Ebook - Se Liga em Voce

SE LIGA EM VOCÊ Um guia para a real AUTOESTIMA
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Todos os direitos reservados
AGRADECIMENTOS
Agradeço a cada passo da jornada que me trouxe até aqui, a cada

mestre, cada aprendizado, cada conhecimento e experiências
vividas tão intensamente ao longo da vida.
Agradeço à minha família e ao meu companheiro de vida,

Ricardo, por todo amor experimentado como a minha grande
escola de vida
Muito Obrigada!
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PREFÁCIO
COMO TRANSFORMAR A VIDA MUDANDO APENAS 1 COISA
Se eu pudesse dar uma dica apenas para todos aqueles que

estão em busca de algum tipo de transformação, eu diria:
Vá atrás dessa tal de AUTOESTIMA!

Busque de verdade, realmente descubra o que é e como
desenvolver.
O dia que as pessoas descobrirem o segredo por traz da REAL
AUTOESTIMA não haverá porque não colocar atenção nisso e
finalmente nossa forma de estar na vida terá uma outra
qualidade.
Meus anos de atendimento me ensinaram muito sobre isso e
como essa única mudança impactou a minha vida e a vida de
muitas pessoas.
Esse e-book é um dos resultados dessa minha crença no
poder transformador da REAL AUTOESTIMA
Desejo que através deste guia você também possa dar seus
primeiros passos nessa descoberta.
Aproveite!
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DIREITOS AUTORAIS
Este guia está protegido por leis de direitos autorais. Todos os

direitos sobre o guia são reservados. Você̂ não tem permissão para vender
este guia nem para copiar/reproduzir o conteúdo do guia em sites, blogs,
jornais ou quaisquer outros veículos de distribuição e mídia. Qualquer tipo
de violação dos direitos autorais estará́ sujeita a ações legais.
ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADES
Todas as informações contidas neste guia são provenientes de

minhas experiências pessoais com o aprendizado ao longo de vários anos
de estudos e atendimentos. Embora eu tenha me esforçado ao máximo
para garantir a precisão e a mais alta qualidade dessas informações e eu
acredite que todas as técnicas, métodos e filosofia aqui mencionados
fazem parte de uma visão a respeito da postura de relacionamento
interno de cada individuo, que se adotadas podem fazer uma diferença
positiva no desenvolvimento de uma autoestima saudável, fica a cargo de
cada um adotar ou não. Sua situação e/ou condição particular pode não
se adequar perfeitamente aos métodos e técnicas e filosofias aqui
mencionados. Assim, você deverá utilizar e ajustar as informações deste
guia de acordo com sua situação e necessidades.
Todos os nomes de marcas, produtos e serviços mencionados neste

guia são propriedades de seus respectivos donos e são usados somente
como referência. Além disso, em nenhum momento neste guia há a
intenção de difamar, desrespeitar, insultar, humilhar ou menosprezar
você leitor ou qualquer outra pessoa, cargo ou instituição.
Caso qualquer escrito seja interpretado dessa maneira, eu gostaria

de deixar claro que não houve intenção nenhuma de minha parte em fazer
isso. Caso queria fazer sugestões, elogios, críticas ou tirar dúvidas, você
pode entrar em contato diretamente comigo através do e-mail
contato@cecilialauriano.com.br
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ÍNDICE
SOBRE A AUTORA .................................................................................................................................................. 6
POR QUE AUTOESTIMA É UM TEMA? ................................................................................................................... 9
FALANDO SOBRE CRENÇAS .................................................................................................................................. 13
CRENÇAS X AUTOESTIMA .................................................................................................................................... 18
TRAUMA .............................................................................................................................................................. 24
RELACIONAMENTO INTERIOR – A REAL AUTOESTIMA ....................................................................................... 29
CONSIDERAÇÕES FINAS ....................................................................................................................................... 34
MEUS PASSOS PARA SE LIGAR EM VOCÊ:............................................................................................................ 38
UM PRESENTE PARA VOCÊ: ................................................................................................................................. 42
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SOBRE A AUTORA
Olá, sou Cecília Lauriano, nasci na zona leste de São Paulo na
primavera de 1981 e desde muito cedo, desde criança, tive uma
verdadeira obsessão pelas questões humanas, sempre me
perguntei de onde viemos, para onde vamos, qual o propósito da
vida... Aliada a essas indagações constantes, existia em mim uma
sensibilidade muito grande que por anos na infância promoveu em
mim grande sofrimento.
Devido a essa minha grande sensibilidade e por ter
sentimentos que outras crianças não tinham, como angústia,
medo, previsões catastróficas, indagações existenciais, cresci com
um sentimento bastante ruim em relação a mim mesma, cresci
com a sensação constante de que com certeza havia “algo errado”
comigo e que eu não era “normal”. E não sendo normal,
obviamente tinha a sensação de que não era aceita, eu precisava
me consertar...
Embora tenha sido bem difícil quando criança carregar esses
sentimentos e indagações, foram esses mesmos sentimentos
negativos que me fizeram ir em busca de respostas e soluções. Foi
essa busca que me guiou durante a vida, pois, afinal, se havia “algo
errado” comigo eu precisaria consertar.
Foi assim que minha jornada sobre AUTOESTIMA começou,
muito cedo e muito antes de eu imaginar que eu estava em uma
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jornada. Uma jornada em busca de me sentir bem em ser quem eu

era, em me sentir bem SENDO EU MESMA!
Meus passos nessa busca de “me consertar” ou de me
“aceitar” como eu era passaram por vários caminhos. Os primeiros
foram através de religiões, depois de terapias, meditações, e, por
fim, através do conhecimento. Foi a entrega pessoal completa em
compreender as questões humanas que me levaria a tornar-me
terapeuta e trainer na área de desenvolvimento humano.
Antes de chegar ao ponto de apoiar pessoas a se
transformarem eu trabalhei fortemente em mim mesma. Nesta
minha jornada pessoal descobri verdadeiros tesouros. Na medida
que comecei a levar meus aprendizados pessoais para minha
prática no consultório e nas salas de treinamentos, pude observar
que o que efetivamente transforma os processos humanos difíceis
daqueles que chegavam até o meu consultório era o
desenvolvimento do que eu chamo de A REAL AUTOESTIMA.
Cada vez mais vejo pessoas adoecendo emocionalmente por
não terem nenhum relacionamento consigo mesmas, que dirá um
relacionamento interno gentil! Vivem vidas cheias de vazios,
dores, culpas, medos e vergonhas, buscando soluções
mirabolantes lá fora, sendo que o caminho é para dentro e, para
isso é necessário rever as influências dos próprios aprendizados
seguindo um guia para a REAL AUTOESTIMA.
Esse aprendizado nunca acaba. É muito prazeroso. Eu
continuo minha jornada. Diante de tanta beleza e transformação
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que pude vivenciar em meu caminho, decidi que quero

compartilhar com o maior número de pessoas possível esse
tesouro e este conhecimento.
Além da minha jornada pessoal e prática, eu tive a
oportunidade de estudar e me formar com os maiores
especialistas mundiais na área de desenvolvimento humano. Caso
você queria saber mais sobre mim não deixe de visitar meu web
site http://www.cecilialauriano.com.br/#sobre-cecilia e me
acompanhar nas redes sociais, onde procuro postar
frequentemente vídeos e textos sobre Autoestima e assuntos
correlacionados.
Este e-book é um dos inúmeros tesouros que quero
compartilhar com as pessoas e que tem como objetivo levar
informação e conhecimento que realmente transforme seu
relacionamento consigo mesmo(a) e, consequentemente,
transforme sua Autoestima em algo Real, prazeroso, permitindo o
desenvolvimento de suas potencialidades adormecidas.
Se ligar em você é o caminho que eu aponto para essa
transformação profunda da forma como você enxerga você
mesmo, trata a você mesmo, investe em você mesmo, cuida de
você mesmo.
Então convido você a descobrir esta arte e esta ciência comigo
agora!
Cecília Lauriano
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POR QUE AUTOESTIMA É UM TEMA?
Essa pergunta é bastante interessante se pararmos para

pensar que muitos de nós dizemos, pensamos ou já ouvimos
alguém dizer que não tem autoestima ou que tem baixa
autoestima. Porque será que ter autoestima para muitos de nós
não é uma coisa natural? Porque precisamos nos lembrar de ter
ou cultivá-la? Não deveria ser natural a gente gostar
profundamente de nós mesmos?
No mundo ideal talvez autoestima não seja uma questão
relevante, talvez a maioria de nós não tivesse que colocar a
atenção nisso. Porém, nossa realidade não é bem assim.
Infelizmente, muitos de nós temos críticos internos altamente
severos, que vivem tentando se “consertar, não conseguem
colocar atenção nas próprias necessidades e, principalmente, não
tem autoconhecimento.
Este último item, o autoconhecimento, é um ponto-chave
para nossa atenção. Pode parecer estranho dizer isso, mas mesmo
morando 24 horas dentro de nós mesmos, muitos de nós têm
baixíssimo conhecimento a próprio respeito. Talvez você se
pergunte: “Como assim?”
Quando falo se conhecer não estou me referindo aos nossos
gostos, jeitos e opiniões. Nós adoramos dizer frases do tipo: “Ah
nessa situação eu faria assim ou assado, eu me conheço...” Esses,
na verdade, são nossos aspectos mais superficiais, são ideias que
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carregamos a respeito de nós mesmos, não é necessariamente

autoconhecimento. O autoconhecimento a que me refiro aqui é o
conhecimento a respeito de você que vai além das suas ideias,
opiniões e comportamentos. Mais especificamente, o que está por
trás disso, o que move essas ideias, opiniões e comportamentos,
onde você as aprendeu? Como você desenvolveu esse seu jeito?
Qual é a ideia que você tem a respeito de você e como ela se
formou? Quais foram seus traumas? O que faltou a você? Enfim,
há tanto a conhecer sobre nós, tanta informação que não fica na
superfície e que muitos de nós jamais colocamos atenção ou nos
questionamos de onde vêm essas questões.
Parece que somos do jeito que somos porque é assim e
pronto, e isso não é verdade! Nós somos resultado de um processo
de crescimento e desenvolvimento que recebeu diversas
influências, que continuam acontecendo agora. E como somos um
processo, não somos uma coisa estática, não somos uma coisa
sólida, mesmo que achemos que somos. Vivemos dizendo a frase:
“Eu sou assim”, como se realmente fosse possível congelar todo
esse processo contínuo que somos em uma só coisa, em um só
adjetivo.
A boa notícia é que, como somos um processo, mesmo que
você ao longo do seu processo de crescimento e desenvolvimento
tenha concluído coisas “ruins” a respeito de você mesmo, isso
pode mudar de forma segura e amorosa.
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Coisas do tipo “Eu não tenho jeito”, “Nada dá certo pra

mim...”, “Como alguém vai gostar de alguém como eu...”, “Eu não
sou bom ou boa o suficiente...” etc... podem ser modificadas. Todas
essas crenças que você carrega também podem mudar, e mesmo
que sua sensação a respeito de quem você é também não seja boa,
ela também pode mudar.
Como falei somos um processo e não algo definido.
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FALANDO SOBRE CRENÇAS

O que são crenças? Neste contexto a que me refiro, crenças
são as opiniões, as certezas, as verdades que você acredita a
respeito de alguma coisa. Por exemplo, se você acredita que
dinheiro não traz felicidade, essa é uma crença que você tem a
respeito de dinheiro. Ou, se você acredita que casamento é uma
prisão, essa é uma crença a respeito de relacionamentos. Outro
exemplo, se você acredita que só dá valor ao que vem com esforço,
essa é uma crença em relação a trabalho. Nós temos “toneladas”
de crenças, a respeito de tudo. Crenças boas, possibilitadoras, ou
crenças que limitam. As crenças são, basicamente, o resultado de
conclusões que você foi tirando das experiências que teve na vida,
e de como elas foram aprendidas ao longo do tempo. Algumas a
gente reconhece, sabemos que existem, e outras são
inconscientes, ficam fora da nossa consciência, mas ainda assim
afetam nossa visão de mundo, nossas decisões, comportamentos
e sentimentos.
Para ficar mais clara essa questão de crença, vamos imaginar
a seguinte situação: Um bebezinho acabou de nascer, acabou de
chegar ao mundo, todo bebê humano carrega em si, no nível mais
básico da sua biologia, a necessidade de criar vínculo afetivo com
seu cuidador (pai, mãe ou qualquer outra pessoa responsável
pelos cuidados fundamentais, a criação). Essa necessidade de
vínculo afetivo do ser humano é instintiva, biológica, não sendo
necessário uma decisão nem um pensamento, está programada
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geneticamente em nosso corpo, em nosso cérebro. Ao nascermos

temos essa “expectativa” de nos vincularmos, através de ver e ser
visto, realmente vistos, cuidados e bem-vindos...Essa necessidade
é algo realmente inteligente de nosso sistema de sobrevivência,
pois, afinal nós, humanos, se não formos cuidados, simplesmente
morremos. Nós não temos nenhuma independência ao
nascermos, diferentemente de muitas outras espécies. Dessa
forma, é através do nosso sistema de sobrevivência que nossa
vinculação afetiva é uma necessidade básica a ser atendida.
Porém, como você já deve saber, nem sempre essa

necessidade de vínculo afetivo é atendida plenamente. Voltando
ao nosso exemplo, se ao nascer esse bebê começa a ter a sensação
de não ser visto, ou de não ter suas necessidades atendidas, seja
pelo motivo que for, essa sensação, essa experiência sentida vai
formatando uma espécie de conclusão no sistema nervoso desse
bebê, que com o tempo se tornará uma crença a respeito dele
mesmo. Crença do tipo: a vida é dura, a vida é fria, não posso
confiar nas pessoas, não sou digno de ser amado, etc... Essa crença
vai começar a formar toda uma opinião pré-concebida e
possivelmente não estará no nível consciente do adulto que esse
bebê se tornará. Esse é um exemplo de como uma crença pode se
formar. Pode estar em nível inconsciente e pode afetar a forma
como a pessoa se sente e pensa em relação a si mesma.
Muitos de nós têm certas conclusões (opiniões, sentimentos e

reações “automáticas”) em relação a determinadas situações ou
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eventos de nossas vidas que não sabemos conscientemente

explicar a origem conclusões limitantes, que dão uma sensação
ruim a respeito de nós mesmos. Pela minha experiência, se você
acha que não tem, talvez tenha faltado oportunidade de parar
para avaliar de forma tranquila tais sentimentos (recomendo que
faça), ou seu grau de dor embutida (escondida no inconsciente)
destes sentimentos ainda são muito fortes para que você adquirir
tal consciência.
Essas conclusões que formam nossas crenças estão em toda

nossa vida, a cada aprendizado, interação, vivência, informação
adquirida que foi entrando em nosso sistema nervoso. Tudo que
fomos ouvindo, vendo, sentindo, fomos processando e
armazenando, gerando aprendizados pessoais em relação a tudo,
gerando nossas crenças. Nossa cultura, a escola, a televisão, as
novelas, os livros, nossa educação, nossos pais, nossa família,
amigos, etc... Tudo isso foi nos dando informação a respeito de nós
mesmos e da vida. Dessa forma, fomos construindo nossa visão de
mundo, nossa visão da vida e nossa visão a nosso respeito (quem
sou eu).
O jeito como você encara a vida e a si mesmo é resultado de

todos esses aprendizados pessoais e interações o que influencia
como você interpreta a realidade.
Para deixar mais claro ainda como nossa visão de mundo afeta
como percebemos a realidade, pense o seguinte: Você já deve ter
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tido a experiência de após colocar a atenção em uma coisa passar

a ver só aquela coisa. Por exemplo, você decide alugar uma casa e
a partir disso você passa a ver placa de aluguel em todos os
lugares, ou está grávida e passa a ver grávidas em todos os lugares,
ou decide comprar um carro de determinada marca a passa a ver
esse tipo de carro em todos os lugares. Por quê isso acontece?
Acontece porque nossa mente é seletiva e a partir do momento
que colocamos atenção em um ponto esse ponto fica destacado
em nossa mente e passamos a ver mais dele. Então, onde
colocamos nossa atenção, mais daquilo percebemos e o mesmo
acontece com nossas crenças. Assim, se você acredita que para
você nada dá certo, mesmo que de forma inconsciente, aquelas
experiências em que as coisas não dão certo se destacarão muito
mais e mais vezes, do que as experiências que dão certo,
reforçando assim seu foco de atenção, reforçando assim a sua
crença.
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CRENÇAS X AUTOESTIMA
Compreender um pouco desse tema CRENÇAS é um ponto-

chave para avançar na compreensão sobre A REAL AUTOESTIMA e,
quem sabe, começar a transformar a sua, se esse for o seu desejo
ou necessidade.
Um dos grandes desafios de todos nós, seres humanos, é
perceber que a realidade que vemos é resultado dos filtros que
temos para enxergá-la. É como se cada um de nós usasse um
óculos próprio para ver a realidade e dessa forma cada um enxerga
de um jeito diferente. Infelizmente é comum achar que o que
enxergamos é a realidade em si, é A VERDADE. Isto realmente
causa muita confusão, pois, se pensarmos assim, acabamos por
acreditar que todo mundo enxerga da mesma forma que
enxergamos e, de fato, não é isso que acontece.
Se uma pessoa acredita que a vida é dura, a cada desafio que
ela enfrenta achará mais ainda que a vida é dura, pois ela OLHA
para o desafio e INTERPRETA: a vida é dura. A conclusão “A VIDA É
DURA”, é o óculos próprio. Se outra pessoa acredita que a vida é
fácil e recebe o mesmo desafio da pessoa do exemplo anterior, ela
olha para o desafio e INTERPRETA: há uma OPORTUNIDADE. Ou
seja, o óculos próprio dela é outro, porém a situação real, a
realidade, é a mesma. O que muda são os óculos próprio, o filtro,
de quem vê.
Dr. William Emerson, que é um pioneiro de renome na área de
Psicologia Pré e Perinatal, com quem tive oportunidade de
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estudar, comprovou com sua pesquisa que nosso sistema nervoso,

que afeta nossas crenças, começa a se formar já na vida
intrauterina, na barriga da mãe, antes da data de nascimento.
Assim, desde a barriga da mãe, enquanto estamos crescendo,

nosso sistema nervoso está focado em absorver todas as
informações possíveis para que possamos estar preparados para a
vida, em especial para enfrentar situações que coloquem em risco
nossa sobrevivência. Há tanto a aprender: sentar, falar, andar,
comer, ler, escrever... Tantas, tantas coisas que nosso sistema não
está preocupado em selecionar o que vamos aprender ou não, ele
simplesmente absorve todos os aprendizados das experiências
vividas nos anos iniciais de vida. É por isso que muitos destes
aprendizados que carregamos ao longo da vida carregam em si
uma qualidade limitante ou bloqueadora. Por exemplo, se eu nasci
e cresci em um lar que as pessoas se maltratavam o tempo todo,
inclusive eu mesmo era maltratado(a), não é de se espantar que
eu tenha aprendido a me maltratar e não tenha aprendido a ser
gentil comigo mesmo. Neste caso, este será meu óculos próprio,
crença, de relacionamento comigo mesmo.
Da mesma forma, se você cresceu em um ambiente onde
constantemente havia faltas e o que se falava constantemente era
de que não havia dinheiro, é comum ter crenças de falta e não ter
boa relação com a prosperidade e abundância.
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Tudo isso nos mostra que nós vamos absorvendo o meio e o

que absorvemos tende a determinar nossas ideias, pensamentos,
decisões, comportamentos, escolhas, relacionamentos, e tudo o
mais, mesmo que de forma inconsciente.
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Não é à toa que os grandes sábios da humanidade ao longo de

toda a história vêm nos alertando da importância do
autoconhecimento e do olhar para o mundo interno.
Todas as respostas estão lá, no mundo interno, desde o que
nos impede de avançar na vida e, principalmente, novos caminhos
que gerem novos resultados em nossas jornadas.
À medida que trabalhei com pessoas e comigo mesma pude
descobrir que, embora tenhamos adquirido muitas crenças e
visões de vida limitantes, há uma fonte inesgotável de sabedoria
de abundância pronta para ser acessada. Essa fonte de sabedoria
e a essência de quem você realmente é permanece aí em você,
mesmo que esteja encoberta pelas várias experiências difíceis que
você talvez tenha atravessado. A fonte ainda permanece aí!
Quando queremos olhar para nossa Autoestima, estamos
olhando, de fato, também para as crenças que desenvolvemos a
respeito de nós mesmos, que foram aprendidas através das
conclusões de nossas experiências. Por exemplo, se você teve pais
(ou outro tipo de cuidadores) que a cada vez que você errava
diziam que você não tinha jeito, possivelmente você começou a ter
a sensação e a conclusão de ser alguém que não tinha jeito, de ser
alguém “defeituoso” e, consequentemente, começou a buscar
caminhos para compensar isso, desenvolvendo mais e mais
crenças a respeito de você, mesmo que não tenha percebido isso
conscientemente. Você não sabe conscientemente como
exatamente aprendeu a ler e ainda assim você está lendo agora.
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Mesmo sem ter a informação em detalhes sobre em que

momento, de que forma seu cérebro compreendeu a lógica de ler,
você consegue ler sem pensar. Assim também são nossas
programações de crenças, mesmo sem termos a informação
completa conscientemente, elas agem em nós.
Uma das maiores crenças que aprendemos em nossa cultura
ou até mesmo em nossas famílias é que se amar é egoísmo. Este é
um dos maiores mitos a ser superado para construir uma Real
Autoestima. Aprendemos também que se você se auto elogia você
é um exibido ou exibida, que quer “aparecer”. O máximo que
fazemos é usar a frase “modéstia à parte...” e então ousamos fazer
um autoelogio. A gente meio que pede licença para se elogiar.
Agora, se for para falar mal de si mesmo, para se criticar, aí tudo
bem, é passe livre e, mais ainda: quanto mais você se maltrata
mais você está demonstrando aos outros o quanto está consciente
de que precisa melhorar... Que duro, não é mesmo? Palavras
supostamente “politicamente corretas” inibem você de alcançar
uma REAL AUTOESTIMA! Cuidado!
Não é à toa que Autoestima é uma questão relevante, como
foi para mim. Não é à toa que muitos de nós têm muita dificuldade
neste tema. E como é importante aprender sobre o que e como
aprendemos para podermos compreender que nosso
relacionamento conosco mesmo foi pautado por todas as
influências que recebemos, nem sempre favoráveis
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.
Nós não recebemos licença para nos amar
exatamente como somos.
“O nosso medo mais profundo não é de que sejamos inadequados. O nosso medo
mais profundo é de que sejamos poderosos além dos limites. É a nossa luz, não a
nossa escuridão, que mais nos assusta.”
Marianne Williamson - A Return to Love
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TRAUMA
Meu principal objetivo com este guia sobre autoestima é
fornecer as informações relevantes sobre o que pode ter impedido
você de desenvolver um amor pleno por você mesmo, ou, se você
já desenvolveu sua estima por você, quem sabe não possamos
aprofundar.
Vimos até agora que somos seres que fomos nos formando ao
longo da vida e recebemos inúmeras influências e informações que
foram compondo essa formação. Essas influências e informações
geraram aprendizados que foram nos desenvolvendo e, assim,
carregamos algumas conclusões de quem somos através disso. Se
fomos vistos com bons olhos por aqueles que cuidaram de nós, a
tendência é que tenhamos aprendido a ter bons olhos para
conosco. Se não recebemos bons olhos, a tendência é termos
maus olhos para conosco. Essa é uma forma resumida e simples de
colocar essas questões, que são bem mais complexas, mas, de
qualquer forma, já podemos ter um panorama geral disso tudo até
aqui.
O outro ponto-chave disso tudo que quero trazer é a
palavrinha TRAUMA.
Essa palavra é muito usada no senso comum, muitos de nós já
a ouvimos muitas vezes, mas, de fato, poucos de nós sabem o que
realmente é um trauma e como ele ocorre.
Gostaria de lhe pedir uma pausa e pedir para você se fazer a
seguinte pergunta: Você acha que tem traumas?
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É muito comum que a resposta para esta pergunta seja “Não,

eu não tenho traumas.” Porque muitas pessoas acham que o
trauma é um evento em si, do tipo: abuso sexual, violência
doméstica, estupro, acidente, assalto, roubo, sequestro,
abandono, etc... E, se a pessoa não viveu nenhuma dessas
situações extremas da vida, então ela acredita que não tem
trauma, porém não é bem assim.
É fato que situações como estas citadas acima têm grande
potencial traumático, porém o que determina se algo é traumático
ou não, não é a situação em si.
Pode parecer estranho, mas uma das minhas paixões na vida
é estudar este tema, há anos que venho me dedicando ao estudo
de trauma psicológico e vou compartilhar duas visões sobre
trauma que são as que mais sigo.
Uma visão sobre trauma que me baseio é a visão de Peter
Levine, neurocientista americano criador da técnica de nome
Experiência Somática para tratamento de trauma, com quem
também tive oportunidade de estudar. Em sua abordagem Peter
nos ensina que trauma não é o que acontece com você, mas sim o
que o sistema nervoso não foi capaz de processar a respeito do
que aconteceu com você. Então pode ser que você passe por um
assalto, seu sistema nervoso fique ativado naquele momento de
forte tensão, e depois, já em segurança, seu sistema de regulação
seja capaz de processar aquela ativação produzida pelo evento, de
forma que nada ficou parado no sistema. Dessa forma, não seria
25
formado um trauma no sistema nervoso, apenas teria na memória

da pessoa a experiência vivida do assalto. Por outro lado, qualquer
evento que gere uma parada no sistema nervoso, tão simples
quanto, por exemplo, uma bronca de professor na frente dos
coleguinhas, que gere uma sobrecarga que não seja possível o
sistema processar, pode ser traumático para qualquer pessoa.
Outra visão de trauma que compartilho é a visão do filósofo
Eugene T. Gendlin, criador da Focalização. Em sua visão Eugene
nos ensina que o trauma é o que ocorre quando algo nos acontece
e há uma “parada” em nós, nosso fluxo de vida é interrompido e
algo em nós fica impedido de dar o próximo passo.
Nessas duas visões percebemos que quando algo gera em nós
um impedimento de seguir adiante com todo o fluxo de vida que
carregamos, esse impedimento se congela internamente de forma
a gerar um “aprendizado pessoal” e este aprendizado pode ser
bem limitante, como por exemplo “eu jamais serei amado, pois eu
não tenho jeito”.
Não necessariamente a pessoa passou por um evento
específico e grave para ter congelado essa sensação de si mesmo,
pode ser que ela tenha recebido essa informação de inúmeras
formas e de forma recorrente a ponto de seu sistema “parar”
nisso, congelar nisso, e assim podemos ter aqui um tipo de trauma,
um “aprendizado pessoal”.
Traumas geram “aprendizados pessoais”, os eventos que
ocorrem conosco que têm os sentimentos de abandono, rejeição,
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vergonha, traição e culpa têm grande potencial de serem eventos

traumáticos. Não ter sido visto na fase inicial da vida, aceito,
considerado e incluído podem ter gerado traumas profundos,
“aprendizados pessoais” que acarretam uma relação pesada, dura
e distante consigo mesmo e é por isso que muitos de nós têm tanta
dificuldade em ter uma REAL AUTOESTIMA, um bom
relacionamento consigo mesmo.
No início do livro eu compartilhei um pouco da minha história,
que cresci com a sensação constante de haver algo errado comigo,
por eu me sentir diferente de tudo que estava à minha volta eu
realmente me senti por anos e anos uma estranha no ninho, e essa
sensação foi compondo meu jeito de me olhar e de me tratar.
Confesso que já fui muito cruel comigo mesma e que cheguei a
achar que jamais seria amada sendo quem eu era. Hoje, olhando
para trás, sinto imensa compaixão pela criança que eu fui e
compreendo que não é de se espantar que partes de mim
tentaram ser diferente, tentaram me “consertar”, tentaram me
ajudar partindo de um ponto de vista parcial de que somente se
eu me consertasse eu seria digna de amor e de uma vida boa.
Que bom que tudo isso mudou!
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“Minha missão na vida não é meramente sobreviver, mas sim florescer, e fazer
isso com alguma paixão, alguma compaixão, algum humor e algum estilo.”
Maya Angelou
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RELACIONAMENTO INTERIOR – A REAL AUTOESTIMA

É bem importante para mim que eu deixe claro o conceito de
autoestima que desenvolvi e que quero compartilhar aqui.
Para mim autoestima NÃO é uma ideia atrelada a imagem e
nem sentir-se bonito/bonita ou aquelas ideias que vêm de frases
do tipo: “você tem que dar valor a você mesmo”, “você tem que se
por pra cima”, “você tem que pisar nele para mostrar seu real
valor”... Muito menos ideias do tipo: ficar bonita(o) e poderosa(o)
para se amar, fazer cirurgia plástica, emagrecer, “falar a verdade
na cara dos outros”, “a mim eu me basto”, “eu sou mais eu”, todas
essas frases, todas essas ideias de empoderamento como
sinônimo de autoestima NÃO é disso que estou falando aqui.
Na minha visão todos esses exemplos acima, na verdade, são
disfarces de uma dor profunda a respeito de si mesmo, que a
pessoa faz uma força imensa para parecer bem e não deixar
ninguém perceber que lá no fundo ela se sente na verdade bem
mal... Isso definitivamente não é AUTOESTIMA. Eu realmente fico
em alerta quando ouço frases do tipo: “Vai no salão de beleza dar
um “UP” na autoestima...” Se salão de beleza trabalhasse
autoestima o mundo seria bem diferente. De fato, o buraco é mais
em baixo.
Quando falo da REAL AUTOESTIMA, estou me referindo à
capacidade de amar a si mesmo INCONDICIONALMENTE, ou seja,
sem colocar condições para esse amor. Se você só amar a você
mesmo se você for diferente do que você é, então é condicional, e
29
automaticamente haverá pressões internas e não aceitação

presentes neste relacionamento.
Gostaria de pedir uma nova pausa para você fazer uma rápida
reflexão: Como você trata as pessoas que você mais gosta?
Imagina por exemplo um amigo ou amiga muito querida que
chega na sua casa contanto para você alguma coisa que ela fez de
errado e a pessoa está profundamente triste e chateada. Como
você age? O que você diz a ela? Que tipo de conselhos você dá?
Como seria seu tom de voz? Como seria seu toque?
Você falaria para ela coisas do tipo: Mas você é burro mesmo!
Ninguém nunca vai gostar de você! Tudo dá errado para você
mesmo, não sei como pensou que seria diferente!
Provavelmente você não falaria coisas deste tipo para uma
pessoa muito querida. Se você não fala assim com uma pessoa
querida, porque fala assim com você? Já pensou nisto?
E aqui quero colocar atenção no seu relacionamento interior.
Sim isso mesmo! É no relacionamento interior que vamos
encontrar a Real Autoestima ou auto amor.
Autoestima na minha visão é a capacidade de ter por você
todo amor, cuidado e atenção que você tem para com o que se
ama. É investir em você seus melhores recursos, é ser VOCÊ o
maior projeto a ser realizado, é ser para você mesmo o amigo que
está do lado em todas as horas, que vai te visitar até na cadeia se
for preciso, que jamais deixa você de lado e que não se abandona.
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Quando conseguimos desenvolver para conosco este

relacionamento gentil, aí sim estamos tendo por nós essa
Autoestima Real.
A maioria de nós não sabe fazer isso, pois não aprendeu a
fazer isso. Aprendeu apenas que tinha que amar para fora, que
cuidar para fora, amar e cuidar dos outros e não colocar atenção
em si mesmo, pois colocar atenção em si mesmo seria egoísmo.
Egoísmo é não cuidar da gente, pois se a gente não cuida da
gente a bagunça é tanta que acabamos por causar muitos
problemas para nós e para o mundo, vamos ficando desesperados
por amor e mortificados de solidão, nos tornamos tão doloridos
que acabamos machucando e jamais acessando aquele potencial
pleno de sabedoria interna a que me referi anteriormente.
Sem acessar aquele potencial de sabedoria acabamos por
reproduzir aqueles scripts de crenças limitantes gravados em nós,
sem jamais perceber que nos tornamos “discos riscados”,
reproduzimos toda a dor de relacionamentos desastrosos que
presenciamos em nossas relações, reproduzimos as crenças
limitantes em relação a trabalho, dinheiro, prosperidade e vamos
nos tornando cada vez mais aquilo que essas crenças aprendidas
dizem em nossas cabeças que somos: alguém que não tem jeito,
alguém que não dá certo na vida, alguém que não é digno de
amor...
31
Não desenvolver esse relacionamento consigo mesmo faz

com que nos tornemos pessimistas, pequenos e vazios e isso sim é
nosso maior ato de egoísmo para com o mundo.
O mundo está esperando para conhecer o amor que

você guarda aí dentro...
32
33
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após anos de busca de minha autoestima, eu descobri o que
estou compartilhando com você agora. Após anos atendendo em
consultório, eu vi na prática vidas se transformando através desse
poder.
Caso você tenha curiosidade, em meu site há alguns
depoimentos de pessoas que atendi e que relatam essa
transformação a que me refiro:
http://www.cecilialauriano.com.br/#depoimentos
Esse poder nada mais é do que permitir que o amor que é
intrínseco a cada ser humano flua em direção a nós mesmos. Não
há nada que receba amor que não se transforme, não há nada que
ao receber atenção, cuidado e carinho não floresça.
Não será através da crítica severa, dos maus tratos constantes
e da falta de consideração para com as próprias necessidades que
você irá se transformar em um “ser humano melhor” ou mais feliz.
Se isso fosse verdade, você já teria mudado cada aspecto que você
pega no seu pé há anos para mudar e você já seria essa pessoa
feliz.
Não é à toa que, mesmo que você já tenha conquistado
algumas coisas na vida, um certo vazio permanece e uma
insatisfação constante que busca novas coisas para tentar
preenchê-lo continuam aí.
Você talvez conheça pessoas que têm de tudo na vida e
sentem esse vazio. A depressão e as demais doenças emocionais
34
crescem exponencialmente a cada ano e isso está diretamente

relacionado a este autoabandono que aprendemos a fazer com a
gente.
Vivemos 24 horas dentro de nós e ainda assim temos pouca
intimidade com nossos sentimentos, emoções, memórias e
desejos mais profundos.
Será que você realmente sabe o que você mais sonha? Você
consegue ouvir aquela voz do coração que lhe fala sobre quem
você é?
Eu não sei se você já sabe ou não, o que eu sei é que você deve
sentir uma imensa saudade de você, desse lugar que de alguma
forma você conhece, que diz que você é perfeito, pleno e
completo.
Cada um de nós tem um nome para essa consciência. Cada um
de nós tem um nome para essa experiência de essência e de fonte.
De alguma forma sabemos que isso é verdade e que temos um
caminho interno para chegar lá. E meu desejo sincero é que, se
você ainda não fez essa jornada, você dê o primeiro passo, comece
a buscar, comece a questionar seus aprendizados pessoais que
dizem que você é menos, comece a conhecer a você mesmo
através de sua historia pessoal e através de suas experiências, se
abra para novos aprendizados, agora escolhidos por você, que o
levem para esta consciência maior e real da autoestima.
Meu desejo é que agora você seja o guia e a companhia
amorosa para toda e cada parte de você que sofreu, que perdeu,
35
que fracassou, que sentiu dor, que experimentou sentimentos

difíceis como vergonha, dor, rejeição, traição, abandono ou
desespero. E que também você possa ser o espaço amplo e
seguro para todas as suas emoções, TODAS, em especial as mais
difíceis, como medo, tristeza, solidão, raiva ou rancor. Ao se
tornar esse EU grande, esse eu que é essa companhia para esses
“eus” parciais de você, essas partes de você, que se sentem
menos ou que carregam esses sentimentos mais difíceis, que
você possa simplesmente ser a melhor companhia para elas.
O que realmente permite você se tornar o ambiente em que
transformações positivas possam acontecer de dentro para fora é
um passo muito simples em direção a isso: É olhar para cada uma
delas e dizer EU ESTOU COM VOCÊ AGORA!
Que você possa se tornar o solo fértil cheio de nutrientes para

essas suas partes que carregam esses sentimentos difíceis, e assim
elas vão voltar a crescer, se desenvolver e florir, vão desabrochar
no solo fértil do seu amor por si mesmo e você se tornará um lindo
jardim onde, aí sim, outros poderão compartilhar. Esse é meu
desejo para você!
36
“Presença,” disse eu, “é a capacidade de simplesmente estar com qualquer coisa

que esteja na sua percepção consciente.”
Ann Weiser Cornell
37
MEUS PASSOS PARA SE LIGAR EM VOCÊ:
• AUTO CONHECIMENTO: Invista tempo e se possível encontre

métodos para desenvolver o autoconhecimento, seja através
de terapia, meditação ou outras práticas que tenham este
objetivo.
• AUTO CONSIDERAÇÃO: Invista tempo em compreender suas

necessidades, em ouvir o que é importante para você e
comece a fazer escolhas baseadas nisso, considerando o que
é realmente importante e significativo para você.
• ATENÇÃO GENTIL: Seja uma boa companhia para você, se dê

coisas gostosas e que você gosta de fazer, escolha boas
leituras, bons filmes, se permita ser inspirado, colecione
tesouros para você. Escolha em especial boa companhia,
companhia que te dê esse tipo de qualidade de
relacionamento. Se dê cuidado e gentileza e se afaste do que
lhe faz mal.
38
• AUTO RESPEITO: Aprenda a respeitar seus limites: sim é sim e

não é não. Tenha paciência com esse passo. No inicio pode ser
difícil, pois você ainda está aprendendo quais são seus limites
e, portanto, ao conhecê-los será mais fácil respeitá-los. Fale
de forma respeitosa com você, você merece todo o seu
respeito e consideração.
• AUTO AMOR: Sim, se permita amar a si mesmo(a), permita-se

apaixonar-se por você, permita-se ver a si mesmo(a) como
uma joia preciosa, pois é exatamente o que você é, e assim
seja a nutrição plena para si mesmo.
39
Só seremos capazes de amar verdadeiramente ao próximo no

dia que praticarmos o mandamento como ele foi ensinado, amar
ao próximo COMO, IGUAL, DA MESMA FORMA que amamos a nós
mesmos.
Sem isso não tem amor ao próximo, pois não tem amor em
nós!
40
41
UM PRESENTE PARA VOCÊ:
O texto abaixo, de Charles Chaplin, foi um dos primeiros dos

muitos tesouros que me inspirou em minha relação comigo
mesma. Apresento ele aqui com meu desejo sincero que inspire a
você também.
Siga em frente e SE LIGA EM VOCE!
"QUANDO ME AMEI DE VERDADE"

Por Charles Chaplin
Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer
circunstância eu estava no lugar correto e no momento preciso. E
então, consegui relaxar.
Hoje sei que isso tem nome… Autoestima.
Quando me amei de verdade, percebi que a minha angústia e o meu

sofrimento emocional não são mais que sinais de que estou agindo
contra as minhas próprias verdades. Hoje sei que isso é…
Autenticidade.
Quando me amei de verdade, deixei de desejar que a minha vida

fosse diferente e comecei a perceber que tudo o que acontece
contribui para o meu crescimento. Hoje sei que isso se chama…
Maturidade.
Quando me amei de verdade, compreendi por que é ofensivo forçar

uma situação ou uma pessoa só para alcançar aquilo que desejo,
42
mesmo sabendo que não é o momento ou que a pessoa (talvez eu

mesmo) não está preparada.
Hoje sei que isso se chama… Respeito.
Quando me amei de verdade, me libertei de tudo que não é

saudável: pessoas e situações, tudo e qualquer coisa que me
empurrasse para baixo. No início a minha razão chamou essa
atitude de egoísmo.
Hoje sei que isso se chama… Amor por si mesmo.
Quando me amei de verdade, deixei de me preocupar por não ter

tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os
megaprojetos do futuro. Hoje faço o que acho correto, o que eu
gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é… Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e,

com isso, errei muito menos. Assim descobri a… Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e

de me preocupar com o futuro. Agora me mantenho no presente,
que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. E isso se
chama… Plenitude.
Quando me amei de verdade, compreendi que a minha mente pode

me atormentar e me decepcionar.
Mas quando eu a coloco a serviço do meu coração, é uma aliada

valiosa. E isso é… Saber viver!
43
QUE A VIDA LHE SEJA LEVE E QUE SEU AMOR POR VOCE CRESÇA E FLORESÇA A
CADA DIA!
COM AMOR
Cecília Lauriano
44

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SE LIGA EM VOCÊ Um guia para a real AUTOESTIMA

Agradeço a cada passo da jornada que me trouxe até aqui, a cada

Agradeço à minha família e ao meu companheiro de vida,

COMO TRANSFORMAR A VIDA MUDANDO APENAS 1 COISA

Se eu pudesse dar uma dica apenas para todos aqueles que

Vá atrás dessa tal de AUTOESTIMA!

Este guia está protegido por leis de direitos autorais. Todos os

Todas as informações contidas neste guia são provenientes de

Todos os nomes de marcas, produtos e serviços mencionados neste

Caso qualquer escrito seja interpretado dessa maneira, eu gostaria

SOBRE A AUTORA .................................................................................................................................................. 6

POR QUE AUTOESTIMA É UM TEMA? ................................................................................................................... 9

FALANDO SOBRE CRENÇAS .................................................................................................................................. 13

CRENÇAS X AUTOESTIMA .................................................................................................................................... 18

RELACIONAMENTO INTERIOR – A REAL AUTOESTIMA ....................................................................................... 29

CONSIDERAÇÕES FINAS ....................................................................................................................................... 34

MEUS PASSOS PARA SE LIGAR EM VOCÊ:............................................................................................................ 38

UM PRESENTE PARA VOCÊ: ................................................................................................................................. 42

jornada. Uma jornada em busca de me sentir bem em ser quem eu

que pude vivenciar em meu caminho, decidi que quero

POR QUE AUTOESTIMA É UM TEMA?

Essa pergunta é bastante interessante se pararmos para

carregamos a respeito de nós mesmos, não é necessariamente

Coisas do tipo “Eu não tenho jeito”, “Nada dá certo pra

FALANDO SOBRE CRENÇAS

geneticamente em nosso corpo, em nosso cérebro. Ao nascermos

Porém, como você já deve saber, nem sempre essa

Muitos de nós têm certas conclusões (opiniões, sentimentos e

eventos de nossas vidas que não sabemos conscientemente

Essas conclusões que formam nossas crenças estão em toda

O jeito como você encara a vida e a si mesmo é resultado de

tido a experiência de após colocar a atenção em uma coisa passar

Compreender um pouco desse tema CRENÇAS é um ponto-

estudar, comprovou com sua pesquisa que nosso sistema nervoso,

Assim, desde a barriga da mãe, enquanto estamos crescendo,

Tudo isso nos mostra que nós vamos absorvendo o meio e o

Não é à toa que os grandes sábios da humanidade ao longo de

Mesmo sem ter a informação em detalhes sobre em que

É muito comum que a resposta para esta pergunta seja “Não,

formado um trauma no sistema nervoso, apenas teria na memória

vergonha, traição e culpa têm grande potencial de serem eventos

RELACIONAMENTO INTERIOR – A REAL AUTOESTIMA

automaticamente haverá pressões internas e não aceitação

Quando conseguimos desenvolver para conosco este

Não desenvolver esse relacionamento consigo mesmo faz

O mundo está esperando para conhecer o amor que

crescem exponencialmente a cada ano e isso está diretamente

que fracassou, que sentiu dor, que experimentou sentimentos

Que você possa se tornar o solo fértil cheio de nutrientes para

“Presença,” disse eu, “é a capacidade de simplesmente estar com qualquer coisa

MEUS PASSOS PARA SE LIGAR EM VOCÊ:

• AUTO CONHECIMENTO: Invista tempo e se possível encontre

• AUTO CONSIDERAÇÃO: Invista tempo em compreender suas

• ATENÇÃO GENTIL: Seja uma boa companhia para você, se dê

• AUTO RESPEITO: Aprenda a respeitar seus limites: sim é sim e

• AUTO AMOR: Sim, se permita amar a si mesmo(a), permita-se

Só seremos capazes de amar verdadeiramente ao próximo no

UM PRESENTE PARA VOCÊ:

O texto abaixo, de Charles Chaplin, foi um dos primeiros dos

"QUANDO ME AMEI DE VERDADE"

Hoje sei que isso tem nome… Autoestima.

Quando me amei de verdade, percebi que a minha angústia e o meu

Quando me amei de verdade, deixei de desejar que a minha vida