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A “Vênus Negra” narra a história de Sarah Baartman, uma negra “liberta” que possui a imagem

de seu corpo objetificado pela população europeia perante o volume de suas curvas e nádegas
avantajadas. Nessa conjuntura, no que tange aos corpos negros no Brasil, esses são
comumente desvalorizados ao serem alvo da retificação social do país. Assim a problemática
pode enfatizar-se pela influência midiática e racismo estrutural que detém o social brasileiro.

A princípio, entende-se que devido à influência da mídia e como essa se manifesta, a questão
da materialização dos corpos negros torna-se um revés. Sendo um exemplo disso, o contraste
que a mídia proporcionou à cantora Iza, ao participar do desfile de Carnaval de 2022, sendo
apresentada a imagem da “mulata gostosa” sem se lembrar da imagem da mulher cantora,
onde o meio que deveria intensificar o ideal de seres humanos e não objetos, limita-se a
denegrir o povo a um estereótipo “coisificado”. Em suma, compreende-se que a mídia muitas
vezes retarda os progressos feitos perante a humanificação dos negros e sua comunidade.

Ademais, é notório que o entrave acerca da desumanização dos negros, interliga-se a um


passado que remete ao racismo estrutural em voga no país. Relacionado a isso, esses revés
encontra-se em vigor ao relacionar-se ao período escravista do Brasil em 1550, onde outrora
os negros escravizados eram submetidos à conduta animal e de objetos, e no atual se
encontram subjugados pelo preceito de estereótipos centrados na sua erotização e
hipersexualização exacerbada, justificando assim o racismo estrutural vigente. Dessa forma, a
segregação ocorrida aos negros hodiernamente, deve-se a normalização do preconceito para
com esses no passado.

Portanto, discorre-se como dever do MCom, a propagação de campanhas que vissem atribuir à
dos imagem afrodescendentes um caráter humanizado ,por meio de redes sociais como o
Instagram e Facebook, e postagens que buscam disseminar o policiamento contra hábitos que
intensionalizam a conjuntura da objetificação do povo negro no Brasil, tendo a finalidade de
buscar uma possível reeducação acerca dos preconceitos raciais e o que esses causam à
comunidade afro do país.

Isadora Mouzinho

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