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A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
Pretos/as do Rosário:
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
2
Pretos/as do Rosário:
Universidade do Estado de Santa Catarina
C onselho Editorial
Profª Msc. Neli Góes Ribeiro
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Prof. Dr. Paulino de Jesus Francisco Cardoso
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Prof. Dr. Wilson Roberto de Mattos
Pró-Reitoria de Pesquisa e Ensino de Pós-Graduação -
Universidade do Estado da Bahia - UNEB
Prof. Dr. Ahyas Siss
Vice-Diretor do Instituto Multidis-ciplinar - Campus da UFRRJ em
Nova Iguaçu -Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ
Prof. Dr. Paulo Vinicius Baptista da Silva
Coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros - NEAB/UFPR -
Universidade Federal do Paraná - UFPR
Profª Msc. Claudia Rocha
Coordenadora do Centro de Estudos dos Povos Afro-Índio-Americanos -
Cepaia - Universidade do Estado da Bahia - UNEB
Pretos/as do Rosário:
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
1a edição
Itajaí - 2008
4
Pretos/as do Rosário:
Editores
José Isaías Venera
José Roberto Severino
Comercial
Ivana Bittencourt dos Santos Severino
ISBN: 978-85-62459-24-5
Revisão
Karla Leandro Rascke
Agradecimentos
Lista de figuras
Figura 1: Festa de negros na 24
Ilha de Santa Catarina, 1804
Figura 2: Vista frontal da Igreja de Nossa 27
Senhora do Rosário e São Benedito
Figura 3: Interior da Igreja de Nossa Senhora do 29
Rosário e São Benedito, com destaque
aos dois santos padroeiros
Figura 4: Vista do Adro da Igreja 30
do Rosário e São Benedito
Figura 5: Rua Trajano. 31
Ao fundo, a Igreja do Rosário
Figura 6: Imagem atual da Igreja da Irmandade 83
de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito
dos Homens Pretos - Florianópolis/SC
Figura 7: Coleta de esmolas em 87
irmandade do Rio de Janeiro
Figura 8: Coleta de esmolas para as irmandades 88
Figura 9: Foto atual de lápide no 105
Cemitério da Irmandade do Rosário
Figura 10: Procissão da Festa de São Benedito 140
Lista de gráficos
Gráfico 1: Condição dos Irmãos 54
Gráfico 2: Condição dos
Irmãos por ano de entrada 55
8
Pretos/as do Rosário:
Lista de quadros
Quadro 1: Composição por condição da mesa 44
administrativa, 1816-1842
Quadro 2: Cargos da Irmandade da Irmandade 46
de Nossa Senhora do Rosário
Abreviaturas
ABPSC - Acervo Biblioteca Pública do
Estado de Santa Catarina
ACDF - Acervo da Cúria Diocesana de Florianópolis
AINSRSB - Acervo da Irmandade de Nossa Senhora do
Rosário e São Benedito dos Homens Pretos
ALESC - Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina
ANTT - Arquivo Nacional da Torre do Tombo
BPSC - Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina
INSRSB - Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São
Benedito dos Homens Pretos
NEAB - Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros
UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina
9
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
Sumário
Apresentação 11
Paulino de Jesus Francisco Cardoso e
Claudia Mortari Malavota
Referência 179
11
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
Apresentação
4
LEITE, Ilka Boaventura. Descendentes de africanos em
Santa Catarina: invisibilidade histórica e segregação. In:
LEITE, Ilka Boaventura (org). Negros no Sul do Brasil.
Ilha de Santa Catarina: Letras Contemporâneas, 1996.
5
Sobre esta questão há inúmeras discussões. Ver, por
exemplo: CARDOSO, Paulino de Jesus Francisco. Em busca
de um fantasma: as populações de origem africana em
Desterro, Florianópolis, de 1860 a 1888. Revista PADÊ
PADÊ
ADÊ:
estudos em filosofia, raça, gênero e direitos humanos.
UniCEUB, FACJS, Vol.2,N.1/07; MORTARI, Cláudia. Os
homens pretos do Desterro
Desterro: um estudo sobre a
Irmandade de Nossa Senhora do Rosário. Dissertação de
Mestrado em História: Porto Alegre: PUCRS, 2000; LEITE,
1996.
6
Exemplos clássicos desta discussão: PEDRO, Joana Maria
(org.). Negro em terra de branco: escravidão e
preconceito em Santa Catarina no século XIX. Porto Alegre:
Mercado Aberto, 1988; CABRAL, Oswaldo R. História
de Santa Catarina. 3 ed., Florianópolis: Lunardelli, 1987;
PIAZZA, Walter F. O escravo numa economia
minifundiária. São Paulo: Resenha Universitária, 1975;
CARDOSO, Fernando Henrique e IANNI, Octávio. Cor e
Mobilidade Social em Florianópolis. São Paulo:
Nacional, 1960; CARDOSO, Paulino de Jesus Francisco.
História e P opulações de Origem Africana em santa
Populações
elendo Negro em T
Catarina II: rrelendo er ra de Branco
erra
Ter Branco..
Florianópolis, 2000. mimeo. Evidentemente, sabemos da
importância dessa produção historiográfica que, como
qualquer outra, é fruto de um tempo e um contexto.
Especificamente sobre a discussão da produção da
historiografia catarinense, ver o trabalho de GONÇALVES,
Janice. Sombrios umbrais a transpor: arquivos e
historiografia em Santa Catarina no século XX. Tese em
História, São Paulo, USP, 2006.
7
Sobre os sentidos dos termos que remetem à cor e à
condição social, ver: MATTOS, Hebe Maria. Das cor es
cores
do silêncio: os significados da liberdade no sudeste
escravista. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998;
CARDOSO, Paulino de Jesus Francisco. Negros em
Desterro: experiências das populações de origem africana
20
Pretos/as do Rosário:
Capítulo 1
Considerações Finais
A sociedade brasileira que encontramos no raiar do
século XIX é, em quase todos os aspectos, diversa da
que aqui grassava cem anos depois, quando outro
século nascia. Acompanhar o caminho desta sociedade
é também buscar compreender como o mundo de 1.800
deu origem àquele do início do século XX, que no Brasil
via uma república dando seus primeiros passos, tendo
que lidar com os mais de 350 anos de escravidão que
levava às costas.
Essas pessoas que faziam o mundo do século XIX
tinham em marcas sociais de distinção algumas de suas
principais maneiras de identificação. Era uma época
de ordens, irmandades, nações, condições e classifica-
ções que buscavam colocar cada indivíduo em um lugar
determinado. É dentro deste mosaico que identidades
étnicas encontram seu lugar. Entre as inúmeras
identificações a disposição, podia-se ser branco, preto,
brasileiro, português, benguela, mina, livre, liberto ou
cativo, e muito comumente as pessoas se identificavam
com uma série destas identidades.
Mais do que compreender como os indivíduos se
encaixam nestas categorias, nosso interesse neste
67
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
Notas:
1
Graduada em História pela Universidade do Estado de Santa
Catarina - UDESC, mestranda na Universidade de Lisboa
Portugal, em História da África.
2
Graduado em História pela Universidade do Estado de
Santa Catarina - UDESC, mestrando em História dos
Descobrimentos e da Expansão na Universidade de Lisboa
Portugal.
3 CORRÊA, Carlos Humberto. História de Florianópolis
Ilustrada. Florianópolis: Ed. Insular, 2004, p.125.
4
O Barão Langsdorff nasceu na Alemanha em 1774 e
faleceu em 1852. Era integrante da expedição russa de
69
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
10
AINSRSB. Pasta de Documentos Avulsos. Assentos dos
Irmãos da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário 1780.
Doc. n.1, p.2.
11
AINSRSB. Provisão de Confirmação de Compromisso da
Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pardos e
Pretos da Vila de Desterro. 1745. Livro Tombo da Irmandade
Beneficente Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.
Florianópolis, 2006, p. 27-28.
12
Esta discussão encontra-se em SIMÃO, 2008.
13
BOSCHI, Caio César. Os leigos e o poder poder.. Irmandades
leigas e políticas colonizadoras em Minas Gerais. São Paulo:
Ática, 1986, p. 120
14
AINSRSB. Livro Tombo da Irmandade Beneficente Nossa
Senhora do Rosário e São Benedito. Florianópolis, 2006,
p. 72
15
Ibidem.
16
Ibidem.
17
CABRAL, Oswaldo Rodrigues. Nossa Senhora do
Desterro: Noticia. Florianópolis: Lunardelli, 1979, p. 425.
18
AINSRSB. Livro Tombo da Irmandade Beneficente Nossa
Senhora do Rosário e São Benedito. Florianópolis, 2006.
p.72
19
AINSRSB. Livro. Livro Ata 1- 1816-1861.p.32
20
AINSRSB. Pasta de Documentos Avulsos. Panfleto de
Divulgação.
21
Oficialmente, o culto a São Benedito foi incorporado em
1841 com a mudança do Compromisso em 1842. Mas,
evidências na documentação supõem que a prática de
devoção e a festa ao santo ocorriam desde a década de
1830, o que indica a questão da força do costume como
base para as relações estabelecidas na Irmandade. Ver Livro
Caixa 4 – 1829-1842 p. 30v.
22
BRITO, Márcia. Museu de São Benedito do RosárioRosário.
http://www.vitoria.es.gov.br/secretarias/cultura/museu
rosario.htm, página acessada em 22.06.2006.
71
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
23
AINSRSB. Livro Ata 1- 1816-1861, p 88.
24
AINSRSB. Pasta de Documentos Avulsos. Fotografias.
25
Uma das poucas obras de Vitor Meirelles que permanece
em Florianópolis, exposta em museu que leva seu nome.
26
CORRÊA, 2004, p. 342.
27
Dados do Recenseamento de 1872. Acervo dos Autores.
28
AINSRSB. Pasta n. 2, Compromisso de 1807, p.4.
29
CABRAL, Oswaldo. Noticia Histórica da Ir mandade
Irmandade
de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito
Benedito..
Florianópolis. 1950, p. 9.
30
SCARANO, Julita. Devoção e Escravidão
Escravidão:: A Irmandade
de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos no Distrito
Diamantino no século XVIII. São Paulo: Nacional, 1978,
p. 131.
31
Esta discussão encontra-se em SIMÃO, 2008.
32
SCARANO, 1978.
33
Nesse sentido, temos o ingresso de Dona Maria Joaquina
do Livramento, que entrou na Irmandade em 1º de outubro
de 1870, pagando 2$000 de jóia de entrada, filiando
também três cativos: João Isabel, Rosa do Livramento e
Maria do Livramento, para os quais consta também o
pagamento da jóia, possivelmente, realizado por sua
senhora, levando em consideração a condição de cativos.
AINRSB. Livro n°7 Caixa, Registro de Irmãos 1861-1898.
34
SCARANO, 1978, p. 129.
35
São encontrado exemplos em: GOF. Coleção das Leis do
Império do Brasil. Atos do Poder Legislativo, artigo 4º da
Lei 2040 de 28 de setembro de 1871. ABPSC (Acervo
Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina). Jornal
Conservador, 1878, Nº: 483. p. 3.
36
Dados recenseamento de 1872. Acervo do autor.
37
AINSRSB. Pasta n. 2. Compromisso de 1842.
38
SCARANO, 1978, p. 130.
72
Pretos/as do Rosário:
39
AINSRSB. Livro Caixa 2, 1813-1828, p.48, 55v, 64v, 68v,
73.
40
AINSRSB. Livro Caixa 2, 1813-1828, p.56, 57, 65.
41
AINSRSB. Livro Caixa 2, 1813-1828, p.48, 55v, 64v, 70,
74.
42
AINSRSB. Livro Tombo da Irmandade Beneficente Nossa
Senhora do Rosário e São Benedito. Florianópolis, 2006,
p.76.
43
AINSRSB. Livro Ata 1, 1816-1861, p.32.
44
AINSRSB. Livro Caixa 2, 1813-1828, p.64v.
45
AINSRSB. Livro Caixa 2, 1813-1828, p.81.
46
AINSRSB. Livro Caixa 2, 1813-1828, p.71v.
47
AINSRSB. Pasta n° 2, Compromisso de 1842.
48
AINSRSB. Pasta n° 2, Compromisso de 1842.
49
REIS, João José. Identidade e diversidade étnica nas
irmandades negras no tempo da escravidão. Revista
Tempo
empo, Rio de Janeiro. Vol. 2, n. 3, 1996, p. 15.
50
AINSRSB. Pasta n° 2, Compromisso de 1842.
51
Acervo Cartório Kotzias. Registro de título de liberdade.
Caixa 02, livro 33(1870), folha 3v, linha 26.
52
Acervo Cartório Kotzias. Registro de título de liberdade.
Caixa 02, livro 33(1870), folha 35, linha 10.
53
Acervo Cartório Kotzias. Registro de título de liberdade.
Caixa 02, livro 33(1870), folha 49v, linha 10.
54
Acervo Cartório Kotzias. Registro de título de liberdade.
Caixa 02, livro 35(1872-1873), folha 113, linha 07.
55
Acervo Cartório Kotzias. Registro de título de liberdade.
Caixa 02, livro 31(1868-69), folha 43, linha 28.
56
Ver AMARAL, Tamelusa. As Camélias de Dester ro:: a
Desterro
ro
Campanha Abolicionista e a Pratica de Alforriar Cativos
(1870-1888). Itajaí: UDESC; Casa Aberta, 2008.
57
AINSRSB. Livros Caixas, 1842-1889.
73
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
58
Esta discussão é feita, também, em MORTARI, 2000.
59
CABRAL, 1950, p.4.
60
HARO, 1996, p. 169-170.
61
AINSRSB. Livro Tombo da Irmandade Beneficente Nossa
Senhora do Rosário e São Benedito. Florianópolis, 2006,
p. 29-30.
62
Sobre a questão do costume como forma de organização
das relações estabelecidas entre os Irmãos da Irmandade
ver MORTARI, 2000, especificamente capítulo 2.
63
AINSRSB. Pasta n 2, Compromisso de 1807.
64
AINSRSB. Pasta n 2, Compromisso de 1807.
65
AINSRSB. Pasta n 2, Compromisso de 1842.
66
MORTARI, Cláudia. Os homens pr pretos Desterro
etos do Dester ro..
ro
Um estudo sobre a Irmandade do Rosário. Porto Alegre,
2000. Dissertação (Mestrado em História). Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, p.75.
67
SOUZA, Marina de Mello e. Reis negros no Brasil
escravista. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2002.
escravista
68
MORTARI, 2000, p. 75.
69
Idem, p. 122.
70
ANTT (Arquivo Nacional da Torre do Tombo). Provisão de
Confirmação de Compromisso da Irmandade de Nossa
Senhora do Rozario de Santo Antonio de Calambâu. 1783.
Chancelaria de D. Maria I e Chancelaria da Ordem de
Cristo. Livro 12, folha 113v.
71
BOSCHI, 1986, p. 122.
72
Idem, p. 122
73
QUINTÃO, Antonia. L a V em Meu P
Vem Par
ar ente. São Paulo:
arente
ente
Ed. Annablume, 2002, p.127.
74
SCARANO, 1978.
75
AINSRSB. Livro Tombo da Irmandade Beneficente Nossa
Senhora do Rosário e São Benedito. Florianópolis, 2006,
p.19
74
Pretos/as do Rosário:
76
Sobre a questão ver: MORTARI, 2000, p. 96.
77
AINSRSB. Livro n°2, Atas1862-1875, p. 44.
78
AINSRSB. Livro n°2, Atas1862-1875, p. 48.
79
Ibdem, p. 22.
80
Ibdem, p. 27-28.
81
Ibdem, p. 29.
82
Ibdem, p. 30.
83
Ibdem, p. 31.
84
AINSRSB. Livro n°2, Atas1862-1875. p. 39.
85
AINSRSB. Livro n°7 Caixa, Registro de Irmãos 1861-1898;
Livro n°8 Caixa, Registro de Irmãos 1865-1866; Livro n°1,
Registro de Irmãos 1866-1934.
86
AINSRSB. Livro n°7 Caixa, Registro de Irmãos 1861-1898;
Livro n°8 Caixa, Registro de Irmãos 1865-1866; Livro n°1,
Registro de Irmãos 1866-1934.
87
AINSRSB. Livro n°7 Caixa, Registro de Irmãos 1861-1898.
88
Ibdem.
89
AINSRSB. Livro n°7 Caixa, Registro de Irmãos 1861-1898;
Livro n°8 Caixa, Registro de Irmãos 1865-1866; Livro n°1,
Registro de Irmãos 1866-1934.
90
Não conseguimos, através dos documentos pesquisados,
dados completos do período anterior a 1831, que nos
permitissem a elaboração de séries históricas anteriores há
esse ano. As informações de que dispomos abarcam assim,
na maior parte das vezes, o período 1831-1930. Para efeito
dos gráficos aqui apresentados, consideramos a condição
do irmão na data do registro de entrada na Irmandade, de
modo que modificações posteriores a essa condição não
são contempladas. Tomamos este caminho, pois, via de
regra, a única menção feita à condição dos irmãos se dá
no momento de sua entrada, e esta falta de informações
posteriores inviabilizaria a consolidação destas informações
dispersas. Um irmão que fosse cativo quando de sua entrada
permaneceria, nestas informações, contando como cativo
75
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
105
CARDOSO, Paulino de Jesus Francisco. Negros em
ro
ro.. Experiências de Populações de Origem Africana
Desterro
Dester
em Florianópolis, 1860/1888. Tese de Doutoramento na
PUC\SP. São Paulo, 2004.
106
ANSRSB. Livro n°7 Caixa, Registro de Irmãos 1861-1898;
Livro n°8 Caixa, Registro de Irmãos 1865-1866; Livro n°1,
Registro de Irmãos 1866-1934.
107
ANSRSB. Livro n°10 Caixa,1870-1877, p. 9.
108
MORTARI, 2000, p. 76.
109
ANSRSB. Livro n°7 Caixa, Registro de Irmãos 1861-1898.
110
Ibdem.
111
ANSRSB. Livro n°7 Caixa, Registro de Irmãos 1861-1898;
Livro n°8 Caixa, Registro de Irmãos 1865-1866; Livro n°1,
Registro de Irmãos 1866-1934.
112
Ver CHALHOUB, Sidney. Visões de Liberdade: Uma
História da Escravidão nas Últimas Décadas na Corte. São
Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 219.
113
SANTIAGO, Carina. Um lugar chamado F Figueira:
igueira:
experiências de africanos e afrodescendentes nas últimas
décadas do século XIX. Trabalho de conclusão de curso.
Florianópolis, UDESC, 2005.
114
REIS, 1996, p. 5.
115
Idem.
77
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
Capítulo 2
Os Pretos e as
Pretas do Rosário:
sobrevivências, procissões, festas e
celebração da morte no século XIX em
Desterro/Florianópolis.
2.4 – Enterramento
“Ao realizar a cerimônia de sepultamento de um
irmão, os membros de uma irmandade conferem ao
morto não só dignidade civil, mas (...) representação
101
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
Considerações finais
Estas linhas são fruto de estudos desenvolvidos pelo
Grupo de Pesquisa Irmandades desde 2006, mas,
encontrando-se ainda inacabados, em virtude da
quantidade de documentos disponíveis e temas a serem
abordados, permitem apenas, considerações, ou
verdades plausíveis.
Esperamos que esta pesquisa e os resultados obtidos
até o momento possam disseminar em Santa Catarina
e em nosso país de modo especial, uma visão acerca
das populações de origem africana em Desterro/
Florianópolis e suas diferentes práticas, sejam elas
religiosas ou do âmbito de experiências do quotidiano.
Tentamos, de modo singelo, alcançar o objetivo de
visibilizar experiências antes tidas como inexistentes.
Fontes:
1
Graduanda da sexta fase do curso de História (licenciatura
e bacharelado) da Universidade do Estado de Santa
Catarina (UDESC) e bolsista do Núcleo de Estudos Afro-
Brasileiros (NEAB/UDESC) onde atua no projeto de
pesquisa “Irmandades e Confrarias Católicas de Africanos
e Afrodescendentes em Desterro/Florianópolis no século
XIX”, sob coordenação do prof. Dr. Paulino de Jesus
Francisco Cardoso.
108
Pretos/as do Rosário:
2
SIMÃO, Maristela Santos. “Lá vem o dia a dia, lá
vem a V irge Maria. Agora e na Hora de Nossa
Virge
Morte”. A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e
São Benedito dos Homens Pretos, em Desterro (1860-1880).
Casa Aberta: Itajaí, 2008, p. 41.
3
SIMÃO, 2008, p. 41-42.
4
CABRAL, Oswaldo Rodrigues. A Irmandade de Nossa
Senhora do Rosário (1750-1950). Florianópolis:
Lunardelli, 1950, p. 3.
5
Idem, p. 4.
6
AINSRSB (Acervo da Irmandade Nossa Senhora do Rosário
e São Benedito). Registro de Irmãos. Folha avulsa. Pasta
documentos folhas avulsas.
7
STAKONSKI, Michelle Maria. Da Sacristia ao
Consistório: tensões da Romanização no caso da
Consistório
Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito
dos Homens Pretos – Desterro/Florianópolis (1880-1910).
Itajaí: Casa Aberta, 2008, p. 64.
8
STAKONSKI, 2007, p. 49.
9
SIMÃO, 2008, p. 97.
10
Sobre esta questão ver MORTARI, 2000, especificamente
o capítulo 3.
11
AINSRSB, Livro Ata 2 (1862-1875).
12
SIMÃO, 2008, p. 54-55.
13
Acervo da autora, 2008.
14
Irmãos
ALVES, Naiara Ferraz Bandeira. Ir fé:
mãos de cor e de fé
irmandades na Parahyba do século XIX. Dissertação de
Mestrado em História. UFPB: João Pessoa, PB, 2006, p.
51.
15
AINSRSB. Livro Ata 2, 1862-1875, p.07.
16
QUINTÃO, Antonia Aparecida. Lá vem o meu par ente:
parente
ente
as irmandades de pretos e pardos no Rio de Janeiro e em
Pernambuco (século XVIII). São Paulo: Annablume:
Fapesp, 2002, p. 89.
109
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
17
ALVES, 2006, p. 69.
18
ALVES, 2006, p. 148.
19
SIMÃO, 2008, p. 68.
20
AINSRSB. Livro Ata 2, 1862 – 1875, p. 37v.
21
Fonte: http://www.roteiroromanceado.com/cruzadas/historia/
ancestrais/publicacoes/brasil/brasil.html, acesso em outubro
de 2008.
22
Fonte: http://www.dezenovevinte.net/obras/obras_
cristandade_files/debret_pedintes01.jpg, acesso em outubro
de 2008.
23
SIMÃO, 2008, p. 86-89.
24
AINSRSB. Livro Caixa 4, 1829-1847.
25
Percebemos estas informações no Livro Ata 1, 1816 -1861,
na qual a alternância em relação às eleições é visível depois
de 1827, sendo que, de acordo com o mesmo livro, apenas
a partir de 1842, já com o novo Compromisso, a instituição
elege a nova Mesa, um dia antes da festa de Nossa Senhora
do Rosário que era comemorada na primeira semana de
outubro.
26
CABRAL, Oswaldo R. Notícia Histórica da Irmandade
de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito
Benedito.
Florianópolis, 1950, p.14.
27
O Compromisso é uma espécie de Estatuto que tem por
objetivo reger a Irmandade. Neste trabalho utilizamos os
Compromissos dos anos de 1807 e 1842.
28
AINSRSB. Pasta Documentos. Compromisso da Irmandade
de Nossa Senhora do Rosário, 1842, parágrafo 16.
Transcrição feita pela pesquisadora e professora Dra.
Claudia Mortari Malavota.
29
AINSRSB. Livro Caixa 4, 1829- 1847, p. 30-50.
30
ALVES, 2006, p. 79.
31
Fonte: http://www.paroquiasaobenedito.org.br, acesso em
15 de maio de 2009.
32
SCARANO, Julita. Op. Cit. p. 39-40. Apud: STAKONSKI,
2007, p. 41.
110
Pretos/as do Rosário:
33
Esta questão não é o foco de nosso trabalho no momento
e, possivelmente, ainda será discutida e melhor pesquisada
em estudos futuros.
34
BIDEGAIN, A.M. História dos Cristãos na América
L atina
atina. Petrópolis: Vozes, 1993, p. 193. Apud: SILVA,
2008, p.54.
35
CABRAL, 1950, p. 05.
36
AINSRSB. Livro Caixa 4, 1829-1847.
37
Aqui nos referimos ao Compromisso de 1807, visto que o
Compromisso anterior foi perdido e o de 1842, como
veremos adiante, não possui os cargos de rei e rainha.
38
AINSRSB. Pasta de Folhas Avulsas 1788-1905, p. 10,
Documento 04.
39
QUINTÃO, 2002, p. 85.
40
De acordo com a análise do acervo da Irmandade referente
ao século XIX, encontramos maiores gastos e preocupação
com a festa anual a Nossa Senhora do Rosário, acreditamos
até que em virtude de ser a santa homenageada desde o
início da instituição e sendo a capela colocada em devoção
a esta santa. São Benedito foi incorporado décadas depois
e nem sempre a preocupação com algumas “pompas” e
liberação de recursos acontecia igualmente.
41
BPSC (Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina).
Jornal “O Conservador”, sabbado, 24 de outubro de 1874.
42
AINSRSB. Livro de Atas 3 1875-1905, p. 35.
43
Idem, p. 59.
44
SILVA, Selma Maria da. Ir Irmandade
mandade de Nossa Senhora
do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos Pretos:
práxis de africanidade. Rio de Janeiro: Quartet: Universidade
do Rio de Janeiro, Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros.
(Cadernos Sempre Negro), 2008, p. 40.
45
SOARES, Mariza de Carvalho. Escravidão Africana e
Janeiro,, século
Religiosidade Católica (Rio de Janeiro
XVIII)
XVIII). Trabalho apresentado ao Prêmio Silvio Romero
em 1999. p. 120.
111
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
46
SOARES, 1999, p. 121.
47
ALVES, 2006, p. 90.
48
REIS, João José. A morte é uma festa
festa: ritos fúnebres e
revolta popular no Brasil no século XIX. São Paulo: Cia
das Letras, 1991, p. 92.
49
AINSRSB. Pasta de Folhas Avulsas. Compromisso da
Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito
dos Homens Pretos de 1842. Transcrição feita pela pesquisadora e professora
da UDESC Profa. Dra. Cláudia Mortari Malavota.
50
ALESC. De Desterro a Florianópolis
Florianópolis: O Legislativo
catarinense resgatando a história da cidade, 1836-2005.
Florianópolis, 2005.
51
SIMÃO, 2008, p. 107-108.
52
AINSRSB. Livro Caixa 4, 1829-1847, p. 130.
53
AINSRSB. Pasta de Folhas Avulsas. Compromisso da
Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito
dos Homens Pretos de 1807, capítulo 10. Transcrição feita pela
pesquisadora e professora da UDESC profa. Dra. Cláudia Mortari Malavota.
54
AINSRSB. Pasta de Folhas Avulsas. Compromisso da
Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito
dos Homens Pretos de 1842, parágrafo 9. Transcrição feita pela
pesquisadora e professora da UDESC profa. Dra. Cláudia Mortari Malavota.
55
AINSRSB. Pasta de Folhas Avulsas. Compromisso da
Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito
dos Homens Pretos de 1842, parágrafo 23. Transcrição feita pela
pesquisadora e professora da UDESC profa. Dra. Cláudia Mortari Malavota.
56
Ibidem, parágrafo 23.
57
NETO, Álvaro de Souza Gomes. Desterro, década de 1840:
a arte de morrer na capital da província de Santa Catharina.
Revista História e-história
e-história. 23 de outubro de 2008.
ISSN: 1807- 1783, acesso em 30 de junho de 2009.
58
Foto disponibilizada pela autora do primeiro capítulo,
Maristela dos Santos Simão, no Acervo documental sobre
a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito
dos Homens Pretos no NEAB/UDESC.
112
Pretos/as do Rosário:
59
SIMÃO, 2008, p. 110.
60
SOARES, 1999, p. 113.
61
ALVES, 2006, p. 86.
113
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
Capítulo 3
A Irmandade de Nossa
Senhora do Rosário e São
Benedito dos Homens
Pretos em Florianópolis e
as ações romanizadoras:
rupturas e permanências no final do século
XIX e primeiras décadas do XX
5. Demoram o baptimo
Considerações Finais
A capital catarinense reverberava anseios de
modernidade nas mais variadas esferas da vida dos
sujeitos, inclusive na religiosa, personificada pela ação
normatizadora da Romanização do catolicismo e nas
estratégias de perseguição às instituições-símbolo do
modo de vivência religiosa (híbrida) da época colonial
e imperial: as irmandades.
Se a Irmandade do Rosário sobreviveu à mudança
do contexto onde estava inserida, foi por alicerçar-se
firmemente no propósito beneficente da instituição. As
práticas barrocas e de um catolicismo popular, ou seja,
híbrido, foram paulatinamente sendo perseguidas e
extinguidas pela nova sensibilidade religiosa católica
traduzida nas ações estratégicas da Romanização do
Catolicismo na cidade de Florianópolis, mas o ideal que
identificava irmãos e irmãs no interior da Irmandade
continuou o mesmo: a ajuda mútua aos seus pares.
170
Pretos/as do Rosário:
Notas:
1
Graduada em História pela UDESC e mestranda em História
pela mesma universidade.
2
SERPA, Elio. Igr eja e poder em Santa Catarina.
Igreja
Florianópolis: Edufsc, 1997, p. 111.
3
Michel de Certeau (1998) afirma que através do cotidiano
é possível dar visibilidade aos excluídos, que apesar de
silenciados, elaboram e recriam formas próprias de
sobrevivência apropriando-se de elementos da nossa
sociedade. Nas determinações da instituição “se insinuam
assim um estilo de trocas sociais, um estilo de invenções
técnicas e um estilo de resistência moral”. CERTEAU,
Michel. A invenção do cotidiano
cotidiano:: artes de fazer. 3ª ed.
Petrópolis: Vozes, 1998, p. 87.
4
Segundo Caio Cesar Boschi, as Irmandades e Confrarias
religiosas, em especial as destinadas aos irmãos de “cor”,
africanos ou afrodescendentes, podem ser compreendidas
enquanto instituição símbolo de um catolicismo tradicional,
com ênfase no papel dos leigos em detrimento do clero.
BOSCHI, Caio César. Os leigos e o poder: irmandades
leigas e política colonizadora em Minas Gerais. São Paulo:
Ática, 1986, p. 3.
5
Sobre o assunto ver: Stakonski, Michelle Maria. Da
Consistório:: Tensões da Romanização no
Sacristia ao Consistório
caso da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São
Benedito dos Homens Pretos. Desterro/Florianópolis, 1880-
1910. Itajaí: Editora Casa Aberta, 2008. Esta discussão
está sendo aprofundada em minha pesquisa de mestrado
cujo período correspondente é 1910 a 1930.
6
BEOZZO, Oscar. Irmandades, santuários, capelinhas de
beira de estrada. Revista Eclesiástica Brasileira, V.
37, fasc. 148, 1977, p. 743.
7
Ver AZZI. Riolando. O Estado leigo e o projeto
ultramontano. São Paulo: Paulus, 1994.
ultramontano
8
CARDOSO, Paulino de Jesus Francisco. Negros em
Desterro: experiências das populações de origem africana
171
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
30
ACDF. Primeiro Synodo da Diocese de Florianópolis.
Florianópolis: Typografia Brazil, 1910, p. 37. Acervo da
Cúria Diocesana de Florianópolis.
31
Ibid., p. 49.
32
Ibid., p. 35.
33
Ibid., p.4, Actos Sinodaes.
34
Ibid., p. 4.
35
Ibid., p. 40.
36
PIO X, Encyclica PASCENDI DOMINICI GREGIS: Sobre
as doutrinas modernistas. Acessada no Sítio da Santa Sé:
http://www.vatican.va/holy_father/pius_x/encyclicals/
documents/hf_p-x_enc_19070908_pascendi-dominici-
gregis_po.html Acesso em 20/12/2009 em 30 de novembro
de 2008.
37
Ibid., p. 45.
38
Ibid., p. 46.
39
Azzi, 2008, p.27.
40
Ibid., p. 49.
41
Ibid., p. 97.
42
Conforme apontado por Karla Leandro Rascke, no capítulo
2 deste livro.
43
Wernet, 1979, p. 55.
44
ACDF. Segundo Sínodo da Diocese de Florianópolis.
Florianópolis: Typografia Brazil, 1919.
45
ACDF. Primeiro Sínodo da Diocese de Florianópolis, op.
cit, p. 97.
46
Novenas públicas, festas religiosas em casa de particulares,
convites das igrejas para as festas religiosas impressos em
jornais laicos, banquetes nas festividades, fogos de artifício,
homens servindo de capelães, roubo de dinheiro das
novenas, promessa de missas sob pagamento de esmolas,
peditórios “de casa em casa”, ato de esmolar com o uso
da bandeira do Espírito Santo, leilões, barraquinhas ao
lado da Matriz, meninos sendo coroados como imperadores
174
Pretos/as do Rosário:
vi_apc_19690403_missale-romanumpo.html Acesso em
10.01.2010 em 30 de novembro de 2008.
79
Primeiro Synodo, p. 99.
80
Ibid., p. 100.
81
Ibid., p. 101.
82
Segundo Sínodo diocesano, 1919, p. 87.
83
Ibid., p. 85.
84
ELIAS, Norbert. O processo civilizador: uma história
dos costumes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000, p.32.
85
Primeiro Synodo diocesano, 1910, p. 110.
86
Ibid., p. 59.
87
Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário
e São Benedito de 1905, p. 31.
88
Segundo o documento impresso localizado no acervo da
IRNSR: Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do
Rosário e São Benedito (1905 registrado em 1908).
89
AIRNSRSB - Compromisso da Irmandade de Nossa
Senhora do Rosário e São Benedito (1905) p. 31.
90
QUINTÃO, Antônia Aparecida. Ir Irmandades
mandades Negras:
outro espaço de luta e resistência. São Paulo: 1999.
Dissertação de mestrado em História, USP, p. 163.
91
IRNSRSB. Livro Ata 3, p. 27.
92
Segundo Sinodo diocesano, 1919, p. 55 artigo 73.
93
AIRNSRSB - Compromisso da Irmandade de Nossa
Senhora do Rosário e São Benedito (1905) p. 31.
94
AINSRSB. Compromisso de 1842, transcrito pela profa.
Dra. Cláudia Mortari Malavota. Documento do acervo do
Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da UDESC, à disposição
para consulta na sede do NEAB, nos arquivos sobre a
Irmandade do Rosário, pasta Irmandades, documento
“Compromisso Comentado de 1842”.
95
AINSRSB. Livro ATA 3, 1875-1905. Transcrição do original
pela autora, acervo da Irmandade de Nossa Senhora do
177
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
111
Ibid., p. 10.
112
Documento do acervo do Núcleo de Estudos Afro-
Brasileiros da UDESC, à disposição para consulta digital e
impressa na sede do NEAB, nos arquivos sobre a Irmandade
do Rosário, pasta Irmandades, documento “Compromisso
Comentado de 1842”.
113
Ibid., op. Cit.
114
Idem, p. 29.
115
AINSRSB, Compromisso de 1842.
116
AINSRSB, Compromisso de 1905, p. 9.
117
Ibdem., p. 4.
118
Ibdem., p. 3.
119
AINSRSB – Ata 4, p. 32.
120
AINSRSB – Ata 4, p. 45.
121
AINSRSB – Ata 4, p. 3.
179
A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (século XIX)
Referências
ACERVO DA IRMANDADE DE NOSSA SENHORA
DO ROSÁRIO E SÃO BENEDITO DOS HOMENS
PRETOS
Referências Bibliográficas
Negros em Desterro
Desterro:
Experiências de populações de origem africana em
Florianópolis na segunda metade do século XIX
Paulino de Jesus Francisco Cardoso
As “camélias” de Desterro
Desterro:
A Campanha Abolicionista e a
Prática de Alforriar Cativos (1870-1888)
Tamelusa Ceccato do Amaral
Da sacristia ao consistório
consistório:
Tensões da Romanização no caso da Irmandade de Nossa
Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos -
Desterro/Florianópolis (1880-1910)
Michelle Maria Stakonski
Entr
Entree a P raça e o P
Praça Por
orto
or to:
to
Grandes fortunas nos inventários Post Mortem
em Desterro (1860-1880)
Angelo Renato Biléssimo
Multiculturalismo e Educação:
Experiências de implementação da Lei Federal 10.639/03
em Santa Catarina
Paulino de Jesus Francisco Cardoso (org.)
Negros em Lages:
Memória e experiência de afrodescendentes
no planalto serrano (1960 – 1970)
Andréa Aparecida de Moraes Cândido de Carvalho
COLEÇÃO GÊNERO
Gênero
Gênero,, Sociabilidade e Afetividade
Antonio Emilio Morga e Cristiane Manique Barreto (orgs.)
Clio no Cio
Carla Fernanda da Silva (org.)
ENSAIOS DE COMUNICAÇÃO
Um filho de Lavras:
memórias, vivências e experiências - Capitão Bento
Rezende da Silva (1919-2007)
José Bento Rosa da Silva