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Portugueses
A Coroa portuguesa era envolvida de forma quase obsessiva com os negócios
lucrativos do Oriente, pouco mudou sua política com a descoberta da nova
terra americana, o Brasil, em 1500, por Pedro Álvares Cabral.
As notícias que chegavam a Dom Manuel (que na época era rei de Portugal)
não respondiam às expectativas da Coroa. Mas por que isso? Porque elas não
apontavam a existência de metais preciosos, de especiarias, nem de outras
riquezas de interesse no território onde, à primeira vista, apenas
existiam nativos. Na carta enviada ao rei Dom Manuel, Pero Vaz de Caminha,
que era o escrivão da frota de Cabral, caracterizou a terra como um espaço
virgem, ou seja, sem riqueza imediata, mas com uma determinada e já precisa
utilidade, servindo como ponto de apoio da carreira da Índia: "ter aqui esta
pousada para estar na navegação de Calicute".
O domínio sobre as riquezas do Oriente era um interesse tão forte para a economia de
Portugal que, quando os navegadores Fernão de Magalhães e Sebastião El Cano, a
serviço da Espanha, realizaram, entre 1519 e 1522, a primeira viagem
de circunavegação, passando pelo arquipélago das Molucas, chamado de Ilhas das
Especiarias, os portugueses sentiram-se ameaçados. Temiam que surgissem dúvidas
quanto à posse daquelas terras, dada a difícil demarcação do Tratado de Tordesilhas.
Então, para garantir o controle de suas terras, e, conseqüentemente do lucrativo
comércio oriental, o rei de Portugal propôs, ao rei da Espanha, a compra do
arquipélago, realizada em 1529, com o Tratado de Saragoça. Esse Tratado dava a
Portugal todos os direitos sobre as Ilhas das Especiarias, e dividia os domínios
orientais dos dois países, na altura das Filipinas.