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1.0 Introdução....................................................................................................................1
1.1 Objectivos....................................................................................................................1
1.1.1 Geral.........................................................................................................................1
1.1.2 Específicos................................................................................................................1
3.0 Conclusão………………………………………………………………….………...9
4.0 Bibliografia……………………………….…………………………………..……10
1.0 Introdução
A história, reflexo das realizações humanas, dinâmica, o que não impede que levemos
em consideração a existência de certas convenções estéticas de que a obra participa e
que lhe dão uma certa modelização. Toda obra artística é autónoma em sua validade
estética, mas não é independente da cultura de sua época e das influências da cultura de
épocas anteriores: assim como nós, seres humanos ,que também temos as nossas marcas
genéticas e as que vamos adquirindo na nossa trajectória existencial, que nos tornam
diferentes dos outros seres com quem convivemos e, ao mesmo tempo, semelhantes a
eles ,em se tratando de elementos comuns a nossa condição humana.
“Nos livros III e X da República, Platão se refere aos géneros literários, estabelecendo
então as três categorias: poesia épica, poesia dramática e poesia lírica.
A poesia dramática, por ele chamada de mimética, era a que imitava-os homens em
acção. A poesia lírica, que não imitava os homens em acção, caracterizando-se mais por
seu aspecto subjectivo, era não mimética. A poesia épica era que participava dos dois
procedimentos anteriores ,sendo, portanto, um tipo de poesia mista (utilizava tanto
diálogo directo, quanto a narração). Posteriormente, no livro X, irá abolir essa distinção
a partir da mimeis, considerando toda poesia como mimética, isto é, como imitação da
natureza. Mas continuará a manter tripartição anterior.
1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
Desenvolver os géneros literários concebidos por alguns pensadores da
literatura.
1.1.2 Específicos
Comentar sobre a concepção do Horácio em género literário;
Definir o conceito de Literatura.
Diferenciar as diversidades dos géneros Literários
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2.0 A divisão Tripartida dos Géneros Literários.
2.1 Poética de Aristóteles Platão
Na estética platónica aparece o problema da literatura como conhecimento, embora o
filósofo conclua pela impossibilidade de a obra poética poder ser um adequado veículo
de conhecimento.
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de hieróglifos, e o poeta decifra este enigma, penetra na realidade invisível e, através da
palavra simbólica, revela a face oculta das coisas.
A Literatura é uma manifestação artística difícil de ser conceituada. Para nos ajudar a
melhor entendê-la, Aristóteles, em sua Arte Poética, definiu aquilo que chamamos de
gêneros literários. Portanto, é interessante observar que a história da teoria dos gêneros
pode ser contada a partir da Antiguidade greco-romana, quando também surgiram as
primeiras manifestações poéticas da cultura ocidental.
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2.3 Classificação dos géneros literáios
Gênero lírico: Os textos do gênero lírico, que expressam sentimentos e emoções, são
permeados pela função poética da linguagem. Neles há a predominância de pronomes e
verbos na 1ª pessoa, além da exploração da musicalidade das palavras. Estão, entre as
principais estruturas utilizadas para a composição do poema:
Elegia;
Ode;
Écloga;
Soneto.
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Não é um texto acabado e sim notas soltas usadas como lembretes de aula. Além disso,
boa parte foi perdida. Aristóteles diz que a poesia (arte) é imitação em a classifica
conforme 3 aspectos:
Meios da imitação
Objectos da imitação
Modo da imitação
Exemplos:
Seríngica – ritmo/harmonia
Dança – ritmo
Epopéia – linguagem
Aristóteles se queixava de não existir uma palavra para englobar todas as formas
poéticas (artísticas) que imitavam a linguagem. Hoje existe: literatura.
Piores – Comédia
Iguais- ?
Melhores – Epopéia/tragédia
Narrativo: Epopéia
Dramático: tragédia/comédia
Como Aristóteles não acredita no mundo das idéias, não considera errado imitar, ao
contrário, é bom, pois é fonte de prazer e conhecimento (”Por imitação o homem
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aprende”). Segundo Platão a tragédia provoca terror e isso seria ruim, incutindo o medo,
porém Aristóteles alega que a imitação purga, purifica o leitor (catarse), sendo, então,
útil.
Platão apresenta o problema de que nem tudo o que o poeta “fala” na poesia é
verdadeiro, o que é um problema para se educar homens virtuosos.
Uma das virtudes é a coragem, e o magistrado deve ser um homem livre, portanto não
deve temer a morte. Deve escolher morrer à ser escravo.
Após isso o diálogo prossegue apontando o que existe na poesia que não deve ser dito:
Não mostrar guerreiros sendo recompensados pelos seus atos, para não estimular
a ambição e a ganância.
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Heróis e deuses não devem ser retratados praticando atos ímpios
Mista
Poesia como imitação – visão negativa da poesia em Platão Para Platão a imitação é
negativa (mesmo embora a República seja uma imitação). Ele alega que uma pessoa só
consegue conhecer bem a sua própria profissão e outras coisas não sabe fazer bem,
portanto é impossível se imitar com fidelidade. Além disso, ele alega, a imitação
contínua afeta o caráter do imitador, então ele proibe o homem de caráter elevado de
imitar pessoasEntão a princípio deveria ser admitido somente a narrativa e o modo
misto. Porém, no livro X, ele acaba por concluir que toda a poesia é imitação, poi
imitação, estando dois graus longe da verdade. Assim, ele expulsa o Poeta da República
ideal.
O único discurso que deve ser mantido é aquele que leva à verdade, a filosofia. A
retórica é considerada maquiagem e também é banida.
Ela reflete o mundo sensível, que é, por sua vez, reflexo do mundo das idéias. Portanto é
imitação de
Horácio, poeta latino que viveu de 65 a.C. a 8 a.C., nasua obra Epistula ad Pisones,
considerada sua artepoética, desenvolve com segurança alguns problemasreferentes à
criação poética e, entre eles, os géneros literários. Segundo ele, o poeta deve adaptar
osassuntos tratados ao ritmo, tom e metro adequados aoestilo próprio de cada género.
Isto significa que cadatema deverá ter a sua forma própria, não se
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admitindohibridismos. A teoria poética horaciana creditava àcriação literária uma
finalidade moral e didáctica,instrumento de educação e de prazer, cujas regrasdeveriam
ser rigidamente respeitadas, segundomodelos ideais.
Horácio concebe o género literário como conformado por uma determinada tradição
formal, na qual avulta o metro, por uma determinada temática e por uma determinada
relação que, em função de factores formais e temáticos, se estabelece com os receptores.
Horácio foi deste modo conduzido a conceber os géneros como entidades perfeitamente
distintas, correspondendo a distintos movimentos psicológicos, pelo que o poeta deve
mantêm – los rigorosamente separados, de modo a evitar, por exemplo, qualquer
hibridismo entre o género cómico e o género trágico. Assim se fixava a famosa regra
da unidade de tom, de tão larga aceitação no classicismo francês e na estética
neoclássica, que prescreve a separação absoluta dos diversos géneros. Horácio concebia
portanto os géneros literários como entidades perfeitamente diferenciadas entre si,
configuradas por distintos caracteres temáticos e formais, devendo o poeta mantê-los
cuidadosamente separados, de modo a evitar, por exemplo, qualquer hibridismo entre o
génerocómico e o género trágico.
Horácio concebe o gênero literário como correspondendo a uma certa tradição formal e
sendo simultaneamente caracterizado por um determinado tom. Que o gênero define-se
mediante um determinado metro, por exemplo, e mediante um conteúdo específico.
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3.0 Conclusão
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4.0 Bibliografia
BERRIO, Antônio Garcia; Fernandez, Teresa. Poética: tradição e modernidade. São
Paulo: Littera Mundi, 2000.
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