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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO

CAMPUS MATA NORTE

5º PERÍODO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA

PROF.: ALBERON LEMOS

HISTÓRIA MODERNA I

O BAZAR DO RENASCIMENTO

Edvaldo Batista de Sousa Filho

Nazaré da Mata

2013
Edvaldo Batista de Sousa Filho

O BAZAR DO RENASCIMENTO

Resenha do Livro “O Bazar do


Renascimento” de Jerry Brotton
solicitado pelo Prof.: Alberon
Lemos, referente a parte da segunda
avaliação da disciplina de História
da Moderna I.

Nazaré da Mata

2013
O Bazar do Renascimento

Edvaldo Batista de Sousa Filho

Em O Bazar do Renascimento, Jerry Brotton analisa aspectos cruciais da época,


o significado do humanismo, a religião e o auge do luteranismo, a arte e a arquitetura, as
viagens e descobrimentos que mudaram a visão de mundo, e os avanços no âmbito da
ciência e literatura, introduzindo assim um período de efervescência cultural em escala
global sem paralelo na história. O período histórico que irrompe no início do século
XV, quando as sociedades orientais e ocidentais comercializavam intensamente arte,
ideias e artigos de luxo numa troca competitiva, porém amigável, modelou o que agora
chamamos de Renascimento europeu. O bazar oriental é uma metáfora adequada para as
transações fluidas que ocorreram durante os séculos XV e XVI, ocasião em que a
Europa começou a se definir. O fluxo de especiarias, sedas, tapetes, porcelanas, entre
outros tantos artigos dos bazares orientais da Espanha muçulmana, do Egito mameluco,
da Turquia otomana, da Pérsia e a Rota da Seda entre a China e a Europa forneceram a
inspiração e os materiais para a arte e a arquitetura de Bellini, van Eyck, Dürer e
Alberti. A transmissão do conhecimento árabe sobre astronomia, filosofia e medicina
também influenciou profundamente pensadores e cientistas como Leonardo da Vinci,
Copérnico, Vesalius e Montaigne. Foi o impacto complexo dessas trocas entre o Oriente
e o Ocidente que criou a cultura, a arte e a sabedoria comumente associadas ao
Renascimento.

O Bazar do Renascimento mostra como a Europa moderna, que nasce através do


contato íntimo com seus vizinhos orientais, em sua maioria islâmica, vizinhos que
posteriormente a mesma Europa passou a demonizar e rotular como subdesenvolvidos e
que não eram civilizados. O renascimento teve também o seu lado sombrio, que foi
quando estava acontecendo à reforma protestante. Em uma das pinturas que foram feitas
nessa época, por encomenda, aparecem vários objetos e símbolos que marcam essa data,
mais um em especial na pintura de Holbein mostra claramente o poderoso conflito
religioso que estava havendo na Europa naquele tempo. O alaúde quebrado que aparece
na imagem caracteriza isso. Mas o Renascimento não só mostra esses pontos, mais
mostra também uma maior influência na sociedade. A partir dele foi-se podendo estudar
mais sobre diversas áreas, como gramatica, lógica e a retórica, que ficaram conhecidas
como trivium, que podem ser relacionadas as atividades feitas por diversos indivíduos.
Além disso, existia também o quadrivium que incluía aritmética, música, geometria e
astronomia. Esses estudos ficaram conhecidos como a base do studia humanitatis, e
passou a ser conhecido como também base no humanismo. O humanismo também
representou um novo desenvolvimento de bastante expressão na Europa do final do
século XIV e inicio do século XV, que além de envolver esses estudos, também foi se
aprimorando nas áreas de cultura, política e filosofia através dos clássicos gregos e
latim, posteriormente a inserção desses estudos trariam melhorias significativas para
serem encorajados os estudos de disciplinas como filologia, literatura, história e
filosofia moral clássica.

O que se é mais abordado em relação ao Renascimento é qual a finalidade ou


para quem e quais áreas esse período foi favorável. Sabemos que o Renascimento foi
favorável a uma classe e essa segundo Jerry Brotton seria:

Não se trata de mera coincidência que o período


que testemunhou a invenção do termo também tenha sido
o momento em que a Europa estava afirmando de forma
mais agressiva seu domínio imperial ao redor do globo. O
Homem renascentista inventado por Michelet e
Burckhard era branco, do sexo masculino, culto e
convencido de sua superioridade cultural 1.

Vemos com esse comentário de Brotton que os “beneficiados” ou a quem esse


movimento era dirigido, eram homens, brancos e cultos que tinham plena certeza de sua
superioridade, logo tiramos a conclusão que o Renascimento inicialmente foi um
movimento para nobres e burgueses, esses que seriam brancos e teriam capital para que
pudessem custear estudos e formação para eles, lembrando que se fossem do sexo
masculino. Com isso o Homem Renascentista tem algumas semelhanças com o ideal
vitoriano, ideal que é aventureiro e enaltece a questão imperial.

1
BROTTON, Jerry; O Bazar do Renascimento” da rota da seda a Michelangelo”. Tradução: Adriana de
Oliveira: São Paulo, Editora Grua, 2009, cap.: 01 pág.: 38
A partir disso o ideal renascentista foi se expandindo e encontrando novos
horizontes, com isso tornou-se possível e acabou por se concretizar, que era a ligação do
oriente com o ocidente, ou seja, o Renascimento, por parte das artes, teve uma grande
influência do Oriente, que já era tão avançado nessa questão. Um grande exemplo de
influência da arte oriental no Renascimento é a dos Bellini, que estavam muito
preocupados com a questão cultural, costumes, arquitetura e a cultura da Alexandria
árabe, que era um dos parceiros comerciais de Veneza a muito tempo. Além disso, ainda
não conseguiu saber quando realmente isso começou. Seja como for, o período foi
marcado por transformações em muitas áreas da vida humana, que assinalam o final
da Idade Média e o início da Idade Moderna. Apesar destas transformações serem bem
evidentes na cultura, sociedade, economia, política e religião, caracterizando a transição
e uma ruptura com as estruturas medievais, e é mais usado para falar sobre a filosofia,
ciências e as artes, por isso também uma ligação com o oriente, para aprender mais e
também expandir os horizontes.

Além da Alexandria árabe os Bellini e também Dürer, estão de olho nos


otomanos da Turquia, nos mamelucos do Egito e até mesmo dos Persas que habitavam a
Ásia Central, que eram tidos como bárbaros e ignorantes, para assim conseguirem maior
número de observações sobre essas culturas, para desenvolver novas técnicas e métodos
de arte, ciência e outras coisas2. Além de abrir essa visão juntamente com a cultura, a
pratica dessas relações entre o Oriente e o Ocidente, fez com que também se alargassem
as relações de comércio entre essas regiões, fazendo com isso também crescer a
economia mundial daquela época:

Os venezianos, exatamente como foram


comerciantes no começo, continuaram a comerciar todos
os anos; eles enviam galés para Flandres, Costa Barbária
[Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia], Beirute, Alexandria,
terras gregas e Aigues-Mortes3.

2
BROTTON, Jerry; O Bazar do Renascimento” da rota da seda a Michelangelo”. Tradução: Adriana de
Oliveira: São Paulo, Editora Grua, 2009, cap.: 01 pág.:41
3
BROTTON, Jerry; O Bazar do Renascimento” da rota da seda a Michelangelo”. Tradução: Adriana de
Oliveira: São Paulo, Editora Grua, 2009, cap.: 01 pág.:42
Vale ressaltar também que Veneza estava situada em um intermédio comercial,
pois era capaz de receber mercadorias dos dois lados do mundo, tanto dos bazares
orientais, como também do comercio ocidental. Veneza também praticava um tipo de
relação de “repasse”, ou seja, recebia ou comprava mercadoria de um lado, exemplo o
oriente, e repassava ganhando lucros em cima desses produtos para os comerciantes do
ocidente. Com isso vemos que o Renascimento não foi apenas benéfico para artes,
ciências e filosofia, ele também foi muito importantes nas relações sociais, formas de
tratamento e pensar foram mudando para aceitar e abrir as portas para o novo. O
Renascimento também veio juntamente com o Humanismo, que é uma filosofia moral
que coloca os humanos como principais, numa escala de importância, também é uma
perspectiva comum a uma grande variedade de posturas éticas que atribuem a maior
importância à dignidade, aspirações e capacidades humanas, particularmente
a racionalidade. Com essas colocações sobre o Humanismo, podemos tirar conclusões,
já que ele ascendeu juntamente com o Renascimento, e melhorou gradativamente as
ações e relações entre os humanos, em áreas de ciência, comercio e outras mais.

O humanismo renascentista teve um objetivo


pragmático explicito, ou seja, oferecia uma estrutura para
o avanço profissional, em especial a preparação dos
homens para governar. A educação moderna em
humanidades é construída sobre o mesmo modelo (o
próprio termo deriva do latim studia humanitatis)4.

O Humanismo foi se instalando na sociedade, e com isso a esperança de várias


classes crescia em termos de relações na sociedade, como por exemplo, as mulheres na
sociedade. A retórica humanista da dignidade humana era de se esperar que ela também
fornecesse novas oportunidades intelectuais e sociais às mulheres. Na realidade, a
relação do humanismo com as mulheres foi bastante ambivalente5. Um desses maiores

4
BROTTON, Jerry; O Bazar do Renascimento” da rota da seda a Michelangelo”. Tradução: Adriana de
Oliveira: São Paulo, Editora Grua, 2009, cap.: 02 pág.:66
5
BROTTON, Jerry; O Bazar do Renascimento” da rota da seda a Michelangelo”. Tradução: Adriana de
Oliveira: São Paulo, Editora Grua, 2009, cap.: 02 pág.:74
exemplos vem de que “o homem é o dono da casa, mas ela é governada pelas
mulheres”:

os assuntos domésticos, deixo aos cuidados de


minha esposa. (...) dificilmente nos traria respeito se
nossa esposa se ocupasse entre os homens do mercado,
sob o olhar público. Também me parece um tanto
humilhante para eu ficar trancado em casa entre as
mulheres quando disponho de assuntos viris para tratar
entre homens, companheiros cidadãos e estrangeiros
respeitáveis e distintos 6.

Como foi citado, o Humanismo e Renascimento não só foram uma revolução no


modo de pensar ou agir, mais também foi um momento de grande avanço para a ciência.
Nessa época foi inventada a imprensa, tal feito poderia aumentar em grande escala a
produção e divulgação de vários fatos, entre eles os que estavam ocorrendo naquele
mesmo tempo, tal como a Reforma Protestante, que foi iniciada por Martinho Lutero, e
que foi um grande instrumento para confeccionar as informações que ele queria passar a
população. Essa invenção agilizou e muito o processo e se tornou um grande meio de
divulgação e comunicação de informações e noticias para aquela época e que perdura
até os dias atuais.

Essa invenção surgiu de uma colaboração comercial e tecnológica entre Johann


Gutenberg, Johann Fust e Peter Schöffer no começo da década de 1450. Gutemberg era
ourives, com essa sua habilidade ele conseguiu produzir metais moveis para a imprensa
Peter era copista e calígrafo, com isso tinha a habilidade para fazer as letras para essa
nova ferramenta e por fim Fust foi quem financiou esse aparato com o dinheiro
necessário para a produção. Esse fator também tem a ver com a relação com o oriente,
pois lá foi desenvolvidas técnicas para tornar a impressão um fato real, elas foram a
xilogravura e o papel.

6
BROTTON, Jerry; O Bazar do Renascimento” da rota da seda a Michelangelo”. Tradução: Adriana de
Oliveira: São Paulo, Editora Grua, 2009, cap.: 02 pág.: 75
A impressão era um processo colaborativo e
originalmente foi um negocio comercial, administrado
para gerar lucros. A partir das invenções orientais
anteriores, a xilogravura e o papel, Gutenberg e sua
equipe imprimiram a Bíblia em latim7...

Como sabemos a imprensa foi um material que foi financiado, logo esse material
teria que gerar seus frutos de lucros, com isso fica explícito o fato que ela foi um objeto
feito inicialmente para se ganhar dinheiro. Após certo tempo foi-se observando a
importância dela para a divulgação de informações e agilizar os processos de produção
de jornais e informativos a imprensa foi tida como uma obra prima, era uma forma de
arte, que segundo Schöffer “a impressão era simplesmente a arte de escrever
8
artificialmente sem pena ou caneta” . Como sabemos que tudo tem suas
consequências, não seria diferente com a imprensa. A consequência dessa disseminação
massiva foi uma revolução no conhecimento e na comunicação que afetou a toda
sociedade em todas as classes existentes, o que para certa classe social não era muito
bom que os de classe mais baixa começassem a adquirir conhecimento de forma tão
fácil e a custo pequeno. Isso não deixou apenas as pessoas de classes mais elevadas
descontentes. A Igreja Católica foi uma das que também sofreram muito com a
facilidade e rapidez que as pessoas adquiriram conhecimento, fazendo com isso ela
perder muitos fiéis e até mesmo causar uma reforma na religião e religiosidade do povo,
que ficou conhecida como Reforma Protestante, iniciada pelo alemão Martinho Lutero.

Nessa Reforma, que posteriormente se transformou em Revolução, Lutero


defendia que a Igreja Católica pregasse a palavra da Bíblia e que não a distorcessem.
Um grande exemplo de deturpação que a Igreja Católica pregava era a venda de
indulgências, que eram simplesmente um documento que garantiria “um pedaço do céu”
para o seu comprador, ou seja, eles estavam adquirindo a salvação ao comprar esse
documento. Martinho Lutero repudiava essa prática. Outro fator que também contribuiu
para que fosse instaurada essa revolta foi o fato de que não poderiam existir lucros entre
grandes e pequenos comerciantes ou outras classes, devia-se apenas ter o necessário

7
BROTTON, Jerry; O Bazar do Renascimento” da rota da seda a Michelangelo”. Tradução: Adriana de
Oliveira: São Paulo, Editora Grua, 2009, cap.: 02 pág.: 77
8
BROTTON, Jerry; O Bazar do Renascimento” da rota da seda a Michelangelo”. Tradução: Adriana de
Oliveira: São Paulo, Editora Grua, 2009, cap.: 02 pág.: 78
para sobreviver, pois todas as outras coisas eram de propriedade de Deus. Com isso a
Igreja Católica confiscou e tomou para si uma vasta quantidade de terras naquele
período. Quanto a isso Lutero afirmava que se o indivíduo conseguiu chegar a tal ponto
de riqueza, ele teria conseguido isso através da graça do divino, pois estaria lhe dando
aquele retorno pelo seu esforço e trabalho, com isso ele era merecedor e detentor de
tudo que tinha, fazendo com isso grande parte da população daquele época na
Alemanha, e posteriormente no resto da Europa, se revoltarem contra a Igreja Católica.

O protesto de Lutero contra as indulgências


rapidamente se cristalizaram numa rejeição sistemática
de todos os pressupostos religiosos sobre o qual se
baseava a Igreja Católica. De modo devastador, Lutero
argumentou que o indivíduo possuía uma relação direta
com Deus e que não deveria depender da mediação de
sacerdotes, santos ou indulgências para garantir a
salvação. O indivíduo poderia apenas manter a fé
absoluta na graça de um inescrutável, porém, ao final,
misericordioso Deus na esperança de ser salvo 9.

Após essas manifestações de Lutero, foi-se disseminando com muita agilidade as


informações do que estava a ocorrer naquela região, logo foram aparecendo outros
focos de revolta gerando uma revolução no meio religioso, pois foi aparecendo além do
Luteranismo, o Calvinismo de João Calvino em Genebra, o Anglicanismo de Henrique
VIII na Grã-Bretanha que o fez romper com a Igreja Católica, entre outras. Com o que
estava acontecendo a Igreja Católica não iria ficar em desvantagem, ela adotou uma
medida que ficou conhecida como Reforma Católica, onde a Igreja passou por algumas
modificações para que pudesse se adequar as realidades daquela época, tendo em vista
tentar recuperar grande parte dos fiéis que perdeu durante a Reforma Protestante. Uma
das primeiras coisas que o Catolicismo mudou foi a questão da venda de indulgências
que tanto indignava a população. Essas duas fases, Reforma Protestante e Reforma
Católica, podem ser englobadas como Reformas Religiosas.

9
BROTTON, Jerry; O Bazar do Renascimento” da rota da seda a Michelangelo”. Tradução: Adriana de
Oliveira: São Paulo, Editora Grua, 2009, cap.: 03 pág.: 106
Além das religiões, o Renascimento também abrangeu várias áreas, o que não
seria diferente da arte. Nesta época era comum a prática do mecenato, que era onde um
investidor, em sua maioria nobre, burguês ou parte do clero, dava incentivo financeiro
para que os artistas da época realizassem suas obras de arte, com isso esses chamados
mecenas ganhariam algum lucro quando esses artistas comercializassem suas obras com
outros nobres, por exemplo. Além disso, outras técnicas e formas de pintar foram
surgindo, a pintura em perspectiva é um grande exemplo de uma dessas técnicas. Essa
técnica pode dar a impressão de que quem observar a obra pode ver como ela realmente
era, com noções de profundidade, cores mais realistas, entre outras. Um dos grandes
nome de artistas do Renascimento foi Michelangelo, o pintor da famosa Capela Cistina.

A arte renascentista e sua importância social e


religiosa desenvolveram-se modos visivelmente
diferentes no norte e no sul, mas também circularam
entre o Oriente e o Ocidente. (...) No entanto, assim como
objetos, estilos estéticos também foram trocados entre o
Oriente e o Ocidente 10.

O Renascimento também foi um fator muito importante, pois com o


estabelecimento de relações com o Oriente, logicamente a Igreja Católica iria atrás de
novos fiéis naquele “novo” lado. Isso futuramente iria causar o grande Cisma do
Catolicismo, que foi a divisão da Igreja Católica em duas partes, a do Ocidente seria a
Igreja Católica Apostólica, que era romana e a do lado do Oriente seria a Igreja
Ortodoxa. Esse racha se deu de fato pela grande distância entre o papa que controlava
toda a Igreja e o Ocidente, pois a sede da Igreja Católica era em Roma. Com isso a parte
de Constantinopla ficou sendo católica, mas não obedecia as ordens papais do Ocidente.
Além desse cisma, que deixou o Império Romano mais fraco porque todo o império
tinha como base a Igreja Católica, fez com que acontecesse o que era mais temido,
Roma perder Constantinopla para os Turcos, pois apesar de ter rachado com a Igreja
aquele território ainda era romano, e foi o que aconteceu. Mehmed II conhecido como

10
BROTTON, Jerry; O Bazar do Renascimento” da rota da seda a Michelangelo”. Tradução: Adriana de
Oliveira: São Paulo, Editora Grua, 2009, cap.: 03 pág.: 130 e 131
“O Grande Turco” conseguiu depois de diversos ataques dominar e tomar
Constantinopla para si, e posteriormente a queda de Roma o Império Turco seria o
último grande império. Hoje em dia essa região ainda pertence aos turcos e é conhecida
como Istambul.

Outra área que foi bastante beneficiada foi o comercio. Em expedições que eram
feitas pelos mares para chegarem ao Oriente, e de lá trazerem especiarias, e também
levarem produtos do Ocidente para serem comercializados e trocados lá. Um grande
produto que era muito procurado e muito comercializado era a Seda. Ela era
transportada por caravanas e embarcações oceânicas que ligavam comercialmente
o Extremo Oriente e a Europa, os antigos povos do Saara possuíam animais domésticos
provenientes da Ásia que foram fundamentais para as trocas entre esses continentes até
à descoberta do caminho marítimo para a Índia. Essa troca de materiais foi muito
importante para as civilizações, exemplo Roma, e também ajudaram a fundamentar o
início do mundo moderno.

O Renascimento marcou uma época com o seu surgimento. Ele despertou o


interesse das pessoas para buscar o novo e sair do antigo hábito medieval, foi a transição
para o mundo moderno com descobertas, experimentos e até mesmo adaptações por
parte de modos de pensar, modos de produção e modos de viver. A relação social foi
totalmente modificada, o conhecimento foi passado as pessoas sem instrução e até
mesmo instruídas, para que elas pudessem realmente ter um senso critico do que estava
acontecendo. Não poderia ter sido dado nome melhor, pois realmente foi o renascimento
dos modos de viver, pensar e se relacionar dos seres humanos.

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