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Oô...
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá
Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Oô...
Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no Sertão
Sou de Ouricuri
uma parte da frase, Não há ninguém que te chame)
Cantiga Partindo-se
(João Ruiz de Castelo Branco) (Camilo Pessanha, Clepsydra)
~
Carlos Drummond de Andrade foi um poeta brasileiro modernista que revolucionou a
língua portuguesa.
O sujeito poético dirige-se a um interlocutor imaginário.
O tema é o amor, no aspeto doloroso, porque é passageiro e faz sofrer.
Este poema pode funcionar como uma consolação de desgosto amoroso, mas, no final
percebemos que não há consolação possível e toda a gente passou por isso ou vai passar.
Existe uma certa brincadeira com a grafia das palavras, que trata a escrita de maneira
original. A palavra “desesperado” está escrita ao contrário para dar ênfase ao sentimento
de desespero. A frase “porque amou” está escrita em maiúsculas, é uma pergunta
retórica dirigida a todos os leitores porque amar é uma tolice. Na 3ª estrofe, as letras
encontram-se espaçadas dando uma ideia de lentidão.
Ao nível da morfologia das palavras: “o/a” - precisão masculino/feminino. Estão em
parênteses porque não se usa na poesia e sim na carta. Para percebermos que o
destinatário pode ser tanto homem como mulher.
Jogo de morfologia com a palavra “consolo”: não vale a pena chorar e sofrer por amor.
O título “Amar-Amaro” em latim significa “amargo”.