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Autor: Arist(Jteles
7.' edição
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e piedade. É então que introduz o "reconhecimento" e a
"peripécia". o "nó" e o "desenlace" da intriga, que devem
resultar da trama dos factos, conformemente à verosimi-
lhança e à necessidade.
E porque considera a epopeia na perspectiva teórica da
tragédia, sendo-lhe portanto aplicáveis, mutatis mutandis,
as regras precedentemente expostas, Aristóteles esboça, nos
cc. XXIII, XXIV e XXV uma breve teoria do poema épico,
terminando esta parte pela comparação da epopeia com a
tragédia, em termos que, dir-se-ia, preparam as páginas
subsequentes, que se propõe dedicar à comédia e à poesia
jâmbica.
Uma vez definida a comédia em termos análogos àqueles
em que definira a tragédia (c. VI da Poet. e Tract. Coisl.,
§ 3), isto é, posto o ridículo em lugar do austero, e o pra-
zer e o riso em lugar do terror e da piedade, procederia
depois à enumeração e definição dos elementos da comé-
dia, que são os mesmos da tragédia ( Tract. Coisl., § 7) ---
mito, caracteres, pensamento, elocução, melopeia e espec-
táculo-, dando ainda e em conformidade com o seu
conceito de artes miméticas especial relevo a certos meios
de obtenção do cómico, designadamente aos que são redu-
tíveis ao mito, e excluindo outros, por acessórios ( Tract.
Coisl., § 8). Como já dissemos, é de presumir que a exposi-
ção terminasse pelo confronto entre a arte dos comediógra-
fos e a de Homero, pela parte da poesia jâmbica que lhe
era atribuída, porquanto no I livro (c. IV, pág. 1448 b 33)
já afirmara que Homero "tal como foi supremo poeta no
género sério ... assim também foi o primeiro que traçou as
linhas fundamentais da comédia, dramatizando, não o
vitupério, mas o ridículo".
A essência da poesia, considerada como imitação de
acção austera ou ridícula- eis, por conseguinte, o pro-
blema que Aristóteles enuncia e resolve nestes dois livros,
coordenadamente com os problemas éticos e políticos e,
talvez, os físicos, que enunciara e resolvera noutros trata-
dos e subordinadamente à sua teoria geral da ciência. Não
é esta a oportunidade para tentar a prova do que em tão
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poucas linhas deixamos escrito. Queremos apenas sugerir
que, na Poética, a teoria da acção dramática está mais
próxima do que inadvertidamente se poderia supor, da teo-
ria do movimento, exposta na Física; aludir à dependência
dos juízos críticos, expressos na Poética, em relação aos
princípios estabelecidos na Ética; e lembrar que talvez não
haja outra solução do problema da catarse, além da que se
infere da Política.
OS ESCRITOS CONGfNERES
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