Você está na página 1de 13

7 IT 2023

Tiago Drummond Borges

Topicos em Esstudos Classicos


Literatura na Antiguidade: teoria e pratica

As Artes Poeticae, um dialogo de séculos.

[J Liseos UNIVERSIDADE
DE LISBOA
FACULDADE
DE LETRAS
As Artes Poéticas sto ramerosas na historia da literatura europeia, e nomes como
Candido Lusitano e Nicolas Boileau enalteceram, no classicismo do século XVIII, uma
tradicao que tinha ja inumeros antecedentes. Na realidade, se analisarmos o conteudo
destes numerosos textos podemos concluit que qualquer texto tedrico dedicado a pratica
poética ou literaria pode ser denominado uma ars poética. Desta forma € possivel incluir
nesta tradicao uma grande quantidade de textos medievais e modernos, a Ars versificatoria
de Mathieu de Vendome no século XIII, ou 0 De Vuleart Eloquentiae de Dante no século
XIV sao 6ptimos exemplos, mas também a Art Poéugue de Paul Verlaine no século XIX,
e mesmo o poema em doze versos de Raymond Queuneau, Pour un art poéhque, ja no
século XX. Assim podemos considerat que a ars poetica, com o seu importante peso na
tradicao literaria europeia, e a sua grande diversidade de formas, tem ja os contornos de
um género independente. No entanto, ao contrario da grande maioria das categorias
literarias, actuais ou defuntas, este género tem uma origem muito clara; na génese desta
tradicao encontram-se dois autores classicos: Aristdteles e Horacio, um grego, e um
latino. E porqué dois? Com o Ileol zomtixye, a literatura é analisada seguindo os mesmos
preceitos aristotélicos que regem toda a obra filosdfica deste autor. A poesia é definida,
os géneros delimitados, a lingua regrada, e um olhar de cientista disseca a poesia cultivada
e admirada na Grécia do século IV a.C. A tradicao fundada por esta obra é, contudo,
distincta do legado que deixaram escritos como a Fésica ou a Erica; principalmente porque,
quando Horacio publica a sua Ars, comeca um dialogo entre estas duas obras que as uniu
na historia. Doravante, torna-se muito dificil ler uma sem ler a outra, pois estes autores
deixam, com estas obras, um legado conjunto.

Evidentemente, para estas obras funcionarem em conjunto, € necessaria uma base


tedrica comum. O texto grego é¢ fundamental neste aspecto porque, como ja referido, o
olhar de Aristételes ¢ absolutamente cientifico, e procura dar a poesia uma definicao clara
e concisa, e por isto mesmo 0 fildsofo abre o seu texto com uma interrogacao em volta
do conceito de literatura, que até entao permanecia «&vavupog». O termo zomntie é,
segundo Aristoteles, associado a qualquer obra escrita e a qualquer criacao linguistica,
fazendo de tudo isto zoinoic. De facto, neste contexto a diferenca entre Homéro e
Tucidides é conceptualmente pouco clara. A solucao fornecida é, portanto, limitar nesta
obra o objecto de estudo com um termo igualmente empregado por Platao: wiunorc. Ea
Liunoic Ou a tepresentacao que deleita o leitor, e é entao esta mesmo que distingue os
textos propriamente poéticos de textos retoricos por exemplo, embora ambos facam um
uso intenso das possibilidades literarias da lingua. Ao dizer « Non satis est pulchra esse
poemata [...]» (v.99), Horacio alinha-se com o conceito de pipyoic tal como este €
desenvolvido, nao em Platao, mas em Aristdteles. Ao contrario do que se lé na Repabiica,
a uiunoic Nao tem, nestes autores, uma conotac¢ao negativa, é apenas um mecanismo
fundamental da arte poética. Esta afiliacao filosofica entre as duas artes poéticas explica a
forte ligacao que estes dois textos demonstram na tradic¢ao, de facto, a escolha de
Horacio no tema e forma deste texto evidencia a relacao estreita deste autor com o seu
antepassado grego.

Essencial para entender a coesao destes dois autores a este respeito, é a metafora a
qual ambos recorrem repetidamente nos seus textos: a escrita como pintura. Elemento
transversal nas duas Poéticas, a compatacao a pintura é extremamente apta a esta nascente
definicao da literatura. Ao contrario das outras attes, como a musica e a dang¢a,
fundamentalmente abstractas, a poesia e a pintura procuram imitar o real, e a relacao da
obra com a realidade define a sua eficacia perto do seu leitorado ou audiéncia. A presenga
desta comparacao nos dois autores prova a continua importancia desta ideia na literatura
antiga. Ao imitar este recurso estilistico, Horacio insere-se na tradi¢ao aristotélica, a qual
pertencia certamente pela sua educacao filos6fica, e reafirma como sua a ideia de
literatura criada por Aristdteles. A representacao esta, no entanto, subjugada a um
objectivo especifico: suscitat a emocao. E esta capacidade de mover os ser humano que
da a literatura o seu peso na sociedade. ‘Tal como ja visto em Platao, esta influéncia é
reconhecida como primaria na educacao dos mais jovens, e alias Aristdteles avanca a
aprendizagem como elemento do prazer provocado pela representacao. No entanto, a
literatura nao é subjugada, como na Republica, ao seu poder politico, e o caracter pratico
destes textos demonstra que a atte poética nao inspira medo ou desconfianca. O debate
entre platonismo e aristotelismo que definiu o discurso filos6fico europeu durante varios
séculos é, entao, alheio a tradigdo deixada pelas artes poéticas. A realidade é que estes
textos tém uma ligacdo mais forte a pratica poética tal como esta existe, e nao a sua
idealizacao.

Ademais, nao podemos assinalar apenas o conceito restricto de poesia como


factor de uniao destes dois textos; pela estrutura da Ars de Horacio, é evidente que este
teve um contacto directo com o original grego. A primeira parte do texto latino (v. 1-366)
Ou seja, a maior parte do poema, assemelha-se a um resumo do texto grego; e,
adaptando-se a uma forma mais breve, as preocupacoes de Aristoteles fazem-se ouvir na
métrica horaciana, e é analisada a ordem da narracao, a escolha do metro, 0 uso correcto
de personagens miticas, a construcao mais eficaz das personagens, a rejeig¢ao do deus ex
machina, a utilizacao mais fructifera do coro no teatro e encontramos mesmo um reflecgao
sobre os erros mais comuns entre escritores. Todos estes elementos estao presentas no
texto gtego. Podemos entao constatar que a estrutura argumentativa e tedrica destes
textos €, grosso modo, a mesma, tal como as suas categorias literarias. Ademais, ha nos dois
textos uma enfase dada a tragedia e a epopeia. Embora isto possa fazer sentido no texto
grego, ja nao é um processo muito adequado a Horacio, pois este nao é conhecido por
cultivar este género de textos. Logo, esta escolha é evidentemente mais uma questao de
tradicao, uma tradicao que tera impacto na literatura europeia até ao século XIX, e que
demonstra que os autores antigos escreviam sempre com consciéncia dos autores que os
tinham precedido. No entanto, devemos notar que Horacio escolhe, dentro da obra
gtega, o que lhe parece mais util para um escritor. O lado mais cientifico da Poética de
Aristdteles é apagado, e a defini¢cdes das diferentes partes da tragédia ou epopeia, dos
tipos de personagens sao reduzidos, e permanecem principalmente conselhos praticos
pata a criacao de uma obra literaria. Horacio usa fortemente o texto de Aristdteles, e ao
selecionat apenas o que lhe interessa, depende da cultura literaria do seu leitor para
preenchetr o seu texto com as partes ausentes do sistema aristotélico.

Isto dito, a obra de Horacio apresenta elementos absolutamente inovadores. Isto


resulta na realidade da diferenca na relacao que os dois autores tém 4 literatura. Onde
Aristdteles é um tedrico puro, e estuda a literatura da mesma forma que estuda a fisica ou
a ética, com uma grande preocupacao de definicao, Horacio é um criador. A propria
forma dos textos é altamente divergente, e a Ars Poetica nao é um tratado filosdfico, é na
tealidade uma epistola, uma carta escrita de um autor a outro. Esta realidade explica a
eliminacao de grande parte da argumentacao tedrica, e a escolha de um texto em verso,
mais pratico, e mais breve. Ao contrario do texto aristotélico, que ¢é recomposto a partir
de aulas dadas oralmente, o texto horaciano tem uma forma fixa e tet6rica. E, embora a
retorica seja secundaria neste estudo da literatura, a forma que toma a exposic¢ao da teoria
do autor é, em si, uma prova de virtuosismo literario. Mas é ainda mais importante
salientar que Horacio nao procura redefinir a literatura, uma vez que 0 seu antecessor Ja o
tinha feito, o grande contributo de Horacio nesta obra é a definicao de uma nova estética.
Ideias como a brevidade necessaria a literatura, o Amae labor, e mesmo a reiteracao do
valor educativo da poesia pertencem a ume estética que ainda nao se tinha formado no
tempo de Aristoteles. Falamos evidentemente da estética alexandrina, cujos preceitos
entram em directo confronto com muitos dos textos citados por Aristdteles, a epopeia
por exemplo, é, a partir do século III a.C, pouco cultivada, e evidentes excegdes como a
Argonautica de Apolonio de Rodes e a Exneida de Vergilio redefinem as regras tradicionais
deste género. Além disto, torna-se um lugar-comum na literatura a recusatio do tema
bélico. A mesma metafora pictérica que une os dois textos é lida de maneira diferente no
contexto alexandrino, que valoriza a sinestesia como processo estilistico.

Assim, vemos como estes dois textos enriquecem-se mutuamente. Enquanto o


trabalho tedrico é essencialmente devido a Aristoteles, a insercao destas ideias no mundo
literario, com uma forma mais elabora e adaptada a uma estética particular reinterpreta
este texto e dota-o de uma forte ligacao com a pratica literaria tanto na antiguidade, como
na tradicao literaria europeia. Horacio comeca uma tradicao de reescritura e de reinsercao
do texto grego que se mantera relevante até ao século XX. No entanto, devemos também
notar, que a plasticidade desta tradicao provem do facto que a forma alexandrina que
Horacio da a este texto convida, de certa forma, a tefuta-lo. O sistema aristotélico
reconfigurado por Horacio mantem essencialmente os elementos mais gerais deste
pensamento, permitindo a aclimatacao destas regras a qualquer movimento literario,
mesmo que este fuja as tradicionais fronteiras genéricas gregas. A estética de Horacio ja
foge as estas fronteiras genéricas, e continua ainda hoje dificil de classificar. Este texto
por exemplo, embora claramente excluido da ideia de literatura tal como Aristoteles a
descreve, é lido de forma inteiramente diferente pelos contemporaneos de Horacio, que
ptesam cada vez mais a retdrica em contexto literario. Este dialogo é, na realidade um
debate literario que vai evoluindo ao longo dos séculos, e € a resposta horaciana a uma
proposta aristotélica que langa este debate.

Bibliografia
Bibliografia
(As obras adiante referidas, que sdo a base deste texto, ha a juntar as demais citadas no corpo de
texto)

Allan H. Gilbert, H. L. Julho de 1947). On The Relation of Horace to Aristotle in Literary Criticism. The
Journal of English and Germanic Philology, 46(3), pp. 233-247. Obtido de
https://www.jstor.org/stable/27712881

Aristotle. (1932). The Poetics. (W. H. Fyfe, Trad.) Cambridge, Massachussets: Harvard University
Press.

Horace. (1978). Epitres. (F. Villeneuve, Trad.) Paris: Les Belles Lettres.
Tiago Drummond Borges
Literatura na Antiguidade, teoria e pratica

As Artes Poeticae
um dialogo de séculos

[J Liseo, UNIVERSIDADE
DE LISBOA
FACULDADE
DE LETRAS
As artes
As poeticae ee a
artes poeticae r ai =p
uemand cAptcl sg ndtalh
certivcen
e t’ aarts Seat
\ fungere ft uel arial tndice plimat
preter‘ equim
pee

tradição
cently Saal!
Snug: cotlacrt mibrifuc turpicer-acrit

tradicao
v efinar in pice multer foxmofa fuperne
Sees pect ad mutft rifii ceneseaf arte a
]
_f
piihorehl
reoee prfonef
;
tft bute fore tibrat ee miteon
. } OB hime ce yetucpyran
ory formu wane” rs
‘ € inget fpeut ee pefnec apd unt 5
t eddaneur motfoxmne. prctort b; aty; poett’.
4 dtbrailbenor femper Fare equa porefal.
: libs mated 1
‘ eh’ suites tabs 4 4
t \ $ i. hance nema perrnig;.dariq;.tuscrifim .
‘ q wg ma yo ea aos si ye ney Pe 4 ria
> mode ' S; hur placwef wean imicta.nenwt
EWT™ P po? cay - acai” ge ssn Seer rit oe peal emt ord
MIATA Gia Ar Bre ee FO TUM adja s erpencef auth; gemiriezagy tut apr er h
| IWITB wy F m4 Laer Baek ; ¢4 ceperfgraub; pleriig; amagna profeif

Ars potlica
poética :: um
um texto
texto tedrico
teórico imouenittr 6" Lrpurerat late-g vem alt=at e
fplendear
eS od
1A py yen
~—« wlchor =
Z
1 fire pore

° Ars Wreimcd, hee Le ave rem . dad yi Uo Lay CL


a fascur vand.c tue tata mane’
dedicado a à literatura
literatura
aye Pee He

dedicado Mg
6054999 ne
TE ME Dy, @ cppancfaq pameno iti’ agro.
f
d we fame renin placerat defertbst
514)

* Fred tesa Sine figrar haf tod forza upmi pcre

Textos recorrentes
* ‘Textos recorrentes na
na tradicao
tradição a
™ pork re atest
§ offimulare. oti: G fractnf ename expert ’
he
ampho1a epi

literária europeta:
literaria europeia:
ase tel e
“tage a Ss & ous urceufous f
Trew iy MO aaa
emags t
% @e. Px
° Ars versificatoria, Matthieu de Vandéme ¥ Cicily
rech,
& eciptts fySEF
Miwteraet—
prewar’ et Lebero_
fBiaeal € it
value,
— Cunasrsantnscraad dtl
(séc. XIIT) { TEP ciccrsad” ormasewnel

De Vuleari eloquentiae, Dante Alighieri


(séc. XIV) D elphinis filial apie.
— : iepasabreePs ichves
:
Art poétique, Nicolas Boileau (séc. '»
mepbeniet sg: }. utcrtioné cul
ig ss fe ty
:
pe fuga. fucarer arte. ptimsteradine me
aa
“TL eenigguiet Kp Biri gts oe »
XVII)
im unt er
©" ratltia Coa tapes fin
priner ot mollef imueabet ee captitof
* ifeue
‘ | opr igteens. @'e
reper, temo

i Riechene er
{ pone wrum
fettx opi! ftimagquis
Arte poética, Candido Lusitano (séc. \ a!
XVII) y |
Art poétque, Paul Verlaine (séc. XIX)
Pour un art poétique, Raymond Queneau rt \ isin ee
(séc. XX)
Uma tradição
Uma tradicao conjunta
conjunta

J} PER or ° Dois textos


iL pA NRO HE inseparaveis na
»CMANCA tradicao Luo Tiva A
CuaptY €

A ovviqe
a Prr 1 CERUICE PictoR
j eqviniay
Junge finelit.> wari idu
e A base classica de um
género tedrico
cere plumas
VY ndicp collanf menbraf ur Eprt atrit
D cfinar mpike: muber formofs fupne:

* Como pensat o
$ peccata admifirifum omeanf aime”
C redae prfonet fitabule fore hbni
fuclue egrifomma nance ;
f mgencur fpeciefur nec pefnec cap
porns,
¢ onucmat forme jpuronbany
dialogo destes dois
textos?
Q wd iby aucend: fep furrequa porefias.
$ anvethancuem peenticy dame ucifim.
AA base
base teórica
teorica aristotélica
aristotélica

«H 6& wovov toic AOyoic wihoic n TOIg METPOIC KAI TODTOIC Elite LLYVbOa
pet’ AAAnAo@v E10 Evi TIVI YEVEL YPOLEVY TOV LETPMV AVOVOLLOG TOVYAVEL
OVOG MEXP1 TOD VOV.»
Poetica 1.7

* Ausência de
Auséncia de categoria
categoria formal
formal para
para textos
textos propriamente
propriamente literarios
literários
¢ Elaboração aristotélica
Elaboracao aristotélica do
do conceito
conceito de
de piunoic
* Conceito de
Concetto de giunoic Horacio
Horácio derivado
derivado de
de Aristoteles,
Aristóteles, ee evidentemente
evidentemente distincto
distincto da
da pwiunotc platonico
platónico
AA Metafora
Metáfora pictorica
pictórica

« Vt pictura poesis »
Ars Poetica,
Ars Poetica, v. 361
1, 361

Elemento comum
Elemento comum aos
aos dots
dois textos,
textos, aa comparacao
comparação da
da poesia
poesia aà pintura
pintura
Poesia ee pintura
Poesia pintura fundamentalmente
fundamentalmente diferentes
diferentes de
de artes
artes mais
mais abstractas
abstractas como
como
música ee danca
musica dança
AA ulunotg como
como origem
origem do
do deleite
deleite ee da
da emogao
emoção
AA literatura
literatura ee aa educagao,
educação, uma
uma relacao
relação mais
mais livre
livre que
que nos
nos textos
textos platénicos
platónicos
AA reinterpretacao
reinterpretação horaciana
horaciana

« In verbis etiam tenuis cautusque serendis


Dixeris egregie, notum si callida verbum
Reddiderit inctura novum. [...]
Ars Poetica, v. 46-48

Elementos aristotélicos
¢ Elementos aristotélicos reintrepretados,
reintrepretados, oo sistema
sistema tedrico
teórico simplificado
simplificado
¢ Olhar de
Olhar de um
um autor,
autor, selecção das idetas
seleccao das ideias essenciais,
essenciais, relevantes
relevantes aa um
um escritor
escritor
¢ Uma nova
Uma nova estética
estética
A estética Alexandrina

« Natura fieret laudabile carmen na arte,


Quaesitum est; [...]»
Ars Poetica, v. 408

Reintrepretação da
Reintrepretacao da metafora
metáfora pictorica
pictórica
Enfâse na
Enfase na brevidade
brevidade dos
dos textos
textos com
com termos como brevis,
termos como tenuis
brevts, tenuis
Uma literatura
Uma literatura trabalhada,
trabalhada, nao
não inspirada
inspirada (limae labor)
(4mae labor)
Demonstração de
Demonstracao de virtuosismo
virtuosismo ee erudicao
erudição
Bibliografia
Bibliograf ia
Allan H.
° Allan H. Gilbert,
Gilbert, H.
H. L.L. (Julho de 1947).
(Julho de On The
1947). On The Relation
Relation of
of Horace
Horace toto Aristotle
Aristotle inin Literary Criticism. The
Literary Criticism. Journal
The Journal

of English
of English and
and Germanic
Germanic Philology,
Philology, 46(3),
46(3), pp.
pp. 233-247.
233-247. Obtido
Obtido de
de https://wwwiystor.org/stable/27712881
https://www.jstor.org/stable/27712881
Aristotle. (1932).
° Aristotle. The Poetics.
(1932). The Poetics. (W. H. Fyfe,
(W. H. Fyfe, Trad.)
Trad.) Cambridge,
Cambridge, Massachussets:
Massachussets: Harvard
Harvard University
University Press.
Press.
* Horace. (1978).
Horace. Épitres. (F.
(1978). Eipitres. Villeneuve, Trad.)
(F. Villeneuve, Trad.) Paris:
Paris: Les
Les Belles
Belles Lettres.
Lettres.

Imagens
Imagen s

gallica.bnf.fr
° gallica. bnf.fr
commons.Wikimedia.org
* commons.Wikimedia.org
etc.usf.edu/clipart
* etc.usf.edu/clipart
www.rijksmuseum.nl/en/rijksstudio
* www.tijksmuseum.nl/en/rijk sstudio

Você também pode gostar