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A ERVA-MATE NO PARANÁ: DO ENGENHO AO SISTEMA DE FÁBRICA

YERBA MATE IN STATE OF PARANÁ: FROM THE MILL TO THE FACTORY

Roberto Bondarik1
Luiz Alberto Pilatti2

RESUMO: Este trabalho tem por objetivo analisar o processo evolutivo das atividades
relacionadas a produção da erva-mate, seu beneficiamento e exportação no Estado do Paraná
no estabelecimento da indústria em seu territórioanalisa o processo evolutivo histórico da economia
da erva-mate no Estado do Paraná. Adotou-se o método histórico. O corpus documental foi composto
de a analise da conjuntura que levou esta esconomia de uma produção artesanal ao estabelecimento de
um sistema fabril ou industrial pioneiro, que permitiu o estabelecimento do trabalho assalariado e da
economia de mercado no Paraná no século XIX. A extração da erva-mate, aliada às condições do
mercado externo, conduziu à implantação de um parque industrial voltado às exigências do mercado
consumidor. A crise e a superação deste ciclo deram-se a partir de 1928 pela concorrência internacional
e pela ausência de percepção da necessidade de transformação dos meios de obtenção da erva-mate.

PALAVRAS-CHAVE: Erva-mate; extrativismo; indústria paranaense.

ABSTRACT: The aim of this work is to analyze the role of the yerba mate economy in the Paraná
factory system, its historical and contextual evolutionary process. The theoretical review was built based
on historical research and bibliographic analysis through the use of newspaper primary sources. The
historical process which led to the establishment of yerba mate economy in the state of Paraná was
analyzed by studying the circumstances that raised this sylvan harvesting activity from its rudimentary
and subsistence farming status to its most sophisticated, mechanized manufacturing level. The historical
conjunction permits to see that the yerba mate harvesting, associated to the external market conditions,
led to the implementation of an industrial park geared to the demands of the consumer market. The
overcoming of this cycle took place starting from 1928, by the absence or inability to perceive the need
for transformation of the means of obtaining the yerba mate.

KEYWORDS: Yerba mate; harvesting; Paraná industry.

1. Introdução

A economia da erva-mate (Ilex paraguariensis) representada por sua extração,


beneficiamento e exportação predominou no Brasil durante o período imperial, na segunda
metade do século XIX e República Velha. O mate representou para o Paraná a mesma

1
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Câmpus Cornélio Procópio, PR, Brasil. E-mail:
bondarik@utfpr.edu.br.
2
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Câmpus Curitiba, PR, Brasil. Bolsista de Produtividade
em Pesquisa - CNPq. E-mail: lapilatti@utfpr.edu.br.
importância que teve o café para São Paulo, a borracha no Amazonas e Pará, o cacau para a
Bahia e o charque para o Rio Grande do Sul (Monteiro, 1935).
O ciclo econômico da erva-mate agregou em sua cadeia produtiva diversos segmentos,
tais como a extração, beneficiamento, industrialização, embalagem e transporte. O conjunto
destas atividades induziu ao desenvolvimento de inovações tecnológicas que produziram
transformações socioeconômicas e sofisticações produtivas com a introdução de técnicas e
processos industriais modernos no Paraná. A mecanização do beneficiamento do mate espelhou
a Segunda Revolução Industrial que ocorria na Europa desde 1850 (Santos, 2001; Magalhães
Filho, 1996).
Este estudo toma como tema a industrialização no Paraná na segunda metade do século
XIX. Existem duas correntes que permitem a interpretação do processo de industrialização
paranaense em relação a economia da erva-mate no século XIX 2001). A primeira delas, ressalta
o contraste do Paraná em relação à economia brasileira daquele tempo. Caracterizando esse
processo por meio da ação de parcela da burguesia exportadora que promoveu o processo de
mecanização do beneficiamento do mate, ao qual se uniram imigrantes concentrados nas
cidades. União que resultou na industrialização e dinamização do comércio do Estado. A
segunda corrente, de origem cepalina, enxerga o passado industrial do mate como uma indústria
falsa, pois beneficiava apenas um produto, e a burguesia que nele se sustentava seria uma
pseudo-burguesia.
Lançando mão de fontes tais como jornais da segunda metade do século XIX e início
do século XX, relatórios e mensagens publicados pelo Governo Estadual, relatos de viajantes e
dados estatísticos presentes nos arquivos oficiais, bibliotecas e museus. O presente estudo, tem
por objetivo analisar o processo evolutivo das atividades relacionadas à produção da erva-mate
e suas correlações econômicas que permitiram o estabelecimento da indústria mecanizada no
Estado do Paraná.
Para a análise das fontes e das informações obtidas foi utilizado o método histórico
(Arostegui, 2006), que proporcionou o entendimento a respeito do passado produtivo e
industrial paranaense, rememorando-o e demonstrando objetivamente a evolução dos processos
e as transformações vivenciadas na indústria do mate com passar do tempo e sua efetiva
mecanização industrial.

2. Origens da economia da erva-mate


A erva-mate é uma planta das matas do Brasil, Argentina e Paraguai. No Brasil, os ervais
nativos estendiam-se pelo Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e região serrana do Rio
Grande do sul, sempre à distância do litoral, em climas temperados e entre quinhentos e mil
metros de altitude (Dória, 1930; Costa, 1995). Em São Paulo e Minas Gerais, o mate existia em
pequenas quantidades e era conhecido por “Congonha” (Almeida, 1960). Os indígenas sul-
americanos a consumiam já antes da chegada dos europeus. As povoações espanholas de
Ciudad Real Del Guayrá e Villa Rica Del Espiritu Santo, fundadas em 1566 e 1579, na
Província Del Guayrá, atual território do Estado do Paraná, tiveram suas economias baseadas
na extração da erva-mate (Gomes, 1953; Costa 1995). Sua produção era cambiada para o
Paraguai (Wachowicz, 2010).

Mapa 1 – Área de ocorrência da erva-mate (Fonte: Gazeta do Povo, 10 de julho de 2013)


Map 1: Occorence area of yerba-mate in Brazil (Source: Gazeta do Povo, July 10, 2013)

Quando da instalação das Reduções Jesuíticas no Paraguai e no Guayrá, ainda no século


XVI, os padres da Companhia de Jesus, após considerarem com muitas reservas o consumo do
mate, passaram a explora-lo em todos os lugares onde foi possível (Carneiro, 1935; Krüger,
2004). Os atributos terapêuticos e nutricionais da Ilex Paraguariensis conquistaram os
mercados na região do Prata, zonas mineradores andinas e costeiras do Chile (Almeida, 1960;
Gomes, 1995). A extração comercial da erva-mate teve início nas regiões do Alto Paraná e
Paraguai, com imensos ervais nativos, cortadas por grandes rios e sua rede de afluentes que
favoreciam o transporte até seus mercados consumidores. Dos séculos XVI até o XIX esse
sistema se manteria até que a instabilidade política e a inconstância produtiva do Paraguai
abriram os mercados para o mate extraído no Estado do Paraná (Carneiro, 1935; Costa, 1995;
Wachowicz, 2010).

3. A erva-mate do Paraná

O ciclo econômico da erva-mate no Paraná pode ser dividido em três períodos quanto
as técnicas de extração, tecnologias de beneficiamento, natureza do mercado consumidor e
destinação da produção. O primeiro deles durou até 1820, o segundo até 1875-80 e o terceiro a
partir dessa data até por volta de 1928 (Linhares, 1969; Oliveira, 2001; Costa, 1995).
Compreende-se dessa periodização que a exploração comercial do mate paranaense ganhou
forma durante o século XIX.
No primeiro período, o mate paranaense, beneficiado manualmente, possuía consumo
local. Ocorreram tentativas de exportação do produto para a região do Prata, uma delas em
1722, quando o Governo de Portugal flexibilizou as restrições do Pacto Colonial (Santos, 2001;
Wachowicz, 2010). A falta de técnicas de extração e de tecnologias de beneficiamento eficazes
davam a erva do Paraná ou de Paranaguá como a chamavam, uma qualidade e preços inferiores
aos do Paraguai (Carneiro, 1935; Santos, 1995).
O mercado platino foi abastecido pelos ervais paraguaios, explorados pelos jesuítas até
sua expulsão em 1768. Produtores paraguaios e argentinos de Corrientes assumiram o
fornecimento que sofreu variações devido à instabilidade política da região (Magalhães Filho,
1996). O ditador do Paraguai José Gaspar Rodriguez de Francia, com o intuíto de afastar a
influência portenha e consolidar sua independência, estatizou os ervais. Em 1813, os contatos
comerciais com Buenos Aires e Montevidéu foram proibidos, inclusive a exportação do mate,
situação mantida até 1840 (Doratioto, 2002; Wachowicz, 2010).
Buscando novos fornecedores, os comerciantes platinos chegaram até a região de
Curitiba, porém, a rusticidade do preparo da erva-mate local tornava-a muito diversa daquela
produzida no Paraguai, tanto visual como gustativamente. O afluxo dos argentinos iria
transformar as técnicas de produção no Paraná (Carneiro, 1935; Santos 1995). Em 1820,
Francisco Alzagarray, vindo de Buenos Aires, instalou um engenho de soque no litoral e, a
partir dele, os paranaenses começaram a assimilar técnicas de beneficiamento,
acondicionamento e transporte conforme os praticados no Paraguai (Wachowicz, 2010;
Oliveira, 2001; Santos, 1995; Linhares, 1969; Oliveira, 1974; Carneiro, 1935). A importância
da presença dos empreendedores portenhos continuava reconhecida décadas após suas ações:

Quando o nosso território ainda era ainda uma das comarcas da Província de
São Paulo, alguns hespanhòes descobriram nelle a existência em abundancia da
Ilex Matte, cujo uso começava a estender-se do Paraguay, onde foi
primeiramente descoberto e usado pelos jesuítas, ás Republicas do Rio da Prata.
Seguindo o bom senso natural, aquelles hespanhòes, longe de
procurarem levar a matéria prima para ser preparada nos mercados em que o
consumo do matte ia se desenvolvendo, preferiram estabelecer-se em Morretes,
onde, pela abundância de água e facilidade de comunicações com as localidades
productoras e com o porto de embraque, lhes pareceu o ponto mais apropriado
á fundação de engenhos para o ulterior preparo do mesmo matte como estava
sendo exportado do Paraguay.
Esses engenhos foram modestamente instalados, como é de supor-se, e
sua produção era insignificante.
Os enormes lucros obtidos pela nova indústria chamavam a atenção dos
naturaes da comarca; e aquelles que tinham os recursos necessários procuraram
levantar tanto em Morretes, como em outras localidades, estabelecimentos de
mais largas proporções. (Faria Sobrinho, 1886, p. 36)

A erva-mate transformou-se no esteio da economia regional, em especial no período


provincial. Houve momentos em que o produto chegou a alcançar o montante de oitenta e cinco
por cento das exportações da província. O Paraná passou a ser a terra da erva-mate, tornando-
se o maior produtor e exportador do Brasil. Em 1831, o mate representava apenas 0,3% das
exportações brasileiras; em 1850, cerca de 1,3%. Isto em um período em que a cafeicultura
estava em franca expansão e representava sozinha, a maior parte das exportações (Wachowicz,
2010). Os compradores do mate pagavam em ouro e prata, fazendo circular uma riqueza que
nunca antes havia sido verificada no Paraná. A possibilidade de ganho gerou uma corrida do
ouro aos ervais, à qual parcela considerável da população aderiu em prejuízo a produção local
de alimentos (Gomes, 1953).
Relatório do Presidente da Província do Paraná apresentado à Assembleia Legislativa,
em fevereiro de 1855, descreve o mercado da erva-mate no mercado argentino:

A herva desta província é preferida nas campanhas argentinas, assim como a do


Paraguay nas cidades de Buenos Ayres e Montevideo, em razão de que a
primeira tem a propriedade de usar-se sem assucar, como é costume daqueles
povos do interior. A do Paraguay posto que de superior qualidade, não é
estimada da gente do campo, porque só pode usar-se com assucar, circunstancia,
que a faz ali desmerecer. (Vasconcelos, 1855, p. 50)

A extração da erva dava-se em meio a mata e necessitava de concessão do Governo,


pois os ervais eram públicos (Gerhardt, 2009). Era neles que ocorria o primeiro beneficiamento
do mate, com a secagem por calor e fumaça nos carijós e a moagem ou cancheamento dos ramos
e folhas (Doria, 1930; Gomes, 1953). Embalada em sacos de couros com aproximadamente
cinco arroubas, a erva era transportada por tropas de muares através das trilhas íngremes da
Serra do Mar até os engenhos do litoral (Krüger, 2004; Wachowicz, 2010). Escravos africanos
também faziam esse transporte, levando a carga às costas e ao retornarem traziam mercadorias
que abasteciam Curitiba (Magalhães Filho, 1996; Santos, 2001).
A exportação do mate fortaleceu a economia paranaense. Os portos de Antonina e de
Paranaguá recebiam navios nacionais e estrangeiros em um ritmo intenso de comercio, por ali
entravam no Paraná produtos de subsistência, como carne salgada, toucinho, feijão e gêneros
importados como tecidos, ferragens, vinho, álcool (Marcondes, 2012; Morgenstern, 2005). A
tabela 1 registra o volume e o crescimento das exportações de erva-mate pelo Paraná entre os
anos de 1842 e 1854:

Total em Total em Total em Total em


Período Período
Arroubas Quilogramas Arroubas Quilogramas
1842-1843 155.224 2.328.360 1848-1849 372.775 5.591.625
1843-1844 141.577 2.123.655 1849-1850 351.805 5.277.075
1844-1845 176.275 2.644.125 1850-1851 335.682 5.035.230
1845-1846 150.359 2.255.385 1851-1852 473.982 7.109.730
1846-1847 183.523 2.752.845 1852-1853 307.896 4.618.440
1847-1848 283.847 4.257.705 1853-1854 466.022 6.990.330
Fonte/Source: OLIVEIRA, Marisa Correia de. Estudo da Erva-Mate no Paraná: 1939 – 1967.
Dissertação. Universidade Federal do Paraná, 1974, p.07.
Tabela 1 – Exportações de Erva-Mate pelo Paraná entre 1842 e 1854.
Table 1: Yerba-mate export in Paraná State from 1842 and 1854.

O crescimento da economia promoveu a emancipação política do Paraná, com a


instalação da Província em 19 de Dezembro de 1853. A fixação da capital em Curitiba tornou
necessária a melhoria das comunicações do planalto com o litoral, entremeados pelas escarpas
da Serra do Mar. As trilhas existentes, precárias e perigosas, não comportavam mais o fluxo de
carga das tropas e não davam passagem a veículos de rodas (Saint-Hillaire, 1995; Morgenstern,
2005). A construção da Estrada da Graciosa, entre 1855 e 1873, permitiu a utilização dos
carroções eslavos puxados por diversos pares de muares. O movimento de cargas cresceu
consideravelmente com abertura dessa estrada macadamizada e com trechos calçados com
pedras, produzindo rápidos reflexos de melhoria e crescimento na economia paranaense
(Vargas, 1972). A ferrovia ligando Paranaguá a Curitiba foi concluída entre 1880 e 1884, e foi
um dos grandes feitos de engenharia no Brasil no século XIX (Wachowiz, 1994; Vargas, 1972).
A estrada de ferro solucionou em definitivo os problemas de transporte na região e havia sido
projetada para estender-se até Assunção no Paraguai para possibilitar acesso ao comercio e um
maior controle sobre aquele país (Figura 2) (Costa, 1953).
Mapa 2 – Ferrovia Curitiba – Paranaguá e sua extensão projetada até Assunção no Paraguai em 1883 –
Editado pelos autores (Fonte: Biblioteca Nacional).
Map 2: Curitiba – Paranaguá Railway and its extension designed until Assuncion in Paraguay in 1883 –
Edited by the authors (Source: National Library of Brazil)

A melhoria dos transportes permitiu que os engenhos do litoral se deslocassem para


Curitiba e cercanias, mais próximos dos ervais. A construção de novos e mais modernos
engenhos criaram um clima econômico pujante em Curitiba, acelerando sua urbanização e
desenvolvimento (Santos, 2001; 1995). Iniciava-se o terceiro período do ciclo da erva-mate no
Paraná.

4. A mecanização da produção da erva-mate

A utilização de técnicas fabris, processos industriais mecanizados e o desenvolvimento


de atividades acessórias caracterizam a última fase da economia do mate no Paraná. As
inovações tecnológicas foram introduzidas sob o patrocínio de Ildefonso Pereira Correia, o
Barão do Serro Azul (1845-1894), empresário, empreendedor e investidor paranaense que havia
atuado no mercado platino nos tempos da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), na qual o
Brasil, o Uruguai e a Argentina venceram o Paraguai. O conflito fez da erva-mate do Paraná a
única disponível para os consumidores sul-americanos (Romaguera Neto, 2002; Westphalen,
1991; Vargas, 1972). As exportações quadruplicaram nos anos da Guerra do Paraguai, passando
de pouco mais de quatro milhões quatrocentos e quarenta mil quilos para cerca de dezesseis
milhões seiscentos e trinta e dois mil quilos em 1872, conforme observado na tabela 2 que
mostra sua movimentação entre os anos de 1855 e 1900:

Ano Quant. Ano Quant.


1855 4.907.973 1878 12.971.41
1856 6.905.695 1879 14.087.72
8
1857 6.076.797 1880 12.699.18
8
1858 4.974.254 1881 12.942.94
7
1859 6.656.768 1882 15.167.24
7
1860 6.123.320 1883 15.300.73
9
1
1861 4.440.728 1884 14.524.42
1862 5.811.628 1885 13.461.59
0
1863 4.581.964 1886 14.524.57
9
1864 8.631.682 1887 19.558.90
9
1865 8.218.020 1888 18.253.83
1
1866 9.877.218 1889 18.329.68
6
1867 12.462.21 1890 20.592.94
6
1868 12.813.32
7 1891 18.372.82
2
1869 13.363.66
3 1892 19.351.72
3
1870 14.284.08
9 1893 20.767.99
6
1871 13.714.26
5 1894 18.262.53
5
1872 16.632.50
0 1895 24.637.41
1
1873 13.442.40
2 1896 25.098.93
9
1874 11.706.31
7 1897 18.492.35
0
1875 11.569.16
9 1898 22.921.14
3
1876 12.702.37
6 1899 21.912.89
4
1877 13.209.02
1 1900 22.469.61
9
Fonte/Source: Almanaque do Paraná 1904 –4p.90.
0
Tabela 2 – Exportações de Erva-Mate pelo Paraná entre os anos de 1855 e 1900 em quilogramas.
Table 2 - Yerba-mate export in Paraná State from 1855 and 1900 in kilograms.

A partir do período da Guerra do Paraguai o nível das exportações se manteria constante


acima dos onze milhões de quilos até a entrada do século XX. A hegemonia do mate paranaense
é destacada em documentos oficiais da época:

Pelos dados estatísticos que tenho presentes, fornecidos por industriaes desta
capital [Curitiba], verifica-se que desde 1867 a Província do Paraná ocupa o
primeiro logar entre os paizes exportadores de tal produto, oferecendo aos
principaes mercados consumidores, isto é, as republicas Argentina, Oriental
[Uruguai] e do Chile, mais da metade do consumo total (Faria Sobrinho, 1888,
p.35).

Devido ao crescimento e as perspectivas do mercado, o Barão do Serro Azul transferiu


seus negócios para Curitiba quando da conclusão da Estrada da Graciosa (Vargas, 1972).
Adquiriu o “Engenho Iguaçu” e o modernizou. Em 1884 inaugurou a “Fabrica Tibagy”, que se
tornou paradigma das inovações tecnológicas de todo o setor.
O projeto dessa fábrica e o de seu maquinário foram conduzidos e idealizados por
Francisco de Camargo Pinto, paranaense, formado em Engenharia Naval na Alemanha e na
Inglaterra (Wachowicz, 2010; Bouguszewski, 2007; Boni, 2001; Carneiro, 1956).
Foram criados o esmagador ondulatório, ventiladores de separação, torrefador
mecânico, elevadores helicoidais (Wachowicz, 2010). Invenções que, patenteadas, foram
colocadas a venda no mercado por seu idealizador. Esses equipamentos, ainda hoje, são a base
da indústria do mate na América do Sul. Estas inovações se difundiram porque encontraram
fatores favoráveis como a falta de resistência em sua implementação, tanto da parte de
empresários como dos consumidores, gerando mudanças na produção e novas tecnologias
(Tigre, 1998). O projeto de Camargo Pinto era ousado para o Brasil daquele tempo, evidenciava
a aplicação da ciência e do espírito científico à exploração da natureza (Aron, 1965).

Figura 1 – Anúncio de venda das maquinas desenvolvidas por Francisco de Camargo Pinto
(Fonte: Hemeroteca da Biblioteca Nacional).
Figure 1 – Sale advertisement of the equipament developed by Francisco de Camargo Pinto
(Source: Newspaper Archive of the National Library of Brazil)

A “Sociedade Auxiliadora da Industria” registrava as patente e concedia os direitos ou


privilégios de sua exploração, sendo que era comum os decretos de patente serem publicados
em diversos jornais do Brasil afim de que se tornassem de amplo conhecimento público:

Concedeu-se privilégio de invenção por 15 annos, pela patente n. 2.676, a


Francisco de Camargo Pinto, brasileiro, engenheiro machinista, morador de
Curityba, para sua invenção de uma machina destinada a moer herva-matte,
denominada Esmagador Ondulatório (Gazeta de Notícias, 09 de Novembro de
1898, p.01).

O novo equipamento, em ferro e aço, era movido por máquinas a vapor, e o processo de
produção diferenciava a nova fábrica dos antigos engenhos construídos em madeira, movidos
por rodas d’água e operados alguns ainda por escravos. Na “Fábrica Tibagy” as novas máquinas
substituíam a força e as habilidades humanas, reproduzindo tardiamente ocorrerão ocorrido na
Inglaterra com a Revolução Industrial no século anterior (Salm& Fogaça, 1998; Landes, 1998).
A produção exportada teve considerável aumento a partir da entrada em funcionamento dessa
fábrica entre os anos de 1886 e 1890 (Tabela 2), o que foi destacado à época pelo Governo do
Paraná (Faria Sobrinho, 1888). A nova indústria chamava a atenção dos viajantes que passavam
por Curitiba:

Visitamos algumas fábricas mais de herva-matte, chamando-me especial


attenção a do commendador Ildefonso Correia, irmão do senador Correia e um
moço activo e emprehendedor. Esta fábrica [Tibagy] é montada
apparatosamente, occupando muitos e grandes prédios. Todos os processos
são feitos por machinas, occupando já muitos operários. Uma linha
telephonica liga o estabelecimento ao escritório da casa, nos centros da cidade,
no pavimento térreo do palacete onde mora o proprietário (Coruscate, 1886,
p. 02).

A industrialização possibilitou o crescimento do setor do mate com a assimilação das


inovações tecnológicas de Camargo Pinto. Passou-se a produzir mais e melhor por meio de
novos métodos (Aron, 1965). As fábricas de mate multiplicaram-se, concentrando a produção
na mesma escala que os mercados consumidores da Argentina, Uruguai e Chile tinham as suas
economias nacionais fortalecidas (Magalhães Filho, 1996). Por volta de 1900 existiam no
Paraná, concentrando-se em Curitiba, cerca de vinte e cinco fábricas de mate movidas a vapor.
Juntas produziram vinte e cinco milhões de quilos de erva (Almanaque do Paraná, 1904).
A mão de obra para a indústria no Paraná era escassa. Mesmo vigorando a escravidão
até 1888, haviam poucos escravos disponíveis em Curitiba, seus preços eram elevados e já havia
um certo repudio a sua utilização. Àquela época a economia da erva-mate não permitia a
manutenção de escravos pois os capitais que dispunha eram originários de sua própria atividade
e não oriunda de investimentos externos (Oliveira, 1974). Além disso, o braço escravo não mais
se adequava ao trabalho mecanizado e a modernização em curso na produção do mate. Buscava-
se, naquele momento, um operário melhor instruído e capaz de aprender com as novas
exigências produtivas, com um bom convívio em sociedade. O trabalho nas fábricas
comportava horários rígidos e rotinas previamente estabelecidas, tarefas repetitivas e controle
sobre a produção (Wood Jr., 1992).
Os homens livres existentes no Paraná do quarto final do século XIX dedicavam-se ao
tropeirismo, às atividades acessórias do mate que eram mais rentáveis. Poucos deles atuavam
nos engenhos e teriam qualificação para operar os novos equipamentos industriais ou disposto
a se submeter a rigidez e controle organizacional do trabalho fabril (Oliveira, 1974; Costa,
1995). A origem dos trabalhadores era a agricultura e outras atividades marginais, parcela
significativas desses era formada por imigrantes europeus, principalmente alemães, atraídos
pelo desenvolvimento da economia (Magalhães Filho, 1996). A mecanização e a automação
que caracterizaram a indústria do mate foi decorrente dessa falta de mão de obra disposta a
assalariar-se ou mesmo que possuísse as qualificações exigidas pelo novo modelo mecanizado
de produção (Oliveira, 1974). A população de Curitiba e do Paraná cresceram durante a plena
exploração industrial do mate conforme demonstra a tabela 3:

Ano Curitiba Paraná


1854 6.791 62.248
1872 12.651 126.722
1890 24.553 249.491
1900 50.124 327.136
1910 60.800 572.375
Fonte/Source: Adaptado de - MAGALHAES, Marion Brepohl de.
Parana: Política e Governo. Curitiba: SEED, 2001, p.32.
Tabela 3 – Crescimento populacional de Curitiba e do Paraná entre 1854 e 1920.
Table 3 – Curitiba and Paraná populational growth from 1854 to 1920.

A indústria do mate demandava um conjunto de atividades acessórias que lhe davam


suporte operacional e apoio material que também cresceu e se fortaleceu em razão da
industrialização. Desenvolveram-se novas profissões e outras mais antigas sofreram mutações,
o que contribuiu para a melhor integração social em Curitiba e região:

Profissões, despojadas de suas roupagens próprias, são funções sociais


especializadas que as pessoas desempenham em resposta a necessidade
especializadas de outras; são, ao menos em sua forma mais desenvolvida,
conjuntos especializados de relações humanas [...]. Descobertas cientificas,
invenções e o surgimento de novas necessidades humanas e de meios
especializados para satisfazê-las são, indubitavelmente, fatores que contribuem
para o desenvolvimento de uma nova profissão (Elias, 2001, p.90-91).

Surgiram empresas e profissionais que se dedicavam aos serviços de manutenção de


equipamentos e máquinas, a produção de embalagens, barricas, caixas de madeira e a impressão
de rótulos (Oliveira, 2001). Aprendia-se com os novos processos de fabricação para obter o seu
pleno uso (Elias, 2006). Os serviços de transporte e movimentação de cargas também tiveram
impulso. Muitas destas empresas foram formadas por imigrantes que deixavam as colônias
rurais e buscavam em Curitiba uma nova vida:

[...] os navios que atravessaram o Atlântico também trouxeram europeus ligados


ao mundo urbano. Ao longo do século XIX, muitos deles insatisfeitos ou
inadaptados com a vida rural, transferiram-se sozinhos ou com suas famílias
para as cidades do Paraná tradicional [...] Italianos, alemães, poloneses,
franceses e pessoas de outras etnias vieram dar nova feição para essas cidades
[...] de fato tributa-se aos imigrantes importante papel na diversificação da
atividade artesanal, no desenvolvimento do comércio e das pequenas e médias
indústrias de caráter familiar ocorridos no Paraná ao longo do [século] XIX e
início do XX (Trindade & Andreazza, 2001, p.55).

De forma geral, os imigrantes eram marginalizados em seus países de origem. Uma vez
no Brasil, eles puderam interagir com outras pessoas que possuíam as suas mesmas condições
e mesmo ascender socialmente. Criaram redes de relações pessoais e econômicas com outras
classes sociais, situação esta que possibilitou ao menos economicamente, os preconceitos de
origem fossem superados por meio de seu trabalho. Acontece um razoável desenvolvimento no
início do século XX.

Foi na região de Curitiba que melhor se desenvolveu a atividade colonizadora,


compreendendo o estabelecimento de alemães e suíços, italianos e poloneses,
secundados em importância por franceses [e argelinos], ingleses e
escandinavos. O ponto de referência da presença imigrante no primeiro planalto
paranaense situa-se entre 1850 e 1859. Neste momento, inicia-se o fluxo maior
da remigração de imigrantes de idioma alemão para Curitiba, oriundos da
Colônia Dona Francisca (Joinville), no norte de Santa Catarina. De 1869 a 1878
foram instalados vários núcleos a distancias que variavam de 2 a 16 km de
Curitiba, constituídos por alemães de diversas origens, franceses, franceses
argelinos, ingleses, italianos, poloneses e suecos (Nadalin, 2001, p.77).

Por meio do trabalho, os imigrantes, os emigrados e demais personagens que atuavam


no Planalto de Curitiba naquele tempo puderam transformar e melhorar os bens oriundos da
natureza (Migliaccio Filho, 1994). As novas exigências profissionais também puderam
influenciar nessa integração entre homens de origens sociais e culturais distintas (Elias, 2001).
A tabela 4 apresenta um resumo das atividades econômicas e os estabelecimentos
existentes em Curitiba, no início do século XX, grande parte deles conduzidos por imigrantes:

Atividade – Ramo Quantidade Atividade - Ramo Quantidade


Olarias 30 Fábrica de chocolate 02
Serrarias 27 Fábrica de sabão e velas 02
Oficinas de barriqueiros – tanoeiros 20 Fábrica de cola 02
Tipografias 16 Fábrica de louça 02
Selarias 15 Fábrica de fósforos 01
Moinhos de farinha 15 Fábrica de pianos 01
Agentes de Companhias de seguro 12 Fábrica de pregos 01
Curtumes 10 Fábrica de presunto 01
Fábrica de palhões (embalagem) 10 Abatedor e fábrica de charque 01
Serralheria 09 Fábrica de Tecidos 01
Fábricas de cerveja 08 Fábrica de chitas 01
Fábrica de cigarros 07 Fábrica de meias, camisas e gravatas 01
Fábrica de carros 05 Fábrica de fitas 01
Companhias de água mineral 05 Fábrica de cascos de chapéus 01
Estabelecimentos fotográficos 04 Fábrica de manequins 01
Fábrica de caixas de papelão 04 Fábrica de objetos de alumínio 01
Agências bancárias 04 Fábrica de tintas para escrever 01
Fundição 03 Fábrica de fumo 01
Fábrica de caramelos 03 Fábrica de vinho espumante 01
Fabricas de ladrilhos e mosaicos 02 Fábrica de vinagre 01
Litografias 02 Fábrica de bebidas sem álcool 01
Gravadores de metal 02 Casa de carimbos de borracha 01
Casas de encadernação 02 Destilaria 01
Fábrica de quadros 02 Empresa de eletricidade 01
Casa de galvanização 02 Refinaria de açúcar 01
Fonte/Source: PEREIRA, Marco Aurélio Monteiro. A Cidade de Curitiba no Discurso de Viajantes e
Cronistas do Século XIX e Início do Século XX. In: Revista de História Regional, Ponta Grossa, v. 1, n.
1, 1996, p.29-30.
Tabela 4 – Industrias, manufaturas e empresas existentes em Curitiba no período 1910-1912.
Table 4 – Industry, manufacture and existing companies in Curitiba from 1910-1912.

O ciclo do mate preponderou no Paraná até pelo menos 1928, quando a Argentina
colocou a produção advinda de ervais cultivados em grande em escala e de forma intensiva em
seu território (Gomes, 1953). A erva cultivada em Corrientes e Missiones pelos argentinos
possuía qualidade superior e preços mais competitivos, além de proximidade com o mercado
consumidor.

Entre fines del siglo XIX y princípios del XX, la cosecha de yerbatales naturales
comenzó a ser sustituida por laextensión de la produccion bajo cultivo (...) los
rasgos centrales de la estructura productiva agrário yerbatera son el resultado
de un programa de colonización agrícola del território, promovido desde el
Estado nacional a partir del año 1926 (...) el programa de colonización agricola
familiar (...) em el marco del programa, la yerba mate funciono como “cultivo
poblador” (Rau, 2009, p.52).

Com uma melhor produtividade e qualidade superior à erva-mate do Paraná, a produção


dos ervais cultivados pelos argentinos tomaram conta dos mercados consumidores expulsando
e limitando o produto paranaense. A produção do Paraná continuaria sendo extraída das matas,
com qualidade inferior e custo superior ao da erva-mate da Argentina. A crise econômica que
se abateu sobre o mundo em 1929 também atingiu o setor ervateiro que teve os seus mercados
ainda mais restringidos (Oliveira, 2001; Gomes, 1953).
Com a restrição ao comercio da erva-mate o Estado do Paraná voltou suas atenções para
a ocupação e colonização das terras situadas a oeste do rio Tibagi, em sua região Norte. A
construção da Ferrovia São Paulo – Paraná e a atuação da Companhia de Terras Norte do Paraná
fariam surgir cidades como Londrina e Maringá. Nesta nova região a cafeicultura se tornaria o
centro de um novo ciclo econômico que por décadas atrairia migrantes e capitais financeiros
(Wachowicz, 2010). Uma nova fronteira produtiva abria-se no Brasil.
Considerações finais

Este estudo considerou que a extração da erva-mate no território do Estado do Paraná,


aliada a fatores como a expansão de seu mercado consumidor criaram condições para o
estabelecimento de um parque industrial mecanizado e moderno. Um tipo de atividade
industrial que foi pioneiro no Brasil, permitindo e esta região que desenvolvesse e vivenciasse
as características de uma economia de mercado ou capitalismo com suas inter-relações como o
trabalho assalariado. Foi perceptível o desenvolvimento econômico, social e tecnológico
decorrente do desenvolvimento da economia da erva-mate.
O mate estimulou também o desenvolvimento de uma classe social dedicada à
indústria, ao comércio e às atividades financeiras: a burguesia. Quer fossem essas atividades
diretamente ligadas a extração e beneficiamento da erva ou às suas atividade acessórias.
Exigindo um processo de beneficiamento que evoluiu do artesanal para o plenamente
industrializado, estabeleceu-se uma classe operária, em grande parte, emigrada da Europa,
fazendo desenvolver as relações assalariadas de produção. O fluxo de migrante direto ou
indireto para Curitiba fez-se sentir especialmente na década de 1870.
A busca por produtividade conduziu a implantação de inovações tecnológicas que
transformaram, naquele momento, engenhos rústicos em modernas fábricas mecanizadas,
pioneiras no Brasil do século XIX. As fábricas de mate deram início ao processo de
industrialização do Paraná, condição produtiva e econômica mais sofisticada que teria destaque
durante o século XX.
Como principal consequência econômica do ciclo da erva-mate para o Paraná aponta-se
sua inserção no mercado internacional, a aprendizagem que dela decorreu que pode ser
estendida a outras atividades e produtos até o tempo presente. Navios e negociantes estrangeiros
aportaram e atuaram em Paranaguá, expandindo seu porto e o comercio local. Um contato que
produziu além do comércio trocas culturais, que permitiram que se desenvolvesse em Curitiba
e no Litoral condições que diferiram estas regiões de outras do Paraná e mesmo do Brasil.

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