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CAPÍTULO I
Da Hierarquia
• 1° Os Orisas são cultuados pela etnia Ketu, Ifon, Ijesa, Nagô, Igbo, Xambá e Xangô; os
Mukisi ou Nkisi são cultuados pela etnia Baiu ou Congo; os Voduns são cultuados pela
etnia Jeje; encantados pela etnia Juremeira (Catimbó), Umbanda e Espíritas, denominados a
partir de agora entidades.
• 2° Os sacerdotes têm o poder de administrar dogmas da iniciação, da entrega de cargos, do
casamento, do batismo e do asese.
Art. 2 Os cargos concedidos pelos sacerdotes (Art. 1) ficam assim compostos: lyakekere,
Babakekere, Oloye, Ajoye, Dikota, Pejigan, Bajigan, Alabe, Asogun, íyamoro, Tata Poko,
Osidagan, Otundagan, Dagan, lyapetebi, lyatemi, Tata Utala., Kota Mulambe, Kota
Rinvula, Kota Dianda, Elimaso, Samba, Cambono, Ojé, Alaba, Alapini, Asipa, Tatá Kisaba,
Tata ou Mama Luvemba, Babalosaiyn, Olosaiyn, lyalosaiyn, Babalawo, Oluwo, Tatá
Nfunfu, lyaeuim, Babaefun, lyaegbe, Babaegbe, Ojibona, lyawo, Abian, Munzenza,
Ndumbe, lyabase, lyaruba, Aiyaba Ewe, Aiyaba, Ologun, Oloya, Maye, Agbeni Oye,
Oloponda, Iyalabake ,Koloba, Agimuda, lyatojuomo, lyasilia, Omolara, Sarapegbe, Akowe
Ile Sango, Ojuobo, Teloloja, Sobaloju, Maawo, Balogun, Alagada, Balode, Aficode, Ypery,
Alajopa, Álugbin, Asogba, Alabawy, Leyn, Alagbede, Elemoso, Gymu, Kaweo, Ogotun,
Oba Odofin, IwinDunse, Apokan, Abokun, Otun, Osi, Osu, Adosum, Derê, Muto, Dejo,
Baranato, Cota Guare, Barriseton, Adamachio, Axega. Atiga, Tata Lubitu, Tata Kisaba,
Tata Kambondo, Tata Kixika Ia Ngoma, Tata Muxiki, Kota Mulambi, Mama Kusasa, Tata
ou Mama Luvemba, Hongolomatona, Kota Mulanguidi, Kota Nbakisi, KotaKididi, Kota
Ambelai e KotaMutinta.
Art. 3 Essa estrutura já está organizada nos templos, cabe à FECUB o poder do registro e
do reconhecimento desses cargos.
Art. 4 São independentes entre si, as etnias reconhecidas como: Ketu,, Jeje , Baniu, Mina
Jeje, Mina Nagô, Nagô, Umbanda, Juremeira (Catimbó), Tambor de Minas, Espíritas,
Xambá, Sango, Batuque, Jjesa, Awo Egun, Awo Ewe, Awo Ifa, Ifon, Igbo, Irmandade
Nossa Senhora da Boa Morte, Irmandade Rosário dos Pretos mas, podendo interagir entre si
para o aperfeiçoamento., o fortalecimento e a preservação da religião.
Ùnico: São a essas etnias que se aplica o presente Código de Ética e Disciplina
Litürgica.
Art. 5 São invioláveis os segredos do Ase, tais como: a iniciação, o bori, os rituais e os
orikis.
Art. 7 A sexualidade dos sacerdotes e dos cargos relacionados no Art. 2, ficam restritos à
sua particularidade, devendo a todos o respeito ao lugar sagrado do templo. Compreende-se
como templo todo o espaço sagrado do Terreiro.
Art. 11 Não cria vínculo com o templo: os boris, obis e trabalhos gerados no jogo de
búzios.
Capítulo II Da Publicidade
Art. 15 O anúncio deve mencionar o nome do sacerdote, título pelo qual é conhecido,
endereço, horário de atendimento e o número do registro na FECUB.
• 1°-O anúncio do sacerdote não deve mencionar, direta ou indiretamente, qualquer cargo,
função pública ou relação de emprego e patrocínio que tenha exercido, passível de captar
clientela.
• 2°– O anúncio no Brasil deve adotar o idioma português e, quando idioma for estrangeiro,
deve estar acompanhado da respectiva tradução.
Art. 16 O anúncio em forma de placas, nos templos ou nas residências do sacerdote, deve
observar discrição quanto ao conteúdo, forma e dimensões sem qualquer aspecto
mercantilista.
Art. 17 O anúncio não deve conter fotografias, ilustrações, figuras, desenhos e símbolos
incompatíveis com a sobriedade do sacerdócio, sendo proibido o uso dos símbolos oficiais e
dos que sejam utilizados pela FECUB.
• 1°– Os sacerdotes devem pedir autorização a Diretoria da FECUB para fazer previsões
publicas;
• 2°– Quando convidado para manifestações públicas, por qualquer modo e forma, visando ao
esclarecimento de tema religioso e cultural de interesse geral, deve o sacerdote evitar
insinuações à promoção pessoal ou profissional, bem como o debate de caráter
sensacionalista.
Capítulo III
Do Registro
Art. 19- Fica a Federação FECUB como órgão principal e mantenedor de registro, cadastro,
fiscalização dos Templos, Terreiros, Casas de Umbanda, Casas de Caboclo, Egungun,
Sociedades de Ifá, de Folhas, da Boa Morte, Centros Espíritas, Tendas, Iles Ases; Inzos,
Cabanas ou quaisquer outras denominações ligadas à Religião Afro-Brasileira,bem como o
registro dos sacerdotes e dos cargos previstos no Art. 2..
• 1°– Para o exercício do sacerdócio ou dos cargos previstos no Art. 2 impõe-se a inscrição na
FECUB
• 2°– Como garantia do acatamento e cabal execução deste Código cabe ao sacerdote
comunicar a FECUB, com discrição e fundamento., fatos de que tenha conhecimento e que
caracterizem possível infrigência do presente Código e das normas que regulam o exercício
do sacerdócio;
• 3 °– A fiscalização do cumprimento das normas estabelecidas neste Código é atribuição da
‘FECUB;
• 4 °– Os infratores do presente Código sujeitar-se-ão às penas disciplinares previstas em
Lei.Art.20A FECUB será detentora dos Valores Religiosos, tomando atitudes cabíveis
quando estes forem: vilipendiados, violados, profanados, atacados moralmente ou usados de
modo sórdido.
Art. 22– O reconhecimento dos cargos previsto no Art. 2 será feito através do devido
registro na FECUB , com carteira e diploma identifïcatórios.
Art. 23 As liberações para toques, obrigações ou festas de ano, caboclos, odu eje,
kizombas, serão fornecidas através da FECUB.
Art. 25 A FECUB ficará o encargo de fazer valer o presente Código de Ética e Disciplina
Litúrgica em todo território nacional.
Art. 26– Também terão seus registros feitos pela FECUB os afoxés.
Capítulo IV
Da Ética
Art, 27 Fica veementemente proibido aos sacerdotes ou membros que ocupem cargos
previstos no Art.2, tecer comentários negativos, contra seu semelhante e/ou irmão religioso.
Art. 28 O sacerdote deve proceder de forma que se tome merecedor de respeito e que
contribua para o engrandecimento da Religião como um todo.
I – exercer a profissão religiosa, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar por qualquer meio,
o seu exercício, aos não registrados, proibidos ou impedidos;
II – manter Terreiros, Templos ou afins fora das normas e preceitos estabelecidos nesta Lei;
III -violar, sem justa causa, o sigilo sacerdotal;
IV – prejudicar, por culpa grave, interesse confiado por cliente ou filho iniciado;
V – solicitar ou receber de cliente ou filho iniciado, qualquer importância para aplicação
ilícita ou desonesta;
VI – recusar-se, injustificadamente, a prestar contas ao cliente ou aos filhos iniciados, de
quantias recebidas deles ou de terceiros por conta deles;
VII – reter, abusivamente, ou extraviar autos recebidos com vistas ou em confiança;
VIII – deixar de pagar as contribuições, multas e preços de serviços devidos a FECUB,
depois de regularmente notificado a fazê-lo;
IX – manter conduta incompatível com o sacerdócio;
X – fazer falsa prova de quaisquer requisitos para registro na FECUB;
XI – tomar-se moralmente inidôneo para o exercício do sacerdócio ou dos demais cargos
previstos no Art.-2;
XII – praticar crime infamante ou difamatório;
XIII – praticar atos excedentes de sua habilitação.
I- censura;
II -suspensão;
III – exclusão;
IV- multa.Único As sanções devem constar dos assentamentos do inscrito, após o trânsito
em julgado da decisão, não podendo ser objeto da publicidade a censura.
Art. 36 Na aplicação das sanções disciplinares são consideradas, para fins de atenuação, as
seguintes circunstâncias, entre outras:
Árt 37 é permitido ao que tenha sofrido qualquer sanção disciplinar requerer, 01 (um) ano
após seu cumprimento, a reabilitação, em face de provas efetivas de bom comportamento.
Art. 38 Fica impedido de exercer o sacerdócio ou os cargos previstos no Art.2, àqueles que
forem aplicadas as sanções disciplinares de suspensão ou exclusão.
• lº– Aplica-se à prescrição a todo processo disciplinar paralisado por mais de 03 (três) anos,
pendente de despacho ou julgamento, devendo ser arquivado por ofício ou a requerimento
da parte interessada, sem prejuízo de serem apuradas as responsabilidades pela paralisação;
• 2º– A prescrição interrompe-se:
Capítulo VI
• 1º– A FECUB não mantém com órgão da administração pública qualquer vínculo funcional
ou hierárquico.
• 2°– O uso da sigla FECUB ë privativa da Federação ;
• 3º– O Conselho dotado de personalidade jurídica, com sede na Capital da Cidade de São
Paulo, é o órgão direto da FECUB;
• 4°– Os Representante Regionais serão representados por um conselheiro que terá jurisdição
sobre os respectivos territórios da cidade que representa seus membros;
• 5 °– A FECUB por constituir serviço público, goza de imunidade tributária total em relação
a seus bens, rendas e serviços;
• 6°– Os atos conclusivos da FECUB e do Conselho , salvo quando reservados ou de
administração interna, devem ser publicados na imprensa oficial ou afixados no fórum, na
integra ou em resumo.
Art. 41 Compete a FECUB fixar e cobrar, de seus inscritos, contribuições, preços de
serviços e multas.
Único Constitui título executivo extrajudicial a certidão passada pelo Conselho competente,
relativo a crédito previsto neste artigo.
• 1°Quando se reunir para realizar julgamentos,A FECUB instala a reunião para verificar
questões de Ética e Disciplina Litúrgica.
• 2°– A intervenção referida no inciso VII deste artigo, depende de prévia aprovação por 2/3
(dois terços) da diretoria
Capítulo VIII
I -julgar, em grau de recurso, as questões decididas por seu Presidente c por sua Diretoria;
II – fiscalizar a aplicação da receita, apreciar o relatório anual e deliberar sobre o balanço e
as contas de sua Diretoria;
III – realizar a sabatina de acordo com o previsto no Art. 9;
IV – deferir os pedidos de inscrição nos quadros de sacerdotes e dos cargos previstos no
Art. 2;VI – manter o cadastro de seus inscritos, enviando cópia para a FECUB;
VII – receber contribuições obrigatórias, preços de serviços e multas;
VIII – participar da composição do Conselho , na votação de seus membros;
IX – eleger as listas, constitucionalmente previstas, para preenchimento dos cargos do
Conselho
Art. 52 – Os representantes Regionais têm composição idêntica e atribuições equivalentes
às dos que compõe São Paulo, na forma do Regimento Interno daquele no seu Território.
Capítulo IX
Art. 50 Consideram-se eleitos os candidatos integrantes da chapa que obtiver a maioria dos
votos válidos.
Capítulo X
Dos Recursos
Art. 55 Todos os recursos têm efeito suspensivo, exceto quando tratarem de eleições
dispostas no Art. 53 e seguintes, de suspensão preventiva decidida pelo Tribunal de Ética e
Disciplina Litúrgica, e de cancelamento da inscrição obtida com falsa prova.
Capítulo XI
Art. 57 Todos os prazos necessários à manifestação dos sacerdotes e demais cargos do Art.
2, nos processos em geral da Diretoria, são de 15 (quinze) dias inclusive para interposição
de recursos.
Art. 58 Cabe a FECUB, editar este Código de Ética e Disciplina Litúrgica, no prazo
máximo de …….meses
Art. 59 Os Diretores e representantes devem promover trienalmente as respectivas
conferências, em data a ser definida, reunião com assuntos a eles vinculados, com
finalidade consultiva.
Art. 60. Não se aplicam aos que tenham assumido originalmente o cargo de Presidente ,
ficando assegurado o pleno direito de voz e voto em suas sessões.
Art 63 A pauta dos julgamentos do Tribunal de Ética e Disciplina serão publicadas no site e
toda mídia disponibilizada bem como no quadro de avisos gerais da sede da FECUB, com
antecedência de 15 (quinze) dias, devendo ser dada prioridade nos julgamentos para os
interessados que estiverem presentes e aos da Lei.
Art. 65 Este regulamento entra em vigor, em todo Território Nacional, na data de sua
publicação, cabendo aos Diretores e Regionais e a FECUB, promoverem a sua ampla
divulgação, revogadas as disposições em contrário.
Art. 66 As etnias reconhecidas em todo território nacional e pela FECUB são: Ketu, Igbo,
Jjesa, Nagô, Ifon que fazem iniciação para os Orisa; Bantu e Congo que fazem iniciação
para os Mukisi e Nkisi, e Jeje que faz iniciação para os Voduns; estas etnias só podem fazer
iniciação para as Entidades por elas reconhecidas, sendo vedado uma etnia iniciar ou dar
obrigação em Entidades de outra etnia.
Art. 68 Não serão liberados postos de sacerdotes por antecipação, ou seja, antes da
obrigação de 7 (sete) anos de iniciação com cargo confirmado pela sabatina prevista no Art.
9.
Art. 69 Não existe iniciação errada, pois esta é uma herança das etnias, de onde o mesmo
foi iniciado.
Art. 70 Não existe iniciação com 2 (dois) Keles, que significa o compromisso do iniciado
com a Entidade, cada sacerdote tem a responsabilidade de identificar a entidade principal do
iniciado.
Art. 73 A obrigação com outro sacerdote só poderá ser realizada com o consentimento do
sacerdote que o iniciou ou da FECUB.
Art. 74 Nos casos excepcionais como os “abikus”, Entidades raras, ou cabeça problemática,
poderão ser iniciados, desde que sejam previamente preparados para tal fim, somente após 7
(sete) anos de iniciado, poderão receber cargos conforme Art. 2, pois, existem situações
aonde eles não poderão ser iniciados e só o sacerdote pode determinar tal situação.
Art. 76 As obrigações devem ter um intervalo de no mínimo 3 (três) meses de uma para
outra.
Art. 77 Os cargos previstos no Art. 2, que não têm incorporação, se porventura vierem a ter
incorporação, devem passar por nova iniciação, realizar as obrigações necessárias e por já
possuir cargo, não podem ser sacerdote.
Art. 78 No caso de falecimento do sacerdote, o Templo tem que continuar, após o ritual
fúnebre, realizado por um sacerdote da mesma etnia do falecido, após l (hum) ano, a
FECUB através dos diretores responsáveis pela mesma etnia, a organizarem com os
iniciados do Templo a sucessão do sacerdote falecido.
Art. 79 Se o Sacerdote ficar acamado por motivos de doença incurável, deve determinar um
responsável ou futuro sucessor, para assumir a direção do Templo.
Art. 83 Os membros de cargos conforme o Art. 2, não temo poder de realizares dogmas,
exclusivos dos sacerdotes capacitados.
Art. 84 São reconhecidos os cultos aos Orisas, Mukisi, Nkisi, Vodum e Encantados; aos
antepassados Egun, ao segredo do uso das folhas (Awo Ewe) e ao segredo da adivinhação
(Awo Ifá ” Orumilá) todas estas sociedades e seus adeptos obrigadas a cumprirem o
presente Regulamento.
Art. 85 A pessoa que aceitar passar pelo ritual de iniciação tem que realizar todos os
dogmas da etnia na qual está ingressando, ou seja, pintura ritualística e uso dos elementos
necessários como: kelê, contra egun, umbigueira, mokan, senzala, guizos, pena de ikodídé,
banhos de preparação, ebós, esteira, o enxoval necessário, o período de resguardo e o
respeito a todos os seus mais velhos, servindo de exemplo aos seus mais novos.
Art. 86 Os trajes típicos e ritualísticos são assim compostos: roupa à moda baiana, com
panos de cabeça, panos da costa, colares, fios de contas, pulseiras, figas, balangandãs; à
moda africana, kafitas, bubá, eketes, alakas, abada, fila, nguelés, entre outras, conforme a
nação da casa.
Art. 89 Os iniciados que deixarem o Templo e forem para outro, terão direito somente ao
seu assentamento.
Art. 90 – Determina-se que para a entrega de cargo de Maye, o mesmo só poderá ser
concedido após a obrigação de 7 (sete) anos de iniciado.
Art. 91 Fica veementemente proibido à confecção de imagens de Exu com chifres, pés de
bode ou outro animal, peitos desnudos, com fogo nos pés, com asas, com caixões ou outros
símbolos que possam associá-lo com o Diabo da religião
Católica.
Art .92 Fica proibido colocar oferendas para as entidades nas matas, rios, cachoeiras,
riachos, mar, floresta, estradas, encruzilhadas com objetos degradáveis como: vidros,
plásticos, acrílicos, barcos, espelhos, porcelana, acender velas junto aos troncos das árvores,
ou seja, quaisquer objetos que possam ferir os outros irmãos de Religião, pois devemos
preservar o meio ambiente.