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Nome: Wallace Aparecido Quadros de Oliveira

Matrícula: 201903080771

Matéria: Ciência Política

Caso concreto 2

O Contratualismo possa ser considerado um tipo de teorização bastante cara não somente ao
campo da chamada Ciência política, mas também à Filosofia e ao Direito, é difícil precisar e
delimitar sua área de alcance. Embora os principais contratualistas sejam oriundos do campo
da filosofia (como se sabe, Hobbes, Locke e Rousseau são nomes consagrados no campo
filosófico), a teoria construída se estende largamente por todas as demais áreas citadas.

Assim, o contratualismo, como uma linha teórica abrangente, tem por pretensão analisar os
fundamentos que explicam o surgimento da sociedade, do Estado, bem como aqueles que
justificam a autoridade política. Porém, ao seguirmos este caminho, acabamos,
consequentemente, por nos defrontar com conceitos fundamentais da área da Política, que
adquirem sentido quando associados às premissas teóricas do contratualismo. (Livro do
Proprietário: Ciência política / Marcelo Machado Lima ; Guilherme Sandoval Góes.

Rio de Janeiro : SESES, 2015, pag. 46)

Diante do texto acima e, de acordo com o que você apreendeu da leitura referente à Aula

2, responda:

Para Hobbes o estado de natureza é de paz? Justifique sua resposta.

R: Não. Hobbes pregava que o estado natural era de conflito, pois os homens são maus por
natureza. Quando se há disputa a força é utilizada para realizar a conquista.

Para Hobbes o pacto seria de submissão ou de cooperação entre os indivíduos e o governante?


Justifique sua resposta.

R: No aspecto mais superficial, o pacto social seria de submissão dos indivíduos em


relação ao governante. Isto se dá pela ideia de que é necessário que o Estado detenha o poder
da violência de modo a coibir, absolutamente, que um indivíduo desrespeite os direitos dos
outros.

Qual a finalidade do Estado em Hobbes? Justifique sua resposta.

R: É o poder comum e absoluto, capaz de defender o homem e ditar regras para um


bom convívio em sociedade.
Caso Concreto 3

Também em Locke, a teoria contratualista pressupõe a existência de um estado natural,


contudo sua existência, diferentemente do que dissemos em Hobbes, parece ser uma
realidade e não uma ficção. A família e a propriedade caracterizam a existência efetiva do
estado natural, o que implica admitir que, em Locke, embora o estado de natureza seja um
momento anterior ao estado civil, ele não é pré-social, pois sua teoria não afasta a existência
de vínculos sociais espontaneamente contraídos pelos homens em busca do bem-estar
comum.( Livro do Proprietário: Ciência política / Marcelo Machado Lima ; Guilherme Sandoval
Góes.

Rio de Janeiro : SESES, 2015, pag. 47)

Diante do texto acima e, de acordo com o que você apreendeu da leitura referente à Aula

3, responda:

Para Locke o indivíduo tem direito à vida, à propriedade e à liberdade no estado de natureza?
Justifique sua resposta.

R: Sim, para John Locke entende que os indivíduos são iguais, independentes e estão
plenamente livres para decidir suas ações, dispor de seus bens e limitar os indivíduos que
possam vir a ofender os seus direitos.

A pergunta que surge e se faz relevante neste momento, então, é a seguinte: por que seria
necessário passar do estado de natureza para um estado civil, se o primeiro (diferentemente
da construção pensada em Hobbes) já teria por pressuposto os direitos à liberdade, à vida e à
propriedade? Justifique sua resposta.

R: Para John Locke, o Estado de Natureza não é apenas uma construção teórica, ele sempre
existiu. Locke entendia que no Estado de Natureza as pessoas eram submetidas à Lei da
Natureza o que era possível porque elas eram dotadas de razão. Nesta Lei da Natureza cada
indivíduo poderia julgar e isso ocasionaria em conflitos entre todos os indivíduos. Esta
arbitrariedade individual é um dos principais motivos das pessoas buscarem entrar num Estado
Civil.
Caso concreto 4

Com mais de 26 milhões de pessoas, os curdos formam a maior nação do mundo sem Estado.
Essa nação está distribuída nos territórios da Armênia, Azerbaijão, Irã, Iraque, Síria e Turquia.
Nesse sentido, esse grupo étnico reivindica a criação de um país próprio, denominado
Curdistão.(https://alunosonline.uol.com.br/geografia/oscurdos.html

Pergunta-se:

Podemos afirmar que os curdos formam um Estado, mesmo sem ter um território?Justifique
sua resposta.

R: Não, eles são considerados uma nação. Os cursos são culturalmente e linguisticamente
relacionados aos povos iranianos onde em sua maioria falam o idioma curso. Assim formal
uma nação pois, Estado é formado por uma sociedade que vive em um determinado território
subordinada a uma autoridade soberana.

Caso concreto 5
A caravana de milhares de migrantes da América Central que segue rumo aos EUA continua
atravessando o México e desafiando os governos dos dois países.

No domingo, a massa humana chegou à cidade de Tapachula, a aproximadamente 37 km da


fronteira do México com a Guatemala.

Sob pressão do presidente americano, Donald Trump, as autoridades mexicanas tinham


tentado impedir a caravana de cruzar a ponte que liga os dois países, mas os imigrantes
conseguiram chegar ao México por barco, atravessando o rio Suchiate.(
https://www.bbc.com/portuguese/internacional-45947234)

Considerando a situação hipotética apresentada, responda, de forma fundamentada, aos itens


a seguir.

1.Qual a diferença entre o conceito de Povo e nação? Justifique sua resposta.

Os imigrantes da América Central que seguem rumo aos EUA, caso consigam adentrar em
território americano, serão considerados, população ou povo americana? Justifique sua
resposta.

R:

Povo é a população do Estado considerada sob o aspecto puramente jurídico, sendo


constituído por um grupo de pessoas entendidas em sua integração em uma ordem estatal
determinada. Nação é constituída por uma população que partilha a mesma origem, língua,
religião e/ou cultura, ou seja, são pessoas que possuem uma história e identidade comuns. O
conceito de nação, portanto, é mais amplo e complexo do que o conceito de povo. População,
pois não possuiriam direitos por estar em situação ilegal.

Caso concreto 6
O conceito de soberania é teoricamente bastante complexo e tem variado no decorrer do
tempo, suscitando uma grande quantidade de acepções conceituais. Podemos, de qualquer
forma, extrair que se trata de um termo que designa o poder político no Estado Moderno
estando expresso em praticamente todas as constituições modernas.

Diante do acima exposto, pergunta-se:

Diante do que está expresso no Art. 4º da Constituição Federal, é possível afirmar que o Brasil
deve considerar que a soberania sempre exterioriza a supremacia estatal?

R: Não. O art. 4º da Constituição Federal, traz outros princípios, incluídos: a igualdade entre os
Estados, cooperação entre os povos, defesa da paz e solução pacífica dos conflitos. Esses
princípios devem prevalecer em detrimento da soberania nacional indistinta, porque em sede
de Direito Internacional, todos os Estados são iguais.
Caso concreto 7

Considere a hipótese:

O Premier da Alemanha propõe que a Comunidade Européia se transforme em uma federação


enquanto que o Premier da França contrapropõe que ela se transforme em uma confederação.
Ambos querem estabelecer um vínculo jurídico, entre aqueles estados europeus, mais forte
que o Tratado de Maastrich. Do ponto de vista da natureza dos vínculos jurídicos propostos, o
que os diferenciaria?

R: Confederação é a união de estados membros que se associam, onde mantem-se a


independência jurídica de controle e soberania. Federação é uma unidade. Na federação os
Estados membros não são mais soberanos, mas apenas autônomos com plena capacidade de
auto-organização político-administrativa, porém sem o direito de secessão, isto é, sem o
direito de separar-se da União.

Caso concreto 8
Após superar uma ditadura e iniciar um processo de redemocratização determinado país ?P?
resolve elaborar uma nova constituição. Embora estivesse definido que se organizariam pela
via federativa, houve uma divisão política quanto à forma de governo a ser assumida: por um
lado, os mais tradicionalistas requerendo o retorno à monarquia que deu origem ao
surgimento do país no Século XVIII; e, por outro lado, os que defendem uma república de viés
democrático, evitando estabelecer qualquer resquício personalista ao poder.

A disputa se acirra e o representante da Família Real, figura carismática e bastante conhecido


entre a população local, percebendo que os constituintes estão inclinados a estabelecer a
forma de governo republicana, passa a defender que a constituição preveja uma forma
monárquica com eleições para rei, sendo que o eleito deve governar com mandato fixo de seis
anos, além de responder politicamente pelos seus atos. Pergunta-se:

A proposta do representante da família real faz algum sentido sob a perspectiva da teoria
política atualmente estudada?

R: Não, pois a monarquia absolutista é hereditária, vitalícia e irresponsável (o rei não é


responsabilizado por seus atos).

A Constituição brasileira de 1988 permitiria uma modificação (emenda constitucional) com a


finalidade de alterar a forma de governo republicana pela forma monárquica? Pesquise e
responda.

R: Sim, a CF/88 não impede que o Brasil assuma forma monárquica de governo, pois em seu
texto não gravou a forma republicana como cláusula pétrea, apenas a forma federativa foi
considerada cláusula pétrea.

Caso concreto 9
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu nesta segunda-feira (29), em
visita à Assembleia Legislativa de Manaus, que o Brasil debata a possibilidade de mudar o atual
sistema presidencialista pelo parlamentarismo- sistema pelo qual o chefe de governo
(primeiro-ministro) é eleito pelo parlamento e pode ser destituído antes do término do
mandato (...). Nós vivemos uma crise de presidencialismo. Uma crise na qual, se o sistema
fosse parlamentarista, seria muito mais fácil de ser resolvida. O presidencialismo implica que
você elege o governante e depois só na próxima eleição você tem condições de rever sua
posição", disse. (...)

Diante da reportagem acima apresentada, procure responder as seguintes questões:

Por que razão o Presidente da Câmara afirmou que no sistema parlamentarista o Primeiro-
Ministro pode ser destituído antes do término do mandato?

R: A ideia é deixar claro que o Chefe de Governo e seu Gabinete dependem da aprovação do
Poder Legislativo (Parlamento) para se manterem no poder e, por isso, a queda do gabinete
pode ocorrer a qualquer momento, a partir de um voto de desconfiança do parlamento.

Estaria correta a afirmação do Presidente da Câmara quando afirma que no presidencialismo


ao se eleger o governante, somente na eleição seguinte o povo teria condições de rever sua
posição? Pesquise e responda de forma fundamentada.

R: Parcialmente sim, pois embora o mandato presidencial tenha prazo determinado


constitucionalmente, de quatro anos e uma vez eleito pelo povo, inexiste a destituição pelo
Congresso Nacional a partir de um voto de desconfiança ou moção de censura. Porém, tem-
se o instrumento do impeachment, no qual o Chefe do Poder Executivo pode vir a ser
destituído do cargo se condenado por crime de responsabilidade, nos termos do que
estabelece o Art. 52, II combinado com o Artigo 85, ambos da Constituição Federal de 1988.
Porém, neste caso é necessário que seja condenado por cometimento de crime político,
diferentemente do que ocorre no Parlamentarismo, em que a simples perda da confiança
pela maioria do Parlamento gera as condições políticas para a queda do Parlamento, com a
convocação de novas eleições .

O que é o recall? O Brasil adota este instituto?

R: Recall é um importante instrumento jurídico da democracia direta ou participativa,


consagrando-se o direito de revogação da representação política e possibilitando a correção
de rum o em caso de erro de escolha no período das eleições. Porém, é importante salientar
que por falta de previsão constitucional o sistema constitucional brasileiro não se utiliza desse
instituto jurídico, que daria ao eleitorado a possibilidade de revogar o mandato.

Caso concreto 10
Após inúmeras manifestações populares exigindo ampliação de participação dos cidadãos no
processo político do País ?P?, os governantes, assustados com tais eventos, dão início a uma
reforma política que tem por objetivo alterar algumas regras estabelecidas na Constituição
de ?P?. Nesta, atualmente, há previsão para que apenas os homens com idade igual ou
superior a 21 anos possam votar, sendo que a proposta é a de que o voto seja passível de ser
exercido por homens e mulheres com idade igual ou superior a 18 anos. Além desta alteração
outras mais poderão ser propostas pelos atuais parlamentares, que, simbolicamente,
representam a vontade do povo de ?P??.

Diante do quadro apresentado, e considerando a leitura de seu livro de Ciência Politica,


responda:

A alteração da idade mínima para exercício do voto pode ser considerada uma medida que
amplia o grau de democracia de ?P??

R: Considerando democracia como governo do povo, sim, pois possibilita uma inclusão maior
de participantes para a escolha de seus representantes , ou seja, aumentaria o grau de
democracia em “P”. Aumento o número de grupos elegíveis ao voto aumenta
automaticamente o nível de estado democrático.

A vontade popular manifestada por meio de parlamentares é admitida dentro de um quadro


teórico democrático? Se sim, seguindo que modelo de democracia, a dos antigos ou a dos
modernos? Justifique.

R: Sim, segue a democracia dos modernos, fundamentada em um sistema de controle e


limitação, onde a população elege quem irá representá-los.

A manifestação nas ruas pode ser considerada como exercício democrático ou a democracia
somente deve ser reconhecida pela manifestação institucional do voto? Justifique sua
resposta.

R: Sim, a manifestação não institucional observada no caso acima, respeitando premissas


básicas de respeito ao princípio da não violência, onde toda população tem direito de cobrar
quem foi escolhido para representá-los e a manifestação nas ruas é uma das formas de exercer
essa cobrança.

Caso concreto 11
Recentemente em http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/03/golpe-militar-de1964-
completa-50-anos-relembre.html foi publicada a seguinte manchete em conhecido meio de
comunicação:

Golpe militar de 1964 completa 50 anos; Foi o início de uma ditadura militar de duas décadas
no Brasil. Especialistas contam como ocorreu a tomada do poder do país pelos militares.

Como tivemos a oportunidade de estudar na disciplina História do Direito Brasileiro, o golpe


militar que deu início a uma ditadura que perdurou por 21 anos no Brasil ocorreu em um
contexto histórico de Guerra Fria, com disputa entre americanos e soviéticos por áreas de
influência. Neste sentido pergunta-se:

O regime militar implantado em 1964 pode ser classificado como um regime autocrático?
Justifique.

R: Sim. A existência de um partido único, a concentração de poder, desrespeito aos direitos


fundamentais, além da violação a liberdade representa um regime autocrático.

Em relação ao Golpe de 1964, ocorrido em um quadro de disputas por áreas de influência e


lutas ideológicas entre Estados Unidos e União Soviética, é-nos possível afirmar que os norte-
americanos representaram a defesa do regime liberal-democrático, enquanto os soviéticos
representavam a defesa das posições socialistas de cunho autoritário? Justifique.

R: Não. Não há relação obrigatória entre regime capitalista e democracia e regime socialista e
autoritarismo, tendo em vista que os Estados Unidos apoiaram a implantação do regime
militar de 1964 no Brasil e também apoiaram outros casos de regimes autoritários.

Pode-se dizer que o Brasil vivenciou a experiência totalitária no decorrer do regime militar de
1964? Justifique.

R: Neste caso não, o Brasil não vivenciou uma experiência totalitária mas sim autoritária, onde
ainda existia uma razoável liberdade econômica.

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