Diagnóstico Social Santarém 2018-2021

0 Diagnóstico Social do Município de Santarém 2018/2021
Diagnóstico Social
do Município de
Santarém
2018/2021
FICHA TÉCNICA
Diagnóstico Social do Município de Santarém
Dezembro 2018
Coordenação
Divisão de Ação Social e Saúde / Câmara Municipal de Santarém
Núcleo Executivo do CLASS
ACES da Lezíria
APPACDM de Santarém
Associação para o Desenvolvimento Social e Comunitário de Santarém
Câmara Municipal de Santarém
Centro de Bem Estar Social de Vale Figueira
Instituto da Segurança Social, I.P. – Centro Distrital de Santarém
Santa Casa da Misericórdia de Santarém

COLETIVO DE REPRESENTANTES DO CONSELHO LOCAL DE AÇÃO

SOCIAL DE SANTARÉM
ACBR - Associação Casa dos Beirões no Ribatejo
ACES da Lezíria
Associação "Ajuda de Mãe"

ANDST - Associação Nacional de Deficientes Sinistrados no Trabalho
APPACDM de Santarém-Ass.Port.Pais e Amigos Cidadão c/Deficiência Mental
ARPIVALE- Associação Reformados Pensionistas e Idosos Vale de Santarém
ARSLVT - CRI do Ribatejo - E.T. de Santarém
Associação Alzheimer Portugal - Núcleo do Ribatejo
Associação de Apoio a Deficientes com Paralisia Cerebral Maria do Carmo Silva Melancia
Associação de Caçadores de Achete
Associação de Residentes em S. Domingos
Associação de Socorros Médicos “O Vigilante”
Associação de Solidariedade Social dos Professores (ASSP) Santarém
Associação de Solidariedade Social e de Melhoramentos de Amiais de Baixo
Associação dos Familiares e Amigos de Doentes Psicóticos "A FARPA"
Associação dos Hipertensos de Portugal
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Pernes
Associação para o Desenvolvimento Social e Comunitário de Santarém
Associação Picapau
Associação Reinserir
Banco Alimentar Contra a Fome de Santarém
Câmara Municipal de Santarém

Cáritas Diocesana de Santarém
Cáritas Paroquial de Tremez
CENFIM
Centro de Apoio à Comunidade de Casével
Centro de Apoio à Família de Abitureiras
Centro de Bem Estar Social de Vale Figueira
Centro de Cultura e Recreio Alexandre Herculano

Centro de Emprego e Formação Profissional de Santarém - IEFP
Centro de Solidaridade Social de Santarém
Centro Educativo e de Solidariedade Social EZN da Fonte Boa
Centro Social da Freguesia da Moçarria
Centro Social de Santa Marta de Alcanhões
Centro Social e Paroquial do Vale de Santarém
Centro Social Interparoquial de Santarém
Centro Social Paroquial de Santa Margarida Abrã

Centro Social Paroquial de Santa Maria de Achete
Centro Social Serra do Alecrim I.P.S.S.
Centro Solidariedade Social Nª Senhora da Luz da Póvoa de Santarém
Circulo Cultural Scalabitano
Clube de Canoagem Scalabitano
Colégio Infante Santo
Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Santarém
Comissão Social de Freguesias S. Vicente do Paul e Vale Figueira
Comissão Social de Freguesia da Achete, Azoia de Baixo e Póvoa de Santarém

Comissão Social de Freguesia da Moçarria
Comissão Social de Freguesia da Romeira e Várzea

Comissão Social de Freguesia de Alcanhões
Comissão Social da União de Freguesias da Cidade de Santarém
Comissão Social de Freguesia de Pernes
Comissão Social de Freguesia do Vale de Santarém

Cruz Vermelha Portuguesa - Delegação de Santarém
DGESTE (Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares)
DGRSP (Direção Geral Reinserção Serviços Prisionais)
EAPN
Escola Agrícola da Casa Pia de Lisboa
Escola de Música Sons do Alviela da Paróquia de S. Vicente do Paul

Escola E.B 1, N.º 5 - Ribeira de Santarém
Escola Profissional do Vale do Tejo S.A.
Escola Secundária Dr. Ginestal Machado
Escola Secundária Sá da Bandeira
Fundação Luísa Andaluz
Gabinete de Apoio à Vitima de Santarém
Grupo de Apoio Santarém - Liga Portuguesa Contra o Cancro - N.R.S.
Grupo de Dadores de Sangue de Pernes
Grupo Motard Bispos do Asfalto
Guarda Nacional Republicana
Hospital de Santarém
Instituto da Segurança Social, I.P. - Centro Distrital de Santarém
Instituto Politécnico de Santarém
IPDJ
ISLA - Santarém, Educação e Cultura, Lda. - Centro Novas Oportunidades
Junta de Abrã
Junta de Freguesia de Alcanhões
Junta Freguesia Alcanede
Junta Freguesia Almoster
Junta Freguesia Amiais Baixo
Junta Freguesia Arneiro Milhariças

Junta Freguesia Gançaria
Junta Freguesia Moçarria
Junta Freguesia Pernes
Junta Freguesia Póvoa Isenta
Junta Freguesia Vale Santarém
Lar de Santo António da Cidade de Santarém
Lar e Repouso do Ribatejo Lda

Lar Evangélico Nova Esperança
Lar Golden Haven
Liga dos Amigos do Hospital de Santarém
Mário Pereira Vitor Consultores, Lda

Mata Rural - Agricultura e Pecuária, Lda

Movimento de Solidariedade Rural
Nersant- Associação Empresarial da Região de Santarém
Núcleo da Liga dos Combatentes de Santarém
Núcleo Local de Inserção de Santarém
Polícia de Segurança Pública de Santarém
Rancho Folclórico da Ribeira de Santarém
Rancho Folclórico de Vale Figueira

Re-food 4 Good - Núcleo de Santarém
Santa Casa da Misericórdia de Alcanede
Santa Casa da Misericórdia de Pernes
Santa Casa da Misericórdia de Santarém

SERHOGARSYSTEM
Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
Sport Clube Povense "Os Leões"
União das Freguesia Azoia Cima e Tremês
União das Freguesia de Vale Figueira e S. Vicente Paul
União das Freguesia Romeira e Várzea
União das Freguesias de Casével e Vaqueiros
União das Freguesias de Santarém (Marvila; Santa Iria; S. Salvador e S. Nicolau)
União de Freguesias de Achete; Azoia de Baixo e Póvoa de Santarém
União Distrital das IPSS de Santarém
PREFÁCIO
O presente documento – Diagnóstico Social do Município de Santarém 2018/2021 – revê e

atualiza a informação que carateriza a realidade do Município e dar-nos perspetivas para
a intervenção futura que permitirão a continuidade do nosso desenvolvimento local e da
coesão social.
Efetivamente, a existência de um trabalho comum, de colaboração e de uma parceria forte

permite, que em conjunto, se identifique as necessidades e problemas locais mas com vista
ao planeamento estratégico e à promoção conjunta de respostas adequadas às novas
realidades e aos novos perfis que necessariamente exigem a nossa atenção, preocupação e
ação.
A nossa história de parceria vem confirmando, ao longo dos anos, que o trabalho
colaborativo potencia sinergias, saberes e recursos em prol do desenvolvimento do nosso
território e do bem-estar dos Munícipes.
No entanto, para intervir é necessário conhecer com rigor a realidade no sentido de

perspetivar as tendências, de planear com antecipação para que os problemas das pessoas e
dos serviços que as servem e apoiam não se agudizem, nem se tornem irremediáveis.
Procurando sempre contribuir para a produção e co-produção de medidas municipais

integradoras, inclusivas e adequadas, o Diagnóstico Social do Município, é fruto de um
trabalho de parceria e da permanente sistematização de dados sobre uma realidade
complexa, constituí uma base de trabalho e conhecimento para projetar e orientar a ação
no sentido da prevenção e superação dos problemas cada vez mais complexos e transversais
cuja sistematização será apresentada do Plano de Desenvolvimento Social (2018/2021).
Sempre a trabalhar em conjunto, devemos caminhar em prol do melhor desenvolvimento e

crescimento do nosso território, contribuindo para a coesão da nossa comunidade, dos seus
agentes e munícipes, construindo uma base de trabalho forte, real e coesa.
O Presidente da Câmara Municipal de Santarém
O Presidente do Conselho Local de Ação Social de Santarém
Ricardo Gonçalves Ribeiro Gonçalves

ÍNDICE GERAL
Introdução-------------------------------------------------------------------------------------------------------15
Nota metodológica--------------------------------------------------------------------------------------------16
Caraterização Sócio demográfica do Município de Santarém-------------------------------------20
Crianças-----------------------------------------------------------------------------------------------------------41
Jovens-------------------------------------------------------------------------------------------------------------55
Idosos-------------------------------------------------------------------------------------------------------------61
Emprego e Formação-----------------------------------------------------------------------------------------74
Educação---------------------------------------------------------------------------------------------------------87
Deficiência-------------------------------------------------------------------------------------------------------100
Comportamentos Aditivos e Dependências------------------------------------------------------------114
Migrações--------------------------------------------------------------------------------------------------------132
Etnias--------------------------------------------------------------------------------------------------------------150
Pessoas em Situação de Sem-Abrigo---------------------------------------------------------------------155
Saúde Mental---------------------------------------------------------------------------------------------------159
Violência---------------------------------------------------------------------------------------------------------166
Voluntariado----------------------------------------------------------------------------------------------------180
Síntese conclusiva---------------------------------------------------------------------------------------------187
Bibliografia e Recursos Eletrónicos-----------------------------------------------------------------------191
Anexos------------------------------------------------------------------------------------------------------------192
1- Formação CENFIM 2018/2019 ------------------------------------------------------192

2- Oferta formativa do Instituto de Emprego e Formação Profissional /2018 ------------------196
3- Instituto Politécnico de Santarém (Ano Letivo 2018/2019) ------------------------------202
4- Equipas RLIS – Relatórios de Avaliação /2018 -----------------------------------------206
ÍNDICE DE QUADROS
Q1-População residente em 2001 e 2011, no Município, por grupo etário e taxa de variação
Q2- População residente em 2001 e 2016 no Município de Santarém, por grupo etário e sexo
Q3-População residente em 2001 e 2011 na União de Freguesias de Achete, Azoia de Baixo e Póvoa de Santarém,
por grupos etários e taxa de variação
Q4-População residente em 2001 e 2011 na União de Freguesias de Azoia de Cima e Tremês, por grupos etários
e taxa de variação
Q5-População residente em 2001 e 2011 na União de Freguesias de Casével e Vaqueiros, por grupos etários e
taxa de variação
Q6-População residente em 2001 e 2011 na União de Freguesias de Romeira e Várzea, por grupos etários e taxa
de variação
Q7-População residente em 2001 e 2011 na União de Freguesias de Santarém, por grupos etários e taxa de
variação
Q8-População residente em 2001 e 2011 na União de Freguesias de São Vicente do Paul e Vale de Figueira, por
grupos etários e taxa de variação
Q9-População residente em 2001 e 2011, por freguesia, por grupo etário e taxa de variação
Q10- Densidade populacional no Município de Santarém de 2001 a 2016
Q11-População residente no Município de Santarém, segundo o estado civil e sexo em 2011
Q12-Razão de Feminidade por freguesia em 2011
Q13-Índice de Longevidade do Município de Santarém entre 1960 e 2016 (%)
Q14-Índice de Dependência total por freguesia em 2011
Q15-Índice de Dependência dos Jovens do Município de Santarém entre 2001-2016
Q16-Índice de Dependência de Jovens, por freguesia em 2011
Q17-Índice de Dependência de Idosos do Município de Santarém (2001-2016)
Q18-Índice de Dependência de Idosos do Município de Santarém, por freguesia em 2011
Q19- Índice de sustentabilidade potencial no Município de Santarém de 2001 a 2016
Q20-Taxa Bruta de Natalidade no Município de Santarém de 1981 a 2016 (‰)
Q21-Taxa de Fecundidade Geral no Município de Santarém de 2001 a 2016 (‰)
Q22- Nados vivos no Município de Santarém, por sexo de 2001 a 2017
Q23-Nados Vivos de mães residentes no Município de Santarém: total e por grupo etário da mãe de 1981 a 2017
Q24- Nados vivos de mães residentes no Município de Santarém: total e por nível de escolaridade completo mais
elevado da mãe de 2001 a 2017
Q25-Nados vivos fora do casamento, com coabitação e sem coabitação dos pais no Município de Santarém de
1995 a 2016 (%)
Q26- Nados vivos de mães residentes no Município de Santarém: total e fora do casamento de 2001 a 2017
Q27-Nados vivos de mães residentes no Município de Santarém fora do casamento por coabitação dos pais
(números absolutos)
Q28- Índice sintético de fecundidade do Município de Santarém de 2001 a 2016
Q29-Taxa Bruta de Mortalidade no Município de Santarém de 1960 a 2016 (‰)
Q30-Taxa de Mortalidade Infantil no Município de Santarém de 1960 a 2017 (‰)
Q31-Óbito de residentes no Município de Santarém: total e no primeiro ano de vida de 1960 a 2017
Q32-Óbitos neonatais de mães residentes no Município de Santarém de 1981 a 2017
Q33- Neonatais em percentagem dos óbitos no primeiro ano de vida de 2001 a 2017
Q34- Óbitos perinatais de mães residentes no Município de Santarém de 1981 a 2017
Q35-Óbitos por sexo no Município de Santarém de 1960 a 2017
Q36-Óbitos por grupos etários no Município de Santarém de 1960 a 2017
Q37-Óbitos por algumas causas de morte no Município de Santarém de 1981 a 2016 (%)
Q38-Famílias e núcleos familiares no Município de Santarém, por freguesia em 2011
Q39-Evolução das famílias clássicas unipessoais no Município de Santarém (%)
Q40- Famílias Clássicas segundo os Censos, no Município de Santarém: total e por número de indivíduos de 1960
a 2011
Q41- Famílias clássicas unipessoais segundo os censos: total e com mais de 65 anos de 2001 a 2011
Q42- Taxa bruta de nupcialidade no Município de Santarém de 1981 a 2017 (‰)
Q43-Evolução dos casamentos no Município de Santarém de 1981 a 2012
Q44- Casamentos entre pessoas do sexo oposto no Município de Santarém: total e por forma de celebração de
1960 a 2017
Q45-Total de casamentos no Município de Santarém, por nacionalidade dos cônjuges de 1984 a 2017
Q46- Taxa bruta de divorcialidade no Município de Santarém de 1960 a 2016
Q47- Evolução dos divórcios no Município de Santarém de 1960 a 2016
Q48- Divórcios no Município de Santarém por forma de celebração do casamento de 1995 a 2016
Q49-Alojamentos familiares, coletivos e edifícios clássicos no concelho de santarém em 2011
Q50-Índice de lotação dos alojamentos familiares clássicos, ocupados como residência habitual
Q51-Alojamentos familiares, ocupados como residência habitual, segundo as instalações existentes (retrete,
água, e sistema de aquecimento) nos alojamentos
Q52-Alojamentos familiares, ocupados como residência habitual, segundo as instalações (água canalizada,
banho/duche, ar condicionado e sistema de aquecimento) existentes nos alojamentos
Q53-Alojamentos familiares, ocupados como residência habitual, segundo as instalações sanitárias existentes
nos alojamentos
Q54-Alojamentos clássicos arrendados, ocupados como residência habitual, segundo o escalão de renda por
época do contrato do arrendamento
Q55-População residente dos 0-14 anos no Município de Santarém de 2001 a 2016
Q56-População residente dos 0 – 14 anos – variação entre 2001 e 2011 (%)
Q57-Proporção de população residente com 14 ou menos anos por freguesia (1991 a 2011)
Q58-Índice de Juventude por freguesia, em 2011
Q59-Utentes por resposta social para a Infância da Rede Solidária
Q60-Utentes por resposta social para a Infância da Rede Privada
Q61-Distribuição dos processos da CPCJ, por sexo
Q62-Distribuição dos processos da CPCJ, por idades
Q63-Distribuição dos processos da CPCJ, por problemática
Q64-Distribuição dos processos da CPCJ, segundo o tipo de família
Q65-Escolaridade dos detentores das responsabilidades parentais ou os que têm aguarda as crianças
Q66- Escalão Etário dos dois principais cuidadores das crianças e jovens
Q67- Rendimentos/situação perante o trabalho das famílias
Q68- Caraterização das situações, com residência no Município de Santarém, acompanhadas pelo Núcleo
Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco do Hospital de Santarém até outubro de 2018
Q69-População residente entre os 15-24 anos no Município de Santarém de 2001 a 2016
Q70-População residente entre os 15-24 anos – variação entre 2001 e 2011 e 2011/2016 (%)
Q71-Proporção da população residente com 14 a 24 anos por freguesia (2001 a 2011)
Q72-População residente com 65 e mais anos por sexo, em 2011e 2016
Q73-Relação de Masculinidade da população residente com 65 e mais anos (%)
Q74-Índice de envelhecimento no Município de Santarém de 2001 a 2017
Q75-Índice de envelhecimento por freguesia em 2011
Q76-Alojamentos familiares de residência habitual e cujos residentes são apenas pessoas com 65 ou mais anos
de idade, segundo o número de residentes no concelho de Santarém em 2011
Q77- Número de pensionistas ativos residentes no Município de Santarém em dezembro de 2017, por tipo de
regime contributivo e pensão
Q78-Instituições Particulares de Solidariedade Social, por tipo de resposta, no Município de Santarém em 2018
Q79- Instituições Particulares de Solidariedade Social, por tipo de respostas com lista de espera no Município de
Santarém em 2018
Q80- Vagas com gestão direta da Segurança Social, no Município de Santarém, por instituição em 2018
Q81-Estruturas residenciais para pessoas idosas geridas por entidades privadas em dezembro de 2017
Q82-População residente no Município de Santarém economicamente ativa, em 2011, por freguesia e taxa de
atividade
Q83-Taxa de atividade do concelho de Santarém de 1991 a 2011

Q84-População residente no Município de Santarém, segundo o sexo, por grupo sócio económico em 2011
Q85-População residente e desempregada (sentido restrito), segundo a condição de procura de emprego e sexo,
taxa de desemprego (sentido restrito), no concelho de Santarém, em 2011
Q86- Desempregados no Município de Santarém inscritos nos Centros de Emprego e Formação Profissional
(média anual) de 1997 a 2017
Q87- Desempregados no Município de Santarém inscritos nos Centros de Emprego e de Formação Profissional
no total da população residente com 15 a 64 anos (%) de 2001 a 2017
Q88- Desempregados no Município de Santarém inscritos nos Centros de Emprego e Formação Profissional, por
sexo (média anual) de 2001 a 2017
Q89- Desempregados no Município de Santarém inscritos nos Centros de Emprego e Formação Profissional, à
procura de novo emprego (média anual), por grandes setores de atividade económica de 2001 a 2017
90- Desempregados no Município de Santarém inscritos nos Centros de Emprego e Formação Profissional, por
grupos etários (média anual) de 2001 a 2017
nível de escolaridade completo (média anual) de 2001 a 2017
tempo de inscrição (média anual) de 2001 a 2017
situação face à procura de emprego (média anual) de 2001 a 2017
94- Ofertas de emprego (média anual) referentes ao Município disponíveis por Centros de Emprego e Formação
Profissional, por grandes setores de atividade económica de 2001 a 2014
Q95-População residente no Município de Santarém, segundo as habilitações em 2011 e taxa de analfabetismo

por freguesia
Q96- Taxa de analfabetismo no Município de Santarém, segundo os censos e por sexo
Q97- Total de alunos matriculados nos ensinos pré-escolar, básico e secundário no Município de Santarém e
número de alunos matriculados no ensino público em 2001, 2011 e 2016
Q98- Alunos residentes no Município de Santarém matriculados no ensino superior politécnico e ensino
universitário em 2001, 2011, 2016 e 2017
Q99- Alunos residentes no Município de Santarém matriculados no Ensino Superior por área de educação e
formação em 1994 e 2016
Q100- População escolar nos ensinos pré-escolar e 1º ciclo do Ensino Básico, por freguesia no Ano Letivo
2018/2019
Q101- Alunos matriculados no 2º e 3º Ciclos do EB, Ensino Secundário e Profissional no Ano Letivo 2018/2019
Q102- Cursos profissionais/técnicos e vocacionais, por agrupamento de escola do Município de Santarém no Ano
Letivo 2018/2019
Q103- Taxa de abandono escolar por local de residência (á data dos censos de 2011) no Município de Santarém
Q104- Taxa de abandono e retenção escolar (%) por ciclo de ensino/estabelecimento de ensino 2015/2016
Q105- Total de inscritos no Instituto Politécnico de Santarém, por grau e unidade orgânica no Ano Letivo
2018/2019
Q106- População residente no Município de Santarém com deficiência segundo os censos de 2001: total e por
tipo de deficiente
Q107- População residente no Município de Santarém com deficiência segundo os censos 2001: total e por tipo
de deficiência
Q108- Grau de incapacidade atribuído à população residente com deficiência por freguesia em 2001
Q109- Taxa de deficiência por freguesia em 2001
Q110- Pensões de Invalidez atribuídas no Município de Santarém de 1990 a 2017
Q111- Respostas sociais existentes na APPACDM
Q112- Projetos desenvolvidos pela APPACDM de Santarém
Q113- Projetos/Respostas desenvolvidas pela Associação Incluir
Q114- Utentes ativos nas Equipas de Tratamento das UIL do Cri Ribatejo em 2016
Q115- Utentes ativos e utentes admitidos no Cri Ribatejo em 2016
Q116- Utentes ativos do Cri Ribatejo em 2016
Q117- Utentes ativos do Cri Ribatejo, por sexo em 2016
Q118- Utentes ativos do Cri Ribatejo, por grupo etário em 2016
Q119- Utentes ativos do Cri Ribatejo, por nacionalidade em 2016
Q120- Utentes ativos do Cri Ribatejo, por tipo de coabitação em 2016
Q121- Utentes ativos do Cri Ribatejo, por tipo de alojamento em 2016
Q122- Utentes ativos do Cri Ribatejo, segundo a situação profissional em 2016
Q123- Utentes desocupados do Cri Ribatejo, segundo o local de residência em 2016
Q124- Utentes inscritos/ativos com filhos/grávidas do Cri Ribatejo em 2016
Q125- Utentes do Cri Ribatejo, segundo as habilitações dos utentes em 2016
Q126- Utentes do Cri Ribatejo, segundo a situação face à justiça em 2016
Q127- Utentes do Cri Ribatejo, segundo a situação face à seropositividade para as doenças infeciosas em 2016
Q128- Utentes do Cri Ribatejo, segundo a substância consumida (droga principal) em 2016
Q129- Utentes do Cri Ribatejo, segundo as substâncias consumidas nos últimos 30 dias antes do acolhimento
em 2016
Q130- Utentes do Cri Ribatejo, segundo a via de consumo na vida em 2016
Q131- Processos de contraordenação, segundo o local de residência do infrator e tipo de substância em 2016
Q132- Indivíduos acompanhados pela Comissão de Dissuasão da Toxicodependência, segundo o tipo de consumo,
freguesia, sexo, estado civil, idade, habilitações escolares, situação profissional, agregado familiar e substância
de origem do auto em 2017
Q133- jovens acompanhados pela CPCJ de santarém com referência a consumo de substâncias psicoativas em
2018
Q134- Apoios económicos processados e montantes, por rubrica, pelo Serviço Local de santarém, em 2017 e
2018, a indivíduos com comportamento aditivo (alcoolismo)
Q135- Apoios económicos processados e montantes, por rubrica, pelo Serviço Local de santarém, em 2017 e
2018, a indivíduos com comportamento aditivo (toxicodependência)
Q136-Saldo populacional anual: total, natural e migratório no concelho de Santarém em 2001 a 2017 (valores
absolutos)
Q137- Contributo dos saldos natural e migratório para a variação da população anual do município de santarém
(%)
Q138- Saldo migratório no Município de santarém em 1981 e 2011
Q139- População residente por migrações, segundo os Censos de 1960 a 2011
Q140-População que mudou de residência, relativamente a 31.12.2009 e 31.12.2005 em 2011
Q141- População residente que mudou a residência (relativamente a 31.12.09) por freguesia do Município de
Santarém em 21.03.2011
Q142-População residente que trabalha ou estuda, segundo as entradas, saídas e sexo em 2011
Q143-Emigração permanente e temporária em Portugal, por grupo etário de 2008 a 2012
Q144- Total de emigrantes permanentes em Portugal de 2008 a 2017
Q145- Total de emigrantes em Portugal, por grupo etário em 2017
Q146- Emigrantes permanentes residentes em Portugal (nº absoluto), por local de residência futura
Q147-Imigrantes residentes no distrito de Santarém, por Município em 2011 e 2017
Q148- Estrangeiros residentes no Município de Santarém, segundo a nacionalidade em 2017
Q149-População do Município de Santarém de nacionalidade portuguesa e estrangeira, por sexo em 2011
Q150- População estrangeira com estatuto legal de residente em % da população residente e valores absolutos
no Município de Santarém, segundo o sexo de 2008 a 2016
Q151-População estrangeira com estatuto legal de residente a residir no Município de Santarém, por algumas
nacionalidades em 2008, 2012 e 2016
Q152-População residente, segundo os países de proveniência (relativamente a 31.12.2009), por freguesia do

Município de Santarém em 21.03.2011

concelho de Santarém em 21.03.2011
Q154- Beneficiários com processamento de RSI residentes no Município de Santarém, por nacionalidade em
outubro de 2018
Q155-Nº de indivíduos imigrantes com RSI, por freguesia e grupo etário em Outubro 2013
Q156-Nº de indivíduos imigrantes com RSI, por freguesia e país de origem em Outubro 2013
Q157- Estrangeiros residentes no Município de Santarém, segundo a nacionalidade em 2017
Q158-Agregados familiares e nº de indivíduos de etnia cigana a residir no Município de Santarém, segundo a

localização em novembro de 2018
Q159-Nº de indivíduos de etnia cigana com Rendimento Social de Inserção (RSI), por freguesia em outubro 2013
Q160- Caraterização das pessoas em situação de sem-abrigo identificados no Município de Santarém, segundo
o grupo etário, proveniência do rendimento e problemática (s) associada(s) em outubro de 2018
Q161-Fórum Sócio Ocupacional da Associação de Familiares e Amigos do Doente Psicótico (A FARPA)
Q162- Caraterização das crianças e adolescentes residentes no Município de Santarém, frequentadoras da

consulta de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Hospital Distrital de Santarém, EPE/Psiquiatria e Saúde
Mental entre janeiro e novembro de 2018
Q163- Processos de apoio do Gabinete de Apoio à Vítima de Santarém, de 2007 a 2013
Q164- Processos de apoio/vítimas diretas/crime do GAV de Santarém de 2013 a 2017
Q165- Vítimas acompanhadas no GAV Santarém, residentes no Município de Santarém de 2013 a 2017
Q166- Crimes registrados no GAV Santarém de 2013 a 2017
Q167- Tipo de apoio prestado à vítima pelo GAV de Santarém de 2013 2017
Q168- Encaminhamento para o GAV Santarém, por quem encaminha de 2013 a 2017
Q169- Contatos com o GAV Santarém, por quem contata de 2013 a 2017
Q170- Vítimas acompanhadas pelo GAV de Santarém, segundo o sexo de 2013 a 2017
Q171- Vítimas acompanhadas pelo GAV de Santarém, segundo o grupo etário de 2013 a 2017
Q172- Vítimas acompanhadas no GAV de Santarém, segundo o estado civil de 25013 a 2017
Q173- Vítimas acompanhadas pelo GAV Santarém, segundo o tipo de família de 2013 a 2017
Q174- Vítimas acompanhadas pelo GAV Santarém, segundo o nível de instrução de 2013 a 2017
Q175- Vítimas acompanhadas pelo GAV de Santarém, segundo o principal meio de vida de 2013 a2017
Q176- Vítimas acompanhadas pelo GAV de Santarém, segundo a relação vítima/agressor de 2013 a 2017
Q177- Agressores, segundo o sexo de 2013 a 2017
Q178- Agressores, segundo o grupo etário, de 2013 a 2017
Q179- Agressores, segundo o estado civil, de 2013 a 2017
Q180- Agressores, segundo a atividade económica, de 2013 a 2017
Q181- Vitimização, por tipo, de 2013 a 2017
Q182- Vitimização, por duração, de 2013 a 2017
Q183- Vitimização, segundo o local do crime de 2013 a 2017
Q184- Queixa/denúncia à autoridade policial, de 2013 a 2017
Q185- Instituições inscritas no Banco Local de Voluntariado de Santarém em outubro de 2018
Q186- Número de voluntários e atividades realizadas, por instituição em outubro 2018

ÍNDICE DE GRÁFICOS
G1- Estrutura demográfica do Município de Santarém em 2011/2016
G2- População escolar em 2018/2019
G3- Distribuição da população por freguesias
G4- Distribuição da população por faixa etária
G5- Distribuição da população por acompanhamento familiar
G6- Deficiência e as suas caraterísticas
G7- Distribuição da população por autonomia nos cuidados pessoais
G8- Situação escolar da população dos 0-147 anos
G9- Situação escolar da população dos 158 aos 30 anos
G10- Caraterização das crianças e adolescentes frequentadoras da consulta de Psiquiatria da Infância e

Adolescência do Hospital Distrital de santarém, EPE/Psiquiatria e Saúde Mental, de janeiro a novembro de 2018,
residentes no Município de Santarém,
INTRODUÇÃO
O Diagnóstico Social do Município de Santarém 2018/2021 é o resultado do trabalho de

investigação e de auscultação dos parceiros locais e realizado durante o primeiro e segundo
semestre de 2018. Esta construção é processo que não é isento de falhas, sendo passível de
ser melhorado.
Pretendeu-se abordar a maior diversidade possível de problemáticas, de indicadores, de

períodos temporais e de perspetivas numa lógica participativa que considera a principal fonte
de informação a experiência de quem contacta e vive os problemas, além dos dados
disponíveis em diversas fontes.
O presente documento começa por referir as várias etapas da metodologia de construção

desta ferramenta, fazendo depois a contextualização social e demográfica do concelho de
Santarém (análise demográfica, da família e dos alojamentos), de forma diacrónica,
recorrendo para isso aos dados disponíveis, nomeadamente do Instituto Nacional de
Estatística (Censos 2011) e PORDATA – Base de Dados Portugal Contemporâneo.
Posteriormente, aborda13 eixos temáticos: crianças, jovens, idosos, emprego e formação,
educação, deficiência, toxicodependência, migrações (movimentos internos, emigração e
imigração), etnias, sem abrigo, saúde mental, violência e voluntariado.
De referir que estes eixos temáticos já constavam no Diagnóstico Social 2014/2017,

mantendo-se a sua pertinência para o atual período, não tendo emergido, quer dos encontros
temáticos, quer da análise de dados, outras grandes temáticas a considerar.
Estas problemáticas foram caraterizadas com base em indicadores numéricos, dando uma
perspetiva evolutiva das mesmas, quando possível, partindo-se depois para a identificação
dos problemas sentidos pelos vários agentes sociais (numa lógica de causalidade e efeito)
para depois possibilitar a sinalização das principais áreas de intervenção a projetar na
intervenção social.
O trabalho que agora se apresenta pretende, pois, sistematizar os conhecimentos e servir de

base de trabalho para um planeamento estratégico da intervenção social do território
concelhio.
NOTA METODOLÓGICA
A metodologia para a atualização do Diagnóstico Social do Município de Santarém

2018/2021 tem como objetivo obter informação atual, quer quantitativa quer qualitativa,
que possibilite a caraterização social do território e a identificação dos problemas e
necessidades atuais, assim como as principais áreas de intervenção social.
 Os principais objetivos são:

 Identificação das problemáticas e necessidades;
 Caraterização das problemáticas – causas e consequências;
 Inventariação de ações para a resolução das problemáticas que possam,
desde logo, contribuir para a elaboração do Plano de Desenvolvimento Social.
A informação recolhida reflete as necessidades e os recursos que definem as linhas

orientadoras do desenvolvimento social local, gerando a oportunidade de implementação de
uma dinâmica de participação dos diferentes parceiros e de reflexão conjunta que seja
subjacente ao Plano de Desenvolvimento Social.
Com a aplicação desta metodologia pretende-se que o Diagnóstico Social seja o resultado
dos contributos dos diversos atores locais mobilizados para este processo, cruzados e
complementados por um conjunto alargado de indicadores pré estabelecidos e definidos à
medida que investigação.
Privilegiou-se uma abordagem participativa, valorizando a experiência daqueles que vivem

e contactam com os problemas no seu quotidiano.
Todo o processo que envolveu a construção do Diagnóstico Social, e futuramente o Pleno de

Desenvolvimento Social, baseia-se na metodologia de investigação ação, de forma a permitir
a identificação e interpretação das origens/causas e consequências das problemáticas com
vista a definição de estratégias de intervenção adequadas e minimização/resolução dos
problemas.
Em suma, os fenómenos sociais caraterizam-se pela sua constante mutação, sendo qualquer
Diagnóstico Social um documento de identificação da diversidade de problemáticas de forma
dinâmica e aberta a contributos, pretendendo ser um instrumento unificador de informação,
que permita uma visão articulada e multidisciplinar da área territorial concelhia e das
temáticas específicas identificadas numa perspetiva evolutiva.
Assim, e tendo como base o Diagnóstico Social 2014/2017, considerou-se as mesmas áreas
temáticas não nos parecendo justificar-se a introdução de outras áreas de forma isolada
(eixos). Assim, os eixos considerados no presente documento são:
. Crianças
. Jovens
. Educação
. Formação e Emprego
. Idosos
. Deficiência
. Migrações (movimentos internos, emigração e imigração)
. Etnias
. Comportamentos Aditivos e Dependências
. Saúde Mental
. Sem Abrigo
. Violência (vítimas e agressores)
. Voluntariado
Para a abordagem qualitativa realizaram-se vários momentos de reflexão conjunta com os

stakeholders locais, pretendendo a partilhar de visões, sensibilidades locais e experiências.
O envolvimento possível das pessoas com responsabilidades diretas e indiretas no
desenvolvimento social do Município foi fundamental para a construção do presente
documento.
A aplicação de um conjunto diferenciado e diversificado de técnicas e instrumentos de

recolha de informação / fontes de informação possibilitou a obtenção de dados quantitativos
e qualitativos muito específicos e não publicados e imprescindíveis à atualização do
Diagnóstico Social do Município de Santarém, a saber:
1. Construção de instrumentos para recolha de informação qualitativa (ficha de

registo):
2. Realização de 5 encontros temáticos, tendo-se agregado algumas temáticas no

sentido de proporcionar uma maior participação e consequente um maior enriquecimento
dos dados e abordagens. Dada a insuficiente informação recolhida, na primeira abordagem,
sobre crianças, jovens e educação houve a necessidade de voltar a encontrar este grupo.
 Grupo temático “Envelhecimento e Idosos”; (15 presenças)

 Grupo temático “Violência, Voluntariado, Saúde e Deficiência” (21 presenças)
 Grupo Temático “Etnias, Migrações, Acolhimento de Refugiados, Pessoas em
Situação de Sem Abrigo e toxicodependência; (16 presenças)
 Grupo Temático “Crianças, Jovens, Educação, Emprego e Formação; (12
presenças)
 Grupo Temático “Crianças, Jovens e Educação” (19 presenças)
3- Caraterização das respostas e projetos em desenvolvimento no Município de Santarém

através do inquérito por questionário;
4- Caraterização do voluntariado através de um inquérito por questionário;
5- Devolução do documento aos parceiros locais para validarem, alterarem e ou contribuírem

para a melhoria do documento;
6- Reunião de Plenário para apresentação e confirmação / validação dos dados do

Diagnóstico Social.
A consulta de fontes para recolha de informação quantitativa publicada foi fundamental para
retratar a realidade, no entanto, a informação mais detalhada surge apenas nos Censos
(últimos em 2011) não possibilitando atualizar para períodos para recentes os dados para
das freguesia. A Pordata tem indicadores trabalhados para o Município, outros há só
disponíveis para a Lezíria do Tejo.
2.1. INE, Censos 2011;
2.2. INE, Censos 2001;
2.2. PORDATA;
De referir que à data dos Censos 2011 a freguesia do Pombalinho fazia parte do concelho de
Santarém, podendo alguns números incluir as frequências desta freguesia que desde 29 de
Setembro de 2013 pertence ao concelho da Golegã.
Ainda sublinhar, que as fontes estatísticas, nomeadamente os Censos, não apresentam a

informação de acordo com a reorganização administrativa do território das freguesias (Lei
11A de 28 de Janeiro de 2013), tendo sido necessário reorganizar os dados conforme o novo
mapa administrativo do concelho. Em 2013 foram criadas 6 freguesias por agregação, a
saber:
- União de freguesias de Achete, Azoia de Baixo e Póvoa de Santarém;
- União das freguesias de Azoia de Cima e Tremês;
- União das freguesias de Casével e Vaqueiros;
- União das freguesias de Romeiras e Várzea;
- União das freguesias de Santarém (Marvila, Santa Iria da Ribeira de

Santarém, São Salvador e São Nicolau);
- União de freguesias de São Vicente do Paul e Vale de Figueira.

CARATERIZAÇÃO SÓCIO DEMOGRÁFICA DO MUNICÍPIO DE SANTARÉM
O concelho de Santarém, parte integrante da NUTII da Lezíria do Tejo, registava à data do XV

Recenseamento Geral da População e V Recenseamento Geral da Habitação / 2011 um total
de 62200 indivíduos residentes. Este valor representa um decréscimo populacional de 1363
indivíduos, relativamente ao momento censitário de 2001.
Com a reorganização administrativa do território das freguesias (Lei 11A de 28 de janeiro

de 2013) foram criadas 6 freguesias por agregação, tendo a Freguesia de Pombalinho
passado para o concelho da Golegã.
Desta forma, e retirando a população da Freguesia de Pombalinho, no Município de Santarém,

em 2011, residiam 61752 indivíduos.
Em 2011, 47% da população residente no concelho era do sexo masculino e 53% do sexo
feminino.
Q1- População residente em 2001 e 2011, no Município, por grupo etário e taxa de variação
População residente em 2001 População residente em 2011 Taxa de variação

HM H 0-14 15- 25-64 65 ou + HM H 0-14 15- 25-64 65 Var. 0-14 15- 25- 65
24 24 ou + total 24 64 ou +
Total do
concelho de 63563 30399 8938 8447 33129 13049 62200 29447 8891 6046 33101 14162 -2,14 -0,53 -28,42 -0,08 8,53
Santarém
Fonte: INE, Censos 2011
Em 2016 residiam no Município de Santarém 58474 indivíduos, mantendo-se o mesmo peso

que em 2011 do sexo masculino (47%) e feminino (53%).
A taxa de variação da população residente entre 2011/2016 é de -5,3% (em 2011 não se
considerou a população de Pombalinho).
A taxa de variação da população residente entre 2001/2016 é de -7,9%.
A estrutura demográfica da população residente em 2011 versus 2016, segundo o peso de

cada grupo etário, permite verificar a perda de 1% no grupo dos 25-64 anos e o aumento
do peso (1%) do grupo com 65 ou mais anos.
Q2- População residente em 2001 e 2016, no Município de Santarém, por grupo etário e sexo
Sexo População residente

2001 2011 2016
Grupo Homens Mulhere Total Homens Mulheres Total
Etário s
0-4 1615 1429 3044 1394 1351 2745 1177 1142 2319
06-09 1510 1437 2947 1572 1466 3038 1366 1303 2669
10-14 1596 1481 3077 1614 1491 3105 1545 1424 2969
15-19 1944 1820 3764 1493 1462 2955 1587 1468 3055
20-24 2305 2243 4548 1568 1496 3065 1387 1304 2691
25-29 2314 2332 4646 1766 1724 3490 1385 1349 2734
30-34 2152 2135 4287 2087 2160 4247 1590 1601 3191
35-39 2103 2230 4333 2226 2361 4587 1895 2071 3966
40-44 2061 2125 4186 2154 2222 4376 2079 2296 4375
45-49 2006 2037 4043 2101 2280 4371 2065 2166 4231
50-54 1947 2137 4084 2034 2152 4185 1998 2209 4207
55-59 1730 2012 3742 1950 2047 3997 1898 2107 4005
60-64 1668 1996 3664 1824 2132 3956 1827 1997 3824
65-69 1683 2075 3758 1539 2041 3500 1670 2043 3713
70-74 1533 1962 3495 1414 1875 3289 1363 1856 3219
75-79 1147 1647 2794 1214 1820 3034 1188 1688 2876
80-84 643 1098 1741 870 1442 2312 898 1493 2391
+85 430 932 1362 568 1224 1792 662 1377 2039
Total 30387 33128 63515 29385 32664 62049 27580 30894 58474
Fonte: Pordata
G1-Estrutura demográfica do Município de Santarém em 2011/2016
Título do Gráfico
52% 53%
24% 23%
14% 14%
10% 10%
0-14 15-24 25-64 MAIS 65
2016 2011
Em termos das freguesias, a partir da análise isolada de cada uma, aquelas que registavam,
em 2011 (dados não disponíveis para 2016), o maior número de população residente eram:
- S. Salvador (10513 habitantes) – União das Freguesias de Santarém
- S. Nicolau (9627 habitantes) – União das Freguesias de Santarém
- Marvila (9044 habitantes) – União das Freguesias de Santarém
- Alcanede (4547 habitantes)
- Vale de Santarém (2920 habitantes)
No extremo oposto estão as freguesias que registavam o menor número de população

residente:
- Vaqueiros (285 habitantes) – União de Freguesias de Casével e Vaqueiros
- Azoia de Baixo (297 habitantes) – União de Freguesias de Achete, Azoia de Baixo e
Póvoa de Santarém
- Azoia de Cima (496 habitantes) – União de Freguesias de Azoia de Cima e Tremês
- Gançaria (514 habitantes)
Q3-População residente em 2001 e 2011 na União de Freguesias de Achete, Azoia de Baixo e Póvoa de
Santarém, por grupos etários e taxa de variação

Freguesias HM H 0- 15- 25- 65 HM H 0- 15- 25- 65 Var. 0-14 15-24 25- 65
14 24 64 ou 14 24 64 ou total 64 ou +
+ +
Achete 1895 922 198 249 920 528 1918 938 267 151 987 513 1,21 34,85 -39,36 7,28 -2,84
Azoia de Baixo 278 111 32 20 107 119 297 124 53 13 121 110 6,83 65,63 -35,00 13,08 -7,56
Póvoa de Santarém 641 328 98 63 349 131 708 342 108 64 344 192 10,45 10,20 1,59 -1,43 46,56
Total 2814 1361 328 332 1376 778 2923 1404 428 228 1452 815 3,87 3,16 -31,33 5,52 4,76
Q4-População residente em 2001 e 2011 na União de Freguesias de Azoia de Cima e Tremês, por grupos
etários e taxa de variação

Fregue HM H 0- 15- 25- 65 HM H 0- 15- 25- 65 Var. 0-14 15-24 25- 65 ou +
sias 14 24 64 ou 14 24 64 ou total 64
+ +
Azoia 537 264 76 65 263 133 496 239 57 47 256 136 -7,64 -25,00 -27,69 -2,66 2,26
de
Cima
Tremês 2146 998 258 283 1069 536 1981 931 252 168 1007 554 -7,69 -2,33 -40,64 -5,80 3,36
Total 2683 1262 334 348 1332 669 2477 1170 309 215 1263 690 -7,68 -7,49 -38,2 -5,80 3,14
Q5-População residente em 2001 e 2011 na União de Freguesias de Casével e Vaqueiros, por grupos etários e
taxa de variação

Freguesias HM H 0- 15- 25- 65 HM H 0- 15- 25- 65 Var. 0-14 15-24 25- 65 ou +
14 24 64 ou 14 24 64 ou total 64
+ +
Casével 1034 497 105 146 475 308 864 424 86 74 452 252 -16,44 -18,10 -49,32 -4,84 -18,18
Vaqueiros 317 154 45 35 146 91 285 137 32 39 139 75 -10,09 -28,89 11,43 -4,79 -17,28
1351 651 150 181 621 399 1149 561 118 113 591 327 -14,95 -21,33 -37,57 -4,83 -18,05
Total
Q6-População residente em 2001 e 2011 na União de Freguesias de Romeira e Várzea, por grupos etários e
taxa de variação

Freguesias HM H 0- 15- 25- 65 HM H 0- 15- 25- 65 Var. 0-14 15-24 25-64 65 ou +
14 24 64 ou 14 24 64 ou total
+ +
Romeira 775 377 98 91 398 188 783 388 120 74 414 175 1,03 22,45 -18,68 4,02 -6,91
Várzea 1685 835 233 211 886 355 1817 897 275 161 978 403 7,83 18,03 -23,70 10,38 13,52
Total 2460 1212 331 302 1284 543 2600 1285 395 235 1392 578 5,69 19,34 -22,19 8,41 6,45
Q7-População residente em 2001 e 2011 na União de Freguesias de Santarém, por grupos etários e taxa de
variação

Freguesias HM H 0-14 15- 25-64 65 ou HM H 0-14 15- 25-64 65 ou Var. 0-14 15-24 25-64 65 ou +
24 + 24 + total
Santarém 9584 4330 1289 1354 5084 1857 9044 4016 1113 970 4609 2352 -5,63 -13,65 -28,36 -9,34 26,66
(Marvila)
Santarém 1021 489 135 144 491 251 745 329 100 88 350 207 -27,03 -25,93 -38,89 -28,72 -17,53
(Stª Iria )
Santarém 9036 4237 1507 1228 4915 1386 9627 4501 1620 1033 5431 1543 6,54 7,50 -15,88 10,50 11,33
(S. Nicolau)
Santarém 9211 4402 1532 1226 5134 1319 10513 4993 1816 1118 6040 1539 14,14 18,54 -8,81 17,65 16,68
(S. Salvador)
Total 28852 13458 4463 3952 15624 4813 29929 13839 4649 3209 1643 5641 3,73 4,16 -18,80 5,15 17,20
0
Q8-População residente em 2001 e 2011 na União de Freguesias de São Vicente do Paul e Vale de Figueira,
por grupos etários e taxa de variação

Freguesias HM H 0-14 15- 25-64 65 HM H 0-14 15- 25-64 65 Var. 0-14 15-24 25-64 65
24 ou + 24 ou + total ou +
São 2085 1008 276 286 1013 510 1835 880 220 162 924 529 -11,99 -20,29 -43,36 -8,79 3,73
Vicente
do Paul
Vale de 1294 641 159 145 682 308 1082 540 135 97 563 287 -16,38 -15,09 -33,10 -17,45 -6,82
Figueira
3379 1649 435 431 1695 818 2917 1420 355 259 1487 816 -13,67 -18,39 -39,91 -12,27 -0,24
Total
Q9-População residente em 2001 e 2011, por freguesia, por grupo etário e taxa de variação

Freguesias HM H 0-14 15- 25-64 65 HM H 0-14 15- 25-64 65 Var. 0-14 15-24 25- 65 ou
24 ou + 24 ou + total 64 +
Abitureiras 1005 479 114 129 482 280 972 455 114 75 502 281 -3,28 0,00 -41,86 4,15 0,36
Abrã 1221 594 161 175 621 264 1122 550 170 94 609 249 -8,11 5,59 -46,29 -1,93 -5,68
Alcanede 5048 2542 700 707 2573 1068 4547 2247 612 439 2362 1134 -9,92 -12,57 -37,91 -8,20 6,18
Alcanhões 1615 766 200 202 793 420 1469 704 203 116 777 373 -9,04 1,50 -42,57 -2,02 -11,19
Almoster 1827 879 211 227 892 497 1818 852 244 147 909 518 -0,49 15,64 -35,24 1,91 4,23
Amiais de 2079 1045 263 279 1076 461 1851 908 234 159 975 483 -10,97 -11,03 -43,01 -9,39 4,77
Baixo
Arneiro
das 936 451 98 113 433 292 835 399 91 69 402 273 -10,79 -7,14 -38,94 -7,16 -6,51
Milhariças

Freguesias HM H 0-14 15- 25-64 65 HM H 0-14 15- 25-64 65 Var. 0-14 15-24 25- 65 ou
24 ou + 24 ou + total 64 +
Gançaria 556 269 66 91 281 118 514 247 50 39 269 156 -7,55 -24,24 -57,14 -4,27 32,20
Moçarria 1212 607 161 153 628 270 1136 549 153 107 594 282 -6,27 -4,97 -30,07 -5,41 4,44
Pernes 1689 826 229 205 848 407 1446 688 149 133 733 431 -14,39 -34,93 -35,12 - 5,90
13,56
Póvoa da 1162 554 173 133 605 251 1127 553 150 99 601 277 -3,01 -13,29 -25,56 -0,66 10,36
Isenta
Vale de 3144 1537 468 436 1713 527 2920 1403 427 275 1553 665 -7,12 -8,76 -36,93 -9.34 -26,19
Santarém
Relativamente à densidade populacional regista-se que a evolução acompanha a tendência

decrescente verificada na população residente.
Q10- Densidade Populacional no Município de Santarém de 2001 a 2016
2001 2011 2016
113% 110,8% 105,8%

Fonte: Pordata
Em termos da população residente segundo o estado civil, em 2011, verifica-se que 46% da
população é casada, 38% solteiros, 9% viúvos e 7% divorciados.
De salientar que 83% dos viúvos são mulheres, 58% dos divorciados também o são e que
52% dos solteiros são homens.
Q11-População residente no Município de Santarém, segundo o estado civil e sexo em 2011
Total Solteiro Casado Divorciado Viúvo
HM 62200 23568 28897 4155 5580

H 29455 12338 14410 1745 962
M 32745 11230 14487 2410 4618
Fonte: INE, Censos 2011.
Observa-se, no momento censitário de 2011, uma razão de feminidade de 111% no

concelho de Santarém e em todas as freguesias o número de mulheres é superior ao número
de homens. Em 2016, a razão de feminidade continua a ser de 111% (relação de
masculinidade em 2016, de 89%).
Q12-Razão de Feminidade por freguesia em 2011
Freguesias 2011
(%)
Concelho 111
União das Freguesias de Santarém Santarém (Marvila) 125
Santa Iria da Ribeira de 126
Santarém
Santarém (São Nicolau) 114
Santarém (São Salvador) 110
União das Freguesias Romeira e Romeira 102
Várzea Várzea 103
União das Freguesias de Achete, Achete 105
Azoia de Baixo e Póvoa de Azoia de Baixo 136
Santarém Póvoa de Santarém 107
União das Freguesias de Azoia de Azoia de Cima 108
Cima e Tremês Tremês 113
União de Freguesias de Casével e Casével 104
Vaqueiros Vaqueiros 108
União de Freguesias de São Vicente São Vicente do Paúl 109
do Paul e Vale de Figueira Vale Figueira 100
Abitureiras 114
Abrã 104
Alcanede 102
Alcanhões 108
Almoster 113
Amiais de Baixo 104
Arneiro das Milhariças 109
Gançaria 108
Moçarria 107
Pernes 110
Póvoa da Isenta 104
Vale de Santarém 108
A relação entre a população com idade igual ou superior a 65 anos e com idade igual ou
superior a 75 anos – índice de longevidade – mostra que o grupo dos 65 e mais anos tem o
maior peso, no entanto, a tendência é do aumento das pessoas com 75 ou mais anos.
Q13-Índice de longevidade do concelho de Santarém de 1960 a 2016 (%)
1960 1981 2001 2011 2016
33,1 36,3 44,2 50,6 51,3

Fonte: PORDATA, segundo os X e XV recenseamentos da população
Outros indicadores como o índice dependência total, o índice de dependência de jovens e o

índice de dependência de idosos ajudam-nos a perceber o peso destes grupos na população
ativa.
O Índice dependência total (IDT) do concelho em 2011, coeficiente entre o somatório das
pessoas com idades compreendidas entre os 0-14 anos e as pessoas com idade igual ou
superior a 65 anos, e o número de pessoas entre os 15 e os 64 anos, é de 59,2 %. Em 2016,
este índice é de 61,2%.
De salientar que as freguesias com um maior IDT, em 2011, são Azoia de Baixo (121,6%) e
Gançaria (101,3%), isto é, têm o maior peso dos jovens e idosos no grupo etário dos
indivíduos com 15 – 64 anos. As freguesias com um menor IDT são S. Salvador (46,9%) e
S. Nicolau (48,9%).
Q14-Índice de Dependência total por freguesia em 2011
Freguesias 2011 (%)

Portugal 51,2
Concelho 59,2
Santarém (Marvila) 62,3
Santa Iria da Ribeira de 70,1
União das Freguesias de Santarém Santarém
Santarém (São Nicolau) 48,9
Santarém (São Salvador) 46,9
União das Freguesias Romeira e Romeira 66,5
Várzea Várzea 59,5
União das Freguesias de Achete, Achete 68,5
Azoia de Baixo e Póvoa de Azoia de Baixo 121,6
Santarém Póvoa de Santarém 73,5
União das Freguesias de Azoia de Azoia de Cima 63,7
Cima e Tremês Tremês 68,6
União de Freguesias de Casével e Casével 64,3
Vaqueiros Vaqueiros 60,1
União de Freguesias de São Vicente São Vicente do Paul 69,0
do Paul e Vale de Figueira Vale Figueira 63,9
Abitureiras 68,5
Abrã 59,9
Alcanede 62,3
Alcanhões 64,5
Almoster 72,2
Amiais de Baixo 63,2
Arneiro das Milhariças 77,3
Gançaria 101,3
Moçarria 62,1
Pernes 67,0
Póvoa da Isenta 61,0
Vale de Santarém 59,7
O índice de dependência de jovens do concelho de Santarém é de 22, 8% em 2011 (peso da

população entre os 0-14 anos na população entre os 15 e 64 anos). Em 2016 era de 21,9%.
Q15-Índice de Dependência dos Jovens do Município de Santarém entre 2001-2016
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2011 2016*

Santarém % % % % % % % % %
21,40 45,90 46,50 47,40 48,20 49,30 49,60 22,8 21,9
Fonte: Censos 2011 e 2001; Diagnóstico Social 2010-2013/*Pordata
Por outro lado o índice de dependência de jovens nas freguesias, permite observar que a
freguesia de Azoia de Baixo tem o índice mais elevado do concelho (39,6%), tendência já
verificada em 2001. A freguesia de Gançaria apresenta o menor peso (16,2%).
Q16-Índice de Dependência de Jovens, por freguesia em 2011
Freguesias 2011
(%)
Portugal 22,7
Concelho 22,8
União das Freguesias de Santarém Santa Iria da Ribeira de 22,8
Santarém
Abitureiras 19,8
Abrã 24,3
Alcanede 21,8
Alcanhões 22,7
Almoster 23,1
Gançaria 16,2
Moçarria 21,8
Pernes 17,2
O índice de dependência de idosos, coeficiente entre o número de pessoas com 65 ou mais

anos e o número de pessoas com idades entre os 15 e 64 anos, mostra, desde 2001, o
aumento do peso do grupo etário dos 65 ou mais anos. Em 2011, este índice era de 36,2%.
Em 2016 era de 39,2%.
De salientar os valores deste índice nas freguesias de Azoia de Baixo (82,1%),

Arneiro das Milhariças (57,9%), Gançaria (50,6%) e Pernes (49,8%).
Q17-Índice de dependência de idosos do Município de Santarém entre 2001 e 2016
Período de
referência 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2011 2016*
dos dados (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%)
Santarém 31,4 31,70 31,50 31,90 32 32 32,30 36,2 39,2

Fonte: Diagnóstico Social do Concelho de Santarém, 2009 e Censos 2001 e 2011/* Pordata
Q18-Índice de dependência de idosos do Município de Santarém por freguesia em 2011
Freguesias 2011
(%)
Portugal 28,5
Concelho 36,2
União das Freguesias de Santarém Santa Iria da Ribeira de Santarém 47,3
Azoia de Baixo e Póvoa de Santarém Azoia de Baixo 82,1
Póvoa de Santarém 47,1
do Paul e Vale de Figueira Vale de Figueira 43,5
Abitureiras 48,7
Abrã 35,6
Alcanede 40,5
Alcanhões 41,8
Almoster 49,1
Gançaria 50,6
Moçarria 40,2
Pernes 49,8
Em termos do índice de sustentabilidade potencial, número de indivíduos em idade ativa por

idoso, verificamos uma tendência decrescente ao longo dos anos.
Q19- Índice de Sustentabilidade Potencial no Município de Santarém de 2001 a 2016
2001 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Santarém % % % % % % % % %
3,1 2,9 2,9 2,8 2,8 2,7 2,6 2,6 2,5
NATALIDADE
Em termos da natalidade no concelho de Santarém verifica-se uma redução ao longo dos

anos, assim como a taxa de fecundidade geral (número total de nados vivos numa
determinada região, para determinado período de tempo, relativamente às mulheres em

idade fértil – 15-49 anos de idade – estimadas para o meio do período considerado).
Verifica-se também, que a idade das mães é cada vez mais tardia. Em 1981, a maioria foi
mãe aos 20-24 anos e aos 25-29 anos. Em 2012, 2016 e 2017 os grupos etários com maior
natalidade foram dos 30-34 e dos 35-39 anos.
Q20-Taxa Bruta de Natalidade no Município de Santarém de 1981 a 2016 (‰)
1981 1995 2001 2009 2010 2011 2016
13,5 8,5 10,2 9,4 9,2 8,4 8,1

Fonte: PORDATA
Q21-Taxa de Fecundidade Geral no Município de Santarém de 2001 a 2016 (‰)
2001 2009 2010 2011 2012 2016
43,4 41,8 41,3 37,9 36,8 38,4

Fonte: PORDATA
Q22 - Nados vivos no Município de Santarém, por sexo de 2001 a 2017
2001 2011 2016 2017

Masculino 341 287 232 224
Feminino 307 233 239 179
Total 648 520 471 403
Fonte: PORDATA
Q23-Nados Vivos de mães residentes no Município de Santarém: total e por grupo etário da mãe de 1981 a
2017
Grupo Etário 1981 2001 2011 2012 2016 2017
0-14 1 0 0 0 0 0
15-19 96 29 16 18 16 12
20-24 292 101 57 56 41 33
25-29 262 236 141 114 101 82
30-34 130 172 160 174 159 147
35-39 50 94 124 115 113 103
40-44 13 13 21 16 37 25
45-49 2 3 1 1 3 1
+ 50 anos 0 0 0 0 1 0
Fonte: Pordata
Em 2017, a maioria das mães dos nados vivos residentes no Município de Santarém possuía
um nível superior de escolaridade e 58,3% foi fora do casamento, por coabitação dos pais.
Em 2001, esta relação era de 22,4%.
Q24- Nados Vivos de mães residentes no Município de Santarém: total e por nível de escolaridade completo
mais elevado da mãe de 2001 a 2017
Nível de escolaridade 2001 2011 2016 2017

s/ nível de escolaridade 5 5 0 1
Básico/1º Ciclo 14 20 14 10
Secundário 280 194 159 121
Superior 157 197 198 178
Fonte: Pordata
Os nados vivos fora do casamento com e sem coabitação dos pais, entre 1995 e 2012,
tiveram um crescimento para lá do dobro.
Q25-Nados vivos fora do casamento, com coabitação e sem coabitação dos pais no Município de Santarém de
1995 a 2016 (%)
1995 2001 2011 2012 2016
15,4 22,4 47,1 46,8% 60,3
Fonte: Pordata
Q26- Nados vivos de mães residentes no Município de Santarém: total e fora do casamento de 2001 a 2017
2001 2011 2016 2017

Nados vivos fora
do casamento 145 245 284 235
Total de nados
vivos 648 520 471 403
Fonte: Pordata
Q27-Nados vivos de mães residentes no Município de Santarém fora do casamento por coabitação dos pais
(valores absolutos)
1995 2001 2011 2012 2016 2017
83 145 245 231 284 235

Fonte: Pordata
Relativamente ao índice sintético de fecundidade, número médio de filhos por mulher em

idade fértil, verifica-se a sua diminuição ao longo dos anos mas com uma recuperação a
partir de 2015 e 2016.
Q28- Índice Sintético de fecundidade do Município de Santarém de 2001 a 2016
2001 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
1,46 1,45 1,44 1,34 1,31 1,24 1,28 1,36 1,45
Fonte: Pordata
MORTALIDADE
A Taxa de Mortalidade do concelho de Santarém não tem sofrido grandes alterações ao longo
dos anos, sendo de 13,9‰ em 2016. Já a Taxa de Mortalidade Infantil, tem decrescido
substancialmente, sendo nula em 2012, bem como os óbitos de residentes no concelho no
primeiro ano de vida. Em 2017 esta taxa era de 2,5‰.
Q29-Taxa Bruta de Mortalidade no Município de Santarém de 1960 a 1916 (‰)
1960 1981 1996 2001 2009 2010 2011 2012 2014 2016
10,3 12,2 12,1 13,0 12,6 13,1 12,9 12,4 12,8 13,9
Fonte: PORDATA
Q30-Taxa de Mortalidade Infantil no Município de Santarém de 1960 a 2017 (‰)
1960 1981 1996 2001 2009 2010 2011 2012 2014 2016 2017
48,4 21,3 1,7 4,6 1,7 5,2 3,8 0,0 2,2 12,7 2,5
Fonte: PORDATA
Q31-Óbito de residentes no Município de Santarém: total e no primeiro ano de vida de 1960 a 2017
1960 1981 1996 2001 2009 2010 2011 2012 2014 2016 2017
Total 658 766 764 827 789 816 803 760 767 815 732
Menos
de 1 52 18 1 3 1 3 2 0 1 6 1
ano de
vida
Fonte: PORDATA
Os óbitos de crianças com menos de 28 dias de vida têm também, uma fraca expressão no
Município, sendo nulos em 2017.
Q32-Óbitos neonatais* de mães residentes no Município de Santarém de 1981 a 2017
1981 1996 2001 2009 2010 2011 2014 2016 2017
14 0 1 1 3 2 1 5 0
Fonte: PORDATA *Óbitos em crianças com menos de 28 dias de idade.
Q33- Neonatais em % dos óbitos no primeiro ano de vida de 2001 a 2017
2001 2011 2016 2017

33,3% 100 83,3% 0
Fonte: PORDATA
Os óbitos perinatais, bebés que morrem durante a primeira semana de vida, têm uma maior
expressão que os óbitos anteriores (neonatais), no entanto, em 2017 também foram nulos.
Q34- Óbito perinatais de mães residentes no Município de Santarém de 1981 a 2017
1981 1996 2001 2009 2010 2011 2014 2016 2017

27 2 2 2 4 2 1 4 0
Fonte: PORDATA
Relativamente aos óbitos por sexo, verifica-se que a partir de 2011 a tendência anterior
inverte-se, morrendo mais mulheres que homens, com exceção em 2016. A maioria dos
óbitos são no grupo etário dos 70 e mais anos e as principais causas são as doenças do
aparelho circulatório, seguidas dos tumores malignos.
Q35-Óbitos por sexo no Município de Santarém de 1960 a 2017
Sexo 1960 1981 1996 2001 2009 2010 2011 2012 2016 2017
Masculino 345 406 413 419 408 420 385 371 379 341
Feminino 313 360 351 408 381 396 418 389 436 391
Total 658 766 764 827 789 816 803 760 815 732
Fonte: PORDATA
Q36-Óbitos por grupos etários no Município de Santarém de 1960 a 2017
Grupos 1960 1981 1996 2001 2009 2010 2011 2012 2016 2017
Etários
<01ano 52 18 1 3 1 3 2 0 6 1
1-4 anos 13 5 0 2 0 0 2 0 0 0
5-9 anos 2 4 1 0 0 1 1 0 0 0
10-19 8 6 3 4 0 2 1 1 2 2
anos
20-29 8 6 11 13 5 2 5 1 2 3
anos
30-39 21 18 18 19 8 5 9 11 7 3
anos
40-49 27 23 24 17 20 15 21 24 13 10
anos
50-59 63 85 39 36 36 37 41 38 45 46
anos
60-69 103 125 118 105 80 81 78 75 79 68
anos
70+ 356 476 549 628 639 670 643 610 661 599
anos
Ignorado 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fonte: PORDATA
Q37-Óbitos por algumas causas de morte no Município de Santarém de 1981 a 2016 (%)
Causas de morte 1981 2001 2009 2010 2011 2014 2016

Doenças do 39,2 36,5 32,4 33,9 29,8 28,6 24,2
aparelho
circulatório
Tumores 14,1 17,3 20,2 19,5 20,0 20,6 21,6
malignos
Lesões e 9,3 4,0 5,4 3,8 4,2 0,3 0
envenenamentos
Diabetes 1,3 5,3 5,4 5,5 5,9 4,4 4,3
Doenças do 5,0 8,2 10,6 13,4 11,7 18 16,1

aparelho
respiratório
Doenças do 3,0 3,9 4,3 4,9 5,0 4,6 4,7
aparelho
digestivo
Suicídio 1,0 0,8 2,5 1,0 1,9 1,3 1,5
Fonte: PORDATA
FAMÍLIAS
No concelho de Santarém, em 2011, existiam 24941 famílias clássicas (conjunto de pessoas

que residem no mesmo alojamento e que têm relações de parentesco (de direito ou de facto)
entre si, podendo ocupar a totalidade ou parte do alojamento - INE) e 39 famílias
institucionais, concentradas na freguesia de Marvila (13). Em termos de alojamentos
familiares clássicos existiam, em 2011, 35098, isto é, alojamento que, normalmente, se
destina a alojar apenas uma família e não é totalmente utilizado para outros fins (INE). A
dimensão média da família no concelho, em 2011, é de 2,5 pessoas. Em 1960 era de 3,2
pessoas e em 1981 de 3 pessoas.
De notar ainda a evolução das famílias clássicas unipessoais – pessoas independentes que
ocupam uma parte ou a totalidade de um alojamento (INE). Este indicador inclui pessoas
independentes não aparentadas, que partilham alojamentos, constituindo cada uma delas
uma família clássica unipessoal. No concelho, em 1960 eram 9,4% das famílias, sendo em
2011 de 23,7%.
Q38-Famílias e núcleos familiares no Município de Santarém, por freguesia em 2011
Freguesias Famílias Núcleos

Clássicas Institucionais familiares
Concelho 24941 39 19123
União das Freguesias Santarém 3862 13 2647
de Santarém (Marvila)
Santa Iria da 323 0 230
Ribeira de
Santarém
Santarém (São 3922 5 2925
Nicolau)
Santarém (São 4161 3 3251
Salvador)
União das Freguesias Romeira 289 1 246
Romeira e Várzea Várzea 695 0 582
União das Freguesias Achete 759 2 604
de Achete, Azoia de Azoia de Baixo 740 1 569
Baixo e Póvoa de Póvoa de 246 1 212
Santarém Santarém
União das Freguesias Azoia de Cima 206 0 159
de Azoia de Cima e Tremês 808 1 631
Tremês
União de Freguesias de Casével 370 0 267
Casével e Vaqueiros Vaqueiros 105 0 91
União de Freguesias de São Vicente do 717 0 593

São Vicente do Paul e Paúl
Vale de Figueira Vale de Figueira 417 0 353
Abitureiras 385 2 301
Abrã 447 0 355
Alcanede 1775 0 1449
Alcanhões 558 2 452
Almoster 706 2 541
Amiais de Baixo 740 1 569
Arneiro das Milhariças 363 0 262
Gançaria 192 0 160
Moçarria 441 0 355
Pernes 565 2 422
Póvoa da Isenta 424 2 336
Vale de Santarém 1164 1 925
Q39-Evolução das famílias clássicas unipessoais no Município de Santarém (%)
1960 1981 2001 2011
9,4 12,8 20,9 23,7
Fonte: PORDATA
Verifica-se a tendência de crescimento das famílias de 1 pessoa e duas pessoas,

contrariamente, às famílias de 3-5 pessoas e mais de 6 pessoas. Simultaneamente observa-
se o crescimento das famílias unipessoais com 65 e mais anos, isto é, idosos a viverem
sozinhos. Estas famílias representam, em 2017, 54% do total das famílias clássicas
unipessoais.
Q40- Famílias clássicas segundo os censos, no Município de Santarém: total e por número de indivíduos de
1960 a 2011
1960 1981 2001 2011

1 pessoa 1847 2673 5078 5909
2 pessoas 5069 6287 7687 8412
3-5 pessoas 11308 10914 11081 10307
6+ 1368 1022 424 313
Total de famílias 19592 20896 24270 24941
Fonte: Pordata
Q41- Famílias clássicas unipessoais segundo os censos: total e com 65 e mais anos de 2001 a 2011
2001 2011
Total de famílias clássicas
unipessoais 5078 5909
Famílias clássicas unipessoais
com 65 e mais 2859 3193
Fonte: Pordata
No Município de Santarém, em 2017, a taxa de nupcialidade era de 5,5%o. Relativamente,

aos casamentos e divórcios observa-se, no período de 1984 a 2012, tendências opostas: os
casamentos sofreram uma taxa de variação de – 49,26% enquanto que os divórcios tiveram
uma taxa de variação de 89%.
De notar que em 2017 a maioria dos casamentos são civis (64%), contrariamente, ao que
acontecia até 2001.
Em termos da nacionalidade dos cônjuges, verifica-se que apenas 8,5% dos casamentos
foram contraídos entre um cônjuge português e um cônjuge estrangeiro.
Q42- Taxa Bruta de Nupcialidade no Município de Santarém de 1981 a 2017 (%o)
1981 2001 2011 2016 2017
7,1 5,5 3,4 2,4 5,5

Fonte: Pordata
Q43-Evolução dos casamentos no Município de Santarém de 1981 a 2017
1981 1984 1995 2001 2009 2010 2011 2012 2016 2017
444 337 375 349 228 197 208 171 143 164
Fonte: Pordata
Q44-Casamentos entre pessoas de sexo aposto no Município de Santarém: total e por forma de celebração de
1960 a 2017
1960 1981 2001 2011 2016 2017

Civil 30 163 128 110 79 105
Católica 427 281 221 97 60 56
Outra - - - 1 2 2
Fonte: Pordata
Q45- Total de casamentos no Município de Santarém, por nacionalidade dos cônjuges de 1984 a 2017
1984 2001 2011 2016 2017

Ambos os
cônjuges 335 343 186 130 150
portugueses
Um cônjuge
português e 2 4 21 13 14
outro
estrangeiro
Ambos os
cônjuges 0 2 1 0 0
estrangeiros
Total 337 349 208 143 164
Fonte: Pordata
Relativamente aos divórcios verifica-se o seu crescimento, nomeadamente a partir de 2001,

não sendo determinante a forma de celebração. Em 2016 a taxa bruta de divorcialidade foi
de 2,4%o. Em 2011 foi de 3,2%o.
Os divórcios são mais frequentes nos casamentos celebrados catolicamente, mesmo a partir
de 2011, quando o número de casamentos civis é superior ao de casamentos católicos.
Q46- Taxa bruta de divorcialidade no Município de Santarém de 1960 a 2016
1960 1984 2001 2011 2014 2016
0,1 0,3 2,2 3,2 2,2* 2,4*

Fonte: Pordata * valor provisório
Q47- Evolução dos divórcios no Município de Santarém de 1960 a 2016
1960 1984 2001 2011 2014 2016
5 19 141 201 129* 143*

Fonte: Pordata *valor provisório
Q48- Divórcios no Município de Santarém por forma de celebração do casamento de 1995 a 2016
1995 2001 2011 2014 2016

Civil 7 56 81 60* 60*
Católica 27 85 120 69* 83*
Outra 0 0 0 0* 0*
Total 34 141 201 129* 143*
Fonte: Pordata *dado provisório
ALOJAMENTOS
No concelho de Santarém a maioria dos alojamentos familiares são clássicos (99%), isto é:
alojamento familiar constituído por uma divisão ou conjunto de divisões e seus anexos num
edifício de caráter permanente ou numa parte estruturalmente distinta do edifício, devendo
ter uma entrada independente que dê acesso direto ou através de um jardim ou terreno a
uma via ou a uma passagem comum no interior do edifício (escada, corredor ou galeria, entre
outros), existindo 65 alojamentos coletivos localizados sobretudo na União das Freguesias
de Santarém.
Q49-Alojamentos familiares, coletivos e edifícios clássicos no Município de Santarém em 2011
Freguesias Alojamentos familiares Alojamentos Edifícios

Total Clássicos Não coletivos Clássicos
clássicos
Concelho 35098 35026 72 65 24325
União das Freguesias Santarém 5327 5306 21 17 1632
de Santarém (Marvila)
Santa Iria da 481 470 11 - 339
Ribeira de
Santarém
Santarém 5201 5197 4 9 1727
(São
Nicolau)
Santarém 5304 5300 4 9 2580
(São
Salvador)
União das Freguesias Romeira 432 431 1 2 423
Romeira e Várzea Várzea 942 942 - 4 905
União das Freguesias Achete 1210 1209 1 2 1202
de Achete, Azoia de Azoia de 146 146 - 1 139
Baixo e Póvoa de Baixo
Santarém Póvoa de 353 352 1 1 348
Santarém
União das Freguesias Azoia de 331 330 1 2 322
de Azoia de Cima e Cima
Tremês Tremês 1156 1155 1 1 1128
União de Freguesias de Casével 615 612 3 1 600
Casével e Vaqueiros Vaqueiros 174 174 - - 166
União de Freguesias de São Vicente 1168 1165 3 - 1155
São Vicente do Paul e do Paúl
Vale de Figueira Vale Figueira 585 585 - - 551
Abitureiras 585 585 - 2 581
Abrã 686 686 - - 664
Alcanede 2456 2456 - - 2388
Alcanhões 794 794 - 2 781
Almoster 1265 1261 4 2 1257
Amiais de Baixo 1042 1041 1 1 959
Arneiro das Milhariças 575 574 1 1 569
Gançaria 278 278 - - 273
Moçarria 661 660 1 - 653
Pernes 769 767 2 3 632
Póvoa da Isenta 661 659 2 2 655
Vale de Santarém 1597 1587 10 3 1393
Relativamente, ao índice de lotação dos alojamentos, existem mais alojamentos sublotados

do que sobrelotados.
Q50-Índice de lotação dos alojamentos familiares clássicos, ocupados como residência habitual
Índice de lotação
Alojamentos sublotados Alojamentos sobrelotados Nº de
Nº de divisões excedentes divisões em falta
Total 3 ou mais 2 divisões 1 divisão Normal 1 divisão 2 divisões 3 ou mais
divisões divisões
24606 4418 5963 7747 4613 1500 297 68
Quanto às caraterísticas dos alojamentos de referir que existem 54 alojamentos familiares

sem instalações (retrete, água e sistema de aquecimento), afetando 144 pessoas residentes.
Sem água canalizada no alojamento ou edifício ainda existem 133 alojamentos e sem
instalação de banho ou duche existem 460.
Q51-Alojamentos familiares, ocupados como residência habitual, segundo as instalações existentes (retrete,
água, e sistema de aquecimento) nos alojamentos
Retrete, água e Apenas retrete Apenas Apenas água Apenas Apenas água Apenas Sem
sistema de e água retrete e e sistema de retrete sistema de instala
Santarém aquecimento sistema de aquecimento aquecimento ções
C/ S/ C/ S/ aquecimen
banho banho banho banho to
Alojament 23021 153 1197 51 71 30 14 26 61 54
os
Famílias 23258 155 1214 52 73 30 14 26 61 54
Clássicas
Pessoas 57958 283 2529 78 119 46 19 34 120 144
residentes
Q52-Alojamentos familiares, ocupados como residência habitual, segundo as instalações (água canalizada,
banho/duche, ar condicionado e sistema de aquecimento) existentes nos alojamentos
Com água canalizada C/ água S/n Instalação de Ar condicionado Sistema de aquecimento disponível
no aloj. canaliza água banho ou duche
Provenien Proveni da fora canaliza C/ S/ C/ AC S/AC Aque Aquecimento não central S/
te da rede ente aloj. da no instalaç instal c. aquecim
pública rede Mas alojame ão ação Centr ento
particul disponív nto ou banho banh al
ar el no edifíco ou o ou
edíficio duche duch
Santarém e
Lareira Recu Aparelhos Aparelh
aberta perad móveis os fixos
or
calor
Alojament 23751 768 26 133 24218 460 4265 20413 1441 6265 2267 11077 2286 1342
os
Famílias 24007 771 26 133 24472 465 4296 20641 1453 6327 2278 11216 2303 1360
clássicas
Residente 59066 1935 71 258 60487 843 11960 49370 4204 16193 6553 25561 6015 2804
s
Q53-Alojamentos familiares, ocupados como residência habitual , segundo as instalações sanitárias existentes
nos alojamentos
Instalações sanitárias (retrete/esgotos)

Com retrete no alojamento Retrete fora Sem
C/ dispositivo de descarga S/ dispositivo de descarga do retrete
Ligado à Ligado a Outros Ligado à Ligado a Outros alojamento
rede sistema casos rede sistema casos mas
pública de particular pública de particular disponível
drenagem de drenagem de no edifício
de águas drenagem de águas drenagem
residuais de águas residuais de águias
residuais residuais
Alojamentos 14890 9058 307 50 126 35 14 198
Famílias 15059 9142 310 51 126 35 14 200
Clássicas
Pessoas 36427 23353 745 98 234 56 28 389
Residentes
Quanto aos alojamentos clássicos arrendados verifica-se que a maioria paga de renda de 200
a menos de 300 Euros e que os arrendados entre 2006-2011 pagam maioritariamente de
300 a menos 400 Euros.
Q54-Alojamentos clássicos arrendados, ocupados como residência habitual, segundo o escalão de renda por
época do contrato do arrendamento
Alojamentos clássicos arrendados segundo o escalão de renda (EUROS)

Total Menos De 20 De 35 De 50 De 75 De De De De 300 a De 400 De 500 650€
20 € a a a a 100 a 150 a 200 a menos a a ou
menos menos menos menos menos menos menos 400€ menos menos mais
35 € 50 € 75€ 100€ 150€ de 300€ 500€ 650€
200€
Santarém 3975 397 397 220 261 144 306 319 810 807 217 75 22
Antes de 968 250 277 148 155 54 50 18 8 5 2 1 -
1975
1975- 377 61 56 33 54 43 70 32 21 6 - 1 -
1986
1987- 116 11 7 7 13 5 28 13 24 4 3 - 1
1990
1991- 266 19 13 13 15 14 35 38 60 39 14 4 2
2000
2001- 317 9 9 6 7 12 28 49 94 70 24 7 2
2005
2006- 1931 47 35 13 17 16 95 169 603 683 174 62 17
2011

OS PRINCIPAIS PROBLEMAS E NECESSIDADES DE INTERVENÇÃO SOCIAL
CRIANÇAS
No Município de Santarém, em 2016, o número de indivíduos residentes com idade dos 0-

14 anos era de 7957, representando 13,6% da população. Em 2011, eram 8891 indivíduos
(14,29%) e em 2001 representavam 14,06% da população residente. Em 1991, o peso
deste grupo etário era de 17,53%.
Entre 2001 e 2011, o decréscimo da população com 0-14 anos é residual (-0,53%), contudo
entre 2011/2016, o decréscimo é de -10,5%.
Q55-População residente dos 0-14 anos no concelho de Santarém de 2001 a 2016
2001 2011 2016

0-14 anos 0-14 anos 0-14 anos
8938 8891 7957

Fonte: INE, Censos 2011 e Pordata
Q56-População residente dos 0–14 anos – variação entre 2001 – 2011 e 2011-2016 (%)
2001/2011 2011/2016
-0.53 -10,5
De referir que é na freguesia de Pernes que o peso deste grupo etário decresce mais
significativamente, entre 2001 e 2011 (passa de 14% para 10%). Por sua vez, é em Azoia
de Baixo que se verifica o maior aumento (de 12% para 18%).
Q57- Proporção de população residente com 14 ou menos anos por freguesia (1991 a 2011)
Proporção da população residente com 14 ou menos anos de idade
1991 2001 2011

(%) (%) (%)
Concelho 18 14 14
Santarém
Santarém 18 13 12
(Marvila)
União das Santa Iria da 17 13 13
Freguesias de Ribeira de
Santarém Santarém
Santarém 19 17 17
(São Nicolau)
Santarém 19 17 17
(São
Salvador)
União das Romeira 14 13 15
Freguesias de Várzea 16 14 15
Romeira e
Várzea
União das Achete 15 10 14
Freguesias de
Achete, Azoia Azoia de 11 12 18
de Baixo e Baixo
Póvoa de Póvoa de 15 15 15
Santarém Santarém
União das Azoia de 12 14 11
Freguesias de Cima
Azoia de Cima
e Tremês
Tremês 17 12 13
União das Casével 18 10 10
Freguesias de
Casével e
Vaqueiros Vaqueiros 14 14 11
União das São Vicente 18 13 12
Freguesias de do Paul
São Vicente do
Paul e Vale Vale Figueira 16 12 12
Figueira
Abitureiras 17 11 12
Abrã 18 13 15
Alcanede 19 14 13
Alcanhões 15 12 14
Almoster 16 12 13
Amiais de Baixo 18 13 13
Arneiro das Milhariças 14 10 11
Gançaria 20 12 10
Moçarria 17 13 13
Pernes 18 14 10
Póvoa da Isenta 16 15 13
Vale de Santarém 18 15 15
Fonte: INE, Recenseamento da População e Habitação 2001 e 2011
Neste sentido, e analisando os índices de juventude, quociente entre o número de pessoas

com idades compreendidas entre os 0-14 anos e o número de pessoas com idade igual ou
superior a 65 anos, verifica-se que o Município tem um IJ de 62,5% e que as freguesias que
possuem maior índice de juventude são S. Salvador (118,0%) e S. Nicolau (105,0%)

contrariamente, a Gançaria (32,1%). Em 2016 o índice de juventude do Município de
Santarém é de 55,9% (Pordata).
Q58-Índice de Juventude por freguesia em 2011
Freguesias 2011
(%)
Portugal 79,5
Concelho 62,5
União das Freguesias de Santarém Santa Iria da Ribeira de 48,3
Santarém
Azoia de Baixo e Póvoa de Amiais de Baixo 48,4
Abitureiras 40,6
Abrã 68,3
Alcanede 54,0
Alcanhões 54,4
Almoster 47,1
Azoia de Baixo 48,2
Gançaria 32,1
Moçarria 54,3
Pernes 34,6
No presente documento as respostas educativas existentes no Município, os lares de infância

e juventude e os centros de acolhimento, para esta faixa etária, são caraterizados pela
seguinte tipologia:
1. Rede Pública
2. Rede Solidária (Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS e
Santas Casas da Misericórdia)
3. Rede Privada
1.REDE PÚBLICA
Quanto às respostas educativas para a infância da rede pública existem no Município 4

agrupamentos de escolas com ensino pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico, a saber:
Agrupamento de Escolas Afonso Henriques, Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano,
Agrupamento de Escolas Sá da Bandeira e Agrupamento de Escolas Ginestal Machado.
Estes agrupamentos cobrem a totalidade do concelho de Santarém, integrando, no ano letivo

2018/2019, 2073 alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico e 902 alunos do Pré-Escolar (ver
capítulo da Educação).
REDE SOLIDÁRIA
Em termos da rede solidária verificamos a existência de 13 instituições de solidariedade

social com respostas para a infância, tendo uma capacidade instalada para 538 utentes em
creche, 400 utentes em pré-escolar, 160 utentes em ATL/CATL, 99 utentes em lares e
centros de acolhimento, 12 utentes para Centro de Acolhimento Temporário para Crianças
em Risco e 30 utentes em Centro de Apoio à Vida:
Q59-Utentes por resposta social para a Infância da Rede Solidária
Utentes em Respostas Sociais para a Infância da Rede Solidária/Agosto 2018

Creche Pré - Escolar ATL/CATL Lares de Centro Centro de
Interrupções Infância e Acolh. Apoio à
Letivas Juventude e Temporár Vida
Centros de io para
Acolhimento crianças
em Risco
Cap. Ut. Esp. Cap. Ut. Es Cap. Ut. Esp. Cap. Ut Es Cap. Ut Cap UT.
p. . p. .
Ajuda de Mãe - - - - - - - - - - - - - - 30 35
Associação para
o
Desenvolviment 66 70 - - - - 60 60 - - - - - - - -
o Social e
48a) 48a)
Comunitário de
Santarém
Associação de
Jardins Escolas 33* 33* 75* 56* - - - - - - - - - - -
João de Deus
APPACDM 20 20 - - -
Santarém
Centro
Educativo e de 72 50 23 119 89 - 40 18 - - - - - - - -
Solidariedade b) b)
Social EZN da
Fonte Boa
Centro Social
Paroquial de 74 65 20 - - - 40 40 - - - - - - - -
Santa Margarida
de Abrã
Centro Social
Serra do 37 37 - - - - - - - - - - - - - -
Alecrim
Centro Social
Interparoquial 95 95 20 206 195 - - - - - - - - - - -
de Santarém
Centro de Apoio - - - - - - - - - 17 15 - - - - -
à Infância e
Juventude – “O
Vigilante”
Associação de 60 60 - 90 90 - - - - - - - - - - -
Jardins Escolas
João de Deus
Fundação - - - - - - - - - 30 30 - - - - -
Madre Andaluz
Lar de Santo - - - - - - - - - 40 14 - - - - -
António da
Cidade de
Santarém
Santa Casa da 26 26 - - - - - - - - - - - - - -
Misericórdia de
Pernes
Santa Casa da - -
Misericórdia de 54 54 - 62 62 - - - - 12 12 - 12 12
Santarém
Fonte: IPSS, Inquérito por questionário / a) Refere-se à resposta Creche Familiar / b) Refere-se a CATL de interrupções letiva e sem
interrupção letiva *Fonte Sistema de Informação da Segurança Social, 2017
Em lista de espera e relativamente à resposta creche, à data do preenchimento do inquérito,

existiam 63 crianças.
Neste eixo destacam-se ainda, alguns projetos: o banco de ajudas técnicas para bebés e
mamãs do Centro Social Paroquial de Santa Margarida de Abrã (10 utentes); o Projeto de
Policiamento de Proximidade da Polícia de Segurança Pública (PSP), o Gabinete de Orientação
Profissional e Mães de Palmo e ½ da Ajuda de Mãe; o Projeto CARE da APAV– Apoio (jurídico,
psicológico e social) a crianças e jovens vítimas de violência doméstico e o Projeto História
dos nossos Avós do CES Fonte Boa. Refere-se ainda, a Fundação Luísa Andaluz com o projeto
de Acompanhamento de Crianças e Jovens que já estiveram institucionalizadas na Instituição
2. REDE PRIVADA
Na rede privada identificaram-se sete entidades com resposta de creche, cinco com jardim
de infância, cinco com CATL e uma com o 1º Ciclo do Ensino Básico. De referir que a
Associação Jardins Escolas João de Deus, IPSS também tem em funcionamento o 1º Ciclo do
Ensino Básico.
Q60- Utentes por resposta social para a Infância da Rede Privada
Estabelecimentos Respostas e lotação

Creche JI CATL 1º Ciclo EB 2º Ciclo EB
Academia dos Bichos 20
Fraldas de Fora 20
Giz Azul, Lda 20
Fábulas de Encantar 33
Colégio Vale dos x 1) 20 X 1)
Príncipes
O Meu Pequeno Mundo 33 X 1)
Colégio Lusitanos X 1)
Colégio Fraldas e X 1)
Companhia
Colégio Jardinita 27 X 1) 20
Triunfo da Pequenada 33 20
Maurício e Meireles, Lda 32
Turma do lápis, 23
Unipessoal Lda
Colégio Infante Santo X 1)
Fonte: Segurança Social e próprios e Divisão de Educação do Município de Santarém 1) não disponível a lotação
Importa ainda referir a atividade da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Santarém,

uma vez, que é um dos indicadores da realidade social deste grupo etário. A informação é
disponibilizada no relatório da CPCJ / 2018.
A distribuição dos processos por género mostra-nos que os rapazes continuam a ser em
maior número que as raparigas, no conjunto dos processos instaurados e reabertos.
Q.61 Distribuição dos processos da CPCJ, por sexo
Distribuição p/ género Transitados Instaurados Reabertos Total
Masculino 93 111 64 268
Feminino 76 86 51 213
Total 169 197 115 481

Fonte: Relatório Anual de Atividades e Avaliação 2018
A distribuição por idades do total das crianças e jovens com processos de promoção e
proteção instaurados e reabertos, o escalão etário com mais processos é o13/15 anos, sendo
que, em igual período do ano anterior, era o dos 10/12 anos.
Q62- Distribuição dos processos da CPCJ, por escalão-etário
Total de processos instaurados/reabertos

Escalão etário
N.º %
0 - 2 anos 52 10,0
3 - 5 anos 44 10,2
6 - 9 anos 76 17,9
10 - 12 anos 51 8,6
13 - 15 anos 103 23,1
16 - 17 anos 117 22,6
18-21 anos 29 7,3
Desconhecido 9 1,9
Persiste a problemática da negligência com 27,1% (45,6% em igual período de 2012). A

exposição a comportamentos que possam comprometer o bem-estar/desenvolvimento com
25,2% são a segunda problemática mais sinalizada, enquanto as situações de perigo que
ponham em causa o direito à educação representa 17,6% dos casos.
Q63- Distribuição dos processos (instaurados e reabertos) da CPCJ, por problemática
Problemáticas Abs. %
Abuso sexual 9 3,2
Criança abandonada ou entregue a si própria 12 4,3
Criança /jovem assume comportamentos que afetam o seu bem estar e desenvolvimento 40 14,4
Exposição comportamentos que possam comprometer o bem estar/desenvolvimento 70 25,2
Exploração de trabalho infantil 1 0,3
Mau trato físico 7 2,5
Maus tratos psicológicos ou indiferença afetiva 7 2,5
Negligência 75 27,1
Outras situações de perigo 7 3,2
Situação de perigo que ponha em causa o direito à educação 49 17,6

Relativamente aos agregados familiares das crianças e jovens, verifica-se que estes são
maioritariamente famílias nucleares com filhos – 34% (28,8% em 2012), seguidos de
agregados monoparentais femininos – 29% (37,2% em 2012).
Q64- Distribuição dos processos da CPCJ, segundo o tipo de família
Tipo de famílias Abs. %
Família nuclear sem filhos - -
Família nuclear com filhos 92 34
Família monoparental feminina 79 29
Família monoparental masculina 10 3,6
Família reconstruída 51 19
Família alargada 35 13
Família sem relação de parentesco 2 0,7
Criança/jovem entregue a si próprio 2 0,7
Os níveis de escolaridade dos detentores das responsabilidades parentais ou dos que têm à
guarda as crianças com processos acompanhados incidem no 3º CEB Completo (25%) e no
2º CEB Completo (16,2%). O escalão etário dos dois principais cuidadores das crianças e
jovens situa-se nos 35 a 44 anos e os rendimentos/situação perante o trabalho advém do
rendimento proveniente do trabalho (68,5%).
Q65- Escolaridade dos detentores das responsabilidades parentais ou os que têm à guarda as crianças
Escolaridade dos detentores das %

responsabilidades parentais ou os que
têm à guarda as crianças
s/ escolaridade 2,3
1º CEB completo 12
1º CEB incompleto 11,6
2º CEB completo 16,2

3º CEB completo 25
Ensino Secundário completo 11,4
Ensino Secundário incompleto 2,5
Curso de Formação Profissional 0,2
Curso Superior 10
Q66- Escalão etário dos dois principais cuidadores das crianças e jovens
Idades %
Menos de 18 anos 0,7
Entre 19 e 24 anos 4,6
Mais de 65 anos 1,5
Q67- Rendimentos/situação perante o trabalho das famílias
Proveniência dos Rendimentos das %

Famílias
Rendimento do trabalho 68,5
RSI 20
Pensão (social, invalidez, 2,5

sobrevivência)
Subsídio de desemprego 3,6
Pensão de reforma 2,1
Pensão de alimentos/ Fundo Garantia 0,4

Alimentos
Prestação para proteção 0,4

maternidade/parentalidade e adoção
Prestações para proteção na doença 1,1
Outros 0,4
A intervenção no Sector da Saúde no domínio dos Maus Tratos em Crianças e Jovens em

Risco tem adquirido uma relevância crescente. Enquanto entidade clínica, os maus tratos são
considerados na Classificação Internacional das Doenças (CID-CM, 9ª revisão, Organização
Mundial de Saúde).
É nesse sentido, que a atual ação de saúde para a temática, criada pelo Despacho
nº31292/2008 de 5 de Dezembro iniciou esforços para a criação de uma rede de estruturas
organizadas - Núcleo Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco (NHACJR).
Os objetivos gerais dos Núcleos Hospitalares de Apoio a Crianças e Jovens em Risco (NHACJR)
são:
I. Prestar apoio de consultadoria aos profissionais e equipas de saúde no que respeita à

sinalização e encaminhamento dos casos;
II. Promover ações de sensibilização e formação técnica sobre a problemática das
crianças e jovens em risco;
III. Recolher e organizar informações casuísticas sobre as situações de maus tratos em
crianças e jovens na área de intervenção do HDS.
Os dados fornecidos pelo Núcleo Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco do

Hospital de Santarém permitem verificar, que até 17 de outubro de 2018, existiram 7
situações que incidiram, maioritariamente, em crianças/adolescentes do sexo feminino, com
idades entre os 13 e os 18 anos, tendo sido o mau trato físico o mais prevalente.
Q68- Caraterização das situações, com residência no Município de Santarém, acompanhadas pelo Núcleo
Hospitalar de Apoio a Crianças e Jovens em Risco do Hospital de Santarém até outubro de 2018
Sexo Idade Tipologia do Mau trato
Masculino 3 < 6 anos 3 Mau Trato Fisico 4
Feminino 4 7 aos 12 anos 0 Mau Trato Emocional 2

13 aos 18 anos 4 Negligência 1
Fonte: NHACJR do Hospital de Santarém
PROBLEMAS IDENTIFICADOS
A discussão e análise conjunta dos parceiros sobre a temática das “Crianças” decorreu em
dois momentos (em 18 de outubro e 21 de novembro/2018) e permitem identificar 7
problemas que incidem sobre o contexto individual das crianças, contexto familiar e das
respostas sociais/educativas, tendo como enquadramento global uma diminuição da taxa de
natalidade do concelho:
Problemas de Saúde Mental

I Um dos problemas mais referidos para este grupo social são os problemas de saúde mental
apresentados pelas crianças como consequência de situações de instabilidade afetiva,
emocional e comportamental provocadas pela exposição aos conflitos e instabilidade
familiares e mesmo a situações de violência.
Foi ainda, referido pelos parceiros locais o aumento de casos de crianças com necessidade
de acompanhamento ao nível pedopsiquiátrico / psicológico e até mesmo com necessidade
de intervenção psicofarmacológica, em virtude de estados de ansiedade e depressão
causados pelas dificuldades de aprendizagem, comportamentos de risco e auto-lesivos,
situações de bullyng, entrada no 1º ciclo do EB e pelos conflitos parentais, nomeadamente,
em situação de separação muitas vezes presenciados pelas crianças.
Este problema também é sentido nas instituições de acolhimento de crianças e jovens e

consequentemente, nas escolas, sendo frequentemente caraterizados como perturbadores
do contexto.
Abandono Escolar Precoce e absentismo

I Outro problema identificado é o abandono escolar precoce e o absentismo escolar como
consequência do desinteresse pela escola provocado, por um lado, pela não valorização dos
percursos escolares por parte dos pais, (não raras vezes, reproduzem o modelo parental), e
por outro, pela falta de respostas educativas / formativas alternativas ao ensino regular (ver
capítulo da Educação).
O abandono escolar precoce, bem como o absentismo, podem conjugar na sua génese
diversos fatores, os quais poderão ser de natureza individual, familiar e relacionados com o
meio envolvente, associando-se, na maioria dos casos, a situações de pobreza. Esta
observação reforça a noção de que os casos extremos de pobreza, isolamento e exclusão
levam a que as famílias deixem mais rapidamente de investir no sistema escolar.
Violência entre pares (bullying)

I Foi referido pelos parceiros locais a existência de situações de violência entre pares nas
escolas. Este problema tem como principais consequências, nomeadamente para a vítima, o
desinteresse pela escola e as dificuldades de aprendizagem causadas pela diminuição do
desempenho escolar e da concentração. No plano individual nota-se a baixa auto estima,
insegurança, isolamento, medo, angústia, agressividade, ansiedade, mudança de humor,
choro, insónia e abuso de álcool e droga. Este problema, em alguns casos, tem como génese,
entre outras, a reprodução na escola da violência vivida /presenciada em casa.
Insuficiência de Competências Parentais e Acompanhamento às Famílias
I Outro problema muito referido diz respeito à falta de competências parentais e à falta de
acompanhamento mais próximo e integrado às famílias. A ausência de redes de suporte das
famílias, assim como, as dificuldades de conciliação entre a vida profissional e familiar e a
própria imaturidade e instabilidade das relações, bem como, as dificuldades económicas,
problemas de saúde e comportamentos associados a consumos, constituem fatores que
contribuem para a falta de supervisão parental, desajuste das respostas dos pais às
necessidades das crianças.
Algumas destas caraterizam-se pela negligência que associada também a conflitos /violência
familiar têm como principais consequências a instabilidade emocional, as dificuldades de
aprendizagem, a falta de estimulação, dificuldades de socialização e integração das crianças,
desinteresse pela escola e baixa auto estima.
Falta de respostas de acolhimento para crianças com deficiência/incapacidade
I Tem como principais consequências a integração destas crianças em respostas que não são
adequadas às suas necessidades e especificidades de desenvolvimento motor, cognitivo e
emocional. Este problema prende-se com o facto no Município de Santarém só existir uma
instituição com esta intervenção específica (APPACDM) e com o facto das residências para
pessoas com deficiência só receberem maiores de 16 anos e os lares de infância e juventude
e outras respostas para a infância não disporem de capacidade de intervenção face às

especificidades das problemáticas que estas crianças apresentam e aos recursos humanos
qualificados necessários.
Falta de Respostas para Ocupação de Tempos Livres
I Este problema foi sinalizado pelos parceiros locais e prende-se com o número insuficiente
de respostas para este grupo etário com um custo suportável pelas famílias. As
consequências mais apontadas referem-se à falta de acompanhamento nas interrupções
letivas destas crianças e a possibilidade de assumirem comportamentos de risco,
nomeadamente, o acesso indiscriminado a sites da internet sem supervisão dos adultos
passando tempo excessivo sozinhas.
PRINCIPAIS ÁREAS DE INTERVENÇÃO IDENTIFICADAS PELOS PARCEIROS
- Respostas para os casos de saúde mental e intervenção junto das escolas ao nível da
educação emocional;
- Espaço para um acompanhamento integral à família (nomeadamente parental) com equipas

multidisciplinares;
- Mediação de conflitos familiares;
- Maus tratos entre iguais com mediação de conflitos entre pares /prevenção em meio
escolar;
- Abandono escolar;
- Atividades (culturais, recreativas e desportivas) para ocupação de tempos livres durante

as interrupções letivas de modalidade prolongada (dia inteiro), a baixo custo;
- Resposta integrada ao nível das terapias;
- Respostas para acolhimento de crianças com deficiência/incapacidade;
- Necessidade de adaptação das respostas existentes à população com

deficiência/incapacidades com recursos humanos qualificados.
JOVENS
O grupo social dos “jovens” que corresponde ao grupo etário dos 15 aos 24 anos sofreu
entre 2001 e 2011 uma redução significativa (- 28,42%).
Em 2011 e 2016, o peso destes indivíduos na população total residente no Município é de

10%, em 2001 era de 11%.
Q69- População residente entre os 15-24 anos no Município de Santarém de 2001 a 2016
2001 2011 2016
8447 6046 5746

Q70- População residente entre os 15-24 anos– variação entre 2001/2011 e 2011/2016(%)
2001/2011 2011/2016
- 28,42 - 4,9%
De referir, que em 2011, é nas freguesias de Abrã e Gançaria que o peso deste grupo etário
decresce mais significativamente entre 2001 e 2011 (passa de 16% para 8% e de 14% para
8%, respetivamente). Por sua vez, é em Vaqueiros que se verifica o único aumento (de 11%
para 14%).
Q71- Proporção da população residente com 14 a 24 anos por freguesia (2001 a 2011)
2001 2011
(%) (%)
Concelho 13 10
Santarém
Santarém (Marvila) 14 11
Santa Iria da Ribeira de 14 12
União das Santarém
Freguesias de Santarém (São Nicolau) 14 11
Santarém Santarém (São Salvador) 13 11
União das Romeira 12 9
Freguesias de Várzea 13 9
Romeira e
Várzea
União das Achete 13 8
Freguesias de
Achete, Azoia Azoia de Baixo 7 4
de Baixo e
Póvoa Póvoa de Santarém 10 9
Santarém
União das Azoia de Cima 12 9
Freguesias de
Azoia de Cima
e Tremês
Tremês 13 8
União das Casével 14 9
Freguesias de
Casével e
Vaqueiros Vaqueiros 11 14
União das São Vicente do Paul 14 9
Freguesias de
São Vicente do
Paul e Vale Vale de Figueira 11 9
Figueira
Abitureiras 13 8
Abrã 14 8
Alcanede 14 10
Alcanhões 13 8
Almoster 12 8
Amiais de Baixo 13 9
Arneiro das Milhariças 12 8
Gançaria 16 8
Moçarria 13 9
Pernes 12 9
Póvoa da Isenta 11 9
Vale de Santarém 14 9
Sobre a temática “Jovens” foram identificados 8 problemas que atingem a população juvenil
do Município e que dizem respeito ao contexto individual, ao contexto sócio profissional e
educativo.
Insuficiência de respostas ao nível da formação profissional
I Foi um dos problemas mais referidos pelos parceiros locais que identificam a falta de
respostas adequadas às necessidades da população juvenil nesta área. Como consequências
apontam-se a baixa qualificação dos jovens, o insucesso e abandono escolar, a desmotivação,
dificuldades de inserção no mercado de trabalho, a delinquência e os comportamentos
aditivos. Foi ainda referido, a insuficiência de certificação básica para jovens até aos 18 anos
e a inexistência de formação para quem não tem o 6º ano.
Inexistência do Programa PIEF (Programa Integrado de Educação e Formação) no Município

de Santarém
I Este problema refere-se à ausência de uma resposta educativa e formativa concreta, cujo
modelo de funcionamento flexível responda às necessidades dos jovens, nomeadamente, que
permita a sua integração em qualquer altura e que possibilite um acompanhamento próximo
e à medida. O Programa de Apoio e Qualificação da Medida PIEF tem a finalidade de promover
a inclusão social de crianças e jovens mediante a criação de respostas integradas,
designadamente socioeducativas e formativas, de prevenção e combate ao abandono e
insucesso escolar, favorecendo o cumprimento da escolaridade obrigatória e a certificação
escolar e profissional dos jovens.
Prevalência de jovens com problemas de saúde mental

I O aumento dos problemas de saúde mental nos jovens é referido como tendo como causa
situações de instabilidade afetiva, emocional e comportamental provocadas pela exposição
dos jovens aos conflitos, instabilidade familiar e mesmo a situações de violência. Os efeitos
mais referidos foram os comportamentos de risco e perturbadores, nomeadamente, nas
comunidades escolares. De referir que o consumo de substâncias psicoativas surge como
causa e efeito de alguns destes problemas.
Comportamentos de pequena delinquência e consumos abusivos
I Os comportamentos de risco (consumos, roubos, comportamentos sexuais, delinquência)

foram considerados, tendencialmente, como mais precoces. Estes comportamentos resultam
de fracos enquadramentos e acompanhamentos familiares e de respostas inadequadas aos
diferentes perfis juvenis.
Foi ainda referido os excessos realizados em datas comemorativas/semanas, onde também

se incluí as iniciativas académicas. Verifica-se o abuso de álcool e também o consumo de
substâncias ilegais.
Nestes comportamentos também foi referido o consumo sem substância, nomeadamente, o

uso abusivo das redes sociais, das compras on-line e jogos que destruturam o dia a dia dos
jovens, levando a gastos excessivos e a períodos de descanso insuficientes.
Violência
I O problema da violência foi identificado no namoro em que a aceitação da mesma é causada

pela confusão existente entre os comportamentos afetivos e os comportamentos
controladores.
Foi também identificada entre os pares, nomeadamente, com a maior exposição dos jovens
do sexo feminino, sobre as quais se sinalizam abusos sexuais e maus tratos físicos. Muitas
situações acontecem no contexto das redes sociais.
Abandono escolar e absentismo
I Outro problema identificado pelos parceiros locais e muito ligado a todos os outros já
referenciados resulta da desadequação dos modelos educativos à diversidade etária, cultural
e comportamental dos jovens, bem como aos problemas sociais vividos. As situações de
desmotivação e de desinteresse familiar face à escola também são frequentes. A
desvalorização que os pais e a família demonstram pelos estudos tem efeitos sobre o jovem.
Numa família onde não se valoriza a formação escolar dificilmente o aluno se sentirá
motivado para prosseguir os estudos. O abandono escolar nesta faixa etária tem como
principais consequências a adoção de comportamentos que põem em causa o seu bem estar
e desenvolvimento, dificuldades de acesso ao mercado de trabalho, falta de autoestima e
limitações no exercício de uma cidadania plena.
Este fenómeno também foi identificado na população estudantil do ensino superior devido
às dificuldades económicas e também a situações de necessidades especiais educativas.
Conflitos familiares
I Os conflitos familiares como fruto de situações de divórcio/separações e de violência e

“indisponibilidade” de acompanhamento parental provocam situações de instabilidade
afetiva, emocional e comportamental nos jovens com implicações diretas no seu sucesso
escolar e profissional e no seu bem estar emocional. Estas situações provocam, não raras
vezes, a centralização dos pais nos seus problemas e a falta de atenção às necessidades /
sinais dos filhos que vão crescendo sem supervisão de adultos por tempo excessivo.
Insuficiência de respostas para autonomia de vida dos jovens
I Existe a necessidade, e tendo por base a possibilidade da concretização de apoios para

autonomia de vida prevista na Lei 147/99 de 1 de Setembro, de apartamentos para
autonomia de vida, estruturas de acolhimento de jovens onde são proporcionadas as
condições e meios técnicos para que desenvolvam competências para a autonomia de vida,
beneficiando da supervisão de equipas técnicas, as quais efetuam o estudo e diagnóstico das
suas situações, auxiliando na definição da organização e funcionamento do espaço e na
promoção de competências para a autonomia e definição de projetos de vida.
- Respostas flexíveis ao nível da formação profissional;
- Programa PIEF no Município de Santarém;
- Respostas para os casos de saúde mental e intervenção junto das escolas ao nível da
educação emocional;
- Programas de informação/prevenção para os efeitos nefastos do consumo de álcool e

substâncias psicoativas.
- Intervenção integrada (comunidade / escola / família);
- Mediação familiar e escolar;
- Maus tratos entre iguais (bullyng)
- Abandono escolar e absentismo;
- Atividades ocupacionais para jovens, nomeadamente durante as interrupções letivas de

modalidade prolongada;
- Apartamentos para autonomia de vida de jovens.

IDOSOS
No Município de Santarém população residente com 65 e mais anos tem vindo a crescer
segundo a análise dos dados dos vários momentos censitários. Nesta faixa etária, em 2011,
existiam 14228 indivíduos residentes, a maioria dos quais do sexo feminino (59,18%). Em
2016, este grupo da população cresce para 14238 (Pordata), representando 24% da
população residente no Município.
Q72- População residente com 65 e mais anos por sexo, em 2011 e 2016
Sexo Grupo Etário População Residente População residente

em 2011 em 2016
Total 62200 58474
HM 65 e mais anos 14228 14238
Total 29455 27580
H 65 e mais anos 5808 5781
Total 32745 30894
M 65 e mais anos 8420 8457
Fonte: INE, Censos da População e Pordata
A análise das relações de masculinidade na população idosa, no concelho de Santarém, vem

confirmar o maior peso da população feminina. No entanto, a presença de homens com 65 e
mais anos, nos últimos anos, tem aumentado.
Q73- Relação de Masculinidade da população residente com 65 e mais anos (%)
2017 2016 2011 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001
Continente 89,8 90,0 91,5 72,10 72,10 72,30 72,30 72,20 72,20 93,3
Lezíria do 92,3 92,2 73,30 73,50 73,70 74,10 74 73,80 73,70 94,4
Tejo
Santarém 89,5 89,2 68,98 69,20 69,40 69,90 70,50 70,40 69,90 91,7
Fonte :Pordata
O índice de envelhecimento, quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o

número de pessoas com idades compreendidas entre os 0 e os 14 anos, mostra também uma
tendência de crescimento. No Município, era de 159,3% em 2011 e de 183,9% em 2016
(Pordata).
As freguesias com maior índice de envelhecimento, em 2011, são Gançaria (312,0%),

Arneiro das Milhariças (300,0%), Casével (293,0%) e Pernes (289,3%). Inversamente as
freguesias com menor índice de envelhecimento são: S. Salvador (84,7%), S. Nicolau

(95,2%) e Várzea (146,5%).
Q74- Índice de envelhecimento no Município de Santarém de 2001 a 2017
Período
de 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2011 2016 2017
referência (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%) (%)
dos dados
Santarém 145,9 149,10 147,80 148,60 149,10 148,90 150,90 159,3 178,9 183,9
Fonte; Diagnóstico Social do Concelho de Santarém 2009 e Censos 2001 e 2011 e Pordata
Q75- Índice de envelhecimento por freguesia em 2011
Freguesias 2011
(%)
Portugal 125,8
Concelho 159,3
União das Freguesias de Santarém Santa Iria da Ribeira de
Santarém 207,0
Santarém (São Salvador)
84,7
Abitureiras 246,5
Abrã 146,5
Alcanede 185,0
Alcanhões 183,7
Almoster 212,3
Gançaria 312,0
Moçarria 184,3
Pernes 289,3
Através dos Censos 2011, é possível verificar que 65% dos indivíduos com 65 ou mais anos
vivem sós ou com outros do mesmo grupo etário e que 51% dos alojamentos com indivíduos
destas idades só têm um habitante (vivem sozinhos).
Q76- Alojamentos familiares de residência habitual e cujos residentes são apenas pessoas com 65 ou mais anos
de idade, segundo o número de residentes no Município de Santarém em 2011
Percentagem de indivíduos com 65 ou Percentagem de alojamentos com uma

Freguesias mais anos vivendo sós ou com outros do pessoa com 65 ou mais anos
mesmo grupo etário relativamente à relativamente ao total de alojamentos
população residente total com 65 ou familiares só com pessoas com 65 ou
mais anos (%) mais anos (%)
Santarém 65 51
Abitureiras 64 50
Abrã 70 55
Achete 65 47
Alcanede 69 49
Alcanhões 61 47
Almoster 61 58
Amiais de Baixo 70 52
Arneiro das Milhariças 76 56
Azoia de Baixo 39 52
Azoia de Cima 68 52
Casével 66 55
Santarém (Marvila) 65 53
Moçarria 67 52
Pernes 56 53
Póvoa da Isenta 61 48
Póvoa de Santarém 45 56
Romeira 62 44
Sta Iria Ribeira de 71 58
Santarém
Santarém (S. Nicolau) 65 55
Santarém (S. Salvador) 61 55
São Vicente do Paúl 65 40
Tremês 70 46
Vale de Figueira 56 46
Vale de Santarém 68 49
Vaqueiros 64 29
Várzea 67 41
Gançaria 66 35
Fonte: INE, Censos de 2011
Os pensionistas residentes no Município de Santarém em 2017 auferiam, nomeadamente,

de pensões de velhice, 68% do total dos pensionistas que integram o regime contributivo
(agrega o regime geral e o regime rural regulamentar).
Q77- Número de Pensionistas ativos residentes no Município de Santarém em dezembro de 2017, por tipo de
regime contributivo e pensão
Regime Invalidez Velhice Sobrevivência

Regime contributivo 1371 12678 4589
Regime não 296 127 23
contributivo*
Fonte: Sistema de Estatística da Segurança Social, estatística anual do total de pensionistas ativos *O Regime não contributivo
agrega o regime rural transitório e o regime da pensão social.
Relativamente à rede solidária de apoio ao idoso no Município de Santarém, existem 16

instituições particulares de solidariedade social que desenvolvem várias respostas na área
da anciania, distribuindo-se pelo território do Município.
Em agosto de 2018 através do inquérito por questionário aplicado às IPSS’s e Misericórdias,

existiam listas de espera relativamente a 6 respostas na área da anciania: SAD 5 dias, SAD 7
dias, Centro de Dia, ERPI, ERPI para Grandes Dependentes e Unidade de Demências. As
respostas com lista de espera mais expressivas são as ERPI (608 pessoas), seguidas das ERPI
para Grandes Dependentes (217 pessoas).
Q78- Instituições Particulares de Solidariedade Social, por tipo de resposta, no Município de Santarém em 2018
Instituições SAD 5 dias SAD 7 dias Centro de Centro Estrutura Residencial Lar de Centro de Centro
Dia de para Pessoas idosas Grande Acolh. Comu
Convívio Dependentes Temporário nitário
de
Emergência
social para
idosos
(CATEI)
Cap. Ut. Cap. Ut. Cap. Ut. Cap. Ut. Cap. Ut. Cap. Ut. Cap. Ut.
Ass. para o - 47 - 24 - - - - - - - - - - - -
Desenv. Social
e Comunitário
Santarém
Associação de 30 28 - - 25 21 - - 32 32 - - - - - -
Solidariedade
Social e
Melhoramentos
de Amiais de
Amiais de
Baixo
Centro Social 59 42 75 19 56 35 - - 79 79 - - - - 50 50
Interparoquial
de Santarém
Centro Social 20** 14** - - 40 40 - - - - - - - - - -
da Freguesia de
Moçarria
Centro 30 30 30 13 - - - - - - - - - - - -
Educativo e de
Solidariedade
Social da Fonte
Boa
Centro Social 20 20 - - - - - - - - - - - - - -
Paroquial de
Santa
Margarida de
Abrã
Centro Social 40 21 - - 50 30 - - - - - - - - - -
Paroquial de
Santa Marta
Alcanhões
Centro de Bem 14 14 15 15 35 35 15 15 46 46 - - - - - -
Estar Social de
Vale Figueira
Centro Social - - 15 15 25 25 - - 36 36 - - - - - -
da Serra do
Alecrim
Centro de 30 28 - - - - - - - - - - - - - -
Solidariedade
Social de
Santarém –
CCD Social de
Santarém
Centro de - 6 - - 40 37 - - - - - - - - - -
Apoio à Família
de Abitureiras
Centro de 20 4 25 16 41 36 - - - - - - - - - -
Solidariedade
Nª Srª da Luz
da Póvoa de
Santarém
Lar Evangélico - - - - - - - - 25 25 - - - - - -
Nova Esperança
Santa Casa da 23 23 - - 20 17 - - 35 35 - - - - - -
Misericórdia de
Alcanede
Santa Casa da 30 24 10 10 - - 73 73 23 23 - - - -
Misericórdia de 10* 9*
Pernes
Santa Casa da - - 110 103 60 60 - - 31 31 50 50 13 13 - -
Misericórdia de
Santarém
Fonte: Instituições de Solidariedade Social do Concelho de Santarém, agosto 2018 *: refere-se às residências assistidas;
**SAD de 6 dias.
De sublinhar, que em reunião de grupo de trabalho foi referido que as listas de espera,
nomeadamente, em ERPI, não representam uma necessidade imediata. As pessoas sentem-
se “mais seguras e tranquilas se estiverem inscritas nas respostas para futuro”.
Q79-Instituições Particulares de Solidariedade Social, por tipo de respostas com lista de espera no Município de
Santarém em 2018
SAD 5 SAD 7 Centro ERPI ERPI Unidades

dias dias de Dia Grandes Demências
Instituições Dependentes
Associação Solidariedade Social e 8
de Melhoramentos de Amiais de - - - - -
Baixo
Centro Social e Interparoquial de

Santarém - - - 107 - -
Centro Social da Serra do Alecrim
- 11 - 38 - -
Centro de Bem Estar Social de Vale
Figueira - - - 94 - -
Centro Educativo e de
Solidariedade Social da Fonte Boa 14 - - - - -
Lar Evangélico Nova Esperança 42
Santa Casa da Misericórdia de
Alcanede - - - 37 - -
Pernes - - - 38 10 4
Santarém - - 12 244 207 -
Total 14 11 12 558 217 4
Fonte: Inquérito por Questionário, agosto 2018
De referir ainda, o número de vagas com gestão direta da Segurança Social em ERPI, um total
de 71, que decorrem dos acordos entre o Instituto de Segurança Social, as IPSS’s e
Misericórdias, e que garantem o apoio à população maioritariamente idosa e em situação de
maior vulnerabilidade social.
Um total de 14 respostas sociais, de 8 instituições, com capacidade total para 495 utentes,
dos quais, 460 em Acordo. Destas vagas, 71 são reservadas à Segurança Social.
De notar que algumas destas vagas reservadas à Segurança Social estão a ser disponibilizadas
de forma gradual pelas instituições.
Q80- Vagas com gestão direta da Segurança Social, no Município de Santarém, por instituição em 2018
Instituições Respostas Sociais

Santa Casa da Misericórdia de Alcanede ERPI
Centro Bem Estar Social de Vale Figueira ERPI
ERPI
Santa Casa da Misericórdia de Pernes ERPI
ERPI
Centro Social Interparoquial de Santarém ERPI
ERPI
Associação de Solidariedade Social e de Melhoramentos de Amiais de Baixo ERPI
ERPI
Santa Casa da Misericórdia de Santarém ERPI
CATEI
ERPI
Centro Social Serra do Alecrim IPSS ERPI
Lar Evangélico Nova Esperança ERPI
Fonte: Centro Distrital de Santarém, ISS, IP
Em termos das estruturas privadas, existem no Município de Santarém 10 ERPI que têm uma
lotação total de 352 utentes.
Q81- Estruturas residenciais para pessoas idosas geridas por entidades privadas em 2017
Identificação do Equipamento Morada Lotação
Avenida Marquês de Pombal, Lote 71

Casa de Saúde e Repouso de Santarém 24
2000-160 – Santarém
Rua de S. Martinho
Lar Repouso do Ribatejo, Lda 29
2000-115 – Santarém,
Rua Joaquim Caetano Frazão, 34 A e B
JBD – Gestão de Lares de Terceira Idade, Lda 27
2000 Vale de Estacas (Santarém)
Rua da Fonte Serra, Póvoa de Santarém

Centro de Repouso e Lazer Fonte Serrã 65*
2000-531 Santarém
Alda Branco, Unipessoal, Lda Rua principal 2005-128 Abitureiras 07
Beijo do Sol – Lar de Idosos, Lda Estrada Municipal 514 2 - Alforzemel 42
Vale do Gago, Estrada Principal, Alforzemel,

Lar Golden –Haven, Lda. 49
2005-112 Almoster
Avenida António dos Santos, 36 2000-074

Enfis – Residências “Vale dos Reis” 84
Santarém
Rua 19 de Março, s/n, Portela das Padeiras
Quinta de Valmonte – Residência Sénior LDA 2005 – 455 Santarém 25
Rua da Guarita, 4
“A Guarita” – Instituição de Apoio à Terceira Idade 10
2005-128 Abitureiras
Fonte: Sistema de informação da Segurança Social (SISS/COOP), 2017
*Alvará para 65 utentes em estrutura residencial para pessoas idosas e alvará para 10 utentes em centro de dia
Neste âmbito e ao nível do apoio domiciliário, de natureza privada, de referir a existência

dos Serviços de Apoio Domiciliário “Care for You” com sede na Cidade de Santarém.
No Município de Santarém destacam-se ainda, algumas respostas/projetos nesta área:

Serviço de Teleassistência Domiciliária, Passeios dos Avós, Cartão Sénior Municipal, GIAIS –
Grupo Interinstitucional de Apoio a Idosos do Concelho de Santarém, Mobisénior e
Universidade da Terceira Idade de Santarém (parceria entre a Câmara Municipal de Santarém,
União de Freguesias da Cidade de Santarém e Santa Casa da Misericórdia de Santarém).
De referir também, o Projeto “Música Sénior do Concelho de Santarém” que resulta da

parceria de várias instituições e pretende colocar a população sénior em contato com a
música e promover o treino da prática instrumental e o Projeto “Histórias dos nossos Avós”,
projeto intergeracional (infância e terceira idade) desenvolvido pelo CESS da Fonte Boa.
Nesta linda da intergeracionalidade o Centro Social e Paroquial de Santa Margarida de Abrã
refere o Projeto “Avós D’ Afetos”.
O CBES de Vale Figueira destaca os seguintes projetos: Unidade de Bem Estar e Saúde Parque
Geriátrico, Grupo de Suporte e Banco de Cedência de Ajudas Técnicas.
Em termos da promoção da segurança junto dos mais velhos desenvolve-se o Modelo

Integrado de Policiamento de Proximidade da Polícia de Segurança Pública e os Censos Sénior
dinamizados pela Guarda Nacional Republicana.
A Comissão Municipal de Proteção das Pessoas Idosas e ou Dependentes, criada em 2016, é

um Projeto Municipal que envolve várias instituições com diferentes competências nesta
temática, garantindo assim, a complementaridade da abordagem na promoção dos direitos
das pessoas idosas e ou dependentes.
Os parceiros locais reunidos, em grupos de trabalho, a 18 de setembro identificaram um

conjunto de problemas relativos à população mais idosa do Município que se focam nas
fragilidades desta população e nas respostas de apoio (in) existentes.
Isolamento geográfico/ solidão
I Causados pelo défice de acompanhamento/apoio por parte das famílias, pela quebra das
redes de vizinhança que se encontram diluídas, pelo apego à casa dos idosos com resistência
ao apoio institucional e ou pela necessidade/vontade em contribuir para o orçamento dos
filhos/netos, pela falta de locais de convívio e ou pouco acessíveis e próximos, pelo
povoamento disperso e pela falta de reconhecimento social provocam situações de
abandono, precariedade habitacional, problemas de saúde, destacando-se os de saúde
mental (depressão). Este problema ainda é mais grave em situações de idosos com
dificuldades de deslocação e de autonomia.
Outra consequência diz respeito à vulnerabilidade deste grupo e à frequência com que são
sujeitos a roubos e burlas por parte de terceiros.
De referir ainda que os parceiros locais sinalizaram a rede de transportes públicos pouco
adequada às necessidades dos idosos, nomeadamente em meio rural.
O Grupo de Trabalho salientou ainda, o trabalho realizado pelo Serviço de Apoio Domiciliário
no apoio a estes idosos que se encontram em casa e que pretendem adiar, “até puder”, a sua
entrada nas instituições. A maioria dos Idosos acompanhados em SAD registam um quadro
de dependência avançada mas não se querem afastar de casa.
Dificuldades económicas
I Este problema tem implicações diretas na qualidade de vida desta população,

nomeadamente no acesso à medicação, a uma dieta alimentar equilibrada, à aquisição de
bens de reabilitação e outros de conforto (ex. aquecimento). As principais causas referem-
se às baixas reformas, à falta de suporte familiar, aos custos elevados da saúde e medicação
e aos encargos com a habitação e ou institucionalização.
Verifica-se por isso, no atual contexto, que as famílias estão preocupadas com os custos dos
apoios a idosos nas instituições levando à saída de alguns idosos das instituições e ou a
rescisão de serviços de apoio anteriormente “contratados”, não raras vezes, provocada pela
necessidade de uso dos rendimentos dos idosos para a sobrevivência das famílias.
Por outro lado, assiste-se ao recurso a casas de acolhimento de idosos ilegais sem condições
e sem cuidadores com formação específica (menor custo), à procura das instituições em
situações limite (de urgência) e já quando há dependência ou grande dependência do idoso.
Outra consequência é a lista de espera das instituições com acordo de cooperação com a
Segurança Social e portanto de menor custo e “monitorizados” ao abrigo da legislação em
vigor em termos das condições, serviços e recursos humanos nela exigidos.
Falta de apoio familiar e violência
I Este problema tem como principais causas a indisponibilidade dos familiares por razões da
sua empregabilidade, por razões de distância com o idoso e pela diluição das relações de
afetividade. Sublinhe-se, ainda as situações de violência física, financeira, psicológica e de
negligência. Esta última é definida como a recusa no apoio às atividades de vida diária ( in
Envelhecimento e violência, 2014). Outros fatores referem-se às situações de famílias
desestruturadas, de saturação da relação familiar e de ”cansaço” do cuidador.
O Parceiro “Gabinete de Apoio à Vítima” de Santarém assinalou o número significativo de

denúncias e sinalizações de violência contra idosos que chegam àquele Gabinete.
Os parceiros verificam ainda, nomeadamente, as instituições com ERPI a

desresponsabilização das famílias em relação aos seus idosos: poucas visitas e pouca
interação.
Pouca de flexibilidade das respostas sociais
I Foram sinalizadas as dificuldades de resposta, física e técnica, adequada à heterogeneidade

da população idosa, cujo perfil se tem alterado nos últimos anos. Este fenómeno tem
tendência a acentuar-se. A própria legislação, que tipifica os serviços, não se ajusta à
diversidade de necessidades e expetativas desta população cada vez mais exigente.
Associado a este problema foi referenciada a falta de equipas multidisciplinares com

formação específica, nomeadamente, sobre as diversas patologias (ex. demência) para um
acompanhamento adequado e diferenciado às necessidades do idoso.
Neste âmbito, foi particularizado o contexto atual dos centros de dia: a entrada das pessoas
é cada vez mais tardia, são pessoas cada vez menos autónomas que têm expetativas de um
acompanhamento muito próximo e especializado, pessoas com perfis diferentes
relativamente à sua mobilidade e orientação, o que é exigente para os trabalhadores que
necessitam de formação permanente.
Foi ainda, mencionado a grande procura das ERPI para grandes dependentes e unidades de
demência e a escassez de camas, causada maioritariamente, pelo aumento dos quadros de
demência, que requerem cuidados personalizados e específicos.
Relacionado com este contexto, está outra reflexão feita pelo Grupo de Trabalho relacionada
com a formação académica dos futuros profissionais necessários nestas respostas com
utentes mais envelhecidos, menos autónomos e com perfis e exigências diferentes.
A sustentabilidade das Instituições
I Se por um lado, assiste-se à entrada nas instituições de pessoas cada vez mais
dependentes, por vezes em situação limite, requerendo mais cuidados e cuidados
especializados cujos custos também são maiores para as instituições, por outro, o grupo de
parceiros referiu o “atropelamento” entre as instituições, nomeadamente na angariação de
utentes, sendo necessário uma maior articulação e solidariedade entre si.
Por último, foi referenciada a dificuldade de recrutamento e de “fidelização” dos

trabalhadores/técnicos de ação direta devido aos salários pouco atrativos, aos turnos e às
exigências do trabalho de ação direta com idosos (exigência física e emocional).
Más condições de habitabilidade
I Este problema tem impacto nas condições de vida, de segurança e de conforto da população.
Esta realidade decorre, em muitas situações, da antiguidade das habitações e dos fracos
recursos económicos da maioria para proceder a obras de reabilitação das habitações. Os
parceiros locais referiram a situação preocupante de alguns idosos na malha urbana que se
encontram ”presos” em casa. As barreiras arquitetónicas dos edifícios antigos limitam a
mobilidade e autonomia destas pessoas, assim como as barreiras arquitetónicas das vias
(pavimentos) e edifícios públicos. Esta dificuldade potencia o medo de sair à rua e o
isolamento da população idosa.
Analfabetismo e iliteracia, nomeadamente no meio rural
I Causados por questões culturais e das limitações das vivências rurais, em meios onde as
pessoas começavam a trabalhar muito jovens e onde a sede de ensino era distante ou se
verificava a ausência de acessos. Consequentemente, verifica-se um grande número de
idosos com poucas competências funcionais e académicas.
Perspetiva social do idoso como pessoa sem direito de representação própria
I A despersonalização do idoso foi referenciada, levando mesmo à sua “infantilização” e à

perda de direitos. Este processo é muitas vezes protagonizado pela própria família que
desvaloriza as capacidades/opinião do familiar idoso, bem como pelas instituições. Nestas
situações o idoso tem tendência a isolar-se e a perder autoestima, levando, não raras vezes,
à desmotivação e apatia.
- Promover os direitos e a proteção da pessoa idosa
- Melhorar as acessibilidades na via pública;
- Criar espaços de convívio e espaços inclusivos no espaço urbano de forma a minorar o

isolamento/solidão;
- Prevenir situações de perigo da pessoa idosa (burlas, assaltos, violência);
- Melhorar as condições de habitabilidade;
- Equipas multidisciplinares para um acompanhamento adequado e diferenciado ao idoso.
- Flexibilizar e adequar as respostas sociais às necessidades e perfis dos idosos;
- Criar medidas de apoio económico;
- Promover ações de alfabetização e de literacia;
- Formação dos “cuidadores” familiares e institucionais de idosos.
- Fiscalização das famílias de acolhimento ilegais;
- Serviço de Apoio Domiciliário com serviços especializados;
- Promoção das redes de vizinhança;
- Projetos intergeracionais.
EMPREGO E FORMAÇÃO
No Município de Santarém a taxa de atividade em 2011 (define o peso da população ativa

sobre o total da população, INE) era de 46%, sendo de 49,53% no caso dos homens e
42,93% no caso das mulheres. Da população ativa1, 89% estava empregada.
Em 1991 e 2001 a taxa de atividade era de 43% e 41,7%, respetivamente.
De notar que em 2011, os grupos etários com maior taxa de atividade são dos 35-44 anos
(90,7%) e dos 25-34 anos (90,2%).
A taxa de emprego no Município de Santarém, em 2011, era de 47,8%, sendo em Portugal

de 53,9% (in Pordata).
Dos empregados, 73,5% integravam o setor terciário, 22% o setor secundário e 4,5%
trabalhavam no setor primário2.
Relativamente ao setor terciário a maioria das pessoas (56,8%) estavam empregadas em

atividades de natureza económica e 43,2% em atividades de natureza social.
Em todas as freguesias verifica-se a prevalência do setor terciário, mas a aproximação entre

o setor primário e o secundário é francamente visível ou mesmo igual em algumas freguesias
rurais (Abrã, Almoster, Arneiro das Milhariças, Póvoa da Isenta e Vale de Figueira).
1
População empregada e população desempregada.
2
Em Portugal, em 2011, 9,9% da população empregada integrava o setor primário, 27,3% o setor
secundário e 62,8% o terciário (in Pordata).
Q82-População residente no Município de Santarém economicamente ativa, em 2011, por freguesia e taxa de
atividade
População Economicamente Ativa
Empregada
Total
Freguesias Total Prim Secund Terciário Taxa de atividade em 2011
ário ário
HM H HM H Total De Rel. HM H M
nat atv
social Eco.
Concelho 28646 14585 25483 12897 1114 5619 18750 8098 10652 46,05 49,53 42,93
Santarém
Santarém 3933 1867 3439 1596 143 415 2881 1463 1418 43,49 46,49 41,09
(Marvila)
União das Santa Iria 289 152 229 117 3 46 180 77 103 38,79 46,20 32,93
Freguesias da Ribeira
de Santarém
Santarém Santarém 4925 2361 4360 2076 108 644 3608 1670 1938 51,16 52,46 50,02
(S. Nicolau)
Santarém 5531 2667 4952 2371 112 763 4077 1905 2172 52,61 53,41 51,88
(S.Salvador)
União das Romeira 345 175 302 146 17 53 232 100 132 44,06 45,1 43,04
Freguesias Várzea 851 448 755 399 33 162 560 233 327 46,84 49,94 43,8
de Romeira
e Várzea
União das Achete 826 449 728 401 74 169 485 172 313 43,07 47,87 38,47
Freguesias
de Achete, Azoia de 94 49 89 45 4 18 67 34 33 31,65 39,52 26,01
Azoia de Baixo
Baixo e Póvoa de 286 166 253 141 15 66 172 55 117 40,4 48,54 32,79
Póvoa Santarém
Santarém
União das Azoia de 215 120 191 103 12 58 121 55 66 43,35 50,21 36,96
Freguesias Cima
de Azoia de
Cima e 842 447 746 389 29 225 492 181 311 42,5 48,01 37,62
Tremês Tremês
União das Casével 376 213 336 193 39 101 196 54 142 43,52 50,24 37,05
Freguesias
de Casével
e Vaqueiros Vaqueiros 122 73 103 60 6 36 61 11 50 42,81 53,28 33,11
União das São Vicente 75 41 34 11 6 5 64 35 29 9,86 10 9,69
Freguesias do Paul
de São
Vicente do Vale de 80 42 38 10 5 5 70 37 33 17,51 17,43 17,59
Paul e Vale Figueira
de Figueira
Abitureiras 42 20 22 9 3 6 33 17 16 10 9,43 10,58
Abrã 45 27 18 8 4 4 37 23 14 8,49 9,38 7,44
Alcanede 171 80 91 36 16 20 135 64 71 8,47 7,07 10,25
Alcanhões 67 40 27 11 5 6 56 35 21 11,22 12.,62 9,64
Almoster 92 52 40 16 8 8 76 44 32 12,12 12,56 11,59
Amiais de Baixo 62 30 32 9 6 3 53 24 29 7,43 6,55 8,49
Arneiro das Milhariças 24 6 18 4 2 2 20 4 16 7,36 3,37 12,16
Gançaria 18 9 9 1 1 0 17 8 9 7,5 7,5 7,5

Moçarria 39 19 20 9 5 4 30 14 16 7,54 6,76 8,47
Pernes 75 52 23 10 6 4 65 46 19 11,92 14,94 8,19
Póvoa da Isenta 59 29 30 6 3 3 53 26 27 12,42 11,24 13,82
Vale de Santarém 141 79 62 27 14 13 114 65 49 10,95 12,14 9,73
A União das Freguesias de Santarém, S. Nicolau (51,16%) e S. Salvador (52,61%),

apresentam as maiores taxas de atividades do Município. Contrariamente, Santa Iria da
Ribeira de Santarém e Arneiro das Milhariças têm as taxas mais baixas, 38,79% e 39,04%,
respetivamente.
Q83-Taxa de atividade do Município de Santarém de 1991 a 2011
1991 2001 2011
Portugal 63,8 61,3 61,4

Concelho Santarém 43.0 41.7 46.05
Santarém 48.7 46.2 43.49
(Marvila)
União das Santa Iria da 42.5 41.2 38.79
Freguesias de Ribeira de
santarém Santarém
Santarém 46.4 49.7 51.16
(São Nicolau)
Santarém 48.5 50.0 52.61
(São
Salvador)
União das Romeira 44.8 36.7 40.40
Freguesias de Várzea 37.8 38.2 46.84
Romeira e
Várzea
União das Achete 37.3 31.0 43.07
Freguesias de
Achete, Azoia Azoia de 39.8 33.7 45.11
de Baixo e Baixo
Póvoa Póvoa de 40.4 36.7 40.40
Santarém Santarém
União das Azoia de 44.6 34.4 43.35
Freguesias de Cima
Azoia de Cima
e Tremês Tremês 42.2 32.8 42.50
União das Casével 34.4 30.7 43.52
Freguesias de
Casével e
Vaqueiros 38.2 32.5 42.81
Vaqueiros
União das São Vicente 36.5 36.5 41.47
São Vicente do
Vale de 47.2 43.0 42.24
Paul e Vale de
Figueira
Figueira
Abitureiras 33.1 36.1 43.21
Abrã 38.5 35.1 47.24
Alcanede 37.1 33.4 44.4
Alcanhões 42.3 36.9 40.64
Almoster 36.6 34.9 41.75
Amiais de Baixo 39.8 33.7 45.11
Arneiro das Milhariças 38.1 32.0 39.04
Gançaria 32.4 35.9 46.69

Moçarria 41.3 37.0 45.51
Pernes 40.7 40.6 43.5
Póvoa da Isenta 41.6 38.3 42.15
Vale de Santarém 46.2 44.9 44.11
Fonte: INE, Recenseamento da População e Habitação 1991, 2001 e 2011
Relativamente, aos grupos socio económicos verifica-se, em 2011, o peso dos empregados
administrativos do comércio e serviços (12% da população total), seguidos dos operários
qualificados e semi-qualificados (7%) e dos quadros intelectuais e científicos (6%).
Q84-População residente no Município de Santarém, segundo o sexo, por grupo sócio económico em 2011
Grupo sócio económico Sexo

HM H
Santarém concelho 62200 29447
Empresários com profissões intelectuais, cientificas e técnicas 204 109
Empresários da indústria comércio e serviços 372 260
Empresários do setor primário 19 14
Pequenos patrões com profissões intelectuais e científicas 208 113
Pequenos patrões com profissões técnica intermédias 238 152
Pequenos patrões da indústria 699 581
Pequenos patrões do comércio e serviços 795 397
Pequenos patrões do setor primário 115 82
Profissionais intelectuais e científicos independentes 188 118
Profissionais técnicos intermédios independentes 169 130
Trabalhadores industriais e artesanais independentes 527 483
Prestadores de serviços e comerciantes independentes 798 288
Trabalhadores independentes do setor primário 169 132
Diretores e quadros dirigentes do Estado e empresas 582 378
Dirigentes de pequenas empresas e organizações 135 78
Quadros intelectuais e científicos 3522 1207
Quadros técnicos intermédios 2349 1307
Quadros administrativos intermédios 425 176
Empregados administrativos do comércio e serviços 7416 2505
Operários qualificados e semi-qualificados 4399 3785
Assalariados do setor primário 393 245
Trabalhadores administrativos do comércio e serviços não qualificados 2452 539
Operários não qualificados 1455 881
Trabalhadores não qualificados do setor primário 175 94
Pessoal das forças armadas 266 239
Outras pessoas ativas n.e. 576 292
Inativos 33554 14862

Fonte: Censos 2011
Em 2011, a taxa de desemprego no Município de Santarém era de 11,04%, sendo maior

entre os homens (11,57%) do que entre as mulheres (10,79%).
As taxas de desemprego mais elevadas verificam-se em Santa Iria da Ribeira de Santarém

(20,76%), Vaqueiros (15,57%) e Vale de Figueira (17,51%)
De referir que a maioria das pessoas desempregadas procuravam um novo emprego (82%)
e não o primeiro emprego (18%).
Em 2011, no Alentejo a taxa de desemprego era de 12,4%, decrescendo em 2017 para 8,4%
(só disponível pior NUT II).
Segundo o Observatório Nacional da Administração Pública (ONAP) a variação da taxa de

desemprego, entre 2013-2016, no Município de Santarém foi de -1% (in, Relatório do
Emprego por Município, 2013-2016, ONAP, Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas
da Universidade de Lisboa (ISCSP).
Q85-População residente e desempregada (sentido restrito), segundo a condição de procura de emprego e

sexo, taxa de desemprego (sentido restrito), no Município de Santarém, por freguesia em 2011
Total Procura do 1º emprego Procura novo emprego Taxa de desemprego em

2011
HM H M HM H M HM H M HM H M
Concelho 3163 1688 1475 557 279 278 2606 1409 1197 11,04 11,57 10,49
Santarém
Santarém 494 271 223 103 55 48 391 216 175 12,56 14,52 10,79
(Marvila)
União das Santa Iria 60 35 25 11 5 6 49 30 19 20,76 23,03 18,25
Freguesias da Ribeira
de Santarém
Santarém Santarém 565 285 280 92 45 47 473 240 233 11,47 12,07 10,92
(S. Nicolau)
Santarém 579 296 283 117 53 64 462 243 219 10,47 11,1 9,88
(S.Salvador)
União das Romeira 43 29 14 5 4 1 38 25 13 12,46 16,57 8,24
Freguesias Várzea 96 49 47 12 6 6 84 43 41 11,28 10,94 11,66
de Romeira
e Várzea
União das Achete 98 48 50 13 6 7 85 42 43 11,86 10,69 13,26
Freguesias
de Achete, Azoia de 5 4 1 1 0 1 4 4 0 5,32 8,16 2,22
Azoia de Baixo
Baixo e Póvoa de 33 25 8 0 0 0 33 25 8 11,54 15,06 6,67
Póvoa Santarém
Santarém
União das Azoia de 24 17 7 4 3 1 20 14 6 11,16 14,17 7,37
Freguesias Cima
de Azoia de
Cima e 96 58 38 14 8 6 82 50 32 11,4 12,98 9,62
Tremês Tremês
União das Casével 40 20 20 8 4 4 32 16 16 10,64 9,39 12,27
Freguesias
de Casével
e Vaqueiros Vaqueiros 19 13 6 6 3 3 13 10 3 15,57 17,81 12,24
União das São Vicente 75 41 34 11 6 5 64 35 29 9,86 10 9,69
Freguesias do Paul
de São
Vicente do Vale 80 42 38 10 5 5 70 37 33 17,51 17,43 17,59
Paul e Vale Figueira
Figueira
Abitureiras 42 20 22 9 3 6 33 17 16 10 9,43 10,58
Abrã 45 27 18 8 4 4 37 23 14 8,49 9,38 7,44
Alcanede 171 80 91 36 16 20 135 64 71 8,47 7,07 10,25
Alcanhões 67 40 27 11 5 6 56 35 21 11,22 12,62 9,64
Almoster 92 52 40 16 8 8 76 44 32 12,12 12,56 11,59
Amiais de Baixo 62 30 32 9 6 3 53 24 29 7,43 6,55 8,49
Arneiro das Milhariças 24 6 18 4 2 2 20 4 16 7,36 3,37 12,16
Gançaria 18 9 9 1 1 0 17 8 9 7,5 7,5 7,5

Moçarria 39 19 20 9 5 4 30 14 16 7,54 6,76 8,47
Pernes 75 52 23 10 6 4 65 46 19 11,92 14,94 8,19
Póvoa da Isenta 59 29 30 6 3 3 53 26 27 12,42 11,24 13,82
Vale de Santarém 141 79 62 27 14 13 114 65 49 10,95 12,14 9,73

Em termos diacrónicos, e relativamente ao número de desempregados residentes no

Município de Santarém e inscritos no IEFP, verifica-se uma tendência decrescente a partir
de 2014, sendo em 2017, 4,7% da população com 15 a 64 anos.
Em 2017 a maioria dos desempregados era do sexo masculino (50,3%) e proveniente do

setor terciário, tendo mais de 55 anos, seguidos dos que tinham 35-44 anos e possuíam
maioritariamente, o ensino secundário.
Em 2017, a maioria dos desempregados estava inscrita à menos de um ano e procura novo
emprego.
(média anual) de 1997 a 2017
1997 2001 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
2520,7 1821,4 2016,3 2220,9 2439,3 3207,8 3364,1 2765,3 2394,9 2152,2 1688,7
Fonte: Pordata
no total da população residente com 15 a 64 anos (%)
2001 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
4,4 5,1 5,6 6,2 8,3 8,8 7,4 6,5 5,9 4,7
Fonte: Pordata
Q88- Desempregados do Município de Santarém inscritos nos Centros de Emprego e Formação Profissional, por
sexo (média anual) de 2001 a 2017
2001 2010 2011 2012 2013 2014 2016 2017
Masculino 695,7 1097,6 1237,5 1611,3 1728,2 1404,5 1080,6 848,8
Feminino 1125,8 1123,3 1207,8 1596,4 1635,9 1360,8 1071,6 839,9
Total 1821,4 2220,9 2439,3 3207,8 3364,1 2765,3 2152,2 1688,7
Fonte: Pordata
Q89- Desempregados do Município de Santarém inscritos nos Centros de Emprego e Formação Profissional à
procura de novo emprego (média anual), por grandes setores de atividade económica de 2001 a 2017
2001 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Primário 125,5 93,0 98,8 110,8 157,7 170,7 162,7 167,9 144,2 118,0
Secundário 487,0 624,0 643,8 659,3 866,6 938,4 722,2 586,9 533,8 407,6
Terciário 809,5 1172,0 1353,7 1517,8 1973,0 1994,7 1647,6 1425,8 1278,6 1007,7
Ignorado 202,8 10,8 1,4 4,0 8,5 10,4 9,3 10,3 13,0 14,0
Total 1624,8 1899,8 2097,7 2291,9 3005,8 3114,2 2541,8 2190,9 1969,6 1547,3
Fonte: Pordata
grupos etários (média anual) de 2001 a 2017
2001 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Menos 25
anos 373,1 255,5 294,3 294,3 386,5 390,7 310,1 258,5 234,4 183,1
25-34 anos 477,6 585,0 648,3 648,3 839,2 831,8 579,3 501,1 431,1 330,3
35-44 anos 311,8 493,8 569,0 569,0 791,8 853,2 690,9 611,4 541,5 395,7
45-54 anos 272,2 481,5 526,7 526,7 694,9 710,1 626,3 534,0 489,7 363,5
Mais 55 anos 386,8 405,2 401,1 401,1 495,3 578,4 558,8 489,5 453,5 416,2
Fonte: Pordata
Q91- Desempregados do Município de Santarém inscritos nos Centros de Emprego e Formação Profissional
(média anual), por nível de escolaridade completo de 2001 a 2017
2001 2010 2011 2012 2013 2014 2016 2017

s/ nível de
escolaridade 147,6 85,1 79,9 106,8 128,1 126,5 99,6 79,3
1º Ciclo EB 550,0 522,3 494,7 576,6 588,1 484,0 308,0 245,7

492,9
2º Ciclo EB 380,2 329,3 376,4 484,5 403,9 285,2 215,6
3º Ciclo EB 307,1 534,3 578,9 750,5 749,1 572,8 457,3 350,1
Secundário 271,3 508,7 602,4 833,0 902,3 753,7 640,3 522,4
Superior 165,3 241,3 307,0 448,0 512,1 424,5 361,9 275,7
Total 1821,4 2220,9 2439,3 3207,8 3364,1 2765,3 2152,2 1688,7
Fonte: Pordata
tempo de inscrição (média anual) de 2001 a 2017
2001 2010 2011 2012 2013 2014 2016 2017
Menos 1 ano 1195,0 1612,0 1758,0 2275,6 2073,0 1590,4 1279,8 1026,3
1 ou mais 626,4 608,9 681,3 932,2 1291,1 1174,9 872,4 662,4

Fonte: Pordata
situação face à procura de emprego (média anual) de 2001 a 2017
2001 2010 2011 2012 2013 2014 2016 2017
Procura 1º
Emprego 196,7 123,3 147,4 202,0 249,0 223,6 182,6 141,4
À procura de
novo 1624,8 2097,7 2291,9 3005,8 3114,2 2541,8 1969,6 1547,3
emprego
Fonte: Pordata
Q94- Ofertas de emprego (média anual) referentes ao Município de Santarém disponíveis por Centro de
Emprego e Formação Profissional, por grandes setores de atividade económica (2001/2014)
Primário Secundário Terciário ignorado

2001 1,3 12,4 37,8 3,8
2009 3,8 12,2 49,2 0,2
2010 1,8 14,4 30,6 0,1
2011 0,6 16,4 27,3 0,0
2012 1,7 18,3 32,7 0,0
2013 5,5 25,2 50,9 0,0
2014 6,5 30,6 90,5 0,0
Fonte: Pordata
Relativamente à formação destacam-se, no Município, o Serviço de Formação Profissional

de Santarém do Centro de Emprego e Formação Profissional de Santarém, o Centro de
Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica – CENFIM, a NERSANT,
ISLA de Santarém e a Santa Casa da Misericórdia de Santarém.
Conforme informação disponibilizada em novembro de 2018, encontravam-se a frequentar

as várias ofertas formativas do Serviço de Formação Profissional de Santarém 1909
formandos, distribuídos por 104 turmas que frequentam várias modalidades: educação e
formação de adultos, aprendizagem (jovens), cursos de especialização tecnológica, formação
modular – vida ativa, VA – Qualifica +, aprendizagem, formação modular – ativos
empregados, formação à distância, formação de formadores, Vida Ativa Jovem (quadro em
anexo 2).
O CENFIM tem uma oferta formativa para 2019 destinada à formação de jovens, educação
/formação de jovens e adultos e especialização tecnológica, assim como, formação destinada
a empresas/adultos (quadro em anexo 1).
A NERSANT disponibiliza no seu sítio da internet (www.nersant.pt) informação sobre

formação a prestar às empresas e instituições, nomeadamente colaboração no domínio do
Desenvolvimento de Recursos Humanos, através da oferta de um conjunto integrado de
formação, nomeadamente:
 Formação Modular Certificada para ativos (empregados ou desempregados) -

formação inter-empresa;
 Formação à medida - formação intra-empresa;
 Formação-ação;
 Formação Pedagógica Inicial de Formadores;
 Formação para ativos de empresas;
 Formação para ativos da Economia Social;

 Formação na área de Segurança e Higiene no Trabalho (cursos homologados pelo
ACT).
O ISLA Santarém informa no seu sítio da internet (www.islasantarem.pt), e em termos de

formação, que promove cursos de aprendizagem (equivalência ao 12º anos), Formação
Modular Certificada, Centro Qualifica, Formação Inicial de Formadores, Cursos livros e cursos
no âmbito da Academia Cisco.
Em 2018, os cursos de aprendizagem eram: técnico/a comercial, técnico/a de Apoio à

Gestão, Técnico de Apoio Familiar e de Apoio à Comunidade, Técnico/a de Análises
Laboratorial, Técnico de Banca e Seguros, Técnico/a de Contabilidade, Técnico de Controle
de Qualidade Alimentar, Técnico de Informática – Sistemas, Técnico/a de Logística, Técnico
de Multimédia e Técnico/a de Vendas.
Destacar ainda, que o IPSantarém possui Cursos Técnicos Superiores Profissionais (TeSP)-
ver Anexo 3-vocacionados para a formação de quadros altamente qualificados em áreas
deficitárias no país. Com esta oferta formativa, pretende-se atrair para o ensino superior um
público não só de jovens, mas também de adultos que queiram agilizar a sua integração no
mercado de trabalho. Estes cursos, para além duma componente de formação geral e
científica, integram ainda uma componente de formação técnica e outra em contexto de
trabalho.
A Santa Casa da Misericórdia de Santarém, entidade certificada pela Direção Geral do

Emprego das Relações do Trabalho – DGERT – em 17 de Maio de 2013 desenvolve, nesta
fase, um plano de formação interno com base num diagnóstico das necessidades da
instituição.
Os parceiros locais reunidos em 18 de outubro 2018, identificaram 5 problemas que

incidem sobre o emprego/ desemprego e sobre a formação.
Desemprego reincidente
I Foi um dos problemas referidos pelos parceiros locais devido à existência de uma franja de
pessoas cuja condição de desemprego é reincidente, ainda que passem por processos de
formação e aumento de competências. A dificuldade de inserção no mercado de trabalho
destas pessoas parece provocada por situações de desarticulação entre as ofertas de
trabalho e as expetativas que têm das ofertas de emprego, passando também pela sua baixa
escolaridade.
Outro aspeto sinalizado que contribui para este problema diz respeito à existência de pouca
indústria no concelho, pelo que as ofertas de emprego concentram-se no comércio e
serviços, o que coloca sérias dificuldades à inserção profissional de pessoas menos
qualificadas. A esta situação acresce a desaceleração agrícola e também a sua mecanização,
o que reduz a necessidade de mão de obra num concelho de fortes caraterísticas agrícolas.
Os parceiros locais, nomeadamente o Centro de Respostas Integradas do Ribatejo (CRI

Ribatejo) referem as dificuldades acrescidas na inserção no mercado de trabalho de grupos
vulneráveis, tais como os toxicodependentes,
Insuficiente rede de transportes
I A rede de transportes públicos foi identificada como um constrangimento para o acesso à

formação e sobretudo a postos de trabalho com horários noturnos (turnos). Uma das
principais consequências é a dificuldade de integração no mercado de trabalho destas
pessoas, nomeadamente, de públicos mais vulneráveis, causando não raras vezes, a sua
desistência. Foi apontado a dificuldade de transporte, nomeadamente, das zonas rurais para
o centro urbano.
Desarticulação entre a oferta e a procura de formação
I Esta desarticulação tem como principais causas o incipiente diálogo existente entre os
agentes locais envolvidos e a falta de conhecimento sobre a realidade socioeconómica e
cenários de evolução futura. Este problema relaciona-se com um outro identificado que é a
pouca adesão dos empresários à formação disponível, nomeadamente a oferecida pelo setor
público, o que se prende também com os modelos de gestão das empresas que muitas vezes
não consideram os recursos humanos especializados como uma mais-valia, que conduz à
existência de algumas situações de desemprego qualificado.
Ligado a este problema está a dificuldade de promover a formação oferecida pelo setor
público (IEFP) junto da comunidade, nomeadamente, em idade escolar.
Foi ainda referenciada, a dificuldade de recrutamento e a manutenção de recursos humanos

para trabalharem na anciania, nomeadamente, como assistentes operacionais. Os vários
parceiros com respostas na área dos idosos identificaram este constrangimento provocado,
nomeadamente, pela exigências das tarefas, pelos baixos salários e pelos horários exigidos
(fins de semana e turnos).
Falta de conhecimento sobre o tecido empresarial do concelho
I Já referido no diagnóstico social anterior, os parceiros locais continuam a identificar este

problema e a apontar a falta de uma caraterização aprofundada do tecido empresarial do
concelho como fator para a desadequação da procura e oferta de emprego e desadequação
da procura e oferta de formação. A falta de conhecimento das necessidades do tecido
empresarial impede um relacionamento mais estreito por parte dos agentes sociais em geral,
conduzindo a perdas de eficácia e eficiência na formação, bem como a ofertas de formação
menos adequadas às necessidades do mercado e à falta de rentabilização dos recursos.
Insuficiente oferta formativa para pessoas até aos 18 anos e ausência de resposta formativa
para pessoas sem o 6º ano
I Sinalizada pelos parceiros como uma lacuna na oferta formativa, deixando sem resposta,
nomeadamente, uma franja de jovens com percursos escolares instáveis e muitos com
percursos de vida vulneráveis.
- Adequação da rede de transportes públicos às necessidades da população;
- Articulação entre a necessidade do tecido empresarial relativa à formação de mão de obra

e a formação disponibilizada/promovida pelo setor público;
- Conhecimento do setor empresarial do concelho;
- Sensibilização dos empresários para o apoio técnico na área da gestão e para a prestação
de informação sobre formação;
- Articulação entre o Instituto de Emprego e Formação Profissional, IP e os parceiros locais;

necessidade de criação de “pontes” para o diálogo institucional entre os vários agentes
sociais atuantes neste setor.
- Adequação da formação às necessidades do mercado de trabalho;
- Criação de oferta formativa para a franjas a descoberto.

EDUCAÇÃO
No Município de Santarém, em 2011, segundo os dados do recenseamento da população,

30,2% da população tinha o 1º Ciclo do Ensino Básico, 17, 1% tinha formação superior,
16,9% o Ensino Secundário e 15,2% o 3º Ciclo do Ensino Básico. As pessoas sem nenhum
nível de instrução representavam 8,5% do total da população, sendo a taxa de analfabetismo
de 5,56%. As freguesias com maior taxa de analfabetismo são Casével (9,75%), S. Vicente
do Paul (9,65%) e Arneiro das Milhariças (9%). Santa Iria da Ribeira de Santarém da União
de Freguesias de Santarém tem uma taxa de analfabetismo de 9,01%, sendo, no entanto,
em S. Nicolau (2,65%) e S. Salvador (2,92%) que se verificam as menores taxas.
Q95-População residente no Município de Santarém, segundo as habilitações em 2011 e taxa de analfabetismo

por freguesia
Freguesias Ens. Básico Ens. Sec. Ens. Pos Ens. Superior Analf com 10 Tx.
Ens. Pre- 1º Ciclo 2º Ciclo 3º Ciclo Secundari ou mais anos anal
escolar o f
HM H HM H HM H HM H HM H HM H HM H HM H HM H
Concelho 5295 2006 1594 835 18784 8361 5426 3120 9483 5079 10513 5387 519 313 10586 4346 318 106 5,56
Santarém 547 192 177 85 2020 803 606 302 1392 651 1700 870 70 38 2532 1075 80 37 3,54
(Marvila)
Stª Iria da 86 28 6 2 300 128 76 37 121 62 96 45 7 2 53 25 369 140 9,01
União das
Ribeira
Freguesias de
Str (S. 723 294 309 181 2028 869 765 426 1564 776 1935 996 90 53 2213 906 234 77 2,65
Santarém
Nicolau)
Str (S. 795 322 333 170 2246 978 820 459 1556 854 2120 1078 98 66 2545 1066 138 52 2,92
Salvador)
União das Freg Romeira 59 32 14 4 265 123 73 46 115 61 141 75 5 3 111 44 423 147 4,56
Romeira e
Várzea 134 55 45 26 596 265 173 103 295 165 283 148 13 11 278 124 75 31 4,85
Várzea
União das Freg Achete 185 67 51 29 745 347 162 100 296 168 271 144 17 12 191 71 326 118 8,0
Achete, Azoia 23 10 11 7 96 30 38 19 34 18 48 19 0 0 47 21 16 6 7,14
Az Baixo
de Baixo e Pv.
Santarém Póvoa de 55 26 17 10 245 107 62 37 106 53 142 71 4 1 77 37 157 56 5,79
Santarém
União das Freg Az Cima 46 10 11 6 205 101 52 35 79 45 58 25 4 1 41 16 119 44 8,28
de Azoia de
Cima e Tremês Tremês 217 88 37 20 809 357 196 122 293 160 250 113 13 8 166 63 603 260 8,11
União de Freg. Casével 95 44 16 11 334 150 72 44 123 62 130 67 6 5 88 41 307 152 9,75
de Casével e
Vaqueiros Vaqueiros 29 13 4 0 112 49 27 17 42 27 47 24 1 0 23 7 217 87 4,87
União de Freg. S. V. Paul 217 75 40 16 692 318 179 107 264 142 285 153 18 14 140 55 163 64 9,65
S. V. do Paúl e
Vale de Figueira
V. Figueira 102 37 24 11 400 197 103 64 193 103 163 86 8 6 89 36 185 86 8,51
Abrã 91 42 30 14 455 211 131 79 167 89 169 91 6 5 73 19 188 71 6,02
Alcanede 489 190 116 57 1830 879 524 315 687 396 571 280 38 21 292 109 112 40 8,82
Alcanhões 129 43 41 19 562 257 138 68 236 143 181 101 15 11 167 62 84 29 6,11
Almoster 189 60 51 19 645 289 178 105 289 156 266 137 12 4 188 82 400 134 7,91
Amiais de Baixo 180 64 41 24 723 351 195 112 227 135 216 124 18 8 251 90 162 61 8,10
Ar. Milhariças 71 17 22 10 349 154 101 63 122 78 116 56 4 2 50 19 804 354 9,0
Moçarria 109 37 30 15 404 178 116 77 155 83 171 99 10 5 141 55 48 18 7,53
Pernes 135 51 23 17 609 264 129 78 223 122 208 131 9 5 110 38 234 97 8,96
Pv. Isenta 86 22 28 15 391 185 88 52 204 120 175 93 11 8 144 58 401 145 5,13
Vale Santarém 224 108 82 48 945 416 250 144 435 250 503 252 29 16 402 169 126 56 6,51
Gançaria 55 23 6 4 231 104 47 37 67 33 75 34 4 3 29 9 16736 5246 7,28

Em Portugal, em 2011, a taxa de analfabetismo era de 5,2% (população residente com 10

e mais anos que não sabe ler nem escrever, in PORDATA).
No Município de Santarém verifica-se que a taxa analfabetismo é maior no sexo feminino,

havendo contudo, em termos gerais e desde de 1981, uma redução muito significativa (-
73%).
Q96- Taxa de analfabetismo no Município de Santarém, segundo os censos e por sexo
Masculino Feminino Total

1981
14,9 26,0 20,7
2001
6,5 12,9 9,9
2011
3,5 7,4 5,6
Fonte: Censos
Verifica-se, tem termos dos alunos matriculados que a maioria frequenta o ensino público.
Q97- Total de alunos matriculados nos ensinos pré-escolar, básico e secundário no Município de Santarém e
número de alunos matriculados no ensino público em 2001, 2011 e 2016
Educação Pré- Ensino Ensino Básico Ensino CET Total

Escolar Básico 2º Ciclo secundário
1º Ciclo
Total 1389 2834 1219 1880 2156 9478
2001
Ensino
público 855 2834 1219 1859 2084 8851
2011 Total 1668 2687 1510 2701 3341 11907

Ensino
público 1041 2468 1242 2148 2402 9301
Total 1463 2388 1463 2458 2983 10815

Ensino
2016 público 959 2187 1216 2071 2240 8733
Fonte: Pordata
Em termos do ensino superior, observa-se que a maioria frequenta o ensino politécnico,

nomeadamente as mulheres, em número superior aos homens, nomeadamente, em 2001
(68,5%) e 2011 (62%). Em 2016, o peso das mulheres residentes no Município de Santarém
no ensino politécnico é de 59,5%.
No ensino universitário a diferença entre os sexos é menos expressiva, e o número dos seus
frequentadores é menor.
Em 2016 as duas áreas de educação e formação mais frequentadas são as ciências sociais,
comércio e direito e a saúde e proteção social.
Q98- Alunos residentes no Município de Santarém e matriculados no ensino superior politécnico e ensino
universitário em 2001, 2011, 2016 e 2017
2001 2011 2016

H M Total H M Total H M Total
Ensino 1201 2616 3817 1243 2044 3287 1161 1709 2870
Politécnico
Ensino 384 537 921 91 88 179 * * *

Universitário
Fonte: Pordata * Não disponíveis
99- Alunos residentes no Município de Santarém e matriculados no Ensino Superior por área de educação e
formação em 1994 e 2016
Educaçã Artes e Cs Ciência Engenharias, Agricultura Saúde Serviços Total

o humanidade sociais, ss mat industrias e
s comércio e infor. Transformadora proteç
e direito s e construção ão
social
n/
1994 56 10 190 41 42 75 53 aplicável 467
2016
54 13 130 18 45 48 130 3 441
(R)
Fonte: Pordata (R) dados retificados pela entidade responsável
Em termos de ensino público, existem no Município de Santarém 4 agrupamentos de escolas:

D. Afonso Henriques, Alexandre Herculano, Sá da Bandeira e Ginestal Machado. Nestes
agrupamentos a população escolar, no ano letivo 2018/2019, do 1º Ciclo do EB totalizava
2073 alunos, divididos por 109 turmas e por 113 salas. A população do Pré-Escolar era de
902 alunos, distribuídos por 49 turmas e por 49 salas.
Em termos do 1º Ciclo do EB o Agrupamento mais populoso é o Agrupamento de Escolas Sá

da Bandeira (32%), sendo o Agrupamento de Escolas Afonso Henriques mais populoso
relativamente à população do Pré-Escolar (37%).
Q100- População Escolar no Pré –Escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico, por Freguesia no Ano Letivo
2018/2019,
Agrupamento
1º CEB Pré-escolar
Salas Salas
Freguesia Alu Jardins Alu
Escolas Turmas sem Turmas sem
nos com Infância nos com
turma Total turma Total
turma turma
* *
1 Abrã 26 2 2 0 2 1 Abrã 21 1 1 0 1
Abrã Amiais Amiais
2 2
de Cima 31 2 0 2 2 de Cima 26 2 2 0 2
União 3 Advagar 30 2 2 0 2 - 0
Freg.
- 0 3 Achete 19 1 1 0 1
Achete,
Azoia
Baixo e - Verdelh
Pov. Str 0 4 o 12 1 1 0 1
CE CE
Alcanede 4 Alcaned 124 6 6 0 Alcaned 0
e 6 5 e 74 4 4 4
Amiais Amiais Amiais
5 69 4 4 0 0
Baixo de Baixo 4 6 de Baixo 42 2 2 2
Arn. Arn.
Arn.
Afonso Henriques
6 Milhariç 23 2 2 0 Milhariç 0
Milhariças
as 2 7 as 17 1 1 1
União
Freg.
7 Casével 24 2 2 0 2 8 Casével 22 1 1 0 1
Casével e
Vaqueiros
Gançaria 8 Gançaria 16 1 1 0 1 9 Gançaria 9 1 1 0 1
1
Pernes 9 Pernes 46 3 3 0 0
3 0 Pernes 35 2 2 2
União 1
Tojosa 2
Freg. S. 0 27 2 0 2 -
Vicente
Paúl e
Vale 1
Figueira - 0 1 Sobral 22 1 1 0 1
União 1 Azóia de 1 Azoia de
26 2 0 0 0
Freg. 1 Cima 0 2 Cima 10 1 1 1
Azoia
Cima e 1
Tremês 45 2 2 0 0
TremêsTr 2 1
emês 2 3 Tremês 24 1 1 1
Total Pré-
Total 1º CEB 487 30 28 0 28
esc 333 19 19 0 19
Almoster( Almoste Almoste
1 2 2
1) r nº 1 24 1 3 1 r 16 1 1 0 1
Póvoa
Póvoa
2 da 31 2 2 0
Isenta
Isenta 2 -
Fontaín Fontaín
3 44 2 2 0 0
has 2 2 has 21 1 1 1
Combat Combat
4 4 4
Alex. Herculano
entes 79 1 5 3 entes 16 1 1 0 1
União Mergulh
5 6 6
Freg. ão 117 0 6 -
Cidade de São São
Str 6 Doming 8 8 Doming
os 148 0 8 4 os 47 2 2 0 2
Anacore
-
0 5 ta 60 3 3 0 3
- 0 6 Choupal 39 2 2 0 2
Vale
Vale
Vale Santaré
7 4 Santaré
Santarém m Nº
m Nº 1
1# 71 4 0 4 7 21 2 2 0 2
Total Pré-
Total 1º CEB
514 28 28 2 30 esc 220 12 12 0 12
Abitureira Abiturei Abiturei

1 13 1 1 0 1 0 1
s ras 1 ras 10 1 1
Alcanhõe Alcanhõ Alcanhõ
2 64 3 3 0 3 0 2
s es 2 es 26 2 2
União
Freg.
Póvoa Póvoa
Achete,
3 Santaré 35 2 2 0 2 Santaré 0 1
Azoia
m m
Baixo e
Pov. Str 3 14 1 1
Moçarri Moçarri
Moçarria 4 36 2 2 0 2 0 1
a 4 a 15 1 1
Rib.Sant
6 14 1 1 0 1
arém -
CE CE
Sá Bandeira
União
7 Salgueir 8 8 Salgueir 4
Freg.
o Maia 202 8 0 5 o Maia 100 4 4 0
Cidade de
Portela Portela
Str 8 4 4 1
Padeiras 75 4 0 6 Padeiras 20 1 1 0
São
9 6 6
Bento 144 6 0 -
União
Freg. S.
Vicente 1 Vale Vale
18 1 1 2 3 7 11 1 1 0 1
Paúl e 0 Figueira Figueira
Vale
Figueira
1
Romeira 40 2 2 0 2 0 1
União 1 8 Romeira 16 1 1
Freg. 1 Perofilh
2 2
Romeira e 2 o 21 2 0 -
Varzea 1
Várzea 1 1 1
3 8 1 0 9 Várzea 17 1 1 0
Total Pré-
Total 1º CEB
670 33 33 2 35 esc 229 13 13 0 13
CE CE
Ginestal Machado
1 Sacapeit 1 Sacapeit
União o 192 8 8 0 8 o 95 4 4 0 4
Freg.
Cidade de 2 Pereiro 80 4 4 1 5 2 Pereiro 25 1 1 0 1
Str
3 Leões 130 6 6 1
7 -
Total Pré-
Total 1º CEB 402 20 120 5
esc
Fonte: Divisão de Educação e Juventude da Câmara Municipal de Santarém
Em termos do 2º Ciclo do EB e 3ªCiclos e Secundário salienta-se que os agrupamentos de

escolas urbanos têm 84% dos alunos do 2º Ciclo, sendo a Escola Básica Mem Ramires a mais
populosa.
No 3º Ciclo, tendo em conta o número de alunos, destaca-se a Escola Básica Alexandre

Herculano (417 alunos) e no secundário a Escola Secundária Dr. Ginestal Machado (39% do
total dos alunos do secundário).
Quanto ao ensino profissional, verifica-se que 45% dos alunos do secundário frequentam
este tipo de ensino. A escola com maior volume de alunos neste tipo de ensino é a Escola
Técnico Profissional do Ribatejo.
Q101- Alunos matriculados no 2º e 3º ciclos do EB e ensinos secundário e profissional no Ano Letivo

20118/2019
ESTABELE 2º CICLO 3º CICLO E. SECUNDÁRIO (C.C.H.) E. PROFISSIONAL TOTA

CIMENTO L
DE 5º 6º Out Subto 7º 8º 9º Out Subto 10º 11º 12º Subto 10º 11º 12º Subto GLOB
ENSINO Ano Ano * tal Ano Ano Ano * tal Ano Ano Ano tal Ano Ano Ano tal AL
Escola
Básica de 52 51 0 103 63 36 50 0 149 252
Alcanede
Escola
Básica de 39 36 0 75 39 40 29 0 108 183
Pernes
Escola
Básica
133 119 0 252 130 128 122 37 417 669
Alexandre
Herculano
Escola
Básica D. 184 154 0 338 123 117 106 0 346 684
João II
Escola
Secundári
136 106 77 0 319 213 177 215 605 58 53 50 161 1085
a Sá da
Bandeira
Escola
Básica
187 177 0 364 161 67 0 0 228 592
Mem
Ramires
Escola
Secundári
0 92 162 0 254 284 253 220 757 88 77 49 214 1225
a Dr. Gin.
Machado
Colégio
Infante 0 0 0
Santo
Escola
Técnico
Profission 35 35 154 133 145 432 467
al do
Ribatejo
Escola
Profission
103 102 91 296 296
al do Vale
do Tejo
595 537 0 1132 652 586 546 72 1856 497 430 435 1362 403 365 335 1103
TOTAL 5453
2988 2465
Fonte: Município de Santarém, Divisão de Educação e Juventude
G2- População Escolar - 2018/2019

1000
900
800
700
Nº alunos
600
500
400
300
200
100
0
10º 11º 12º
Pré 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º Voca* 10º 11º 12º Profissional
Anos Escolaridade
Fonte: Município de Santarém, Divisão de Educação e Juventude
Q102- Cursos profissionais/técnicos e vocacionais, por agrupamentos de escolas no Ano Letivo 2018/19
Cursos Cursos Vocacionais Cursos profissionais/técnicos
Agrupamentos
. Auxiliar de Saúde
Agrupamento . Desporto
Escolas Sá da . Energias Renováveis
Bandeira . Gestão de Equipamentos Informáticos
. Gestão de Apoio à Gestão Desportiva
. Empregado de
Restaurante e Bar
Agrupamento
Escolas .Assistente Familiar
Alexandre e Apoio à
Herculano Comunidade
. Multimédia
. Organização de Eventos
Agrupamento . Informática – Sistemas
Escolas . Gestão de Equipamentos Informáticos
Ginestal . Artes do Espetáculo - Interpretação
Machado
. Curso Técnico Comercial

Escola . Curso Técnico de Cozinha/Pastelaria
Profissional . Curso Técnico de Multimédia
do Vale do . Curso Técnico de Restaurante/Bar
Tejo . Curso Técnico de Turismo
. Curso Técnico de Apoio à Infância
. Curso Técnico de Auxiliar de Saúde
Escola Técnico . Curso Técnico de massagem de Estética e Bem Estar
Profissional . Curso Técnico de Eletrotecnia
do Ribatejo . Curso Técnico de Análises Laboratoriais
. Curso Técnico de Comércio
. Curso Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos
Fonte: Agrupamentos de Escolas
O abandono escolar em 2011, através do dados dos Censos, permitem verificar que o
Município de Santarém tem uma taxa de 1,71%, tendo este fenómeno mais peso em Santa
Iria da Ribeira de Santarém (9,30%), logo seguida de Póvoa de Santarém com 4,55%
De referir que, através da Atualização do Disgnóstico do território “Santarém – Cidade”

elaborado pelo CRI Ribatejo é possível verificar, em 2015/2016, o abandono escolar nos
agrupamentos de escolas da cidade, salientando-se o 2º Ciclo do EB com uma maior taxa.
Q103- Taxa de abandono escolar por local de residência (à data dos censos de 2011), no Município de
Santarém em 2011
Freguesias 2011
(%)
Portugal 1,70
Concelho 1,71
União das Freguesias de Santarém Santarém (Marvila) 1,37
Santarém
União de Freguesias de São Vicente São Vicente do Paúl 0,00
Abitureiras 2,08
Abrã 0,00
Alcanede 1,79
Alcanhões 0,00
Almoster 0,90
Gançaria 0,00
Moçarria 0,00
Pernes 2,53
Q104- Taxa de abandono e retenção escolar (%) por ciclo de Ensino/ Estabelecimento de Ensino -
2015/2016
Níveis de Ensino
Ensino
Estabelecimento de 1º Ciclo EB 2º Ciclo EB 3º Ciclo Secundário Profissional Superi
Ensino or
Aban- Retençã Aban- Reten- Aban- Reten- Aban- Reten- Aban- Reten- Abandon
dono o dono ção dono ção dono ção dono ção o
Agrupamento de
Escolas Alexandre 0,00 0,9 0,00 13,7 0,00 11,7
Herculano
Agrupamento de
Escolas Drº Ginestal 0,00 4,85 2,94 4,90 1,39 7,36 2,02 15,86 0,67 6,71
Machado
Agrupamento de
0,00 nd 0,00 12,73 0,00 10,4 0,14 15,07 nd nd
Escolas Sá da Bandeira
IPSantarém 17
Fonte: Centro de Respostas Integradas do Ribatejo/DICAD/ARSLVT, IP, Atualização do Diagnóstico do Território
“Santarém- Cidade”, 2017
O ensino superior público, no Município de Santarém tem como entidade promotora o

Instituto Politécnico de Santarém (IP Santarém- http://www.ipsantarem.pt/pt/home/), com 5
escolas superiores: Escola Superior Agrária (ESAS), Escola Superior de Educação (ESES),
Escola Superior de Gestão e Tecnologia (ESGTS), Escola Superior de Desporto de Rio Maior
(ESDRM) e Escola Superior de Saúde (ESSS).
As escolas conferem graus de licenciatura, mestrado e ainda cursos de especialização
tecnológica e pós graduações e pós licenciaturas. No ano letivo 2018/2019, as escolas têm
uma população académica de 3928 alunos.
Nas escolas superiores localizadas no Município de Santarém existem 505 alunos em cursos
técnico superiores profissionais, 1946 alunos em licenciaturas, 456 em mestrados, 22 alunos
em pós licenciaturas e 11 em curso de literacia digital para o mercado de trabalho. (quadro
em anexo 3 contem o nome dos cursos).
O IP Santarém possuí um conjunto de respostas/projetos de apoio à sua componente de
ensino: Gabinete de Responsabilidade Social, Residências de estudantes (capacidade para
280 alunos), 4 refeitórios, Centro de Apoio Pedagógico (ESES), Ludoteca Mariana Viegas
(ESES), Serviços de Ação Social, Gabinete de Saúde e Acompanhamento Psicopedagógico e o
Programa de Voluntariado no Ensino Superior.
Q105-Total de inscritos no Instituto Politécnico de Santarém, por grau e unidade orgânica no Ano Letivo
2018/2019
1º Ciclo - Licenciatura 2º Ciclo – Mestrado
Total ESA ESE ESGT ESDRM ESS Total ESA ESE ESGT ESDRM ESS ESS/ Total
IPS ESGT
3928 392 324 859 893 371 2839 35 190 142 60 19 70 516
Cursos Técnico Superiores Profissionais Pós – Graduações/ Formação especializada Literacia
TeSP Digital
Total ESA ESE ESGT ESDRM ESS Total ESA ESE ESGT ESDRM ESS Total para o
IPS Mercado
de
Trabalho
3928 277 64 164 32 - 537 3 - - - 22 25 11
Fonte: Instituto Politécnico de Santarém - http://www.ipsantarem.pt/pt/home/
O Isla Santarém é também outra instituição do ensino superior de caráter privado com os
seguintes graus de ensino: Licenciatura (1º ciclo), Mestrado (2º ciclo), Pós Graduações e
CET’s – cursos de Especialização Tecnológica.
Relativamente à temática da educação, os parceiros locais reunidos em 9 de Outubro e 28

Novembro, identificaram um conjunto de 6 problemas que incidem sobretudo nas crianças e
jovens. Alguns destes problemas já foram referidos em capítulos anteriores.
Insuficiente número de cursos de formação profissional nas escolas
I Os parceiros locais referiram o escasso número de cursos de formação e educação como

alternativa ao ensino regular, levando ao desinteresse dos alunos, que não se conseguem
integrar no ensino regular. Foi sublinhada esta necessidade, nomeadamente até ao 9º ano.
Como consequência verifica-se uma significativa taxa de abandono e insucesso escolar, que
tem implicações diretas nas dificuldades de realização pessoal e inserção profissional, fator
que potencia os comportamentos de risco social, a não conclusão da escolaridade obrigatória
e a manutenção ou aumento de situações de emprego precário.
Ausência de cursos de alfabetização de adultos
I O analfabetismo e iliteracia é transversal a vários grupos etários e deve-se a causas de

índole histórica e cultural, mas também a razões do foro familiar, nomeadamente quando
existe uma fraca valorização da escola. A falta de formação de adultos e ou desadequação
da oferta às necessidades não tem ajudado a minorar este problema cuja dimensão os
parceiros não conseguiram quantificar. As principais consequências estão nas dificuldades
de acesso ao emprego e de acesso a bens e serviço, bem como a uma cidadania plena.
Insuficiente apoio nas escolas às crianças com dificuldades de aprendizagem
I Sinalizado como uma situação que atinge um grande número de crianças e jovens e que
contribui para a reprodução e ou fomento das desigualdades de oportunidades, desinteresse
e abandono escolar. Este problema tem como causa a pouca adequação e atenção das
metodologias para com alunos com mais dificuldades de aprendizagem, com contextos
sociais e familiares menos estimulantes e ou com diferentes interesses.
Fraca interação das famílias / escolas ou a desadequação da relação dos encarregados de

educação com a instituição escolar
I Uma consequência deste problema diz respeito ao empobrecimento do sistema educativo

que deve desenvolver a relação entre os diversos intervenientes, família, escola e
comunidade. A presença e comunicação dos pais com a escola e a sua mobilização é essencial
para que as crianças possam construir uma escolaridade eficaz. Este é um aspeto importante
para manter os alunos na escola e para a promoção do seu sucesso educativo. A
desvalorização que os pais e família demonstram pelos estudos e pela escola tem efeitos
sobre o aluno.
“Omissão” das Escolas na sinalização de situações problema ex. consumos abusivos,

violência, entre outras
I Os parceiros referiram-se à dificuldade dos professores e escolas em sinalizarem as

situações problema, nomeadamente, de consumos abusivos e violência, entre outras, devido
ao desconhecimento dos procedimentos necessários para o fazer e ao sentimento de
“insegurança” que daí possa resultar ou a “perda de confiança”.
Inexistência do Programa PIEF no Município de Santarém
I Mais uma vez referido neste grupo de trabalho, este problema tem como principal causa o
fato de nenhum agrupamento de escolas do concelho mostrar disponibilidade para aderir ao
programa PIEF. O Programa de Apoio e Qualificação da Medida PIEF – Programa Integrado de
Educação e Formação (PAQPIEF) tem a finalidade de promover a inclusão social de crianças
e jovens mediante a criação de respostas integradas, designadamente, socioeducativas e
formativas de prevenção e combate ao abandono e insucesso escolar, favorecendo o
cumprimento da escolaridade obrigatória e a certificação escolar e profissional dos jovens.
 Implantação do Programa PIEF no concelho de Santarém;

 Formação parental sobre uso/rentabilização dos manuais e material escolar;
 Maior e adequada aproximação das famílias à escola / Gabinetes de Apoio ao Aluno
e à Família;
 Cursos de educação e formação profissional nas escolas;
 Capacitação do apoio terapêutico / psicossocial nas escolas;
 Capacitar a comunidade escolar/profissionais da educação de como
intervir/proceder perante situações problema.
DEFICIÊNCIA
Sobre o eixo temático da deficiência, os Censos de 2011 apuraram a população residente no

Município de Santarém com 5 ou mais anos, segundo o tipo de dificuldade e sexo, por grau
de dificuldade sentido. É um conceito mais lato que o conceito de pessoas com deficiência
utilizado pelos Censos 2001. Segundo a informação fornecida pela Pordata, os Censos de
2011 descontinuaram a recolha destes dados.
Consequentemente para a caraterização desta problemática, tal como no anterior

Diagnóstico, teve-se em conta os dados dos Censos de 2011, os dados dos Censos de 2001
e também o estudo “Famílias: investigar, diagnosticar e intervir” realizado pela APPACDM de
Santarém (Junho de 2012).
Em 2011, no Município de Santarém, existiam 1186 pessoas que não conseguiam tomar
banho ou vestir-se sozinhas, 764 que não conseguiam andar ou subir degraus, 745 que não
conseguiam efetuar ações de memória ou concentração, 455 não conseguiam compreender
os outros ou fazer-se compreender, 222 que não viam e 179 que não ouviam.
Em termos nacionais 1,5% da população não consegue tomar banho ou vestir-se sozinha,
1,0%não consegue andar, 1,0% não consegue memorizar ou concentrar-se, 0.7% não
consegue compreender os outros ou fazer-se compreender, 0.3% não consegue ver e 0.3%
não consegue ouvir.
Q106- População residente no Município de Santarém com 5 ou mais anos, segundo o tipo de
dificuldade e sexo, por grau de dificuldade sentido em 2011
Ver Ouvir Andar ou subir Memória ou Tomar banho ou Compreender os

Grau de degraus concentração vestir-se outros ou fazer-
dificuldade
sozinhas se compreender
HM H HM H HM H HM H HM H HM H
Não tem
dificuldade
ou tem
53143 25859 55822 26565 52513 25761 54725 26343 55967 26800 56561 26885
pouca em
efetuar a
ação
Tem muita
dificuldade
em
6074 2098 3438 1410 6162 2015 3969 1441 2286 796 2423 992
efetuar a
ação
Não
consegue
efetuar a
ação 222 83 179 65 764 264 745 256 1186 444 455 165
Fonte: INE, Censos de 2011
Em 2001 existiam no Município de Santarém 4155 pessoas com deficiência, prevalecendo a

deficiência visual (27,2%), motora (24,8%) e auditiva (12,9%).
Q107- População residente no Município de Santarém com deficiência segundo os censos de 2001: total e por
tipo de deficiência
Deficiência 2001
Valor absoluto %
Total 4155 100
Auditiva 538 12,9
Visual 1131 27,2
Motora 1030 24,8
Mental 343 8,3
Paralisia Cerebral 81 1,9
Outra 1032 24,8
Fonte PORDATA
Em 2001, são as freguesias de Marvila (14,75%), S. Nicolau (13,41%) e S. Salvador (13%)

que registam maior número de pessoas residentes com deficiência. Porém, a maioria das
pessoas residentes no concelho com deficiência não tem qualquer grau de incapacidade
atribuído (57,24%). Ainda assim, 15,09% apresentam um grau de incapacidade atribuído
entre 60% e 80%, 11,79% apresentam um grau superior a 80%, 8,76% têm um grau de
incapacidade atribuído entre 30% e 59% e 7,12% tem um grau inferior a 30%.
Q108- Grau de incapacidade atribuído à população residente com deficiência por freguesia em 2001
Graus de deficiência atribuídos
Freguesias N/ tem Inferior Entre Entre Superior

Total grau def. a 30% os 30% 60% e a 80%
atribuído e 59% 80%
Santarém 4155 2378 296 364 627 490
Santarém 613 334 39 29 132 79
União das (Marvila)
Freguesias de Santa Iria 43 29 1 2 3 8
Santarém da Ribeira
de
Santarém
Santarém 557 354 39 39 79 46
(São
Nicolau)
Santarém 540 324 48 42 72 54
(São
Salvador)
União das Romeira 42 7 1 4 14 16
Freguesias Várzea 71 50 3 2 6 10
Romeira e Várzea
União das Achete 114 60 11 19 8 16
Freguesias de Azoia de 22 6 4 4 4 4
Achete, Azoia de Baixo
Baixo e Póvoa de Póvoa de 57 28 8 8 4 9
Santarém Santarém
União das Azoia de 15 13 1 0 1 0
Freguesias de Cima
Azoia de Cima e Tremês 121 61 15 7 16 22
Tremês
União de Casével 91 40 9 15 18 9
Freguesias de Vaqueiros 25 10 0 5 5 5
Casével e
Vaqueiros
União de São 206 146 19 12 10 19
Freguesias de São Vicente do
Vicente do Paul e Paul
Vale de Figueira Vale de 105 68 2 12 12 11
Figueira
Abitureiras 62 33 4 8 10 7
Abrã 47 30 3 7 2 5
Alcanede 311 168 16 32 53 42
Alcanhões 133 67 6 22 24 14
Almoster 160 81 7 11 30 31
Amiais de Baixo 136 87 11 9 17 12
Arneiro das Milhariças 48 28 4 4 6 6
Gançaria 23 14 1 4 2 2
Moçarria 111 44 7 19 28
13Pernes 174 113 11 13 22 15
Póvoa da Isenta 89 51 6 11 14 7
Vale de Santarém 204 115 17 15 32 25
Em termos de taxa de deficiência, em 2001, o Município de Santarém apresentava uma taxa

de 6,50%, tendo as freguesias de Pernes, S. Vicente do Paul e Moçarria uma taxa de 10,30%,
9,80% e 9,10%, respetivamente.
Q109- Taxa de deficiência por freguesia em 2001
Freguesias Taxa de deficiência por

freguesia (%)
Santarém 6,50
União das Freguesias de Santarém
Santarém
União das Freguesias de Achete, Achete 6
União de Freguesias de São São Vicente do Paul 9,80
Vicente do Paul e Vale de Figueira Vale Figueira 8,10
Abitureiras 6,10
Abrã 3,80
Alcanede 6,10
Alcanhões 8,20
Almoster 8,70
Gançaria 4,10
Moçarria 9,10
Pernes 10,30
Em termos do número de pensionistas, as pensões por invalidez são recebidas por 1667
indivíduos residentes no Município de Santarém, sendo 82% do regime contributivo e 18%
do regime não contributivo. Estes pensionistas representam 9% do total de pensionistas em
dezembro de 2017.
Segundo a Pordata, em 1990, 15,7% das pensões do Município de Santarém eram de

invalidez. Em 2011 e 2017 o peso destas pensões decresceu para 9,6% e 8,7%,
respetivamente.
Q110- Pensões de Invalidez atribuídas no Município de Santarém entre 1990 a 2017 ,6
Pensões atribuídas
1990 2001 2011 2016 2017
Invalidez 2556 1742 1834 1703 1667
Total 16313 16922 19132 19272 19084
Fonte: Pordata
Em termos de respostas sociais destaca-se, no Município de Santarém, o trabalho

desenvolvido pela Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência
Mental de Santarém (APPACDM de Santarém) e pela Associação Para a Inclusão do Cidadão
com Necessidades Especiais Maria do Carmo Silva Melancia – ASSOCIAÇÃO INCLUIR.
A APPACDM Santarém, com sede na Freguesia de Vale de Santarém, disponibiliza as

seguintes respostas:
Q111- Respostas sociais existentes na APPACDM de Santarém
RESPOSTAS NÍVEL CAPACIDADE LISTA ESPERA Utentes PROPOSTAS

ETÁRIO (nov 2018)
Intervenção Precoce 0 – 6 anos 30 67 (30 com Necessidade de aumentar a equipa
na infância – Equipa acordo) face ao número de referenciações;
Local de Intervenção Acordo tripartido: Saúde, Segurança
Santarém/Rio Maior Social e Educação.
Centro Sócio 6 – 18 - Encaminhamento 6 Manter nas escolas regulares os
Educativo anos pelos alunos que não tenham dependência
(idade escolar na Agrupamentos de total e têm apoio dos Técnicos da
APPACDM) Escolas APPACDM
devidamente
autorizado pela
DGEST
6-17 anos 20 - 5 a 20 (nas ATL c/ transporte adaptado para
CATL Inclusivo “A interrupções apoiar nas interrupções letivas e após
Joaninha” letivas) as 17h
CRI nos 6 – 18 Depende da 152 Aumento Do horário dos Técnicos para

Agrupamentos anos autorização do (Agrupamentos poderem responder a todas as
(Centro de recursos Ministério da de escolas necessidades dascrianças
para a inclusão) Educação Alexandre
Herculano, Sá da
Bandeira e
Ginestal
Machado)
Centro de Atividades >18 anos 144 20 (Lista de espera 131
Ocupacionais 60+84) com pessoas que (56+75)
(Aristides Graça e Nª querem CAO com
Srª do Rosário) (s) Lar Residencial ou
Lar de Apoio)
Reconversão do lar de Apoio em Lar
LAR DE APOIO DA 6 – 18 12 3 12 Residencial
BICA anos
Necessidade urgente de alargamento
(também devido à idade dos
frequentadores de CAO que não estão
LAR RESIDENCIAL >18anos 23 23 em lista de espera)
Cartaxo: 12 24 Cartaxo 12
Adaptação de espaços existentes para
Residência autónoma >18 anos 5 5 apoio das pessoas que efetuam os
de Santarém 5 - Cartaxo 5- Cartaxo cursos de formação e não têm
VAU (s) retaguarda familiar
FORMAÇÃO E >18 anos 45 depende das Diversificação dos cursos de acordo
EMPREGO respostas nas 35 com o mercado de trabalho;
escolas e centros insegurança face à ausência de

de formação garantia para novos cursos
Centro de Recursos >18 anos 18 Depende dos Alargar o número de empresas
Local contratos e não 18 contactadas para colocação dos
Formação nas renovação clientes
Empresas
Fonte: APPACDM Santarém
Destacam-se também diversos projetos:
Q112- Projetos desenvolvidos pela APPACDM de Santarém
Entidade
Projeto Objetivos do Projeto
Financiadora
Fundação EDP - EDP

Projeto "Uma quinta para Todos" Hortas sociais com 10 hortelões.
Solidária 2011
Atividades em colónias de férias para jovens/pessoas com

Cuidar dos Cuidadores dificuldades do intelecto e desenvolvimentais
INR,IP
Colónias de Férias
IAOQE - Informação Avaliação e Orientação para a Qualificação e

Emprego das pessoas com deficiência;
Apoio à colocação - ações de procura de emprego com as pessoas
Protocolo com o IEFP com deficiência Acompanhamento Pós - colocação -
Centro de Recursos na área da deficiência
de Santarém engloba as ações de apoio e mediação na empresa depois da
integração profissional. Avaliação da funcionalidade, avaliação da
capacidade de trabalho e prescrição de produtos de apoio para a
integração no mercado de trabalho
Pessoas com deficiência com idade superior ou igual a 18 anos nas

áreas: madeira, metalomecânica, hotelaria/restauração,
Formação Profissional POISE
hortofloricultura e jardinagem.
Projeto aCrescer – promover a inclusão dos cidadãos através de

ações a realizar em parceria que permitam contribuir para o
CLDS POISE combate a situações críticas de pobreza, em particular da pobreza
infantil. Tem também especial atenção a medidas que permitam a
inclusão de pessoas com deficiência
A Casa do Jorge BPI Solidário Treino de autonomia e AVD’s
PORA – Alentejo Aquisição de 2 carrinha adaptadas ao transporte de pessoas com

Caminhar sobre rodas
2020 mobilidade reduzida
Fonte: APPACDM Santarém
A Incluir – Associação para a Inclusão do Cidadão com Necessidades Especiais Maria do

Carmo Silva Melancia desenvolve também, projetos e respostas que visam o apoio à pessoa
com deficiência e/ou incapacidade:
Q113- Projetos/respostas desenvolvidos pela Associação Incluir
Projeto/resposta Destinatários
Gabinete de Apoio à Pessoa com deficiência e /ou

Comunidade
incapacidade e família
Suplementos alimentares para pessoas com deficiência e/ou

Comunidade
incapacidade acessíveis
Consulta Social de Psicologia Comunidade
Sou, Consigo e Faço Empresas
Fonte: Associação Incluir
De referir ainda, a existência no Instituto Politécnico de Santarém/ Escola Superior de

Educação de Santarém, Ano letivo 2018/2019, do Curso de Literacia Digital para o Mercado
de Trabalho destinado à população com deficiência. Este curso tem a duração de 2 anos e
atribui uma certificação legal (sem atribuição de grau ou título) mas em conformidade com
todas as diretivas do Conselho Nacional de Educação.
No âmbito do projeto “Famílias – Investigar, Diagnosticar e Intervir”, a APPACDM de

Santarém realizou um levantamento/estudo em 10 freguesias do Município de Santarém:
Alcanede, Almoster, Pernes, Póvoa da Isenta, Póvoa de Santarém, Vale de Santarém, Marvila,
S. Salvador, S. Nicolau e Ribeira de Santarém, tendo sido sinalizadas 197 pessoas com
deficiência. No entanto, a caraterização teve em conta 103 inquéritos por questionário,
tendo os restantes sido considerados inválidos. Dos dados apurados destacam-se:
A maioria da população residia nas freguesias de Marvila (24%), S. salvador (21%) e S.

Nicolau (19%).
G3- Distribuição da população por freguesias

3% Alcanede
1%
6% Almoster
7%
3% Pernes
19% 2%
Póvoa da Isenta
Póvoa de Santarém
Vale de Santarém
14%
Marvila
21% S.Salvador
S.Nicolau
24% Ribeira de Santarém
Fonte : APPACDM de Santarém in “Famílias – Investigar, Diagnosticar e Intervir”
A população inquirida situa-se maioritariamente na faixa etária dos 11-17 anos (31%) e
na dos 18 aos 30 anos (29%), sendo 53% do sexo masculino e 47% do sexo feminino.
G4- Distribuição da População por faixa etária
2% 0---3
4---6
29% 15%
7---10
11---17
23% 18---30
31%
Relativamente à realidade familiar e sócio educativa dos inquiridos verifica-se que 44% têm
como cuidadores os pais, seguido dos pais e irmãos (27%) e da mãe 10%.
Mais de metade (59%) dos agregados familiares vivem em casa própria e 79% declara que
a habitação possui as condições adequadas à deficiência do elemento do agregado familiar.
G5- Distribuição da População por acompanhamento familiar
1% 1%
2%
4%
Tia
27% 10% Avós
2% Institucionalizado
Lar Residencial
9% Mãe
Mãe/Avó
Mãe/Irmãos
Pais
Pais/irmãos
44%

A maioria (54%) tem no seu trabalho o seu principal rendimento. Outro grande grupo tem
rendimentos provenientes de pensões, trabalho e pensões, Rendimento Social de Inserção e
Rendimento Social de Inserção e pensões (32%).
Quase a totalidade, 98% dos inquiridos, tem médico de família e 65% das famílias procurou
ajuda noutros médicos especialistas, mas 31% desta população não é acompanhada por
nenhum médico especializado.
O estudo constatou que 66% da amostra tinha disgnóstico definido, isto é, estava definido
o tipo/grau de deficiência.
Relativamente, à deficiência e às suas caraterísticas perto de 50% dos entrevistados assume

que o seu filho/familiar tem deficiência mental. Cerca de 27% possui deficiência motora,
17% visual e 7% deficiência auditiva. Do grupo de pessoas com multideficiência, 33% possui
deficiência mental e outra que pode ser motora, visual ou auditiva.
G6- Deficiência e as suas caraterísticas

Def. Mental Motora Visual Auditiva
7%
17%
49%
27%
Acerca da comunicação, o estudo refere que 86% da população tem esta capacidade,
destacando que 36% dominam a comunicação verbal e 24% a escrita. Os restantes dominam
códigos alternativos ou comunicação não codificada.
Relativamente à autonomia das pessoas com deficiência, cerca de 42% dos inquiridos refere
que o seu filho é independente em relação aos cuidados pessoais e 55% sinalizam os seus
filhos como dependentes ou muito dependentes.
G7- Distribuição da população por autonomia nos cuidados pessoais

Muito Dependente Dependente Independente Não se aplica
3%
17%
42%
38%
Verifica-se que 51% é independente ao nível do vestir/despir e 57% é independente na

alimentação. Todavia, 46% desta população é dependente ou muito dependente na
autonomia na utilização de transportes públicos, 56% é dependente ou muito dependente
na utilização do dinheiro e 48% é-o quando se trata de questões de orientação temporal
(identificar dias da semana, meses, anos..).Na preparação de pequenas refeições só 34% da
amostra consegue preparar uma refeição simples mas 70% consegue ser autónomo na
realização de pequenos recados.
Quanto à situação escolar da população analisada, o estudo refere que dos 0-17 anos, a
maioria das pessoas (74%) estão a frequentar o ensino regular com apoio da educação
especial. Entre os 18 e os 30 anos, a maioria (63%) frequenta a APPACDM de Santarém.
G8- Situação escolar da população dos 0-17 anos

Frequenta creche
7% 3% 1% 3% Frequenta Jardim de
Infância
12%
Frequenta regular com
apoio educ. especial
Frequenta instituição
74% Não frequenta escola
Formação Profissional
G9- Situação escolar da população dos 18 aos 30 anos
Frequenta o regular com apoio

10% educ.especial
10% Frequenta Instituição
17%
Está em casa
63% Formação Profissional
O estudo verifica ainda, que 68% da população diz ter apoio da terapia da fala (mais
procurada) e que cerca de 50% beneficia da terapia ocupacional e de apoio psicológico.
Quanto às preocupações dos pais de filho com deficiência, as primeiras grandes

preocupações centram-se na aquisição da marcha e da linguagem. Após os 18 anos que
respostas de continuidade para os filhos é a grande interrogação dos pais que evidenciam
preocupação pela falta de respostas após a saída da escolaridade obrigatória, pelo futuro dos
filhos que não vão ter trabalho, e/ou ausência de capacidades para tal, pelo envelhecimento
dos pais e falta de estruturas residenciais que os acolham.
A abordagem da problemática da deficiência pelos parceiros sociais, em 9 de outubro 2018,

identificou 4 problemas.
Insuficiência de respostas sociais para pessoas adultas com deficiência
I Condiciona a qualidade de vida destas pessoas, na medida em que permanecem longo tempo
em listas de espera, com a agravante da rede informal (familiares, vizinhos, amigos) estar
diluída e, particularmente, nestas situações por desconhecimento e ou receio, não sendo
proporcional às necessidades sentidas. As principais consequências são a falta de
estimulação e ou isolamento das pessoas com deficiência e à grande preocupação dos pais
com o futuro dos filhos, ficando os cuidadores (muitos já idosos e sem capacidade) e as
pessoas portadoras de deficiência desprotegidos.
Atualmente e face à tipologia das famílias, a idade e dependência dos utentes foi sinalizada,
em particular, a falta de estruturas residências cuja ausência é muitas vezes, colmatada com
o acolhimento pontual do utente, nomeadamente em situações de urgência e necessidade.
Ainda relacionada com este problema foi referenciada a necessidade de equipas

multidisciplinares vastas (com várias áreas técnicas) capazes de atender às diferentes e
específicas exigências de saúde e bem estar da pessoa com deficiência. Os cuidadores
solicitam, cada vez mais, respostas/apoios à medida ex. transportes com horários
conciliáveis com os horários da família.
Dificuldades de mobilidade e acessibilidade em edifícios públicos e via pública
I As causas deste problema residem no não cumprimento do enquadramento legal em vigor,

provocando limitações diretas no acesso a direitos básicos de cidadania e,
consequentemente, situações de exclusão social e ou isolamento.
Tecido empresarial e legislação pouco facilitadores do acompanhamento parental à pessoa

com deficiência
I Provoca a desproteção das famílias em contexto laboral, limitando o acompanhamento que

dão aos filhos com deficiência. O quadro legislativo não prevê um regime de excecionalidade.
Dificuldade na inserção profissional dos cidadãos com deficiência e na manutenção do

emprego
I Provocada pelo estigma social relativo à pessoa com deficiência e à falta de sensibilidade
do tecido empresarial para a integração profissional desta população ou, não raras vezes, é
uma “sensibilidade” que depende dos incentivos financeiros (“não é uma sensibilidade
desinteressada”). Outro fato diz respeito às famílias que preferem manter pensões e outros
apoios financeiros “certos” do que “tentar” a inserção profissional dos seus familiares.
- Respostas institucionais adequadas com equipas multidisciplinares preparadas;
- Aumento das respostas nas estruturas residenciais;
- Diminuição das barreiras à acessibilidade e mobilidade das pessoas com deficiência;
- Promover os direitos das pessoas com deficiência e ou incapacidade;
- Medidas de apoio ao emprego das pessoas com deficiência /sensibilização do tecido

empresarial;
- Sensibilizar a comunidade em geral e a educativa, em particular, para a aprendizagem

positiva do convívio com a pessoa com deficiência;
- Capacitação da comunidade escolar para melhor lidarem com deficiência na escola.

COMPORTAMENTOS ADITIVOS E DEPENDÊNCIAS
Relativamente ao Eixo comportamentos aditivos e dependências destacam-se as respostas

específicas existentes no Município de Santarém: Centro de Respostas Integradas do Ribatejo
(CRI) que integra as Equipas de Tratamento de Santarém (ET), de Prevenção, de Reinserção
e de Redução dos Riscos e Minimização dos Danos (RRMD), a Comissão para a Dissuasão da
Toxicodependência e a Associação Picapau.
Ao nível da intervenção preventiva, salienta-se o trabalho desenvolvido pela Equipa de

Prevenção do CRI Ribatejo: Programa “Eu e os Outros”- 2º e 3º ciclo do Ensino Básico;
Programa “Next Step”- Ensino Secundário; a Componente formativa de âmbito curricular em
comportamentos aditivos e dependências (CAD) na Escola Superior de Educação e Escola
Superior de Saúde do IP de Santarém e a colaboração com a Equipa de Saúde Escolar na
Componente Formativa de Técnicos de Saúde; na construção e implementação de um
“Programa de redução de hábitos tabágicos”.
Em conjunto com a Equipa de RRMD, numa intervenção mista de prevenção e redução de

riscos associados ao consumo, realiza-se anualmente uma intervenção na Receção ao Caloiro
e outra na Semana Académica (com formação prévia de um grupo de alunos do IPS que
intervém como pares nestes eventos), bem como intervenções em alguns contextos festivos,
tais como as Festas da Cidade e a Feira da Agricultura.
A Equipa de RRMD do CRI Ribatejo realiza ainda, semanalmente, na cidade, um giro com a
Unidade Móvel, parando em locais onde habitualmente se encontram consumidores de SPA,
tais como o Cerco de S. Lázaro e o parque de estacionamento junto do tribunal, numa
intervenção de proximidade.
Apresenta-se, de seguida, a caraterização da população acompanhada pelas Equipas de

Tratamento e Reinserção com base nos dados resultantes da Atualização do Diagnóstico do
Território “Santarém-Cidade” do CRI, realizada em 2017 no âmbito do PORI (Programa
Operacional de Respostas Integradas) e ainda dos dados fornecidos pela Comissão de
Dissuasão da Toxicodependência de Santarém (CDT).
Q114- Utentes ativos* nas Equipas de Tratamento das UIL do CRI Ribatejo
Local de Inscrição Utentes Ativos-2016
Número total de utentes ativos nas equipas de tratamento do CRI do
1627
Ribatejo.
Número total de utentes ativos na equipa localizada no concelho de
1034
Santarém
Número total de utentes ativos do concelho de Santarém 341
Número total de utentes ativos na União de Freguesias de Santarém 210
Fonte: Atualização do Diagnóstico do Território “Santarém-Cidade”, agosto 2017
*Utente Ativo: todo o Utente com pelo menos um evento assistencial com o estado de Realizado no período em
estudo registado nesta Unidade. O utente Transferido/Disponibilizado é sempre considerado como “Ativo” na
Unidade de origem.
Deste grupo de utentes em acompanhamento na E. T. de Santarém, registaram-se 341

indivíduos residentes no Município (33% do nº total de ativos). Verifica-se que 61 % dos
utentes referenciados ao Município de Santarém, encontram-se a residir na União de
Freguesias da Cidade de Santarém (210 indivíduos).
Caracterização Sociodemográfica
Além dos utentes ativos apresentados comparativamente o nº de utentes admitidos** bem

como, os em acompanhamento na Equipa de Tratamento de Santarém, residentes neste
concelho e, mais especificamente, na União de Freguesias da Cidade de Santarém.
Q115- Utentes ativos e utentes admitidos no CRI Ribatejo, em 2016
Local de Residência Ativos Admitidos
Concelho de Santarém 341 92
União de Freguesias de
210 73
Santarém
**Utente Admitido (novo): utente com pelo menos um evento assistencial com o estado de “Realizado” no período
em estudo registado nesta Unidade, e que antes desse período nunca apresentou qualquer evento nesta Unidade.
Nesta perspetiva, o utente Transferido/Disponibilizado também será considerado como “Admissão”.
Como se pode confirmar no quadro, em 2016, os 210 utentes residentes na União de

Freguesias da Cidade de Santarém e em acompanhamento na Equipa de Tratamento da
Santarém, representam 0,7% da população residente na freguesia, encontrando-se dentro
do limite das estimativas do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (ODT)
para o consumo problemático de droga (entre 0,2% e 1%).
É possível ainda verificar que dos 341 utentes do concelho de Santarém, 62% residem na
zona urbana da União de Freguesias de Santarém
Q116- Utentes ativos do CRI Ribatejo em 2016
População % Face à população da

Local de Residência N.º de Utentes Residentes
residente Freguesia
União de Freguesias
20929 210 0,7
de Santarém
Caracterizando a população toxicodependente do ponto de vista sociodemográfico, e

relativamente ao género, a maioria dos utentes ativos em 2016, 71% são do sexo masculino
em contraponto a 29% do sexo feminino.
Q117- Utentes ativos do CRI Ribatejo, por sexo em 2016
Género M F
N.º de utentes 71% 29%
Relativamente à análise da distribuição dos utentes por idades, verifica-se que as faixas
etárias abaixo dos 30 e acima dos 55 anos têm uma representatividade baixa (44% dos
indivíduos). É no intervalo etário dos 30 aos 59 que se concentra 66% dos utentes, o que
corresponde a 138 utentes.
Q118- Utentes do CRI Ribatejo, por grupo etário em 2016
Grupo Etário Total Total %

-14 10 4,7
15 - 19 27 13
20 - 24 9 4,3
25 - 29 11 5,2
30 - 34 12 5,7
35 - 39 23 11
40 - 44 43 20
45 - 49 24 11
50 - 54 24 11
55 - 59 12 5,7
60 - 64 8 3,8
65 - 69 2 1
70 - 74 2 1
75 - 79 0 0
80- 3 1,4
TOTAL 210 100%
Quanto à análise da nacionalidade dos utentes residentes na União de Freguesias de

Santarém, verifica-se que, do total de 210 utentes ativos em 2016 que a maioria são de
nacionalidade portuguesa 91,5% (192 utentes).
Q119- Utentes do Cri do Ribatejo, segundo a nacionalidade em 2016
% de
Nacionalidade N.de Utentes
Utentes
Portugal 192 91,5
Europa Ocidental 1
União Europeia 0 0,5
Desconhecido 17 8
Total 210 100%
Relativamente ao tipo de coabitação observa-se que a maioria dos utentes habitam com a
família- 60%, (126 utentes).
Relativamente à coabitação, constata-se ainda que 23% (49 utentes) dos utentes mantém
uma relação próxima com os filhos, residindo só com estes e com companheiro/a ou com a
família de origem e companheira e os seus filhos.
É de salientar, que só um nº residual, 13,3% dos utentes, reside sozinho.
Q120- Utentes do CRI Ribatejo, segundo o tipo de coabitação em 2016
N.º de
Tipo de coabitação %
utentes
Com família de origem 34 16
Só com companheiro 18 8,6
Sozinho 28 13,3
Com família de origem
30 14,3
+companheiro/a e/ou filho/a
Só com campanheiro/a e filho/s 12 5,7
Instituição 11 5,2
Só com filho/a 7 3,3
Outros familiares 9 4,3
Com irmão/s 6 2,9
Só com amigo/s 2 1
Desconhecido 18 8,6
Total 210 100
Do total de utentes ativos em 2016 (210) conclui-se que na sua maioria, 51% dos utentes,
habita em alojamentos clássicos (107). Os utentes que vivem na rua correspondem a um
número residual 2,9% (6 utentes)
Q121- Utentes ativos do CRI do Ribatejo, por tipo de alojamento em 2016
N.º de
Tipo de alojamento %
utentes
Familiar clássico 107 51
Familiar não clássico 7 3,3
Rua 6 2,9
Outro alojamento coletivo de
6 2,9
convivência
Estabelecimento Prisional 2 1
Outras situações 3 1,4
Tipo de alojamento desconhecido 79 37,7
Total 210 100
Relativamente à situação profissional dos 210 utentes com residência no Território da

União de Freguesias da Cidade de Santarém, é possível conhecer os dados para 91 % dos
utentes, verificando-se que os utentes desempregados somam 71, representando 34%
(dos quais 22,4% estão desocupados há mais de um ano e 11,4% ficaram desocupados há
menos de um ano).
Os utentes com situação profissional ativa representam 28% do total de utentes (58
utentes), sendo que com trabalho estável se encontram apenas 21 % dos utentes (45
utentes).
Verifica-se ainda, e tendo em conta a população mais jovem acompanhada naquele serviço,
que 19% dos utentes se encontra ainda num percurso académico/formativo.
Q122- Utentes ativos do CRI Ribatejo, segundo a situação profissional em 2016
Situação Profissional Nº (valores absolutos) % (valores relativos)

Desocupado há um ano ou mais 47 22,4
Trabalho estável/regular 45 21,4
Desocupado há menos de um ano 24 11,4
Trabalho ocasional 13 6,1
Estudante/ Formação Profissional 40 19
Reformado/Pensão Social por idade 2 1
Reformado/Pensão Social por invalidez 7 3,3
Doméstica 0 0
Outra situação 14 6,7
Desconhecido 18 9
Os dados demostram claramente a fragilidade social desta população ao que se pode ainda
acrescentar a baixa escolaridade.
Q123- Utentes desocupados do CRI do Ribatejo, segundo o local de residência em 2016
Nº de Utentes
% De Utentes
Local de Desocupados (Há <1 ano e
Desocupados
Residência há 1 ano ou >1 ano)
Concelho de
75 36
Santarém
União de
Freguesias de 71 34
Santarém
Dos utentes do CRI do Ribatejo residentes no Município de Santarém, 36% encontravam-

se desocupados, dos quais, 34% residiam na União de Freguesias da Cidade de
Santarém.61% dos utentes residentes nesta freguesia têm filhos. Ao longo do ano de 2016
foram acompanhadas no serviço 3 mulheres toxicodependentes grávidas.
Q124- Utentes inscritos/ativos com filhos/ grávidas do CRI Ribatejo em 2016
Utentes Inscritos/Ativos
Local de Residência
Com Filhos Grávidas
União de Freguesias de
129 3
Santarém
A população com comportamentos aditivos e dependências, inscrita na Equipa de

Tratamento, possui, ao nível do Ensino Básico, uma escolaridade inferior à população geral,
51 % de indivíduos com habilitações completas ao nível do ensino básico. Os utentes com
este nível de ensino representam 71,5%.
Também ao nível do ensino secundário e universitário apresentam valores mais baixos que
a população geral, 20% e 18,5% respetivamente. Os utentes com estes níveis de ensino são
9% e 5,7%, respetivamente.
Q125- Utentes do CRI Ribatejo, segundo as habilitações dos utentes em 2016
Nº de
Habilitações %
Utentes
S/ escolaridade 4 1,9
S/ escolaridade.
1 0,5
Sabe ler e escrever
1º Ciclo do Ensino
30 14,3
Básico
2º Ciclo do Ensino
67 32
Básico
3º Ciclo do Ensino
53 25,2
Básico
Ensino Secundário 19 9
Frequência
8 3,8
Universitária
Grau Universitário 4 1,9
Desconhecido 24 11,4
TOTAL 210
A existência de problemas judiciais é uma constante na maioria dos indivíduos com

comportamentos aditivos. Estes processos prendem-se com atividades ligadas ao tráfico de
SPA, furtos agressão, violência doméstica, condução sob efeito de álcool, entre outros. Neste
perspetiva podemos verificar que dos 210 utentes ativos e residentes na União de Freguesias
da Cidade de Santarém, 11 utentes já estiveram efetivamente presos e que 68% (142)
apresentam antecedentes judiciais. Estes indivíduos representam 44% do total dos utentes
do CRI do Ribatejo residentes no Município de Santarém que já tiveram presos e 58% da
totalidade que têm antecedentes judiciais.
Q126- Utentes do CRI Ribatejo, segundo a situação face à justiça em 2016
Antecedentes Prisão
Local de Residência Universo
Judiciais Efetiva
Concelho de Santarém 243 25 341
União de Freguesia de
142 11 210
Santarém
Considerando que a prevalência de casos de VIH/SIDA para a população geral é de 0,6%, de

infeção pelo VHC é de 1,5% e de casos de tuberculose é de 0,4%, verifica-se que os
números registados para a população inscrita na Equipa de Tratamento e residentes na
União de Freguesias da cidade de Santarém, são significativamente superiores. Tal
demonstra que a vulnerabilidade social, confirmada anteriormente pelos quadros acima,
está associada a uma fragilidade das condições de saúde, dependentes de cuidados
médicos regulares.
Q127- Utentes do CRI Ribatejo, segundo a situação face à seropositividade para doenças infeciosas em 2016
VIH VHC TUBERCULOSE

Local de
Referência N.º N.º N.º
Taxa (%) Taxa (%) Taxa-(%)
Utentes Utentes Utentes
Equipa
Tratamento de 37 18% 121 58% 1 0,5
Santarém
Valores Nacionais
de Referência nd 0,6% nd 1,5% nd 0,4%
(Totais)
Caracterização dos consumos
Entre os utentes ativos com residência no Município de Santarém e que recorreram à Equipa
de Tratamento, a heroína continua a ser a substância mais referida como droga principal
34% seguida do Álcool 19 %.
De salientar o facto de não existir informação, quanto à droga principal, em 8% dos utentes
ativos na ET e em 15% haver a indicação de não terem uma substância principal de consumo.
Q128- Utentes do CRI Ribatejo, segundo a substância consumida (droga principal) em 2016
Substâncias Psicoativas Total %

Heroína 72 34
Cocaína 11 5
Álcool 39 19
Cannabis 28 13
Crack 0 0
Outras Substâncias* 11 5
Sem Informação 17 8
Sem Droga Principal 32 15
(* Envolve Alucinogéneos, Anfetaminas, Benzodiazepinas, Ecstasy/MDMA, Outros Estimulantes, Outros Hipnóticos,

Tabaco e Outras Substâncias)
Como se verifica no quadro abaixo, o álcool e o tabaco foram as substâncias mais consumidas
pelos utentes nos últimos 30 dias antes do acolhimento na Equipa de Tratamento, seguido
de cannabis. Pela análise dos dados apresentados, identifica-se um poli-consumo de spa
neste período de tempo.
Q129- Utentes do CRI do Ribatejo, segundo as substâncias consumidas nos últimos 30 dias antes do
acolhimento em 2016
Substância Consumida/
Nº de Utentes
30 D
Tabaco 137
Heroína 81
Cannabis 72
Cocaína 67
Álcool 106
Crack 2
Outras Substâncias* 53
(* Envolve Alucinogéneos, Anfetaminas, Benzodiazepinas, Ecstasy/MDMA, Outros Estimulantes, Outros Hipnóticos

e Outras Substâncias)
Em relação às vias de consumo de substâncias, ao longo da vida, verifica-se que a maioria

(46%) dos utentes refere por consumos por via fumada/inalada.
Q130- Utentes do CRI Ribatejo, segundo a via de consumo na vida em 2016
Via de Consumo na
Total Total%
Vida
Fumada /Inalada 97 46
Endovenosa 57 27
Oral 48 23
N/S 3 1,5
S/ Informação 5
Total 210 100%
Salientamos ainda a informação sobre intervenção preventiva, nomeadamente o Programa

“Eu e os Outros”-, com os 2º e 3º ciclos do Ensino Básico; , o Programa “Next Step”- com o
Ensino Secundário; , o Programa de desenvolvimento de competências pessoais e
sociais(DCPS)_ com as Escolas do Ensino Profissional; Componente formativa de âmbito
curricular na Escola Superior de Educação e Escola Superior de Saúde do IP de Santarém e a
colaboração com a Equipa de Saúde Escolar na Componente Formativa de Técnicos de Saúde;
na construção e implementação de um “Programa de redução de hábitos tabágicos”.
De acordo com a informação disponibilizada pela Comissão de Dissuasão das

Toxicodependências de Santarém (CDT), neste Município registaram-se 34 ocorrências de
processos de contraordenação em 2016, referentes à posse de Cannabis, Heroína e
Anfetaminas.
131- Processos de contraordenação, segundo o local de Residência do Infrator e tipo de substância em 2016
Processos de contra - Substâncias dos

Local de Residência ordenação por local de Processos de
residência - 2016 Contraordenação
30-Cannabinóides;
Concelho de Santarém 34 Processos 3- Heroína;
1 - Anfetaminas
18-Cannabinóides;
União de Freguesias de 2– Heroína;
21 Processo
Santarém 1 – Anfetaminas
Podemos verificar que relativamente ao Território da União de Freguesias de Santarém, e no

que concerne à zona de residência do infrator, alvo de uma contraordenação, verificaram-
se 21 Processos o que representa 62% do total de processos instaurados no concelho de

Santarém.
Relativamente ao tipo de substância que esteve na origem dos 21 processos instaurados no

território, verificamos que os Cannabinóides destacam-se relativamente à Heroina ou às
Antemaminas.
No que se refere às idades destes infratores, verifica-se que abrange indivíduos com idades
compreendidas entre os 16 anos e os 53 anos.
As apreensões ocorreram maioritariamente à noite, em espaços de lazer frequentados por

jovens e adolescentes , residentes no território.
Relativamente ao ano de 2017, os indivíduos acompanhados pela CDT (Comissão de

Dissuasão da Toxicodependência), maioria são do sexo masculino (73%) e solteiros (96%).
Além da substância de origem que originou a referenciação à CDT, a maioria consume tabaco
(82%) e 71% consume álcool. Quanto à existência de familiares com comportamento
aditivos, 14% das pessoas têm esta situação.
De referir que 2 processos foram administrativos, isto é, foram relativos a menores de 16

anos, verificando-se ainda, que as entidades remetentes dos processos para a CDT são
maioritariamente as Forças de Segurança: GNR e PSP,
Verifica-se que 46% dos processos referem-se a indivíduos com consumos ocasionais, 29%
têm consumos regulares e 18% encontra-se em situação de toxicodependência. De referir,
que estes indivíduos residem, maioritariamente, na União de Freguesias da Cidade de
Santarém e que têm menos de 20 anos (43%). 36% têm entre 20 a 30 anos e são
maioritariamente solteiros, vivendo 89% com alguém de família ou cônjuge/companheiro/a.
A maioria tem habilitações até ao 9º ano (68%) e verifica-se que são estudantes ou
trabalhadores/estudantes (46%). 29% estão empregados e 25% encontram-se em situação
de desemprego ou com trabalho ocasional.
75% das pessoas tiveram como substância originária do auto, o haxixe.

Q132- Indivíduos acompanhados pela Comissão de Dissuasão da Toxicodependência, segundo o tipo de

consumo, freguesia, sexo, estado civil, idade, habilitações literárias, situação profissional, agregado familiar e
substância de origem do auto, em 2017
Tipo de Freguesia Sexo Estado Idade Habilitações Situação Agregado Substânc

consumidor Civil Literárias Profissional Familiar ia origem
do auto
UFCidade Masc. Solt. 40 9º ano Empregado Cônjuge heroína
Santarém
UFCidade de Masc. Solt. 17 8º Ano Estudante Pais e irmãos Haxixe
Santarém
UFRomeira e Mas. Solt. 17 6º ano estudante Pais, irmãos e Haxixe
Várzea outros
UFCidade Fem. Solt, 21 12º ano Empregado Mãe e irmãos Haxixe
Santarém
UFCidade Masc. Solt. 20 12º anos Estudante Pais Haxixe
Santarém
UFCidade Mas. Solt. 21 12º ano Estudante Mãe Liamba
Consumidor Santarém
ocasional Abrã Mas. Solt. 21 9º ano Desempregado Pais e irmãos Haxixe
Abitureiras Mas. Solt. 23 6º ano Empregado Mãe Haxixe
UF Cidade Fem. Solt. 22 12º ano Empregado Pai, madrasta Haxixe
Santarém e irmãos /MDMA
Póvoa da Masc. Solt. 18 9º ano Estudante Pais, irmãos , Haxixe
Isenta avós
Vale de Masc. Solt. 17 9º ano Estudante Pais e irmãos Haxixe/
Santarém Liamba
UF Cidade Masc. Solt. 18 9º ano Empregado Mãe Haxixe
Santarém
U F Cidade Masc. Solt. 25 12º ano Empregado Mãe Cocaína
Santarém
Alcanhões Masc. Solt. 17 10º ano Estudante Mãe e irmãos Haxixe
UF Cidade Masc. Solt. 17 9º ano Estudante Avós Haxixe
Regular UF Cidade Masc. Solt. 23 10ºano Trabalhador/es União de Haxixe
Santarém tudante facto
Alcanhões Masc. Solt. 17 9º ano Estudante Mãe e irmãos Haxixe
UF Casével e Masc. Div. 29 12º ano Empregado Mãe Haxixe
Vaqueiros
UF Cidade Masc. Solt. 20 5º ano Trabalhador Vive só Haxixe
Santarém ocasional
UF Cidade Masc. Solt. 17 9ºano Estudante Avós Haxixe
Santarém
UF Cidade Masc. Solt. 19 9º ano Desempregado Pais e irmãos Haxixe
Santarém
UF Cidade Masc. Solt. 37 12ºano Desempregado Vive Sozinho Haxixe
Toxicodepe UF Cidade Masc. Solt. 59 6º ano Empregado Cônjuge Heroína
n- Santarém
dente SVicente e V Masc. Solt. 44 9º ano Desempregado Vive sozinho Heroína
Figueira (RSI)
UF Cidade Masc. Solt. 33 9º ano Trabalho Cônjuge e Heroína
Santarém ocasional filho
UF Cidade Masc. Solt. 44 9º ano Desempregado Pai Cocaína
Santarém
Processos UF Cidade Mas. Solt. 15 7º ano Estudante Pais e avós Haxixe
Administrat Santarém
ivos UF Cidade Masc. Solt. 13 7ºano Estudante Pais e e Haxixe
(menores Santarém irmãos
de 16 anos)
Fonte: CDT Santarém, 2017
Relativamente aos jovens acompanhados na Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de

Santarém com processo ativo por referência a consumo de substâncias psicoativa, verifica-
se a existência de 7 processos, com enquadramento educativo, com idades entre 14 a 17
anos e maioritariamente do sexo masculino (4).
Q133- Jovens acompanhados pela CPCJ de Santarém com referência a consumos de substâncias psicoativas em
2018
Idade Sexo Freguesia/. Residência Enquadramento Educativo

Com Sem
17 F União Freguesia da Cidade de Santarém Ens. Especial
17 M União Freguesia da Cidade de Santarém Curso

Formação
16 F União Freguesia da Cidade de Santarém Secundário
16 M União de Freguesia São Vicente do Paúl e CEF

Vale Figueira
15 F União de Freguesia Casével e Vaqueiros Ens. Regular
14 M União Freguesia da Cidade de Santarém Ens. Regular
15 M União Freguesia da Cidade de Santarém Ens. Regular
Fonte: CPCJ de Santarém 2018
Ao nível da toxicodependência importa ainda referir as respostas e trabalho desenvolvido

pela Associação Picapau, sediada em Atalaia, na Freguesia de Póvoa da Isenta. Destaca-se o
apartamento de reinserção social com capacidade para 8 utentes, a equipa de intervenção
direta com 35 utentes em acompanhamento (100% da sua capacidade) e a comunidade
terapêutica com 33 utentes (capacidade para 33 utentes).
Segundo o Sistema de Estatística da Segurança Social (SESS/ASGB), os apoios

económicos/montantes processados pelo Serviço Local de Santarém, em 2017 e 2018, a
indivíduos com comportamentos aditivos (alcoolismo e toxicodependência) extravasam os
apoios em numerário.
Q134- Apoios económicos processados e montantes, por rubrica, pelo Serviço Local de Santarém, em 2017 e
2018, a indivíduos com comportamento aditivo (alcoolismo)
Nº de apoios económicos processados e montantes, por rubrica

Ano
Numerário Outras Total
Nº de Montante Nº de Montante Nº de Montante
apoios (Euros) apoios (Euros) apoios (Euros)
2017 30 5495,85 114 37060.00 144 42555.85
2018 10 1587.00 58 20169.33 68 21756.33
Total 40 7082.85 172 57229.33 212 64312.18
Fonte: Sistema de Estatísticas da Segurança Social (SESS/ASGB)
Q135- Apoios económicos processados e montantes, por rubrica, pelo Serviço Local de Santarém, em 2017 e
2018, a indivíduos com comportamento aditivo (toxicodependência)
Nº de apoios económicos processados e montantes, por rubrica

Ano Comunidades
Numerário terapêuticas para Outras Total
crianças e jovens com
PPP
Nº de Montante Nº de Montante Nº de Montante Nº de Montante
apoios (Euros) apoios (Euros) apoios (Euros) apoios (Euros)
2017 33 5824.38 22 11853.40 117 57989.39 232 75667.17
2018 9 1540.00 31 12322.16 66 27708.40 106 41570.56
Total 42 7364.34 53 24175.56 243 85697.79 338 117237.73
Fonte: Sistema de Estatísticas da Segurança Social (SESS/ASGB)
A problemática dos comportamentos aditivos e dependências foi debatida pelos parceiros

locais a 11 de outubro 2018, tendo sido identificados 6 problema principais s e as respetivas
consequências e necessidades de intervenção. De sublinhar que os problemas identificados
têm especial incidência no grupo dos adolescentes e jovens.
Consumo de álcool e canabinoídes pelos adolescentes e jovens
Este fenómeno intimamente ligado à representação social do caráter inofensivo destas

substâncias e ao facto de funcionarem como “facilitadores da diversão”, como rituais de
integração ou mesmo como ansiolíticos e com fins compensatórios e equilibradores. No caso
do consumo de álcool, este é inclusivamente, permitido e estimulado socialmente. Outro
fator referido diz respeito à diminuição do controlo parental e a uma vida noturna assídua
que facilita o acesso aos consumos, potenciando o contato com redes de tráfico. Foi ainda,
sinalizado o facto de cada vez mais, se verificar tráfico associado à necessidade de sustentar
os consumos.
O início dos consumos são atribuídos, maioritariamente, ao grupo etário dos 13 anos- 16
anos, sendo o “boom” das experimentações entre os 17-18 anos.
Os contextos favoráveis aos consumos também foram referidos, nomeadamente, as viagens

de finalistas e o início da frequência do ensino superior, com o consequente afastamento da
rede familiar que, aliado a outros fatores, nomeadamente pressão de pares, exigência do
ensino e dificuldades internas diversas pode induzir a procurar consumos.
Associado ao problema do consumo de haxixe, em particular, entre os adolescentes e jovens,

está o aparecimento de situações de psicose tóxica, com provocam comportamentos verbais
e não verbais disfuncionais, que obrigam a internamento em psiquiatria e que podem
desencadear uma doença mental que, até à altura, estaria latente.
Ainda, sobre os consumos dos adolescentes e jovens foi referida a existência de iniciativas
recreativas na Cidade que propiciam, pela sua estrutura de organização, os consumos sem
qualquer controle, nomeadamente de álcool.
Foi também identificada a “estranha” quase inexistente sinalização, por parte dos
professores, de situações de consumos entre os alunos, atribuída à eventual preocupação
com os rácios de qualidade das escolas.
Consumos iniciam-se cada vez mais cedo
Associado ao problema anterior, foi identificado um outro que diz respeito ao facto do abuso
de álcool e do consumo de substâncias psicoativas se iniciarem cada vez mais cedo. Mais
uma vez apontam-se a frequência “desacompanhada”, cada vez mais precoce, de
estabelecimentos de lazer noturnos, assim como a representação social (muito tolerante,
nomeadamente no caso do álcool, sendo frequentemente socialmente estimulado) sobre o
consumo destas substâncias e a falta de informação científica sobre as mesmas. As principais
consequências deste fenómeno referidas dizem respeito ao desinteresse pelos estudos,
absentismo escolar, comportamentos de pequena delinquência e maior incidência da doença
mental.
Ainda neste problema, foram referidos os consumos sem substâncias: entre os quais
dependência dos jogos, sobretudo entre os 13 e 16 anos; as compras online; a utilização
abusiva das redes sociais entre os jovens de17-18 anos, como estratégia, muitas vezes
exclusiva, de comunicação e de relação com o consequente isolamento social e desinteresse
(ou abandono) pelos estudos.
Sublinhou-se também, a existência de casos de bullyng, assim como a dificuldade do controle

parental nestas situações.
Aumento do número de recaídas de indivíduos estabilizados
Os parceiros locais referem o aumento do número de recaídas como consequência do

aumento da destabilização social e emocional destes indivíduos, associados sobretudo ao
desenvolvimento de quadros psiquiátricos e, muitas vezes, ao consumo de cocaína, numa
tendência de crescimento claramente visível nesta população. Acresce sublinhar que o
consumo, em particular, desta substância (de caráter compulsivo) gera sempre elevada
desorganização financeira.
Relaciona-se a este problema atual tendência acrescida do consumo da cocaína, associada a

comportamentos de impulsividade e que requer consumos frequentes, levando a uma
desorganização financeira.
Falta de suporte familiar
Relacionado com o problema anterior, o cansaço provocado por recaídas sucessivas,

dificuldades económicas das famílias e os contextos familiares desestruturados provocam
um fraco enquadramento familiar das pessoas toxicodependentes (as famílias desvinculam-
se e afastam-se do problema). Além disso, os pais são muitas vezes a única família restante
e, em particular no caso dos indivíduos mais velhos, também estes, pela idade vão ficando
mais vulneráveis.
Todas estas situações acabam por o que fazer recair sobre a rede e o trabalho institucional
uma forte responsabilidade, na medida em que o mesmo se afigura como o único apoio para
muitas pessoas.
Falta de respostas sociais para indivíduos toxicodependentes com duplo diagnóstico grave
Foi referido o aumento significativo de indivíduos toxicodependentes com outras doenças

mentais graves associadas, levando a situações de saúde e sociais mais difíceis de gerir,
nomeadamente, pela falta de recursos institucionais com uma resposta integrada, sobretudo
no que respeita à saúde ocupacional e à residência assistida.
Toxicodependentes em situação de sem abrigo
Fenómeno muito ligado à centralidade da cidade de Santarém e às eficazes e eficientes

respostas que a rede de apoio consegue prestar, sendo um fator de atração para estes
indivíduos.
Este facto é reforçado pela existência no Município de uma Comunidade Terapêutica que
alguns indivíduos provenientes de todo o país por vezes abandonam, bem como pela falta de
uma resposta de acolhimento adequada a alguns perfis, nomeadamente pessoas sem abrigo
com consumos.
Dificuldades de inserção profissional
O fim do Programa Vida Emprego em 2016 veio dificultar mais a inserção laboral das pessoas
com problemas ligados ao consumo de SPA com mais dificuldade na inserção no mercado
geral de trabalho, pois deixaram de existir incentivos específicos para as empresas no
acompanhamento dos mesmos.
Porém, para os indivíduos com menos limitações e com mais competências, com a alteração
situação de crise económica referida no último diagnóstico, os níveis de empregabilidade
têm subido nos últimos tempos.
Principais áreas de intervenção identificadas pelos parceiros:
- Maior fiscalização aos estabelecimentos comerciais de venda de álcool e ou a presença das

Forças de Segurança nos eventos recreativos;
- Respostas sociais adequadas a doentes com duplo diagnóstico (residência assistida e

centro de dia);
- Resposta para acolhimento temporário de toxicodependentes sem abrigo;
- Programas de prevenção e informação sobre os efeitos nefastos das substâncias

psicoativas e álcool;
- Maior sinalização junto da Comissão de Dissuasão da Toxicodependência pelas Forças de

Segurança e Escolas no sentido da prevenção e tratamento;
- Intervenção em contextos recreativos e meio escolar / universitário para a prevenção,

redução da idade de início da experimentação e redução dos riscos do uso de substâncias;
- Sensibilização do tecido empresarial para a adesão e disponibilidade para aceitar indivíduos

em fase de tratamento/reinserção;
- Experiências de curta duração em contexto de trabalho.

MIGRAÇÕES
Neste capítulo consideramos os movimentos migratórios da população do Município de

Santarém: os movimentos internos, a emigração e a imigração.
De referir que o saldo total do Município de Santarém, em 2017, era de -432 (valor absoluto),
o saldo natural ou fisiológico de -331 indivíduos e que o saldo migratório era de -101
indivíduos. Neste sentido, a diminuição do saldo total deve-se essencialmente ao saldo
natural.
Em Portugal, o saldo natural, em 2017, era de -23,6% e o migratório de +5,1%.
Q136-Saldo populacional anual: total, natural e migratório no Município de Santarém em 2001 a 2017 (valores
absolutos)
2001 2011 2012 2014 2016 2017
Saldo total 52 -21,00 -566 -851,0 -433,0 -432,0

Saldo natural -179 -283 -266 -306 R -344 -331
Saldo 231 -238 - 300 -545 R -89 -101
migratório
Fonte: Pordata/ (R) dados retificados pela entidade responsável
Q137- Contributo dos saldos natural e migratório para a variação populacional anual (%)
2001 2011 2014 2016 2017
Saldo natural 43,7 54,3 36,0 R 79,4 76,2
Saldo 56,3 45,7 64,0 R 20,6 23,8

migratório
Fonte: Pordata
MOVIMENTOS INTERNOS
Relativamente aos movimentos da população que reside no concelho observa-se que a

grande maioria mantêm a mesma residência ao longo dos anos. A população que mudou de
residência, em relação a 31.12.2009 e 31.12.2005, fá-lo, maioritariamente, na mesma
freguesia.
Segundo o saldo migratório interno do Município de Santarém (diferença entre as entradas

e saídas por migração – imigração e emigração - em determinado período de tempo),
verifica-se que, em 30 anos, teve um decréscimo acentuado de -300% para -12%.
Q138- Saldo migratório no Município de Santarém em 1981 e 2011
1960 1981 2011

(%) (%)
- -300,0 -12,0
Fonte: Pordata
Q139- População residente por migrações segundo os censos, de 1960 a 2011
1960 1981 2001 2011

População que não mudou de n/d 60086 60884 59612
município
Imigrantes provenientes de outro 1291 1403 1354 1579
município
Imigrantes provenientes de outro país 13 380 549 359
Emigrantes para outro município - 1703 1366 -
Fonte: Pordata
Q140-População que mudou de residência, relativamente a 31.12.2009 e 31.12.2005
Relativamente a População que mantêm a População que mudou de residência

mesma residência Na mesma freguesia Noutra freguesia do Noutro município No estrangeiro
mesmo município
HM H M HM H M HM H M HM H M HM H M
31/12/2009 1579 764 815 359 206 153
54103 25538 28565 3261 1570 1691 2248 1039 1209
44940 21163 23777 4945 2374 2571 4877 2299 2578 3558 1654 1904 1007 489 518
31/12/2005
Fonte: INE, Censos 2011. Os dados incluem a freguesia do Pombalinho que à data ainda pertencia ao concelho de Santarém.
Relativamente a 31.12.2009, em 2 freguesias observa-se que a população que mudou de

residência fê-lo, maioritariamente, para outra freguesia do mesmo concelho: União das
Freguesias de Romeira e Várzea (48%) e Abitureiras (39%).
Na freguesia da Póvoa da Isenta a população que mudou de residência para outro concelho
representou 33% dos que mudaram de residência.
De salientar que, na freguesia da Gançaria um número significativo de pessoas que mudou

de residência fê-lo para o estrangeiro (39%).
Q141-População residente que mudou a residência (relativamente a 31.12.09) por freguesia em 21.03.2011
Pop. que Pop. que População que mudou a residência relativamente a 31.12.2009
Freguesias ainda não mantém a
tinha nascido mesma resid
a 31.12.2009 rel. a Na mesma Noutra freg do Noutro No estrangeiro
31.12.2009 freguesia mesmo Município
concelho
HM M HM M HM M HM M HM M HM M
Santarém 76 38 7617 3358 558 250 378 162 334 158 81 50
Freguesias de
Santarém Santa Iria
da Ribeira 4 3 606 268 56 25 50 23 26 9
3 1
de
Santarém
Santarém 143 71 7912 3698 638 300 557 246 308 150 69 36
(São
Nicolau)
Santarém 143 76 8930 4210 560 273 543 259 301 154 36 21
(São
Salvador)
União das Romeira 14 5 699 345 25 11 27 13 14 11 4 3
Freguesias Romeira Várzea 20 11 1629 801 46 23 87 49 31 11
e Várzea
4 2
União das Achete 17 10 1705 829 69 33 64 33 40 20 23 13
Freguesias de Azoia de 3 1 276 115 6 3 11 4 1 1
Achete, Azoia de
0 0
Baixo
Baixo e Póvoa de Póvoa de 6 3 600 294 34 17 31 14 36 13
Santarém
1 1
Santarém
União das Azoia de 2 0 445 210 21 15 14 5 12 8 2 1
Freguesias de Azoia Cima
de Cima e Tremês Tremês 25 14 1793 841 103 49 23 12 24 11 13 4
União de Freguesias Casével 5 4 748 359 64 36 16 10 27 12 4 3
de Casével e Vaqueiros 2 261 123 13 7 6 4 1 1
Vaqueiros
0 0
4
União de Freguesias São 10 6 1679 809 84 36 38 17 20 10 4 2
de São Vicente do Vicente do
Paul e Vale de Paul
Figueira Vale de
Figueira 7 3 942 467 86 48 30 13 12 6
5 3
Abitureiras 14 6 855 396 38 23 40 19 21 9 4 2
Abrã 12 3 1038 501 39 23 14 10 13 9 6 4
Alcanede 35 17 4270 2114 111 57 44 19 60 24 27 16
Alcanhões 13 7 1314 636 79 26 41 25 17 6 5 4
Almoster 12 4 1623 761 74 40 39 14 60 30 10 3
Amiais de Baixo 147 7 1663 819 106 54 32 12 23 10 10 3
Arneiro das Milhariças 4 3 779 374 19 9 16 6 11 3 6 4
Gançaria 3 2 480 225 9 7 2 1 8 5 12 7
Moçarria 8 5 1055 514 35 15 20 8 16 6 2 1
Pernes 9 5 1270 609 107 51 24 8 30 12 6 3
Póvoa da Isenta 9 4 975 466 41 22 47 26 50 30 5 5
Vale de Santarém 31 17 2542 1212 218 106 46 22 68 37 15 9
Fonte: Censos 2011
Em termos de movimentos diários (pendulares) de entrada e saída do Município de Santarém,

observa-se que entram mais pessoas do que saem. Relativamente às entradas, o número de
mulheres (49,8%) e homens (50,2%) é muito semelhante, mas saem mais homens (60%)
que mulheres (40%).
Q142-População residente que trabalha ou estuda, segundo as entradas, saídas e sexo, em 2011
População que entra no município para trabalhar ou População que sai do município para trabalhar ou
estudar estudar
HM H M HM H M
10559 5296 5263 7567 4534 3033
EMIGRAÇÃO
Relativamente à emigração poucos são os dados disponíveis. A Pordata disponibiliza para o

concelho de Santarém, apenas o número absoluto de emigrantes em 1960 e 1981, 46 e 62,
respetivamente. Esta referência tem um carater de curiosidade dado o longo hiato temporal
que já passou e as caraterísticas atuais do fenómeno. O Instituto Nacional de Estatística só
disponibiliza dados a nível nacional.
Os dados disponíveis para o país caraterizam dois tipos de emigração: emigração permanente
(“pessoa – nacional ou estrangeira – que, no período de referência, tendo permanecido no país por um período
contínuo de pelo menos um ano, o deixou com a intenção de residir noutro país por um período contínuo igual
ou superior a uma ano”) e a emigração temporária (indivíduos com intenção de residirem no estrangeiro
por um período inferior a um ano).
De referir o grande crescimento deste movimento da população em idades jovens. Em 2011

e 2012 a maioria dos indivíduos que saíram do país tinham entre 20-29 anos e eram do sexo
masculino. Os dados sobre a emigração temporária apenas existem para os anos 2011 e
2012, notando-se um significativo crescimento.
Q143-Emigração permanente e temporária em Portugal, por grupo etário de 2008 a 2012
Grupos 2012 2011 2010 2009 2008

etários Perm. Temp. Perm. Temp. Perm. Perm. Perm.
Total 51958 69460 43998 56980 23760 16899 20357
0-4 801 379 5055 647 2730 1911 2337
5-9 990 243 3455 681 1228 872 1052
10-14 1052 578 1972 711 232 162 199
15-19 4378 6370 3277 2264 1460 1039 1251
20-24 10563 11667 6237 8848 5127 3649 4393
25-29 11022 8919 6097 7414 6276 4465 5377
30-34 7184 7225 5075 4591 3644 2593 3124
35-39 5383 7193 3952 6301 1765 1256 1512
40-44 3753 7746 3044 6889 1013 720 868
45-49 3505 6217 3032 5683 277 196 237
50-54 1579 5953 1520 4027 8 6 7
55-59 990 2642 611 3074 0 0 0
60-64 248 1406 118 1540 0 0 0
65-69 453 1089 174 1085 0 0 0
70-74 56 553 266 1131 0 0 0
75-79 1 727 113 1174 0 0 0
80-84 0 514 0 794 0 0 0
85 e mais 0 39 0 126 0 0 0
Fonte: INE, Estimativas Anuais da Emigração.
Q144- Total de Emigrantes permanentes em Portugal, de 2008 a 2017
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
20357 16899 23760 43998 51958 53786 49572 40377 38273 31753
Fonte: Pordata
Q145- Total de Emigrantes em Portugal, por grupo etário em 2017
>15 15- 20- 25- 30- 35- 40- 45- 50- 55- 60- 65+ Total
19 24 29 34 39 44 49 54 59 54
1473 2225 5832 5847 4284 2958 3060 2389 1970 1262 263 190 31753
Fonte: Pordata
Segundo os dados do INE, a maioria dos emigrantes permanentes escolhem a União Europeia
(UE 27) para residir. Também os emigrantes temporários escolhem principalmente a União
Europeia (UE 27) para residência futura.
Q146-Emigrantes permanentes residentes em Portugal (valores absolutos), por local de residência futura
2012 Total 51958

34418
União Europeia 27 (s/PT)
Extra União Europeia 17510
Desconhecido 30
2011 Total 43998

União Europeia 27 (s/PT) 28489
Desconhecido 0
2010 Total 23760

Desconhecido 0
2009 Total 16899

Desconhecido 0
2008 Total 20357

Desconhecido 0
Fonte: INE, Estimativas Anuais da Emigração
IMIGRAÇÃO
Relativamente à imigração e na sequência da partilha de informação entre parceiros, foi

referido as novas tendências neste domínio, nomeadamente, a diminuição da Comunidade
Romena, nos últimos dois anos, o elevado nível de integração das Comunidades Russa e
Ucraniana, ainda que, nos anos de crise anteriores, muitos imigrantes retornaram ao seu país
de origem ou saíram de Portugal com destino a outros países europeus.
De referir ainda, o retomar da imigração brasileira e a vinda de cidadãos da China, Nepal e

Índia e de outros países asiáticos.
Os cidadãos europeus têm também contribuído para o movimento imigratório,

nomeadamente, atraídos pelas isenções fiscais, sendo cidadãos mais velhos.
Foi sublinhado, pela positiva, o contributo da imigração feminina no mercado laboral ligado
às Instituições Particulares de Solidariedade Social e a preocupação com as condições
instáveis de cidadãos estrangeiros que chegam a Portugal, com contratos de trabalho
precários ou sem eles, muitas vezes, através de empresas de trabalho temporário,
nomeadamente, para o setor agrícola (trabalho sazonal) e que acabam por entrar em
situações de precaridade humana e laboral.
No sentido de permitir uma análise diacrónica deste fenómeno considerou-se os dados de

2011 e 2017 disponibilizados pelo SEF Santarém.
Em 2011 existiam no distrito de Santarém 14322 imigrantes, residindo 17,8% no Município

de Santarém. A grande maioria destes imigrantes que residiam no Município tinham Títulos
de Residência (99,4%) e só 0,6 possuíam Vistos de Longa Duração (existentes só no
Município de Santarém). Ainda de referir que 51,9% destes imigrantes eram do sexo
masculino e 48,1% dos sexo feminino. A diferença entre os sexos não é significativa devido
ao frequente processo de reagrupamento familiar.
Q147-Imigrantes residentes no distrito de Santarém, por Município em 2011 e 2017
Títulos de
Total Vistos Longa Duração Homens Mulheres
Municípios Residência
2011 2017 2011 2017 2011 2017 2011 2017 2011 2017
Total Distrito 14.322 11068 14.306 11007 16 61 7.402 5361 6.920 5707
Abrantes 664 388 664 388 0 0 368 179 296 209
Alcanena 491 338 491 338 0 0 248 158 243 180
Almeirim 917 556 917 556 0 0 474 278 443 278
Alpiarça 286 279 286 279 0 0 158 142 128 137
Benavente 2.447 1574 2.447 1574 0 0 1.247 756 1.200 818

Cartaxo 1.000 592 1.000 592 0 0 554 308 446 284
Chamusca 109 79 109 79 0 0 62 42 47 37
Constância 52 42 52 42 0 0 23 20 29 22
Coruche 395 272 395 272 0 0 226 141 169 131
Entroncamento 498 522 498 522 0 0 252 244 246 278
Ferreira do 279 279 0 143 136
188 188 0 105 83
Zêzere
Golegã 44 53 44 53 0 0 20 24 24 29
Mação 83 73 83 73 0 0 35 29 48 44
Ourém 1.798 1759 1.798 1759 0 0 908 837 890 922
Rio Maior 830 722 830 722 0 0 421 355 409 367
Salvaterra de 371 371 0 173 198
504 504 0 260 244
Magos
Santarém 2.543 1879 2.527 1818 16 61 1.320 933 1.223 946
Sardoal 43 34 43 34 0 0 18 17 25 17
Tomar 804 713 804 713 0 0 396 340 408 373
Torres Novas 556 486 556 486 0 0 280 222 276 264
Vila Nova da
Barquinha 70 57 70 57 0 0 27 20 43 37
Fonte: Serviço de Estrangeiros e Fronteiras em 2011 e 2018
Em 2017, existiam 11068 imigrantes residentes no distrito, residindo 17% no Município de

Santarém (número semelhante a 2011). Maioritariamente são pessoas do sexo feminino,
contrariamente à tendência verificada anteriormente. 97% têm título de residência e 3%
possuem vistos de longa duração (só existentes neste Município quando analisados os dados
dos restantes municípios do Distrito de Santarém).
De 2011 para 2017 podemos observar uma taxa de variação da população imigrante
residente de -22,7%, nomeadamente devido ao retorno de imigrantes ao seu pais de origem
ou a sua deslocalização para outros países, nomeadamente Europeus.
Relativamente ao Município de Santarém, em 2017, a maioria dos estrangeiros residentes

são de nacionalidade Romena (28%), Ucrânia (19%) e Brasil (18%).
Q148 – Estrangeiros residentes no Município de Santarém, segundo a nacionalidade em 2017
Concelhos Títulos de Vistos Longa

Total H M
Residência Duração
Total Distrito 11068 11007 61 5361 5707
Total Concelho 1879 1818 61 933 946
África do Sul 5 4 1 3 2
Alemanha 17 17 0 7 10
Angola 57 53 4 16 41
Argélia 2 2 0 0 2
Argentina 2 1 1 0 2
Áustria 2 2 0 1 1
Bangladesh 1 1 0 1 0
Bélgica 20 20 0 11 9
Bielorrússia 3 3 0 0 3
Brasil 333 305 28 129 204
Bulgária 25 25 0 14 11
Cabo Verde 34 32 2 17 17
Camarões 1 1 0 0 1
Canadá 2 1 1 1 1
China 84 84 0 49 35
Colômbia 2 2 0 1 1
Coreia do Sul 1 0 1 1 0
Costa Rica 3 3 0 1 2
Cuba 1 1 0 0 1
Dinamarca 2 2 0 2 0
Egipto 1 1 0 0 1
Equador 1 1 0 0 1
Eslovénia 1 1 0 0 1
Espanha 22 22 0 9 13
EUA 7 6 5 5 2
Etiópia 1 1 0 0 1
Filipinas 3 3 0 0 3
França 23 23 9 9 14
Gâmbia 1 1 1 1 0
Geórgia 3 3 0 0 3
Grécia 1 1 0 0 1
Guiné Bissau 10 5 5 5 5
Holanda 34 34 21 21 13
Hungria 4 4 0 0 4
Iémen 1 1 1 1 0
Índia 23 22 16 16 7
Iraque 1 1 1 1 0
Itália 20 20 6 6 14
Japão 1 1 0 0 1
Letónia 1 1 1 1 0
Líbia 1 1 1 1 0
Lituânia 2 2 0 0 2
Luxemburgo 7 7 4 4 3
Mali 1 1 1 1 0
Marrocos 4 4 0 0 4
Moçambique 17 8 11 11 6
Moldávia 60 60 32 32 28
Nepal 11 11 9 9 2
Noruega 1 1 0 0 1
Palestina 3 3 2 2 1
Paquistão 38 37 30 30 8
Paraguai 3 2 1 1 2
Perú 4 4 1 1 3
Polónia 3 3 1 1 2
Reino Unido 31 31 16 16 15
Roménia 529 529 290 290 239
Rússia 11 11 2 2 9
São Tomé e Príncipe 11 11 7 7 4
Senegal 1 1 0 0 1
Sérvia 1 0 1 1 0
Síria 7 7 5 5 2
Suécia 1 1 0 0 1
Suíça 2 2 1 1 1
Tunísia 2 2 2 2 0
Turquia 3 1 2 2 1
Ucrânia 360 258 182 182 178
Uzbequistão 6 6 2 2 4
Venezuela 3 3 1 1 2
Fonte: Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, 2018
Segundo os dados do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI), em

2011, a população residente no Município de Santarém de nacionalidade estrangeira era de
3,3%, sendo o peso dos homens de 3,4% e o peso das mulheres de 3,2%.
Q149-População do Município de Santarém de nacionalidade portuguesa e estrangeira, por sexo em 2011
Sexo População Portugueses Estrangeiros Estrangeiros (%)

residente
HM 62 200 60 148 2 052 3.3
H 29 447 28 455 992 3.4
M 32 753 31 693 1 060 3.2
Fonte: Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural
Verifica-se que a partir de 2012 o peso da população estrangeira com estatuto legal na
população residente em Portugal diminuiu.
Q150-População estrangeira com estatuto legal de residente em % da população residente e valores absolutos
no Município de Santarém, segundo o sexo de 2008 a 2016
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Masculino 4,1 4,6 4,5 4,5 4,2 4,0 3,6 3,2 3,3
1231 1361 1346 1315 1211 1142 1008 890 913
Feminino 3,2 3,6 3,7 3,7 3,5 3,5 3,2 3,0 3,0
1042 1169 1210 1212 1138 1106 1020 930 926
Total 3,6 4,0 4,1 4,1 3,8 3,7 3,4 3,1 3,1
2273 2530 2556 2527 2349 2248 2028 1820 1839
Fonte: Pordata
Segundo os dados disponíveis pela PORDATA, em 2016, a comunidade de estrangeiros com

estatuto legal de residente, mais numerosa, no concelho de Santarém é a romena com 539
indivíduos. Verifica-se que de 2008 a 2012 foi a comunidade que mais cresceu (+351
indivíduos), seguida dos chineses (+50 indivíduos) e dos indivíduos provenientes de outros
países europeus (+45). No entanto, em 2016, todas as comunidades das várias
nacionalidades perderam população, excetuando os provenientes do Reino Unido, outros
países africanos, Índia (sem registos anteriores) e outros países asiáticos.
Q151-População estrangeira com estatuto legal de residente a residir no Município de Santarém, por algumas
nacionalidades em 2008, 2012 e 2016,
Nacionalidades 2008 2012 2016

Reino Unido 21 17 30
Roménia 268 619 539
Ucrânia 635 522 392
Moldávia 264 149 72
Outros países europeus 173 218 190
Angola 80 69 53
Cabo Verde 67 41 26
Guiné Bissau 25 10 5
Moçambique 18 15 9
S. Tomé e Príncipe 9 10 5
Outros países africanos 12 13 18
Brasil 533 476 301
Outros países americanos 31 29 25
China 57 107 91
índia 21
Outros países asiáticos 40 54 58
Total 2233 2349 1839
Fonte: Pordata
Em termos das freguesias, observa-se o peso da imigração na União das Freguesias de

Santarém, nomeadamente, em Marvila (81 pessoas) e S. Nicolau (69 pessoas). Também na
União de Freguesias de Achete, Azoia de Baixo e Póvoa de Santarém existe um número
representativo de imigrantes, especialmente em Achete com uma proveniência diversificada:
Países Baixos, Reino Unido, Bélgica e Roménia.
Na freguesia de Alcanede, o número de imigrantes também é significativo (27 pessoas),

tendo como principais proveniências França e Ucrânia.

Freguesias Total População residente segundo os países de proveniência, relativamente a 31.12.2009
França Países Alemanha Itália Reino Irlanda Espanha Bélgica Lu Suiça And Romé
Baixos Unido x. orra nia
Santarém 81 1 0 1 1 5 1 8 1 1 0 0 39
Freguesias de
Santarém Santa Iria da 4 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Ribeira de
Santarém
Santarém (São 69 10 2 2 1 7 1 2 0 0 1 0 9
Nicolau)
Santarém (São 36 2 0 0 1 2 0 12 1 0 2 0 3
Salvador)
União das Romeira 4 3 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Freguesias Várzea 4 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0
Romeira e
Várzea
União das Achete 23 0 5 0 0 4 3 0 4 0 0 0 6
Freguesias de Azoia de Baixo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Achete, Azoia Póvoa de 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
de Baixo e Santarém
Póvoa de
Santarém
União das Azoia de Cima 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Freguesias de Tremês 13 3 0 0 0 0 1 2 0 0 2 0 2
Azoia de Cima e
Tremês
União de Casével 4 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Freguesias de Vaqueiros 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Casével e
Vaqueiros
União de São Vicente do 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Freguesias de Paul
São Vicente do Vale de Figueira 5 1 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 2
Paul e Vale de
Figueira
Abitureiras 4 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Abrã 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Alcanede 27 10 1 0 0 2 0 1 0 0 0 0 1
Alcanhões 5 2 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Almoster 10 2 0 2 0 0 0 0 0 0 4 0 0
Amiais de Baixo 10 5 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0
Arneiro das Milhariças 6 3 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
Gançaria 12 3 0 0 0 0 0 5 0 0 0 0 0
Moçarria 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Pernes 6 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0
Póvoa da Isenta 5 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0
Vale de Santarém 15 2 0 0 0 1 1 1 1 0 2 0 0
Fonte: Censos 2011

Freguesias Total População residente segundo os países de proveniência, relativamente a 31.12.2009

(continuação)
Bulgá Ucrânia Moldávia PALOP Af. EUA Canadá Vene Brasil Índia China O
ria Sul zuela u
t
Santarém 81 0 2 1 4 1 1 0 0 10 3 3 1
Freguesias de
Santarém Santa Iria da 4 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 1
Ribeira de
Santarém
Santarém 69 0 4 2 11 0 0 0 0 12 3 2 3
(São Nicolau)
Santarém 36 0 0 3 0 0 4 1 0 2 0 0 3
(São
Salvador)
União das Romeira 4 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0
Freguesias Várzea 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
Romeira e
Várzea
4U2nião das Achete 23 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0
Freguesias de Azoia de 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Achete, Azoia Baixo
de Baixo e Póvoa de 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Póvoa de Santarém
Santarém
União das Azoia de Cima 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Freguesias de Tremês 13 0 0 0 0 0 2 0 0 1 0 0 0
Azoia de Cima e
Tremês
União de Casével 4 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0
Freguesias de Vaqueiros 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Casével e
Vaqueiros
União de São Vicente 4 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
São Vicente do Vale de 5 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Paul e Vale de Figueira
Figueira
Abitureiras 4 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Abrã 6 0 3 0 0 0 0 2 0 1 0 0 0
Alcanede 27 0 6 0 0 0 2 2 0 1 0 0 1
Alcanhões 5 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0
Almoster 10 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Amiais de Baixo 10 0 0 0 1 0 0 0 0 2 0 0 0
Arneiro das Milhariças 6 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
Gançaria 12 0 2 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0
Moçarria 2 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0
Pernes 6 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 2 0
Póvoa da Isenta 5 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 2
Vale de Santarém 15 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 4 0
Fonte: Censos 2011
O número de pessoas com nacionalidade estrangeira a receber Rendimento Social de Inserção

(RSI), em Outubro de 2018 no Município de Santarém, era de 28 indivíduos (105 pessoas
em 2011), o que representa 3% dos beneficiários de RSI.
Q154-Beneficiários com processamento de RSI, residentes no Município de Santarém, por nacionalidade
em outubro de 2018
Município de Santarém Nº de beneficiários

Portuguesa Outra
Santarém 986 82
Fonte: Sistema de Estatística da Segurança Social (SESS/RSI)
Q155-Nº de indivíduos imigrantes com RSI, por freguesia e grupo etário o em outubro 2013
Grupo 0-5 6-18 19-24 25-34 35-44 45-54 55-64 >65 Total
etário e H M H M H M H M H M H M H M H M H M HM
sexo
Freguesias
Achete 1 1 1
Alcanede 1 1 3 1 2 2 1 1 6 6 12
Amiais de 1 1 1 1 2 3
Baixo
Arneiro das 1 1 1 1 2
Milhariças
Marvila 2 3 4 1 - 1 2 1 4 2 1 - 1 1 - - 14 9 23
Pernes 2 1 1 - 4 4
Póvoa 4 1 1 1 1 1 1 7 3 10
Santarém
Romeira 1 1 1 2 1 3
S. Nicolau 1 3 2 1 2 1 1 2 5 8 13
S. V. Paúl 2 1 1 3 1 4
S. Salvador 2 6 2 2 1 2 2 1 1 11 8 19
Tremês 1 2 1 1 1 3 3 6
Vale 1 1 1 2 1 3
Figueira
Várzea 1 1 2 - 2
Total 57 48 105
Fonte: Centro Distrital de Segurança Social de Santarém, Núcleo Local de Inserção de Santarém
Quanto à proveniência, a maioria são indivíduos Romenos, seguidos dos Moldavos e

Ucranianos.
Q156-Nº de indivíduos imigrantes com RSI, por freguesia e país de origem em Outubro 2013
Nacionalidad Brasi Moldávi Roméni Ucrâni Angol Áfric Cabo Moçambiqu Alemanh Índi Outr Tota
e l a a a a a Sul Verd e a a o l
e
Freguesias
Achete 1 1
Alcanede 1 11 12
Amiais de 3 3
Baixo
Arneiro das 2 2
Milhariças
Marvila 4 5 4 10 23
Pernes 3 1 4
Póvoa 1 9 10
Santarém
Romeira 3 3
S. Nicolau 2 3 8 13
S. V. Paúl 4 4
S. Salvador 4 8 1 1 2 2 1 19
Tremês 6 6
Vale Figueira 3 3
Várzea 2 2
Total 7 17 54 16 1 1 3 1 2 2 1 105
Fonte: Centro Distrital de Segurança Social de Santarém, RSI
Q157 – Estrangeiros residentes no Município de Santarém, segundo a nacionalidade em 2017
Concelhos Títulos de Vistos Longa

Total H M
Residência Duração
Total Distrito 11068 11007 61 5361 5707
Total Concelho 1879 1818 61 933 946
África do Sul 5 4 1 3 2
Alemanha 17 17 0 7 10
Angola 57 53 4 16 41
Argélia 2 2 0 0 2
Argentina 2 1 1 0 2
Áustria 2 2 0 1 1
Bangladesh 1 1 0 1 0
Bélgica 20 20 0 11 9
Bielorrússia 3 3 0 0 3
Brasil 333 305 28 129 204
Bulgária 25 25 0 14 11
Cabo Verde 34 32 2 17 17
Camarões 1 1 0 0 1
Canadá 2 1 1 1 1
China 84 84 0 49 35
Colômbia 2 2 0 1 1
Coreia do Sul 1 0 1 1 0
Costa Rica 3 3 0 1 2
Cuba 1 1 0 0 1
Dinamarca 2 2 0 2 0
Egipto 1 1 0 0 1
Equador 1 1 0 0 1
Eslovénia 1 1 0 0 1
Espanha 22 22 0 9 13
EUA 7 6 5 5 2
Etiópia 1 1 0 0 1
Filipinas 3 3 0 0 3
França 23 23 9 9 14
Gâmbia 1 1 1 1 0
Geórgia 3 3 0 0 3
Grécia 1 1 0 0 1
Guiné Bissau 10 5 5 5 5
Holanda 34 34 21 21 13
Hungria 4 4 0 0 4
Iémen 1 1 1 1 0
Índia 23 22 16 16 7
Iraque 1 1 1 1 0
Itália 20 20 6 6 14
Japão 1 1 0 0 1
Letónia 1 1 1 1 0
Líbia 1 1 1 1 0
Lituânia 2 2 0 0 2
Luxemburgo 7 7 4 4 3
Mali 1 1 1 1 0
Marrocos 4 4 0 0 4
Moçambique 17 8 11 11 6
Moldávia 60 60 32 32 28
Nepal 11 11 9 9 2
Noruega 1 1 0 0 1
Palestina 3 3 2 2 1
Paquistão 38 37 30 30 8
Paraguai 3 2 1 1 2
Perú 4 4 1 1 3
Polónia 3 3 1 1 2
Reino Unido 31 31 16 16 15
Roménia 529 529 290 290 239
Rússia 11 11 2 2 9
São Tomé e Príncipe 11 11 7 7 4
Senegal 1 1 0 0 1
Sérvia 1 0 1 1 0
Síria 7 7 5 5 2
Suécia 1 1 0 0 1
Suíça 2 2 1 1 1
Tunísia 2 2 2 2 0
Turquia 3 1 2 2 1
Ucrânia 360 258 182 182 178
Uzbequistão 6 6 2 2 4
Venezuela 3 3 1 1 2
Fonte: Serviço de Estrangeiros e Fronteiras
No Centro Local de Apoio à Integração de Imigrantes do Município, em 2017, foram

atendidos 297 cidadãos, maioritariamente de nacionalidade ucraniana, brasileira e romena.
O Município de Santarém, desde de 2016, acolheu cidadãos estrangeiros com o estatuto de

proteção subsidiária de residência (refugiados) ao abrigo do Programa Europeia de
Recolocação de Refugiados. Foi acolhido um núcleo familiar composto por 5 membros
originários da Síria e três cidadãos, dois provenientes da Síria e um do Iémen.
Relativamente a estas temáticas, os Parceiros Locais no grupo de trabalho realizado a 11 de

outubro, assinalam 5 problemas e percebeu-se novas tendências nos movimentos
migratórios:
Cursos de português para imigrantes pouco acessíveis / dificuldades de transporte
I Um dos principais problemas referidos diz respeito à inacessibilidade dos cursos de

português, nomeadamente, os que atribuem certificado de nível A2 (necessário para
obtenção da Nacionalidade Portuguesa). Uma das causas refere-se à inadequada rede de
transportes públicos que em horário pós-laboral (período de realização dos cursos) ainda é
mais ineficaz, face às necessidades da população.
Exploração laboral dos imigrantes
I A existência de situações de imigrantes que trabalham ilegalmente e que são explorados

pelas entidades patronais que se aproveitam da sua situação de fragilidade. Como causa
principal está a dificuldade em obter os contratos de trabalho, tendo consequências gravosas
que vão desde os obstáculos na obtenção da legalização (também um problema identificado),
passando pela falta de pagamento dos salários, o que provoca precaridade económica e
numerosos conflitos laborais.
Abuso de consumo de álcool por imigrantes
I A situação de precariedade laboral, a ausência de suporte familiar (homens que vivem

muitas vezes em grupo) e as dificuldades económicas são as principais causas apontadas. O
consumo abusivo de álcool leva ao agravamento das situações, a acidentes de vária ordem,
a problemas de saúde e mesmo a situações de pessoas sem abrigo.
Isolamento social, nomeadamente da comunidade de Romenos
I Foi sinalizado como um problema da comunidade romena que dificulta o apoio e

acompanhamento social levando a situações de precariedade habitacional e de falta de
qualidade de vida;
Saída / emigração de população residente portuguesa e estrangeira em idade ativa e jovem

I Apontada como um problema que contribui para a baixa taxa de natalidade, nomeadamente,
nas freguesias rurais.
- Rede de transportes públicos;
- Fiscalização ao cumprimento da legislação laboral pelo tecido empresarial;
- Informação sobre os direitos e deveres laborais dos imigrantes;
- Aprendizagem da Língua Portuguesa;
- Informação sobre os efeitos nocivos do abuso do álcool.

ETNIAS
Relativamente a esta temática, foi possível recolher alguns dados quantitativos sobre a única
etnia que reside no Município de Santarém – Etnia Cigana – através da base de dados do
Município de Santarém e do Centro Distrital de Segurança Social de Santarém, ISS-IP.
Tendo como referência novembro 2018 e os dados disponíveis no Município de Santarém,

existiam 66 agregados familiares de etnia cigana o que representa um total de 240
indivíduos. Em termos de localização regista-se o Bairro de S. Domingos, Assacaias e Vale
Estacas (novo). O número médio de indivíduos por agregado familiar é de 3,6.
Q158-Agregados familiares e nº de indivíduos de etnia cigana a residir no Município de Santarém, segundo a

localização em novembro 2018
Localização Agregados Familiares Indivíduos
Brº Vale Estacas (antigo) 4 16
Brº Vale Estacas (novo) 8 25
Brº Suiço 4 10
Ponte Salgueiro Maia 3 15
Tremês 4 14
S. Domingos 8 35
Vale de Santarém (R. Garcês 4 18

Pereira Caldas)
Pinheiro das Areias 7 27
Assacaias 10 32
Atrás do presídio 4 15
Sacapeito 1 4
Cooperativa – Lar Scalabitano 2 8
Ribeira de Santarém 3 10
Girão 1 1
Marvila 1 4
Outras localizações 2 9
Total 66 243
Fonte: Município de Santarém, DASS, 2018
De referir, que os bairros localizados em Vale de Estacas, o Bairro Suíço, o Bairro Girão, a
Cooperativa Lar Scalabitano são municipais com habitação ao abrigo do regime do
arrendamento apoiado (regime aplicável às habitações detidas, nomeadamente, pelas
autarquias locais, que por elas sejam arrendadas ou subarrendadas com rendas calculadas
em função dos rendimentos dos agregados familiares).
A maioria das famílias residentes no Bairro de S. Domingos e em Marvila integram o mercado

privado de arrendamento beneficiando igualmente do arrendamento apoiado.
Através dos dados disponibilizados pelo Centro Distrital de Segurança Social de Santarém,
ISS, IP, em outubro de 2013, existiam 300 indivíduos de etnia cigana a receber Rendimento
Social de Inserção (RSI), destacando-se a União de Freguesias de Santarém com um número
significativo.
Estes dados não foram atualizados devido ao facto do Sistema de Informação da Segurança
Social (SISS) não contemplar a desagregação de dados por etnia, não caraterizando o
universo dos seus beneficiários com base neste indicador.
Q159-Nº de indivíduos de etnia cigana com Rendimento Social de Inserção (RSI), por freguesia em outubro
2013
Grupo 0-5 6-18 19-24 25-34 35-44 45-54 55-64 >65 Total
etário e H M H M H M H M H M H M H M H M H M HM
sexo
Freguesias
Almoster 1 3 2 1 1 1 1 5 5 10
Marvila + 10 7 12 7 4 5 4 6 3 5 1 - - 1 1 - 35 31 66
Ribeira de
Santarém
S. Nicolau 7 4 3 7 1 3 3 5 3 2 1 - 1 1 19 22 41
S. Salvador 8 8 9 4 5 5 10 8 2 5 4 3 2 40 33 73
Tremês 2 1 3 2 - - 2 1 1 1 - 2 - 8 7 15
Vale 4 6 3 6 6 7 5 3 2 4 20 26 46
Figueira
Vale de 4 6 3 6 6 7 5 3 2 4 1 1 1 22 27 49
Santarém
Total 36 32 36 34 22 28 29 27 14 22 7 5 4 3 1 - 149 151 300
Fonte: Centro Distrital de Segurança Social de Santarém, ISS, IP
Os parceiros locais reunidos em 11 de outubro, refletiram especificamente sobre a etnia

cigana residente no Município de Santarém, considerando que os problemas já sinalizados no
anterior diagnóstico persistem, não obstante a atual redução dos apoios financeiros que, no
entanto, não tem contribuído para a sua autonomização nem para a procura de modelos de
vida alternativos ao seu.
Da reflexão surgem 6 principais problemas:
Incumprimento de regras socias e estabelecidas
I A maioria das famílias de etnia cigana apresentam uma ausência de compromisso social,
rejeitando as regras sociais e as estabelecidas com os Serviços e Técnicos. Por outro lado,
exigem o acesso aos direitos mas sem cumprimento das normas de cidadania e respeito pelo
meio físico e social envolvente.
Conflitos intra comunidade
I Foi sinalizado pelos parceiros locais a existência de conflitos entre as famílias ciganas
gerados por questões culturais e intra étnicas que criam a sua auto exclusão, desunião,
provocando sentimentos de insegurança na comunidade envolvente e nas relações de
vizinhança. Acresce aqui o facto das gerações mais novas não considerarem, como
anteriormente, os membros mais velhos (“desaparecimento da figura do patriarca”).
Tráfico e consumos de substância ilícitas
I Algumas famílias de etnia cigana foram associadas ao tráfico de droga. Alguns elementos
não têm qualquer atividade económica declarada mas “apresentam” bens de consumo de
elevado valor comercial. Outros são já conhecidos pela prática de atos ilícitos pelas Forças
de Segurança.
Atividades económicas ilícitas
I Associadas a alguns elementos de etnia cigana as atividades no mercado paralelo (venda de

cavalos, carros, etc) são rentáveis do ponto vista económico, mas difíceis de serem
contabilizadas / apuradas ao nível fiscal e, portanto, impossibilitam o apuramento das fontes

de rendimento de algumas famílias.
Más condições de habitabilidade
I Alguns agregados de etnia cigana vivem em más condições, nomeadamente, em barracas

resultando, não raras vezes, em problemas de saúde pública. A proliferação de barracas em
determinados espaços leva ao aparecimento de novos bairros.
Associado a este problema está a dificuldade das pessoas de Etnia Cigana no acesso à
habitação no mercado privado provocada pelo estigma e representação social da
comunidade.
Baixa escolaridade e ausência de competências profissionais I Dificuldades de inserção

profissional
I A população de etnia cigana a residir no Município de Santarém tem uma escolaridade muito
baixa e ausência de competências funcionais o que limita a sua inserção no mercado de
trabalho. Muitos elementos dedicam-se à venda ambulante.
Alguns parceiros locais também referiram a existência de preconceitos que dificultam a

integração de pessoas de etnia cigana no mercado de trabalho.
As crianças têm uma frequência escolar pouco regular e assídua, verificando-se ainda, o
abandono escolar precoce, nomeadamente, pelo sexo feminino (também por razões
culturais). Este comportamento reproduz o modelo anterior, não contribuindo para a
integração das novas gerações no sistema normativo da sociedade portuguesa.
Relativamente à população adulta foi referido a ausência de cursos de alfabetização para

pessoas adultas e ou não frequentadoras da escola.
- Fiscalidade no cumprimento das regras acordadas com a etnia cigana e socialmente aceites;
- Sensibilização para a relação entre direitos e deveres (compromisso social);
- Habitação;
- Escolaridade;
- Segurança coletiva;
-Inserção no mercado de trabalho;
- Mediação.
PESSOAS EM SITUAÇÃO DE SEM ABRIGO
Relativamente à problemática das pessoas em situação de sem abrigo, os parceiros locais

identificaram a sua incidência nas freguesias urbanas do Município.
Este problema está associado, em grande parte, a situações de toxicodependência,

alcoolismo, imigração ilegal, doença mental, desestruturação familiar, dificuldades
económicas e saída de instituições (ex. comunidade terapêutica).
Foram ainda sinalizados dois tipos de sem abrigo: os “passantes” e os “permanentes”. Estes
últimos adotam este estilo de vida e nem sempre aceitam o apoio. São, geralmente, pessoas
mais velhas num quadro de rutura familiar e, em muitos casos, com consumos abusivos de
álcool.
Os sem abrigo “passantes”, geralmente mais jovens, estão mais ligados aos consumos de
substâncias psicoativas, deslocam-se a Santarém, território central de boas acessibilidades
e com serviços / instituições de apoio às pessoas da região e com uma comunidade
terapêutica e equipa de rua. Estas pessoas vão ficando, dedicando-se também ao “arrumo
de carros”.
Os Parceiros Locais atribuem a existência de pessoas em situação de sem abrigo em

Santarém à centralidade territorial da cidade e às suas acessibilidades mas também ao facto
de existir uma rede de apoio institucional / serviços que “atrai” esta população, assim como
a existência de uma comunidade terapêutica para toxicodependentes. Desta forma, o número
de pessoas em situação de sem-abrigo é sempre inconstante, sendo necessário a sua
constante atualização.
Segundo a Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situação de Sem-Abrigo

2017-2023 (ENIPSA) considera-se uma pessoa sem-abrigo aquela que, independentemente
da sua nacionalidade, origem racial ou étnica, religião, idade, sexo, orientação sexual,
condição socioeconómica e condição de saúde física e mental, se encontre:
. Sem teto, vivendo no espaço público, alojada em abrigo de emergência ou com

paradeiro em local precário; ou
. Sem casa, encontrando-se em alojamento temporário destinado para o efeito.
Os eixos e objetivos estratégicos da ENIPSA são:
1- Promoção do conhecimento do fenómeno das pessoas em situação de sem-abrigo,

informação, sensibilização e educação;
2- Reforço de uma intervenção promotora da integração das pessoas em situação de sem-

abrigo;
3- Coordenação, monitorização e avaliação da ENIPSSA 2017/2023.
Neste sentido e a nível local, existem os Núcleos de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo,

tendo o NPISA de Santarém sido, formalmente, constituído a 7 de novembro de 2018,
integrando várias entidades.
Em outubro de 2018, segundo a base de dados trabalhada pelo NPISA Santarém, existiam 17
pessoas em situação de sem abrigo que maioritariamente viviam em casas
abandonadas/devolutas, sozinhas ou com outras pessoas em situação de sem-abrigo cujas
redes de sociabilidade são, maioritariamente, os amigos e as instituições.
A maioria tinha entre 40-50 anos, era do sexo masculino (85%) e não possuía rendimentos.
As situações identificadas associam à condição de sem-abrigo os consumos abusivos,
nomeadamente, de álcool mas também de substâncias ilícitas, assim como, sintomas de
doença mental.
Q160- Caraterização das pessoas em situação de sem-abrigo identificadas no Município de Santarém segundo
o grupo etário, proveniência do rendimento e problemática(s) associada(s), em outubro de 2018
20-30 anos 30-40 anos 40-50 anos 50-60 anos 60-70 anos
6% 6% 41% 12% 35%
Sem rendimento Reforma Esmolas RSI Arrumo de

carros
41% 17% 12% 24% 6%
Consumo de álcool Consumo Doença Dependência do jogo Imigração

Substancias ilegais mental (ilegalidade)
12 5 4 1 2
Fonte: NPISA Santarém
A Santa Casa da Misericórdia de Santarém apoia este grupo social através de um conjunto
de respostas: refeitório (alimentação), balneário, banco de roupas, atendimento e alojamento
(curta e média duração). Dependendo da situação, o alojamento só é facultado a indivíduos
do mesmo sexo.
Sobre esta problemática foi realizado um momento de reflexão (11 de outubro), tendo sido
sinalizados 4 principais problemas pelos parceiros locais:
 Falta de respostas ao nível do acolhimento
I Os parceiros locais reconhecem a existência de apenas uma resposta de apoio para esta
população – Santa Casa da Misericórdia de Santarém – o que foi considerado como
insuficiente devido ao crescimento do fenómeno e à sua abrangência e transversalidade. A
diversidade de perfis das pessoas em situação de sem-abrigo aponta para respostas
adequadas e “à medida”.
 Comportamentos desviantes
I Advêm da necessidade de sobrevivência e resultam em procedimentos de risco,

nomeadamente, a ocupação de imóveis, públicos e privados, devolutos e muitas vezes
degradados, sem condições de habitabilidade. Provocam, não raras vezes, problemas de
saúde pública, nomeadamente pela falta de higiene e pouco cuidado com os utensílios que
utilizam para os consumos, aumentando a sensação de insegurança na comunidade
envolvente.
 Custo do alojamento e estigma relativo à situação da pessoa sem-abrigo existente

no mercado de alojamento privado
I Este problema traduz-se na dificuldade concreta em encontrar alojamentos adequados, no

mercado privado, para as pessoas em situação de sem-abrigo, nomeadamente, que se
ajustem aos seus rendimentos.
 Dificuldade de inserção no mercado de trabalho
I A perda de hábitos e normas sociais e a fragilidade física e emocional das pessoas em

situação de sem-abrigo dificultam a sua inserção laboral, agravada pelo estigma ainda
existente relativamente a estas pessoas.
- Criação de respostas de acolhimento temporário adequadas;
- Inclusão social e profissional;
- Habitação adequada;
- Saúde (pública e mental);

SAÚDE MENTAL
A abordagem sobre a saúde mental feita pelos parceiros locais centraliza duas questões: a
transversalidade desta problemática a vários segmentos da população e a falta de respostas.
Os distúrbios mentais (depressão, esquizofrenia, doença bipolar, etc) incapacitam para a

atividade produtiva/laboral é uma das principais causas de morbilidade prematura, tendo
também um efeito indireto sobre outras situações clínicas e de estilos de vida disfuncionais,
tais como as doenças cardiovasculares, as doenças metabólicas, os consumos de substâncias
psicoativas indutoras de dependência, os acidentes de viação e laborais.
Em consequência verifica-se um impacto significativo sobre a vida familiar, as redes de

suporte social, o desempenho profissional e emprego, bem como a existência de estigma
ligado à doença, levando à discriminação e a exclusão social.
De referir que o grupo de trabalho considerou que estes impactos devem-se à prevalência
das perturbações mentais, mas também ao facto dos indivíduos iniciarem tarde o tratamento
ou não terem acesso a cuidados adequados às suas necessidades.
No estudo “Saúde Mental, Avaliação na Lezíria e Médio Tejo, 2015”, o Município de Santarém
é identificado, comparativamente com os outros municípios da Lezíria do Tejo, com a
prevalência de psicoses afetivas, orgânicas e outras não específicas, assim como, com a
prevalência de demências, perturbações depressivas e suicídio/tentativa de suicídio. A
bulimia/anorexia também tem forte expressão.
No concelho de Santarém existe apenas, a Associação de Familiares e Amigos do Doente

Psicótico com sede no Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital Distrital de
Santarém, EPE., que disponibiliza uma Unidade Sócio-Ocupacional (Dec-Lei nº8/2010 de 28
de Janeiro) – Fórum Sócio Ocupacional com uma capacidade para 10 utentes.
Q161- Fórum Sócio Ocupacional da Associação de Familiares e Amigos do Doente Psicótico (FARPA)
Capacidade Utentes com acordo com a Nº de Utentes em lista de espera

Segurança Social/Saúde
10 10 3
Fonte: FARPA, 2018
Mais recentemente, em 2018, foi criada a Associação R.Inserir – Oficinas Para Todos e Para
Cada Um – que teve como base o Projeto “Incluir” que decorreu em 2017, tendo como
grande objeto a reabilitação de pessoas com doença mental através da arte, concretamente,
através de ateliês de pintura. Esta Associação tem como fim o apoio, formação, intervenção,
avaliação e investigação na área da saúde mental e da reabilitação psicossocial da pessoa

com doença mental, ao longo do seu ciclo de vida, promovendo a inclusão social.
Neste domínio, foi ainda criada uma Equipa Comunitária de Saúde Mental composta por
profissionais de saúde do Hospital Distrital de Santarém e ACES Lezíria, tendo como objetivo
a sinalização de situações existentes e a sua abordagem na comunidade.
Relativamente à infância e adolescência salienta-se a criação do Hospital de Dia para

Adolescentes do Serviço de Psiquiatria da Infância e da Adolescência, projeto iniciado em
2018 cuja intervenção visa promover a autonomia/individualização, capacidade de resolução
de problemas na vivência quotidiana, treino de competências sociais e facilitação de
reintegração nos diferentes sistemas da vida.
A capacidade deste projeto é para 6 utentes em 2019 e as idades são dos 13 aos 15 anos.
Analisando os dados da consulta de Psiquiatria da Infância e Adolescência, entre Janeiro a

20 de Novembro de 2018, relativamente às crianças e adolescentes residentes no Município
de Santarém, salienta-se que a maioria é do sexo masculino, tem entre 11 a 14 anos (33%),
possuem o ensino básico e proveem de famílias nucleares (31%), logo seguidas das famílias
de pais separados.
G- Caraterização das crianças e adolescentes frequentadores da consulta de Psiquiatria da Infância e

Adolescência do Hospital Distrital de Santarém, EPE/Psiquiatria e Saúde Mental, entre janeiro e novembro de
2018, residentes no Município de Santarém
180 Idade Sexo

164
200 159
160
Feminino
74 85
140 100
0 - 3 anos Masclino
120
0 Total
100 3 - 6 anos Nº
80
Fonte: Hospital Distrital de Santarém,
54 51 7 -10 anos
60 EPE/Psiquiatria e Saúde Mental
43
40 11 - 14 anos
16
20
0
0 15 - 18 anos
TOTAL
Fonte: Hospital Distrital de Santarém, EPE/Psiquiatria e Saúde Mental
Escolaridade
JI
180
164
1º ciclo
160
140 Ensino básico
120
Ensino
100 secundário
80 Faltas
62
60 46 Outro
40 33
Total
20 9 10
4
0
Situação familiar
200
164 Família nuclear
150 Pais separados
Institucionalizados
Familia alargada
100
Ao cuidado de outros
51 47 45 Faltas
50 Familia monoparental
5 4 9 3 TOTAL
0
Os parceiros locais reunidos em grupo de trabalho em 22 de Janeiro de 2014, identificaram

5 problemas:
Insuficiente intervenção integrada
I A falta de um trabalho integrado na abordagem dos casos de saúde mental que contemple
o indivíduo, a família e a comunidade constitui um dos problemas identificados. A principal
consequência é a falta de uma resposta integrada com equipas multidisciplinares para a
prestação de apoio psicossocial e de cuidados médicos, para o reforço das competências, da
reabilitação, da recuperação e integração social das pessoas com incapacidade psicossocial,
bem como para a promoção e reforço das capacidades das famílias que lidam com estas
situações.
Falta de respostas para reabilitação de adultos
I A resposta existente é nitidamente insuficiente, sendo necessário estruturas

multidisciplinares que prestem cuidados ao nível do apoio domiciliário ao nível da saúde
mental, unidades sócio ocupacionais para a promoção da autonomia, estabilidade emocional
e da participação social com vista à integração social, familiar e profissional e unidades
residenciais de diferentes níveis de intensidade (residências de treino de autonomia, as
residências autónomas de saúde mental, as residências de apoio moderado e as residência
de apoio máximo).
Estes doentes, cada vez mais velhos, têm como cuidadores pessoas de idade avançada,
outros vivem sozinhos o que torna a necessidade de uma resposta residencial urgente.
Outro aspeto referido diz respeito à ausência de resposta após o internamento e a

estabilização do doente. Muitos dos doentes não têm apoio de retaguarda, nem capacidade
para viverem sozinhos e tomarem conta de si.
Inexistência de respostas para reabilitação de jovens e crianças
I Os parceiros locais em vários momentos referiram o grave problema da inexistência de

qualquer resposta para estes dois segmentos populacionais que apresentam um número
significativo de distúrbios mentais que são causa e efeito, não raras vezes, da
desestruturação familiar, exclusão social, consumo de drogas e doenças físicas e
neurológicas. Este problema contribui ainda, para a falta de um trabalho de intervenção
precoce que atue e atenue a doença e as suas causas.
De referir a identificação de casos de comportamentos graves de agressividade

perturbadores na escola, assim como, na família, muitas vezes, incapazes de os controlar.
Para estes grupos etários a necessidade de respostas sente-se ao nível dos cuidados
continuados integrados de saúde mental e também ao nível das unidades residenciais (treino
de autonomia, residências autónomas, de apoio moderado e de apoio máximo).
Estigmatização
I O estigma social face a este problema é apresentado pelos parceiros locais como
preocupante, na medida que tem consequências gravosas ao nível do desemprego e da falta
de oportunidades laborais. De referir a auto estigmatização que provoca, não raras vezes, o
acesso tardio ao tratamento e a resistência na aceitação da doença e do apoio institucional.
De referir que o desconhecimento face à doença também pode contribuir para este problema.
Dificuldades de inserção social, laboral e escolar
I Por si só agrava a situação de doença em que se encontram, sendo causadas pelas

resistências de empregadores e pelo estigma social e pelas recaídas e momentos mais
“baixos” que caraterizam a doença.
-Apoio domiciliário ao nível psicossocial (previsto especificamente para a doença mental);
- Respostas integradas adequadas aos vários segmentos: crianças, jovens e adultos;
- Estruturas residenciais;
- Equipas multidisciplinares para uma intervenção integrada;
- Inserção social e profissional;
- Experiências em meio laboral para fortalecimento das competências funcionais;
-Campanhas de informação e sensibilização para a diluição do estigma social da doença

mental e para conhecimento da doença;
VIOLÊNCIA
A violência é um fenómeno que tem tido maior impacto social, quer devido à sua visibilidade,
quer devido ao maior conhecimento que se tem deste tipo de comportamento e aos
mecanismos e instrumentos de abordagem e intervenção.
No Município de Santarém, desde fevereiro 2007, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima

tem uma unidade orgânica – Gabinete de Apoio à Vítima de Santarém (GAV Santarém)– que
tem dado particular ênfase à prevenção secundária e terciária da violência, isto é, ao apoio
direto às vítimas de crime, centrado nas reações imediatas à violência (prevenção
secundária) e aos cuidados de reabilitação e a reintegração da vítima (prevenção terciária).
Contudo, ao nível da prevenção primária também é dinamizado um trabalho de informação
e sensibilização junto da população em geral e de grupos específicos, nomeadamente escolas,
destacando-se o GAV Santarém, a nível nacional, pelo número de ações de sensibilização
que dinamiza.
De referir, que a Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública também

prestam um serviço especializado às vítimas de crime através do Núcleo de Investigação e
Apoio a Vítimas Especiais e do Gabinete de Atendimento e de Apoio à Vítima, respetivamente.
Desde o último Diagnóstico Social, foi possível monitorizar os dados e fazer uma análise
diacrónica do fenómeno com base nos dados disponibilizados pela APAV/GAV Santarém.
Assim, verifica-se que durante 10 anos (2007 a 2017) mais de metade dos processos e
consequentemente dos crimes registados são de violência doméstica.
O GAV de Santarém presta às vítimas, de forma confidencial e gratuita, vários apoios: apoio
genérico, apoio jurídico, apoio psicológico e apoio social. Pela estatística verifica-se que o
apoio genérico é o mais frequente.
Q162- Processos de apoio do Gabinete de Apoio à Vítima de Santarém (GAV Santarém), de 2007 a 2013
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Total Proc Total Proc Total Proc Total Proc Total Proc Total Proc VD Total Proc
proc VD proc VD proc VD proc VD proc VD proc proc VD
215 87% 304 86% 318 94% 340 82% 358 74% 372 78,5% 312 -
Fonte: Gabinete de Apoio á Vítima de Santarém
Q163- Processos de apoio/ vítimas diretas / crimes do GAV Santarém, de 2013 a 2017
2013 2014 2015 2016 2017
Processos de 312 376 356 317 302

Apoio
Vítima direta 296 342 323 257 258
Crimes 864 81,6%* 1088 65,1%* 1032 67,7%* 775 71,5%* 768 73,7%*
*Percentagem de crimes de violência Doméstica Fonte: Gabinete de Apoio á Vítima de Santarém
As vítimas em acompanhamento no GAV residentes no Município de Santarém têm mantido

a sua frequência, com exceção do ano de 2017 em que tiveram um visível aumento.
Q164- Vítimas acompanhadas no GAV Santarém, residentes no Município de Santarém de 2013 a 2017
2013 2014 2015 2016 2017

Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %
90 30,4 107 31,7 104 32,2 82 31,9 111 43%
Segundo a informação transmitida pelo GAV Santarém, atualmente verificam-se muitas

denúncias anónimas de situações de violência para com pessoas idosas (agressões,
negligência, usura, etc), sendo o segundo tipo de violência mais frequente. Em 2017, mais
de 10% das situações referenciadas foram contra idosos, isto é, pessoas com 65 e mais
anos.
Através da estatística do GAV Santarém verifica-se a maior frequência dos crimes contra as
pessoas: vida e integridade física, onde estão integrados os crimes de violência doméstica,
logo seguidos dos crimes contra as pessoas: honra e reserva da vida privada.
Q165- Crimes registados no GAV Santarém de 2013 a 2017
2013 2014 2015 2016 2017

Abs % Abs % Abs % Abs % Abs %
Crimes contra as pessoas: vida ou 51 5,9 785 72,2 733 71,1 591 76,2 593 77,3
integridade física
Crimes contra as pessoas: 34 3,9 56 5,2 52 5,0 27 3,5 47 6,1
liberdade pessoal
Crimes contra as pessoas: sexuais
20 2,3 25 2,4 21 2,1 16 6,7 9 1,1
Crime contra as pessoas: honra e
reserva da vida privada 25 2,9 103 9,4 105 9,5 37 7,4 57 7,4
Crimes contra a vida em
sociedade e Estado 1 0,1 4 0,4 8 0,8 5 0,6 2 0,3
Violência doméstica
705 81,6 * * * * * * * *
Crimes contra o Património
20 2,3 85 7,9 69 4,9 4 5,1 51 6,2
Crimes rodoviários
2 0,2 - - - - 2 0,3 1 0,1
Contra-ordenações
2 0,2 3 0,3 2 0,2 3 0,4 1 0,1
Outras formas de violência
- - 27 0,5
66 3,5 32 4,1 5 0,7
Outros crimes 6 0,6 2 0,3 2 0,2
Total 864 100 1088 100 1032 100 775 100 768 100
*Incluídos nos crimes contra as pessoas: vida e integridade física /Fonte: Gabinete de Apoio á Vítima de Santarém
Q166- Tipo de apoio prestado à vítima pelo GAV de Santarém, de 2013 a 2017
2013 2014 2015 2016 2017

Apoio 314 46,1 439 47,3 420 52 349 47,7 324 50,7
genérico
Apoio 288 42,2 374 40,3 318 39 294 40,2 283 44,3
jurídico
Apoio 60 8,8 71 7,7 48 5,9 65 8,9 5 0,8
psicológico
Apoio social 20 2,9 44 4,7 21 2,6 24 3,3 27 4,2
682 100 928 100 807 100 732 100 639 100
Observa-se que o encaminhamento (quem informa sobre a existência dos serviços) para a
APAV é feito sobretudo por amigos/as e ou conhecidos/as mas que o contato com os serviços
são realizados maioritariamente pelas vítimas.
Q167- Encaminhamento para o GAV Santarém, por quem encaminha de 2013 a 2017
2013 2014 2015 2016 2017

Amigo/a e ou 54 14,1 49 15,2 75 20,6 67 20,9 65 34,8
conhecido/a
Autarquias 9 2,3 6 1,9 10 2,7 6 1,9 5 2,7
Comunicação 22 5,7 14 4,3 8 2,2 8 2,5 12 6,4
Social
Vizinho 1 0,3 3 0,9 - - 1 0,3 5 2,7
CPCJ 15 3,9 9 2,8 16 4,4 14 4,4 12 6,4
Estabelecimento 2 0,5 2 0,6 4 1,1 - - 4 2,1
de ensino
Estabelecimento 29 7,6 12 3,7 18 4,9 19 5,9 10 5,3
de saúde
Familiar 12 3,1 18 5,6 14 3,8 22 6,9 13 7,0
Segurança Social 7 1,8 5 1,6 5 1,4 4 1,2 5 2,7
GNR 17 4,4 8 2,5 15 4,1 8 8,5 8 4,3
PSP 22 5,7 9 2,8 24 6,6 19 5,9 17 9,1

PJ 3 0,8 3 0,9 3 0,8 1 0,3 4 2,1
CIG 1 0,3 1 0,3 1 0,3 1 0,3 1 0,5
LNES (144) 1 0,3 6 1,9 - - - - 1 0,5
Outro serviço 7 1,8 1 0,3 5 1,4 - - - -
telefónico
ONG/IPSS 2 0,5 - - - - 1 0,3 3 1,6
Publicidade 8 2,1 6 1,9 6 1,6 - - - -
Tribunal 7 1,8 7 2,2 5 1,4 - - 1 0,5
Outro 24 6,3 29 9 19 5,2 13 4 21 11,2
NS/NR 140 36,6 149 46,3 135 37,1 137 42,7 - -
Total 383 100 322 100 364 100 321 100 187 100
Q168- Contatos com o GAV Santarém, por quem contata, de 2013 a 2017
2013 2014 2015 2016 2017

Próprio/a 192 56,3 232 54,3 251 53,3 222 61,2 216 64,1
Amigo/a e ou
conhecido/a 44 12,9 37 8,7 31 7,7 34 9,4 29 8,6
Familiar 80 23,5 125 29,3 135 33,5 89 24,5 70 20,8
Instituição 17 5 15 3,5 15 3,7 12 3,3 8 2,4
Outro 8 2,3 12 2,8 7 1,7 6 1,7 14 4,2
Ns/Nr - - 6 1,4 - - - - - -
Total 341 100 427 100 403 100 363 100 337 100
PERFIL DA VÍTIMA
Relativamente às vítimas que recorreram ao GAV Santarém de 2013 a 2017,

maioritariamente, são do sexo feminino e com incidência nas idades compreendidas entre os
36 e os 55 anos. Maioritariamente são casadas, tendência que tem perdido expressão.
Inversamente, o número de mulheres solteiras tem crescido (uniões de facto).
As vítimas são oriundas, nomeadamente de famílias nucleares com filhos, com decréscimo
ao longo dos anos de 2013 a 2017. Verifica-se, no entanto, o aumento das vítimas
unipessoais (indivíduo isolado).
Q169- Vítimas acompanhadas pelo GAV Santarém, segundo o sexo de 2013 a 2017
2013 2014 2015 2016 2017

Mulheres 253 85,5 277 81 245 76 211 82 215 83
Homens 43 14,5 64 18,7 77 24 43 17 39 15
Gabinete de Apoio á Vítima de Santarém
Q170- Vítimas acompanhadas GAV Santarém, segundo o grupo etário de 2013 a 2017
Intervalos 2013 2014 2015 2016 2017

de idade Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %
0-10 13 4,4 29 8,5 27 8,4 18 7 17 6,6
11-17 12 4,1 17 5 36 11,1 14 5,4 7 2,7
18-25 15 5,1 10 2,9 16 4,9 12 4,7 13 5
26-35 34 11,5 51 14,9 29 8,9 33 12,8 24 9,3
36-45 64 21,6 48 14 52 16,1 44 17,1 60 23,3
46-55 46 15,5 45 13,2 39 12 36 14 35 13,6
56-64 17 5,7 37 10,8 28 8,7 21 8,2 24 9,3
65+ 40 13,5 45 13,2 45 13,9 31 12,1 28 10,9
NS/NR 55 18,6 60 17,5 51 15,8 48 18,7 50 19,4
Total 296 100 342 100 323 100 257 100 258 100
Q171- Vítimas acompanhas no GAV Santarém, segundo o estado civil de 2013 a 2017
2013 2014 2015 2016 2017

Casado/a 127 42,9 126 36,8 103 31,9 75 29,2 80 31
Divorciado/a 28 9,5 32 9,4 27 8,4 23 8,9 28 10,9
Separado/a 25 8,4 19 5,6 13 4 16 6,2 19 7,4
Solteiro/a 42 14,2 82 24 94 29,1 57 22,2 54 20,9
União de facto 33 11,1 41 12 38 11,8 36 14 36 14
Viúvo/a 15 5,1 22 6,4 16 5 20 7,8 16 6,2
NS/NR 26 8,8 20 5,8 32 9,9 30 11,7 25 9,7
Total 296 100 342 100 323 100 257 100 258 100
Q172- Vítimas acompanhadas pelo GAV de Santarém, segundo o tipo de família de 2013 a 2017
2013 2014 2015 2016 2017

Individuo isolado/a 42 14,2 82 24 73 22,6 37 14,4 53 20,5
– Família isolado
Monoparental 48 16,2 46 13,5 44 13,6 35 13,6 41 15,9
Nuclear c/ filhos 145 49 147 43 140 43,3 109 42,4 99 38,4
Nuclear s/ filhos 19 6,4 16 4,7 18 5,6 17 6,6 99 38,4
Alargada 8 2,7 6 1,8 2 0,6 8 3,1 5 1,9
Reconstruída 13 4,4 16 4,7 15 4,6 21 8,2 17 6,6
Ns/NR 21 7,1 28 8,2 28 8,7 28 10,9 23 8,9
Outra 1 0,3 3 0,9 2 0,8 14 5,4
Total 296 100 342 100 323 100 257 100 258 100
Quanto ao nível de ensino, de 2013 a 2017, verifica-se que a maioria das vítimas tem o
ensino superior, com maior peso nos últimos anos em análise. Estas vítimas são seguidas
das que possuem o 2º e 3ºciclos. O principal meio de vida das vítimas é o trabalho, estão,
maioritariamente, empregadas.
Salienta-se ainda, que a maioria das vítimas tinha relações de conjugalidade com o/a
agressor/a, logo seguido das relações de facto.
Q173- Vítimas acompanhadas pelo GAV Santarém, segundo o nível de instrução de 2013 a 2017
2013 2014 2015 2016 2017

Nenhum (n/ sabe
ler nem escrever) 3 1 6 1,8 3 0,9 5 3,1 1 0,4
Nenhum (sabe ler 2 0,7 4 1,2 3 0,9 1 0,4 2 0,8
e escrever)
Pré-escolar 6 2 16 4,7 10 3,1 8 3,1 11 4,3
Ens. Básico 1º 14 4,7 19 5,6 11 3,4 4 1,6 8 3,1
Ciclo (4 anos)
Ens. Básico 2º 5 1,7 10 2,9 8 2,5 10 3,9 8 3,1
Ciclo (2anos)
Ens. Básico 3º 9 3 12 3,5 14 4,3 7 2,7 8 3,1
Ciclo (3 anos)
Ensino 12 4,1 12 3,5 10 3,1 10 3,9 19 7,4
Secundário (3
anos)
Ensino
Secundário
(cursos de - - 4 1,2 - - - - - -
especialização
tecnológica)
Pós Secundário 1 0,3 - - 2 0,6 1 0,4 1 0,4
Ensino Superior 1 5,7 27 7,9 21 6,5 20 7,8 24 9,3
NS/NR 227 76,4 232 67,8 241 74,6 191 74,3 176 68,2
Outro 1 0,3 - - - - - - - -
Total 296 242 100 323 100 257 100 258 100
Q174- Vítimas acompanhadas pelo GAV de Santarém, segundo o principal meio de vida de 2013 a 2017
2013 2014 2015 2016 2017

A cargo da família 71 23,1 66 24,6
Do trabalho 98 31,9 96 35,8
Subsídio 8 2,6 9 3,4
Desemprego
Subsídio 7 2,3 6 2,2
acidente/doença
Rendimento Social 12 3,9 7 2,6
de Inserção
Pensão / Reforma 43 14 33 12,3
Apoio Social 2 0,7
Da propriedade 5 1,6 1 0,4
/empresa
Desempregado/a 65 19 57 17,6 46 17,9
Doméstico/a 6 1,8 1 0,3 3 1,2
Empregado/a 100 29,2 84 26 99 38,5

Estudante 52 15,2 68 21 35 13,6
Incapacidade p/ 15 4,4 9 2,8 7 2,7
trabalho
Reformado /reserva 59 17,3 55 17 34 12,2
Outro 8 2,6 1 0,3 1 0,4 10 3,7
NS/NR 53 17,3 48 15 32 12,5 40 14,9
Total 307 100 342 100 323 100 257 100 268 100
Q175- Vítimas acompanhas pelo GAV Santarém, segundo a relação vítima/agressor de 2013 a 2017
2013 2014 2015 2016 2017

A vítima é - - 1 0,3 - - 1 0,4 - -
padrasto/madrasta
A vítima é pai/mãe 31 10,5 29 8,5 30 6,2 22 8,6 18 7
A vítima é avô/avó 2 0,7 2 0,6 4 1,2 2 0,8 1 0,4
A vítima é genro/nora 1 0,3 2 0,6 1 0,3 2 0,8 1 0,4
A vítima é neto/neta 2 0,7 5 1,5 1 0,3 1 0,4 2 0,8
A vítima é filho/filha 24 8,1 49 14,3 60 17 34 13,2 23 8,9
A vítima é sogro/sogra 3 1 3 0,9 6 1,8 3 1,2 2 0,8
Irmão/irmã 7 2,4 4 1,2 5 1,5 5 1,9 3 1,2
Outro familiar 3 1 3 0,9 7 2,1 4 1,5 3 1,2
Colega de escola 2 0,7 5 1,5 3 0,9 2 0,8 2 0,8
Colega de trabalho 2 0,7 1 0,3 1 0,3 - - 1 0,4
A vítima é trabalhadora 2 0,6 3 0,9 2 0,8 - -
de entidade
Companheiro/a 39 13,2 34 9,9 38 11,7 39 15 36 14
Cônjuge 104 35,1 95 27,8 71 22 70 26,9 72 27,9
Namorado/a 3 1 - - 2 0,6 2 0,8 2 0,8
Ex- companheiro/a 19 6,4 31 9,1 22 6,8 23 8,8 26 10,1
Ex- cônjuge 18 6,1 23 6,7 15 4,6 12 4,6 20 7,8
Conhecido/a 7 2,4 8 2,3 17 5,2 7 2,7 4 1,6
Ex-namorado/a 5 1,7 8 2,3 9 2,8 8 3,1 13 5
Vizinho/a 5 1,7 10 2,9 9 2,8 1 0,4 6 2,3
Nenhuma (autor não 5 1,7 4 1,2 3 0,9 2 0,8 2 0,8
identificável)
Nenhuma (autor 1 0,3 10 2,9 9 2,8 1 0,4 4 1,6
identificável pela
vítima)
Amigo/a 1 0,3 - - 1 0,3 - - - -
A vítima é prestadora 2 0,7 - - - - - - 1 0,4
de serviços
Outra 9 3 7 2% 4 1,2 9 3,5 9 3,5
NS/NR 1 0,3 6 1,8 2 0,6 7 2,7 7 2,7
Total 296 100 342 100 323 100 257 100 258 100
PERFIL DO AGRESSOR
Relativamente ao/à agressor/a, maioritariamente, são do sexo masculino, têm entre os 35-
44 anos e são casados. A maioria eram empregados/as, logo seguidos dos
desempregados/as.
A maioria da vitimação é continuada, com uma duração de 2 a 6 anos. O local do crime é,

maioritariamente, a residência comum, seguida da residência da vítima e dos lugares/vias
públicas.
Dos processos de apoio com tipologia de crime as queixas/denúncias junto das entidades
policiais em 2013 e 2014 não representavam a maioria. Nos anos de 2015, 2016 e 2017 a
maioria foi junto das entidades policiais.
Q176- Agressores, segundo o sexo de 2013 a 2017
2013 2014 2015 2016 2017

Mulheres 40 12,9 41 11,6 14 4 34 13 29 11
Homens 265 85,5 306 86,4 273 84 217 84 223 85
NS/NR 5 1,6 7 2 40 12 9 3,5 9 4
Total 310 100 354 100 327 100 260 100 261 100
Q177- Agressores, segundo o grupo etário de 2013 a 2017
Intervalos 2013* 2014 2015 2016 2017

de idade Abs. % Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %
11-17 8 2,6 7 2 9 2,8 3 1,2 7 2,7
18-24 11 3,5 9 2,5 13 3,9 8 3,1 5 1,9
25-34 13 4,2 34 9,6 20 6,1 28 10,8 25 9,6
35-44 43 12,1 61 18,7 49 18,8 48 18,4
45-54 60 16,9 53 16,2 46 17,7 40 15,3
55-64 40 11,3 49 14,9 23 8,8 19 7,3
65+ 21 6,8 29 8,2 12 3,7 10 3,8 15 5,7
NS/NR 132 37,7 110 33,6 93 35,8 102 39,1
Total 354 100 327 100 260 100 261 100
*Em 2013 existem outros intervalos de idade / Fonte: Gabinete de Apoio á Vítima de Santarém
Q178- Agressores, segundo o estado civil de 2013 a 2017
2013* 2014 2015 2016 2017

Abs. Abs. % Abs. % Abs. % Abs. %
Casado/a 143 40,4 107 32,7 86 33,1 86 33
Divorciado/a 32 9 29 8,9 26 10 25 9,6
Separado/a 20 5,6 23 7 15 5,8 27 10,3
Solteiro/a 38 10,7 47 14,4 28 10,8 30 11,5
União de facto 49 13,8 47 14,4 45 17,3 44 16,9
Viúvo/a 6 1,7 2 0,6 3 1,2 - --

NS/NR 66 18,6 72 22 57 21,9 49 18,8
Total 354 100 327 100 260 100 261 100
*Ausência de dados para 2013 / Fonte: Gabinete de Apoio á Vítima de Santarém
Q179- Agressores, segundo a atividade económica de 2013 a 2017
2013 2014 2015 2016 2017

Desempregado/a 55 17,7 66 18,6 80 24 51 19,6 45 17,2
Doméstico/a 2 0,6 2 0,6 - - - - - -
Empregado/a 112 36,1 130 36,7 119 36 108 41,5 107 41
Estudante 10 3,2 11 3,1 15 4,6 7 2,7 10 3,8
Incapacitado/a p/ 4 1,3 2 0,6 1 0,3 6 2,3 3 1,1
trabalho
Reformado/a e 28 9 40 11,3 31 9,5 18 6,9 24 9,2
reserva
Outro 4 13 1 0,3 1 0,3 4 1,5 4 1,5
NS/NR 95 30,6 102 28,8 80 24 66 25,4 68 26,1
Total 310 100 354 100 327 100 260 100 261 100
VITIMIZAÇÃO
Q180- Vitimização, segundo o tipo de 2013 a 2017
2013 2014 2015 2016 2017

Continuada 262 84,5 299 84,5 292 89 220 85 218 83
Não 21 6,8 35 9,9 20 6 18 7 23 9
continuada
NS/NR 27 8,7 20 5,6 15 5 22 8,5 20 8
Q181- Vitimização, segundo a duração de 2013 a 2017
2013 2014 2015 2016 2017

1a6 16 5,2 22 7,4 17 5,8 14 5,4 16 7,3
meses
7 meses a 24 7,7 12 4 17 5,8 20 7,7 19 8,7
1 ano
2-6 anos 36 11,6 39 13 31 10,6 50 19,2 33 15,1
7 a 11 23 7,4 16 5,4 6 2,1 13 5 17 7,8
anos
12 a 20 26 8,4 23 7,7 11 3,8 8 3,1 20 9,2
anos
Mais de 22 7,1 25 8,4 11 3,8 13 5,0 11 5
20 anos
NS/NR 163 52,6 162 54,2 199 68,2 142 54,6 102 46,8
Total 310 100 299 100 292 100 260 100 218 100
Q182- Vitimização, segundo o local do crime de 2013 a 2017

2013 2014 2015 2016 2017

Residência 214 58,8 214 51,6 173 43,4 140 47 150 51,4
comum
Residência da 42 11,5 54 13 81 20,3 51 17,1 53 18,2
vítima
Residência do 13 3,6 18 4,3 17 4,3 22 7,4 25 8,6
autor do crime
Escola 6 1,6 10 2,4 7 1,8 4 1,3 5 1,7
Local de 18 4,9 15 3,6 21 5,3 11 3,7 8 2,7
trabalho
Lugar/via 41 11,3 61 14,7 62 15,5 32 10,7 34 11,6
pública
Instituição de 3 0,8 6 1,4 1 0,3 2 0,7 3 1
acolhimento
Loja/centro 1 0,3 2 0,5 - - - - 1 0,3
comercial
Viatura 2 0,5 2 0,5 1 0,3 - - 3 1
automóvel
Outro Local 10 2,7 9 2,2 9 2,3 1 0,3 4 1,4
Outra 2 0,5 9 2,2 16 4 9 3 4 1,4
residência
NS/NR 12 3,3 15 3,6 11 2,8 129 9,0 - -
Total 364 100 415 100 399 100 298 100 292 100
Q183- Queixa/denúncia à autoridade policial, de 2013 a 2017
2013 2014 2015 2016 2017

Sim 126 41 158 44,6 150 46 119 46 121 46
Não 138 44 164 46,3 142 43 106 41 118 45
NS/NR 46 15 32 9 35 11 35 13 22 9
Ainda, na sequência do grupo de trabalho que debateu esta temática a 9 de outubro de 2018,
as Forças de Segurança que atuam no Município referiram o registo diário de casos de
violência doméstica e com a presença de armas de fogo. Na maioria dos casos são
presenciados por crianças, sendo levado, este facto, a conhecimento da CPCJ.
Em termos da violência urbana, foi referida alguma acalmia, nomeadamente, pela detenção
recente (relativamente a 9 de outubro de 2018) de alguns traficantes. Foi referida ainda,
que a centralidade do Município atraí “passantes” que causam alguma perturbação à
segurança mas muitas vezes não se traduzem em “situações reais”.
Foi referido também a existência de vários crimes contra idosos, nomeadamente, as burlas
muito frequentes no meio rural. A GNR assinalou o impacto do projeto Censos Sénior na
identificação de situações e na prevenção e informação sobre os comportamentos seguros
a adotar pelos idosos.
Foi ainda, sublinhado pelas Forças de Segurança o trabalho de prevenção e de sensibilização

nas escolas, por solicitação das mesmas.
No domínio da intervenção, quando as Forças de Segurança são chamadas a intervir nas

escolas, situações esporádicas, os casos relacionam-se com situações de conflito/divórcio
dos pais com consequência negativas para o bem-estar da/s criança/as.
Os parceiros locais reunidos a 9 de outubro, identificaram 3 problemas chave no que diz

respeito à problemática da violência, com incidência para a violência doméstica.
Inexistência de resposta no Município para abrigo de vítimas de violência
I As respostas existentes não satisfazem a necessidade provocando situações de menor

proteção e apoio à vítima de crime. Afastar a vítima do agressor é fundamental para garantir
a sua segurança. Ainda que a legislação preveja a existência de recursos e medidas
adequadas para a proteção da vítima, na realidade estes são escassos e manifestamente
estão aquém das necessidades. Como consequência muitas pessoas não denunciam as
situações de violência de que são vitimas uma vez que se confrontam com a falta de
aplicabilidade e eficiência da Lei, sofrendo assim, de forma reiterada o (s) ato (s) de que
são alvo.
Crescimento de outros tipos de vitimização, além da violência conjugal
I Foi identificado pelo Parceiro GAV Santarém o crescimento e denúncia de outros crimes
que não a violência conjugal (mais frequente), nomeadamente, o crime da violência contra
as pessoas idosas (situação já referenciada no capítulo dos Idosos) e a exposição de crianças
à violência interparental.
De referir que a polivitimização (situações de coocorrência de condutas relativas a múltiplos

tipos de violência in Violência e Envelhecimento, 2014) também se verifica sendo mais
comum assistirmos à coocorrência da violência física e psicológica.
Violência entre pares (bullying) e violência no namora
I Já referido nos capítulos “Crianças” e “Jovens”, este problema também foi identificado por
este grupo de trabalho como sendo frequente entre a população escolar.
A violência no namoro, ainda aceite, em muitos casos, pelos jovens devido à “confusão”
existente entre o que é demonstração de afeto e um comportamento controlador.
De referir ainda, a sinalização de situações de violência sexual entre os jovens,

nomeadamente, a partilha de imagens/vídeos íntimos nas redes sociais.
A partilha de imagens e vídeos podem ter consequências para quem é exposto, podendo ser
indevidamente utilizados por terceiros para diferentes fins, fugindo ao controle de quem
partilha.
- Informação/ sensibilização para o crime da violência junto da população em geral e em

alguns grupos em particular, nomeadamente junto dos magistrados do Ministério Público e
JIC, quanto a aplicação de medidas de coação urgentes, previstas na Lei 112/2009 – Lei de
prevenção e assistência a vítimas de violência doméstica.
- Casas abrigo e casa de emergência social (para vários públicos);
- Residências para autonomia de vida da vítima (para vários tipos de vítimas);
- Bullying /ciberbullyng– violência entre pares;
- Violência no namoro;
- Segurança nas redes sociais.

VOLUNTARIADO
A prática do voluntariado social é, maioritariamente, desenvolvida pelo sexo feminino e por

pessoas com 65 e mais anos (mais de metade).
As ações de voluntariado têm, maioritariamente, um caráter regular e centram-se no

desenvolvimento de atividades onde se incluí a direção das instituições e as dirigidas
diretamente aos utentes e de contato com os mesmos. Salientam-se, nestas últimas, a
“companhia, visitas, apoio nas atividades de animação, distribuição e ou administração de
refeições”, entre outras.
Os voluntários caraterizam-se pela sua heterogeneidade em termos escolaridade e dos seus

interesses e expetativas, havendo maior incidência de voluntários no espaço urbano.
Verifica-se ainda, a pouca incidência do voluntariado mais jovem nas instituições que
responderam ao inquérito por questionário (maioritariamente ligadas à área da anciania).
Salienta-se, contudo, grupos organizados de voluntários jovens na área da deficiência
(APPACDM) que durante 1 período curto (1 dia) desenvolvem atividades com determinado
fim.
De referir, que os números obtidos aquando do Diagnóstico Social do Concelho de Santarém

2014/2017 revelavam um número maior de voluntários nas instituições
No contexto atual, continua-se a observar um voluntariado jovem e em situação de

desemprego, que se “aproxima”, através desta prática, das instituições para também
conhecerem e serem conhecidos no mercado de trabalho, na expetativa de facilitar a sua
inserção profissional (“conseguir um emprego”).
Em Dezembro de 2007 foi criado o Banco Local de Voluntariado (BLV) pelo Município de
Santarém que visa facilitar e incentivar a prática do trabalho voluntário, sendo um local de
encontro entre pessoas que desejam ser voluntárias e das organizações promotoras que
disponibilizam oportunidades de enquadramento em atividades diárias de interesse social e
comunitário. Em outubro de 2018, o BLV tinha 15 instituições inscritas. Com a entrada em
vigor do Regulamento Geral da Proteção de Dados em 25 de maio de 2018, foi pedido, aos
voluntários inscritos no Banco Local de Voluntariado, o consentimento para o tratamento dos
seus dados pessoais. Das subscrições recebidas e das pessoas inscritas após maio de 2018,
o Banco Local de Voluntariado tem, atualmente, 11 voluntários.
Q184- Instituições inscritas no Banco Local de Voluntariado de Santarém /Outubro de 2018
• Centro de Apoio à Infância e Juventude – O Vigilante

• Santa Casa da Misericórdia de Santarém
• Fundação Luíza Andaluz
• APPACDM – Santarém
• Centro Cultural e Recreativo de Apoio aos Filhos dos Trabalhadores da
Estação Zootécnica Nacional – Vale de Santarém
• Casa da Europa do Ribatejo
• Centro de Solidariedade Social Nª Sra. da Luz de Póvoa de Santarém
• Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Santarém
• Junta de Freguesia de S. Nicolau
• Santa Casa da Misericórdia de Alcanede
• Casa do Povo do Pombalinho
Voluntários inscritos no Banco Local de Voluntariado:
• Lar de Santo António da Cidade de Santarém
• Centro Social Interparoquial de Santarém
• Associação Ajuda de Mãe
Fonte: Divisão de Saúde e Ação Social do Município de Santarém
Acresce sublinhar as situações em que se verifica a prática de voluntariado em várias

instituições em simultâneo, isto é, o mesmo voluntário colabora, regular e ou pontualmente,
com várias instituições do Município.
Q185- Número de Voluntários e atividades realizadas, por instituição em Outubro 2018
Nº de Escalão etário Sexo

Instituições Atividades
Voluntários
Apoio em atividades de sala;
Pont. Reg. 15-24 25-64 65 + M F
4 1 1 3 Apoio em atividades de no exterior (Teatro, angariações de
fundos, exposições, venda de Natal);
Grup 25
Grup 10 Confeção de pão/broas em forno de lenha
APPACDM Grup 10 Exposições, Venda de Natal, Venda de Natal
Atividades de lazer, jogos, música, dinâmicas de grupo
(realizadas nas Estruturas Residenciais aos fins de semana)

Atendimento presencial, telefónico ou por email a vítimas de
APAV - 6 4 0 9 1 0 10 crime, seus familiares e/ou amigos
Gabinete de
Apoio à Vítima
de Santarém
8 8 4 4 Direção da Associação A Farpa; promoção de atividades para

Associação A os utentes e promoção de atividades para a Instituição
FARPA
5 2 7 7 Angariação de Bens e de Fundos

Espaço Solidário (organização e atendimento às famílias);
Visitas domiciliárias;
Apoio à participação em eventos;
Atendimento psicológico;
Ajuda de Mãe
Apoio na Imagem e Design;
Apoio nas ações de sensibilização nas escolas
(dinamização e esclarecimento)
Apoio no Grupo Emprego (Dinamização)
1 1 1 Motorista
ADSCS
Centro de Distribuição de refeições ao fim de semana; apoio logístico e

Bem Estar humano em atividades de cariz social e angariação de
Social de Vale fundos; desenvolvimento e apoio em atividades de animação
Figueira 15 25 0 8 32 26 14 e lazer com os utentes
Centro Social 11 10 1 5 6 Direção, Conselho Fiscal, Motorista

Paroquial de
Santa Marta
Rezar o terço com os idosos e dar a comunhão; pequenos
Centro Social 2 4 6 1 1 arranjos, transportes, apoio à cozinha, nas festas da
Serra do associação.
Alecrim
31 4 24 3 14 17 Distribuição de refeições no domicilio aos fins de semana e

feriados aos utentes da instituição que frequentam as
Centro de
respostas sociais de Centro de Dia e Apoio Domiciliário;
Solidariedade
Apoio na organização de iniciativas e eventos promovidos
Social Nossa
pela instituição;
Senhora da
Colaboração na organização e logística do Banco Alimentar e
Luz
Banco de Roupa
Serviços de costura, apoio religioso (Celebração da Palavra,

Via Sacra, Orações); Companhia e conversa com utentes;
Centro Social 2 3 5 apoio no refeitório na administração das refeições.
Interparoquial
de Santarém
Portaria, Dentista, Médica, Cabeleireira e Explicadora

Fundação
Luísa Andaluz 2 5 1 4 2 1 5
Apoio ao utente oncológico

Voluntariado da leitura
Liga dos 3 15 - 8 10 2 16
Amigos do HS
Visitas ao Domicilio; Apoio nas atividades de animação e de

rotina do serviços de Centro de Dia e ERPI- Lar de Grandes
8 37 5 16 24 6 39 Dependentes e ERPI – Santarém; Apoio nas atividades
Santa Casa da escolares e de rotina do Centro de Acolhimento Temporário-
Misericórdia 1.º Passo; Dinamização de Atelier de Artes; Animação;
De Santarém Participação nas diferentes atividades da Instituição; Apoio na
distribuição das refeições junto das pessoas idosas, com mais
dificuldade; Distribuição da eucaristia, Oração; Leitura; Visita
e acompanhamento aos Idosos Institucionalizados, Apoio no
serviço da Cozinha e Lavandaria; Dinamização de um Atelier
de alfabetização; Dinamização de Atividades Físicas com os
Idosos; Dinamização do Atelier de informática
Apoio administrativo nos recursos humanos e tesouraria;
Apoio na seleção e distribuição do Banco de roupas da

Instituição;
Apoio no acolhimento aos peregrinos;
Participação/ colaboração nas atividades e dinâmicas da Creche

e Pré- escolar “ Os Amiguinhos”
Lar de Santo
António da Apoio ao estudo.
Cidade de 2 2 2 2
Santarém
ACBR – 5 5 3 7 8 2 Regulares elementos da Direção; Pontuais: elementos
Associação suplentes da Direção e sócios sem cargos definidos
Casa dos
Beirões no
Ribatejo
CES Fonte Boa 2 1 - 1 2 3 - Presidente da Direção, Vice-Presidente de Direção,
Secretário de Direção
União Distrital 6 5 - 1 10 9 2 Presidente da Direção, Vice-Presidente

das IPSS de Secretária/Tesoureira, vogal, Presidente da A. Geral,
Santarém Secretários da A. Geral, Presidente do Conselho Fiscal,
Vogais do Conselho Fiscal, técnica social
Fonte: Inquérito por questionário, outubro 2018.
De referir também, o Programa de Voluntariado no Ensino Superior desenvolvido pelo

Instituto Politécnico de Santarém (http://www.ipsantarem.pt/esesmais/) destinado a
estudantes, docentes, funcionários e comunidade. Visa a criação de uma base de dados de
voluntários/as e de instituições e/ou projetos, promover a formação e desenvolvimento
pessoal dos/as estudantes da ESES, o dever de cidadania e de valores como a solidariedade
e a tolerância e estimular e sensibilizar para a participação e envolvimento dos/as
voluntários/as em projetos internos ESES-IP Santarém e de cooperação em projetos
comunitários, através de parcerias.
Através do grupo de trabalho realizado a 09 de outubro, os parceiros locais sinalizaram 4

problemas ligados, sobretudo às dificuldades de gestão dos grupos de voluntários.
Adequar o perfil e expetativas dos voluntários às necessidades das instituições
I Gerir as diferentes expetativas dos voluntários foi referido como uma dificuldade. A
heterogeneidade dos grupos de voluntários, por um lado, e a procura das instituições para
exercerem voluntariado com o objetivo de se “aproximarem” do mercado de trabalho e ou
de um “espaço terapêutico”, exigem capacidade de gestão e uma resposta com qualidade.
Neste sentido, também foi referenciada a dificuldade em manter o interesse e a motivação
dos voluntários.
Os parceiros sinalizam a necessidade de “desconstrução” das expetativas prévias dos

voluntários para depois integrá-los nas ações disponíveis e necessárias às instituições de
forma a garantir o interesse bilateral (instituição e voluntário). Neste sentido, foi identificada
a falta de voluntários para atividades de fim de semana e outras que não se enquadram nas
expetativas iniciais.
Transporte de voluntários
I As instituições identificam as dificuldades de transporte como um obstáculo para o

crescimento das ações de voluntariado, nomeadamente, a sua expansão para espaço rural, o
que se relaciona com outro problema sinalizado que é a Incidência de voluntários no espaço
urbano. No espaço urbano a prática do voluntariado é mais recorrente e generalizada,
abrangendo um grupo diversificado de pessoas e instituições.
Falta de interação entre os vários grupos de voluntários existentes
Os parceiros locais referem a falta de articulação, reflexão e partilha de experiências e

informação entre os vários grupos de voluntários existentes provocando um trabalho isolado.
Dificuldade na manutenção do compromisso inicialmente assumido pelos voluntários
Este problema prende-se com alguma desajuste e não cumprimento dos compromissos
inicialmente assumidos pelos voluntários para com as instituições, nomeadamente, as faltas
e mesmo a desistência. Este problema está associado a outro facto também referido pelos
parceiros que se relaciona com “custo” dos voluntários para as instituições uma vez que são
formados e acompanhados na sua integração.
- Formação de voluntários;
- Espaço de partilha e reflexão interinstitucional (comunidade de prática);
- Período experimental para voluntários;
- Voluntariado juvenil.
SÍNTESE CONCLUSIVA
A análise e abordagem aos vários eixos que integram o Diagnóstico Social do Município de
Santarém permite verificar e relativamente à realidade transmitida no anterior documento,
que as grandes tendências sociais, problemas e linhas de intervenção se mantêm.
Todavia, quer pela interpretação dos dados estatísticos, quer pela abordagem das
problemáticas com os parceiros locais, percebemos que se desenham algumas alterações
que terão a sua visível expressão num período mais alargado de tempo.
Em consequência das mudanças /diretrizes, quer locais, quer nacionais e internacionais

verificam-se mutações sociais como sejam algumas alterações dos fluxos migratórios, a
presença de refugiados na comunidade local, a abordagem das pessoas em situação de sem
abrigo à luz da Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas em Situação de Sem Abrigo
2017-2023 de 2017 e também a existência de duas Equipas RLIS – Rede Local de
Intervenção Social (desde outubro de (2016), assente numa lógica de intervenção articulada
e integração de entidades com responsabilidade no desenvolvimento da ação social.
O trabalho destas equipas, em 2018 (relatório em anexo 4), permite caraterizar a população
que procura o apoio social. Na zona urbana, a Equipa RLIS dinamizada pela Cruz Vermelha
Portuguesa/Centro Humanitário Santarém/Cartaxo identifica que a maioria dos processos
referem-se a pessoas com rendimentos provenientes de reforma/aposentação (40,5%).
Verifica-se que são maioritariamente, mulheres isoladas (24,6%) que procuram o
atendimento/acompanhamento social. A maioria das pessoas têm 31-49 anos (24,9%),
seguidas das do grupo etário dos 65 e mais anos (23,2%). As problemáticas mais
identificadas são a carência económica (23,4%), os problemas de saúde (15,5%) e o risco
de desalojamento (7,3%). Os pedidos são maioritariamente para apoio alimentar (22,3%) e
para o acesso a serviços sociais (direitos e prestações sociais) (19,9%).
As respostas prestadas vão no sentido da superação destas necessidades e do

acompanhamento regular e próximo das pessoas, ainda que se verifique dificuldades
estruturais como sejam o aumento significativo de pessoas com doença mental sem acesso
a respostas adequadas e os fracos recursos das pessoas para fazer face às despesas mensais
e a instabilidade e/ou ausência laboral.
A maioria dos processos trabalhados pela Equipa RLIS dinamizada pela Santa Casa da
Misericórdia de Pernes, em 2018 (relatório em anexo 4) nomeadamente, em território rural
sinaliza também a carência económica como principal problemática (23%), os problemas
inerentes aos idosos (17%) e os problemas de saúde (15%).
A maioria dos rendimentos proveem das pensões de velhice, sendo a maioria dos processos
acompanhados de tipologia isolada e feminina, seguidas das famílias monoparentais. 50%
das pessoas acompanhadas têm casa própria e idades compreendidas entre os 51-70 anos
(27,2%) ou mais de 70 anos (24,35). Para a resolução dos principais problemas são
acionadas medidas e respostas institucionais existentes, no entanto, verifica-se, com maior
frequência, a dificuldade em encaminhar os beneficiários para apoio alimentar e para
programas de emprego/formação.
Neste âmbito, de referir ainda, que é dinamizada no Município de Santarém a medida de

apoio alimentar “Cantinas Sociais”, envolvendo 12 instituições, que cobrem todo o território,
estando protocoladas (dezembro 2018) 314 refeições diárias. A execução mensal, em
dezembro de 2018, foi de 289 refeições diárias.
O Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas (POAPMC) também pretende

ser um instrumento de combate à pobreza e à exclusão social, intervindo no apoio alimentar
e de outros bens de consumo básico, assim como no desenvolvimento de medidas de
acompanhamento que capacitem as pessoas a vários níveis, nomeadamente, da gestão
doméstica. No Município de Santarém o POAPMC, iniciado em outubro de 2017, com a
duração de 24 meses, é coordenado pela Associação para o Desenvolvimento Social e
Comunitário de Santarém – ADSCS (entidade gestora). O POAPMC tem como entidades
mediadoras o Centro Social e Interparoquial de Santarém (CSIS), o Centro Social e Paroquial
Santa Margarida de Abrã e a ADSCS. Em dezembro de 2018, este Programa abrangia 381
indivíduos no Município de Santarém.
Ainda, no âmbito das medidas de redução da carência económica, iniciou-se, em agosto de

2017, o Programa Abem: Rede Solidária do Medicamento. Este Programa consiste na garantia
do acesso ao medicamento em ambulatório por parte de qualquer cidadão que se encontre
numa situação de carência económica que o impossibilite de adquirir os medicamentos
comparticipados, que lhe sejam prescritos por receita médica.
Este protocolo tem por objeto estabelecer e articular um espaço de colaboração entre a
Associação Dignitude e o Município de Santarém, para o prosseguimento comum dos objetivos
do Programa que, em agosto de 2018, tinha 179 beneficiários no Município de Santarém.
O Rendimento Social de Inserção é desenvolvido por 3 Equipas Técnicas (ADSCS, CSIS e Santa
Casa da Misericórdia de Santarém). Estas Equipas são protocoladas com o IP, Centro Distrital
de Santarém no sentido do acompanhamento de 520 famílias. Na execução anual de 2018
verificou-se uma redução de processos provenientes da União de Freguesias da Cidade de
Santarém, especificamente da zona de Marvila.
De sublinhar também, a conclusão em 2018, de dois projetos que decorreram no Município

de Santarém: Projeto aCrescer - CLDS 3G e o Projeto AGIR + do Programa Escolhas
promovidos pela APPACDM de Santarém e pelo Lar Evangélico Nova Esperança,
respetivamente. Estes projetos intervieram com uma faixa de população vulnerável, dando
especial enfoque às crianças e jovens e suas famílias, nomeadamente, no desenvolvimento
conjunto de competências sociais, pessoais e escolares.
Em termos demográficos, verifica-se que a taxa de variação da população residente, de 2011

a 2016, foi de -5,3%, causada, nomeadamente, pelo saldo natural (nascimentos/óbitos).
Em 2016, o peso da população mais velha no total da população residente cresce para 24%,
sendo o índice de envelhecimento, em 2017, de 183,9%.
Consequentemente, no eixo dos idosos foram identificados problemas relacionados com o

aumento da esperança de vida, com as dificuldades “naturais” deste grupo social e com a
necessidade de adaptação das várias respostas existentes aos diferentes perfis da população
mais envelhecida, existindo neste eixo uma lista de espera considerável para as Estruturas
Residenciais Para Idosos.
Nos grupos das pessoas com deficiência, em situação de sem abrigo, com comportamentos
aditivos e dependências e pessoas com problemas de saúde mental continua a verificar-se
um défice de respostas sociais. Este facto levanta à parceria local um conjunto de desafios
com vista a colmatar as dificuldades sentidas nestes domínios, o que explica que tenham
surgido diversos projetos e ou equipas multidisciplinares que tendem a contribuir para a
melhoria das situações mas os meios são tidos ainda, como insuficientes.
Na área da educação e formação profissional salienta-se uma cobertura integral do território

municipal, havendo a falta de oferta formativa à medida (fora do ensino regular) para alguns
segmentos específicos da população.
No eixo das etnias e concretamente sobre a etnia cigana, os parceiros locais reconhecem as
dificuldades, que perduram no tempo, no trabalho com esta população que dificilmente
cumpre os compromissos com os diversos serviços, levando à reincidência dos mesmos
problemas.
Sobre a temática da violência, salienta-se o maior conhecimento/denúncia da violência,

nomeadamente da violência doméstica que abrange a violência conjugal e contra os idosos.
A violência nas camadas mais jovens está muito ligada, nos últimos tempos, às redes sociais
e também às relações entre pares, onde se inclui a violência no namoro.
Relativamente ao voluntariado, foi sinalizado uma dinâmica concelhia, nomeadamente

urbana, potenciada por algumas instituições mas sendo necessário maior articulação e
partilha entre os parceiros neste domínio.
No eixo das crianças e jovens destacam-se a necessidade de prevenção e informação sobre

vários fenómenos e a intervenção integrada dos vários serviços, sem esquecer a família,
considerada como o sistema basilar para a mudança de comportamentos.
Em suma, o trabalho de análise quantitativa e qualitativa da informação disponível permitiu

“clarificar” a realidade através da reafirmação de várias situações mas também pela perceção
de novos percursos e comportamentos, que poderão mais tarde, fundamentar novas
tendências sociais.
De referir que a abordagem conjunta dos problemas pelos parceiros locais que lidam direta
e quotidianamente com eles, permitiu uma visão holística da realidade, sendo várias vezes
referido a necessidade de promover estes encontros, de forma mais frequente, para um
melhor conhecimento não só das problemáticas mas também dos serviços e suas
respostas/projetos, sedimentando a dinâmica da parceria local.
BIBLIOGRAFIA E RECURSOS ELETRÓNICOS

ACES Lezíria, Plano Local de Saúde da Lezíria 2014/2016, dezembro 2016.
ALMEIDA, JM Caldas et all, Joint Action on Mental Health and well-being, Análise da Situação em Portugal –
2015 (versão em Português), Co-fundedby the European Union, 2015.
Alto Comissariado para as Migrações, Plano Estratégico para as Migrações 2015-2020, Lisboa, 2015.
APAV, Estatísticas da APAV, GAV Santarém, Santarém, 2013, 2014, 2015 e 2016.
APAV, Estatísticas da APAV, Relatório Anual, 2017.
APPACDM de Santarém, Famílias: Investigar, Diagnosticar, Intervir, Vale de Santarém, junho de 2012.
Centro de Respostas Integradas do Ribatejo/DICAD/ARS Lisboa e Vale do Tejo, IP, Atualização do Diagnóstico do
território “Santarém-Cidade”, Santarém, agosto de 2017.
CPCJ Santarém, Relatório Anual de Atividades e Avaliação, Ano 2018.
Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação – Portugal + Igual 2018-2030.
Estratégia Nacional para a Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo (ENIPSSA) 2017-2023.
Gabinete de Estratégia e planeamento do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Estatísticas

sobre Deficiências ou Incapacidades, Lisboa, 2016
INE, XV Recenseamento Geral da população, Censos 2011.
NAZARETH, J. Manuel, Demografia. A Ciência da População, Editora Presença, 4ª Ed, 2010.
Observatório nacional da Administração Pública, Relatório do emprego por município, 2013-2016, Instituto
Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa (ISCSP).
ONU, Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, 2016.
PEIXOTO, João et all, Introdução ao estudo – Migrações e Sustentabilidade Demográfica: perspetivas de evolução
da sociedade e economia portuguesas, Fundação Francisco Manuel dos Santos, abril de 2017.
Saúde Mental, Avaliação maio 2015 na Lezíria e Médio Tejo, Santarém, 2015.
startup-santarem.nersant.pt
http://www.ipsantarem.pt/pt/home/
www.cenfim.pt
www.epvt.pt
www.etpr.pt
www.iefp.pt
www.islasantarem.pt
www.nersant.pt
WWW.pordata.pt
ANEXOS
1- Formação CENFIM 2018/2019
APRENDIZAGEM
MANUTENÇÃO
INDUSTRIAL
CURSO HOR INI FIM Horas Custo
Técnico/a de Manutenção
Industrial de Metalurgia e L 07/10/2019 3945 h 0.00
Metalomecânica
EDUCAÇAO/FORMAÇAO ADULTOS
CONSTRUÇÕES
METÁLICAS
Soldadura EWF/IIW -
L 23/09/2019 09/10/2020 1300 h 0.00
SER+MAG
EDUCAÇÃO/FORMAÇÃO JOVENS
MANUTENÇÃO
INDUSTRIAL
Eletromecânico/a de
L 16/09/2019 29/05/2021 2366 h 0.00
Manutenção Industrial
L 23/09/2019 05/06/2021 2366 h 0.00
Manutenção Industrial
ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA
ELECTRICIDADE/ELECTRÓNICA
TECNOLOGIA MECATRÓNICA PL 16/09/2019 07/05/2021 1585 h 0.00

APRENDIZAGEM
MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
Técnico/a de Manutenção Industrial de Metalurgia e
L 07/10/2019 3945 h 0.00
Metalomecânica
EDUCAÇAO/FORMAÇAO ADULTOS
CONSTRUÇÕES METÁLICAS
Soldadura EWF/IIW - SER+MAG L 23/09/2019 09/10/2020 1300 h 0.00
EDUCAÇÃO/FORMAÇÃO JOVENS
Eletromecânico/a de Manutenção Industrial L 16/09/2019 29/05/2021 2366 h 0.00
Eletromecânico/a de Manutenção Industrial L 23/09/2019 05/06/2021 2366 h 0.00
ESPECIALIZAÇÃO TECNOLÓGICA
TECNOLOGIA MECATRÓNICA PL 16/09/2019 07/05/2021 1585 h 0.00
FORMAÇÃO MODULAR CNQ
ADMINISTRATIVO, COMERCIAL E MARKETING

Língua Chinesa - Informações acerca da vida quotidiana,
L 20/05/2019 28/06/2019 50 h (*)200.00
compras e serviços e locais de interesse turístico
Gestão informatizada de documentos L 15/04/2019 23/05/2019 50 h (*)150.00
Gestão do stress do profissional L 04/03/2019 30/04/2019 25 h (*)75.00
Gestão do stress do profissional L 20/10/2019 28/11/2019 25 h (*)75.00

QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
ADMINISTRATIVO, COMERCIAL E MARKETING

Inglês técnico L 06/05/2019 07/06/2019 50 h (*)200.00
Inglês técnico L 14/10/2019 28/11/2019 50 h (*)200.00
Língua espanhola - relações laborais - iniciação L 03/06/2019 12/07/2019 50 h (*)200.00
Língua alemã - atendimento L 04/11/2019 13/12/2019 50 h (*)200.00
Espanhol Técnico L 06/05/2019 19/07/2019 175 h (*)700.00
Espanhol Técnico L 16/09/2019 08/11/2019 175 h (*)700.00
Língua inglesa - e-marketing L 11/11/2019 12/12/2019 50 h (*)200.00
CONSTRUÇÕES MECÂNICAS
Iniciação ao cnc L 09/09/2019 18/10/2019 50 h (*)150.00
CONSTRUÇÕES METÁLICAS
Soldadura SER - Ângulo e topo a topo em chapa PL 06/05/2019 19/06/2019 100 h 450.00
Soldadura MAG/FF - Ângulo e topo a topo em chapa PL 24/06/2019 31/07/2019 100 h 450.00
Soldadura TIG - Ângulo em chapa e topo a topo em tubagem PL 07/01/2019 30/01/2019 100 h 450.00
Soldadura Multiprocessos PL 14/10/2019 13/12/2019 200 h 900.00

Soldadura MIG Al - ângulo em chapa/tubo nas posições PH e
PL 04/02/2019 14/03/2019 50 h 225.00
PD
Soldadura SER - topo a topo de tubagem de um só lado nas
PL 08/04/2019 09/05/2019 50 h 225.00
posições PC e PH
Soldadura MAG/FF - topo a topo em chapa nas posições PA,
PL 17/06/2019 11/07/2019 50 h 225.00
PG e PF
Soldadura TIG - ângulo em chapa na posição PD e
PL 07/10/2019 31/10/2019 50 h 225.00
chapa/tubo nas posições PB, PD e PH
Soldadura TIG em aço inoxidável - ângulo em chapa,
PL 25/03/2019 07/06/2019 200 h 900.00
chapa/tubo e topo a topo de tubagem
Soldadura SER e TIG - topo a topo de chapa e de tubagem
PL 09/09/2019 15/11/2019 200 h 900.00
nas posições PA, PC, PF, PH e HL045
Quadros eléctricos de distribuição L 18/03/2019 12/04/2019 25 h (*)75.00
Electricidade e instalações eléctricas L 25/03/2019 30/05/2019 225 h (*)900.00

FORMAÇÃO / EDUCAÇÃO
Plano de negócio - criação de micronegócios L 04/11/2019 19/12/2019 25 h (*)75.00
INFORMÁTICA / TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E

COMUNICAÇÃO
Informática na óptica do utilizador - fundamentos L 09/09/2019 24/10/2019 25 h (*)100.00
Autómatos programáveis - caracterização e instalação PL 01/04/2019 15/05/2019 50 h 200.00
Pneumática e Hidráulica PL 18/02/2019 07/03/2019 25 h 100.00
Organização e planeamento da manutenção L 23/09/2019 18/10/2019 50 h (*)200.00
NÃO TIPIFICADO
Ideias, oportunidades e ferramentas para a criação de um
L 15/04/2019 28/06/2019 225 h (*)900.00
negócio
ORGANIZAÇÃO E GESTÃO INDUSTRIAL

Liderança e trabalho em equipa L 01/04/2019 30/04/2019 25 h (*)100.00
Gestão de conflitos L 20/05/2019 19/06/2019 25 h (*)100.00
PROJECTO / DESENHO
Cad 3d - peças e conjuntos complexos L 25/03/2019 30/04/2019 50 h (*)150.00
Cad 2d - peças e conjuntos de média complexidade L 18/02/2019 21/03/2019 50 h (*)150.00
Desenho Técnico - CAD 2D/3D L 14/06/2019 31/07/2019 200 h (*)800.00

QUALIDADE E AMBIENTE
Ambiente, segurança, higiene e saúde no trabalho -
L 04/02/2019 27/04/2019 25 h (*)75.00
conceitos básicos
Ambiente, segurança, higiene e saúde no trabalho -
L 07/10/2019 31/10/2019 25 h (*)75.00
conceitos básicos
Higiene e segurança alimentar L 07/10/2019 07/11/2019 25 h (*)75.00
Segurança e Higiene no Trabalho I (formação modular) L 04/03/2019 10/05/2019 200 h (*)800.00
Segurança e Higiene no Trabalho II (formação modular) L 13/05/2019 31/07/2019 300 h (*)1200.00
Segurança e Higiene no Trabalho III (formação modular) PL 02/09/2019 31/10/2019 225 h 900.00
Primeiros socorros L 01/10/2019 24/10/2019 25 h (*)75.00

Sistema HACCP (Hazard Analysis and Critical Control
L 11/11/2019 19/12/2019 25 h (*)75.00
Points)
Fonte: www.cenfim.pt.
2- Oferta formativa do IEFP /2018
Local onde decorre a Ação
Localidade
Nível
equivalência
Modalidade Ação
escolar Entidade Morada
Zona Industrial -
Serviço
Educação e Quinta do Mocho,
Cabeleireiro/a 3º ciclo do Formação
formação de 2 EN 114 - 2000- Santarém
Unissexo ensino básico Profissional
adultos 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Técnico/a de Serviço
eletrónica, ensino Formação
automação e secundário Profissional
comando Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Técnico/a Auxiliar ensino Formação
de Saúde secundário Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Técnico/a de ensino Formação
Mecatrónica secundário Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Educação e Técnico/a de Quinta do Mocho,
ensino Formação
formação de 2 Reparação e Pintura EN 114 - 2000- Santarém
secundário Profissional
adultos de Carroçarias 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Eletromecânico/a de 3º ciclo do Formação
Eletrodomésticos ensino básico Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
3º ciclo do Formação
formação de 2 Costureiro/a Modista EN 114 - 2000- Santarém
ensino básico Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Técnico/a de apoio ensino Formação
à gestão secundário Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Técnico/a de Ação ensino Formação
Educativa secundário Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Técnico/a Auxiliar ensino Formação
de Saúde secundário Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Mecânico/a de 3º ciclo do Formação
Automóveis Ligeiros ensino básico Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Quinta do Mocho,
Aprendizagem Técnico/a de ensino Formação
4 EN 114 - 2000- Santarém
(jovens) Mecatrónica secundário Profissional
831 Varzea -
Santarém
Santarém
Av. Grupo de
Forcados
IPDJ - Serviços
Aprendizagem ensino Amadores de
4 Técnico/a Comercial Desconcentrados Santarém
(jovens) secundário Santarém, 1 -
de Santarém
2000-181
SANTARÉM
Zona Industrial -
Serviço
Empregado/a de 2º ciclo do Formação
restaurante/bar ensino básico Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
formação de 2 Cozinheiro/a EN 114 - 2000- Santarém
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Quinta do Mocho,
Aprendizagem Técnico/a de ensino Formação
4 EN 114 - 2000- Santarém
(jovens) Cozinha/Pastelaria secundário Profissional
831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Educação e Assistente Familiar Quinta do Mocho,
formação de 2 e de Apoio à EN 114 - 2000- Santarém
adultos Comunidade 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Técnico/a de Quinta do Mocho,
Aprendizagem ensino Formação
4 Reparação e Pintura EN 114 - 2000- Santarém
(jovens) secundário Profissional
de Carroçarias 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Educação e sem Quinta do Mocho,
Formação
formação de 4 Esteticista equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Profissional
adultos escolar 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
unisexo ensino básico Profissional
Santarém
Santarém
Técnico/a Zona Industrial -

Serviço
Cursos de Especialista em sem Quinta do Mocho,
Formação
Especialização 5 Gestão de Redes e equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Profissional
Tecnológica Sistemas escolar 831 Varzea -
Santarém
Informáticos Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Educação e Técnico/a de sem Quinta do Mocho,
Formação
formação de 4 Informação e equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Profissional
adultos Animação Turística escolar 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Eletricista de 3º ciclo do Formação
Instalações ensino básico Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
formação de 2 Costureiro/a Modista EN 114 - 2000- Santarém
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Formação Técnicas de sem Quinta do Mocho,
Formação
Modular - Vida 4 execução de equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Profissional
Ativa patchwork/trapologia escolar 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
logística secundário Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
ensino Formação
formação de 4 Mecatrónica EN 114 - 2000- Santarém
adultos Automóvel 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Formação Trabalhos práticos- sem Quinta do Mocho,
Formação
Modular - Vida 2 reparação de equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Profissional
Ativa eletrodomésticos escolar 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Operador/a de 3º ciclo do Formação
jardinagem ensino básico Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
eletrotecnia secundário Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
sem Quinta do Mocho,
VA - Qualifica Formação
2 Noções de logísitica equivalência EN 114 - 2000- Santarém
+ Profissional
escolar 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Formação sem Quinta do Mocho,
Formação
Modular - Vida 4 Técnicas de saúde equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Profissional
Ativa escolar 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Trabalhos práticos- Formação
Modular - Vida 2 equivalência EN 114 - 2000- Santarém
cabeleireiro Profissional
Santarém
Santarém
Av. Grupo de
Forcados
IPDJ - Serviços
ensino Amadores de
Aprendizagem 4 Técnico/a Comercial Desconcentrados Santarém
secundário Santarém, 1 -
de Santarém
2000-181
SANTARÉM
Zona Industrial -
Serviço
ensino Formação
formação de 4 Esteticista EN 114 - 2000- Santarém
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Criação de páginas Formação
web Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Formação Noções sem Quinta do Mocho,
Formação
Modular - Vida 4 Administrativas e de equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Profissional
Ativa Gestão escolar 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Refrigeração e Serviço
Climatização - 3º ciclo do Formação
Sistemas ensino básico Profissional
Domésticos e Santarém
Santarém
Comerciais
Zona Industrial -
Serviço
ensino Formação
formação de 4 Comunicação e EN 114 - 2000- Santarém
adultos Serviço Digital 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Unissexo ensino básico Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Formação Iniciação à sem Quinta do Mocho,
Formação
Modular - Vida 2 Mecânica de equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Profissional
Ativa Serviços Rápidos escolar 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Formação Serviço de Comeiras de
sem
Modular - restaurante/bar – Baixo, 2000-694 S. Vicente
2 equivalência Quinta Nova
Ativos organização e S. Vicente do do Paúl
escolar
Empregados funcionamento Paúl
Zona Industrial -
Serviço
Formação Geriatria-cuidados sem Quinta do Mocho,
Formação
Modular - Vida 2 básicos e primeiros equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Profissional
Ativa socorros escolar 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
logística ensino básico Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Comunicação e Formação
empreendedorismo Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
ensino Formação
formação de 4 informática - EN 114 - 2000- Santarém
adultos sistemas 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Formação Comeiras de
sem
Modular - Baixo, 2000-694 S. Vicente
2 Entradas sólidas equivalência Quinta Nova
Ativos S. Vicente do do Paúl
escolar
Empregados Paúl
Zona Industrial -
Serviço
Formação
Modular - Vida 4 comunicação e equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Profissional
Ativa serviço digital escolar 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Formação Serviço
Técnicas de sem Quinta do Mocho,
Modular - Formação
2 execução de equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Ativos Profissional
patchwork/trapologia escolar 831 Varzea -
Empregados Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Competências sem Quinta do Mocho,
Formação à Formação
4 empreendedoras e equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Distância Profissional
TPE escolar 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
formação de 2 Agente em Geriatria EN 114 - 2000- Santarém
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Técnico/a de apoio ensino Formação
à gestão secundário Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Educação e Técnico/a de sem Quinta do Mocho,
Formação
formação de 4 turismo ambiental e equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Profissional
adultos rural escolar 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Educação e Técnico/a de apoio Quinta do Mocho,
ensino Formação
formação de 4 familiar e de apoio à EN 114 - 2000- Santarém
adultos comunidade 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Mecânico/a de 3º ciclo do Formação
Automóveis Ligeiros ensino básico Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Noções de Formação
Contabilidade Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Formação Serviço
Modular - Formação
2 Iniciação à costura equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Ativos Profissional
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Técnico/a auxiliar de ensino Formação
saúde secundário Profissional
Santarém
Santarém
Técnico/a Zona Industrial -
Serviço
Educação e Instalador/a de Quinta do Mocho,
ensino Formação
formação de 4 Sistemas Térmicos EN 114 - 2000- Santarém
adultos de Energias 831 Varzea -
Santarém
Renováveis Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Cozinha/Pastelaria secundário Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Logística ensino básico Profissional
Santarém
Santarém
O formador face às Zona Industrial -
Serviço
pessoas com sem Quinta do Mocho,
Formação de Formação
5 deficiência e equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Formadores Profissional
incapacidades-gerir escolar 831 Varzea -
Santarém
a diversidade Santarém
Formação CIMLT-
sem Quinta das
Modular - Segurança e saúde Comunidade
2 equivalência cegonhas 2001- Santarém
Ativos no trabalho florestal intermunicipal da
escolar 907 Santarém
Empregados lezíria do tejo
Zona Industrial -
Serviço
Quinta do Mocho,
ensino Formação
Aprendizagem 4 Esteticista EN 114 - 2000- Santarém
831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Formação Serviço
Modular - Trabalhos práticos Formação
2 equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Ativos de costura Profissional
Santarém
Ambiente,
Formação Rua Convento
Segurança, Higiene sem Centro de bem
Modular - Santo António,nº
2 e Saúde no equivalência estar social de Santarém
Ativos 1 2000-720
Trabalho - conceitos escolar Vale de Figueira
Empregados Vale de Figueira
básicos
Zona Industrial -
Formação Serviço
Modular - Trabalhos práticos Formação
Ativos de costura Profissional
Santarém
Formação CIMLT-
sem Quinta das
Modular - Manutenção de Comunidade
2 equivalência cegonhas 2001- Santarém
Ativos espaços florestais intermunicipal da
escolar 907 Santarém
Empregados lezíria do tejo
Zona Industrial -
Serviço
Formação
formação de 2 Bordador/a equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Pasteleiro/a- Formação
formação de 2 equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Padeiro/a Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
formação de 2 Canalizador/a EN 114 - 2000- Santarém
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Assitente de 3º ciclo do Formação
cuidados de beleza ensino básico Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
formação de 2 Cozinheiro/a EN 114 - 2000- Santarém
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Noções sem Quinta do Mocho,
Vida Ativa Formação
4 Administrativas e de equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Jovem Profissional
Gestão escolar 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Formação Serviço
Modular - Língua inglesa- Formação
Ativos distribuição Profissional
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Formação
formação de 4 Esteticista equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Pintor/a de 1º ciclo do Formação
construção civil-B1 ensino básico Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Técnico/a de análise ensino Formação
laboratorial secundário Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
VA - Qualifica Informática-noções Formação
+ básicas Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
instalações elétricas secundário Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Técnico/a de apoio Formação
formação de 4 equivalência EN 114 - 2000- Santarém
à gestão Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Comunicação e Formação
empreendedorismo Profissional
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Formação Ferramentas sem Quinta do Mocho,
Formação
Modular - Vida 4 informáticas equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Profissional
Ativa avançadas escolar 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Estrada 5 de
Formação
sem outubro, Pé da
Modular -
2 Primeiros socorros equivalência Fravizel Pedreira Alcanende
Ativos
escolar 2025-999
Empregados
Alcanede
Zona Industrial -
Serviço
Noções sem Quinta do Mocho,
Vida Ativa Formação
4 Administrativas e de equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Jovem Profissional
Gestão escolar 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Zona Industrial -
Serviço
Formação
Modular - Vida 4 comunicação e equivalência EN 114 - 2000- Santarém
Profissional
Ativa serviço digital escolar 831 Varzea -
Santarém
Santarém
Av. Grupo de
Formação Forcados
sem ISS - Centro
Modular - Amadores de
4 Gestão de equipas equivalência Distrital de Santarém
Ativos Santarém,
escolar Santarém
Empregados 2000-181
Santarém
3- Instituto Politécnico de Santarém (Ano Letivo

2018/2019)
Nº TOTAL DE ALUNOS INSCRITOS POR ANO LETIVO

Escola Local Ciclo Nome do Curso Total
SI
Santarém TeSP Análises Laboratoriais 12
Santarém TeSP Cuidados Veterinários 59
Santarém TeSP Mecanização e Tecnologia Agrária 77
Santarém TeSP Viticultura e Enologia 55
Santarém TeSP Tecnologias de Produção Integrada em Hortofrutícolas 20
Santarém TeSP Zootecnia 54

Total Tesp 277
Santarém LIC Agronomia 157
Santarém LIC Agronomia PL 73
Santarém LIC Tecnologia Alimentar 36
Santarém LIC Produção Animal 84
Santarém LIC Engenharia do Ambiente (regime pós-laboral) 6
Santarém LIC Engenharia do Ambiente 4
Santarém LIC Tecnologia e Gestão Agro-Industrial 2
Qualidade Alimentar e Nutrição Humana/ Nutrição

Santarém LIC 16
Humana e Qualidade Alimentar
Santarém LIC Curso Não especificado 14
Total Licenciaturas 392

Santarém MEST Agricultura Sustentável 0
Santarém MEST Produção e Tecnologia Animal 0
Santarém MEST Tecnologia Alimentar 24
Santarém MEST Mestrado Plantas Medicinais com Fins Industriais 0
Santarém MEST Mestrado Agro- Silvo-Pastorícia Mediterrânica 11
Santarém MEST Mestrado em Sistemas de Prevenção e Controlo Alimentar 0
Total Mestrados 35
Santarém PG Tecnologia Alimentar 3
ESAS Total Geral 707
Rio
TeSP Venda de Produtos e Serviços do Desporto 0
Maior
Rio
TeSP Surfing no Treino e na Animação Turística 32
Maior
Rio
TeSP Manutenção de Piscinas 0
Maior
Total TeSP 32
Rio Desporto Condição Física e Saúde / Condição Fisica e
LIC 267
Maior Saude no Desporto
Rio
LIC Desporto de Natureza e Turismo Ativo 105
Maior
Rio
LIC Gestão das Organizações Desportivas 84
Maior
Rio
LIC Treino Desportivo 321
Maior
Rio
LIC Ativ Fisica Estilos vida Saudaveis (Ensino em Inglês) 8
Maior
Rio
LIC Ativ Fisica Estilos Vida Saudaveis 94
Maior
Rio
LIC Curso Não especificado 14
Maior

Rio
MEST Desporto 47
Maior
Rio
MEST Atividade Física em Populações Especiais 13
Maior
Total Mestrados 60
ESDRM - Total Geral 985
Santarém TeSP Design Digital 30
Santarém TeSP Acompanhamento de Crianças e Jovens 34
Total TeSP 64
Santarém LIC Artes Plásticas e Multimédia 25
Santarém LIC Educação Básica 97
Educação e Comunicação Multimédia (regime pós-
Santarém LIC 29
laboral)
Santarém Lic Educação Ambiental e Turismo de Natureza 24
Santarém LIC Educação Social 114
Santarém LIC Produção Multimédia em Educação 16
Santarém MEST Administração Educacional 22
Santarém MEST Educação e Comunicação Multimédia 0
Santarém MEST Educação Social e Interv.Comunitária 42
Santarém MEST Ciências da Educação Superv. Pedagógica 0
Santarém MEST Educação Pré-Escolar 21
Santarém MEST Ens. Pré-escolar e Ensino do 1º CEBásico 70
1º CEB e de Português, História e Geografia de
Santarém MEST 10
Portugal no 2º CEB
Ensino do 1.º CEB e de Matemática e Ciências
Santarém MEST 10
Naturais no 2.º CEB
Santarém MEST Recursos Digitais em Educação 15
Total Mestrados 190
ESES Total Geral 578
Santarém TeSP Apoio à Gestão 54
Santarém TeSP Redes e Sistemas Infomáticos 38
Santarém TeSP Tecnologias Web e Dispositivos Móveis 10
Tecnologias e Programação de Sistemas de
Santarém TeSP 42
Informação
ES Gestão Santarém TeSP Contabilidade 0
Santarém TeSP Gestão e Comunicação Comercial 20
Total TeSP 164
Santarém LIC Contabilidade e Fiscalidade 118
Santarém LIC Contabilidade e Fiscalidade (regime pós-laboral) 1
Santarém LIC Gestão de Empresas 281
Santarém LIC Gestão de Empresas (regime pós-laboral) 105

Santarém LIC Informática 107
Santarém LIC Marketing e Publicidade 141
Santarém LIC Negócios Internacionais 89
Santarém MEST Contabilidade e Finanças 52
Santarém MEST Gestão de Organizações de Econ. Social 53
Santarém MEST Gestão Pública 0
Santarém MEST Marketing 12
Santarém MEST Sistemas de Informação e Gestão 8
Santarém MEST Curso Não especificado 17
Total Mestrados 142
ESGTS Total Geral 1165
Santarém LIC Enfermagem 371
Pós-Lic.- Esp. Enfermagem de Saúde Materna e
Santarém Form Esp 9
Obst.
Santarém Form Esp Pós-Lic.- Esp. Enfermagem Comunitária 13
ES Saúde
Total Pós-Licenciaturas 22
Santarém MEST Enfermagem de Saúde Materna e Obstetrícia 6
Santarém MEST Enfermagem Comunitária 13
Total Mestrados 19
Total Geral ESSaúde 412
ES Saúde/ ES Gestão e Santarém Mestrado Mestrado em Gestão de Unidades de Saúde 70
Tecnologia
Santarém - Literacia Digital para o mercado de trabalho 11

ESES
Total Geral IPSantarém 3928
4- Equipas RLIS – Relatórios de Avaliação 2018
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO
2ª Ano De Execução do Projeto RLIS de Santarém
(2018)
Janeiro de 2019
Cruz Vermelha Portuguesa – Centro Humanitário Santarém Cartaxo
INDÍCE
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................... 207

2. ENQUADRAMENTO................................................................................................................................ 208
3. PROCESSOS FAMILIARES .................................................................................................................... 209
4. PROVENIÊNCIA DOS PROCESSOS FAMILIARES ........................................................................ 209
5. CARATERIZAÇÃO DOS TITULARES ................................................................................................. 210
6. PERFIL DOS AGREGADOS FAMILIARES ........................................................................................ 212
7. ANÁLISE DE DADOS .............................................................................................................................. 214
8. INDICADORES DE RESULTADO ........................................................................................................ 215
9. AVALIAÇÃO INTERMÉDIA FACE AOS INDICADORES DO PROJETO .................................. 216
9.1. Âmbito Atendimento Social: ........................................................................................................... 216
9.2. Âmbito Acompanhamento Social: ................................................................................................ 218
10. COMENTÁRIOS E JUSTIFICAÇÕES ................................................................................................ 219
1. INTRODUÇÃO
O presente relatório visa partilhar o trabalho e as atividades desenvolvidas pela equipa da

Rede Local de Intervenção Social (RLIS) de Santarém, no decorrer do ano de 2018,
operacionalizada através da implementação do Serviço de Atendimento e
Acompanhamento Social (SAAS) da Cruz Vermelha Portuguesa – Centro Humanitário
Santarém/ Cartaxo. O Projeto RLIS enquadra-se legalmente na portaria nº188/2014, de 18
de setembro,
Este projeto teve início formal com a celebração do protocolo de colaboração com o Instituto
de Segurança Social a 16/09/2016 e com a abertura oficial do SAAS à população de
Santarém a 10/10/2017, sendo o término a 09/10/2019.
2. ENQUADRAMENTO
Em outubro de 2016, a Cruz Vermelha Portuguesa – Centro Humanitário de Santarém/

Cartaxo, implementou o Projeto Rede Local de Intervenção Social (RLIS), tutelado pela
Segurança Social, através do programa de financiamento do Portugal 2020 – Eixo Prioritário
3 – Promover a inclusão social e combater a pobreza e a discriminação do Programa
Operacional Inclusão Social e Emprego (POISE)
A RLIS assenta num modelo de intervenção articulada e integrada entre entidades do sector
público e instituições do sector de economia social, com responsabilidade no
desenvolvimento da ação social, com vista a dar resposta às necessidades e carências da
comunidade em geral.
O Presente Projeto consiste numa resposta social que assegura o Serviço de Atendimento e
Acompanhamento Social (SAAS) de pessoas e/ou famílias em situações de vulnerabilidade,
exclusão social, pobreza ou emergência social, potenciado os agentes, meios, serviços e
recursos já existentes na Comunidade, fomentando, deste modo, a inclusão e a coesão social.
O Projeto supracitado, na ótica do modelo integrado e de um serviço de proximidade à

comunidade, intervém como primeira linha de intervenção, substituindo o atendimento
social realizado pelo Serviço Local do Instituto da Segurança Social de Santarém (CDSSS).
A RLIS integra uma Equipa Técnica de 5 elementos das Ciências Sociais e Humanas,
nomeadamente uma Coordenadora Técnica, 2 Assistentes Sociais e 2 Educadores Sociais.
Os técnicos da equipa asseguram, semanalmente, o atendimento e o acompanhamento de

proximidade a cidadãos e/ ou famílias.
O SAAS está sedeado no Largo Infante Santo em Santarém, Antiga Escola Prática da
Cavalaria e funciona de segunda a quinta-feira das 9h30 às 19h00 (com interrupção para
almoço, nomeadamente das 12h30 às 14h30), às sextas-feiras das 9h30 ao 12h30 e aos
sábados das 9h30 à 13h00 e das 14h00 às 18h00.
Este serviço funciona, também, em algumas freguesias do concelho de segunda a sexta-feira

das 9h30 às 12h30, nomeadamente: 2ª feira – Vale de Santarém – Junta de Freguesia; 3ª
feira – S. Domingos – Espaço GIP; 4ª feira – Póvoa da isenta – Junta de Freguesia; 5ª feira –
Santa Iria da Ribeira – Espaço-Trocas; 6ª feira – Almoster – Junta de Freguesia.
3. PROCESSOS FAMILIARES
1. Nº Total de Processos Familiares ativos (2018): 341

2. Nº Total de Processos Familiares cessados: 941
Nº Total de Processos (de 10
de outubro de 2016 a 31 de
dezembro de 2018): 1282
3. Nº. Total de novos Processos, no ano de 2018: 212
Importa mencionar que, a cessação do apoio por parte do SAAS/RLIS de Santarém, pode ocorrer
mediante a ocorrência das seguintes situações:
a) Por vontade manifesta do próprio;

b) Por prestação de falsas declarações;
c) Utilização dos apoios para fins diferentes dos acordados com o técnico gestor;
d) Por recusa de entrega de documentos para análise da situação socioeconómica
do agregado familiar, para abertura ou atualização do processo;
e) Mudança de residência que implique a saída da freguesia de abrangência do
serviço.
4. PROVENIÊNCIA DOS PROCESSOS FAMILIARES

PROVENIÊNCIA DOS PROCESSOS FAMILIARES
47,51% 52,49%
Por iniciativa do Titular

Por Encaminhamento
Figura I -Proveniência dos Processos Familiares
5. CARATERIZAÇÃO DOS TITULARES
NACIONALIDADE
5,28%
Portuguesa
Estrangeiro
94,72%
Figura II - Nacionalidade dos Titulares

S I T UA Ç ÃO FA C E AO E M P R EG O
Outro 0,88%
Reformado/Aposentado 40,48%
Doméstico (a)
Patrão/ empregador
Empregado por conta própria
Empregado 14,66%
Estagiário
Estudante/ Formação
Desempregado de curta duração
Desempregado de longa duração 7,04%
Desempregado que não está à procura de emprego 10,26%
Desempregado que está à procura de emprego 11,14%
Desempregado/ inativo 15,54%
0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00%
Figura III - Situação Face ao Emprego dos Titulares
GÉNESE DA PROBLEMÁTICA
Outro 3,23%
Sem Suporte Familiar 2,64%
Isolamento Social 4,11%
Insalubridade Habitacional 2,35%
Violência Doméstica 2,05%
Alcoolismo 1,76%
Toxicodependência 2,64%
Sem-Abrigo 2,64%
Risco de Desalojamento 7,33%
Procura de Habitação face aos rendimentos disponíveis 3,23%
Desemprego 4,40%
Problemas de Saúde 18,48%
Doença Mental 6,45%
Endividamentos 1,17%
Conflitos Familiares 2,35%
Carência Económica 33,43%
Carência Alimentar 1,76%
0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00%
Figura IV - Génese da Problemática Social - Titular do Processo Familiar

6. PERFIL DOS AGREGADOS FAMILIARES
T I P O LO G IA FA M I L I A R
Outro
Comunitária 0,29%
Adotiva
Alargada 8,80%
Reconstituída (com filhos de outras uniões) 1,47%
Reconstituída (sem filhos de outras uniões) 0,29%
Nuclear com filhos biológicos 10,26%
Nuclear sem filhos 12,90%
Monoparental 20,53%
Isolado Masculino 20,82%
Isolado Feminino 24,63%
0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00%
Figura V - Tipologia dos Agregados Familiares
FA I X A E TÁ R IA D O TOTA L D O S E L E M E N TO S
65+ anos 23,22%
50-64 anos 20,17%
31-49 anos 24,92%
19-30 anos 7,80%
13-18 anos 8,14%
6-12 anos 10,68%
Menores dos 5 5,08%
0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00%
Figura VI - Faixa Etária dos Elementos do Agregado Familiar

P R I N C IPA L F O N T E D E R E N D IM E N TO S
Outro 0,59%
Biscates/ Trabalho Sazonal 5,57%
Seguro por acidente
Sem Rendimentos 12,32%
Vencimento/ Emprego 11,44%
Pensão Sobrevivência 5,28%
Pensão invalidez 8,50%
Baixa médica 1,76%
Desemprego 17,89%
Ajudas familiares 8,80%
Bolsa de Estudante
Abonos de Família 1,76%
Reforma 26,10%
RSI
0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00%
Figura VII - Principal Fonte de Rendimentos dos Agregados Familiares
P R I N C IPA I S P E D I D O S
Outro 4,40%
Comunidade Terapêutica 0,59%
Produtos de Apoio 0,59%
FGADM 1,47%
Apoio no acesso a bens/ produtos 4,99%
Mediação Familiar 0,59%
Apoio Psicossocial 1,47%
RNCCI 2,64%
Saúde 9,09%
APAV - Casa Abrigo 0,29%
Procura e Inscrição em Centro de Dia 0,29%
Procura e Inscrição em SAD 1,17%
Procura e Inscrição em ERPI 2,05%
Candidatura ERPI - Vaga Reservada 3,81%
Apoio de comparticipação no Arrendamento 1,17%
Apoio para obras habitacionais 1,47%
Candidatura Habitação Social 3,81%
Procura de Habitação preços acessíveis 6,74%
Apoio na Procura de Emprego 2,64%
Acesso a Direitos Sociais 19,94%
Apoio Económico 8,50%
Apoio Alimentar 22,29%
0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00%
Figura VIII - Principais Pedidos Sumários realizados pelos Agregados Familiares

P R I N C IPA I S R E S P O STA S FA C E À G É N E SE DA
P R O B L E M ÁT I C A
Outro 3,23%
APAV (Apoio Psicológic/ Apoio Jurídico) 0,59%
Mediação Familiar 2,05%
Treino de Competênciais Pessoais e Sociais 5,28%
Unidade de Cuidados Continuados (UCC/ RNCCI) 2,64%
Integração CAES 1,17%
Integração Casa Abrigo 0,59%
Integração em ERPI - Vaga Reservada Seg. Social 0,88%
Integração em Centro de Dia 1,17%
Acesso a Bens e Produtos 9,09%
Integração em Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) 3,23%
Integração em Estruturas Residenciais para Idosos… 1,47%
Ministério Público (FGADM/ Pro. Interdição/ Pro.… 6,45%
Saúde (Consultas complementares/Com.… 7,92%
Comunidades Terapêuticas 3,52%
Município (Apoio ao Arrendamento/ Apo. Obras/… 7,33%
Apoio na procura de Habitação 6,45%
Prestações Sociais 6,45%
RSI 5,57%
Apoio na Procura Emprego 2,93%
Apoio Económico 2,05%
Apoio Alimentar (G. Alimentares/ Cantina / POAPMC) 19,94%
0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00%
Figura IX - Principais respostas sociais face à génese da problemática apresentada pelo Agregado Familiar
7. ANÁLISE DE DADOS
Perante a análise das figuras representadas em gráfico é possível correlacionar

determinadas variáveis que nos permitem visionar o diagnóstico, do trabalho desenvolvido
pela Equipa RLIS de Santarém, durante o ano de 2018:
a) Incidência de Agregados Isolados com ausência de rendimentos ou com fracos

recursos, que potencia a dificuldade de subsistência versus fazer face às despesas
mensais, nomeadamente habitacionais, que as coloca em risco de desalojamento;
b) Incidência de Agregados, na sua maioria, reformados (que espelha uma população
cada vez mais envelhecida), com problemas de saúde física e mental, sem acesso a
respostas sociais e equipamentos de saúde que potenciem um envelhecimento
ativo;
c) Aumento significativo de pessoas com doença mental, sem acesso a respostas
adequadas para a problemática;
d) Ausência de conhecimento do público-alvo face aos direitos e prestações sociais;
e) Instabilidade e/ou ausência laboral que dificulta o estabelecimento de domicílio

fixo;
f) Incidência da ausência de competências de gestão doméstica, orçamental e parental
que potencia o estado de carência económica, bem como a disfuncionalidade
familiar.
Em suma, conclui-se que, com um trabalho de acompanhamento e de proximidade, tende a

diminuir/atenuar as problemáticas, numa lógica de trabalho em rede/parceria.
8. INDICADORES DE RESULTADO
N º D E AT E N D IM E N TO S P O R T E R R ITÓ R I O - 2 0 1 8
Almoster 69
Póvoa da Isenta 77
Vale de Santarém 191
União de Freguesias 7368
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Figura X - Nº de Atendimentos e Acompanhamentos por Território (Sede e Polos descentralizados)

Nº DE AÇÕES DE ATENDIMENTO E ACOMPANHAMENTO

SOCIAL - 2018
Nº de Atendimentos Nº de Acompanhamentos
7000
6000
5794
5000
4000
3000
2000 1911
1000
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
-1000
Figura XI - Nº de Ações de Atendimento e Acompanhamento Social – Ano 2018

METAS E RESULTADOS
META
RESULTADO ATINGIDO
ACORDOS DE INTERVENÇÃO SOCIAL (ANO DE 2018) 298
109
ATENDIMENTOS E ACOMPANHAMENTOS (ANO DE

2018)
5400 7705
ATENDIMENTOS E ACOMPANHAMENTOS (24 MESES) 10800 18024
ATENDIMENTOS E ACOMPANHAMENTOS (36 MESES) 16200
Atendimentos e Atendimentos e Atendimentos e Acordos de

Acompanhamentos (36 Acompanhamentos (24 Acompanhamentos Intervenção Social
meses) meses) (Ano de 2018) (Ano de 2018)
META 16200 10800 5400 109
RESULTADO ATINGIDO 18024 7705 298
Figura XII -Metas e Resultados (10/10/2016 a 31/12/2018)
9. AVALIAÇÃO INTERMÉDIA FACE AOS INDICADORES DO PROJETO
9.1. Âmbito Atendimento Social:

1. Atendimento, informação e orientação de cada pessoa e família;

2. Respetivo encaminhamento de situações sociais para parceiros locais;
3. Apoio técnico;
4. Prevenção e resolução de problemas sociais dos indivíduos e/ ou famílias;
5. Apoiar em situações de vulnerabilidade social;
6. Prevenir situações de pobreza e de exclusão social;
7. Contribuir para a aquisição e ou fortalecimento das competências das pessoas e famílias;
8. Promover a sua autonomia e fortalecer as redes de suporte familiar e social;
9. Informação detalhada sobre a forma de acesso a recursos, equipamentos e serviços
sociais;
10. Planeamento e organização da intervenção social.
Funções/ tarefas no âmbito do Atendimento social, complementares à intervenção social com os

Agregados Familiares/Beneficiários:
1. Avaliações Sociais no âmbito de Fundo de Garantia de Alimentos devidos a Menores

(FGADM);
2. Avaliações Sociais no âmbito de Bonificações por Deficiência;
3. Avaliações sociais, no âmbito de Candidaturas a Estruturas Residências para Idosos (ERPI)
– Vagas Reservadas;
4. Avaliações sociais, no âmbito de atuação de emergência social, com respetivo
encaminhamento pela Linha Nacional de Emergência Social (LNES);
5. Avaliação e monitorização mensal ou trimestral de:
5.1. Altas Hospitalares, com indicação de respetivos encaminhamentos para respostas
sociais;
5.2. População Etnia Cigana;
5.3. População com carência alimentar;
5.4. População em situação de sem-abrigo;
5.5. População com consumo de Álcool ou de Substâncias Psicoativas, com respetivo apoio
na comparticipação económica de integração em Comunidades Terapêuticas:
6. Avaliação e intervenção social, em processos de CPCJ e de EMAT de Santarém;

7. Avaliação e intervenção social em processos com participação e encaminhamento pela
PSP;
8. Avaliação e intervenção social em processos com encaminhamento pelos Bombeiros de
Santarém;
9. Avaliação e intervenção social em processos com encaminhamento pela Comarca do
Ministério Público de Santarém.
Número total de Atendimentos Sociais: 1911
9.2. Âmbito Acompanhamento Social:
1. Acompanhamento, informação e orientação de cada pessoa e família;

2. Prevenção e resolução de problemas sociais dos indivíduos e/ ou famílias;
3. Apoiar em situações de vulnerabilidade social;
4. Prevenir situações de pobreza e de exclusão social;
5. Contribuir para a aquisição e ou fortalecimento das competências das pessoas e famílias;
6. Contratualização no âmbito da intervenção social: 94;
7. Assegurar o acompanhamento social no percurso da inserção social;
8. Mobilizar os recursos da comunidade adequados à progressiva autonomia pessoal, social
e profissional;
9. Atribuição de prestações de caráter eventual com a finalidade de colmatar situações de
emergência social e de comprovada carência económica: 59;
10. Coordenação e avaliação da execução das ações contratualizadas.
Funções/ tarefas no âmbito do Acompanhamento social, complementares à intervenção social

com os Agregados Familiares/Beneficiários:
1. Intervenções em Habitações Insalubres, com a colaboração de voluntários da Re-Colour

de Santarém: limpeza e desinfestação das habitações: 5;
2. Dinamização de Convívio/ Festa de Natal, com a colaboração da Deco de Santarém e
EAPN de Santarém: 1;
3. Dinamização de Workshops informativos, com a colaboração da DECO de Santarém: 2;

4. Entrega de Cabazes de Géneros Alimentares, com o apoio da CVP/CHSC. Número de
Famílias apoiadas: 61;
5. Atribuição de Produtos de Higiene e Produtos Essenciais, com o apoio da CVP/CHSC.
Número de Famílias apoiadas: 158;
6. Atribuição de Vestuário e Calçado, com o apoio da CVP/CHSC. Número de Famílias
apoiadas:24;
7. Entrega de Mobiliário, com o apoio e colaboração de Doações da Comunidade local.
Número de Famílias apoiadas: 35;
8. Entrega de Material Escolar. Número de Famílias apoiadas: 37;
9. Treino de Competências da Gestão Doméstica no domicílio;
10. Treino de Competências Parentais no domicílio;
11. Acompanhamento a serviços da comunidade: Segurança Social, Consultas
Complementares, Consultas em Médico de Família, Bancos, Hospital, Instituições,
Ministério Público, Unidades de Longa Média/Longa Duração; entre outros.
Número total de Acompanhamentos Sociais: 5794
10. COMENTÁRIOS E JUSTIFICAÇÕES
Durante o decorrer do ano de 2018, a Rede Local de Intervenção Social (RLIS) de Santarém,
registou 7705 Atendimentos Sociais e Acompanhamentos Sociais, valor não concordante com os
indicadores extraídos na Plataforma ASIP. Identifica-se um diferencial de 1435 registos, com as
seguintes justificações:
1. Processos Familiares de pessoas em condição de sem-abrigo (que auferem morada fiscal

em outra localidade do País e que não apresentam residência fixa para alteração da
morada fiscal para a cidade de Santarém);
2. Processos familiares de pessoas que residem na cidade de Santarém, mas que não
auferem de morada fiscal na cidade supracitada;
3. Outros constrangimentos internos na transferência e/ou criação de Processos Familiares.
Apesar dos desvios, acima mencionados, a Equipa RLIS de Santarém encontra-se a atingir os
indicadores propostos, no que concerne ao número de atendimentos e acompanhamentos
sociais, ao número de acordos de intervenção social, bem como ao número de planos de

intervenção concluídos.
Em suma, conclui-se que pese embora durante o ano de 2018, tenham ocorrido alterações
significativas na equipa técnica, havendo períodos em que a mesma esteve incompleta, todas as
metas foram cumpridas.
Diagnóstico Social do Município de Santarém – 2018/2021

RLIS/SCMPernes
1. Total de Processos Familiares em acompanhamento na ação social.
As tabelas seguintes apresentam o número total de processos (ativos, cessados, criados 2018,
cessados com resposta positiva e processos acompanhamento), o número total de
pessoas/beneficiários e a proveniência dos respetivos processos. Os dados apresentados
reportam-se unicamente ao ano 2018.
Processos Familiares e N.º de Pessoas/Beneficiários

N.º Total de Processos 330
Nº de Pessoas/Beneficiários 703
Processos Ativos 140
Processos Cessados 85
Processos Novos 2018 84
Processos Cessados com Resposta Positiva 105
Processos em Acompanhamento 152
Tabela 1.1.: Processos Familiares e N.º de Pessoas/Beneficiários.
Processos Familiares Ativos

Nº de Processos Familiares 140
Nº de Pessoas/ Beneficiários 305
Tabela 1.2.: Processos Familiares Ativos referente ao Ano 2018.
Proveniência dos Processos Familiares

Por marcação 81
Por iniciativa própria 135
Por encaminhamento 114
Total 330
Tabela 1.3.: Proveniência dos Processos Familiares.
Proveniência dos Processos
24%
35%
41%
Por marcação Por iniciativa própria Por encaminhamento
Gráfico 1.1.: Proveniência dos Processos Familiares.
2. Principais problemas sociais (percentagem face ao total dos PF).
A tabela e o gráfico seguinte apresentam as principais problemáticas diagnosticadas no ano

2018. Verificou-se que as principais problemáticas se referem à carência económica e aos
idosos.
Principais Problemáticas
Desemprego/Formação 40 5%
Carência Económica 186 23%
Endividamentos 24 3%
Álcool 3 0,4%
Toxicodependência 10 1%
Carência Alimentar 106 13%
Insalubridade Habitacional/Risco de desalojamento 41 5%
Problemas de Saúde 121 15%
Doença Mental 31 4%
Dependência 51 6%
Sem-Abrigo 1 0,1%
Crianças ou Jovens em Risco 12 1%
Violência Doméstica 8 1%
Deficiência 38 5%
Criminalidade 2 0,2%
Idosos 135 17%
Migrações 1 0,1%
Total 810 100%
Tabela 2.1.: Principais Problemáticas.
Principais Problemáticas
Migrações 0,1%
Idosos 17%
Criminalidade 0,2%
Deficiência 5%
Violência Doméstica 1%
Crianças ou Jovens em Risco 1%
Sem-Abrigo 0,1%
Dependência 6%
Doença Mental 4%
Problemas de Saúde 15%
Insalubridade Habitacional/Risco de… 5%
Carência Alimentar 13%
Toxicodependência 1%
Álcool 0,4%
Endividamentos 3%
Carência Económica 23%
Desemprego/Formação 5%
0 50 100 150 200
Tabela 2.1.: Principais Problemáticas.
2.1. Principais Respostas de Encaminhamento.
A tabela e o gráfico seguinte expõem as principais respostas de encaminhamento. Verificando-

se com maior frequência o encaminhamento para apoio alimentar e para diversas
prestações/apoios sociais, nomeadamente Prestação Social para Inclusão, Complemento
Solidário para Idosos, Pensão de Velhice e Complemento por Dependência.
Resumo das Principais Respostas de Encaminhamento

Apoio Alimentar 120 21%
Apoio Económico 42 7%
Apoio na Procura Emprego/Formação 33 6%
RSI 37 6%
Município (Cartão Abem) 27 5%
Prestações Sociais 111 19%
Município (Apoio ao Arrendamentos/ Outros) 6 1%
Comunidades Terapêuticas 3 1%
Saúde (Consultas complementares/consultas especialidade/ outros) 25 4%
Ministério Público (FGADM/ Processo Interdição/ Processo inabilitação) 20 3%
Integração em Estruturas Residenciais para Idosos 30 5%
Integração em Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) 21 4%

Integração em Centro de Dia 28 5%
Integração em ERPI - Vaga Reservada Seg. Social 26 5%
Integração Casa Abrigo 0 0%
Integração CAES 0 0%
RNCCI 22 4%
Treino de Competências Pessoais e Sociais 0 0%
Cuidadores Informais 14 2%
Mediação Familiar 1 0,2%
Habitação Social 9 2%
Total 575 100%
Tabela 2.1.1.: Resumo das Principais Respostas de Encaminhamento.
Resumo das Principais Respostas de Encaminhamento

Habitação Social 2%
0,2%
Cuidadores Informais 2%
0%
RNCCI 4%
0%
Integração Casa Abrigo 0%
5%
Integração em Centro de Dia 5%
4%
Integração em Estruturas Residenciais para Idosos 5%
3%
Saúde (Consultas complementares/consultas… 4%
1%
Município (Apoio ao Arrendamentos/ Outros) 1%
19%
Município (Cartão Abem) 5%
6%
Apoio na Procura Emprego/Formação 6%
7%
Apoio Alimentar 21%
0 20 40 60 80 100 120 140
Gráfico 2.1.1.: Resumo das Principais Respostas de Encaminhamento.

2.2. Encaminhamentos das Principais Problemáticas (Carência Económica).
Os gráficos seguintes apresentam os encaminhamentos realizados nas principais problemáticas

diagnosticadas no ano 2018.
Carência Ecónomica
Encaminhamento
36% 39%
12% 14%
Apoio Alimentar Apoio Económico RSI Prestações Sociais
Gráfico 2.2.1.: Resumo das Principais Respostas de Encaminhamento – Carência Económica.
Idosos
Encaminhamento
12%
25%
22%
18%
23%
Integração em Estruturas Residenciais para Idosos

Integração em Serviço de Apoio Domiciliário (SAD)
Integração em Centro de Dia
Integração em ERPI - Vaga Reservada Seg. Social
Cuidadores Informais
Gráfico 2.2.2.: Resumo das Principais Respostas de Encaminhamento - Idosos.

2.3. Falta/Ausência de resposta.
A tabela e o gráfico seguintes apresentam as principais áreas com ausência de

resposta/encaminhamento. Verificando-se com maior frequência a dificuldade em encaminhar
os beneficiários para apoio alimentar e para programas de emprego/formação.
Falta/Ausência de Resposta
Crianças ou Jovens em Risco 1 1%
Emprego/Formação 23 18%
Habitação 15 12%
Sem abrigo 1 1%
Alcoolismo 1 1%
Toxicodependência 1 1%
Saúde 3 2%
Saúde Mental 6 5%
Deficiência 2 2%
Carência Económica 16 13%
Idosos 7 5%
Carência Alimentar 52 41%
Total 128 100%
Tabela 2.3.1.: Falta/Ausência de resposta.
Ausência de Resposta/Encaminhamento
Carência Alimentar 41%
Idosos 5%
Carência Económica 13%
Deficiência 2%
Saúde Mental 5%
Saúde 2%
Toxicodependência 1%
Alcoolismo 1%
Sem abrigo 1%
Habitação 12%
Emprego/Formação 18%
Crianças ou Jovens em Risco 1%
0 10 20 30 40 50 60
Gráfico 2.3.1.: Falta/Ausência de resposta
Diagnóstico Social - 2018
3. Tipologia das Famílias que mais Procuram Apoio, por Problema.
A tabela infra demonstra o tipo de família e a problemática por cada tipo de família enunciada. Constatou-se que os elementos isolados são os que tem mais
problemas, nomeadamente no âmbito do envelhecimento. Seguidamente verificou-se que as famílias monoparentais apresentam um maior número de
carência económica.
Problemáticas do Agregado Familiar

Crianç
Violênc Carênci Carênci
Tipos de Família Formaç as e Sem Saúd
ia Toxicodepend a Endividam Idos Dependê a Migraç
ão e Joven Habitaç Abri Criminalid e Saú Alcolis Deficiên Total
Domést ência Econom ente os ncia Alimen ões
Empre s em ão go ade Ment de mo cia
ica ica tar
go Risco al
Alargada 5 3 4 10 8 16 4 18 6 8 82
Com mais de um Núcleo 2 2 2 6
Isolado 4 1 17 1 2 9 40 3 2 9 45 6 66 17 24 246
Monoparental 10 2 7 3 11 20 4 9 45 6 16 6 29 168
Nuclear com Filhos Biológicos 12 3 4 2 5 17 2 1 8 41 4 10 8 21 1 139
Nuclear sem Filhos 8 9 1 5 27 1 3 32 3 23 13 18 143

Reconstituída (com filhos de
1 3 1 1 1 2 1 5 1 1 3 20
outras uniões)
Reconstituída (sem filhos de
3 2 1 6
outras uniões)
Total Geral 40 12 41 1 2 8 31 121 10 3 38 186 24 135 51 106 1 810
Tabela 3.1.: Tipologia das Famílias que mais procuram apoio, por Problema.
4. Localização das Famílias no Concelho.
A tabela e o gráfico seguinte apresentam a distribuição dos processos familiares pelas diferentes
freguesias. No ano de 2018 verificou-se que as freguesias de Pernes e Alcanede reuniam um
maior número de processos familiares.
Processos Familiares por Freguesia

Abitureiras 8 2%
Abrã 10 3%
Alcanede 42 13%
Alcanhões 29 9%
Arneiro das Milhariças 13 4%
Amiais de Baixo 19 6%
Gançaria 2 1%
Moçarria 10 3%
Pernes 44 13%
UF Achete, Azóia de Baixo e Póvoa de Santarém 36 11%
UF Azóia de Cima e Tremês 25 8%
UF Casével e Vaqueiros 16 5%
UF Romeira e Várzea 36 11%
UF São Vicente do Paúl e Vale Figueira 40 12%
Total 330 100%
Tabela 4.1.: Processos Familiares por Freguesia.
Processos Familiares por Freguesia

UF São Vicente do Paúl e Vale Figueira 12%
UF Romeira e Várzea 11%
UF Casével e Vaqueiros 5%
UF Azóia de Cima e Tremês 8%
UF Achete, Azóia de Baixo e Póvoa de… 11%
Pernes 13%
Moçarria 3%
Gançaria 1%
Amiais de Baixo 6%
Arneiro das Milhariças 4%
Alcanhões 9%
Alcanede 13%
Abrã 3%
Abitureiras 2%
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Gráfico 4.1.: Processos Familiares por Freguesia.
4.1. Atendimentos/Acompanhamentos
De acordo, com monotorização interna a tabela e o gráfico seguintes demonstram o número

total de atendimentos/acompanhamentos realizados no decorrer do ano 2018. Constatou-se
que a as freguesias de Pernes e Alcanede obtiveram maior número de
atendimentos/acompanhamentos.
N.º Atendimentos/Acompanhamentos por Freguesia

Abitureiras 130 2%
Abrã 172 3%
Alcanede 997 16%
Alcanhões 343 5%
Arneiro das Milhariças 174 3%
Amiais de Baixo 281 4%
Gançaria 33 1%
Moçarria 195 3%
Pernes 1378 21%
UF Achete, Azóia de Baixo e Póvoa de Santarém 719 11%
UF Azóia de Cima e Tremês 347 5%
UF Casével e Vaqueiros 274 4%
UF Romeira e Várzea 684 11%
UF São Vicente do Paúl e Vale Figueira 702 11%
Total 6429 100%
Tabela 4.1.1.: N.º Atendimentos/Acompanhamento.
N.º de Atendimentos/Acompanhamentos
UF São Vicente do Paúl e Vale Figueira 11%
UF Romeira e Várzea 11%
UF Casével e Vaqueiros 4%
UF Azóia de Cima e Tremês 5%
UF Achete, Azóia de Baixo e Póvoa de… 11%
Pernes 21%
Moçarria 3%
Gançaria 1%
Amiais de Baixo 4%
Arneiro das Milhariças 3%
Alcanhões 5%
Alcanede 16%
Abrã 3%
Abitureiras 2%
0% 5% 10% 15% 20% 25%
Gráfico 4.1.1.: N.º Atendimentos/Acompanhamento
5. Outros Dados.
De seguida, apresentamos outros dados que foram recolhidos durante o ano 2018,
nomeadamente a principal fonte de rendimento do titular do processo familiar, tipologia
familiar, tipo de habitação e as respetivas idades do número total de pessoas/beneficiários.
Principal Fonte de Rendimentos

Pensão de Velhice 140 42%
Abonos 3 1%
Ajudas de Familiares 0 0%
Subsídio de Desemprego 4 1%
Baixa Médica 2 1%
Pensão de Invalidez 62 19%
Pensão de Sobrevivência 10 3%
Rendimentos de Trabalho 61 18%
Biscates/ Trabalho Sazonal 14 4%
Sem Rendimentos 34 10%
Outros 0 0%
Total 330 100%
Tabela 5.1.: Principal Fonte de Rendimentos.
Principal Fonte de Rendimento

Sem Rendimentos 10%
Biscates/ Trabalho Sazonal 4%
Rendimentos de Trabalho 18%
Pensão de Sobrevivência 3%
Pensão de Invalidez 19%
Baixa Médica 1%
Subsídio de Desemprego 1%
Ajudas de Familiares 0%
Abonos 1%
Pensão de Velhice 42%
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Gráfico 5.1.: Principal Fonte de Rendimentos.
Tipologia Familiar
Isolado Feminino 65 20%

Isolado Masculino 54 16%
Nuclear com filhos 55 17%
Nuclear sem filhos 51 15%
Alargada 30 9%
Com mais de um núcleo 2 1%
Monoparental 62 19%
Reconstituída 11 3%
Total 330 100%
Tabela 5.2.: Tipologia Familiar.
Tipologia Familiar
Reconstituída 3%
Monoparental 19%
Com mais de um núcleo 1%
Alargada 9%
Nuclear sem filhos 15%
Nuclear com filhos 17%
Isolado Masculino 16%
Isolado Feminino 20%
0 10 20 30 40 50 60 70
Gráfico 5.2.: Tipologia Familiar.
Tipo de Habitação
Barraca 2 1%
Casa Alugada 65 20%

Casa de Família 51 15%
Casa Própria 166 50%
Habitação Cedida 14 4%
Habitação Social 7 2%
Instituição 23 7%
Sem Abrigo/ Desalojado 2 1%
Total 330 100%
Tabela 5.3.: Tipo de Habitação.
Tipo de Habitação
Sem Abrigo/ Desalojado 1%
Instituição 7%
Habitação Social 2%
Habitação Cedida 4%
Casa Própria 50%
Casa de Família 15%
Casa Alugada 20%
Barraca 1%
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
Gráfico 5.3.: Tipo de Habitação.
Idades do Número Total de Pessoas/Beneficiários

0-2 3-9 10-14 15-18 19-30 31-50 51-70 Mais de
Total
anos anos anos anos anos anos anos 70 anos
10 48 38 35 55 155 191 171 703
1,4% 6,8% 5,4% 5,0% 7,8% 22,0% 27,2% 24,3% 100%
Tabela 5.4.: Idades do Número Total de Pessoas/Beneficiários.

Idade do Número Total de Pessoas/Beneficiários
Mais de 70 anos 24,3%
51-70 anos 27,2%
31-50 anos 22,0%
19-30 anos 7,8%
15-18 anos 5,0%
10-14 anos 5,4%
3-9 anos 6,8%
0-2 anos 1,4%
0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0%
Tabela 5.4.: Idades do Número Total de Pessoas/Beneficiários.
6. Análise SWOT.
Por último, apresentamos a análise SWOT realizada pela RLIS da SCMPernes.
Forças Oportunidades
- Atendimento descentralizado e de - Parcerias e contactos com as instituições e
proximidade; serviços da comunidade;
- Maior celeridade de resposta; - Rede alargada de parceiros;
- Horário de funcionamento adequado às - Trabalho em parceria/rede;
famílias;
- Reuniões semanais com a equipa técnica; - Boa relação com os serviços da

- Instalações e equipamentos necessários; comunidade;
- Boa comunicação e motivação interna; - Bom conhecimento do
Equipa multidisciplinar; território/Freguesias;
- Apoio e disponibilidade soberano da - Maior proximidade com a população local;
entidade promotora, SCMPernes; - Mais cinco técnicos no terreno;
- Tendência e ambição por um serviço de - Intenção da população e dos parceiros
maior qualidade. terem um projeto de proximidade nas suas
freguesias;
- Minimização das necessidades dos
beneficiários/famílias;
- Contribuição para a melhoria de vida dos
beneficiários/famílias;
- Contribuição para o desenvolvimento social
do concelho.
Fraquezas Ameaças
- Dificuldade na gestão de horário; - Escassez de vagas em respostas sociais;
- Inexistência de fundo maneio para - Território de intervenção disperso;
situações de emergência social; - Desconforto das pessoas/entidades na
- Falta de formação em áreas específicas. sinalização de diversos casos;
- Desconhecimento do serviço por parte de
algumas populações;
- Maior instabilidade no perfil dos indivíduos
apoiados.
Tabela 6.1.: Análise SWOT.

Diagnóstico Social Santarém 2018-2021

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0 Diagnóstico Social do Município de Santarém 2018/2021

Diagnóstico Social do Município de Santarém

Divisão de Ação Social e Saúde / Câmara Municipal de Santarém

Núcleo Executivo do CLASS

Associação para o Desenvolvimento Social e Comunitário de Santarém

Câmara Municipal de Santarém

Centro de Bem Estar Social de Vale Figueira

Instituto da Segurança Social, I.P. – Centro Distrital de Santarém

Santa Casa da Misericórdia de Santarém

COLETIVO DE REPRESENTANTES DO CONSELHO LOCAL DE AÇÃO

Associação "Ajuda de Mãe"

Câmara Municipal de Santarém

Centro de Cultura e Recreio Alexandre Herculano

Centro Social Interparoquial de Santarém

Centro Social Paroquial de Santa Margarida Abrã

Comissão Social de Freguesias S. Vicente do Paul e Vale Figueira

Comissão Social de Freguesia da Achete, Azoia de Baixo e Póvoa de Santarém

Comissão Social de Freguesia da Romeira e Várzea

Comissão Social de Freguesia do Vale de Santarém

Escola de Música Sons do Alviela da Paróquia de S. Vicente do Paul

Junta Freguesia Arneiro Milhariças

Lar e Repouso do Ribatejo Lda

Mário Pereira Vitor Consultores, Lda

Mata Rural - Agricultura e Pecuária, Lda

Rancho Folclórico da Ribeira de Santarém

Rancho Folclórico de Vale Figueira

Santa Casa da Misericórdia de Pernes

Santa Casa da Misericórdia de Santarém

O presente documento – Diagnóstico Social do Município de Santarém 2018/2021 – revê e

Efetivamente, a existência de um trabalho comum, de colaboração e de uma parceria forte

No entanto, para intervir é necessário conhecer com rigor a realidade no sentido de

Procurando sempre contribuir para a produção e co-produção de medidas municipais

Sempre a trabalhar em conjunto, devemos caminhar em prol do melhor desenvolvimento e

O Presidente da Câmara Municipal de Santarém

O Presidente do Conselho Local de Ação Social de Santarém

Ricardo Gonçalves Ribeiro Gonçalves

Caraterização Sócio demográfica do Município de Santarém-------------------------------------20

Comportamentos Aditivos e Dependências------------------------------------------------------------114

Pessoas em Situação de Sem-Abrigo---------------------------------------------------------------------155

Bibliografia e Recursos Eletrónicos-----------------------------------------------------------------------191

1- Formação CENFIM 2018/2019 ------------------------------------------------------192

Q10- Densidade populacional no Município de Santarém de 2001 a 2016

Q11-População residente no Município de Santarém, segundo o estado civil e sexo em 2011

Q12-Razão de Feminidade por freguesia em 2011

Q13-Índice de Longevidade do Município de Santarém entre 1960 e 2016 (%)

Q14-Índice de Dependência total por freguesia em 2011

Q15-Índice de Dependência dos Jovens do Município de Santarém entre 2001-2016

Q16-Índice de Dependência de Jovens, por freguesia em 2011

Q17-Índice de Dependência de Idosos do Município de Santarém (2001-2016)

Q18-Índice de Dependência de Idosos do Município de Santarém, por freguesia em 2011

Q19- Índice de sustentabilidade potencial no Município de Santarém de 2001 a 2016

Q20-Taxa Bruta de Natalidade no Município de Santarém de 1981 a 2016 (‰)

Q21-Taxa de Fecundidade Geral no Município de Santarém de 2001 a 2016 (‰)

Q22- Nados vivos no Município de Santarém, por sexo de 2001 a 2017

Q28- Índice sintético de fecundidade do Município de Santarém de 2001 a 2016

Q29-Taxa Bruta de Mortalidade no Município de Santarém de 1960 a 2016 (‰)

Q30-Taxa de Mortalidade Infantil no Município de Santarém de 1960 a 2017 (‰)

Q32-Óbitos neonatais de mães residentes no Município de Santarém de 1981 a 2017

Q34- Óbitos perinatais de mães residentes no Município de Santarém de 1981 a 2017

Q35-Óbitos por sexo no Município de Santarém de 1960 a 2017

Q36-Óbitos por grupos etários no Município de Santarém de 1960 a 2017

Q38-Famílias e núcleos familiares no Município de Santarém, por freguesia em 2011

Q39-Evolução das famílias clássicas unipessoais no Município de Santarém (%)