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Etapa Ensino Médio

Química

Funcionamento
de pilhas e
baterias II
2ª SÉRIE
Aula 5 – 3º Bimestre
Conteúdo Objetivo

● Semirreações, equação ● Avaliar o funcionamento de


global, fila de reatividade pilhas e baterias.
dos metais e cálculo de
DDP.
Para começar
Por que são usadas letras para classificar pilhas?

J D C AAA AA AAAA

Já observou essa marcação por letras? Vocês utilizam alguma


dessas pilhas? Em quais equipamentos? Essas pilhas têm a mesma
voltagem?
Para começar
Pense por alguns instantes, registre suas respostas e:
Foco no conteúdo
Classificação das pilhas por letras

A identificação mencionada indica os diferentes tamanhos de pilhas


disponíveis. Inicialmente, as letras eram utilizadas como uma notação
entre especialistas para representar o comprimento, o diâmetro e o
formato das pilhas. Com o tempo, esse procedimento foi aceito pelo
American National Standards Institute (ANSI), a organização
responsável pelas normas técnicas nos Estados Unidos, e se tornou
popular para classificar as pilhas utilizadas em residências.
Foco no conteúdo
A primeira pilha com essa classificação foi aquela usada em
lanternas pequenas, que recebeu arbitrariamente o nome de “C”.
Posteriormente, quando foi desenvolvida uma pilha para lanternas
maiores, ela recebeu o nome da próxima letra do alfabeto, ou seja,
“D”.
Com o avanço da miniaturização dos aparelhos, as pilhas menores
foram denominadas “A”. Ficou estabelecido que uma pilha “A” teria
17 milímetros de diâmetro e 50 milímetros de comprimento. A cada
redução subsequente no tamanho, ocorreu uma repetição da letra.
Por exemplo, o modelo “AA”, utilizado em rádios e walkmans, tem
dimensões de 14,2 por 50 milímetros. Já a pilha palito, conhecida
como “AAA” e usada em controles remotos, apresenta medidas de
10,5 por 44,5 milímetros.
Foco no conteúdo
Você pode estar se perguntando se existe uma pilha chamada “B”.
A resposta é não! Os fabricantes não seguiram estritamente a
sequência do alfabeto na nomenclatura das pilhas, e a letra “B” foi
deixada de lado nesse sistema de nomeação para as baterias. Além da
diferença de tamanhos, as letras podem indicar diferentes voltagens
das pilhas.

Mas como prever e calcular a voltagem de uma pilha?


Foco no conteúdo
Nas pilhas, os elétrons fluem do ânodo, que sofre oxidação, para o
eletrodo que sofre redução (cátodo), por meio de um condutor.
Lembrando da pilha de Daniell, se substituirmos o fio condutor por
um aparelho chamado voltímetro, conseguiremos medir a força
eletromotriz (fem ou E) da pilha. O valor indicado no voltímetro,
em volts (V), corresponde à força eletromotriz da pilha. Nas pilhas
comerciais, esse valor aparece na embalagem da pilha.
Foco no conteúdo

Importante! Em Física, como característica de um gerador (pilha e


bateria), usamos a equação U = E – r · i, em que:
U = diferença de potencial elétrico (DDP); E = força eletromotriz do
gerador;
R = resistência interna do gerador; i = intensidade da corrente
elétrica.
Em Química, consideramos que as pilhas são geradores ideais, com
r= zero; assim, a fem da pilha é igual à sua diferença de
potencial ou DDP (∆E).
Foco no conteúdo
A diferença de potencial ou DDP (∆E) de uma pilha depende das
espécies envolvidas, da temperatura e das concentrações. Por isso, o
∆E é determinado na condição-padrão, ou seja, concentração 1 mol/L,
pressão de 1 atmosfera e 25 °C. Nessas condições, a diferença de
potencial da pilha será representada por ∆E0.
O ∆E0 de uma pilha corresponde à diferença entre os potenciais de
redução ou de oxidação das espécies envolvidas. Seu cálculo pode ser
feito por meio das equações a seguir:

∆E0 = (E0red. maior) – (E0red menor) ou


∆E0 = (E0 oxi. maior) – (E0 oxi. menor)
Foco no conteúdo
Exemplo:
Considere uma pilha formada por eletrodos de alumínio e cobre e
seus respectivos E0 red.:
E0 Al3+(aq.), Al(s) = –1,68 V E0 Cu2+(aq.), Cu(s) = + 0,34 V
Podemos utilizar a equação: ∆E0 = (E0 maior) – (E0 menor)
red. red.

∆E0 = (+0,34 V) – (-1,68 V)


∆E0 = + 2,02 V
Analisando os potenciais, observamos que o cobre vai reduzir e o
alumínio, oxidar.
Foco no conteúdo
Podemos obter a equação global da pilha por meio do uso de
coeficientes que igualem o número de elétrons cedidos e recebidos
nas semirreações:

Observe que os valores dos E0 não dependem do número de mol das


espécies envolvidas e são sempre constantes nas condições-padrão
para cada espécie.
Também podemos representar
essa pilha da seguinte forma:
Na prática
(ENEM 2021) O quadro lista alguns dispositivos eletrônicos que estão
presentes no dia a dia, bem como a faixa de força eletromotriz necessária
ao seu funcionamento. Considere que uma bateria é construída pela
associação em série de três pilhas de lítio-iodo, nas condições-padrão,
conforme as semiequações de redução apresentadas.
Essa bateria é adequada para o funcionamento de qual dispositivo
eletrônico?

a. I I2 + 2 e- → 2 I-
b. II Eº = + 0,54 V
c. III Li+ + e- → Li
d. IV Eº = - 3,05 V
e. V
Na prática Correção
(ENEM 2021) O quadro lista alguns dispositivos eletrônicos que estão
presentes no dia a dia, bem como a faixa de força eletromotriz necessária
ao seu funcionamento. Considere que uma bateria é construída pela
associação em série de três pilhas de lítio-iodo, nas condições-padrão,
conforme as semiequações de redução apresentadas.
Essa bateria é adequada para o funcionamento de qual dispositivo
eletrônico?
DDP = E0red maior – E0red menor
a. I DDP = 0,54 – (–3,05)
b. II DDP = +3,59 V
c. III Na bateria formada por três
d. IV pilhas em série, a DDP gerada
e. V será 3 × 3,59 V = 10,77 V.
Foco no conteúdo
Espontaneidade de uma reação
As pilhas funcionam por meio de reações de oxirredução espontâneas,
e seu ∆E0 sempre apresenta valor positivo. Para avaliar se uma reação
é espontânea e, assim, determinar se é possível compor uma pilha,
podemos separar a reação global nas duas semirreações.

Semirreações
Foco no conteúdo
A primeira semirreação corresponde à redução do magnésio e, pela
tabela, seu E0red = –2,36 V. A segunda semirreação corresponde à
oxidação do níquel, e seu potencial de oxidação é igual ao inverso do
potencial de redução presente na tabela, ou seja, +0,24 V.
Considerando que o ∆E da pilha é igual à soma dos potenciais de
oxidação e redução, temos:
∆Epilha = E0oxi Ni + E0 red Mg2+
∆Epilha = (+0,24) + (–2,36) ⇒
∆Epilha = –2,12 V

Como o ∆Epilha é negativo, concluímos que a reação entre Mg2+ e Ni0


não é espontânea e, portanto, não caracteriza uma pilha.
Na prática

(ENEM 2018) Em 1938 o arqueólogo alemão Wilhel König, diretor do


Museu Nacional do Iraque, encontrou um objeto estranho na coleção
da instituição, que poderia ter sido usado como uma pilha, similar às
utilizadas em nossos dias. A suposta pilha, datada de cerca de 200
a.C., é constituída de um pequeno vaso de barro (argila) no qual
foram instalados um tubo de cobre, uma barra de ferro
(aparentemente corroída por ácido) e uma tampa de betume
(asfalto), conforme ilustrado.
Na prática
Considere os potenciais-padrão de redução: EƟ (Fe2+|Fe) = –0,44 V;
EƟ (H+|H2) = –0,00 V; EƟ (Cu2+|Cu) = +0,34 V.
Nessa suposta pilha, qual dos componentes atuaria como cátodo?

a. A tampa de betume.
b. O vestígio de ácido.
c. A barra de ferro.
d. O tubo de cobre.
e. O vaso de barro.
Na prática Correção
Considere os potenciais-padrão de redução: EƟ (Fe2+|Fe) = –0,44 V;
EƟ (H+|H2) = –0,00 V; EƟ (Cu2+|Cu) = +0,34 V.
Nessa suposta pilha, qual dos componentes atuaria como cátodo?

a. A tampa de betume.
b. O vestígio de ácido. O cobre age como um eletrodo
c. A barra de ferro. inerte, assim a pilha funciona por
d. O tubo de cobre. meio da oxidação do ferro e da
redução dos íons de H+.
e. O vaso de barro.
Aplicando

Todo mundo escreve!


Utilizando o conhecimento construído nesta aula, investigue em quais
equipamentos elétricos do seu dia a dia utilizam pilhas ou baterias.
Em seguida, analise suas respectivas voltagens e composições. Por
fim, reflita sobre a quantidade de pilhas e baterias que você consome
por ano (utiliza e descarta).
O que aprendemos hoje?

● Estudamos semirreações, reação global e cálculo de


DDP;
● Avaliamos o funcionamento de pilhas e baterias.
Tarefa SP
Localizador: 97785

1. Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com


seu login: tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br
2. Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”.
3. Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”.
4. Copie o localizador acima e cole no campo de busca.
5. Clique em “Procurar”.

Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
Referências
LEMOV, D. Aula Nota 10 3.0: 63 técnicas para melhorar a gestão
da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2023.
SÃO PAULO (ESTADO). Currículo em Ação: Caderno do
Professor – Química – Ensino Médio – 2ª série – Volume 3 –
3º Bimestre. São Paulo: Seduc-SP. Disponível em:
https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-
content/uploads/2022/07/2serie-3Bim-Prof-CNT.pdf. Acesso em: 8
maio 2023.
USBERCO, J.; SALVADOR, E. Conecte Química geral. 2. ed. vol. 2.
São Paulo: Saraiva, 2014.
Referências
Lista de imagens e vídeos
Slide 3 – https://br.freepik.com/vetores-gratis/conjunto-de-tipos-de-
bateria_5585198.htm#query=Pilha%20AA&position=41&from_view=
search&track=ais.
Slide 4 –
https://pixabay.com/pt/vectors/conversa%c3%a7%c3%a3o-
conversa-falar-7726087
Slide 18 – As pilhas de Bagdá e a acupuntura. Disponível em:
http://jornalggn.com.br. Acesso em: 14 dez. 2014 (adaptado).
Material
Digital

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