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OEspaço geográfico ou espaço
humanizado
O espaço natural ± aquele que até então
tinha sofrido pouca ou nenhuma
intervenção ou ação humana
humana..
O espaço geográfico ou espaço
humanizado ± são aqueles modificados
pelas sociedades humanas
humanas..
O mom a chegada dos não não--indígenas o
espaço natural começou a ser
modificado, considerando que o índio
pouco modificava o espaço
espaço..

O Então ao longo de gerações as pessoas


que aqui chegaram produziram um
espaço geográfico
geográfico..

O O espaço geográfico é um produto


histórico--social
histórico social..
u     

  
  
O 3odemos considerar dois períodos
períodos::
1) 3eríodo em que o Brasil era colônia de
3ortugal de 1532 (início da
colonização) a 1822 (quando declarou
sua independência)
2) 3eríodo entre 1532 e 1888 (quando foi
assinada a Lei Áurea, que proibiu a
escravidão)
3 
  

  
   
    
O independência em 1822 não provocou
mudanças significativas na sociedade ou
economia, continuou a produzir produtos
primários:: café, açúcar, madeira, tabaco
primários tabaco..
O Foi mantida a escravidão até 1888 1888,, o
Brasil foi o último país da mérica Latina
a libertar seus escravos
escravos..
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O 3eríodo colonial (1532 ± 1822 1822),
),
caracterizado pelo trabalho escravo
escravo..
O 3eríodo de economia exportadora
também chamada de economia
exportadora capitalista (1888 a 1930
1930),
),
quando o Brasil adota o sistema
capitalista..
capitalista
mbas possuíam uma característica
comum, tinham suas economias
extrovertidas, isto é, a produção era
voltada para as necessidades do
mercado externo, exportação
exportação..

     
 
  
  

    


     
ão Vicente foi o primeiro povoamento
permanente onde foi introduzido o cultivo
de cana
cana--de
de--açúcar, mas foi realmente no
nordeste que a atividade prosperou devido
devido::
O proximidade da Europa que facilitava o
transporte..
transporte
Ofatores naturais
naturais:: solo de massapê, clima
litorâneo úmido
úmido..
mom a utilização de mãomão--de
de--obra escrava
os portugueses desmataram parte da mata
na zona litorânea e ali plantaram mudas de
cana--de
cana de--açúcar trazidas de mabo Verde
Verde..
monstruíram engenhos para moer a cana e
fabricar o açúcar, em seguida também
construíram:: a casa do senhor do
construíram
engenho, a senzala, a capela e caminhos
para transportar o açúcar até o litoral e
instalações portuárias
portuárias..
     
 

  
OO espaço da agroindústria da cana cana--de
de--
açúcar::
açúcar
Durante o século XVI e XVII, parte da Zona
da Mata foi ocupada por plantações de
cana--de
cana de--açúcar
açúcar..
Da floresta amazônica foram extraídas as
drogas do sertão
sertão:: castanha, cacau, canela
e salsaparrilha
salsaparrilha..
OO espaço da cultura do tabaco
tabaco::
Desenvolveu--se na Zona da Mata ao redor
Desenvolveu
de alvador, além de exportado e também foi
utilizado como moeda de troca no comércio
de escravo
escravo..
OOs espaços da criação de gado (pecuária)
(pecuária)::
criação de gado começou pela Zona da
Mata e se interiorizou pelos rios ão
Francisco e 3arnaíba, também se estendeu
para estados da região sul
sul..
Deu origem a várias cidades
cidades:: murrais Novos,
Oeiras, Osório, 3elotas, mharqueada, etc
etc..
OOs caminhos das tropas:
Os tropeiros, condutores de cavalos que
levavam a carne seca para áreas de
mineração, criaram os pousos que viraram
cidades, orocaba, Franca, mampo Largo,
masa Branca, etc
etc..
OO espaço da Mineração:
exploração de ouro e pedras preciosas
nos estados de Minas Gerais, Goiás e
Mato Grosso, transformaram os arraiais
em cidades
cidades:: Ouro 3reto, abará, Rio
Verde, etc
etc..
OEspaço da cafeicultura:
e expandiu do Rio de Janeiro para o
interior de ão 3aulo pelo Vale do
3arnaíba, para a Zona da Mata Mineira e
posteriormente para outros estados,
Espírito anto, 3araná, Mato Grosso e
Rondônia..
Rondônia
OO espaço da borracha
moncentrou--se na Floresta mazônica. Do
moncentrou
látex se obtêm a borracha. 3ossibilitou um
maior povoamento dessa região.
 
  
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divisão em regiões apresenta
desigualdades ou disparidades regionais
Oudeste é a região mais urbanizada,
industrializada, povoada (43 43%
%), rica,
desenvolvida, onde se localizam as duas
metrópoles globais do Brasil
Brasil..
O região ul é a região desenvolvida
economicamente, possui muitas indústrias
e uma agropecuária moderna, é marcada
pelo clima subtropical e as quatro estações
bem definidas
definidas..
O região Nordeste foi a primeira a ser
explorada economicamente, é chamada de
região--problema, é marcada pela seca, e
região
forneceu um grande número de imigrantes
para as outras regiões
regiões..
O região mentro-
mentro-Oeste é marcada pela
agropecuária modernizada e onde está
localizado o centro político-
político-administrativo
do país.

O região Norte é marcada pela presença


da Floresta mazônica, que está sendo
intensamente desmatada, possui a
densidade demográfica mais baixa das
regiões.
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região geoeconômica do Nordeste
brasileiro compreende uma área que vai da
parte leste do Maranhão até o norte de
Minas Gerais, incluindo 3iauí, meará, Rio
Grande do Norte, 3araíba, 3ernambuco,
lagoas, ergipe e Bahia. Nessa grande
região, que abrange quase 20% do
território nacional, vivem cerca de 25% dos
habitantes do Brasil.
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Ominco foram as atividades que produziram
o espaço geográfico durante as economias
colonial e primário-exportadora: a
agroindústria da cana-de-açúcar, a
pecuária, as culturas de tabaco, algodão e
cacau. O que provocou uma divisão
territorial da produção, influenciados pela
características naturais.
    
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O Zona da Mata é a principal sub-região
nordestina: é a mais povoada, a mais
industrializada e a mais urbanizada.
mompreende a área litorânea que vai do Rio
Grande do Norte até a Bahia. Na direção leste-
oeste, a Zona da Mata é uma estreita faixa de
terras que vai do litoral oriental até o 3lanalto da
Borborema.
O clima é litorâneo úmido , o relevo é formado
por planícies, planaltos e depressões. Mata
tlântica foi quase completamente destruída,
existindo hoje menos de 10% da vegetação
original.
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O Zona da Mata çucareira vai do Rio Grande do Norte
até parte norte da Bahia, onde predominava as grandes
propriedades agrícolas ± os latifúndios -, que comumente
praticam a monocultura açucareira, com a mão-de-obra
escrava. O cultivo da cana-de-açúcar, voltado à
fabricação do açúcar para exportação.
O cultivo da cana foi a primeira atividade econômica
realmente importante do país. Depois do apogeu, que
durou do século XVI ao XVIII, a monocultura açucareira
da Zona da Mata entrou em decadência a partir do
século XIX, isso se deve a grande produção de açúcar
em outras partes do país, especialmente em ão 3aulo,
e também a grande oferta do produto no mercado
internacional.
OO Recôncavo Baiano está situado ao redor da
cidade de alvador, destaca-se pela extração do
petróleo e pelas indústrias, especialmente as
petroquímicas já tendo produzido cerca de 80%
do petróleo nacional. tualmente, em virtude de
descobertas e explorações feitas em outras
áreas (principalmente na Bacia de mampos ± RJ)
o Recôncavo contribui com cerca de 35% do
total produzido no país. Ocorreu aí uma razoável
industrialização nos anos de 1970 e 1980 ± com
indústrias petroquímicas, mecânicas, químicas e
até automobilísticas - , o que fez do Recôncavo
hoje a principal área industrial do Nordeste. O
3ólo 3etroquímico de mamaçari, ao norte de
alvador, é uma moderna área industrial.
Oul da Bahia ou Zona do macau
Área com centro nas cidades de Ilhéus e Itabuna, o ul
da Bahia é voltado essencialmente para o cultivo do
cacau, importante produto de exportação. Essa área já
foi bem mais rica no passado e sofreu um esvaziamento
econômico nas ultimas décadas por causa da queda do
preço internacional do cacau, uma planta originária da
floresta amazônica que se desenvolve melhor à sombra
de outras árvores maiores ( cultivo sombreado). s
plantações de cacau do sul da Bahia foram atacadas
pela praga vassoura-de-bruxa.
   
 , 
 -      
O Recôncavo Baiano: pólo petroquímico de
mamaçari.
O alvador: terceira maior capital do país em
população.
O Recife: diversidade industrial (mecânica,
borracha, papel, cimento, têxtil, alimentos e
outras.
O Fortaleza: centro industrial em expansão têxtil,
alimentar, calçados, confecções e outras.
O Nordeste Brasileiro
A região geoeconômica do Nordeste brasileiro compreende uma área que vai da
parte leste do Maranhão até o norte de Minas Gerais, incluindo Piauí, Ceará, Rio
Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Nessa grande
região, que abrange quase 20% do território nacional, vivem cercade 25% dos
habitantes do Brasil.
O Nordeste constitui uma área de repulsão populacional, que, desde o fim do
século XIX, gera migrantes que se encaminham para as demais regiões. Mas,
durante vários séculos (XVI, XVII e XVIII), esse complexo regional abrigou a
grande maioria da população do Brasil - Colônia e, até 1763, a capital político-
administrativa na cidade de Salvador.
A idéia que fazemos do Nordeste, como uma grande região diferenciada no
espaço brasileiro é recente, do início do século XX. Nos períodos anteriores havia
vários ³Nordestes´, áreas muito diferentes e com economias regionais
relativamente isoladas umas das outras: a região açucareira da Zona da Mata,
centralizada em Recife e Olinda; o sertão pecuário, servindo como complemento
da Zona da Mata, a região do Maranhão e arredores, onde houve até uma
administração colonial diferente; e a área hoje correspondente ao Ceará e ao
Piauí, que, durante séculos, manteve poucas ligações com o restante do
Nordeste.
uuando se fala em miséria, em pobreza absoluta, em insuficiência alimentar,
pensa-se logo na região Nordeste. Mas isso é apenas meia verdade. Todos esse
problemas sociais são encontrados também nas demais regiões brasileiras,
embora no Nordeste eles sejam mais acentuados. O nível de vida da população
nordestina em geral é muito baixo. Além disso, existe uma classe dominante -
uma pequena minoria da população ± que concentra em suas mãos parte
considerável das riquezas regionais, o que faz com que um grande número de
nordestinos, migre a cada ano, para as demais regiões do país, em busca de
melhores condições de vida.
Dessa forma, o Nordeste, geralmente é visto como uma região problema, a área
decadente que necessita de ajuda governamental para desenvolver-se. Mas
essa imagem nem sempre existiu; como vimos, ela foi criada no início do século
XX. Foi com o processo de integração nacional, realizado a partir da
industrialização do país e sua concentração em São Paulo, que o Nordeste
passou a ser encarado como uma grande região com traços em comum e
individualizada no conjunto do Brasil. A industrialização brasileira, concentrada
no centro-sul, coincidiu com a decadência econômica das áreas nordestinas, e
o fluxo emigratório da região, que passou a ser fornecedora de mão-de-obra
para as demais regiões.
Contudo, essa imagem de região problema, ou atrasada, não é totalmente
verdadeira. Existem de fato, inúmeras áreas nordestinas que estão entre as
mais carentes do Brasil e, em média as condições de vida da sua população ±
taxas de mortalidade geral e infantil, índices de escolarização, níveis de
rendimento, consumo de calorias por pessoas, etc. ± são um pouco mais
baixas que aquelas que predominam nas demais regiões, especialmente no
centro-sul. Por outro lado, existem também no Nordeste algumas areas bem
industrializadas ou com uma agricultura moderna: a região ao redor de
Salvador; o pólo textil do Ceará; as áreas de cerrado ³oeste da Bahia,
principalmente´ onde hoje se planta a soja; as áreas de fruticultura irrigada no
Vale do São Francisco, notadamente ao redor das cidades de Petrolina (PE) e
Juazeiro (BA); etc.
Assim, mesmo quando se reconhece o Nordeste brasileiro como uma grande
região com problemas ainda se pode perceber enormes disparidades
econômicas e naturais entre diversas de suas áreas o que, comumente,
permite dividi-lo em quatro principais sub-regiões: Zona da Mata, Sertão,
Agreste e Meio Norte.
Zona da Mata
A Zona da Mata é a principal sub-região nordestina: é a mais povoada,
a mais industrializada e a mais urbanizada. Compreende a área litorânea que
vai do Rio Grande do Norte até a Bahia. Na direção leste-oeste, a Zona da Mata
é uma estreita faixa de terras que vai do litoral oriental até o Planalto da
Borborema.
O clima nessa área é tropical úmido com temperaturas médias
mensais elevadas e chuvas abundantes, concentradas no outono-inverno, (de
março a junho). A vegetação original era a Mata Atlântica, quase
completamente destruída.
Durante os primeiros séculos de colonização, essa foi a principal
região econômica, a mais densamente povoada do país e a mais valorizada
pelos colonizadores. Ainda hoje, a maioria da população nordestina encontra-
se nessa região, que apresenta elevadas densidades demográficas e na qual
estão as principais metrópoles do nordeste ± Recife e Salvador.
Apesar de a Zona da Mata ser a mais rica das sub-regiões do
Nordeste, nela se localizam os maiores problemas sociais da região
provavelmente por ser a sub-região mais povoada e com os maiores centros
urbanos.
Nas grandes cidades, são comuns as habitações precárias, como as
invasões de Salvador, os mocambos de Recife, os cortiços e as moradias
antigas, que hoje estão em ruínas. É muito grande o número de
subempregados e mendigos. No meio rural, os salários são baixíssimos
muitas vezes inferiores ao mínimo, e o trabalho é extremamente cansativo e
prolongado.
Pode-se dividir a Zona da Mata nordestina em três partes distintas:
Zona da Mata açucareira, Recôncavo Baiano e Sul da Bahia.

Zona da Mata Açucareira


A Zona da Mata açucareira vai do Rio Grande do Norte até parte norte
da Bahia. Nessa área, predominam as grandes propriedades agrícolas ± os
latifúndios -, que comumente praticam a monocultura açucareira. O cultivo da
cana-de-açúcar, voltado à fabricação do açúcar para exportação, é praticado aí
desde a época colonial.
O cultivo da cana foi a primeira atividade econômica realmente
importante do país. Depois do apogeu, que durou do século XVI ao XVIII, a
monocultura açucareira da Zona da Mata entrou em decadência a partir do
século XIX, isso se deve a grande produção de açúcar em outras partes do
país, especialmente em São Paulo, e também a grande oferta do produto no
mercado internacional.
Recôncavo Baiano
A área situada ao redor da cidade de Salvador, o Recôncavo Baiano
destaca-se pela extração do petróleo e pelas indústrias, especialmente as
petroquímicas já tendo produzido cerca de 80% do petróleo nacional.
Atualmente, em virtude de descobertas e explorações feitas em outras áreas
(principalmente na Bacia de Campos ± RJ) o Recôncavo contribui com cerca
de 35% do total produzido no país. Ocorreu aí uma razoável industrialização
nos anos de 1970 e 1980 ± com indústrias petroquímicas, mecânicas,
químicas e até automobilísticas - , o que fez do Recôncavo hoje a principal
área industrial do Nordeste. O Pólo Petroquímico de Camaçari, ao norte de
Salvador, é uma moderna área industrial.
Sul da Bahia ou Zona do Cacau
Área com centro nas cidades de Ilhéus e Itabuna, o Sul da Bahia é
voltado essencialmente para o cultivo do cacau, importante produto de
exportação. Essa área já foi bem mais rica no passado e sofreu um
esvaziamento econômico nas ultimas décadas por causa da queda do preço
internacional do cacau, uma planta originária da floresta amazônica que se
desenvolve melhor à sombra de outras árvores maiores ( cultivo sombreado).
Sertão
O que mais caracteriza o Sertão nordestino é o clima semi-árido. Os
rios do sertão nordestino são em geral intermitentes, ou seja, secam
completamente durante alguns meses do ano. A grande exceção é o São
Francisco, um rio perene, que corre continuamente, mesmo nos períodos de
seca prolongada.
A construção de açudes ou represas em alguns rios intermitentes
tenta regularizar esses cursos fluviais, tornando-os permanentes por exemplo:
o açude de Orós, o maior do Nordeste suas águas alimentam o rio Jaguaribe
(CE), que nunca deixa de correr mesmo em épocas de seca.
No interior do Sertão encontram-se alguns locais mais úmidos, em
encostas de serras ou em vales fluviais. São os brejos, as principais áreas
agrícolas dessa sub-região onde se cultiva o milho, feijão e cana-de-açúcar.
Em algumas áreas, como no Vale do Cariri (CE), cultiva-se o algodão de fibra
longa de alta qualidade, chamado seridó.
As secas, um fenômeno climático periódico, constitui provavelmente
a imagem que mais tem caracterizado o Nordeste em filmes, romances,
canções, noticiários de imprensa. Mas essas imagens são, as vezes,
exageradas e dão origem a fantasias e mitos. É comum, por exemplo,
ouvirmos dizer que as secas constituem a principal causa do
subdesenvolvimento nordestino e do deslocamento de migrantes dessa região
para São Paulo e Rio de Janeiro. Nada disso é verdadeiro.
Com ou sem secas, o Nordeste ± ou pelo menos uma parte dele ±
continuaria sendo a região mais pobre do país, pois essa pobreza tem causas
históricas, e não climáticas ou naturais. Ela se deve a decadência das atividades
tradicionais da região, como a agroindústria açucareira e o cultivo de algodão,
paralelamente a industrialização do sul do país.
Além disso, as secas ocorrem somente no Sertão onde vive uma
pequena parcela da população nordestina. Na área mais povoada e onde se
situam as principais metrópoles ± Zona da Mata -, não ocorrem secas. Ao
contrário, em certas ocasiões, os índices de pluviosidade chegam a ser bem
elevadas, com enchentes periódicas em Recife, Maceió e outras importantes
cidades da região.
A maioria dos nordestinos que deixam a sua região em direção as
metrópoles do centro-sul não sai do Sertão mas da Zona da Mata. Portanto, o
verdadeiro motivo dessa migração não é a seca, mas a estrutura fundiária. Há
uma extrema concentração das propriedades agrárias no nordeste, ou seja, o
pequeno número de grandes proprietários possui considerável parcela dos
solos bons para a agricultura. É por não terem terras para trabalhar que os
nordestinos deixam sua própria região
No entanto, sendo um fenômeno natural, a seca constitui uma
justificativa bem mais simples e cômoda para a pobreza nordestina do que as
razões sociais. A própria classe dominante local culpa a seca pela precária
condição de vida da maioria dos nordestino.
Por meio da intensa divulgação dos efeitos dramáticos da seca pelos
meios de comunicação, certos grupos dominantes do nordeste ± políticos,
fazendeiros e empresários ± acabam conseguindo verbas e auxílio do
governo.
No entanto, eles se utilizam desses recursos muito mais para servir a seus
interesses particulares do que a população pobre que sofre com a falta de
água, os chamados flagelados da seca.
Por exemplo, aproveitando-se da seca, alguns empresários
nordestinos deixam de pagar suas dívidas bancárias ou contraem novos
empréstimos sob condições especiais, e certos fazendeiros constroem com
dinheiro publico açudes e estradas em suas terras particulares. A essas
formas de tirar proveito das secas, chama-se Industria da Seca, que beneficia
apenas as pessoas poderosas, sem contribuir para resolver os terríveis
problemas da população pobre.
Nos últimos anos algumas áreas do Sertão Nordestino conheceram
um processo de modernização, especialmente ao redor do Rio São
Francisco, e da parte oeste da Bahia. No Vale do São Francisco, onde
grandes projetos de irrigação criaram uma agroindústria (produção de frutas,
vinicultura, etc.), as cidades que mais se destacam são: Juazeiro (BA) e
Petrolina (PE), na realidade interligadas, uma vez que estão em margens
opostas do rio. E na parte oeste da Bahia ± onde existe o cerrado no lugar da
caatinga ± desenvolveu-se uma moderna agricultura de grãos
(principalmente soja), que se estende até o sul do Maranhão e Piauí.
Agreste
O Agreste é uma faixa de terras bastante estreita na direção leste-
oeste e alongada na direção norte-sul, situada entre o Sertão semi-árido (a
oeste) e a Zona da Mata (a leste). É uma área de transição ente essas duas
sub-regiões. Seu clima não é tão seco quanto o do Sertão, nem tão úmido
quanto o da Zona da Mata. Na sua porção oeste, geralmente, chove menos do
que na parte leste. Sua vegetação, em alguns locais, assemelha-se à mata
Atlântica; em outros a caatinga.
Na verdade, o Agreste é uma área relativamente alta (500 a 800 m).
Corresponde à região do planalto da Borborema, com altitudes mais elevadas
que as das demais sub-regiões do Nordeste. Constitui uma espécie de
barreira, impedindo a penetração para o interior dos ventos úmidos que vêm
do oceano Atlântico e perdem sua umidade nas chuvas frequentes que
ocorrem na parte oriental do Nordeste, na Zona da Mata e na porção leste do
Agreste.
Ao contrário das demais sub-regiões do Nordeste, onde predominam
as grandes propriedades agrárias, no Agreste prevalecem as pequenas
propriedades, os minifúndios. Aí, a atividade econômica mais importante é a
agricultura, desenvolvida na forma de policultura (cultivo de vários produtos),
aliada à pecuária leiteira semi-intensiva. Os principais cultivos do Agreste
são: algodão, café e agave (planta da qual se extrai o sisal, fibra utilizada para
fabricar tapetes, bolsas, cordas, etc.)
Existem no Agreste algumas importantes cidades comerciais, centros
urbanos com um intenso comércio, que constitui sua principal atividade
econômica. São as chamadas capitais regionais do Agreste, entre as quais se
destacam Campina Grande, na PB, Feira de Santana na BA, Caruaru e
Garanhuns em Pernambuco.

Meio-Norte
O Meio-Norte, como o próprio nome diz, constitui uma área de
transição entre o Norte (Amazônia) e o Nordeste, especialmente o Sertão.
Apesar de todo o Maranhão e todo o Piauí tradicionalmente serem
considerados Meio-Norte ou Nordeste ocidental, na verdade somente a área
que vai da bacia do rio Grajaú, a oeste, até a bacia do rio Parnaíba, a leste,
pode, de fato, ser considerada Meio-Norte, ou área de transição entre o Sertão
semi-árido e a Amazônia úmida. A parte ocidental do Maranhão é amazônica,
com um clima mais úmido e matas equatoriais semelhantes à floresta
Amazônica. E a maior parte do Piauí é sertaneja, com clima semi-árido e
vegetação de caatinga.
Portanto, a área situada entre o Sertão e a Amazônia é tão somente
uma faixa de terras que ocupa alguns vales fluviais: os rios Grajaú, Mearim e
Itapecuru, no Maranhão, e o rio Parnaíba, que serve de divisa entre o
Maranhão e o Piauí.
Nessa faixa de terras encontra-se a mata dos Cocais, paisagem
típica do Meio-Norte. A zona dos Cocais, é de fato, considerada uma
vegetação de transição entre a caatinga e a floresta amazônica. É constituída
por palmeiras como a carnaúba e, principalmente, o babaçu.
A economia dessa sub-região baseia-se no extrativismo vegetal e na
agricultura.
Do caule do babaçu se extrai o palmito, e de suas sementes um óleo
utilizado na fabricação de cosméticos e de aparelhos de alta precisão. Do
caule da carnaúba pode-se retirar uma cera, e de seu caroço é extraído um
óleo. Tanto a cera quanto o óleo da carnaúba são utilizados na fabricação de
ceras, velas, lubrificantes, etc.
A agricultura do Meio-Norte é tradicional, baseada no algodão, na
cana-de-açúcar e no arroz. Mas existem algumas poucas áreas que se
modernizaram bastante nessa sub-região, especialmente no Maranhão. Cabe
destacar, nesse aspecto, o complexo minerometalurgico interligado ao
Programa Grande Carajás, que traz minérios da serra dos Carajás para serem
exportados pelo porto de Itaqui, ao redor da qual se criaram usinas de ferro-
gusa e de alumínio.
A principal cidade é São Luís, capital do Maranhão, com edifícios
antigos que simbolizam um passado rico e um presente em decadência. Na
verdade, o Meio-Norte já teve o seu período de esplendor econômico no
século XVIII e parte do século XIX, quando o cultivo e a exportação de
algodão lhe renderam vultuosos recursos financeiros que aí foram
parcialmente investidos.
Agora responda:
O grande número de cidades litorâneas com belas
.............................. contribui para o desenvolvimento do turismo.
Muitos investem na construção de parques aquáticos, complexos
hoteleiros e pólos de .............................. Esse crescimento, no
entanto, favorece a especulação imobiliária, que em muitos casos
ameaçam a preservação de importantes.
A cultura nordestina é um atrativo à parte para o turista. Em
cada estado, há ................... e hábitos seculares preservados. As
rendas de bilro e a ........................ são as formas mais tradicionais de
artesanato da região. As ................................... em Caruaru (PE) e
Campina Grande (PB) são as mais populares do país. O nordeste é a
região brasileira que abriga o maior número de Patrimônios Culturais
da Humanidade, título concedido pela ............................. Alguns
exemplos são as cidades de Olinda (PE), São Luis (MA) e o centro
histórico do ............................ em Salvador (BA).
Há ainda o Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí,
um dos mais importantes .............................. do país.
O ............................. compreende a faixa de transição entre o sertão
semi-árido do Nordeste e a região amazônica. Apresenta clima úmido
e vegetação exuberante, à medida que avança-se para o oeste.
A ................................ estende-se do estado do Rio Grande do
Norte ao sul da Bahia, numa faixa litorânea de até 200 quilômetros de
largura. O clima é tropical úmido, com chuvas mais freqüentes no
outono e inverno. O solo é fértil e a vegetação natural é a
..............................., já praticamente extinta.
O ................................. uma extensão de área de clima semi-
árido Nessa sub-região, os terrenos mais férteis são ocupado por
minifúndios, onde predominam as culturas de subsistência e a
pecuária leiteira.
O ............................. é uma extensa área de clima semi-árido
que chega até o litoral, nos estados do Rio Grande do Norte e do
Ceará.
As atividades agrícolas sofrem grande limitação, pois os solos
são rasos e pedregosos e as ...................... escassas e mal distribuídas.
O carnaval continua sendo o evento que mais atrai turistas,
especialmente em Salvador, Olinda e Recife. Cada uma dessas cidades
chega a receber um milhão de turistas nessa época. Outro grande
destaque a nível nacional e mundial é o ............................ de Fernando
de Noronha, com suas maravilhosas paisagens naturais e mar
cristalino, local que abriga os golfinhos saltadores, conhecidos em
todo mundo.
A vegetação típica é a ......................... O rio São Francisco é a
única fonte de água perene.

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