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Analista Gestão
(Perfil 5)
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18. Auditores independentes. ......................................................................................................................... 53
23. Legislação do mercado de valores mobiliários: Arts. 1368-C a 1368-F do Código Civil, Leis
nº 6.385/1976 e alterações posteriores, 6.404/1976 e alterações posteriores. ................................ 60
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Comissão de Valores Mobiliários 2024 Analista Gestão (Perfil 5)
Para compreender o Sistema Financeiro Nacional, é importante ter conhecimento da legislação no Art. 192 da
Constituição Federal:
“O Sistema Financeiro Nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do país e a
servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de
crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital
estrangeiro nas instituições que o integram”.
Basicamente o SFN nada mais é do que um agrupamento de todas as instituições que tornam possível a
circulação de moeda no Brasil. O SFN, portanto, busca obter a melhor organização possível de toda essa
estrutura.
As funções do Sistema Financeiro Nacional tiveram sua origem no início do século XVI, com a chegada da corte
portuguesa ao país e a criação do Banco do Brasil. Com o passar dos anos, outros bancos públicos e privados
foram surgindo. Além disso, foi criada a Caixa Econômica Federal.
Após o término da Segunda Guerra Mundial, aconteceu então um grande progresso nos sistemas financeiros
mundiais, com a criação de importantes instituições, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco
Mundial.
Quase que simultaneamente, ocorria no Brasil a criação da Superintendência da Moeda e do Crédito (SUMOC),
que futuramente cederia lugar ao BACEN.
Outros fatores de extrema importância ao Sistema Financeiro Nacional do Brasil também são a criação do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Conselho Monetário Nacional (CMN) como órgão
máximo do SFN, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central do Brasil (BACEN).
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Um importante marco na política monetária nacional que trouxe ao país uma estabilidade econômica foi a
criação do Plano Real, no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e também do COPOM (Comitê de
Política Monetária), bem como o estabelecimento de metas de inflação.
O principal objetivo do Sistema Financeiro Nacional é facilitar o fluxo do dinheiro em nosso país.
Isso, contudo, é apenas uma simplificação. Basta julgar o número de instituições que constituem esse sistema,
para saber que essa tarefa é muito mais complexa do que uma frase concisa assim pode sugerir.
Para assegurar a circulação eficiente da moeda no Brasil, o SFN organiza sua estrutura em três categorias de
órgãos, cada uma com responsabilidades específicas que, em conjunto, garantem o adequado funcionamento
de todo o sistema. Estas categorias incluem: os órgãos normativos, os órgãos superiores e os
operadores.
Os órgãos normativos são os responsáveis por regular o mercado financeiro e a economia nacional. Isto
é, por desenvolver normas e diretrizes legais para o seu funcionamento.
No total, são três as instituições responsáveis por isso no Brasil. São elas:
Conselho Monetário Nacional (CMN): órgão responsável por estabelecer as políticas econômicas e
financeiras, o que inclui tarefas como:
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Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP): é quem define as políticas, diretrizes e normas que
regem o mercado de seguros privados, incluindo corretoras de seguros, resseguradores, sociedades de
capitalização e entidades de previdência privada aberta. Além de seu papel regulador, também cabe ao CNSP
tarefas como:
• Aprovar a oferta de novos produtos e serviços oferecidos por empresas do setor, de modo a garantir sua
adequação às normas vigentes;
• Autorizar e fiscalizar a constituição e funcionamento de novas seguradoras;
• Avaliar e acompanhar o mercado, intervindo ao detectar eventuais erros ou desequilíbrios;
• Definir as diferentes categorias de seguros (de vida, de imóveis, de saúde, etc.), estabelecendo regras
específicas para cada uma delas;
• Designar os requisitos mínimos para o registro de novas corretoras e seguradoras, garantindo a qualidade
e a transparência das operações de seguro.
• Instituir os critérios para os cálculos de prêmios e taxas de operações de seguro, garantindo o bom
funcionamento do setor;
• Proteger os consumidores (segurados), garantindo acesso a produtos de seguro justos e adequados;
Os órgãos supervisores têm por premissa supervisionar os operadores e integrantes do SFN para garantir
que estejam exercendo suas atividades segundo as regulamentações e diretrizes determinadas pelos órgãos
normativos.
As entidades categorizadas como supervisoras são:
Banco Central do Brasil (Bacen): o popular “banco dos bancos” é o principal órgão supervisor do SFN no
Brasil, desempenhando papel central na fiscalização de todas as instituições financeiras que integram o
mercado financeiro.
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É o Bacen, por exemplo, quem autoriza uma instituição financeira a funcionar. Além disso, também é
responsável por fiscalizá-la, para que siga todas as regras conforme o que há de estabelecido na lei brasileira.
Em resumo, é o Banco Central quem garante a segurança e a justiça no sistema.
Sem ele, os bancos poderiam se exceder em alguns aspectos, como na elaboração de cobranças abusivas. No
que tange aos investimentos, o banco também atua para manter seguros os direitos de quem investe.
Para além disso tudo, também cabe a essa autarquia as seguintes atribuições:
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Em suma, tudo que tenha relação com a negociação de seguros no país precisa, primeiro, passar pela SUSEP.
Ao garantir o bom funcionamento do setor, o órgão, por conseguinte, traz maior credibilidade a todo o mercado
e mais segurança para os consumidores. Estão entre suas atribuições:
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc): se você prestou atenção e leu que
a SUSEP é responsável por supervisionar o mercado de previdência aberta, certamente se perguntou quem
então fiscaliza a previdência fechada. A resposta é: a Previc.
Além de supervisionar os fundos de pensão brasileiros, essa entidade pública também exerce as seguintes
funções:
Entre suas funções estão:
Na base do Sistema Financeiro Nacional, encontram-se os órgãos operadores. Esses englobam uma ampla
variedade de instituições que mantêm contato direto com o público e desempenham a função de intermediários
financeiros, captando e alocando recursos para diferentes fins.
Entre as entidades categorizadas como operadoras estão:
Bancos: entre as mais conhecidas mais fundamentais operadoradoras do SFN, as instituições bancárias
oferecem uma grande gama de serviços fundamentais para o funcionamento da economia, tais como: a
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Bolsa de Valores: a Bolsa pode ser entendida como um mercado organizado onde se realiza a negociação de
ações de sociedades de capital aberto e outros valores mobiliários. Além de servir como um espaço de encontro
entre investidores que buscam comprar e quem pretende vender ativos, também exerce outras tarefas
importantes para o bom funcionamento do mercado de capitais tais como: estabelecer as regras para o
lançamento de ofertas públicas iniciais, custodiar títulos e assegurar a transparência das operações.
Bolsas de mercadorias e futuros: esse é o mercado organizado onde são negociados contratos
de commodities por meio de derivativos agrícolas e ativos financeiros, tais como taxas de juros, câmbio, índices
e outros. No Brasil, a Bolsa de Valores e a Bolsa de mercadorias foram fundidas em um único ambiente por
meio da união da Bovespa (que negociava ações) e da BM&F (a qual negociava títulos do mercado futuro), em
2008. Em 2017, ocorreu uma nova fusão, que agregou a Central de Custódia e Liquidação de Títulos (Cetip),
dando origem à atual B3.
Caixa Econômica Federal: de modo geral, a Caixa oferece os mesmos serviços de bancos comerciais. Se
distingue, contudo, por priorizar a concessão de empréstimos a programas e projetos de áreas essenciais para
o desenvolvimento do país, como assistência social, saúde e educação. Entre suas atribuições específicas estão
o monopólio da venda de bilhetes da loteria federal, além de centralizar o recolhimento e aplicação dos recursos
do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Cooperativas de crédito: são instituições que prestam serviços bancários de forma exclusiva para seus
associados. Na prática, o dinheiro depositado por esses é usado para conceder empréstimos e financiamentos
para outros membros que necessitem de crédito — normalmente com taxas de juros e custos reduzidos. As
cooperativas contam ainda com singularidades como governança cooperativa e distribuição de sobras
financeiras entre os associados.
Corretoras e distribuidoras: são entidades que atuam como intermediadoras entre investidores e tomadores
de recursos nos mercados de capital e de câmbio (no caso de corretoras de câmbio). Além de distribuir e
efetuar ordens de compras de ativos financeiros, corretoras de valores e distribuidoras também prestam
serviços como consultoria financeira, administração e custódia de valores mobiliários, entre outros.
Entidades abertas de previdência: são sociedades anônimas que oferecem planos de aposentadoria
complementar — em forma de renda continuada ou retorno único — para qualquer pessoa física interessada.
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Sociedades de capitalização: são sociedades anônimas que oferecem “títulos de capitalização“, que são
uma modalidade de investimento que combina a poupança com a inclusão de sorteios de prêmios.
Instituições de pagamento: são entidades que permitem aos usuários a realização de transação eletrônicas,
como pagamentos, transferências e compras, entre outras. Aqui vale um adendo: essas instituições não
compõem oficialmente o SFN, mas são reguladas e fiscalizadas pelo Bacen, de acordo com as diretrizes do
CMN.
Demais instituições não bancárias: por fim, também constituem os órgãos operadores do SFN entidades
como:
• Agências de fomento;
• Associações de Poupança e Empréstimo;
• Companhias Hipotecárias;
• Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento.
Devido à sua abrangência, o SFN conta com diferentes entidades responsáveis por regular o funcionamento
das instituições públicas e privadas que o constituem. Entre as entidades que cumprem papéis de regulação
estão:
Conselho Monetário Nacional (CMN): regula o sistema financeiro nacional como um todo.
Banco Central do Brasil (Bacen): normatiza os mercados bancário e de câmbio.
Comissão de Valores Mobiliários (CMN): estabelece as normas que regem o mercado de capitais.
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP): fixa as diretrizes e normativas para o funcionamento
das instituições e profissionais do mercado de seguros e de previdência privada aberta.
Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC): determina as regras a serem seguidas pelos
fundos de pensão.
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Ao estabelecer as normas, regras e princípios que devem reger cada uma das áreas que compõem o SFN, a
soma do trabalho dessas diferentes instituições reguladoras reflete na proteção dos interesses dos
consumidores e na integridade do mercado como um todo.
O órgão mais importante do SFN é o Conselho Monetário Nacional (CMN), o qual cumpre o papel de
normatizar e regular todo o mercado financeiro, além de estabelecer as políticas cambiais. Seus principais
objetivos são assegurar a estabilidade monetária e promover o desenvolvimento socioeconômico.
Diretamente ligado ao Ministério da Fazenda e considerado o principal conselho de política econômica do país,
o CMN é composto por três integrantes:
Esses membros se reúnem uma vez ao mês para tratar de temas cruciais para a manutenção do SFN e da
economia brasileira, incluindo a coordenação de políticas monetárias, de crédito, câmbio e de dívida pública.
Para isso, valem-se também de informações levantadas por diferentes comissões consultivas representativas
dos principais segmentos do mercado financeiro.
Importante citar que apesar de ser o “manda-chuva” do Sistema Financeiro Nacional, o CMN não interfere
diretamente em nada. Seu papel é inteiramente regulador.
Dito de outro modo: é quem estabelece as diretrizes e normas a serem seguidas pelo mercado financeiro e
cambial, mas não quem as executa. Essa função cabe a outros órgãos específicos — conforme expliquei
anteriormente.
Para começar, vale lembrar que um dos componentes do SFN são os órgãos operadores, o que inclui desde
instituições bancárias, corretoras de valores, seguradoras e fundos de investimento, até mesmo a bolsa de
valores e o mercado de balcão. Logo, sem esse sistema, os investidores simplesmente não teriam
acesso aos mercados de negociação e aos ativos financeiros.
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O SFN é também quem regula e supervisiona as atividades de instituições financeiras, seus profissionais, bem
como dos mercados financeiros em si: como o mercado de ações, títulos, commodities e derivativos. Ou seja,
o sistema trabalha para garantir que as negociações ocorram de maneira íntegra, justa e
transparente, proporcionando maior segurança para quem investe.
Além disso, também estabelece mecanismos de ressarcimento em caso de prejuízos ocasionados por atividades
fraudulentas ou que não estejam em conformidade com os regulamentos e normativas legais.
Por fim, mas não menos importante, as políticas monetárias estabelecidas e executadas pelos órgãos
superiores do SFN como o CMN e o Bacen também acabam influenciando, direta ou indiretamente, as
atividades de quem investe.
As ações dessas entidades afetam, por exemplo, a taxa básica de juros e a inflação, o que acaba por impactar
os retornos de diferentes tipos de papéis e influenciar a tomada de decisões por parte dos investidores.
O Sistema Financeiro Nacional pode ser entendido, sem nenhum exagero, como o grande pilar
econômico de um país, dado que sua estrutura compreende todas as instituições, produtos e serviços que
permitem a circulação do dinheiro entre pessoas físicas, empresas e o próprio Governo.
De maneira bem objetiva, é possível dizer que qualquer movimentação financeira que faça com que seja
possível o fluxo de dinheiro é regulada pelo SFN, o que inclui investimentos, operações de crédito,
transferências, entre outras.
Seus órgãos são responsáveis, entre outras coisas, pela discussão das políticas cambiais, creditícias e
monetárias do país.
Isso inclui, por exemplo, a emissão e dosagem da circulação da moeda, e estratégias para o controle da inflação
e da taxa básica de juros.
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O mercado financeiro e de capitais desempenha um papel crucial na economia, sendo um componente essencial
para o funcionamento e desenvolvimento de qualquer país. Ele facilita a alocação eficiente de recursos, o
financiamento de atividades econômicas e a gestão de riscos.
A importância econômica desses mercados é evidente em várias dimensões. Eles são vitais para o financiamento
e investimento, permitindo que empresas obtenham recursos emitindo ações e títulos no mercado de capitais.
Além disso, oferecem oportunidades de investimento para uma variedade de instrumentos financeiros.
Os mercados financeiros também desempenham um papel crucial na gestão de riscos, fornecendo instrumentos
como contratos futuros, opções e seguros. Isso ajuda as empresas a protegerem-se contra flutuações nos
preços de commodities, taxas de juros e câmbio.
Entre os principais produtos dos mercados financeiros e de capitais estão as ações (equities), representando
propriedade parcial em empresas; os títulos (bonds), instrumentos de dívida emitidos por governos e empresas;
derivativos, incluindo contratos futuros, opções e swaps; fundos de investimento, que abrangem diferentes
categorias; o mercado cambial (forex); o mercado monetário, envolvendo ativos de curto prazo; índices de
mercado, representando o desempenho agregado de ativos; e o crowdfunding, uma forma de captação de
recursos online.
A diversidade de produtos nos mercados financeiros oferece oportunidades para diversos perfis de investidores,
contribuindo para a estabilidade e o desenvolvimento econômico.
Os mercados financeiro e de capitais desempenham um papel crucial na economia, sendo um componente
essencial para o funcionamento e desenvolvimento de qualquer país. Ele facilita a alocação eficiente de
recursos, o financiamento de atividades econômicas e a gestão de riscos.
A importância econômica desses mercados é evidente em várias dimensões. Eles são vitais para o financiamento
e investimento, permitindo que empresas obtenham recursos emitindo ações e títulos no mercado de capitais.
Além disso, oferecem oportunidades de investimento para uma variedade de instrumentos financeiros.
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Os mercados financeiros também desempenham um papel crucial na gestão de riscos, fornecendo instrumentos
como contratos futuros, opções e seguros. Isso ajuda as empresas a protegerem-se contra flutuações nos
preços de commodities, taxas de juros e câmbio.
Entre os principais produtos dos mercados financeiros e de capitais estão as ações (equities), representando
propriedade parcial em empresas; os títulos (bonds), instrumentos de dívida emitidos por governos e empresas;
derivativos, incluindo contratos futuros, opções e swaps; fundos de investimento, que abrangem diferentes
categorias; o mercado cambial (forex); o mercado monetário, envolvendo ativos de curto prazo; índices de
mercado, representando o desempenho agregado de ativos; e o crowdfunding, uma forma de captação de
recursos online.
A diversidade de produtos nos mercados financeiros oferece oportunidades para diversos perfis de investidores,
contribuindo para a estabilidade e o desenvolvimento econômico. Esses mercados continuam a evoluir,
incorporando novas tecnologias e estruturas para atender às necessidades dinâmicas da economia global.
Regulação
Para assegurar que o seu trabalho seja coerente com as expectativas da sociedade e dos entes regulados, a
CVM fundamenta a sua atividade regulatória em um conjunto de princípios, o que se deve esperar da regulação
e qual o seu alcance e suas limitações.
A explicitação desses princípios e a sua divulgação ao mercado permite que seus diversos segmentos entendam
como e por que a CVM edita normas. Além disso, essa estrutura conceitual é importante também como base
para as atividades de autorregulação, na medida em que estabelece diretrizes para o exercício de iniciativas
disciplinadoras que as entidades do mercado decidam adotar no âmbito de suas atividades.
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O mercado de valores mobiliários precisa ser livre, competitivo e informado, ou seja, precisa ser eficiente. Além
disso, deve ser um mercado confiável, em que haja uma adequada proteção e harmonização dos interesses de
todos os que nele transacionam. O exercício da atividade regulatória da CVM, portanto, objetiva assegurar essa
eficiência e essa confiabilidade, condições consideradas fundamentais para promover a expansão e o
desenvolvimento desse mercado.
Eficiência do mercado: É característica de um mercado livre a sua capacidade de atuar como mecanismo apto
a direcionar a poupança da sociedade aos projetos econômicos mais adequados a suas expectativas. Este é um
aspecto que que deve ser observado e perseguido no trabalho de regulação, na medida em que só assim se
consegue o melhor atendimento de anseios da sociedade. Da mesma forma, a minimização dos custos da
intermediação desses recursos responde tanto ao interesse das companhias, como dos indivíduos que nelas
investem, e será por meio da eficiência do mercado que tais objetivos poderão ser alcançados: eficiência
alocacional e operacional.
Competitividade: A eficiência do mercado depende do grau de competição que se estabeleça entre os seus
participantes. Portanto, a regulação terá que se manter sempre atenta a este fundamento, não só evitando
ações que venham a inibir a competitividade, mas também assegurando que ela se dê de forma sadia. Além
disso, a competição ativa minimiza a necessidade de regulação.
Mercado Livre: A liberdade de atuação no mercado e de acesso a seus mecanismos é pré-condição de existência
de um mercado capaz de desempenhar adequadamente o seu papel. No processo de regulação do mercado de
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valores mobiliários, devem estar presentes, permanentemente, o respeito à livre atuação das forças de mercado
e o livre acesso ao exercício de atividades e às operações que nele se processem.
Autorregulação
Para aumentar a eficiência da atividade regulatória, a CVM adota o sistema de autorregulação para
determinadas atividades no mercado de valores mobiliários, evitando, assim, a centralização excessiva do poder
de editar normas e fiscalizar seu cumprimento.
A ação eficaz do órgão regulador sobre os participantes do mercado de valores mobiliários implica em custos
excessivamente altos quando se busca aumentar a eficiência e abrangência dessa ação.
Uma entidade autorreguladora, pela sua proximidade das atividades de mercado e melhor conhecimento delas,
dispõe de maior sensibilidade para avaliá-las e normatizá-las, podendo agir com maior presteza e a custos
moderados.
A elaboração e o estabelecimento, pela própria comunidade, das normas que disciplinam suas atividades fazem
com que a aceitação dessas normas aumente e a comunidade se sinta mais responsável no seu cumprimento,
diminuindo-se a necessidade de intervenção do órgão regulador.
Esses pressupostos refletem a preocupação de reduzir o porte e de tornar a atuação do órgão regulador mais
eficiente, já que só poderia ter uma ação sensível, ágil e eficaz caso duplicasse inúmeras funções
desempenhadas por entidades privadas existentes no mercado de valores mobiliários. Adicionalmente, o maior
zelo na observância das normas, decorrente da participação em sua elaboração e da consciência da importância
de sua preservação, implica menor dispêndio de recursos nas tarefas de acompanhamento e fiscalização de
seu cumprimento.
Por outro lado, na delegação de poderes de normatização e fiscalização, o órgão regulador conserva
competências residuais que lhe permitem evitar possíveis inconvenientes da autorregulação, como a
complacência em relação a assuntos de interesse público, a tendência à autoproteção dos regulados, a leniência
na imposição de sanções e atitudes tolerantes, decorrentes do desejo de evitar publicidade adversa aos
negócios.
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A Lei 13.874 proclama, em seu preâmbulo, a “Declaração de Direitos de Liberdade Econômica”, estabelecendo
garantias de livre mercado, alterando diversas leis, dentre elas o Código Civil, a CLT, Lei das Sociedades
Anônimas, Lei dos Registros Públicos.
Spacca
Grande parte das medidas pretendidas está relacionada com o instituto do poder de polícia, atividade estatal
por meio do qual se conforma e limita a propriedade e atuação privada ao interesse da coletividade, mediante
prescrições legais que, de per si, ou por meio de atos administrativos que a ela se seguem, como autorizações,
licenças, interferem no agir particular.
Uma das importantes propostas da lei, com vistas a destravar a atividade econômica, parte do pressuposto de
que a presença estatal pode se revelar excessiva, traduzindo obstáculo a ser transposto sem razão que assim
justifique. Vale dizer, na visão que percorre a lei, algumas atividades econômicas, dado o seu baixo impacto e
logo um risco diminuto de efeitos colaterais negativos, dispensariam expedição de atos autorizativos para
funcionamento.
Evidente que não se trata de simples homenagem ao princípio constitucional da livre iniciativa ao qual não se
pode tributar a franquia ao agir ilimitado ou liberto de exigências estatais. Assim fosse, não haveria espaço
para a polícia administrativa, a despeito dos contornos mais ou menos incisivos da atuação dos agentes
econômicos.
A questão está em identificar em que situações torna-se desnecessário o controle preventivo da administração
pública, via autorizações e licenças, o que além de desinibir empreendimentos, pode permitir ganhos de
eficiências, direcionando os agentes públicos para setores em que razões ambientais, de segurança ou
sanitárias, entre outras, verdadeiramente reclamam controle.
Ainda sobre o poder de polícia, a lei está a prescrever o silêncio eloquente, fruto da omissão administrativa,
incapaz de responder a tempo a postulação privada (inciso IX do art. 3º). Nos termos da norma aprovada pelo
Congresso Nacional, a inércia administrativa será compreendida como aceitação tácita ao pedido para exercício
de dada atividade.
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proposta deve ser bem recebida. Mas, nunca se pode desconsiderar que o poder de polícia não se resume
apenas ao exame de pedidos de liberação. Assim, no futuro, já em curso dada atividade econômica cujo ato
liberador decorreu não de licença estatal expressa, mas da sua inação, a administração pública ainda poderá
atuar, realizando fiscalizações observados os contornos da legislação. Vale dizer, não se está a desautorizar a
atuação administrativa de forma perene sobre o privado, porque no início operou-se a liberação tácita.
Por outro lado, se o ambiente empresarial recebe com alegria o silêncio eloquente, a redação da norma não
esclarece de que prazo se está cuidar, gerando dúvidas sobre possíveis efeitos negativos. Explica-se: há prazos
prescritos em lei. Nestes casos, não se vislumbra maiores ameaças. O risco está em casos em que a
administração venha a fixar prazos casuisticamente, ausente norma a fazê-lo de forma geral. A norma faz
alusão ao dever da administração de informar “expressa e imediatamente do prazo máximo estipulado para a
análise do seu pedido”, o que reafirma o risco de prazos não delimitados em normas.
A realidade municipal, sobretudo, justifica maior apreensão diante da possibilidade real de inexistirem prazos
na legislação municipal que disciplina licenças para funcionamento. O risco de corrupção diante da ameaça de
prazos dilatados é real.
Noutro giro, vê-se importante previsão no inciso IV do art. 3º que prevê o efeito vinculante das decisões
administrativas quando se tratar de atos de liberação de atividade econômica. A administração pública deve
garantir respostas idênticas para situações similares. Além da aplicação do princípio da isonomia, evitam-se
favorecimentos, perseguições e minimiza-se o risco de corrupção.
Permite-se, ainda, que o empreender saiba previamente o entendimento da administração pública, podendo,
desta forma, amoldar o seu comportamento e a tomada de decisões. A uniformização do entendimento da
administração pública leva, ainda, à racionalização e à eficiência, na medida em que o assunto é decidido uma
única vez e aplicado em outras diversas situações.
A Lei 13.874/19 também inseriu a análise do impacto regulatório como medida importante a ser adequadamente
tratada. O art. 5º determinou a realização da análise do impacto regulatório antes da edição e de alteração de
atos normativos de interesse geral de agentes econômicos ou de usuários dos serviços prestados. Essa análise
deve considerar os possíveis efeitos do ato normativo para verificar a razoabilidade do seu impacto econômico.
Os estudos deverão ser norteados por uma metodologia e por quesitos mínimos. A metodologia, os quesitos,
bem como as hipóteses em que será obrigatória a sua realização e eventuais casos de dispensa são definidos
em regulamento ainda pendente de edição (parágrafo único do art. 5º).
Essas exigências, em verdade, não são novidades no ordenamento jurídico. A Lei das Agências Reguladoras –
Lei nº 13.848/19 também ocupa-se do tema.
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Aliás, desde o advento da Lei 13.655/18 é perceptível o movimento em direção ao consequencialismo. Decisões
a serem tomadas nas esferas judicial, administrativa e controladora devem analisar as suas consequências
práticas. Alternativas devem ser apresentadas e consideradas no momento da decisão, cuja análise deve,
inclusive, fazer parte da sua motivação (art. 20). A função normativa não deve ficar à margem desta tônica.
A Lei nº 13.874/19 combate expressamente o abuso do poder regulatório, assim descrito, em síntese, como
aquele que (i) cria reserva de mercado; (ii) cria enunciado que impeça a entrada de novos competidores; (iii)
exige especificação técnica que não seja necessária para atingir o fim desejado; (iv) redige enunciados que
impeçam ou retardem a inovação e a adoção de novas tecnologias, processos ou modelos de negócios; (v)
aumente custos de transação sem demonstrar benefícios; (vi) crie demanda artificial ou compulsória de produto,
serviço ou atividade profissional, inclusive de uso de cartórios, registros ou cadastros; (vii) restrinja o uso e o
exercício de publicidade e propaganda sobre um setor econômico, ressalvados, por obvio, as hipóteses legais;
(ix) exija requerimentos, sob pretexto de inscrição tributária, que mitiga a possibilidade de desenvolver
atividade econômica de baixo risco sem a necessidade de quaisquer atos públicos de liberação da atividade
econômica, (x) introduza limites à livre formação de sociedades empresariais ou de atividades econômicas.
Cada um dos incisos merece um olhar mais detido, inclusive com vistas a verificar se não há desacertos. Mas a
preocupação da adequação entre fins e meios é inerente ao princípio da proporcionalidade. No âmbito do
processo administrativo federal, o art. 2º, VI da Lei 9.784/99[1] já vedava a imposição de ônus excessivo ao
administrado.
Às agências reguladoras também foi imposta a obrigação expressa na recente lei de se “observar, em suas
atividades, a devida adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em
medida superior àquela necessária ao atendimento do interesse público” (art. 4º).
A aplicação da figura do abuso do poder regulatório merece as conformações necessárias, pois não pode ter o
condão de amputar o dever regulatório. A questão está em identificar em que situações e com qual densidade
o poder regulatório deve atuar.
A Análise de Impacto Regulatório é um processo criado pelos governos para avaliar as possíveis consequências
e efeitos das novas regulamentações ou mudanças nas regulamentações existentes antes de sua
implementação.
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O objetivo central é identificar e analisar os impactos econômicos, sociais, ambientais e administrativos das
regulamentações propostas, ajudando assim a tomar decisões baseadas em dados sobre a adequação,
necessidade e eficácia das políticas regulatórias.
A avaliação de impacto é o coração do processo, pois ela analisa os efeitos potenciais em áreas como custos
econômicos, benefícios sociais, efeitos no ambiente, conformidade administrativa e equidade.
Uma AIR envolve várias etapas para a tomada de decisão, a começar pela identificação do problema para que
se possa compreender a necessidade de regulamentação. Em seguida, é realizada uma análise detalhada de
opções, considerando diferentes possibilidades para resolver o problema, inclusive a opção de não
regulamentar.
No Brasil, o processo de AIR é regulamentado por leis e normas específicas. Um exemplo é a Lei Federal nº
13.874/2019, conhecida como a Lei da Liberdade Econômica, que estabeleceu diretrizes para a simplificação e
desburocratização das atividades econômicas no país. Essa lei incluiu disposições que exigem a realização de
AIR para determinadas regulamentações.
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Além disso, órgãos reguladores e agências governamentais muitas vezes têm suas próprias diretrizes e
procedimentos para conduzir análises de impacto regulatório em conformidade com as leis específicas que
regulamentam suas áreas de atuação.
Por fim, vale frisar que a Análise de Impacto Regulatório é um processo fundamental para garantir que as
regulamentações sejam eficazes, proporcionem benefícios líquidos à sociedade e evitem efeitos colaterais
indesejados. Ela promove a transparência, a participação pública e a tomada de decisões informadas no
processo de elaboração e revisão de regulamentações.
As agências reguladoras são responsáveis por garantir que as regulamentações sejam eficazes, proporcionem
benefícios reais à sociedade e evitem impactos negativos.
As análises de impacto fornecem às agências reguladoras informações detalhadas sobre os custos e benefícios
das regulamentações propostas, permitindo que elas tomem decisões embasadas em dados e informações
colhidas para esta finalidade.
Por esse motivo, esse novo formato é relevante para setores em constante evolução, como tecnologia
financeira, onde a inovação é fundamental, mas a regulamentação tradicional pode não ser adaptável o
suficiente.
Os Sandboxes regulatórios são frequentemente utilizados em setores altamente dinâmicos e inovadores, como
tecnologia financeira (FinTech), saúde, transporte e energia. Esses setores estão sujeitos a mudanças rápidas
e constantes, tornando difícil para as regulamentações tradicionais acompanharem o ritmo das inovações.
No Brasil, Sandboxes regulatórios estão começando a ser adotados em setores como FinTech, onde a
flexibilidade regulatória é fundamental para promover a inclusão financeira e a inovação tecnológica.
Por fim, vale ressaltar que o uso de Sandboxes pode ser visto como um avanço positivo na promoção de um
ambiente de negócios mais ágil e adaptável às demandas de um mundo cada vez mais digital e inovador.
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Comissão de Valores Mobiliários 2024 Analista Gestão (Perfil 5)
Os Administradores de Carteiras são profissionais responsáveis por gerir carteiras de investimentos em nome
de terceiros, como fundos de investimento. Eles devem atuar de acordo com as diretrizes estabelecidas e zelar
pelo melhor interesse dos investidores.
Os Analistas de Valores Mobiliários são especialistas que realizam análises financeiras para orientar investidores
em suas decisões. Seu trabalho envolve a avaliação de ativos, a interpretação de dados econômicos e a emissão
de relatórios e recomendações.
Os Assessores de Investimento são profissionais que prestam consultoria financeira personalizada aos
investidores. Eles avaliam o perfil de risco e os objetivos de cada cliente, fornecendo orientações sobre
estratégias de investimento adequadas.
Os Consultores de Valores Mobiliários, por sua vez, oferecem serviços de aconselhamento financeiro mais
amplos, incluindo planejamento patrimonial, gestão de portfólio e estratégias fiscais. Eles desempenham um
papel consultivo abrangente, muitas vezes considerando o contexto financeiro geral do cliente.
[ 23 ]
Comissão de Valores Mobiliários 2024 Analista Gestão (Perfil 5)
Todos esses profissionais estão sujeitos a requisitos e regulamentações específicas. Geralmente, eles precisam
obter certificações e licenças adequadas, como a Certificação Nacional do Profissional de Investimentos (CNPI)
no Brasil, para exercer suas funções. A educação continuada é uma prática comum, uma vez que o ambiente
financeiro está em constante evolução.
Quanto às responsabilidades, todos devem agir de acordo com os princípios éticos e normas regulatórias.
Devem garantir a transparência nas informações fornecidas aos investidores, evitar conflitos de interesse e
buscar sempre o melhor interesse de seus clientes.
Em resumo, esses profissionais desempenham papéis cruciais no cenário financeiro, contribuindo para a
eficiência e integridade dos mercados de capitais, enquanto proporcionam suporte e orientação valiosos aos
investidores.
Esses profissionais desempenham papéis cruciais no cenário financeiro, contribuindo para a eficiência e
integridade dos mercados de capitais, enquanto proporcionam suporte e orientação valiosos aos investidores.
Os Analistas de Valores Mobiliários realizam análises financeiras detalhadas para orientar investidores em suas
decisões. Suas responsabilidades envolvem a avaliação de ativos, interpretação de dados econômicos e emissão
de relatórios e recomendações.
Os Consultores de Valores Mobiliários oferecem serviços mais amplos, incluindo planejamento patrimonial,
gestão de portfólio e estratégias fiscais, considerando o contexto financeiro geral do cliente.
Esses profissionais estão sujeitos a requisitos e regulamentações específicas, geralmente exigindo certificações
e licenças adequadas, como a Certificação Nacional do Profissional de Investimentos (CNPI) no Brasil. A
educação continuada é crucial dada a constante evolução do ambiente financeiro.
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Suas funções incluem análise de mercado, elaboração de estratégias de investimento, execução de ordens de
compra e venda, comunicação eficaz com clientes e manutenção de registros precisos.
Quanto às responsabilidades, todos devem agir de acordo com princípios éticos e normas regulatórias,
garantindo transparência nas informações, evitando conflitos de interesse e buscando sempre o melhor
interesse dos clientes.
Essas entidades podem assumir diversas formas, incluindo bolsas de valores e sistemas eletrônicos de
negociação. Seu principal objetivo é fornecer um ambiente seguro e regulamentado para a compra e venda de
instrumentos financeiros, como ações, títulos, derivativos e commodities.
Bolsas de valores tradicionais, como a Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) ou a Bolsa de Valores de São
Paulo (B3), são exemplos de entidades administradoras de mercados organizados. Elas oferecem uma
plataforma centralizada onde compradores e vendedores podem se encontrar para realizar transações.
Além das bolsas de valores, há também sistemas eletrônicos de negociação, como a NASDAQ, que operam de
forma automatizada, conectando compradores e vendedores eletronicamente. Esses sistemas muitas vezes
facilitam a negociação de ativos de forma mais rápida e eficiente.
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Esses requisitos podem incluir critérios financeiros, governança corporativa, divulgação de informações
relevantes e conformidade com regulamentações específicas do setor.
A listagem em uma bolsa proporciona visibilidade à empresa, aumenta sua acessibilidade aos investidores e
proporciona uma fonte de financiamento adicional por meio da emissão de novas ações.
Isso inclui a supervisão constante das atividades de negociação, a detecção e prevenção de práticas abusivas,
como manipulação de mercado, e a resposta rápida a eventos que possam ameaçar a integridade do mercado.
Outro aspecto relevante é a adaptação constante às mudanças tecnológicas. Muitas dessas entidades
incorporam avanços tecnológicos para melhorar a eficiência das operações e garantir uma execução rápida e
segura das transações.
O que é?
Crowdfunding de investimento é captação de recursos por meio de oferta pública de distribuição de valores
mobiliários dispensada de registro, realizada por emissores considerados sociedades empresárias de pequeno
porte (nos termos da ICVM 588) e distribuída exclusivamente por meio de plataforma eletrônica de investimento
participativo.
As plataformas eletrônicas nas quais esses valores mobiliários são distribuídos devem ser regularmente
constituídas no Brasil, além de registrada e autorizada pela CVM. As ofertas serão realizadas exclusivamente
por meio de página na internet, programa, aplicativo ou meio eletrônico que forneça um ambiente virtual de
encontro entre investidores e emissores nos termos da ICVM 588.
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As ofertas seguem o rito do art. 27, incisos I e II, da Instrução 588, acompanhadas pela Superintendência de
Registro de Valores Mobiliários (SRE) da CVM.
Realizar solicitação
O pedido de registro de participante junto à CVM das Plataformas Eletrônicas de Investimento Participativo,
bem como qualquer questão desta natureza, deve ser submetido à Divisão de Supervisão de Securitização
(DSEC), da Superintendência de Supervisão de Securitização (SSE).
CANAIS DE PRESTAÇÃO
Web :
Acesse o site
CANAIS DE PRESTAÇÃO
E-mail :
A resposta será enviada ao e-mail do requerente.
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Mercados de Bolsa:
Os mercados de bolsa são ambientes organizados e regulamentados, onde a negociação de ativos financeiros
ocorre de forma padronizada. As transações são conduzidas por meio de uma bolsa de valores, como a NYSE
ou B3, seguindo regras específicas estabelecidas pela bolsa. A transparência, liquidez e a formação de preços
são características-chave desses mercados.
Os requisitos para listar e negociar ativos em bolsa incluem critérios financeiros, governança corporativa e
conformidade com regulamentações. As funções desses mercados envolvem facilitar a negociação, proporcionar
visibilidade às empresas e estabelecer regras para garantir um ambiente justo e transparente.
Balcão Organizado:
Os mercados de balcão organizado, também conhecidos como mercado de balcão organizado, referem-se a
ambientes regulamentados onde ativos são negociados fora das bolsas tradicionais. As negociações ainda são
padronizadas e regulamentadas, mas ocorrem diretamente entre as partes envolvidas. Isso inclui plataformas
eletrônicas de negociação.
Os requisitos para participar desses mercados variam, mas geralmente incluem conformidade com regras
específicas, transparência e supervisão. As funções incluem fornecer flexibilidade adicional para negociação,
especialmente para ativos que podem não atender aos critérios das bolsas tradicionais.
Os mercados de balcão não organizado, ou mercado de balcão não regulamentado, caracterizam-se pela
negociação direta entre as partes, sem uma infraestrutura centralizada. Essas transações são menos
regulamentadas e padronizadas, sendo mais comuns para ativos menos líquidos e complexos.
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A participação nesses mercados pode ser mais acessível, mas há um aumento no risco devido à falta de
regulamentação. As funções desses mercados incluem oferecer flexibilidade extrema, embora com maior
necessidade de diligência por parte dos participantes.
Intermediários:
Os intermediários financeiros desempenham um papel vital na facilitação das transações nos mercados. Isso
inclui corretores e dealers que conectam compradores e vendedores, facilitando a execução das ordens de
negociação.
Custodiantes:
Custodiantes são responsáveis pela guarda segura dos ativos financeiros dos investidores. Eles administram a
custódia física ou eletrônica dos títulos, garantindo a segurança e a integridade dos ativos.
Escrituradores:
Os escrituradores são responsáveis pelo registro e manutenção dos registros de propriedade de títulos,
garantindo que a transferência de propriedade seja registrada de maneira precisa.
Essas entidades são cruciais para garantir o cumprimento das obrigações financeiras decorrentes das
transações. A compensação envolve a reconciliação das ordens de compra e venda, enquanto a liquidação
refere-se à transferência efetiva dos ativos e pagamentos entre as partes envolvidas.
Depositários Centrais:
Depositários centrais são instituições responsáveis pelo registro centralizado de títulos, proporcionando
eficiência e segurança na custódia e transferência de ativos. Eles desempenham um papel crucial na facilitação
do processamento eficiente das transações.
Em conjunto, esses participantes e entidades formam uma infraestrutura robusta que sustenta o funcionamento
dos mercados financeiros, proporcionando confiança, transparência e eficiência nas transações. Cada um
desempenha um papel específico para garantir a integridade e o bom funcionamento do sistema financeiro.
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Companhias abertas são empresas cujas ações estão listadas em bolsas de valores e, portanto, são passíveis
de negociação pública. Esse status impõe uma série de obrigações regulatórias e de divulgação para garantir a
transparência e proteção aos investidores. A obtenção e o cancelamento do registro de emissor de valores
mobiliários são eventos importantes nesse contexto.
Por outro lado, o cancelamento do registro pode ocorrer por diversas razões, como fusões, aquisições, ou
mesmo por opção da própria empresa. O processo de cancelamento também envolve a submissão de
informações relevantes aos órgãos reguladores, assegurando que todos os stakeholders estejam cientes e
preparados para as mudanças.
A divulgação de informações pelas companhias abertas ocorre de forma periódica e eventual. As informações
periódicas incluem demonstrações financeiras trimestrais e anuais, relatórios de administração, e demais
documentos que forneçam uma visão abrangente da saúde financeira e operacional da empresa.
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Companhias abertas são empresas cujas ações estão listadas em bolsas de valores e, portanto, são passíveis
de negociação pública.
Esse status impõe uma série de obrigações regulatórias e de divulgação para garantir a transparência e proteção
aos investidores. A obtenção e o cancelamento do registro de emissor de valores mobiliários são eventos
importantes nesse contexto.
Esse processo exige a divulgação de informações financeiras e operacionais substanciais, permitindo que os
investidores tomem decisões informadas sobre a compra ou venda de ações.
Por outro lado, o cancelamento do registro pode ocorrer por diversas razões, como fusões, aquisições, ou
mesmo por opção da própria empresa. O processo de cancelamento também envolve a submissão de
informações relevantes aos órgãos reguladores, assegurando que todos os stakeholders estejam cientes e
preparados para as mudanças.
A divulgação de informações pelas companhias abertas ocorre de forma periódica e eventual. As informações
periódicas incluem demonstrações financeiras trimestrais e anuais, relatórios de administração, e demais
documentos que forneçam uma visão abrangente da saúde financeira e operacional da empresa. Já as
informações eventuais referem-se a comunicados de fatos relevantes, como eventos extraordinários, mudanças
na administração, ou qualquer informação que possa influenciar as decisões dos investidores.
As informações periódicas e eventuais são essenciais para permitir que os investidores avaliem o desempenho
e a estratégia da empresa ao tomar decisões de investimento.
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As hipóteses de dispensa de registro de emissor de valores mobiliários referem-se a situações em que uma
empresa pode ser dispensada da obrigação de registrar seus valores mobiliários junto aos órgãos reguladores,
como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no Brasil ou a Securities and Exchange Commission (SEC) nos
Estados Unidos.
Essas dispensas visam fornecer flexibilidade e eficiência ao ambiente regulatório, especialmente para empresas
menores ou com características específicas.
Uma das hipóteses comuns de dispensa de registro ocorre quando uma empresa emite valores mobiliários em
uma oferta privada que se enquadra em determinados critérios. Ofertas privadas, que não envolvem uma oferta
pública aberta a investidores em geral, podem ser dispensadas do registro se atenderem a certos requisitos,
como a oferta ser direcionada apenas a investidores qualificados.
Outra hipótese comum de dispensa é quando a emissão de valores mobiliários é considerada de pequeno porte.
Regulamentações geralmente estabelecem limites específicos de captação que, se não ultrapassados, permitem
à empresa dispensar o registro. Isso é especialmente benéfico para startups e pequenas empresas que buscam
capitalização inicial.
As dispensas também podem ser aplicadas a certas transações específicas, como fusões e aquisições,
reorganizações societárias e emissões de valores mobiliários vinculados a planos de remuneração de
funcionários.
Além disso, certos emissores e ofertas específicas podem ser dispensados com base em categorias
estabelecidas pelas autoridades reguladoras. Por exemplo, alguns países oferecem dispensa para emissores
estrangeiros que cumpram requisitos específicos.
Importante ressaltar que a dispensa de registro não significa uma total isenção de regulamentação. Mesmo
quando dispensadas do registro de emissor de valores mobiliários, as empresas podem estar sujeitas a
obrigações específicas de divulgação, dependendo da jurisdição e do contexto da oferta.
Outra hipótese de dispensa de registro de emissor de valores mobiliários pode ocorrer quando uma oferta é
direcionada exclusivamente a um grupo restrito de investidores institucionais ou qualificados. Essas ofertas
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privadas podem ser dispensadas do registro, uma vez que são direcionadas a investidores que, teoricamente,
têm maior conhecimento e capacidade financeira para avaliar os riscos associados.
A dispensa de registro também pode estar relacionada a ofertas restritas a um número limitado de investidores,
como aquelas direcionadas a um grupo fechado de acionistas ou a investidores que atendem a critérios
específicos. Nesses casos, a regulamentação pode permitir a dispensa, reconhecendo que o caráter restrito da
oferta reduz os riscos associados à ausência de registro público.
Além disso, em determinadas circunstâncias, empresas que emitem títulos exclusivamente para fins de
reestruturação financeira, como conversão de dívida em capital, podem ser dispensadas do registro. Essa
dispensa visa facilitar processos de reorganização societária e recuperação financeira.
É importante destacar que as autoridades reguladoras buscam equilibrar a flexibilidade necessária para o
funcionamento eficiente do mercado com a proteção dos investidores e a integridade do sistema financeiro.
Assim, as hipóteses de dispensa de registro são cuidadosamente delineadas e geralmente sujeitas a critérios
específicos estabelecidos por regulamentações e legislações vigentes.
Fundos são uma espécie de “condomínio” de investidores. Eles reúnem os recursos de diversas pessoas, para
que sejam aplicados em conjunto no mercado financeiro e de capitais. Os ganhos obtidos com as aplicações
são divididos entre os participantes, na proporção do valor depositado por cada um.
A soma do dinheiro dos investidores forma o patrimônio do fundo, que é aplicado por uma instituição ou
profissional (gestor). As decisões sobre o que fazer com os recursos devem obedecer objetivos e políticas
predefinidos. Os investimentos podem ser bem-sucedidos ou não – e isso determinará a valorização ou
desvalorização das cotas dos fundos.
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Comissão de Valores Mobiliários 2024 Analista Gestão (Perfil 5)
O funcionamento dos fundos segue uma dinâmica própria, mas relativamente fácil de entender. Abaixo, listamos
alguns aspectos importantes:
Os fundos podem investir em ativos de muitos tipos, como ações, CDB, debêntures, moedas, derivativos e até
investimentos estrangeiros. Mas existem algumas regras gerais sobre a concentração de investimentos, com o
objetivo de proteger os investidores.
Uma delas diz respeito a limite de aplicação por emissor dos papéis. Os fundos podem investir no máximo 20%
do patrimônio em ativos emitidos por uma mesma instituição financeira. No caso de empresas de capital
aberto e outros fundos, o limite é de até 10% do patrimônio, e de 5% para os demais emissores. Não há limite
para títulos públicos federais.
Também há uma série de limites relacionados ao tipo de ativo incluído na carteira e aos investimentos realizados
no exterior, discriminados na regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Como as possibilidades de combinações de investimentos é enorme, os fundos são classificados de acordo com
a composição das suas carteiras e os fatores de risco a que estão expostos. O objetivo é facilitar o acesso dos
investidores a informação e auxiliá-los na escolha entre as inúmeras opções disponíveis. Você conhecerá mais
sobre os tipos de fundos mais adiante neste guia.
Cotas
O patrimônio dos fundos é dividido em cotas. Quando aplica em um fundo, um investidor, na verdade, adquire
cotas deles. Se você quer investir R$ 10 mil em uma carteira que tem cotas valendo R$ 10 cada, conseguirá
adquirir um total de mil cotas.
A rentabilidade obtida pelo investidor também é calculada a partir do valor das cotas. No exemplo anterior, se
as cotas de R$ 10 estiverem valendo R$ 15 depois de um ano, significa dizer que o retorno no período foi de
50%.
Algumas taxas são cobradas dos investidores para remunerar as instituições envolvidas com o fundo – como o
administrador e o gestor. Ao escolher uma carteira para investir, é necessário considerar esses valores, porque
eles têm um impacto direto sobre o retorno. Afinal, os custos devem ser descontados do ganho com a
valorização das cotas para que se saiba exatamente qual é a rentabilidade líquida.
A taxa de administração existe em todos os fundos. Ela remunera os serviços de administração e gestão, e
incide sobre o patrimônio mantido pelo investidor. Essa taxa é divulgada como um percentual anual,
[ 34 ]
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normalmente, entre 0,5% e 4% ao ano. No entanto, a cobrança não é feita de uma vez só – e sim gradualmente
e proporcionalmente.
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Já a taxa de performance é uma remuneração baseada no resultado. Equivale a um bônus cobrado pelo
administrador por ter conseguido entregar ao investidor uma rentabilidade superior à de um referencial
previamente combinado.
Num fundo de ações, a referência pode ser o Ibovespa. Assim, se ele tiver desempenho melhor que o do índice
num determinado período, parte do ganho excedente – 10% ou 20%, por exemplo – ficará com o administrador.
Tributação e Come-cotas
Assim como em outros investimentos, as aplicações em fundos pagam impostos. São dois os principais tributos
que incidem nas carteiras: Imposto de Renda e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
O Imposto de Renda incide na rentabilidade dos fundos. Assim, se durante um ano uma carteira rendeu 10%,
é sobre esse valor que as alíquotas serão aplicadas. Para efeitos de tributação, os fundos são divididos em três
tipos:
• Fundos de longo prazo: papéis com vencimento em mais de 365 dias, em média
• Fundos curto prazo: papéis com vencimento em menos de 365 dias, em média
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• Fundos de ações
A tributação dos fundos de curto e de longo prazo segue uma tabela regressiva, segundo a permanência do
investidor na aplicação. Significa que você pagará menos Imposto de Renda caso mantenha seu dinheiro
investido por mais tempo. O IR é cobrado na fonte e recolhido pelo administrador. As tabelas de alíquotas são
as seguintes:
Ao contrário de outros investimentos, a cobrança de IR nos fundos de curto e longo prazo não acontece apenas
na hora do resgate.
Ela é semestral. Duas vezes por ano, no último dia útil dos meses de maio e novembro, os administradores
calculam quanto os investidores devem de imposto considerando a menor alíquota aplicada em cada categoria.
A cobrança é feita recolhendo cotas do fundo – por isso, esse sistema é conhecido como “come-cotas”.
Se por acaso o investidor decidir resgatar os recursos em um período mais curto, em que as alíquotas de IR
seriam maiores do que recolhidas pelo come-cotas, o cálculo da diferença entre o que já foi pago e o que resta
acertar é feito e os valores, retidos pelo administrador.
Nos fundos de ações, o esquema é diferente – e, na verdade, bem mais simples. Incide uma alíquota única de
IR de 15% sobre o rendimento, cobrada na fonte, no momento do resgate das cotas.
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Comissão de Valores Mobiliários 2024 Analista Gestão (Perfil 5)
Já o IOF incide sobre o rendimento apenas nos resgates feitos em um período inferior a 30 dias a partir da
aplicação. A alíquota pode variar de 96% a 0%, dependendo do prazo.
Tipos de fundos
Os fundos de investimento são classificados em alguns tipos distintos, dependendo das aplicações que
predominam na carteira e das estratégias que adotam. Essa classificação é importante porque facilita o trabalho
do investidor na hora de escolher. Se seu objetivo é aplicar em ações, basta que ele avalie as opções incluídas
na categoria “fundos de ações”.
Conheça abaixo os tipos de fundos mais comuns:
Os fundos cambiais investem acima de 80% do patrimônio em ativos que sejam relacionados a outras moedas.
Os mais conhecidos são os fundos cambiais de dólar, que procuram acompanhar a cotação da moeda
americana.
Eles podem ser uma opção para investidores que desejem se proteger das variações cambiais ou que estejam
programando uma viagem ao exterior. O principal fator de risco de um fundo desse tipo é exatamente a variação
do preço de moedas estrangeiras.
Fundo de ações
Para serem chamados assim, os fundos de ações devem investir no mínimo 67% do patrimônio em ações
negociadas em mercado de bolsa ou balcão organizado. O restante pode ser distribuído entre outros tipos de
ativos. O principal fator de risco é a variação do preço dos papéis incluídos na carteira.
Os fundos de ações costumam ser recomendados para quem tem objetivos de longo prazo, já que a exposição
a riscos (em troca de uma expectativa de rentabilidade mais elevada) é grande.
Fundo Multimercado
Nos fundos multimercado, a política de investimento pode envolver vários fatores de risco, sem o compromisso
de concentração em nenhum em especial.
Cabem, nesse tipo de carteira, aplicações de renda fixa, câmbio, ações e derivativos (principalmente para
alavancagem).
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Os fundos de renda fixa devem aplicar pelo menos 80% dos recursos em ativos de renda fixa – e, exatamente
por isso, o principal fator de risco é a variação da taxa de juros ou de índices de preços.
Existem alguns tipos distintos de fundos de renda fixa. Os fundos DI são os mais populares. Eles fazem
aplicações (basicamente em títulos do governo federal) de modo a perseguir a rentabilidade da taxa do CDI.
São considerados de baixo risco.
Também há fundos de renda fixa de crédito privado, em que o volume mais significativo das aplicações é
destinado a papéis privados – emitidos por empresas. Por essa razão, costumam ser considerados mais
ousados.
Um terceiro tipo que está se tornando mais comum são os fundos de debêntures incentivadas, um tipo de
fundo de crédito privado (já que os seus recursos são aplicados em papéis emitidos por outras empresas) com
características específicas. A principal é o fato de serem isentos da cobrança de Imposto de Renda.
Fundo de Previdência
É nos fundos de previdência privada que são aplicados os recursos dos investidores que possuem planos de
previdência (também conhecidos pelas siglas PGBL e VGBL). Eles envolvem alguns benefícios tributários para
estimular as pessoas a economizarem dinheiro no longo prazo, especialmente para a aposentadoria.
Fundo Imobiliário
Esses fundos são fechados – e, por isso, o resgate de cotas não é permitido. Muitos deles, no entanto, são
listados na bolsa de valores e negociados como ações. O rendimento distribuído por essas carteiras é isento de
Imposto de Renda.
Fundos Mútuos de Privatização (FMP) são fundos de investimentos em ações de empresas estatais em processo
de desestatização ou capitalização cujos aportes são realizados com recursos do FGTS.
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Uma série de instituições estão envolvidas na criação e na manutenção de um fundo de investimento. Cada
uma delas tem uma função específica, definida na regulação e essencial para a existência da carteira.
É importante que os investidores conheçam essa estrutura para que saibam o que esperar de cada participante
e também a quem recorrer em caso de dúvidas ou problemas. Confira mais sobre o assunto abaixo:
Gestor
O gestor é quem decide que investimentos serão feitos com o dinheiro aplicado pelos investidores no fundo.
Ele escolhe quais ativos – ações, moedas ou títulos públicos, por exemplo – serão comprados ou vendidos, em
que quantidade e a que preço.
Para tomar essas decisões, o gestor sempre deve ter em vista a perspectiva de retorno, o nível de risco e a
liquidez de cada papel. Também precisa considerar a política de investimento e os objetivos definidos no
regulamento do fundo.
Além disso, cabe ao gestor estabelecer o contato com os intermediários que podem realizar as operações (como
as corretoras de valores), além de exercer o direito de voto decorrente dos ativos mantidos pelo fundo.
Os gestores precisam ser registrados junto à CVM. Podem ser pessoas físicas ou jurídicas – e nesse caso,
também são conhecidos como “assets”.
Administrador
A criação de um fundo depende de um administrador. Ele é uma instituição financeira que define as principais
características das carteiras, seus objetivos e políticas de investimento. É sua obrigação a prestar um conjunto
de serviços relacionados ao funcionamento e à manutenção do fundo.
Nem todos esses serviços precisam necessariamente ser executados pelo administrador, que pode terceirizar
parte deles. Por exemplo, a gestão da carteira, a consultoria de investimentos, as atividades de tesouraria, a
distribuição das cotas, a escrituração de emissão e de resgate das cotas e a custódia dos ativos financeiros.
O administrador assume uma série de responsabilidades perante os cotistas e a CVM. É sua função elaborar e
divulgar as informações periódicas (o valor das cotas, por exemplo, que deve ser informado diariamente) e
eventuais (os fatos relevantes ou comunicados com os cotistas).
Também é obrigação dele manter serviço de atendimento que prestem esclarecimentos e recebam reclamações
dos cotistas.
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Comissão de Valores Mobiliários 2024 Analista Gestão (Perfil 5)
Somente pessoa jurídica autorizada pela CVM para realizar administração de carteira pode ser administrador
de um fundo de investimento.
Custodiante
Embora sejam escolhidos e negociados pelo gestor, os ativos que compõem um fundo de investimentos são
mantidos por instituições financeiras conhecidas como custodiantes. Além da “guarda” dos papéis, o custodiante
também responde pelos dados e pelo envio de informações do fundo aos gestores e administradores.
Na prática, o registro, a liquidação física e financeira (ou seja, a efetivação da compra e da venda) e o exercício
dos direitos e obrigações sobre os investimentos feitos pelo fundo são todas funções do custodiante.
Auditor
A contratação de um auditor independente pelo administrador é uma exigência para que um fundo possa existir.
Cabe a ele auditar – ou seja, conferir – as demonstrações contábeis da carteira. O objetivo desse trabalho é
garantir aos investidores que a administração está ocorrendo dentro das regras e normas estabelecidas, dando
transparência ao mercado.
Assim como o administrador e o gestor, o auditor também precisa ser devidamente registrado junto à CVM
para exercer suas funções.
Distribuidor
Para que comece a receber aplicações, um fundo precisa ser oferecido aos investidores. Isso é feito por uma
rede de distribuidores, que pode incluir ainda bancos e corretoras. São essas instituições que “vendem” as cotas
aos interessados. Os distribuidores podem ser ligados ao administrador do fundo ou não.
O administrador ou o gestor tomam a maioria das decisões administrativas e de investimento do fundo por
conta própria. Mas algumas questões só podem ser decididas em uma assembleia geral de cotistas, que é a
instância máxima de decisão de um fundo. Entre outros assuntos, é o caso de:
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Comissão de Valores Mobiliários 2024 Analista Gestão (Perfil 5)
Além de decisões como essas, a assembleia geral também deve ser realizada anualmente para que os cotistas
analisem e deliberem sobre as demonstrações contábeis do fundo. Tanto o administrador quanto o gestor, o
custodiante e o cotista (ou grupo de cotistas) que possua mais de 5% das cotas também pode convocar uma
assembleia geral.
No entanto, o administrador e o gestor não podem votar na reunião, assim como seus sócios, diretores e
funcionários, as empresas ligadas a eles, os prestadores de serviço do fundo e seus sócios, diretores e
funcionários.
Os cotistas devem ser convocados por correspondência com pelo menos dez dias de antecedência. Cada cota
do fundo dá direito a um voto e a reunião pode ser realizada com a presença de qualquer número de cotistas
– que também podem votar por comunicação escrita ou eletrônica enviada ao administrador. O resumo das
decisões deve ser informado em até 30 dias.
O fundo em que você está interessado é aberto ou fechado? Esse é um aspecto importante – entre outras
razões, porque determina se, de fato, é possível fazer a aplicação ou não.
Nos fundos chamados de abertos, a aplicação e o resgate podem ser realizados nas instituições responsáveis
pela distribuição das cotas – como bancos ou corretoras – quando o investidor quiser. Já nos fundos fechados,
a entrada e a saída dos cotistas não acontece a qualquer tempo – e sim, apenas em momentos específicos.
Os fundos fechados recebem investidores durante o chamado “período de captação”. Quando esse prazo
termina, não são admitidos novos cotistas, nem novos investimentos pelos antigos cotistas. Eles só poderão
voltar a aplicar no fundo quando houver mais uma “rodada de investimentos”.
Da mesma forma, o resgate das cotas também tem data certa para acontecer, que é o prazo de encerramento
do fundo – normalmente, alguns anos depois. Se precisar do dinheiro antes disso, o cotista terá de vender sua
parte a outros investidores. Essa negociação eventualmente pode ocorrer em mercados organizados de bolsa
ou balcão.
Investir em fundos é como investir em qualquer outra classe de ativos: envolve mais ou menos riscos
dependendo da expectativa de retorno. Como existem fundos que aplicam os recursos dos investidores em
quase todo tipo de mercado, o nível de risco varia fortemente dependendo da opção escolhida.
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Comissão de Valores Mobiliários 2024 Analista Gestão (Perfil 5)
Do ponto de vista administrativo, os fundos têm uma vantagem: eles possuem um CNPJ próprio. Isso significa
que os recursos depositados pelos investidores são mantidos em uma estrutura apartada do gestor ou do
administrador. Assim, se alguma dessas instituições quebrar, o dinheiro do fundo está protegido.
Listamos abaixo alguns tipos de riscos presentes no investimento em fundos:
Risco de crédito
Se você optou por um fundo que faça aplicações em renda fixa, está sujeito ao risco de crédito dos papéis. Ele
representa a chance de o emissor dar “calote” nos investidores.
Pense em uma debênture lançada por uma empresa. Quem compra o papel espera receber, no futuro, o
principal investido e mais juros. Sempre existe, no entanto, a possibilidade de que a empresa passe por
problemas de caixa e deixe de honrar com esse compromisso (ou o faça em um prazo diferente do acertado,
ou em valor distinto). Esse é o conceito de risco de crédito.
Quanto mais sólido é o emissor e suas finanças, menor tende a ser o risco de crédito dos seus papéis. O
contrário também é verdadeiro.
Risco de mercado
Muitas vezes um fundo faz uma aplicação em um mercado – de ações, de títulos públicos ou qualquer outro –
na expectativa de que o desempenho dele será positivo, mas isso não acontece. Seja por uma mudança
econômica inesperada, seja por uma situação especial vivida pelo emissor dos papéis incluídos na carteira. O
fato é que algumas situações são imprevisíveis.
As oscilações de preço causadas pelos eventos que ocorrem sistematicamente representam o risco de mercado.
Todos os fundos estão sujeitos a ele. Existem algumas maneiras de mitigá-lo, com operações que ajudam a
“blindar” a carteira, mas ele nunca desaparece por completo.
Risco de liquidez
O risco de liquidez representa a chance de que o investidor perca dinheiro por uma incapacidade do gestor de
liquidar uma operação incluída na carteira sem redução de valor.
Imagine que seu fundo aplique em ações que sejam muito pouco negociadas na bolsa de valores. A dificuldade
de encontrar quem compre esses papéis pode levar o gestor a adiar a venda ou a ser obrigado a conceder um
grande desconto nos papéis. Eis o risco de liquidez.
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Fundos de todos os tipos podem estar sujeitos a esse risco, dependendo do tipo de aplicação que realizam.
Conhecer a composição da carteira é uma forma de estar preparado para encará-lo.
Proteção do FGC?
Ao contrário de outros produtos financeiros, como os CDBs e as letras de crédito imobiliário (LCI), os fundos
não contam com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos. O FGC, como também é chamado, oferece uma
espécie de seguro: ele reembolsa os investidores em até R$ 250 mil (por CPF) no caso de a instituição financeira
sofrer uma intervenção ou passar por liquidação.
Depois de ler tantas informações até aqui, você deve estar se perguntando: por que investir em fundos, e não
em outras modalidades? Assim como qualquer outro produto financeiro, há vantagens e desvantagens de
aplicar neles.
Entre as vantagens, uma das principais é contar com a gestão de um profissional especializado, que tomará
decisões de investimento baseadas em uma série de critérios e análises. Um investidor iniciante, por exemplo,
dificilmente teria condições de fazer isso por conta própria.
Esse é o lado bom. Já a desvantagem é o fato de que todas as decisões ficam a cargo do gestor, sem que o
investidor tenha a possibilidade de interferir nelas ou de escolher, ele mesmo, os ativos que serão comprados
ou vendidos.
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Investir em fundos também permite realizar uma diversificação mesmo sem ter muito dinheiro para investir.
Isso porque a carteira dos fundos costuma estar alocada em vários ativos, e não concentrada.
Além disso, os fundos podem dar acesso a uma série de investimentos que não estariam disponíveis às pessoas
de outra forma. Pense em alguém que tenha R$ 500 por mês para investir. Considerando as cotações do início
de setembro de 2019, não seria possível comprar nem 15 ações de uma empresa como a Vale diretamente na
B3 com esse valor, por exemplo. Mas dá para investir em um fundo de ações que aplique nestes – e em muitos
– outros papéis.
Por fim, algumas categorias de fundos – como os de previdência – permitem a portabilidade. Significa que se
você estiver insatisfeito com a instituição em que fez o investimento, pode solicitar a migração dos recursos
para outra. Basta manter a modalidade da aplicação, o que significa que planos do tipo PGBL só podem ser
trocados por outros PGBLs. O mesmo vale para os planos do tipo VGBL.
Alguns aspectos devem ser considerados por quem está interessado em investir em fundos. Eles são
determinantes para a escolha da carteira mais adequada para cada perfil de investidor. Confira:
Lâmina
Um primeiro passo para começar a escolher um fundo é ler a lâmina de informações essenciais das carteiras
do seu interesse. Esse documento é uma espécie de resumo que procura simplificar a apresentação das
principais informações do regulamento e do prospecto dos fundos.
Em poucas páginas, a partir de um modelo definido, a lâmina deve conter a rentabilidade dos últimos cinco
anos, a composição da carteira, as taxas cobradas e o nível de risco do fundo. Precisa ser atualizada
mensalmente e costuma trazer dados em gráficos e tabelas para facilitar a compreensão. O administrador deve
divulgar a lâmina atualizada de cada fundo em seu site, em lugar de destaque e sem proteção por senha.
Perfil e risco
Verifique se o perfil dos fundos que você está avaliando combina com seu próprio perfil de investidor. Uma das
medidas importantes, nesse caso, é seu nível de tolerância a risco. Responda, para si mesmo, perguntas como
qual seu patamar de conhecimento sobre o tipo de carteira que está no seu radar ou quanto tempo terá
disponível para estudar sobre ela.
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Isso ajudará você a tomar uma decisão de investimento mais consciente. Fundos de ações, por exemplo,
costumam embutir riscos maiores do que os de renda fixa – você está preparado para isso? Qual seria sua
reação se o valor das suas cotas subisse ou caísse 5% em poucos dias?
Mesmo os fundos de renda fixa podem sofrer variações importantes no valor das cotas, principalmente se
investirem em papéis de crédito privado ou em títulos públicos de prazo muito longo. Você seria capaz de
controlar a emoção em momentos de tensão?
Benchmark
Para que você tenha uma ideia mais clara dos objetivos dos fundos que estiver analisando, vale a pena conferir
qual é o seu benchmark. Trata-se de um parâmetro usado como referência para a performance da carteira.
Fundos de ações, por exemplo, podem ter o Ibovespa – principal índice do mercado brasileiro – como
benchmark. Significa que o gestor vai procurar comprar e vender papéis de modo que a rentabilidade do fundo
siga de perto ou supere o Ibovespa em um determinado período.
Já os fundos de renda fixa adotarão como benchmark indicadores de referência relacionados a este mercado –
como é o caso da taxa do CDI. Fundos multimercados estabelecem os seus benchmarks de acordo com sua
política de investimento. Podem adotar o Ibovespa, o CDI ou outros índices.
Resgate e Liquidez
Entre os aspectos que devem ser considerados na escolha de um fundo estão os seus prazos de resgate das
cotas. Os procedimentos devem estar descritos no regulamento para especificar qual será a data de conversão
(quando o cálculo do valor das cotas será feito para o pagamento do resgate) e também a data de pagamento
(quando os recursos serão disponibilizados ao investidor).
Considere esse exemplo. No regulamento de um determinado fundo consta que a data de conversão ocorre em
D+1. Significa dizer que o cálculo do valor das cotas usado como referência para o pagamento do resgate
ocorrerá um dia útil após a data da solicitação. Portanto, na data de conversão, as cotas podem estar valendo
mais ou menos do que na data do pedido do resgate.
Agora suponha que esse mesmo fundo especifique que a data de pagamento acontece em D+3. Nesse caso, o
depósito do dinheiro será feito três dias úteis depois. Dependendo da carteira, esse prazo pode ser ainda maior:
D+10, D+30 ou até D+90.
Também é bom saber que alguns fundos podem impor um prazo de carência, que é um período mínimo em
que o investidor não pode solicitar o resgate.
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Essas características é que determinam se um fundo tem alta ou baixa liquidez, que representa o nível de
dificuldade para transformar as suas cotas em dinheiro vivo.
Taxas
O tamanho das taxas cobradas pelos fundos deve ser considerado na escolha, porque elas têm impacto sobre
a rentabilidade líquida obtida pelo investidor. Esse é o caso principalmente da taxa de administração. Quanto à
taxa de performance, a análise é um pouco diferente.
Como você já aprendeu na seção “Como funcionam os fundos de investimento?”, a taxa de performance é uma
remuneração sobre o resultado da carteira. Ela só é aplicada quando o fundo rende acima do indicador de
rentabilidade adotado como referência (o benchmark). Se isso não acontece, não há cobrança.
Por isso, a existência da taxa de performance – ou taxa de sucesso, como também é chamada – é considerada
um estímulo para o gestor realizar o melhor trabalho que puder. Muitas vezes, fundos que fazem essa cobrança
têm um desempenho superior aos outros.
Aplicação inicial
Dentre as condições gerais de investimento, os fundos costumam estabelecer uma aplicação inicial. Isto é, um
valor mínimo que o investidor deve aportar na primeira vez que aplica. Esse valor varia muito de acordo com o
nível de sofisticação e risco da carteira.
Fundos conservadores voltados para investidores de varejo – como é o caso dos vendidos nas agências dos
grandes bancos tradicionais – costumam exigir aplicações iniciais muito baixas. Em alguns casos, com quantias
a partir de R$ 100 é possível entrar em um deles.
Já fundos mais arriscados, como alguns tipos de multimercados mantidos por gestoras badaladas, podem
demandar um valor inicial elevado.
Em corretoras independentes, encontram-se carteiras que investem até no exterior com investimento de
entrada por volta de R$ 5 mil ou R$ 10 mil. Em outros casos, é possível que a exigência fique na casa das
centenas de milhares.
Alguns fundos determinam também um valor de movimentação mínima, o que significa que novos aportes –
depois do inicial – também devem obedecer uma faixa de corte.
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Histórico e rentabilidade
O histórico de desempenho costuma ser uma informação relevante para os investidores que estão avaliando
em que fundo aplicar. Ainda que a rentabilidade passada não seja garantia do retorno futuro, sua análise ajuda
a identificar como a carteira se comporta em períodos distintos – seja nas épocas de bonança, seja nos tempos
de crise.
Isso permite que os investidores estejam preparados para encarar os altos e baixos das cotas, sem maiores
sobressaltos. Essas informações ficam disponível nos sites da CVM e da Anbima, além de serem disponibilizadas
pelos administradores dos fundos em documentos como a lâmina.
Rating
Vale a pena procurar avaliações externas – de casas de análise ou de especialistas – sobre os fundos que
interessam a você. Eles consideram fatores objetivos, como rentabilidade e nível de risco, para indicar quais
carteiras são as melhores do mercado.
Um exemplo é o rating de fundos elaborado pela Morningstar, casa de análise americana presente no Brasil
desde 2012. A empresa atribui até cinco estrelas a cada carteira – quanto mais, melhor. O objetivo é ajudar os
investidores a escolher em qual aplicar.
O rating Morningstar se baseia em três pilares: quanto o fundo cobra em taxas, a rentabilidade em comparação
com o CDI e a volatilidade. Para receber a classificação, a carteira precisa ter pelo menos 36 meses de histórico
e um track record de cinco a dez anos. O rating é revisado mensalmente.
O InfoMoney também elabora um ranking mensal e outro anual com o objetivo de facilitar a coleta de
informações pelos investidores.
Quatro tipos são acompanhados regularmente: fundos de ações, multimercados, renda fixa e imobiliários. Dois
aspectos, risco e retorno, são sempre avaliados para chegar à classificação final.
O ranking anual Melhores Fundos InfoMoney-Ibmec analisa as carteiras em termos de retorno ajustado ao risco
nos últimos anos para premiar os melhores fundos de investimento do país.
Você também pode utilizar a nossa ferramenta que compara os fundos disponíveis no mercado.
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Essa abordagem utiliza princípios lógicos para analisar os fundamentos das decisões econômico-financeiras,
compreender os padrões de comportamento dos agentes econômicos e antecipar possíveis cenários. No cerne
da lógica econômico-financeira está a capacidade de aplicar métodos lógicos para interpretar dados, realizar
projeções e tomar decisões informadas.
Na lógica econômico-financeira, a formulação de modelos é uma prática comum. Esses modelos são
representações abstratas da realidade financeira e econômica, muitas vezes envolvendo equações e relações
matemáticas. A análise lógica desses modelos permite compreender as interações entre diferentes variáveis e
como mudanças em uma variável podem impactar outras.
Decisões de investimento, por exemplo, envolvem a análise lógica das condições do mercado, avaliação de
riscos e retorno esperado, consideração de fatores macroeconômicos e interpretação de indicadores financeiros.
A lógica econômico-financeira ajuda a estruturar esse processo de tomada de decisão, tornando-o mais
fundamentado e alinhado com os objetivos financeiros.
Além disso, a lógica econômico-financeira desempenha um papel vital na compreensão e formulação de políticas
econômicas. Governos e instituições financeiras utilizam essa lógica para desenvolver estratégias que
promovam o crescimento econômico, controlem a inflação e estabilizem os mercados financeiros.
A lógica econômico-financeira é uma ferramenta essencial para a compreensão e análise crítica dos fenômenos
econômicos e financeiros. Sua aplicação ajuda a tomar decisões mais informadas, antecipar tendências e
entender as complexidades do mundo econômico.
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A tomada de decisões em mercados financeiros, por sua vez, envolve a interpretação lógica de informações
provenientes de diversas fontes, como relatórios econômicos, análises de mercado, notícias financeiras e
indicadores técnicos. A capacidade de discernir padrões, identificar tendências e antecipar movimentos do
mercado é fundamental para investidores e gestores de portfólio.
A lógica econômico-financeira não se restringe apenas à análise quantitativa, mas também abrange aspectos
qualitativos. Compreender o contexto econômico em termos de políticas governamentais, eventos geopolíticos
e mudanças no ambiente regulatório é crucial para uma análise abrangente.
Além disso, a lógica econômico-financeira é central na avaliação de riscos. Modelos de risco financeiro e
econômico utilizam princípios lógicos para prever possíveis cenários adversos e calcular a probabilidade de
ocorrência de eventos indesejados. Essa análise de risco é vital para a gestão de portfólio e para a formulação
de estratégias de mitigação.
Em conclusão, a lógica econômico-financeira é uma ferramenta multifacetada que permeia todas as esferas do
mundo financeiro e econômico. Desde a avaliação de investimentos até a formulação de políticas públicas, sua
aplicação contribui para a compreensão e aprimoramento das decisões que moldam o cenário econômico global.
Valores mobiliários emitidos no âmbito de operações de securitização representam uma forma especializada de
instrumentos financeiros derivados de uma prática conhecida como securitização. Esse processo envolve a
transformação de ativos financeiros, como empréstimos ou recebíveis, em títulos negociáveis no mercado de
capitais.
Os valores mobiliários emitidos nesse contexto são, muitas vezes, lastreados nos fluxos de pagamento gerados
por esses ativos subjacentes.
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A securitização tem como objetivo principal converter ativos ilíquidos em títulos negociáveis, permitindo que
instituições financeiras liberem capital e diversifiquem seus riscos. Esse processo é comumente utilizado em
setores como hipotecas, créditos consignados, financiamentos automotivos e outros tipos de dívidas.
Os valores mobiliários emitidos no âmbito da securitização podem assumir diferentes formas, sendo as mais
comuns:
Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI): Emitidos lastreando-se em recebíveis originados por operações
imobiliárias, como aluguéis ou financiamentos habitacionais.
Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA): Similar ao CRI, mas lastreado em recebíveis do agronegócio,
como créditos provenientes de operações de financiamento ou arrendamento rural.
Letras de Crédito Imobiliário (LCI): Títulos emitidos por instituições financeiras lastreados em créditos
imobiliários, visando captar recursos para financiamento desse setor.
Letras de Crédito do Agronegócio (LCA): Semelhante à LCI, mas com lastro em operações do agronegócio.
A emissão desses valores mobiliários geralmente ocorre por meio de veículos específicos, como Fundos de
Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) no Brasil, que adquirem os direitos sobre os ativos originadores
da securitização. Os investidores adquirem esses títulos com base na confiança nos fluxos de recebíveis
subjacentes.
As operações de securitização e os valores mobiliários associados têm um papel importante nos mercados
financeiros, proporcionando uma fonte alternativa de financiamento e contribuindo para a liquidez do mercado.
No entanto, é crucial que os investidores compreendam os riscos associados, como a qualidade dos ativos
subjacentes e a possibilidade de inadimplência, para tomar decisões informadas.
[ 50 ]
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transformar ativos financeiros em títulos negociáveis, as instituições conseguem obter liquidez imediata e
reduzir o risco associado a esses ativos, liberando recursos para novas oportunidades de empréstimos.
Os investidores, por sua vez, são atraídos pelos valores mobiliários lastreados em ativos diversificados,
proporcionando-lhes uma oportunidade de investir em diferentes classes de ativos. Essa diversificação pode
contribuir para a gestão eficiente de portfólios e a mitigação de riscos.
No entanto, é importante destacar que a securitização também apresenta desafios e riscos. A qualidade dos
ativos subjacentes é crucial, pois a inadimplência ou deterioração desses ativos pode afetar negativamente o
desempenho dos valores mobiliários emitidos. A crise financeira de 2008, por exemplo, revelou os riscos
associados à securitização, especialmente em setores como hipotecas subprime.
A evolução contínua dos mercados financeiros e as mudanças nas condições econômicas podem influenciar a
popularidade e a eficácia da securitização. O entendimento dos participantes do mercado sobre os riscos e
benefícios associados a essas práticas é fundamental para a tomada de decisões informadas.
Essa prática proporciona benefícios, como liquidez e diversificação, mas também demanda cautela e
regulamentação adequada para proteger os interesses dos investidores e manter a estabilidade do sistema
financeiro.
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diversos setores e a emissão de diferentes tipos de valores mobiliários. Já a Categoria S2 impõe restrições mais
específicas, visando uma abordagem mais conservadora em relação às atividades de securitização.
Em síntese, o regime fiduciário assegura a proteção dos investidores ao segregarem ativos, enquanto as
categorias S1 e S2 regulamentam as atividades das securitizadoras, buscando conciliar flexibilidade e segurança
no ambiente de securitização. Esses elementos desempenham papéis fundamentais na estruturação e
funcionamento adequado desse importante segmento do mercado financeiro.
O regime fiduciário, ao garantir a segregação de ativos, confere aos investidores uma camada adicional de
segurança, mitigando os riscos associados às operações de securitização. Essa estrutura protege os ativos
contra eventualidades como a falência da securitizadora, assegurando que os recursos estejam disponíveis para
o cumprimento das obrigações com os detentores dos valores mobiliários.
Além disso, a natureza fiduciária reforça a transparência e a governança nas operações de securitização. A
securitizadora, ao atuar como fiduciária, tem a responsabilidade de gerir os ativos de maneira diligente e em
conformidade com os interesses dos investidores. Isso contribui para a confiança no mercado e favorece um
ambiente propício ao crescimento saudável da securitização.
No que se refere às categorias S1 e S2, a diferenciação entre essas classificações tem implicações significativas
nas atividades permitidas às securitizadoras.
A Categoria S1, ao oferecer maior flexibilidade, possibilita uma ampla gama de operações, contribuindo para a
inovação e diversificação do mercado de securitização. Por outro lado, a Categoria S2, com suas restrições mais
específicas, visa conter riscos excessivos, assegurando que as práticas adotadas sejam mais conservadoras.
Essas categorias não apenas refletem a postura regulatória em relação à securitização, mas também buscam
adaptar-se dinamicamente às condições do mercado e à evolução das práticas financeiras. Dessa forma,
proporcionam um ambiente regulatório que promove o crescimento responsável do mercado de securitização.
Em resumo, o regime fiduciário e as categorias S1 e S2 são pilares essenciais para a integridade e o bom
funcionamento das operações de securitização. Ao equilibrar a flexibilidade necessária para a inovação com
salvaguardas para mitigar riscos, esses elementos contribuem para a sustentabilidade e a eficiência desse
importante mecanismo financeiro.
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Auditores independentes desempenham um papel crucial no cenário empresarial, oferecendo uma avaliação
imparcial das demonstrações financeiras de uma organização. Sua principal responsabilidade é examinar e
analisar as informações contábeis e financeiras para garantir sua conformidade com os princípios contábeis
aceitos e as normas regulatórias.
A independência dos auditores é fundamental para garantir a integridade e a objetividade de seu trabalho. Eles
devem manter uma separação significativa da entidade que estão auditando, evitando conflitos de interesse
que possam comprometer sua imparcialidade. Isso significa que os auditores não devem ter relações financeiras
ou comerciais significativas com a organização que estão auditando.
Além disso, os auditores independentes precisam aderir a padrões éticos rigorosos e manter uma postura
imparcial ao avaliar as práticas contábeis e os controles internos da empresa. Isso é essencial para garantir a
credibilidade e a confiança nas informações financeiras divulgadas ao público, acionistas e outras partes
interessadas.
Os relatórios de auditoria resultantes do trabalho dos auditores independentes fornecem uma avaliação crítica
da saúde financeira e da conformidade de uma empresa. Essas avaliações são valiosas para investidores,
credores e outros stakeholders que dependem das informações financeiras precisas e confiáveis para tomar
decisões informadas.
A presença de auditores independentes é geralmente obrigatória para empresas de capital aberto e entidades
regulamentadas. Isso contribui para a transparência e prestação de contas no mercado financeiro, promovendo
a confiança e a estabilidade nas relações comerciais.
Além da auditoria das demonstrações financeiras, os auditores independentes também podem desempenhar
outras funções, como a revisão de controles internos, a identificação de riscos financeiros e a consultoria em
questões contábeis complexas. Essas atividades adicionais buscam melhorar a eficiência operacional e a gestão
de riscos dentro das organizações, além de fornecer orientação sobre as melhores práticas contábeis.
A independência dos auditores é reforçada por regulamentações e normas rigorosas que visam garantir que
sua conduta seja ética e objetiva. Os auditores independentes também são muitas vezes submetidos a revisões
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por parte de órgãos reguladores e entidades de supervisão para garantir a conformidade contínua com padrões
profissionais.
A confiança na integridade dos auditores independentes é essencial para o funcionamento eficiente dos
mercados financeiros, pois influencia a decisão de investidores e a disposição de empresas para fornecer
informações transparentes. Quando os investidores e outros stakeholders confiam nos relatórios de auditoria,
a credibilidade do mercado é fortalecida, facilitando o acesso ao capital e o desenvolvimento econômico.
Agências de classificação de risco desempenham um papel significativo nos mercados financeiros, avaliando a
solidez financeira e a capacidade de pagamento de emissores de títulos, como governos, empresas e
instrumentos financeiros estruturados. Seu objetivo principal é fornecer aos investidores e participantes do
mercado uma avaliação independente do risco associado a esses ativos.
Essas agências atribuem classificações de crédito aos emissores e suas emissões de títulos, indicando o grau
de risco associado a esses instrumentos.
As classificações geralmente variam de graus de investimento considerados mais seguros até graus
especulativos ou de alto risco. A qualidade e a confiabilidade dessas avaliações são fundamentais para orientar
as decisões de investimento e para que os participantes do mercado possam avaliar os riscos envolvidos.
É importante destacar que as agências de classificação de risco operam de forma independente, mas sua
influência nos mercados é considerável. Investidores, instituições financeiras e reguladores muitas vezes
dependem dessas classificações para tomar decisões informadas sobre alocação de capital e gestão de riscos.
No entanto, as agências de classificação de risco também foram objeto de críticas, especialmente após crises
financeiras, devido a preocupações sobre conflitos de interesse, metodologias opacas e a possibilidade de
avaliações excessivamente otimistas. A crise financeira de 2008 destacou algumas limitações dessas agências,
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pois muitos produtos financeiros complexos receberam classificações favoráveis que não refletiam
adequadamente seu verdadeiro risco.
Apesar das críticas, as agências de classificação de risco continuam a desempenhar um papel essencial nos
mercados financeiros globais. Reguladores buscam aprimorar a supervisão e a transparência nas atividades
dessas agências, visando fortalecer a integridade e a confiança nos sistemas financeiros internacionais.
A avaliação cuidadosa das classificações de risco é crucial para uma tomada de decisão informada no mundo
dos investimentos.
Além de avaliar a solidez financeira de emissores de títulos, as agências de classificação de risco também
desempenham um papel importante na classificação de países soberanos. As classificações de crédito soberano
ajudam os investidores a avaliar o risco associado aos títulos emitidos por governos, influenciando as taxas de
juros e as condições de financiamento para esses países.
A globalização dos mercados financeiros aumentou a interconexão entre diferentes economias, tornando as
classificações de risco soberano ainda mais críticas. Investidores estrangeiros, fundos de pensão e outras
entidades usam essas classificações como um guia para tomar decisões sobre alocação de ativos em nível
global.
As agências de classificação de risco utilizam uma variedade de metodologias e critérios para atribuir
classificações, considerando fatores econômicos, políticos e sociais.
No entanto, é essencial reconhecer que essas avaliações não são infalíveis, e eventos imprevistos ou mudanças
abruptas nas condições econômicas podem desafiar as previsões.
A regulação das agências de classificação de risco varia em diferentes jurisdições, mas muitos esforços têm
sido feitos para melhorar a transparência e a responsabilidade em suas operações.
Reguladores buscam mitigar conflitos de interesse e melhorar as práticas de governança dessas agências,
visando evitar situações em que interesses comerciais possam comprometer a integridade das avaliações.
A confiança nessas avaliações é essencial para o bom funcionamento dos mercados globais, e as contínuas
revisões regulatórias visam fortalecer a robustez e a transparência dessas instituições no contexto financeiro
global.
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Valores mobiliários são instrumentos financeiros que representam direitos de propriedade ou crédito de quem
os detém. Esses instrumentos são emitidos por entidades, sejam empresas, governos ou outras organizações,
como uma forma de captação de recursos no mercado financeiro. Os valores mobiliários são negociáveis e,
geralmente, são comprados e vendidos em mercados secundários.
1. **Ações:** Representam uma parcela do capital social de uma empresa. Os acionistas, ao possuírem ações,
tornam-se proprietários dessa empresa e têm direitos proporcionais aos números de ações que detêm.
2. **Títulos de Dívida:** Incluem debêntures, notas promissórias, entre outros. Esses títulos representam um
empréstimo feito pelo investidor à entidade emissora em troca do pagamento de juros ao longo do tempo e o
reembolso do principal no vencimento.
3. **Derivativos:** Como opções e contratos futuros, que derivam seu valor de um ativo subjacente. São
frequentemente utilizados para hedge, especulação ou gestão de riscos financeiros.
Diferentemente de outros títulos, como certificados de depósito (CDs) ou notas promissórias de curto prazo, os
valores mobiliários são geralmente mais complexos e destinados a períodos mais longos. Eles também possuem
a característica de serem negociáveis em mercados secundários, o que permite aos investidores comprar e
vender esses instrumentos mesmo após a emissão inicial.
A emissão e negociação de valores mobiliários são geralmente reguladas por órgãos reguladores financeiros
em cada jurisdição, visando proteger os investidores e garantir a integridade dos mercados financeiros.
Valores mobiliários são instrumentos financeiros que representam direitos de propriedade ou crédito e são
emitidos por entidades para captação de recursos. Sua especificidade reside na sua negociabilidade em
mercados secundários e na diversidade de formas que podem assumir, incluindo ações, títulos de dívida e
derivativos. Esses instrumentos desempenham um papel crucial nos mercados financeiros, facilitando o
investimento e a captação de recursos para entidades emissoras.
Além da distinção entre valores mobiliários e outros títulos, é importante destacar a função fundamental desses
instrumentos nos mercados financeiros. Os valores mobiliários desempenham um papel crucial na alocação
eficiente de capital, permitindo que empresas e governos levantem fundos para financiar projetos e operações.
As ações, por exemplo, representam uma forma de participação acionária nas empresas, proporcionando aos
investidores a oportunidade de compartilhar os benefícios financeiros e os riscos associados aos negócios. Os
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investidores adquirem ações na esperança de que o valor delas aumente ao longo do tempo, possibilitando
ganhos de capital.
Por outro lado, os títulos de dívida, como debêntures, oferecem uma maneira para as entidades captarem
recursos por meio da emissão de dívida. Os investidores que compram títulos de dívida tornam-se credores da
entidade emissora, recebendo juros periódicos e o reembolso do principal no vencimento.
Os derivativos, embora mais complexos, desempenham um papel importante na gestão de riscos financeiros.
Empresas podem usar opções e contratos futuros para se protegerem contra movimentos adversos nos preços
de commodities, taxas de câmbio ou outros ativos subjacentes.
A natureza negociável dos valores mobiliários em mercados secundários proporciona liquidez aos investidores,
permitindo que comprem e vendam esses instrumentos de forma relativamente rápida. Isso contribui para a
formação de preços eficiente e facilita a entrada e saída de posições, promovendo a flexibilidade e a dinâmica
nos mercados financeiros.
A regulamentação dos valores mobiliários busca garantir a transparência e a proteção dos investidores. Órgãos
reguladores estabelecem diretrizes para a divulgação de informações pelas entidades emissoras, visando
assegurar que os investidores tenham acesso a dados relevantes para tomar decisões informadas.
Por outro lado, o mercado secundário é onde os valores mobiliários já emitidos são negociados entre
investidores. Esses mercados oferecem liquidez, permitindo que os detentores de valores mobiliários comprem
e vendam seus ativos a qualquer momento. A negociação ocorre em bolsas de valores ou em mercados de
balcão, facilitando a transferência de propriedade dos títulos de um investidor para outro.
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A transição dos valores mobiliários do mercado primário para o secundário é um aspecto vital do funcionamento
dos mercados financeiros. No mercado primário, os emissores levantam capital emitindo novos títulos, enquanto
no secundário, os investidores negociam entre si sem envolvimento direto dos emissores. Essa dinâmica
proporciona flexibilidade aos investidores, permitindo-lhes ajustar suas carteiras de acordo com as condições
de mercado e suas estratégias de investimento.
Ambos os mercados são regulamentados para garantir a transparência e a justiça nas transações. Órgãos
reguladores estabelecem normas para a divulgação de informações pelos emissores, visando fornecer aos
investidores dados relevantes para tomada de decisões informada. Além disso, regras de negociação e práticas
éticas são aplicadas para preservar a integridade e a confiança nos mercados.
A interconexão entre os mercados primário e secundário é evidente no ciclo de vida dos valores mobiliários. A
emissão bem-sucedida no mercado primário pode atrair investidores interessados em negociar esses títulos no
mercado secundário. A liquidez e a eficiência do mercado secundário, por sua vez, influenciam a demanda por
novas emissões no mercado primário.
A dinâmica entre os mercados primário e secundário é um reflexo da constante interação entre emissores e
investidores. No mercado primário, emissores buscam levantar capital para financiar seus projetos e operações,
enquanto investidores procuram oportunidades de investimento alinhadas com seus objetivos. A negociação
inicial de valores mobiliários no mercado primário estabelece o preço inicial e fornece os recursos necessários
para os emissores.
À medida que os valores mobiliários entram no mercado secundário, a liquidez torna-se uma característica
central. Investidores podem comprar e vender títulos com relativa facilidade, respondendo a mudanças nas
condições de mercado, preferências de investimento e expectativas econômicas. A eficiência do mercado
secundário é crucial para assegurar que os investidores possam acessar seus investimentos quando desejarem.
A participação em ambos os mercados é diversificada, envolvendo uma gama de atores, desde investidores
individuais até instituições financeiras. A regulação desempenha um papel fundamental em garantir a
transparência e a equidade nas transações, promovendo a confiança dos participantes do mercado. Órgãos
reguladores monitoram a conformidade com as normas estabelecidas, buscando evitar práticas fraudulentas ou
manipulativas que possam prejudicar a integridade dos mercados.
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O advento da tecnologia trouxe transformações significativas para os mercados financeiros, impactando a forma
como os valores mobiliários são emitidos, negociados e registrados. Plataformas eletrônicas, algoritmos de
negociação e blockchain são exemplos de inovações que têm moldado a evolução desses mercados, tornando-
os mais eficientes e acessíveis.
A distribuição dos valores mobiliários no mercado envolve a colocação e transferência desses instrumentos
financeiros entre emissores, investidores e intermediários. Esse processo desempenha um papel crítico na
formação de capital, permitindo que entidades levantem fundos e investidores participem do mercado
financeiro.
A distribuição de valores mobiliários geralmente começa no mercado primário, onde os emissores emitem novos
títulos para captação de recursos. Essa emissão pode ocorrer por meio de ofertas públicas iniciais (IPOs),
ofertas subsequentes, emissões privadas ou outras formas de alocação de títulos ao mercado. Investidores
interessados adquirem esses valores mobiliários no mercado primário, fornecendo o capital necessário para os
emissores financiarem suas operações ou projetos.
Posteriormente, os valores mobiliários entram no mercado secundário, onde são negociados entre investidores.
Nesse estágio, os detentores de títulos podem vender suas posições para outros participantes do mercado,
proporcionando liquidez. O mercado secundário oferece flexibilidade aos investidores, permitindo a compra e
venda de valores mobiliários em resposta a mudanças nas condições de mercado ou em estratégias de
investimento.
A distribuição eficaz de valores mobiliários depende da presença de intermediários financeiros, como corretoras,
bancos de investimento e agentes de transferência. Esses intermediários facilitam as transações, conectando
emissores a investidores e, muitas vezes, atuando como formadores de mercado. O papel dos intermediários é
crucial para a eficiência do processo de distribuição, assegurando uma alocação eficaz de valores mobiliários e
facilitando a descoberta de preços nos mercados.
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As inovações tecnológicas também têm impactado a distribuição de valores mobiliários. Plataformas eletrônicas
e tecnologias blockchain estão sendo exploradas para simplificar processos, reduzir custos e aumentar a
eficiência na colocação e transferência de títulos.
A distribuição de valores mobiliários é um processo dinâmico que envolve a emissão no mercado primário e a
subsequente negociação no mercado secundário. Intermediários financeiros desempenham um papel central
na facilitação dessas transações, enquanto a regulamentação e a tecnologia contribuem para a integridade e a
eficiência desse processo no cenário financeiro global.
Artigo 1368
Art. 1.368. O terceiro, interessado ou não, que pagar a dívida, se sub-rogará de pleno direito no crédito e na
propriedade fiduciária.
Art. 1.368-A. As demais espécies de propriedade fiduciária ou de titularidade fiduciária submetem-se à
disciplina específica das respectivas leis especiais, somente se aplicando as disposições deste Código naquilo
que não for incompatível com a legislação especial. (Incluído pela Lei nº 10.931, de 2004)
Art. 1.368-B. A alienação fiduciária em garantia de bem móvel ou imóvel confere direito real de aquisição ao
fiduciante, seu cessionário ou sucessor. (Incluído pela Lei nº 13.043, de 2014)
Parágrafo único. O credor fiduciário que se tornar proprietário pleno do bem, por efeito de realização da
garantia, mediante consolidação da propriedade, adjudicação, dação ou outra forma pela qual lhe tenha sido
transmitida a propriedade plena, passa a responder pelo pagamento dos tributos sobre a propriedade e a posse,
taxas, despesas condominiais e quaisquer outros encargos, tributários ou não, incidentes sobre o bem objeto
da garantia, a partir da data em que vier a ser imitido na posse direta do bem. (Incluído pela Lei nº 13.043, de
2014)
CAPÍTULO X
Do Fundo de Investimento
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Art. 1.368-C. O fundo de investimento é uma comunhão de recursos, constituído sob a forma de condomínio,
destinado à aplicação em ativos financeiros. (Incluído pela Medida Provisória nº 881, de 2019)
Parágrafo único. Competirá à Comissão de Valores Mobiliários disciplinar o disposto no caput . (Incluído pela
Medida Provisória nº 881, de 2019)
Art. 1.368-D. O regulamento do fundo de investimento poderá, observado o disposto no regulamento a que
se refere o parágrafo único do art. 1.368-C: (Incluído pela Medida Provisória nº 881, de 2019)
I - estabelecer a limitação da responsabilidade de cada condômino ao valor de suas cotas; e (Incluído pela
Medida Provisória nº 881, de 2019)
Art. 1.368-E. A adoção da responsabilidade limitada por fundo constituído sem a limitação de responsabilidade
somente abrangerá fatos ocorridos após a mudança. (Incluído pela Medida Provisória nº 881, de 2019)
CAPÍTULO X
DO FUNDO DE INVESTIMENTO
(Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
Art. 1.368-C. O fundo de investimento é uma comunhão de recursos, constituído sob a forma de condomínio
de natureza especial, destinado à aplicação em ativos financeiros, bens e direitos de qualquer natureza.
(Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 1º Não se aplicam ao fundo de investimento as disposições constantes dos arts. 1.314 ao 1.358-A deste
Código. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 2º Competirá à Comissão de Valores Mobiliários disciplinar o disposto no caput deste artigo. (Incluído pela
Lei nº 13.874, de 2019)
§ 3º O registro dos regulamentos dos fundos de investimentos na Comissão de Valores Mobiliários é condição
suficiente para garantir a sua publicidade e a oponibilidade de efeitos em relação a terceiros. (Incluído pela Lei
nº 13.874, de 2019)
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I - a limitação da responsabilidade de cada investidor ao valor de suas cotas; (Incluído pela Lei nº 13.874, de
2019)
II - a limitação da responsabilidade, bem como parâmetros de sua aferição, dos prestadores de serviços do
fundo de investimento, perante o condomínio e entre si, ao cumprimento dos deveres particulares de cada um,
sem solidariedade; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
III - classes de cotas com direitos e obrigações distintos, com possibilidade de constituir patrimônio segregado
para cada classe. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 3º O patrimônio segregado referido no inciso III do caput deste artigo só responderá por obrigações
vinculadas à classe respectiva, nos termos do regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
Art. 1.368-E. Os fundos de investimento respondem diretamente pelas obrigações legais e contratuais por
eles assumidas, e os prestadores de serviço não respondem por essas obrigações, mas respondem pelos
prejuízos que causarem quando procederem com dolo ou má-fé. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 1º Se o fundo de investimento com limitação de responsabilidade não possuir patrimônio suficiente para
responder por suas dívidas, aplicam-se as regras de insolvência previstas nos arts. 955 a 965 deste Código.
(Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
§ 2º A insolvência pode ser requerida judicialmente por credores, por deliberação própria dos cotistas do fundo
de investimento, nos termos de seu regulamento, ou pela Comissão de Valores Mobiliários. (Incluído pela Lei
nº 13.874, de 2019)
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Art. 1.368-F. O fundo de investimento constituído por lei específica e regulamentado pela Comissão de Valores
Mobiliários deverá, no que couber, seguir as disposições deste Capítulo. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
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