?
b) Quais são as três menores alturas de água na piscina para as quais as ondas refletidas tendem a se
cancelar mutuamente?
5. Durante a construção de uma estrada, o motor de uma máquina compactadora de solo, similar a
um bate-estaca, emite um som de 68 Hz na entrada de um túnel reto, que mede 30 m de compri-
mento. Um pedestre que transita pelo túnel percebe que uma onda sonora estacionária é formada
no interior do túnel, notando a ocorrência de posições de alta intensidade sonora e pontos de
silêncio (intensidade sonora nula). Dado que a velocidade do som é de 340 m/s, quantos pontos
de intensidade nula o pedestre vai contar ao atravessar o túnel?
6. Coloca-se dentro de um vaso aberto 2 kg de água. A seguir, coloca-se dentro do líquido um pequeno
corpo, de 1000 g de massa e 100 cm3 de volume, suspenso por um fio, conforme indicado na figura.
122
U.T.I. - E.O.
1. (UFPR 2017) Um corpo com peso P1 flutua
em um líquido de maneira que o volume sub-
merso é de 1,1 m3. Sobre ele é colocado um
outro corpo com peso P2 = 1050 N. Com esse
procedimento, verificou-se que o conjunto
dos dois corpos afunda mais um pouco, de
maneira que o volume submerso passa a ser
de 1,2 m3, conforme é mostrado na figura a
seguir. Considere o valor da aceleração gra-
vitacional como 10 m/s2.
Com base nestas informações, um estudante
usou o laboratório didático de sua escola e
montou o seguinte experimento: uma corda
tem uma de suas extremidades presa a um
diapasão elétrico que oscila com frequência
constante e a outra extremidade passa por
uma polia na extremidade de uma mesa e é
presa a uma massa m pendurada do lado de
fora, conforme ilustrado na figura 1b.
Sabendo que o empuxo corresponde ao peso a) No primeiro experimento, foi usado um
do líquido deslocado, determine o valor da diapasão elétrico de frequência constante
massa específica (densidade) do líquido, no f = 150 Hz. Ele fixou a corda para um com-
Sistema Internacional de Unidades. primento L = 80 cm. Nesta configuração ob-
teve o padrão de oscilação da corda forman-
2. (Ebmsp 2017) A prática de atividade física do 3 ventres, conforme a figura 1b. Nesse
na água aquecida traz muitos efeitos tera- primeiro experimento, qual a velocidade de
pêuticos benéficos, como o relaxamento, a propagação da onda?
analgesia, a redução do impacto nas articu- b) Para um segundo diapasão, de frequência
lações. Desprezando os efeitos da variação desconhecida, foi realizada uma experiência
da temperatura e da variação do volume cor- variando a posição do diapasão para obter
poral durante a inspiração e a expiração e
comprimentos L diferentes. Para cada valor
sabendo que
de L é possível alterar a massa M para obter
§§ o módulo da aceleração da gravidade lo-
um único ventre. Sabe-se que a velocidade
cal é igual a 10 m/s2,
de propagação da onda pode ser calculada
§§ a densidades da água é igual a 1,00 g/cm3,
pela expressão V = (T/D)1/2, onde T é ten-
§§ a densidade do corpo humano é igual a
são na qual a corda está submetida e D é a
0,93g/cm3,
densidade linear de massa da corda. Com es-
determine o módulo do peso de um objeto
que deverá ficar emerso sobre uma pessoa, sas informações, ele determinou, para cada
com massa igual a 70,0 kg para mantê-la comprimento L, qual a velocidade de pro-
completamente submersa e em equilíbrio, pagação da onda na corda construindo um
flutuando horizontalmente sob a superfície gráfico L×V, conforme o gráfico a seguir.
da água de uma piscina térmica.
123
4. (UFU 2016) Uma montagem experimental a) Determine o comprimento de onda e a
foi construída a fim de se determinar a fre- frequência das ondas no ar.
quência do som emitido por um alto-falante. b) Determine os comprimentos de onda, as fre-
Para isso, tomou-se um recipiente cilíndri- quências e as velocidades das ondas nos dois
meios transparentes e os respectivos índices
co, dentro do qual foi espalhado talco, e
de refração dos dois materiais.
colocou-se, em uma de suas extremidades, o
alto-falante, o qual emitia um som de fre- 7. Numa antena de rádio, cargas elétricas os-
quência constante. No interior do recipiente cilam sob a ação de ondas eletromagnéticas
formaram-se regiões onde o talco se acumu- em uma dada frequência. Imagine que essas
lou, segundo o padrão representado pelo es- oscilações tivessem sua origem em forças
quema a seguir. mecânicas e não elétricas: cargas elétricas
fixas em uma massa presa a uma mola. A
amplitude do deslocamento dessa "antena-
-mola" seria de 1 mm e a massa de 1 g para
um rádio portátil. Considere um sinal de rá-
dio AM de 1000 kHz.
A partir da situação experimental descrita, a) Qual seria a constante de mola dessa "ante-
responda: na-mola"? A frequência
__ de oscilação é dada
a) Do ponto de vista físico, explique por que há a 1
por: f = ____ √
∙ __
(2π) m
k
onde k é a constante da
formação de regiões onde o talco se acumula. mola e m a massa presa à mola.
b) Considerando que a velocidade do som no ar
b) Qual seria a força mecânica necessária para
é de 340 m/s, qual é o valor da frequência
do som emitido pelo alto-falante? deslocar essa mola de 1 mm?
124
11. Duas fontes pontuais F1 e F2 coerentes e em 13. O primeiro trecho do monotrilho de São Pau-
fase emitem ondas de frequência 10 Hz que lo, entre as estações Vila Prudente e Orató-
se propagam com velocidade de 1 m/s na su- rio, foi inaugurado em agosto de 2014. Uma
perfície da água, conforme ilustra a figura. das vantagens do trem utilizado em São Pau-
Se os pontos P e Q representam pequenos lo é que cada carro é feito de ligas de alumí-
objetos flutuantes, verifique se os mesmos nio, mais leve que o aço, o que, ao lado de
estão ou não em repouso. um motor mais eficiente, permite ao trem
F1 atingir uma velocidade de oitenta quilôme-
tros por hora.
a) A densidade do aço daço = 7,9 g/cm3 e a do
2,75 m 3,50 m alumínio é dAl = 2,7 g/cm3. Obtenha a razão
τaço/τAl entre os trabalhos realizados pelas
forças resultantes que aceleram dois trens de
2,00 m 3,00 m dimensões idênticas, um feito de aço e outro
P F2 Q feito de alumínio, com a mesma aceleração
constante de módulo a, por uma mesma dis-
12. O efeito de imagem tridimensional no cine- tância I.
ma e nos televisores 3D é obtido quando se b) Outra vantagem do monotrilho de São Paulo
expõe cada olho a uma mesma imagem em em relação a outros tipos de transporte ur-
duas posições ligeiramente diferentes. Um bano é o menor nível de ruído que ele pro-
modo de se conseguir imagens distintas em duz. Considere que o trem emite ondas esfé-
cada olho é através do uso de óculos com fil- ricas como uma fonte pontual. Se a potência
tros polarizadores. sonora emitida pelo trem é igual a P = 1,2
a) Quando a luz é polarizada, as direções dos mW, qual é o nível sonoro N em dB à uma
campos elétricos e magnéticos são bem de-
distância R = 10 m do trem? O nível sonoro N
finidas. A intensidade da luz polarizada que
atravessa um filtro polarizador é dada por I ,
em dB é dado pela expressão N = 10 ⋅ log __
I0
I = I0 ∙ cos2θ, onde I0 é a intensidade da luz em que I é a intensidade da onda sonora e
incidente
___›
e θ é o ângulo entre o campo elé- I0 = 10-12 W/m2 é a intensidade de referência
trico E e a direção de polarização do filtro. padrão correspondente ao limiar da audição
A intensidade luminosa, a uma distância d do ouvido humano.
de uma fonte que emite luz polarizada, é Obs: Aesfera = 4πR2
P
dada por I0 = _____
0 2 em que P0 é a potência
4πd 14. O radar é um dos dispositivos mais usados
da fonte. Sendo P0 = 24 W, calcule a intensi- para coibir o excesso de velocidade nas vias
dade luminosa que atravessa um polarizador de trânsito. O seu princípio de funcionamen-
que se encontra a d = 2 m da fonte e para o to é baseado no efeito Doppler das ondas
qual θ = 60°. eletromagnéticas refletidas pelo carro em
b) Uma maneira de polarizar a luz é por refle- movimento.
xão. Quando uma luz não polarizada incide Considere que a velocidade medida por um
na interface entre dois meios de índices de radar foi vm = 72 km/h para um carro que se
refração diferentes com o ângulo de incidên- aproximava do aparelho.
cia θB, conhecido como ângulo de Brewster,
Para se obter vm o radar mede a diferença de
a luz refletida é polarizada, como mostra a Vm
figura abaixo. Nessas condições, θB + θr = 90° frequências Δf, dada por Δf = f – f0 = ± ___
⋅f ,
C 0
em que θr é o ângulo do raio refratado. Sen- sendo f a frequência da onda refletida pelo
do n1 = 1,0 o índice de refração do meio 1 e carro, f0 = 2,4 . 1010 Hz a frequência da onda
θB = 60° calcule o índice de refração do meio emitida pelo radar e c = 3,0 · 108 m/s a ve-
2. locidade da onda eletromagnética. O sinal
Raio iniciante Raio refletido (+ ou -) deve ser escolhido dependendo do
não polarizado polarizado sentido do movimento do carro com relação
ao radar, sendo que, quando o carro se apro-
UB UB
xima, a frequência da onda refletida é maior
meio1 que a emitida.
Meio 2
Determine a diferença de frequência f medi-
da pelo radar.
Ur
125
15. Um pescador desenvolveu um método original para medir o peso dos peixes pescados: utiliza uma
vara com uma linha de 2 m de comprimento e um frequencímetro. Ao pescar um peixe, ele “percur-
te” a linha na posição vertical e mede a frequência do som produzido. O pescador quer selecionar
a linha adequada de modo que para um peixe de peso 10 N obtenha uma frequência fundamental
de 50 Hz. Determine a massa da linha que deve ser utilizada para obter o resultado desejado.
16. Na extremidade aberta do tubo de Quinche é colocado um diapasão que emite um som puro (única
frequência). Abrindo-se a torneira, a água escoa lentamente, sendo que para certos valores de h
ocorre um aumento na intensidade do som que sai do tubo. Alguns desses valores de h são 5 cm,
15 cm e 25 cm.
água
17. O esquema abaixo ilustra um dispositivo, usado pelos técnicos de uma companhia petrolífera, para
trabalhar em águas profundas (sino submarino).
sino submarino
Alta
150 m
pressão
a) Explique por que a água não ocupa todo o interior do sino, uma vez que todo ele está imerso em água.
b) Determine a pressão no interior do sino.
§§ pressão atmosférica: 1,0 × 105 N/m2
§§ aceleração da gravidade: 9,8 m/s2
§§ massa específica da água do mar: 1,2 × 103 kg/m3
18. O organismo humano pode ser submetido, sem consequências danosas, a uma pressão de no máxi-
mo 4 . 105 N/m2 e a uma taxa de variação de pressão de no máximo 104 N/m2 por segundo. Nessas
condições:
a) qual a máxima profundidade recomendada a um mergulhador?
b) qual a máxima velocidade de movimentação na vertical recomendada para um mergulhador?
Adote a pressão atmosférica igual a 105 N/m2.
19. Dois vasos comunicantes, A e B, um dos quais fechado em sua parte superior, contêm água na situ-
ação indicada pela figura. Seja d a massa específica (densidade) da água, P0 a pressão atmosférica
e g a aceleração da gravidade.
126
20. As esferas maciças A e B, que têm o mesmo volume e foram coladas, estão em equilíbrio, imersas
na água. Quando a cola que as une se desfaz, a esfera A sobe e passa a flutuar, com metade do seu
volume fora da água.
127
U.T.I.
5/6
Física 3
Lei de Ohm generalizada
VA – VB = S« – S«' – Reqi
Diminui VA VA – R · i R·i
Resistor
Aumenta VA VA + « – r · i –«+r·i
Gerador
Receptor
Quedas de tensão em diferentes elementos do circuito
As leis de Kirchhoff
131
Lei de Kirchhoff das correntes (LKC) ou lei dos nós – a somatória das correntes que chegam a um nó é
igual à somatória das correntes que saem deste nó.
Lei de Kirchhoff das tensões (LKT) ou lei das malhas – ao se percorrer uma malha segundo alguma
orientação, a somatória algébrica das tensões é nula.
Magnetismo - Eletromagnetismo
Quando o polo sul do ímã é aproximado do polo sul da agulha, ocorre repulsão.
Quando o polo norte do ímã é aproximado do polo norte da agulha, também ocorre repulsão.
Quando o polo norte do ímã é aproximado do polo sul da agulha, ocorre atração.
132
Direção e sentido do campo magnético
___›
A bússola é então retirada e desenha-se o vetor B indicando a direção e o sentido do campo magnético.
133
Campo magnético criado por corrente
elétrica em condutores retilíneos
Se o sentido da corrente no fio for para cima, as linhas de força estão orientadas no sentido anti-horário.
Se o sentido corrente no fio for para baixo, as linhas de força estão orientadas no sentido horário.
134
Campo magnético criado por uma corrente numa espira
circular
m
· _ ri
B = __
2
N · i
B = m __
º
No solenoide ilustrado, o fio entra no plano (linha cheia) e sai por ele (linha pontilhada) diversas vezes.
135
Força magnética sobre cargas elétricas
F = |q| · v · B · sen £
__
›
F
__
›
B
__
›
v
136
Campo magnético uniforme
Campo magnético uniforme “entrando” no plano da página. Campo magnético uniforme “saindo” no plano da página.
_›_ ___›
Lançamento de uma carga positiva: v 'B .
137
Trajetória circular descrita por uma partícula de carga positiva, lançada perpendicularmente às linhas do campo magnético.
m ⋅ v
R = _____
|q| ⋅ B
Partícula positiva em MCU no sentido anti-horário. Partícula negativa em MCU no sentido horário.
F = |q| · v · B · sen £
138
Força magnética sobre um
condutor retilíneo
___›
§§ O dedo indicador coincide com a direção do campo magnético B ;
§§ O dedo médio coincide com a direção da corrente elétrica i; __›
§§ O dedo polegar indica a direção e o sentido da força magnética F
.
F = B · i · L · sen £
fio 1 fio 2
139
2º caso: as correntes possuem sentidos contrários
fio 1 fio 2
m·i ·i
F1 é 2 = _______
1 2 · º
2pr
m·i ·i
F2 é 1 = _______
1 2 · º
2pr
Indução eletromagnética
movimento
Quando o fluxo magnético que atravessa o circuito elétrico fechado variar no tempo, uma corrente elétrica
induzida circula no circuito.
140
A lei de Lenz
O ímã, ao ser aproximado do anel da espira, gera uma corrente induzida de sentido horário.
O ímã, ao ser afastado do anel da espira, gera uma corrente induzida de sentido anti-horário.
O sentido da corrente induzida é tal que o campo magnético por ela produzido se opõe à variação do fluxo
que a originou.
§§ A variação de fluxo magnético no anel gera uma corrente induzida – lei de Faraday.
§§ A corrente induzida polariza magneticamente o anel. O polo formado deve repelir o polo sul do ímã. Então,
em relação ao ímã, o polo formado é um polo sul – lei de Lenz.
ε = BLv
141
Fluxo magnético
F = B · A · cos a
«m = – ____
DF
Dt
v = 2pf
imáx
ieficaz = ___ j 0,707 imax
d
XX
2
Umáx
Ueficaz = ____ j 0,707 vmáx
d
XX
2
142
Transformador
Up Np
__
= __
Us Ns
P = Upip = Usis
O gerador eletromagnético
Uma simples manivela pode girar o rotor, como se usava nos antigos telefones.
Campos induzidos
Campo magnético variável produz campo elétrico.
143
Mecânica quântica
A radiação do corpo negro
E=h·f
h = 6,63 · 10 –34 J · s
O efeito fotoelétrico
E = Ec + W
1 m · v2 + W
hf = __
2
144
O átomo de Bohr
O raio da trajetória não pode ter qualquer valor, ou seja, apenas certas órbitas são possíveis. Essas órbitas
são chamadas de estados estacionários e, enquanto o elétron está nessas órbitas, não emite energia.
e
2
E = Ec + Ep = –k __
2r
E = hf
145
E = Ef – Ei = hf
h
l = __
Q
A mecânica quântica
h
l = __
Q
O princípio de complementaridade
A radiação e a matéria possuem um comportamento dual, ou seja, comportam-se ora como onda, ora como
partícula, mas apenas um dos comportamentos se manifesta em cada experimento; logo, os dois comportamen-
tos se complementam.
O princípio da incerteza
Dx · DQ ≥ h
DE · Dt ≥ h
146
Partículas elementares
g = p + Xp
Quarks
Cargas elétricas de quarks e antiquarks
Quark Símbolo Carga Antiquark Símbolo Carga
Up U 2 e
+ __ Antiup Xu 2 e
– __
3 3
Down D 1 e
– __ Antidown Xd 1 e
+ __
3 3
Strange S 1 e
– __ Antistrage Xs 1 e
+ __
3 3
Charmed C 2 e
+ __ Anticharmed Xc 2 e
– __
3 3
Bottom B 1 e
– __ Antibotton Xb 1 e
+ __
3 3
Top T 2 e
+ __ Antitop Xf
2 e
– __
3 3
147
Fissão nuclear
Teoria da relatividade
Os postulados de Einstein
As leis da Física são as mesmas em todos os referenciais inerciais.
A velocidade da luz no vácuo tem o mesmo valor c em qualquer referencial inercial, independentemente da
velocidade da fonte da luz.
A relatividade do tempo
2d’ = c · Dt’
148
Dt = ______
Dt’
_____
v2
√
1– __
c2
A relatividade do comprimento
_____
L = L’ · √
v
2
1 – __
c 2
Inércia e velocidade
149
Quantidade de movimento
___
› m0 __›
= ______
Q v
d
XXXXX
v 2
__
1 – 2
c
m
m = ______
0 2
d
XXXXX
v2
1 – __
c
Massa e energia
DE = (Dm) · c2
Energia de repouso
E = m · c2
E0 = m0 · c²
Energia cinética
m ·
Ec = _____ v2
2
Ec= (m – m0)c²
Ec= m · c² – m0 · c²
E = E0 + Ec
150
U.T.I. - Sala
1. A figura mostra um circuito elétrico onde as fontes de tensão ideais têm f.e.m. E1 e E2. As resistên-
cias de ramo são R1 = 100 Ω, R2 = 50 Ω e R3 = 20 Ω; no ramo de R3 a intensidade de corrente é de
125 miliampères com o sentido indicado na figura. A f.e.m. E2 é 10 volts.
i = 125 mA
R1
E1 R2
R3
E2
3. Os fios 1 e 2 da figura são retilíneos e muito compridos. Ambos estão no ar e situados no plano da
folha.
fio 2
fio 1 i1
15 cm
45 cm P
No fio 1, a corrente é i1 = 5,0 A e, no fio 2, a corrente é i2. Deseja-se que o campo magnético resul-
tante devido aos fios seja nulo no ponto P. Para que isso aconteça:
a) determine qual deve ser o sentido da corrente i2 no fio 2;
b) calcule qual deve ser o valor de i2.
151
figura 1
+++++++++++++++++
x x x x x x x
x x x x x x x
v x x x x x x x
x x x x x x x
q x x x x x x x Z
x x x x x x x
x x x x x x x
x x x x x x x
--------------------
a) Faça uma representação da força elétrica e da força magnética que atuam na partícula assim que ela
entra na região de campos cruzados, indicando suas magnitudes.
b) Determine a velocidade que a partícula deve ter, para não ser desviada.
5. A figura mostra uma barra metálica que faz contato com um circuito aberto, fechando-o. A área
do circuito é perpendicular a um campo magnético constante B = 0,15 tesla. A resistência total do
circuito é de 3,0 ohms.
x x x x x x x x
b = 0,15T (entrando na página)
x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x
50 cm v = 2,0 m/s
x x x x x x x x x x
x x x x x x x x x x
Determine a intensidade da força necessária para mover a barra, como indica a figura, com velo-
cidade constante igual a 2,0 m/s.
6. Lasers pulsados de altíssima potência estão sendo construídos na Europa. Esses lasers emitirão
pulsos de luz verde, e cada pulso terá 1015 W de potência e duração de cerca de 30 ⋅ 105 s. Com base
nessas informações, determine:
a) o comprimento de onda λ da luz desse laser;
b) a energia E contida em um pulso;
c) o intervalo de tempo Δt durante o qual uma lâmpada LED de 3 W deveria ser mantida acesa, de forma
a consumir uma energia igual à contida em cada pulso;
d) o número N de fótons em cada pulso.
Note e adote:
Frequência da luz verde: f = 0,6 ⋅ 1015 Hz
Velocidade da luz: c = 3 ⋅ 108 m/s
Energia do fóton: E = h ⋅ f
h = 6 ⋅ 10-34 J ⋅ s
152
U.T.I. - E.O. Considerando o exposto, determine:
a) a cor da luz emitida;
b) o número de fótons emitidos por segundo,
1. (UFJF-PISM 3 2016) No modelo de Bohr para sabendo que a resistência elétrica do dispo-
o átomo de Hidrogênio, um elétron somen- sitivo LED é R = 420 Ω, e que a sua eficiência
te pode estar se movendo em órbitas bem na conversão de energia elétrica em luz é de
definidas indexadas por um número inteiro
20%.
n = 1,2,3,... que indica em qual camada
Dados: Velocidade da luz: c = 3 × 108 m/s
-K, L, M,... - o elétron está. O raio da órbita
de cada camada é dado por rn = n2a0, onde Constante de Planck: h = 6,6 × 10-34 J·s
a0 é o raio de Borh e vale 0,5 × 10-10 m, e a
velocidade de cada órbita é vn = v0/n, onde v0 4. (UFJF) De acordo com o modelo de Bohr, as
= (3/137) × 108 m/s. Com base nestas infor- energias possíveis dos estados que o elétron
mações, DETERMINE: pode ocupar no átomo de hidrogênio são,
a) A energia potencial, em elétron-volts, de in- E
teração entre o elétron e o próton do núcleo aproximadamente, dadas por En = - __ 02 , , em
n
do átomo de Hidrogênio quando o elétron que E0 = 13,6eV e n =1,2,3,4,........ O elétron
estiver no nível n = 3. faz uma transição do estado excitado n = 2
b) A energia cinética, em elétron-volts, quando para o estado fundamental n = 1. Admitindo
o elétron estiver no nível n = 3.
que a massa do átomo de hidrogênio é igual
c) A energia total, em elétron-volts, quando o
à massa do próton MP = 1,6 × 10-27 kg , faça o
elétron estiver no nível n = 3.
Dados: k = 9 × 109 N·m2/C2; e = 1,6 × 10-19 C; que se pede nos itens seguintes.
me = 9 × 10-31 kg; 1eV = 1,6 × 10-19 J.
153
6. Suponha que você tenha um ímã permanente 10. A fonte indicada na figura emite um feixe
em forma de barra e uma pequena bússola. de elétrons com velocidade inicial horizon-
3 tal que vai atingir o centro O do anteparo
2 vertical. Aplica-se na região entre a fonte e
o anteparo, um campo de indução magnética
B e um campo elétrico E, ambos verticais e
S N uniformes.
1 4
z
Fonte
5 y
6
A
V1
154
a) Quais os sinais das cargas q1 e q2 das partículas?
b) Sendo |q1| = |q2|, v1 = v2 e AB = BC, qual a re-
S
lação entre as massas m1 e m2 das partículas?
placas
alvo
elétron
No intervalo Δt = 1 s, o raio do anel varia de
V metade de seu valor.
Y Calcule a intensidade e indique o sentido da
B corrente induzida no anel. Apresente os cál-
12 cm
culos.
X
16. A figura a seguir representa um ímã preso a
uma mola que está oscilando verticalmente,
passando pelo centro de um anel metálico.
10 cm
a) Sendo o módulo do campo magnético
B = 0,010 T, qual é o módulo do campo elé-
trico que deve ser aplicado na região entre
as placas, para que o elétron se mantenha
em movimento retilíneo uniforme?
b) Numa outra situação, na ausência de campo
elétrico, qual é o máximo valor de B para
que o elétron ainda atinja o alvo? O compri-
mento das placas é de 10 cm.
Com base no princípio da conservação de
14. No esquema, o condutor AB permanece em energia e na lei de Lenz, responda aos itens
equilíbrio na posição indicada, quando atra- a seguir.
vessado por corrente. Sendo B = 0,1 T a in- a) Qual é o sentido da corrente induzida, quan-
tensidade do vetor indução, P = 0,1 N o peso do o ímã se aproxima (descendo) do anel?
do bloco suspenso e 1 m o comprimento do Justifique.
condutor imerso no campo, determine: b) O que ocorre com a amplitude de oscilação
a) o sentido da corrente AB; do ímã? Justifique.
b) a intensidade da corrente.
155
17. Uma espira em forma de U está ligada a um Note e adote:
condutor móvel AB. Este conjunto é sub- §§ F = BiL
metido a um campo de indução magnética §§ Desconsidere o campo magnético da Terra.
B = 4,0 T, perpendicular ao papel e dirigido §§ As extremidades P1, P2, P3 e P4 estão sem-
para dentro dele. A largura de U é de 2,0 cm. pre no mesmo plano.
156
b) Se um corpo negro, cuja temperatura abso-
luta é T, se encontra num ambiente, cuja
temperatura absoluta é Ta, a potência lí-
quida que ele perde por emissão e absor-
ção de ondas eletromagnéticas é dada por
P = σA(T4 – Ta4), onde A é a área da superfí-
cie do corpo e σ = 6 ⋅ 10-8 W/(m2K4). Usando
como referência uma pessoa com 1,70 m de
altura e 70 kg de massa, faça uma estimativa
da área da superfície do corpo humano. A
partir da área estimada, calcule a perda to-
tal diária de energia por emissão e absorção
de ondas eletromagnéticas por essa pessoa,
se ela se encontra num ambiente a 27 °C.
Aproxime a duração de 1 dia por 9 ⋅ 104 s.
157
U.T.I.
5/6
Química 1
Propriedades coligativas
Pressão de vapor
Pressão de vapor é a pressão exercida por um vapor quando este está em equilíbrio termodinâmico com a substân-
cia no estado líquido, ou seja, a quantidade de líquido que evapora é a mesma que se condensa.
Pode-se dizer que o ponto de ebulição de uma substância é a temperatura na qual a pressão de vapor do
líquido se iguala à pressão externa.
Quanto maior a pressão de vapor, mais volátil será o líquido e, portanto, menor seu ponto de ebulição.
A pressão de vapor não depende da quantidade de líquido nem do espaço ocupado pelo vapor. Em contra-
partida, a pressão de vapor pode sofrer alterações que dependem de dois fatores:
§§ temperatura; e
§§ natureza do líquido.
etílico
T ºC
Analisando o gráfico, pode-se observar que, para uma mesma pressão, o éter comum apresenta menor pon-
to de ebulição, seguido do álcool etílico e da água. Portanto, o éter tem maior pressão de vapor, seguido do álcool
e da água. Portanto, pode-se expressar da seguinte maneira:
Péter > Pálcool > Págua
161
Influência da pressão externa sobre
a temperatura de ebulição
A pressão externa não exerce influência sobre a pressão de vapor, porém exerce na temperatura na qual um lí-
quido entra em ebulição. A explicação para esse fenômeno deve-se ao fato de que a temperatura de ebulição é a
temperatura na qual o líquido precisa chegar para que sua pressão interna se iguale à pressão externa, garantindo,
portanto, a sua ebulição.
Efeitos coligativos
Efeitos coligativos são alterações observadas num solvente que dissolve um soluto não volátil. Regularmente,
esse soluto é um açúcar (glicose, sacarose), um sal (NaCℓ, CaCℓ2, Na2SO4 etc.) ou outras substâncias solúveis e não
voláteis. A dissolução de um solvente não volátil em um solvente provoca:
1. diminuição da pressão de vapor do solvente;
2. elevação do ponto de ebulição (temperatura de ebulição) do solvente;
3. diminuição do ponto de congelamento (temperatura de fusão) do solvente; e
4. aumento da pressão osmótica do solvente.
A intensidade com que as propriedades coligativas ocorrem depende exclusivamente da quantidade de
partículas presentes na solução, mas não depende da natureza dessas partículas.
Esses fenômenos podem ser explicados dependendo das interações que ocorrem entre as partículas do so-
luto e as moléculas do solvente. Essas interações dificultam tanto a passagem do solvente para o estado de vapor
como seu congelamento (solidificação).
162
Substâncias moleculares
Nelas, todas as partículas dissolvidas são moléculas, uma vez que o soluto não sofre dissociação ou ionização, mas,
simplesmente, se dissolve sem sofrer alterações.
Exemplo
Ao se dissolver um mol de sacarose (C12H22O11) em água, obtém-se como resultado um mol (6,0 × 1023) de partí-
culas dissolvidas em solução, uma vez que não há alteração nas moléculas do composto.
Soluções iônicas
São soluções formadas por íons dissolvidos no solvente, resultado da dissociação de uma substância iônica ou da
ionização de uma substância molecular, que, por sua vez, é resultado da interação com o solvente.
i = 1 + α × (q – 1)
Lei de Raoult
A pressão de vapor de um solvente na solução de um soluto não eletrólito e não volátil é igual ao produto da
fração em quantidade de matéria (fração em mol) do solvente pela pressão de vapor do solvente puro, numa dada
temperatura.
163
Da qual:
nsolvente
ξsolvente = fração molar do solvente = ___________
nsoluto + nsolvente
A lei de Raoult só é válida para soluções diluídas e moleculares. No caso das soluções iônicas, como o
abaixamento relativo da pressão máxima de vapor, é uma propriedade coligativa, ou seja, depende do número de
partículas dispersas; deve ser introduzido nas equações o fator de correção de Van’t Hoff (i).
Tonoscopia ou tonometria
É o estudo da diminuição da pressão máxima de vapor de um solvente provocada pela adição de um solvente não
volátil.
Numa solução aquosa de NaCℓ, a quantidade de moléculas de água que passa para o estado de vapor é
menor que na água pura, a uma mesma temperatura.
A pressão máxima de vapor de uma solução formada por um soluto não volátil é menor que a de um sol-
vente puro, porque as interações entre as partículas do soluto e as moléculas do solvente diminuem a evaporação
das moléculas do solvente.
Quanto maior o número de partículas de soluto não volátil em solução, maior será a diminuição absoluta da
pressão máxima de vapor. Essa variação (ΔP) é denominada abaixamento absoluto da pressão máxima de vapor
(ΔP = P0 – P2).
Ebulioscopia ou ebuliometria
Estudo da elevação da temperatura de ebulição de um líquido (solvente), ocasionada pela dissolução de um solven-
te não volátil. Quanto maior a concentração do soluto, maior a elevação da temperatura de ebulição do solvente
(te = te/solução – te/solvente puro) e maior a temperatura de ebulição desse solvente:
Crioscopia ou criometria
Estudo da diminuição da temperatura de congelamento (ponto de fusão) de um solvente em uma solução de soluto
não volátil. Quanto maior a concentração de soluto não volátil, maior o abaixamento da temperatura de congela-
mento do solvente (tc = tc/solvente puro – tc/solução) e menor será a temperatura de congelamento desse solvente:
164
Constante crioscópica
∆tf = kf ⋅ w ⋅ i, onde kf é a constante crioscópica, dada pelo exercício, w molaridade e i é o fator de Van't Hoff.
Osmose
Osmose é um fenômeno espontâneo que ocorre quando o solvente passa através de uma membrana semipermeá-
vel (MSP) em sentido a uma solução, ou quando o solvente de uma solução menos concentrada (mais diluída) pas-
sa através de uma membrana semipermeável (MSP) em sentido a uma solução mais concentrada (menos diluída).
membrana
semipermeável
Solvente Puro
165
Leis da osmometria
§§ Primeira lei: em temperatura constante, a pressão osmótica é diretamente proporcional à concentração molar.
π=K∙m
§§ Segunda lei: em concentração molar constante, a pressão osmótica é diretamente proporcional à tempe-
ratura absoluta da solução.
π=m∙ T
Para soluções moleculares e diluídas, a equação fundamental da osmometria é idêntica à equação dos
gases perfeitos.
π = m ∙ T × V = n1 × R × T
ou
π=m∙ T=M×R×T
Da qual:
π = m ∙ T = pressão osmótica
R = constante universal dos gases perfeitos
T = temperatura absoluta (K)
M = concentração molar (mol/L)
n1 = número de mols do soluto
Oxirredução
Número de oxidação (Nox)
É a carga que o elemento adquire, quando faz uma ligação iônica, ou a carga parcial (δ) que ele adquire quando
faz uma ligação predominantemente covalente.
Numa reação redox, há sempre um composto que é reduzido e outro que é oxidado. Os elementos que
sofrem oxidação são chamados de agentes redutores e, analogamente, os que sofrem redução são os agentes
oxidantes.
§§ Redução é o ganho de elétrons, portanto há redução do NOX;
§§ Oxidação é a perda de elétrons, logo há aumento do NOX.
166
Cálculo do Nox
Substância Nox Exemplos
Substância simples zero H2; Fe; O3
Íons sua própria carga S Nox = + 2 ; Ca2+ Nox = + 2
2–
Por exemplo:
Balanceamento redox
I. Determinar o Nox de todos os elementos na reação;
II. Determinação da variação (∆) da oxidação e da redução;
III. Inversão dos valores da variação;
IV. Aplicar o balanceamento para os outros elementos normalmente.
Observação: a variação de Nox (∆) deve ser multiplicada pela atomicidade dos elementos.
Exemplo
CrO3 + SO2 → Cr2O3 + SO3
ramal de redução
+6 –2 +4 –2 +3 –2 +6 –2
167
De acordo com a regra, os números totais de elétrons recebidos e cedidos serão os coeficientes “trocados”
na equação:
2Cr2O3⇒ 6 elétrons recebidos
CrO3 + 6SO2 → 2Cr2O3 + SO3
2:6⇔1:3
C6 H12 O6
6x + 12 ∙ (+1) + 6 ∙ (–2) = 0
6x + 12 –12 = 0
6x = 12 – 12
x=0
0/6 = 0
168
Pilhas
A pilha de Daniell
Na pilha de Daniell, os dois eletrodos metálicos são unidos externamente por um fio condutor, e as duas semicelas
são unidas por uma ponte salina que contém uma solução saturada de K2SO4(aq).
A ponte salina é um dispositivo que contém uma solução de sal inerte, como nitrato de potássio (KNO3)
ou cloreto de potássio (KCℓ), cuja função é permitir o intercâmbio de íons entre as semicélulas e fechar o circuito
para a corrente contínua produzida entre os eletrodos mergulhados nas soluções eletrolíticas dessas semicélulas.
Outra função da ponte salina é manter a neutralidade elétrica das soluções nas semicélulas: no ânodo, a contínua
oxidação produz um excesso de carga positiva e, no cátodo, a redução provoca excesso de carga negativa. Os
ânions presentes na ponte salina dirigem-se para o lado com excesso de carga positiva e os cátions para o lado
com excesso de carga negativa, fazendo com que as soluções mantenham-se eletricamente neutras.
Voltímetro
Cu
K+ SO2-4
+ ponte
- Zn
salina
Solução
Solução
de
de sulfato
sulfato de
Cu2+ de zinco
cobre SO2-4
SO2-4
SO2-4 Zn 2+
SO2-4
Cu2+ Zn2+
169
O eletrodo em que ocorre a oxidação é o ânodo e nele há também corrosão do eletrodo.
Pela análise dessas duas semirreações, pode-se concluir que os elétrons fluem no circuito externo do ele-
trodo de zinco para o eletrodo de cobre, ou seja, os elétrons, uma vez dotados de carga negativa, migram para o
eletrodo positivo (polo positivo), que, nesse caso, é a lâmina de cobre.
A equação global dos processos ocorridos nessa pilha pode ser obtida pela soma das duas semirreações:
Potencial de redução
Numa pilha, a espécie que apresenta maior potencial de redução sofre redução. Portanto, a outra espécie, de menor
potencial de redução, sofre oxidação.
Na 1+
(aq)
+ –
–2,71
Mg 2+
(aq)
+ 2 e → Mg(s)
–
–2,36
Al3+(aq) + 3 e– → Aℓ(s) –1,68
Zn2+(aq) + 2 e– → Zn(s) –0,76
Fe2+
(aq)
+ 2 e → Fe(s)
–
–0,44
Ni2+(aq) + 2 e– → Ni(s) –0,23
Pb2+(aq) + 2 e– → Pb(s) –0,13
Fe 3+
(aq)
+ 3 e → Fe(s)
–
–0,04
2H 1+
(aq)
+ 1 e → H2(g)
–
0,00
Cu2+(aq) + 2 e– → Cu(s) +0,34
I2(s) + 2 e– → 2 I–(aq) +0,54
Ag 1+
(aq)
+ 1 e → Ag(s)
–
+0,80
Hg2+(s) + 2 e– → Hg(aq) +0,86
Br2(s) + 2 e– → 2 Br–(aq) +1,07
Cℓ2 (s) + 2 e → 2 Cℓ (aq)
– –
+1,36
Au 3+
(aq)
+ 3 e → Au(s)
–
+1,42
Com isso, pode-se afirmar que o flúor tem o maior potencial de redução, ou seja, ele tem maior facilidade
para se reduzir. Já o lítio tem o menor potencial de redução, portanto ele sofre oxidação. Portanto, flúor é o melhor
agente oxidante e o lítio é o melhor agente redutor.
170
Cálculo da voltagem
ΔE0 = (E0red maior) – (E0red menor)
Os valores dos E0 não dependem do número de mol das espécies envolvidas; eles são sempre constantes nas con-
dições padrão para cada espécie. Em outras palavras, ao multiplicar uma semirreação por uma constante, o valor
do E0 não muda.
Consideremos, como exemplo, uma pilha formada por eletrodos de alumínio e cobre, cujos E0red são:
Observando os potenciais, é possível perceber que o cobre, com maior potencial de redução, reduz-se, ao
passo que o alumínio, oxida-se:
A equação global da pilha pode ser obtida pelo uso de coeficientes que igualem o número de elétrons
cedidos e recebidos nas semirreações:
As pilhas, em geral, apresentam ΔE0 > 0, tornando a reação espontânea. Caso o ΔE0 seja menor que zero, a
reação não será espontânea, ou seja, as condições ambientes não serão adequadas o suficiente para que a reação
seja iniciada.
171
Pilha ou célula de combustível
Ao contrário das pilhas descritas anteriormente, que são dispositivos de armazenamento de energia elétrica, as
pilhas de combustão são dispositivos de conversão contínua de energia química em energia elétrica. Em linhas
gerais, a ideia é simples: a queima dos combustíveis produz energia.
Se esse calor (energia) obtiver um rendimento da ordem de 40%, ele pode ser usado em usina termoelé-
trica para produzir eletricidade. Considerando que as combustões são reações de oxirredução, a ideia das pilhas
de combustão é obter a energia liberada pela combustão diretamente na forma de energia elétrica, o que eleva o
rendimento para cerca de 55%.
Pilhas desse tipo foram usadas nas espaçonaves Gemini, Apolo e, agora, nos ônibus espaciais. Elas funcio-
nam pela reação de combustão entre o hidrogênio e o oxigênio, produzindo água.
As pilhas de combustíveis apresentam três compartimentos separados uns dos outros por eletrodos porosos
e inertes. O H2 é injetado num compartimento e o O2, em outro. Esses gases difundem-se pelos eletrodos e reagem
com uma solução eletrolítica de caráter básico contida no compartimento central. Os eletrodos são inertes, forma-
dos de grafita e impregnados de platina. As semirreações que ocorrem são:
Eletrólise
Eletrólise ígnea
Eletrólise é a reação de oxirredução provocada por corrente elétrica, logo não é uma reação espontânea.
Na eletrólise ígnea, a substância pura está em estado líquido (fundida), sem que haja água no sistema.
172
Um exemplo desse tipo de eletrólise é o que ocorre com o cloreto de sódio (NaCℓ), em que são utilizados
eletrodos de platina, que são inertes, ou seja, não reagem nas condições utilizadas.
Estabelecida a igualdade entre o número de elétrons perdidos e o número de elétrons recebidos e somadas
as semirreações, obtém-se a reação global da eletrólise:
Pela análise da reação global, pode-se concluir que a eletrólise ígnea do cloreto de sódio produz sódio
metálico (Na) e gás cloro (Cℓ2), duas substâncias puras indispensáveis na indústria química.
Na eletrólise há a inversão dos polos. Se nas pilhas o polo positivo era o cátodo e o negativo, o ânodo, na
eletrólise o negativo será o cátodo e o positivo o ânodo. De qualquer forma, no ânodo acontecerá oxidação e no
cátodo redução.
Lembre-se: polo positivo “atrai” ânions e polo negativo “atrai” cátions.
173
Em razão disso, deve-se obedecer à ordem de descarga:
Hidroxila
Exemplo
Eletrólise aquosa do cloreto de sódio NaCℓ
Na solução há:
Cátodo Ânodo
Migração de íons H+ e Na+ Cℓ– e OH–
reação global: 2NaCℓ + 2H2O (ℓ) → 2Na+ (aq) + 2OH– (aq) + H2 (g) + Cℓ2 (g)
solução cátodo ânodo
Conclusão: a eletrólise do NaCℓ(aq) é um processo que permite obter soda cáustica (NaOH), gás hidrogênio
(H2) e gás cloro (Cℓ2).
174
Eletrólise quantitativa
A quantidade (mol, massa ou volume, caso seja gás) que é produzida em um eletrodo está relacionada com sua
semirreação.
Formação de prata metálica no cátodo:
Ag+ + e– é Ag0
ç ç ç
1 mol 1 mol 1 mol
Sendo que:
Ao receber um mol de elétrons, um mol de Ag+ produz um mol de Ag. Nos exercícios que compreendem
estequiometria na eletrólise, é comum usar esta fórmula:
Q=i×t
Por exemplo:
Ag+ + e– é Ag
ç ç ç
1 mol 1 mol 1 mol
Titulação
Esquema da titulação
175
Princípio da titulometria
Ao abrir a torneira da bureta, ocorrerá a reação entre o ácido e a base.
Depois que o ácido ou a base do erlenmeyer for consumido totalmente, a titulação termina (fecha-se a
torneira), cujo sinal é a mudança de cor da solução no erlenmeyer.
Considerando duas soluções aquosas, A e B:
m ·V
a = ______
__ A A , onde “a” e “b” são os coeficientes estequiométricos da reação.
b mB
· VB
Indicadores
O indicador é uma substância qualquer que, uma vez adicionada ao erlenmeyer, indica por meio de mudan-
ça de coloração o ponto final da reação; indica, portanto, quando a titulação deve terminar.
O sal formado produz solução neutra. Logo, no ponto final, o meio será neutro.
Em geral, o pH de viragem dos indicadores está compreendido entre 4 e 10. Portanto, qualquer indicador
poderá ser usado.
176
Titulação de ácido fraco com base forte
O sal formado produz solução básica. Logo, no ponto final, o meio será básico.
Deve ser usado um indicador cujo ponto de viragem se dê em meio básico. Nesse caso, utiliza-se fenolftale-
ína, cujo pH de viragem está entre 8,3 e 10.
O sal formado produz solução ácida. Logo, no ponto final, a solução será ácida.
Deve ser usado um indicador que vire em meio ácido. O indicador mais usado é o alaranjado de metila, cujo
pH de viragem está entre 3,1 e 4,4.
177
§§ CH4, responsável por 15% a 20% do efeito estufa, é componente primário do gás natural, também pro-
duzido por bactérias no aparelho digestivo do gado, aterros sanitários, plantações de arroz inundadas,
mineração e queima de biomassa.
§§ N2O, participa com cerca de 6% do efeito estufa, o óxido nitroso é liberado por micro-organismos no solo
(processo denominado nitrificação, que libera igualmente nitrogênio – NO). A concentração desse gás teve
um vultoso aumento em razão do uso de fertilizantes químicos, da queima de biomassa, do desmatamento
e das emissões de combustíveis fósseis.
§§ CFCs, são responsáveis por até 20% do efeito estufa; os clorofluorcarbonos são utilizados em geladeiras,
aparelhos de ar condicionado, isolamento térmico e espumas, como propelentes de aerossóis (até 1978),
além de outros usos comerciais e industriais. Como se sabe, esses gases reagem com o ozônio na estra-
tosfera, decompondo-o e reduzindo a camada de ozônio que protege a vida na Terra dos nocivos raios
ultravioletas. Estudos recentes sugerem que as propriedades de reter calor, próprias do CFC, podem ser
compensadas pelo resfriamento estratosférico resultante do seu papel na destruição do ozônio. Ao longo
das últimas duas décadas, um ligeiro resfriamento, de 0,3ºC a 0,5ºC, foi medido na baixa estratosfera, onde
a perda do ozônio é maior.
§§ O3, contribuindo com 8% para o aquecimento global; o ozônio é um gás formado na baixa atmosfera, sob
estímulo do sol, a partir de óxidos de nitrogênio (Nox) e hidrocarbonetos produzidos em usinas termoelétri-
cas, pelos veículos, pelo uso de solventes e pelas queimadas.
Enxofre
Impureza frequente nos combustíveis fósseis, principalmente no carvão mineral e no petróleo, que promovem a
combustão desse composto quando queimados também, de acordo com estas reações químicas:
178
Nitrogênio
Na câmara de combustão dos motores, ocorre a seguinte reação química:
N2(g) + O2(g) → 2NO(g)
O monóxido de nitrogênio (NO) formado, na presença do oxigênio do ar, produz dióxido de azoto:
2NO(g) + O2(g) → 2NO2(g)
Por sua vez, o dióxido de nitrogênio formado, na presença da água (proveniente da chuva), forma ácidos de
acordo com esta equação:
179
U.T.I. - Sala
1. (USF) Na análise volumétrica de 0,5 g de uma amostra de remédio constituído por ácido acetilsali-
cílico (AAS), foram utilizados 15 ml de hidróxido de potássio com concentração 0,01 mol/L. Consi-
derando que a reação com a base ocorre apenas para o ácido acetilsalicílico, não tendo participação
das outras substâncias constituintes da amostra, responda.
Dados valores das massas em g ∙ mol-1: H = 1,0; C= 12,0; K = 39,0 e O = 16,0
a) Qual a outra função orgânica oxigenada existente nesse composto além do grupo ácido carboxílico?
b) Qual é a reação completa de neutralização ocorrida entre o ácido acetilsalicílico e o hidróxido de po-
tássio?
c) Qual a porcentagem de AAS presente no fármaco analisado?
a) Associe cada um dos sistemas (1, 2 e 3) a cada uma das curvas (A, B e C) e indique qual o sistema mais
volátil.
b) A adição de um soluto não volátil aumenta ou diminui a pressão máxima de vapor de um solvente?
Justifique sua resposta.
3. (USCS – Medicina) A obtenção industrial de alumínio é feita a partir da bauxita, que deve ser pu-
rificada para se obter óxido de alumínio. Em seguida, o óxido é submetido à eletrólise, produzindo
Aℓ(s). Para reduzir a energia consumida para fundir o óxido de alumínio, ele é misturado com
criolita (Na3AℓF6). Um diagrama da eletrólise está apresentado a seguir.
180
a) Escreva as reações que ocorrem no cátodo (-) e no ânodo (+) e a equação geral da eletrólise.
b) Durante o processo, o ânodo de grafite sofre desgaste e é substituído. Usando equações químicas ba-
lanceadas, explique a razão do desgaste.
4. (UEL) O carbonato de sódio (Na2CO3) e o bicarbonato de sódio (NaHCO3) estão presentes em al-
gumas formulações antiácidas. Ambos reagem com o ácido clorídrico do suco gástrico fazendo
aumentar o pH, o que diminui a acidez estomacal. Essa reação pode ser utilizada como base para
a determinação de carbonatos em formulações farmacêuticas, para controle de qualidade. Uma
amostra de 10,00 mL de um antiácido foi titulada com 15,00 mL de HCℓ 0,10 mol/L, usando o
indicador alaranjado de metila, cujo intervalo de viragem está entre 3,10 e 4,40.
Com base no texto, resolva os itens a seguir.
a) Considerando que na formulação houvesse apenas Na2CO3, escreva a reação química envolvida nessa
titulação.
b) Calcule a concentração do carbonato de sódio na amostra analisada.
6. (Fuvest) Em uma oficina de galvanoplastia, uma peça de aço foi colocada em um recipiente con-
tendo solução de sulfato de cromo (III) [(Cr2 (SO4)3], a fim de receber um revestimento de cromo
metálico. A peça de aço foi conectada, por meio de um fio condutor, a uma barra feita de um me-
tal X que estava mergulhada em uma solução de um sal do metal X. As soluções salinas dos dois
recipientes foram conectadas por meio de uma ponte salina. Após algum tempo, observou-se que
uma camada de cromo metálico se depositou sobre a peça de aço e que a barra de metal X foi par-
cialmente corroída.
A tabela a seguir fornece as massas dos componentes metálicos envolvidos no procedimento:
a) Escreve a equação química que representa a semirreação de redução que ocorreu neste procedimento.
b) O responsável pela oficina não sabia qual era o metal X, mas sabia que podia ser magnésio (Mg), zinco
(Zn) ou manganês (Mn), que formam íons divalentes em solução nas condições do experimento. De-
termine, mostrando os cálculos necessários, qual desses três metais é X.
Note e adote:
massas molares (g/mol)
Mg....24 Cr....52 Mn....25 Zn....65
181
U.T.I. - E.O.
1. (Fuvest) Observe a imagem, que apresenta uma situação de intensa poluição do ar que danifica veícu-
los, edifícios, monumentos, vegetação e acarreta transtornos ainda maiores para a população. Trata-se
de chuvas com poluentes ácidos ou corrosivos produzidos por reações químicas na atmosfera.
b) explique duas medidas adotadas pelo poder público para minimizar o problema da poluição atmosfé-
rica na cidade de São Paulo.
2. (Fac. Santa Marcelina – Medicina) Nesta última década, assistiu-se a um aumento na demanda por
pilhas e baterias cada vez mais leves e de melhor desempenho. Consequentemente, existe atualmente
no mercado uma grande variedade de pilhas e baterias que utilizam níquel, cádmio, zinco e chumbo
em suas fabricações. Usadas em automóveis, as baterias de chumbo, conhecidas como chumbo-ácido,
apresentam um polo negativo, constituído de chumbo metálico, e um polo positivo, constituído de
óxido de chumbo (IV).
Polo negativo:
Pb(s) + SO4–2(aq) → PbSO4(s)+2e–
E0 = +0,36 V
Polo positivo:
PbO2(s) + SO4-2(aq) + 4H++2e- → PbSO4(s) + 2H2O(ℓ)
E0 = +1,68 V
(www.qnint.sbq.org.br. Adaptado.)
a) Baseando-se na localização dos elementos cádmio e zinco em seus estados mais estáveis na Classifica-
ção Periódica, indique qual desses elementos apresenta maior raio atômico. Justifique sua resposta.
b) Considerando os potenciais de redução padrão medidos a 25ºC e as semirreações nos eletrodos da ba-
teria chumbo-ácido, indique o ânodo e calcule, em volts, o valor da diferença de potencial da reação
global.
182
3. (UFTM) Construiu-se uma câmara selada (figura 1), contendo dois béqueres, um deles com sol-
vente puro e o outro contendo 125 mL de solução saturada com concentração 148 g/L preparada
com o mesmo solvente. Após algumas horas, verificou-se a transferência do solvente (figura 2). O
fenômeno observado na câmara é semelhante ao que ocorre quando duas soluções são separadas
por uma membrana semipermeável.
a) Compare e justifique as diferenças de pressões de vapor dos dois líquidos que estavam na câmara in-
dicada na figura 1. Dê o nome do fenômeno descrito no texto.
b) Sabendo-se que o volume de solvente transferido foi 75 mL, calcule a concentração da solução, em
g/L, que está na câmara indicada na figura 2.
4. (Unicamp) A figura abaixo apresenta três ilustrações cômicas que remetem a interferências an-
tropogênicas no meio ambiente, que podem levar a consequências trágicas que inviabilizariam a
continuidade de vida na Terra.
SINTO
MUITO! MAS NÃO
POSSO ANTENDER ÀS SUAS
REIVINDICAÇÕES!
a) Dê o nome do problema ambiental enfatizado em cada uma das situações A, B e C, retratadas na figura.
b) Dos problemas ambientais apontados na figura, identifique o que está, atualmente, mais em evidência
e indique uma possível solução para minimizá-lo.
183
5. (UEL) Um estudante do Ensino Médio fez a
seguinte pergunta ao professor: “É possível
fazer a água entrar em ebulição em tempe-
ratura inferior à sua temperatura de ebuli-
ção normal (100ºC)? Para responder ao alu-
no, o professor colocou água até a metade
em um balão de fundo redondo e o aqueceu
até a água entrar em ebulição. Em seguida,
retirou o balão do aquecimento e o tampou
com uma rolha, observando, após poucos se-
gundos, o término da ebulição da água. Em
seguida, virou o balão de cabeça para baixo
e passou gelo na superfície do balão, confor-
me a figura a seguir.
E0(V vs EPH*)
CO2/CH3OH 0,02
O2/H2O 1,23
184
7. (Unesp) Utilizando os dados do texto, apre- com a água presente na atmosfera, gera um
sente a equação balanceada de neutralização produto que contribui para o aumento da
envolvida na titulação e calcule a concentra- acidez das chuvas. Escreva a equação quími-
ção da solução de Ca(OH)2. ca completa e balanceada da transformação
de SO3 gasoso no produto que contribui para
8. (Unesp) Para preparar 200 mL da solução- a acidez da chuva ácida.
-padrão de concentração 0,10 mol . L-1 utili- c) O SF6 tem uma capacidade de absorver ra-
zada na titulação, a estudante utilizou uma diação infravermelha cerca de 20 mil vezes
determinada alíquota de uma solução con- superior à do CO2. Para responder à questão
centrada de HNO3 cujo título era de 65,0% proposta a seguir, considere as informações
(m/m) e a densidade de 1,50 g . mL-1. contidas nestes dois gráficos.
Admitindo-se a ionização de 100% do ácido
nítrico, expresse sua equação de ionização
em água, calcule o volume da alíquota da so-
lução concentrada, em mL, e calcule o pH da
solução-padrão preparada.
Dados:
Massa molar do HNO3 = 63,0 g . mol-1
pH = –log[H+]
185
12. (UERJ) Em um experimento, a energia elé- 14. (UFPE) Uma célula para produção de cobre
trica gerada por uma pilha de Daniell foi eletrolítico consiste de um ânodo de cobre
utilizada para a eletrólise de 500 ml de uma impuro e um cátodo de cobre puro (massa
solução aquosa de AgNO3 na concentração de atômica de 63,5 g/mol-1), em um eletrólito
0,01 mol ∙ ℓ-1 Observe o esquema: de sulfato de cobre (II). Qual a corrente, em
Ampère, que deve ser aplicada para se obter
63,5 g de cobre puro em 26,8 horas? Dado:
F = 96500 C mol-1 .
13. (UEG) O gráfico abaixo mostra a pressão de Equação 1 1/2 O2(g)+Ce2O3(s) → 2CeO2(s)
vapor de dois sistemas diferentes em função Equação 2 CO2 + Ce2O3(s) → 2CeO2(s) + CO(g)
da temperatura. Equação 3 H2O + Ce2O3(s) → 2 CeO2(s) + H2(g)
186
cidade tem o quarto melhor serviço de cole- a) Algum tempo após o início do experimento,
ta e tratamento de esgoto do país, de acor- o que ocorrerá com os níveis das soluções
do com um levantamento do Instituto Trata nos ramos A e B? Justifique sua resposta.
Brasil. Cerca de 99% da população urbana é b) Utilizando este dispositivo, é possível ob-
atendida e 100% dos dejetos são tratados. A ter água potável a partir da água do mar,
coleta e o tratamento de lixo são apontados aplicando-se uma pressão adicional sobre a
como os melhores de Minas Gerais. Todas as superfície do líquido em um de seus ramos.
casas do município são servidas de água tra- Em qual ramo do dispositivo deverá ser apli-
tada – nas Estações de Tratamento (ETA) – e cada esta pressão? Discuta qualitativamente
energia elétrica. Apesar disso, as autorida- qual deverá ser o valor mínimo desta pres-
des já planejam um novo sistema de capta- são. Justifique suas respostas.
ção de água capaz de atender uma popula-
ção de 3 milhões de pessoas – cinco vezes 18. (IME) Em uma célula a combustível, reações
a atual. A rede de saúde local, a melhor do de oxidação e redução originam a uma cor-
próspero Triângulo Mineiro, conta com nove rente que pode ser aproveitada, por exem-
hospitais e, obviamente, atrai pacientes de plo, para suprir a potência necessária para
toda a região. alimentar um motor elétrico. Considere
Para reduzir a pressão sobre o serviço de saú- um sistema formado por uma célula a com-
de, a cidade está investindo na construção bustível que utiliza hidrogênio e oxigênio,
de mais um hospital, com 258 leitos. Todos acoplada ao motor de um veículo elétrico.
Sabendo que o sistema opera sem perdas,
os 384 ônibus que circulam pelo município
que a potência do motor é de 30 kW e que o
dispõem de elevadores para o acesso de de-
comportamento do gás (H2) é ideal, calcule
ficientes físicos. Nenhuma capital brasileira
a pressão em um tanque de 100 L de hidro-
atingiu padrão semelhante.
gênio, mantido a 27°C de forma que esse ve-
Revista Veja, 1º de setembro de 2010, p. 124-125.
ículo percorra um trajeto de 100 km a uma
Reportagem “5 exemplos a serem seguidos” de Igor Paulin,
Leonardo Coutinho e Marcelo Sperandio. (Texto modificado). velocidade média de 90 km/h.
Dados a 27°C:
A partir do texto e de seus conhecimentos
H2(g) → 2H+(aq)+2e– 0,00 V
em Química, responda o que se pede.
a) Explique um processo que ocorre no trata- O2(g) + 4H+ (aq) + 4e– → 2H2O(ℓ) 1,23 V
mento da água em Estações de Tratamento
(ETA).
b) Aponte um benefício do tratamento do lixo
e justifique sua resposta.
c) Destaque e explique uma vantagem ambien-
tal para os rios e lagos do Triângulo Mineiro
em decorrência do tratamento do esgoto da
cidade de Uberlândia.
187
U.T.I.
5/6
Química 2
Reações de adição
As reações de adição ocorrem basicamente em compostos insaturados, isto é, aqueles que possuem ligações du-
plas ou triplas.
Esquema genérico das reações de adição:
A B
p s s
s
C = C + AB é C C
s
H H H H
Ni(pó) Ni(pó)
H – C ≡ C – H + H2 ∆ H – C = C – H + H2 ∆ H–C–C–H
H H
etino eteno etano
Hidrogenação catalítica de etino
a) Hidrogenação de ciclanos: Cliclanos de três e quatro carbonos sofrem reações de adição; ciclanos de
cinco e seis carbonos não sofrem reações de adição, mas sofrem reações de substituição.
Exemplo: Hidrogenação do ciclopropano:
H H
H C H H H H
C – C + H2 H–C–C–C–H
H H H H H
b) Hidrogenação de aromáticos: As ligações duplas do anel benzênico são quebradas e os átomos de
hidrogênio adicionam-se aos carbonos que realizam essas ligações. Devido ao fenômeno de ressonân-
cia, compostos aromáticos costumam sofrer reações de substituição. Somente em condições bastante
energéticas que sofrem reação de adição.
A seguir é mostrado esse tipo de hidrogenação total:
H
H H HH
H H
+ 3H2é H H
H H H H
H H HH
H
191
2. Halogenação: é a reação de halogênio (F2, Cℓ2, Br2 ou I2) com o alceno ou alcino, em que os halogênios
rompem a ligação dupla e forma-se um dialeto (no caso de um alceno):
3. Adição de halogenidretos (HX): essa reação ocorre com ácidos halogenídricos (H – X, onde X = halo-
gênio, sendo os mais comuns Cℓ e Br). Nesse caso, o hidrogênio e o halogênio são adicionados às ligações
duplas ou triplas dos compostos. Tem-se, então, como produto, um haleto de alquila.
Na reação de HX, deve-se seguir a regra de Markovnikov: na adição de um haleto de hidrogênio a um
alceno, ou na hidratação deste alceno, o hidrogênio do haleto ou da água liga-se ao átomo de
carbono mais hidrogenado da dupla ou tripla ligação, ou seja, ao carbono que possui mais ligações
com o hidrogênio.
Exemplos:
Br H
CH3 – C = CH – CH3 + H – Br CH3 – C – CH – CH3
CH3 CH3
I
CH2 + HI
CH3
A única exceção a esta regra ocorre quando há a adição de HX na presença de peróxidos; neste caso, é
anti-Markovnikov, ou seja, na presença de peróxidos o hidrogênio do haleto ou da água liga-se ao átomo
de carbono menos hidrogenado da dupla ou tripla ligação.
4. Hidratação: é adição de água catalisada por ácido, em que o produto é um álcool (para alcenos) e cetona
ou aldeído (para alcinos). Esta reação também segue a regra de Markovnikov:
H H OH H
meio
C = C + H – OH H–C–C–H
ácido
H H H H
eteno etanol
H
H2SO4
H – C ≡ C – H + HOH H–C=C–H H–C–C–H
H2SO4
H OH H O
Alcino (etino) água enol Aldeído (etanal)
H
H2SO4
H3C – C ≡ C – H + HOH CH3 – C = C – H CH3 – C – C – H
H2SO4
OH H O H
Alcino (propino) água enol Cetona (propana)
192
Reações de substituição
São aquelas em que há troca de pelo menos um átomo de hidrogênio da molécula de um hidrocarboneto por um
grupo substituinte.
Esquema genérico das reações de substituição:
–C–A+B–X –C–B+A–X
1. Nitração: Reação entre ácido nítrico (em presença de ácido sulfúrico) e um composto orgânico. O produto
é um nitrocomposto e água. O grupo substituinte é o nitro (– NO2). O benzeno também pode sofrer nitração.
Exemplos:
H NO2
H2SO4
H3C – C – CH3 + HO – NO2 H3C – C – CH3 + HOH
∆
H H
propano ácido nítrico 2-nitro-propano água
H
H2SO4 NO2
+ HO – NO2 + H2O
2. Sulfonação: Reação entre ácido sulfúrico e um composto orgânico. O produto é um ácido sulfônico e água.
O grupo substituinte é o – SO3H. O benzeno também pode sofrer sulfonação.
Exemplos:
H H
H–C–H+H–O O H – C – SO3H + H2O
S
H H–O O H água
metano ácido sulfúrico metano-sulfônico
H
∆
+ HOSO3H SO3H + H2O
ácido benzeno
sulfônico
193
3. Halogenação: Como o nome diz, na halogenação ocorre a substituição do átomo de hidrogênio por
átomos de halogênio (F, Cl, Br, I). As mais comuns são a cloração e a bromação. Visto que os alcanos são
pouco reativos, as suas reações de halogenação só ocorrem na presença de luz solar, ultravioleta ou forte
aquecimento.
Exemplo:
H H
λ
H – C – H + C – C H – C – C + H – C
H H
metano cloro monoclorometano cloreto de hidrogênio
H2 H2 H2 H2
C C C C
300°C
H2C CH2 + Br2 H2C CHBr + HBr
cicloexano bromocicloexano
Se houvesse halogênio em excesso na reação acima, essa reação poderia continuar processando, efetuan-
do-se a substituição de todos os hidrogênios dos compostos.
§§ Halogenação em alcanos mais complexos: Se o alcano que for reagir tiver pelo menos 3 átomos de
carbono, ter-se-á no final uma mistura de diferentes compostos substituídos. A quantidade de cada com-
posto será proporcional à seguinte ordem de facilidade com que o hidrogênio é liberado na molécula:
4. Alquilação de Friedel-Crafts: são aquelas que ocorrem com o objetivo de se obter alquilbenzeno, isto é,
compostos cuja estrutura tenha um benzeno com um grupo substituinte.
Esquema genérico da reação de alquilação:
R
AC3
+R–X + HX
A presença do cloreto de alumínio (AlCℓ3) é fundamental para que a reação de alquilação ocorra. Pode-se
usar também outros catalisadores como o FeCℓ3.
Exemplos:
CH3
AC3
+ H3C – C + H – C
∆
CH3
H3C – C – CH3
CH3
AC3
+ H3C – C – C + HC
CH3
194
5. Acilação de Friedel-Crafts: são reações orgânicas em que um hidrogênio ligado a um anel aromático é
trocado por um grupo acila:
Exemplo:
O
H C – CH3
O
[AC3] + HC
+ H3C – C
C
Geralmente a reação de acilação ocorre entre o composto aromático e um cloreto de acila, como o cloreto
de acetila, na presença de um catalisador, como o cloreto de alumínio (que é fundamental para que a reação
de acilação ocorra).
meta
para
Quando um radical estiver ligado ao anel benzeno ou a um grupo funcional, estes dirigirão a substituição e
serão denominados radicais dirigentes.
Os radicais dirigentes podem ser agrupados em duas classes:
1. Radicais orto e para dirigentes: São radicais que, quando ligados ao núcleo aromático, orientam as
substituições exclusivamente para as posições orto e para. Nesse caso há formação de dois produtos: um
em posição orto e outro em posição para.
Os principais grupos orto-para-dirigentes são os grupos que apresentam somente ligações simples:
– NH2 – OH, – OCH3, radicais alquila (–CH3,–CH2–CH3, etc),halogênios (– F,– Cl,– Br,– I)
Exemplo:
CH3 CH3 CH3
C
+ C - C + + HC
C
195
2. Radicais meta dirigentes: São radicais que, quando ligados ao núcleo aromático, orientam as substitui-
ções exclusivamente para a posição meta. Nesse caso há formação de somente um produto: em posição
meta.
Os principais grupos meta-dirigentes normalmente apresentam ligações duplas, triplas ou dativas:
– NO2, – SO3 H,– COOH,– CHO,– CN
Exemplo:
NO2 NO2
HNO3
+ H2O
H2SO4
NO2
tolueno
Essa reação é idêntica a da cloração do metano e ela pode prosseguir em presença de excesso de cloro:
196
Reação de eliminação
As reações de eliminação são reações orgânicas em que ocorre a eliminação de átomos ou grupos de átomos de
moléculas, num processo inverso às reações de adição.
As principais reações desse tipo são constituídas pela perda de dois átomos ou grupos adjacentes, formando
uma ligação dupla na estrutura.
Esquema genérico da reação de eliminação:
R R R R
C C HW + C C
R R R R
H W
Br Br alceno
2. Eliminação de halogenidretos (HCℓ, HBr ou Hl): a eliminação ocorre por meio da ação de hidróxido
de potássio (KOH) em solução alcoólica.
Essa reação segue a regra de Zaitzev, que diz que carbonos menos hidrogenados tendem a per-
der hidrogênio com mais facilidade. Na reação abaixo, por exemplo, existem duas possibilidades de
eliminação do 2-bromobutano:
KOH
CH3 – CH – CH – CH3 CH3 – CH = CH – CH3 + HBr
Álcool
produto majoritário
H Br
KOH
CH2 – CH – CH2 – CH3 CH2 = CH – CH2 – CH3 + HBr
Álcool
produto minoritário
H Br
3. Eliminação de água ou desidratação: Ocorre a eliminação de uma ou mais moléculas de água. Os álco-
ois, por exemplo, podem sofrer desidratação e esse processo pode ocorrer de duas formas: intramolecular,
quando a reação se dá na própria molécula de álcool; ou intermolecular, quando a reação acontece entre
duas moléculas de álcool.
Desidratação Intermolecular:
140 °C
CH3 – CH2 – OH + HO – CH2 – CH3 CH3 – CH2 – O – CH2 – CH3 + H2O
H2SO4
éter
Desidratação intramolecular:
170 °C
CH2 – CH2 CH2 = CH2 + H2O
H2SO4
alceno
H OH
197
Reação de oxidação de compostos orgânicos
As reações de oxirredução caracterizam-se pela transferência de elétrons entre pelo menos duas espécies envol-
vidas: a que se oxida (perdendo elétrons) e a que se reduz (ganhando elétrons). Entretanto, quando a espécie a
ser reduzida (agente oxidante) é apenas oxigênio e/ou um único produto é gerado, usualmente refere-se apenas
a nomenclatura oxidação. Na química orgânica, os dois principais compostos que são estudados na oxidação são:
álcool (e seus derivados) e alcenos.
Os álcoois podem sofrer oxidação quando expostos a algum agente oxidante, como uma solução aquosa de
dicromato de potássio (K2Cr2O7) ou de permanganato de potássio (KMnO4) em meio ácido.
§§ Oxidação de álcoois: O produto da reação irá depender do tipo de álcool que foi oxidado, se é primário,
secundário, terciário ou se é o metanol.
1. Metanol: O metanol é o único álcool que possui três hidrogênios ligados ao carbono que sofrerá a
1ª Etapa: oxidação do álcool a aldeido
oxidação. Nesse caso, ocorrerão três oxidações sucessivas, formando gás carbônico e água:
(metanol a metanal)
1ª Etapa: oxidação do álcool a aldeído (metanol a metanal)
H O
HOH()
[O] H—C—O—H H—C—H + HOH
KMnO4/H3O-
H metanal água
metanol
2ª Etapa: Oxidação do metanal a ácido metanoico
2ª Etapa: Oxidação do metanal a ácido metanoico
O O
HOH()
H—C + [O] H—C
KMnO4/H3O-
H OH
O
O
HOH()
H—C + [O] C
KMnO4/H3O -
OH OH OH
C CO2 + H2O
OH OH
ácido carbônico
198
2. Álcool primário: Nesses compostos, o carbono da hidroxila está ligado a apenas um átomo de car-
bono. Primeiramente, haverá a formação de um aldeído, mas a oxidação continua, porque os reagentes
utilizados para oxidar o álcool são mais fortes do que os usados para oxidar um aldeído, produzindo um
ácido carboxílico:
O O
HOH() HOH()
H3C — CH2 — OH + [O] H3C — C + [O] H3C — C + HOH
K2Cr2O2/H3O-+ KMnO4/H3O+-
H OH
3. Álcool secundário: Esses são compostos em que o carbono da hidroxila está ligado a dois outros
átomos de carbono e a apenas um átomo de hidrogênio. Portanto, será formado apenas um tipo de
produto, que sempre será uma cetona:
H O
R — C — O — H + [O] R — C — R’ + HOH
R’ cetona água
álcool
secundário
4. Álcool terciário: Os álcoois terciários são aqueles em que o carbono que possui o grupo hidroxila faz
três ligações com outros átomos de carbono. Como eles não fazem ligações com hidrogênios, não há
nenhum ponto na molécula que possa ser atacado. Devido a esse fato, os álcoois terciários não sofrem
oxidação.
2. Oxidação Branda: A oxidação branda se dá com o uso de um reativo de Bayer, isto é, uma solução
aquosa de permanganato de potássio (KMnO4) diluída, neutra ou levemente básica, a frio. A ligação
dupla é desfeita, formando uma ligação simples no lugar. O produto será um diálcool:
H3C CH3 OH OH
H2O()
C=C + 2 [O] H3C – C – C – CH3
KMnO4/OH-
H CH3 H CH3
metilbut-2-eno metilbutan-2,3-diol
199
3. Oxidação Enérgica: Na oxidação enérgica usa-se solução de permanganato de potássio concentrado
em meio ácido e a quente. Nessa reação, a oxidação do alceno é mais energética, pois a ligação dupla é
totalmente rompida e os átomos de oxigênio se ligam ao carbono, podendo gerar os seguintes produtos:
§§ Se o carbono da dupla for terciário: o produto será uma cetona;
§§ Se o carbono da dupla for secundário: o produto será um ácido carboxílico;
§§ Se o carbono da dupla for primário: o produto será o ácido carbônico, que se decompõe em dióxido
de carbono (CO2) e água (H2O).
carbono carbono
terciário secundário
4. Ozonólize: Como o próprio nome indica, o agente oxidante utilizado para romper a dupla ligação do
alceno é o ozônio (O3) em presença de água e zinco metálico. A dupla ligação é totalmente rompida e
os átomos de oxigênio se ligam ao carbono, podendo gerar os seguintes produtos:
§§ Se o carbono da dupla for terciário: o produto será uma cetona;
§§ Se o carbono da dupla for secundário: o produto será um aldeído;
§§ Se o carbono da dupla for primário: o produto será o metanal.
carbono carbono
terciário secundário
200
É uma reação importante na formação de álcoois a partir de, por exemplo, aldeídos e cetonas.
Exemplo:
O OMg C OH
H3O +
H3C – CH2 – C – CH3 + H3C – MgC H3C – CH2 – C – CH3 H3C – CH2 – C – CH3 + H3C – MgC
CH3 CH3
Esterificação, hidrólise e
condensação amídica
Uma reação de esterificação é aquela em que se forma um éster. Esse tipo de reação ocorre entre um ácido carbo-
xílico e um álcool, formando também água, além do éster.
Quando a água reage com o éster e regenera o ácido carboxílico e o álcool, essa reação inversa é chamada
de hidrólise.
esterificação
Ácido + Álcool Estér + Água
hidrólise
O O
esterificação
R–C + HO – R’ R–C + H2O
hidrólise
OH O – R’
Exemplo:
O
O
H–C + HO – CH3 H + H2O
OH O – CH3
As amidas normalmente não ocorrem na natureza, e são preparadas em laboratório. Uma das formas de
obtenção é reagindo ácido carboxílico com aminas:
O O
R–C + R – NH2 R–C + H2O
OH amina NH – R
ácido amida
carboxílico
A união estabelecida entre dois aminoácidos adjacentes numa molécula recebe o nome de ligação pep-
tídica. Esse tipo de ligação ocorre sempre por meio da reação entre o grupo amina de um aminoácido e o grupo
carboxila do outro. No entanto, essa molécula de água produzida não estabelece propriamente a ligação peptídica,
201
uma vez que ela é eliminada, sendo assim, a união entre dois aminoácidos consiste numa reação de condensação
amídica.
H O H O
H2N – C – C + H2N – C – C
R1 OH R2 OH
amino ácido amino ácido
H O H O
H2N – C – C – N – C – C + HOH
R1 H R2 OH
ligação peptídica
Transesterificação e saponificação
A reação de transesterificação é uma reação química que pode ocorrer entre um éster e um álcool, sempre tendo
a formação de um novo éster.
Na atualidade, a reação de transesterificação de óleos vegetais ou gordura animal (triglicerídeos – molécu-
las que possuem três grupos funcionais dos ésteres em sua estrutura) com alcoóis vem despertando muito interes-
se, sendo que o principal produto da reação (éster) possui propriedades similares às do diesel de petróleo, podendo
ser utilizado puro ou adicionado ao diesel fóssil, comumente conhecido como biodiesel.
O O
CH2 – O – C – R CH2 – OH CH3 – CH2 – O – C – R
O O
CH – O – C – R’ + 3CH3 – CH2 – OH CH – OH + CH3 – CH2 – O – C – R’
O O
CH2 – O – C – R’’ CH2 – OH CH3 – CH2 – O – C – R’’
Em termos gerais, a reação de saponificação ocorre quando um éster em solução aquosa de base inorgânica
origina um sal orgânico e álcool.
A Reação de saponificação também é conhecida como hidrólise alcalina. Falando quimicamente, seria a
mistura de um éster (proveniente de um ácido graxo) e uma base (hidróxido de sódio) para se obter sabão (sal
orgânico).
202
Polímeros de adição
Polímeros de adição, como o próprio nome indica, são formados pela adição ou soma de vários monômeros exata-
mente iguais entre si e sem que haja perda de massa.
A união desses monômeros se dá por meio de uma reação de polimerização por adição, em que ocorre a
ruptura de uma ligação π e a formação de duas novas ligações simples, o que permite a união sucessiva das mo-
léculas do monômero. Isso significa que todo monômero usado na formação de polímeros de adição deve possuir
obrigatoriamente ligações duplas entre carbonos.
Exemplo:
H H H H
n C=C –C–C–
H H H H n
203
Copolímero
É um plástico (polímero) formado por pelo menos dois diferentes monômeros.
Exemplos
§§ ABS: Essa sigla vem do fato de que esse polímero é formado pela união de três monômeros: acrilonitrila
(A), but-1,3-dieno (B) e estireno (S do inglês styrene). Sua principal utilização é na fabricação de pneus, mas
também é usado na produção de telefones, invólucros de aparelhos elétricos e em embalagens.
C≡N
Na
– H2C=CH – CH2 – CH = CH – CH2 – CH – CH2
C≡N
n
ABS
§§ Buna-S: É formado pelo o eritreno (but-1,3-dieno) e pelo estireno (vinilbenzeno), que, em inglês, escreve-se
styrene, por isso, o “S” no final. O buna-S é usado em isolamento de cabo elétrico, bandas de rodagem de
pneus, solados e artefatos diversos.
buna-S n
Polímeros de condensação
Os polímeros de condensação são aqueles obtidos por meio de reações entre monômeros (iguais ou diferentes),
onde há saída de uma molécula pequena, geralmente a água.
A seguir, temos uma reação genérica de polimerização por condensação:
P.t. catalisador
nHO – C – C – OH + nH – C – C – H –C–C–C–C– + nH2O
204
Abaixo temos alguns polímeros de condensação e seus usos:
205
Na tabela acima, o composto mais ácido é o ácido tricloroacético, que possui maior valor de Ka (ou menor
valor de pKa). Também pode-se observar que o etanol é muito pouco ácido e o etileno tem um valor tão baixo de
Ka que praticamente não haverá possibilidade de o hidrogênio ser liberado do mesmo.
Em termos gerais, a acidez em compostos orgânicos, em ordem decrescente, é:
Ácidos Carboxílicos > Fenóis > Água > Álcoois > Alcinos > Alcenos
Na tabela acima, observa-se que as aminas alifáticas são mais básicas que a amônia (maior valor de Kb)
e aminas aromáticas são menos básicas que amônia. As amidas são muito menos básicas que as aminas (tanto
alifáticas quanto aromáticas), apesar de ter nitrogênio na sua estrutura.
Em termos gerais, a basicidade em compostos orgânicos, em ordem decrescente, é:
Aminas Secundárias > Aminas Primárias > Aminas Terciárias > Amônia > Aminas Aromáticas > Amidas
2. Efeito Indutivo e dos Substituintes: Esse tipo de efeito ocorre quando átomos de diferentes eletro-
negatividades se encontram ligados perto no composto. O átomo mais eletronegativo tem a tendência de
trazer os elétrons para perto dele, criando assim um dipolo e facilitando a saída do H+, deixando-o mais
ácido. Analogamente, átomos menos eletronegativos tem a tendência de doar os elétrons para cadeia, difi-
cultando a saída do H+, deixando-o menos ácido.
Podemos explicar os valores abaixo com mais facilidade pelo efeito indutivo dos substituintes em relação a
ácido acético:
206
3. Ressonância: Muitos dos compostos orgânicos podem parecer ser estáticos, entretanto muitos dos que
apresentam carga (ou não) podem ter formas híbridas instantâneas que são mais estáveis teoricamente que
a forma original. Se a base conjugada do composto for mais estável que o seu ácido, ele será mais ácido.
4. Distância: O efeito do substituinte é mais eficiente quanto mais perto do centro reacional. Substituintes
com efeito de elétron-receptor diminuem o pKa (aumenta o Ka) de ácidos carboxílicos. Analogamente, subs-
tituintes com efeito de elétron-doador aumentam o pKa (diminuem o Ka) de ácidos carboxílicos.
Nesse caso, o HCℓ doará o H+ para a água, sendo HCℓ o ácido e água a base de Brönsted-Lowry.
Reação inversa:
H3O+ + Cℓ– → HCℓ + H2O
Ácido Base
207
Nesse caso, o H3O+ doará o H+ para o cloreto, sendo H3O+ o ácido e cloreto a base de Brönsted-Lowry.
Nesta reação inversa, o íon hidrônio (H3O+) doou um próton para o íon cloreto (Cℓ–), assim o hidrônio é o
ácido e o cloreto é base de Brönsted-Lowry. Forma-se o par ácido-base conjugado: HCℓ e Cℓ-; e um segundo
par conjugado ácido-base : H2O e H3O+. Chama-se de par conjugado, porque em ambos os casos, um doa
o próton e se transforma no outro: o HCℓ doa o próton e se transforma em Cℓ– e o H3O+ doa o próton e se
transforma em H2O.
Pares conjugados
Diferentemente da teoria de Arrhenius, na de Brönsted-Lowry um ácido pode atuar como uma base, o con-
ceito de ácido e base é relativo: dependem da espécie química com a qual a substância está reagindo para
saber se ela é acida ou básica.
3. Ácido e base de Lewis
§§ Ácido de Lewis: são espécies químicas (moléculas ou íons) que são capazes de receber
pares de elétrons.
§§ Base de Lewis: são espécies químicas (moléculas ou íons) que são capazes de fornecer
pares de elétrons.
Exemplo:
H H H H
H–B + :N – H H – B – +N – H
H H H H
ácido de base de
Lewis Lewis
C C
+
C – A + CH3OCH3 C – A – O – CH3
C C CH3
AC3 Dimetiléter
ácido de Lewis base de Lewis
A definição de Lewis abrange os casos das definições de Bronsted-Lowry e de Arrhenius, sendo, portanto, a
mais ampla. Entretanto, as definições de Arrhenius e de Bronsted-Lowry também são utilizadas para explicar
alguns casos.
Finalizando, é importante lembrar que o conceito de ácido-base de Lewis é o mais amplo e engloba o con-
ceito de ácido-base de Brönsted-Lowry, que este, por sua vez, engloba o conceito de ácido-base de Arrhenius, como
mostra a figua ao lado. Isso significa que todo ácido de Arrhenius é ácido de Brönsted-Lowry e de Lewis, mas ácido
de Lewis não necessariamente é de Brönsted-Lowry e/ou Arrhenius.
208
U.T.I. - Sala
1. Dois isômeros de fórmula molecular C4H10O, rotulados como compostos I e II, foram submetidos a
testes físicos e químicos de identificação. O composto I apresentou ponto de ebulição igual a 83 °C
e o composto II igual a 35 °C. Ao reagir os compostos com solução violeta de permanganato de
potássio em meio ácido, a solução não descoloriu em nenhum dos casos.
a) Que tipo de isomeria ocorre entre esses compostos? Por que o isômero I apresenta maior ponto de
ebulição?
b) Explique por que o isômero I não reagiu com a solução ácida de KMnO4. Qual o nome IUPAC do com-
posto I?
2. Três frascos, identificados com os números I, II e III, possuem conteúdos diferentes. Cada um deles
pode conter uma das seguintes substâncias: ácido acético, acetaldeído ou etanol. Sabe-se que, em
condições adequadas:
I. a substância do frasco I reage com substância do frasco II para formar um éster;
II. a substância do frasco II fornece uma solução ácida quando dissolvida em água, e
III.a substância do frasco I forma a substância do frasco III por oxidação branda em meio ácido.
a) Identifique as substâncias contidas nos frascos I, II e III. Justifique sua resposta.
b) Escreva a equação química balanceada e o nome do éster formado, quando as substâncias dos frascos
I e II reagem.
3. Uma das substâncias responsáveis pelo odor característico do suor humano é o ácido capróico ou
hexanóico, C5H11COOH. Seu sal de sódio é praticamente inodoro por ser menos volátil. Em conse-
qüência desta propriedade, em algumas formulações de talco adiciona-se bicabornato de sódio
(hidrogeniocarbonato de sódio, NaHCO3), para combater os odores da transpiração.
a) Escreva a equação química representativa da reação do ácido capróico com o NaHCO3.
b) Qual é o gás que se desprende da reação?
c) Qual no nome do sal formado na reação do item a?
4. Os ácidos orgânicos têm a sua acidez alterada pela substituição de átomos de hidrogênio na cadeia
carbônica por grupos funcionais. A tabela a seguir mostra as constantes de acidez de alguns ácidos
carboxílicos, em água, a 25°C.
209
5. O fármaco havia sido destruído pela explosão e pelo fogo. O que, porventura, tivesse sobrado, a
chuva levara embora. Para averiguar a possível troca do produto, Estrondosa pegou vários pedaços
dos restos das embalagens que continham o fármaco. Eram sacos de alumínio revestidos, inter-
namente, por uma película de polímero. Ela notou que algumas amostras eram bastante flexíveis,
outras, nem tanto. No laboratório da empresa, colocou os diversos pedaços em diferentes frascos,
adicionou uma dada solução, contendo um reagente, e esperou a dissolução do metal; quando isso
ocorreu, houve evolução de um gás. Com a dissolução do alumínio, o filme de plástico se soltou,
permitindo a Estrondosa fazer testes de identificação. Ela tinha a informação de que esse polímero
devia ser polipropileno, que queima com gotejamento e produz uma fumaça branca. Além do poli-
propileno, encontrou poliestireno, que queima com produção de fumaça preta. Tudo isso reforçava
a ideia da troca do fármaco, ou de uma parte dele, ao menos, incriminando o vigia.
a) Escreva a equação que representa a reação de dissolução do alumínio, admitindo um possível reagente
utilizado por Estrondosa.
b) Pode-se dizer que a diferença entre o poliestireno e o polipropileno, na fórmula geral, está na subs-
tituição do anel aromático por um radical metila. Se o poliestireno pode ser representado por —
[CH2CH(C6H5)]— n, qual é a representação do polipropileno?
210
U.T.I. - E.O. 6. Os nitrotoluenos são compostos intermediá-
rios importantes na produção de explosivos.
Os mononitrotoluenos podem ser obtidos si-
1. Uma maneira de distinguir fenóis de álco- multaneamente, a partir do benzeno, atra-
ois é reagi-los com uma base forte. Os fenóis vés da seguinte sequência de reação:
reagem com a base forte, como o NaOH, for-
mando sais orgânicos, enquanto que os álco-
ois não reagem com essa base.
a) Considerando a reatividade com a base forte,
compare os valores das constantes de ioniza-
ção (Ka) dos fenóis e dos álcoois. Justifique a
sua resposta.
b) Escreva a equação química para a reação do
hidroxibenzeno com o NaOH, e dê o nome do
sal orgânico formado.
O papel de pH
(umedecido)
adquire coloração
caracetrística
Bromo
de meio ácido III.
Benzeno Vapor
Catalisador desprendido
Antes Depois
211
8. Equacione as seguintes reações de esterifica- 11. Os cientistas que prepararam o terreno para
ção: o desenvolvimento dos polímeros orgânicos
a) condutores foram laureados com o prêmio
Nobel de Química do ano 2000. Alguns des-
ses polímeros podem apresentar condutibi-
lidade elétrica comparável à dos metais. O
primeiro desses polímeros foi obtido oxi-
dando-se um filme de trans-poliacetileno
com vapores de iodo.
b)
a) Desenhe um pedaço da estrutura do trans-
-poliacetileno. Assinale, com um círculo, no
próprio desenho, a unidade de repetição do
polímero.
b) É correto afirmar que a oxidação do transpo-
c)
liacetileno pelo iodo provoca a inserção de
elétrons no polímero, tornando-o condutor?
Justifique sua resposta.
212
13. Na indústria petroquímica, a expressão ado-
çar o petróleo corresponde à adição de ami-
nas leves às frações gasosas do petróleo para
eliminação de sua acidez.
Considerando as aminas isômeras de fórmu-
la molecular C3H9N,
a) Indique a fórmula estrutural bastão da amina
que possui caráter básico mais acentuado.
b) Nomeie as aminas que possuem cadeia car-
bônica classificada como homogênea.
14. Responda:
a) Usando estrutura de Lewis, faça um diagra-
ma da reação entre HCN e NH3 gasoso.
b) Explique se esta reação pode ser considera-
da com uma reação ácido-base de Bronsted-
-Lowry.
c) O HCN pode ser considerado uma base de
Lewis? Justifique.
213
U.T.I.
5/6
Química 3
Termoquímica
Energia de ligação
A energia de ligação A – B é aquela absorvida na ruptura de 1 mol dessas ligações no estado gasoso.
Exemplo
H2 (g) → 2H(g)
energia de ligação H – H = +437 kJ
Cálculo do ∆H
A energia de ligação pode ser determinada experimentalmente. Nesta tabela, estão relacionadas as energias de
algumas ligações.
Conhecendo os valores das energias de ligação presentes nos reagentes e nos produtos de uma reação,
pode-se calcular o ∆H dessa reação:
∆H = (energia absorvida na quebra das ligações presentes nos reagentes)
+
(energia liberada na formação das ligações presentes nos produtos)
Exemplo
217
Dados:
Ligação Energia (kJ)
C—H 413,4
C — Cℓ 327,2
Cℓ — Cℓ 242,6
H — Cℓ 431,8
4 (C — H) = 4 (413,6) = 1.653,6 kJ
3 (Cℓ — Cℓ) = 3 (242,6) = 727,8 kJ
energia total absorvida = 2.381,4 kJ
1C — H = 1 (413,6) = 413,6 kJ
3C — Cℓ = 3 (327,2) = 981,6 kJ
3H — Cℓ = 3 (431,8) = 1.295,4 kJ
energia total liberada = 2.690,6 kJ
Uma vez que a energia liberada é maior que a absorvida, a reação será exotérmica e seu valor absoluto:
Portanto:
Cinética química
Velocidade das reações
D Quantidade
Vm = ___________
D Tempo
Velocidade média de uma reação química é o quociente da variação da concentração molar de um dos reagentes
(ou produtos) da reação pelo intervalo de tempo em que essa variação ocorre.
Os denominadores são os coeficientes estequiométricos. De um modo geral, define-se velocidade média de
uma reação da seguinte maneira:
Para a reação genérica aA +bB → cC + dD, a rapidez ou velocidade média (sem especificação de se
referir a reagente ou produto) é dada por:
V VB __ V VD
Vm da reação = __
aA = __
= cC = __
b d
218
Complexo ativado
Para uma reação ocorrer é necessário haver colisão entre as moléculas dos reagentes. Somente essa condição,
entretanto, não é suficiente. Considere a reação representada pela seguinte equação:
2HI → H2 + I2
Nessa reação, são rompidas as ligações covalentes das moléculas HI e são formadas as ligações covalentes
das moléculas H – H e I – I. Mas esse processo não é direto; não há primeiro a ruptura das ligações H – I e depois
formação das ligações H – H e I – I. Na verdade forma-se uma estrutura de transição com ligações intermediárias
entre as das moléculas dos reagentes e as dos produtos. Essa estrutura é chamada de complexo ativado.
Colisão efetiva
É aquela que resulta em reação, isto é, que ocorre em posição geometricamente favorável à formação do complexo
ativado e com energia igual ou superior à energia de ativação da reação.
Energia de ativação
Energia de ativação (Ea) é a energia mínima que as moléculas devem ter para reagir ao se chocarem, isto é, para que
haja colisão efetiva. Esse fato ocorre tanto para as reações exotérmicas quanto para as endotérmicas. O diagrama
delas que indica o caminho da reação e a entalpia pode ser representado por:
entalpia entalpia
complexo ativado complexo ativado
Ea
Reag.
Prod.
Hp Hr
Reag Ea ∆H ∆H
Prod.
Hr Hp
219
Fatores que influenciam a velocidade de uma reação
Pressão
O aumento da pressão em um recipiente diminui o volume e aumenta a concentração e a temperatura, causando
um maior número de colisões efetivas.
Superfície de contato
Quanto maior a superfície de contato dos reagentes, maior o número de moléculas reagindo, maio o número de
colisões efetivas e, portanto maior a velocidade da reação.
Temperatura
Com a elevação da temperatura, aumenta a energia cinética das moléculas, o que implica maior número de cho-
ques efetivos com aumento da velocidade da reação.
Catalisador
Catalisadores são substâncias capazes de acelerar uma reação sem sofrer alteração permanente, isto é, não são
consumidas durante a reação.
Os catalisadores criam um caminho alternativo que exige uma menor energia de ativação, fazendo com que
a reação se processe mais rapidamente.
energia
Ea reação sem catalisador
Ea reação com catalisador
∆H
caminho da reação
220
Equação de velocidade
Lei de Guldberg-Waage
A velocidade de uma reação é diretamente proporcional ao produto das concentrações em quantidades de matéria
dos reagentes, elevadas a determinados expoentes.
Em uma reação:
xA + yB +... → produtos...
V = velocidade da reação
k = constante da velocidade (a uma dada temperatura)
V = k · [A] · [B] = [A] e [B] = concentrações em mol/L dos reagentes
x y
Mecanismo de reações
Mecanismo de uma reação é a série de etapas que levam os reagentes aos produtos. Nesse mecanismo há etapas
lentas e rápidas. A etapa mais lenta é a determinante da velocidade.
Seja a reação 2A + 3B → A2B3, que se processa em duas etapas:
§§ Primeira etapa: 2A + B → A2B (lenta)
§§ Segunda etapa: A2B + 2B → A2B3 (rápida)
v = k[A]2 · [B]
Compostos sólidos não entram na equação.
Como é uma reação elementar, o expoente na lei da velocidade é igual ao coeficiente do reagente:
v = k · [CO]2 · [O2]1
Assim, temos que essa reação é de ordem 2 em relação ao CO, de ordem 1 em relação ao O2 e sua ordem
global é 3 (2 + 1 = 3).
221
Os expoentes na lei da velocidade são dados pelos coeficientes dos reagentes na etapa lenta:
v = k [H2]1 · [NO]2.
Exemplo 1
Observe a reação:
2A + 3B → C
Segundo a lei de Guldberg Waage, a equação da velocidade, baseada na equação global (portanto, inade-
quada), seria:
v = k [A]2 · [B]3
Mas, em se tratando da tabela experimental de variação de velocidade, deve-se deduzir a equação da velo-
cidade na qual x e y serão determinados, uma vez que não são necessariamente 2 e 3.
Comparando a primeira com a segunda experiência, nota-se que a concentração de B é a mesma e que a
concentração de A dobrou; consequentemente, a velocidade também dobrou.
Comparando a segunda com a terceira experiência, verifica-se que a concentração de A é a mesma e que a
de B dobrou; consequentemente, a velocidade quadruplicou.
Conclusão
A velocidade varia com a primeira potência de [A] e com a segunda potência de [B].
v = k [A]1 · [B]2
222
Exemplo 2
A reação química entre cloreto de mercúrio (II) e oxalato de potássio:
Foi estudada em solução aquosa, que determinou a quantidade de matéria de Hg2Cℓ2 que precipita. Foram
realizadas três experiências e modificadas as concentrações (mol/L) iniciais dos reagentes:
Quantidade de
Experiência [HgCℓ2] [K2C2O4] Tempo/min
matéria Hg2Cℓ2/mol
1 0,0836 0,404 60 O,0064
Determinar a equação de velocidade e identificar as ordens para cada um dos reagentes e a total.
Se a equação de velocidade for dada por v = k · [HgCℓ2]a · [K2C2O4]b,
0,0064
§§ experiência 1: ______ = k(0,0836)a (0,404)b (I)
60
0,0016
§§ experiência 2: ______ = k(0,0836)a (0,202)b (II)
60
0,0032
§§ experiência 3: ______ = k(0,0418)a (0,404)b (III)
60
Dividindo (I) por (II):
______0,0064
k(0,0836)a (0,404)b
60 = _______________
______
______0,0016 k(0,0836)a (0,202)b
60
Obtém-se: 4 = 2b ou 22 = 2b [ b = 2
Uma vez descoberto o valor de b, pode-se determinar por meios matemáticos o a e obter a ordem da reação.
Equilíbrio químico
Reações reversíveis
O equilíbrio químico é um estado dinâmico. Isso não significa paralisação da reação. Como as velocidades direta e
inversa são iguais, as concentrações dos reagentes e dos produtos permanecem constantes (mas não necessaria-
mente iguais). A reação continua se processando, sem, no entanto, alterar as concentrações em quaisquer sentidos.
Suponhamos que ao alcançar o equilíbrio:
223
De fato, reagiram até o equilíbrio 2,0 – 0,4 = 1,6 mol/L e formaram-se, simultaneamente, 1,6 mol de PCℓ3
e 1,6 mol de Cℓ2, uma vez que os coeficientes da equação são 1 : 1.
Grau de equilíbrio
O grau de equilíbrio (α) de um reagente corresponde a relação entre a quantidade de mol consumida e a quanti-
dade de mol inicial desse reagente.
Exemplo
Quantidade de mol de PCℓ5 inicial = 2,0 mol e quantidade de mol de PCℓ5 consumido até o equilíbrio = 1,6
mol.
O grau de equilíbrio, portanto, é: α = 1,6/2,0 = 0,8 ou seja, 80%.
Constante de equilíbrio
Num sistema reversível genérico de única etapa:
1
a×A+b×B c×C+d×D
2
A velocidade da reação direita (v1) vai diminuir em razão do consumo gradual de A e de B. A velocidade da
reação inversa (v2) vai aumentando com o tempo em razão da formação de C e D.
Certo tempo depois – que varia de acordo o tipo de reação –, as concentrações de A, B, C e D permanecem
inalteradas.
Nessa fase, as velocidades v1 e v2 igualam-se, sinal de que o sistema atingiu o equilíbrio químico.
224
Logo,
[C]c · [D]d
Kc = _______
a
[A] · [B]b
Constante de equilíbrio em
termos de pressões parciais (Kp)
a · A(g) + b · B(g) c · C(g) + d · D(g)
Para equilíbrios gasosos, pode-se exprimir a constante de equilíbrio em termos das pressões parciais dos reagentes
e dos produtos:
(p )c (p )d
Kp = _______
C a D b
(pA) (pB)
Relação entre Kp e Kc
Kp = Kc · (R · T)Dn
Essa relação pode ser facilmente demonstrada a partir da expressão da equação dos gases perfeitos (equação de
Clapeyron) em pressões parciais.
Equilíbrios heterogêneos
Equilíbrios heterogêneos são aqueles em que pelo menos umas das substâncias participantes da reação está em um
estado físico diferente das demais, geralmente no estado sólido. Com isso, o aspecto do sistema não fica uniforme,
mas é possível visualizar diferentes fases. Nesse caso não se deve escrever as substâncias sólidas na equação de Kc e Kp.
Deslocamento de equilíbrio
Efeito da concentração
Pelo princípio de Le Chatelier, um aumento da concentração de uma das substâncias participantes desloca o equi-
líbrio no sentido da reação que produz uma diminuição na concentração dessa substância: portanto, no sentido da
reação em que a substância é consumida.
Uma diminuição da concentração desloca o equilíbrio no sentido da reação que produz um aumento de sua
concentração, logo, no sentido da reação em que a substância é formada.
225
Efeito da pressão
Aumento da pressão desloca o equilíbrio para o lado com menor volume gasoso (menor número de moléculas
gasosas).
Diminuição da pressão desloca o equilíbrio para o lado com maior volume gasoso (maior número de molé-
culas gasosas).
Exemplo
Se a pressão aumentar, o equilíbrio desloca-se para a direita (→) e favorece a formação do SO3(g), uma vez
que nesse sentido a quantidade de moléculas gasosas diminui, consequentemente, a pressão também diminui.
Portanto:
§§ O aumento da temperatura a desloca o equilíbrio no sentido da reação endotérmica (para a esquerda); e
§§ A diminuição da temperatura a desloca o equilíbrio no sentido da reação exotérmica (para a direita).
226
Equilíbrios iônicos
Constante de equilíbrio
quantidade
ionizada em mol
a = _____________________
quantidade inicial em mol
Para calcular a constante de ionização, recorremos à expressão matemática da lei de diluição de Ostwald:
2
Ki = _____
a · M
1–a
Lei de Ostwald é empregada preferencialmente para soluções diluídas e eletrólitos fracos (a < 5 %). Observe
que ela relaciona a constante de equilibrio (Ki) com o grau de ionizacao (α).
Como a maioria dos casos práticos refere-se a monoácidos ou monobases, o denominador (1 – α) é prati-
camente igual a 1, desde que a seja muito pequeno (α < 5 %):
α<5%⇒1–α≈1
Ki = a2 · M
De acordo com essa equação, quanto maior for a constante de ionização Ki mais ionizado estará o ácido
(maior é α), ou seja, maior será sua força.
Se a ionização ocorrer em etapas, é necessário escrever tantas constantes quantas forem as etapas.
HCN H+ + CN–
[H+][CN-]
Ka = _______
[HCN]
Se o sal NaCN for adicionado à solução de HCN, haverá um aumento na concentração de íons CN–, o que
fará com que o equilíbrio seja deslocado para a esquerda, como é mostrado a seguir:
NaCN → Na+ + CN–
HCN H+ + CN–
Portanto, a formação do ácido é favorecida, diminuindo a ionização do ácido.
227
Efeito do íon não comuns
Retomando o exemplo do ácido cianídrico (HCN) tem-se que:
HCN H+ CN–
Se uma base (NaOH, por exemplo) for adicionada à solução desse ácido, vai ocorrer a dissociação da base
ocorrendo liberação de íons OH–:
Os íons OH– da base vão neutralizar os íons H+ do ácido, de acordo com a reação:
H+ + OH– → H2O
Portanto, haverá uma menor quantidade de H+ na solução. De acordo com o princípio de Le Chatelier, ha-
verá deslocamento de equilíbrio para a direita, aumentando a ionização do ácido.
pH e pOH
Cálculo do pH e pOH
O pH é um parâmetro utilizado para indicar se o meio reacional é ácido, básico ou neutro.
O potencial hidrogeniônico (pH) é o cologaritmo da concentração hidrogeniônica:
pH e pOH de soluções
1. Solução neutra
a 25 °C, Kw = [H+] · [OH-] = 10-14
[H+] = [OH-] = 10-7 mol/L
pH = pOH = 7
pH + pOH = 14
2. Solução ácida
a 25 °C, [H+] > 10-7 ⇒ pH < 7
[OH-] < 10-7 ⇒ pOH > 7
3. Solução básica
a 25 °C, [H+] < 10-7 ⇒ pH > 7
[OH-] > 10-7 ⇒ pOH < 7
228
Hidrólise salina
I. Sal de ácido forte e base forte: não sofre hidrólise e o pH da solução é 7.
Exemplo: NaCℓ.
Na+ + Cℓ– + H+ + OH- → Na+ + OH- + H+ + Cℓ–
Não há hidrólise porque, sendo o ácido e a base fortes, esse equilíbrio não permite sua formação e os íons
permanecem em solução.
Pode-se dizer que, nesse caso, a solução é neutra (pH = 7 a 25 °C) e não há constante de hidrólise nem
grau de hidrólise.
II. Sal de ácido forte e base fraca: sofre hidrólise e o pH da solução é menor que 7.
Exemplo: NH4Br.
O equilíbrio que se forma na solução aquosa de brometo de amônio é:
NH+4 + Br– + H+ + OH- NH4OH + H+ + Br-
Forma-se a base e há íons H+ livres na solução. A solução resultante é ácida. Repare que praticamente nada
acontece com Br-. O que ocorreu foi a hidrólise do cátion:
III. Sal de ácido fraco e base forte: sofre hidrólise e o pH da solução é maior que 7.
Exemplo: NaCN.
O equilíbrio que se forma na solução aquosa de cianeto de sódio é:
Forma-se o ácido e há íons OH- livres na solução. A solução resultante é básica. Praticamente nada acontece
com Na+. O que ocorreu foi a hidrólise do ânion:
IV. Sal de ácido fraco e base fraca: sofre hidrólise e o pH da solução pode ser superior, igual ou inferior a
7, dependendo das forças relativas do ácido e da base.
Exemplo: (NH4)2S.
O equilíbrio que se forma na solução aquosa de sulfeto de amônio é:
Como o ácido e a base são fracos, o equilíbrio está deslocado para a direita; formam-se o ácido e a base.
229
Grau de hidrólise (∆H)
Constante de hidrólise para um sal de ácido forte e base fraca
K
Kh = __w
Kb
K
Kh = __w
Ka
Kw
Kh = _____
Ka ⋅ Kb
Solução-tampão
São soluções que mantêm o pH aproximadamente constante, mesmo que elas venham a receber ácidos ou bases
fortes. As soluções-tampão são geralmente formadas por um ácido fraco e um sal desse ácido ou por uma base
fraca e um sal dessa base. As soluções-tampão são usadas sempre que um químico necessita de um meio com pH
aproximadamente constante. Elas são preparadas com a dissolução dos solutos em água.
– log Ka pode ser chamado de pKa, portanto, pKa = – log Ka. Quanto menor o pKa, maior o Ka, o que faz com que
seu grau de ionização seja maior, logo, o composto será mais ácido. Quando um tampão é preparado com concen-
trações iguais do ácido e do ânion, o pH é igual ao pKa desse ácido (pH = pKa)
230
Produto de solubilidade
Constante do produto de solubilidade Kps
Como achar a expressão de KPS?
1. Escreva a equação de equilíbrio devidamente balanceada; e
2. Escreva a expressão da constante de equilíbrio sem considerar o sólido precipitado.
Observe estes exemplos.
Observe: as concentrações molares que aparecem na expressão de KPS, sempre correspondem às concen-
trações da solução saturada pelos íons que estariam em equilíbrio com o precipitado.
Exemplo
Cloreto de prata sólido, AgCℓ adicionado em água pura a 25 ºC.
O sistema é deixado em repouso por alguns dias para que se tenha certeza de que foi alcançado o equilíbrio
entre o sólido e os íons Ag+ e Cℓ– em solução.
Uma análise mostra que a concentração de Ag+ é de 1,34 × 10-5 mol/L.
Qual é o Kps do cloreto de prata?
Observe: a concentração de íons prata corresponde à concentração existente na solução saturada, ou seja,
corresponde à concentração de íons que existe no equilíbrio de solubilidade.
AgCl(s) Ag+(aq) + Cℓ–(aq)
231
Substituídos na expressão os valores apresentados na tabela, obtém-se.
A expressão do KPS é utilizada apenas para soluções saturadas de eletrólitos considerados insolúveis, porque
a concentração de íons em solução é pequena, o que resulta soluções diluídas.
O KPS é uma grandeza que só depende da temperatura. Quanto mais solúvel o eletrólito, maior a concentra-
ção de íons em solução, maior o valor de KPS. Quanto menos solúvel o eletrólito, menor o valor de KPS, desde
que as substâncias comparadas apresentem a mesma proporção entre íons.
Exemplo
Foram misturados volumes iguais de Pb(NO3)2 0,2 mol/L e Kℓ 0,2 mol/L. Haverá formação de um precipitado
de Pbℓ2?
Dado: KPS do Pbℓ2 = 1,4 · 10-5
Solução: concentração de cada íon em solução:
Se as duas soluções forem misturadas, o volume da solução final duplicará; portanto, as concentrações de
Pb2+ e I- caem pela metade.
A equação iônica que representa a precipitação é:
Uma vez que seu inverso representa a dissolução do PbI2, ao alcançar o equilíbrio haverá:
O Qps é calculado em razão da concentração de íons misturados. A precipitação ocorre se QPS for maior ou
igual ao KPS.
Neste caso:
232
U.T.I. - Sala
1. (Fac. Santa Marcelina) Um estudo publicado pela revista Nature aponta que a quantidade de me-
tano (CH4) liberada por alguns poços de gás de xisto (cuja composição química padrão apresenta,
além de outros compostos, o óxido de ferro (III) e o óxido de alumínio) seria cerca de 4 vezes
maior que o previsto, o que o tornaria uma fonte de energia emissora de gás de efeito estufa tão
nociva quanto o carvão. A combustão completa do metano produz outro gás estufa, o CO2 de acordo
com a reação:
CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2 H2O(ℓ)
(www.lqes.iqm.unicamp.br. Adaptado.)
a) Escreva as fórmulas químicas dos óxidos presentes na composição do xisto, sabendo que nesses com-
postos a carga do ferro e do alumínio é +3.
b) Supondo que a reação de combustão completa do metano seja elementar, escreva a expressão da lei de
velocidade dessa reação. Explique o que irá acontecer com a velocidade se a concentração do metano
for dobrada e a concentração do oxigênio permanecer constante.
4. (Usf) O sistema gasoso a seguir representa um importante equilíbrio químico existente na atmos-
fera terrestre, especialmente em regiões bastante poluídas com emissão do dióxido de enxofre que
é derivado da combustão de determinados combustíveis.
2SO2 + O2 2SO3
233
5. (Santa Marcelina) A tabela apresenta os valores da concentração de íons H+ em mol/L, medidos a
25ºC de um grupo de produtos.
Produto [H+]
Refrigerante 10-3
Alvejante caseiro 10-12,5
Vinho 10-3,5
Leite de magnésia 10-10
Cerveja 10-4,5
Produto [H+] pH
Refrigerante 10 -3
6. (Ufpr) Pesquisadores de Harvard desenvolveram uma técnica para preparar nanoestruturas auto-
-organizadas na forma que lembram flores. Para criar as estruturas de flores, o pesquisador dis-
solveu cloreto de bário e silicato de sódio num béquer. O dióxido de carbono do ar se dissolve
naturalmente na água, desencadeando uma reação que precipita cristais de carbonato de bário.
Como subproduto, ela também reduz o pH da solução que rodeia imediatamente os cristais, que en-
tão desencadeia uma reação com o silicato de sódio dissolvido. Esta segunda reação adiciona uma
camada de sílica porosa que permite a formação de cristais de carbonato de bário para continuar
o crescimento da estrutura.
(“Beautiful "flowers" self-assemble in a beaker”. Disponível em <https://www.seas.harvard.edu/
news/2013/05/beautiful-flowers-self-assemble-beaker>. Acesso em 10 ago. 2013)
a) Suponha que num béquer foram dissolvidos cloretos de bário, cálcio e estrôncio de modo que as con-
centrações de cada sal é igual a 1 µmol ∙ L-1. Com a dissolução natural do gás carbônico do ar, qual
carbonato irá primeiramente cristalizar?
b) Num béquer há uma solução 1 µmol ∙ L-1 de cloreto de bário. Calcule qual a concentração de íons car-
bonato necessárias para que o cristal de carbonato de bário comece a se formar.
234
U.T.I. - E.O. FeO(s) + CO(g) Fe(s) + CO2(g) DH0 > 0
235
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO a) Distribua as amostras de 1 a 5 na escala de
pH abaixo.
AR MAIS LIMPO
Escala de pH
O ar que os paulistanos respiram está menos
poluído. Um estudo recente feito por cientis-
tas do IAG/USP revelou que, nos últimos 30
anos, caiu consideravelmente a concentra-
ção de acetaldeído na atmosfera da Região
Metropolitana de São Paulo. Esse poluente,
que faz parte do grupo dos aldeídos, é libe-
rado principalmente pelo escapamento de
veículos movidos a etanol. Além de provocar b) Calcule a concentração de íons H3O+ em
irritação nas mucosas, nos olhos e nas vias mol/L na amostra que possui a acidez mais
respiratórias e desencadear crises asmáticas, elevada.
os aldeídos são substâncias carcinogênicas
em potencial. De acordo com os resultados TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
da pesquisa, a queda na concentração deve-
-se basicamente a dois fatores: aperfeiçoa- Grande parte dos pacientes com hiperparati-
mento da tecnologia de motores automotivos roidismo brando exibe poucos sinais de do-
e políticas públicas implementadas no país ença óssea e raras anormalidades inespecífi-
nas últimas décadas voltadas ao controle da cas, em consequência da elevação do nível do
poluição do ar. cálcio, mas apresenta tendência extrema à
(Adaptado de: Revista Pesquisa FAPESP, n. 224, p. 69)
formação de cálculos renais. Isso se deve ao
fato de que o excesso de cálcio e fosfato ab-
sorvidos pelos intestinos ou mobilizados dos
6. (Puccamp) Para responder a esta questão, ossos no hiperparatiroidismo será finalmen-
utilize o texto. te excretado pelos rins, ocasionando aumen-
a) Considere a reação de formação do acetaldeído to proporcional nas concentrações dessas
a partir da combustão incompleta do etanol. substâncias na urina. Em decorrência disso,
os cristais de oxalato tendem a se precipitar
1 O2 → CH3 – CH = 0 + H2O
CH3 – CH2 – OH + __ nos rins, dando origem a cálculos com essa
2
composição.
Utilizando os valores de energia de ligação
dados a seguir, calcule a entalpia dessa rea- 8. (Fmp)
ção e reescreva-a na forma de uma equação a) O produto de solubilidade do oxalato de cál-
termoquímica. cio (CaC2O4) a 25 ºC é 2,6 · 10-9. Determine
a concentração de íons C2O42- eliminados pela
ligação energia média
urina, sabendo-se que a concentração dos íons
C–C 347,0
cálcio presente no exame EAS (Elementos Anor-
C–H 413,0 mais e Sedimentos) é de 4 × 10-3 mol · ℓ-1 e que,
C–O 357,4 nesse caso, a urina apresenta uma solução
C=O 773,5 saturada de oxalato de cálcio.
O–H 462,3
b) A reação de hidrólise do oxalato de cálcio
está abaixo representada.
O=O 493,2
C2O42- + 2H2O H2C2O4 + 2OH-
b) Sabendo que a concentração média de ace-
taldeído medida nesse estudo foi de 5,4 par- Se um paciente tem uma dieta rica em ali-
tes por bilhão (mg/m3), calcule a concentra- mentos cítricos como, por exemplo, brócolis,
repolho, fígado, couve-flor, couve, espina-
ção desse poluente em mol/ℓ
fre, tomate, etc., bem como rica em frutas
Dados: massas molares (g/mol): H = 1,0;
como limão, morango, acerola e laranja di-
C = 12,0; O = 16,0.
ficultará a formação dos cristais de oxalato
encontrados na urina.
7. (Uscs) A tabela apresenta o pH de amostras Justifique essa dieta como tratamento ali-
de fluidos biológicos a 25 ºC mentar com base no Princípio de Le Chatelier.
Amostra pH a 25 ºC
1 Saliva 6,4 9. (Pucrj) Com o objetivo de se conhecer a con-
2 Plasma sanguíneo 7,4 centração de uma solução padrão de HCℓ,
foram pesados e dissolvidos em água desti-
3 Urina 5,0 lada 0,762 g de bórax (Na2B4O7 · 10 H2O). A
4 Suco gástrico 3,0 solução contendo essa massa de bórax reagiu
5 Suco pancreático 8,0 com 20,00 mL da solução de HCℓ segundo a
(www.uff.br) equação abaixo:
236
Na2B4O7 ∙ 10H2O(aq) + 2HCℓ(aq) → a partir da precipitação de carbonato de cál-
cio no fundo do mar durante o evento de ex-
→ 2NaCℓ(aq) + 4H3BO(aq) + 5H2O(ℓ) tinção. A análise concluiu que, durante um
período de 5 mil anos, a água do mar chegou
Considere: M(Na2B4O7 ∙ 10 H2O) = 381 g mol-1 a ficar 10 vezes mais ácida devido ao gás car-
a) Calcule a concentração da solução padrão de bônico dissolvido, devido a um evento de vul-
HCℓ, em quantidade de matéria (mol-1). canismo nos continentes da época. A acidez
b) Calcule o pH da solução resultante da reação é letal para diversas criaturas marinhas, pois
entre quantidades estequiométricas de HCℓ dificulta a absorção de cálcio.
(Adaptado de: Revista Pesquisa FAPESP, n. 232, p. 15)
(ácido forte) e NaHO (base forte), ambos os
reagentes preparados em meio aquoso.
11. (Puccamp) Para responder a esta questão,
Considere: KW = 1,0 × 10-14
utilize o texto.
c) Uma amostra de soda cáustica comercial
a) A água do mar, atualmente, possui pH ≅ 8.
pesando 0,1100 g foi dissolvida em água
Segundo o texto, ao ficar dez vezes mais áci-
destilada. Calcule a porcentagem em massa
da devido ao gás carbônico dissolvido, qual
de NaOH na amostra a partir da informação
a concentração de íons a que a água do mar
de que todo o hidróxido de sódio, no meio
chegou? E qual era o valor do pH? Demons-
aquoso, reagiu exatamente com 20,00 mL de
tre seus cálculos.
uma solução padrão de HCℓ 0,1000 mol/L.
b) A formação do carbonato de cál-
HCℓ(aq) + NaOH(aq) → H2O(ℓ) + NaCℓ(aq) cio sólido está representada a seguir:
Ca2+(aq) + CO2-3(aq) → CaCO3(s)
10. (Ufg) O extrato de amora pode funcionar Sabendo que a solubilidade do
como um indicador natural de pH, apresen- CaCO3 = 1,3 × 10-4 g/100 mℓ de água, a
tando diferentes colorações de acordo com o 18 ºC e que a concentração de íons Ca2+(aq),
caráter ácido ou alcalino das soluções, con- na água do mar, é de 0,4 g/ℓ, calcule a mas-
forme demonstrado na tabela a seguir. sa de CaCO3(s) que pode ser obtida a partir de
1.000 ℓ de água do mar, nessa temperatura.
pH Cor
1–2 Rosa 12. (Ufpr) Óleos vegetais, constituídos por
triacilgliceróis (triéster de glicerol e áci-
3–6 Lilás
dos carboxílicos de cadeia alquílica longa),
7 – 10 Roxo são matérias primas em diversos setores. O
11 – 12 Roxo-azulado óleo vegetal pode ser submetido à reação de
13 Azul transesterificação com álcool etílico, na pre-
sença de catalisador ácido (R1 do esquema),
14 Amarelo
formando glicerol e ácidos graxos, que cor-
A partir das informações apresentadas, responde ao biodiesel, ou à reação de hidro-
a) calcule o pH e indique a cor de uma solução de genação (R2), na presença de catalisador de
Ca(OH)2 preparada na concentração de 0,050 MoS2, levando à formação de uma mistura de
mol∙L-1 na presença do indicador natural; alcanos, gás carbônico e água. No esquema
b) calcule o pH e indique a cor resultante após simplificado a seguir, estão ilustrados estes
a mistura de 10 mL de Ca(OH)2 0,100 mol∙L-1 dois processos em reações não balanceadas.
com 30 mL de H2SO4 0,100 mol∙L-1 na pre- A fim de simplificação foi considerado um
sença do indicador natural. triacilglicerol imaginário e que as reações R1
e R2 formam apenas os produtos indicados.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
REGISTROS DE UM MAR LETAL
Uma análise química de rochas calcárias co-
letadas nos Emirados Árabes é o indício mais
contundente até agora de que o pior evento
de extinção em massa da Terra pode ter sido
causado pela acidificação dos oceanos − o
mesmo processo que o excesso de gás carbô-
nico produzido pela humanidade provoca nos
mares. O evento aconteceu há 250 milhões
de anos, quando 90% das espécies biológicas
foram extintas, especialmente as de vida ma-
rinha. Uma equipe internacional de geólogos
analisou o conteúdo de isótopos de boro e de
outros elementos de rochas que se formaram
237
Dados: entalpia média de ligação (kJ ∙ mol-1)
C–H 413
C–C 348
C–O 358
O–H 463
C=C 614
C=O 799
O=O 495
Massa molar (g/mol): C = 12, O = 16, H = 1
a) Do ponto de vista de poder calorífico, isto
é, a quantidade de energia (por unidade de
massa) liberada na oxidação de um determi-
nado combustível, qual dos processos (R1 ou
R2) gera um melhor combustível? Justifique.
b) Por meio das entalpias de ligação, calcule a
entalpia de combustão do propano.
238
Note e adote:
Para a reação dada, KC – 250 a 1000 ºC
15. (Ufjf) A síntese da amônia foi desenvolvida por Haber-Bosh e teve papel importante durante a
1ª Guerra Mundial. A Alemanha não conseguia importar salitre para fabricação dos explosivos e,
a partir da síntese de NH3, os alemães produziam o HNO3 e deste chegavam aos explosivos de que
necessitavam. A equação que representa sua formação é mostrada abaixo:
a) A partir da equação química para a reação de formação da amônia, descrita acima, e sabendo que a
reação apresenta DH < 0 o que aconteceria com o equilíbrio, caso a temperatura do sistema aumen-
tasse?
b) Calcule a variação de entalpia da formação da amônia, a partir das energias de ligação mostradas na
tabela a seguir, a 298 K:
c) Suponha que a uma determinada temperatura T foram colocados, em um recipiente de 2,0 litros de
capacidade, 2,0 mols de gás nitrogênio e 4,0 mols de gás hidrogênio. Calcule o valor da constante de
equilíbrio, Kc, sabendo que havia se formado 2,0 mols de amônia ao se atingir o equilíbrio.
d) Considere que a lei de velocidade para a reação de formação da amônia é v = k [H2]3 [N2]. Calcule
quantas vezes a velocidade final aumenta, quando a concentração de nitrogênio é duplicada e a de
hidrogênio é triplicada, mantendo-se a temperatura constante.
16. (Fmj) O álcool isopropílico desempenha papel fundamental como antisséptico e desinfetante de-
vido ao seu custo reduzido, baixa toxicidade e facilidade de aquisição e aplicação.
(www.anvisa.gov.br. Adaptado.)
O álcool isopropílico pode ser convertido em acetona pelo processo descrito pela equação, com
rendimento de 90%.
Cu(s)
(CH3)2CHOH(g) → (CH3)CO(g) + H2(g)
Experimentos 1 2 3 4 5 6
Tempo (min) 0 30 60 90 120 150
[(CH3)2CHOH](mol ∙ L-1) 5 × 10-2 4 × 10-2 2,5 × 10-2 2 × 10-2 1,5 × 10-2 1 × 10-2
239
a) Desenhe a curva representativa dos dados da Esse sistema sob determinadas condições
tabela no gráfico abaixo e explique por que os atinge o seguinte equilíbrio
valores da velocidade de consumo do álcool,
em mol ∙ L–1 ∙ min–1 são diferentes nos inter-
CO2(g) + C(s) 2CO(g)
valos de 0 a 30 minutos e de 30 a 60 minutos.
onde se observa que:
§§ a fase gasosa tem comportamento de gás
ideal;
§§ o volume de carvão mineral final é des-
prezível;
§§ a 1100 K a constante de equilíbrio da re-
ação é Kp = 22;
§§ a 1000 K a massa específica da fase gaso-
sa no reservatório é igual a 14 g/ℓ
b) Considere que as massas molares do álcool Com base nessas informações, calcule a cons-
isopropílico e da acetona são, respectiva- tante de equilíbrio, Kp, da reação a 1000 K.
mente, 60 g∙mol-1 e 58 g∙mol-1. A partir de Estabeleça se a reação entre o CO2(g) e o C(s) é
180 g de álcool isopropílico com 100% de exotérmica ou endotérmica, justificando sua
pureza, calcule a massa, em gramas, de ace- resposta.
tona obtida no processo descrito pela equa-
ção. 19. (Ime) Determine o pH no ponto de equiva-
lência da titulação de 25,0 mL de ácido hipo-
17. (Unicamp) Uma solução de luminol e água cloroso aquoso (Ka = 3 ∙ 10-8) com concentra-
oxigenada, em meio básico, sofre uma trans- ção 0,010 mol/L, com hidróxido de potássio
formação química que pode ser utilizada 0,020 mol/L, realizada a 25 ºC
para algumas finalidades. Se essa transfor- Dados: log 2 = 0,30 log 3 = 0,48.
mação ocorre lentamente, nada se observa
visualmente; no entanto, na presença de pe- 20. (Uerj) O formol, uma solução de metanal,
quenas quantidades de íons de crômio, ou frequentemente utilizado em cosméticos,
de zinco, ou de ferro, ou mesmo substâncias vem sendo substituído pelo ácido glioxílico.
como hipoclorito de sódio e iodeto de po- No entanto, a decomposição térmica desse
tássio, ocorre uma emissão de luz azul, que ácido também acarreta a formação de meta-
pode ser observada em ambientes com pouca nal, de acordo com a seguinte equação:
iluminação.
a) De acordo com as informações dadas, pode-
-se afirmar que essa solução é útil na identi-
ficação de uma das possíveis fontes de con-
taminação e infecção hospitalar. Que fonte
seria essa? Explique por que essa fonte po-
deria ser identificada com esse teste.
b) Na preparação da solução de luminol, geral- Veja, abaixo, as energias das ligações nas
mente se usa NaOH para tornar o meio bá- moléculas participantes da reação:
sico. Não havendo disponibilidade de NaOH,
pode-se usar apenas uma das seguintes subs- Ligação
Energia de ligação
tâncias: CH3OH, Na2CO3, Aℓ2(SO4)3 ou FeCℓ3. (kJ ∙ mol-1)
Escolha a substância correta e justifique, do C-C 348
ponto de vista químico, apenas a sua escolha. C=O 744
C-H 413
18. (Ime) Em um reservatório de volume de 60ℓ
C-O 357
submetido a vácuo, introduz-se uma mistu-
ra física de 79,2 g de gelo seco, solidificado O-H 462
em pequenos pedaços, com 30 g de carvão
Considere a decomposição de 1ℓ de uma
mineral em pó, conforme a representação a
solução aquosa de ácido glioxílico, na con-
seguir.
centração de 0,005 mol ∙ ℓ-1. Assumindo
que todo o ácido glioxílico foi decomposto,
calcule, em quilojoules, a energia absorvida
nesse processo.
Aponte, ainda, o número de oxidação do car-
bono na molécula de metanal.
240