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Análise do Poema: Este inferno de amar

O título do poema, "Este inferno de amar", já mostra uma característica do Romantismo, ou seja,
um conflito de sentimentos pelo eu lírico. O amor, neste poema deixa de ser um sentimento bom
sendo visto como um inferno, algo ruim. A saudade também tem papel relevante, representando
algo que não pode mais voltar, característica presente nos seguintes versos: "A outra vida que
dantes vivi / Era um sonho talvez". O Romantismo também é marcado pela escrita subjectiva e a
supervalorização dos sentimentos, isso pode ser observado nos versos: "E os meus olhos que
vagos giravam / Em seus olhos ardentes os pus”.

O texto apresenta uma antítese

Antítese é o confronto de ideias opostas, assim pode-se observar nos seguintes versos que o autor
construiu um sentido opondo a ideia de atear fogo à de apagá-lo: “Como é que se veio a atear, /
Quando – ai quando se há-de apagar?”.

O texto ilustra o presente e o passado, onde são caracterizados de seguinte modo:

No poema o passado representa um tempo bom e de paz, sem o sofrimento de amar. O presente é
caracterizado como um inferno, de muito sofrimento e que destrói o autor por dentro.

A conclusão feita pelo poeta

Apesar de o poeta considerar o amor um sentimento que causa sofrimento, ele percebe e conclui
que é o amor que o mantém vivo, o que é visto nos versos: "Esta chama que alenta e consome, /
Que é a vida – e que a vida destrói –”.

A ideia de amor está sempre ligada à ideia de sofrimento. Sua justificação:

Não concordo que haja ligação entre amor e sofrimento. Entendo que para amar é preciso que se
tenha consciência de que as pessoas são diferentes em seu modo de pensar e de agir, que se deve
respeitar a opinião e atitude do outro e que o amor é um sentimento bom, assim a ideia de
sofrimento não se encaixa nesse contexto. Você não deve moldar uma pessoa conforme os seus
desejos, é preciso aceitar as pessoas como elas são.
Em suma, “O poema "Este Inferno de Amar" é a verdadeira representação do Romantismo.
Encontramos nele, bastantes características desse período: o subjectivismo, no verso "Este
inferno de amar – como eu amo”; a supervalorização de sentimentos nos versos "Quem mo pôs
aqui n’alma... quem foi? / Em que paz tão serena a dormi!"; fuga no tempo, nos versos "A outra
vida que dantes vivi / Só me lembra que um dia formoso"; presença antítese, no verso "Que é a
vida – e que a vida destrói – ".

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