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Gonzaga Pereira
Magda Teixeira
22 de maio de 2022
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Após ter realizado várias pesquisas, conseguiu-se concluir que, entre uma esmagadora
maioria de autores, a opinião, que mais surge ao de cima, sobre o conceito de soberania, é
que este se encontra datado e que não corresponde com às necessidades do plano mundial nos
dias de hoje.
Tendo isto em conta, neste trabalho de pesquisa, tem-se como objetivo expor como
surgiu o conceito de soberania, conceito esse que é descrito como datado pela maioria dos
de Karen Gevorgyan,
independente e livre de intervenção externa por parte de outras entidades [“property and the
Sendo que, a título de robustecer o poder do rei de França, o francês, Jean Bodin,
durante o século XVI, serviu-se do conceito de soberania dando início a uma melhor
eficiente para atribuir ao conceito de soberania um significado mais a par com os dias de hoje
foi Thomas Hobbes, 1588 a 1679. Ele afirma que a capacidade absoluta para legislar devia
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estar posta em alguma pessoa ou, também, num grupo. Caso essa autoridade fosse repartida,
O facto de se ter concluído que o estado tem a sua génese um contrato social, entre os
seus cidadãos, que consiste em que sejam confiados, a um governo, pela população, os
devidos poderes para que se encarregue da defesa de todos deve-se a Locke (Inglaterra, 1632
Isto impulsionou o crescer de uma fundamentação sobre soberania popular que viria a
indispensável e única à nação, ou seja, ninguém, à exceção da própria, pode dispor dela. Estes
Desta forma, é a junção da ideia da soberania nacional com a popular traz à luz uma
nação personificada num estado estruturado, que dispõe do poder, e não uma população
caracterizado nos dias de hoje, começou com o tratado de Vestefália em 1648, tratado esse
que serviu para pôr fim á guerra dos trinta anos na Europa onde, o autor, aponta que foi um
sob o seu território e respetivos cidadãos, passando a ser conhecidas como estados-nação.
soberania “Vestefaliana”.
Sendo que não existe uma instância superior aos estados podemos ver que uns
como para evitar ter que dar explicações sobres os “infringimentos” internacionais. No
entanto, a soberania perde o seu significado pois, os países mais fortes, conseguem exercer a
sua influência sobre outros mais fracos, negando-lhes, assim, a sua soberania.
relações internacionais pois, como diz Jackson, o conceito de "igualdade de nações", pode ser
abusado e, por vezes, disfuncional e irrealista, tal como na indução de "consenso" como
internacionais e, embora esse sistema de votos direcione mal as ações dessas instituições, o
consenso, por sua vez, pode muitas vezes conduzir à paralisia, prejudicando a coordenação
adequada e outras tomadas de decisão. Esse conceito de “igualdade das nações” está ligado á
soberania pois, esta fomentou a ideia de que não há poder superior aos estados-nação, pelo
que a sua "soberania" nega a ideia de que há um poder superior, estrangeiro ou internacional,
a menos que consentido pelo estado ["sovereign ty" implies a right against interference or
definição do estatuto e dos direitos dos estados-nação bem como dos seus funcionários
homens e funcionários.
Sendo assim, concluímos que, ainda que não seja totalmente descartável, o conceito
cada vez mais vai evoluindo, visto que os países se refugiam nela a fim de não perderem o
seu poder e proteção, consequentemente fazendo com que o progresso desejável para a
permitisse uma verdadeira entidade superior aos estados capaz de se impor e para tal, uma
das questões fulcrais seria, sabendo que essa realidade afetaria as liberdades individuais dos
seus integrantes a nível interno, quando é que essa entidade teria legitimidade de se impor
contra um estado?
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Referências
https://scholarship.law.georgetown.edu/facpub/110
https://www.ysu.am/files/Karen_Gevorgyan.pdf