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A primeira etapa consiste no envio de uma redação que deve

debater o tema:
QUÍMICA NO COMBATE ÀS FAKE NEWS

https://abqsp.org.br/wp-content/uploads/2023/10/OQSPV2.mp4
https://www.instagram.com/reel/C3qcyKCPx9j/?igsh=MXc3amxvbms2Ymh6Zw%3D%3D
https://jornal.usp.br/universidade/usp-abre-inscricoes-gratuitas-para-a-olimpiada-de-quimica-
de-sao-paulo/

1- COMO SE DÁ O CONHECIMENTO CIENTÍFICO


O conhecimento científico é um saber disciplinado fundamentado por critérios como a
observação, a experimentação e a crítica. É produzido a partir de pesquisas realizadas por
cientistas capacitados, visando tornar a observação uma atividade regrada e sistemática,
proporcionando assim, maior confiabilidade em suas afirmações.
Portanto, o objetivo do conhecimento científico é estudar e esclarecer os fatos ocorridos
no universo. Partindo do princípio que o universo é complexo e desordenado, geralmente a
ciência tem o papel de arrumar essa “desordem”, para uma melhor compreensão dos fenômenos,
entretanto, por vezes não é possível se chegar a uma verdade absoluta. Logo, o saber científico é
sempre provisório, ou seja, é verdade até que se prove o contrário, ou melhor, comprove
evidências realizadas por experimentações (AZEVEDO, 1999).

2- COMO SE DÁ AS FAKE NEWS


O compartilhamento de notícias duvidosas tem se tornado frequentes nas redes sociais e
receber informações falsas tem feito parte do cotidiano das pessoas. O compartilhamento de
informações falsas e sem embasamento científico é denominado de “FakeNews”. Esses
conteúdos, que ocorrem de forma desenfreada, frequentemente são frutos de um formato
jornalístico de confiabilidade ao receptor. Segundo Rocha (2018) um dos problemas mais
notórios dessas notícias falsas, veiculada sem meios de comunicação de fácil acesso, é a
banalização do conteúdo que abordam. No decorrer do compartilhamento e com a visualização
repetida das temáticas de batidas nas notícias falsas, o indivíduo adquire a tendência de banalizar
o que tem sido dito. Desta forma, ao diminuir seu senso crítico frente a estas notícias, acaba
aceitando-as como verdadeiras.
Nome do autor
Série em 2024
3ª, 2ª ou anterior
1. Título da Redação
O título deve representar as ideias expostas na redação sobre o tema “QUÍMICA NO COMBATE
ÀS FAKE NEWS”
2. Desenvolvimento do Texto
Realizar pesquisas sobre “Química no Combate às Fake News”, vide cartaz de
divulgação disponível na página oficial da OQSP [1].
A pesquisa deve ser direcionada aos tipos de fake news disseminadas por meio digital ou
impresso e a exemplos já divulgados deste tipo de notícia. Como um texto dissertativo
argumentativo direcionado a uma olimpíada de química, deve conter ideias e conceitos de
química que permitam refutar os exemplos de fake news apresentados na redação. Por
exemplo, pode-se considerar como conceitos de química permitem questionar textos falsos sobre
vacinas, efeito de alimentos sobre o pH do sangue, adição ou formação de compostos tóxicos em
alimentos.
Sabendo que a química está presente em tudo que nos rodeia, a redação pode também ser
direcionada à discussão e contestação técnica de textos que indiquem que “produtos sem
química” são mais saudáveis ou menos danosos ao meio ambiente.
Em resumo, a redação deve apresentar exemplos de notícias já divulgadas juntamente
com conceitos e ideias baseadas na química que permitam provar tecnicamente que as
informações são falsas.
Após leituras sobre o assunto, os alunos devem assistir a vídeos de experimentos (p. ex.
no YouTube [2]) e, se possível, realizar experimentos próprios sob a supervisão do professor (a
realização de experimentos não é obrigatória) para, em seguida, transformar o conhecimento
acumulado na forma de um texto.
Depois da introdução (que pode ser mais geral), os resultados experimentais próprios
(com algumas fotos) ou de vídeos (identificados nas referências) devem ser discutidos e
correlacionados com o tema da redação, conduzindo então a uma conclusão coerente. As figuras
devem ser citadas no texto, apresentar legenda e fonte de consulta e não devem ser apresentadas
sem contexto claramente definido.

3. Formatação do Texto
A formatação do texto deverá seguir o modelo apresentado e não deverá exceder 4
páginas (tamanho total, contendo do nome do primeiro autor até as referências). É possível
verificar ao final do primeiro parágrafo do presente texto que foi incluído o número ‘[1]’ entre
colchetes. No terceiro parágrafo, o mesmo foi feito para o número ‘[2]’, utilizado para citar o
YouTube. Esses são exemplos de como citar as referências utilizadas para consulta e elaboração
de sua redação. A comissão organizadora da OQSP não pretende padronizar a forma de citação
a ser utilizada, mas solicita que as referências estejam presentes. Para aqueles que desejarem se
aprofundar nesse assunto e seguir modelos padronizados, indica-se norma da ABNT [3].
Por fim, entre os motivos para redução de nota ou mesmo desclassificação da redação
figuram: fugir da orientação dada acima, plagiar texto ou figuras ou não citar as fontes
consultadas nas Referências Bibliográficas ou exceder 4 páginas. Deve-se ter em mente que se
trata de uma Olimpíada de Química. Portanto, a avaliação levará em consideração também a
presença de equações químicas e justificativas que envolvam esta área da ciência.
Mais informações importantes encontram-se no regulamento da OQSP 2024, disponível
no site oficial [1]. Veja também o Anexo 1 abaixo, que contém as diretrizes a serem utilizadas
para a correção das redações.

4. Referências Biliográfica
[1] Site: <http://abqsp.org.br> acessado em 1/1/2023
[2] Site: https://www.youtube.com/ acessado em 1/1/2023
[3] Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro: ABNT NBR 6023, 2ª edição,
2018.

Sugestões de Fake New

1º Fake New - Vacinas contra a Covid-19 não possuem


ímãs nem causam magnetismo
Vídeos que viralizaram nas redes sociais e em aplicativos de mensagens alegam a
presença de magnetismo em pessoas que receberam vacinas contra o novo coronavírus. Outras
versões afirmam que os imunizantes contêm ímãs (vídeos de acesso a Fake New que circula nas
redes https://www.youtube.com/watch?v=8bgNVHK2EDM)
As informações contidas nos vídeos são falsas e não possuem qualquer respaldo
científico.
As vacinas contra a Covid-19, incluindo a CoronaVac, possuem apenas componentes
necessários para gerar resposta imune e manter a qualidade do produto. A vacina do Butantan em
parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac não apresenta componentes magnéticos em sua
formulação. O hidróxido de alumínio, componente adjuvante, é seguro, aprovado e utilizado há
décadas, além de não causar problemas de saúde.
Segundo o diretor de ensaios clínicos do Instituto Butantan, Ricardo Palacios, materiais
paramagnéticos como o alumínio fazem parte da composição do corpo humano e só podem ser
influenciados magneticamente por forças muito potentes, como as usadas nos aparelhos de
ressonância magnética nuclear.
"Paramagnéticos - São materiais que possuem elétrons desemparelhados e que, na
presença de um campo magnético, alinham-se, fazendo surgir um ímã que tem a capacidade de
provocar um leve aumento na intensidade do valor do campo magnético em um ponto qualquer.
Esses materiais são fracamente atraídos pelos ímãs. São materiais paramagnéticos: o alumínio, o
magnésio, o sulfato de cobre etc."
Veja mais sobre "Materiais paramagnéticos, diamagnéticos e ferromagnéticos" em:
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/materiais-paramagneticos-diamagneticos-
ferromagneticos.htm
"Em situações cotidianas, as pessoas não se expõem a essas grandes forças magnéticas.
A quantidade de alumínio existente na composição do corpo humano e a exposição diária por
ingestão é muito maior que a administrada na vacina, que não é capaz de alterar
significativamente a proporção de alumínio de uma pessoa", explica Palacios.
Há algumas explicações possíveis para que uma moeda grude na pele do indivíduo nos
vídeos que têm circulado. Entre elas, a presença de oleosidade na pele, resquícios de cola dos
curativos e até truques de imagem. O conteúdo também foi alvo de checagem em outros idiomas
e as conclusões apontaram a não veracidade da informação repassada.
Os possíveis efeitos colaterais da CoronaVac estão discriminados em bula.
Com alumínio, Coronavac é responsável por 74% das vacinações contra a Covid-19
no Brasil
Hidróxido de alumínio contido na vacina produzida pelo Butantan ajuda a acionar sistema
imunológico
O Instituto Butantan deve concluir o envio de mais 4,1 milhões de doses da Coronavac
ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, até sexta-feira (14/5).
Com isso, completa a distribuição das 46 milhões de doses previstas no primeiro contrato com o
governo. Até o início desta semana, o imunizante era responsável por 74% das vacinações feitas
no país.
Agora, o Instituto aguarda a liberação de 4 mil litros de matéria-prima para cumprir o
segundo contrato, cuja previsão é entregar 54 milhões de doses até setembro deste ano.

Adjuvante
A vacina contra a Covid-19 desenvolvida em parceria com a biofarmacêutica Sinovac
utiliza o alumínio como adjuvante. Trata-se de uma substância que ajuda a melhorar a resposta
imunológica do ser humano ao estimular a produção de anticorpos.
O alumínio é usado na forma de sal (hidróxido, fosfato e sulfato) devido às características de
maior segurança, facilidade de preparação, estabilidade e alta capacidade imunoestimulante.
Como a vacina é produzida?
Flávio Guimarães da Fonseca, virologista do Centro de Tecnologia de Vacinas e pesquisador do
Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explica que
a vacina da Sinovac utiliza na composição um vírus morto ou inativado, assim como acontece
com a vacina da gripe.
“Quando a vacina é aplicada, o alumínio presente na formulação estimula determinados
receptores do sistema imunológico. Este, por sua vez, fica ativo e consegue responder com força
a determinado vírus ou proteína”, detalha o especialista da UFMG.
Segurança comprovada
De acordo com o International Aluminium Institute (IAI), os sais de alumínio têm um longo
registro de segurança como auxiliares vacinais, com mais de 80 anos de uso no Brasil e no
exterior.
“O alumínio é o adjuvante mais estudado mundialmente, tem mais de 310 publicações
no pubmed.gov e 6.800 citações no Google Scholar [portal acadêmico]. Devido ao amplo
histórico de pesquisa e uso, ele é considerado seguro para uso humano”, revela Ariana
Meirelles, gerente de Vendas do Segmento Farmacêutico da Croda Brasil.

2º Fake New - Sal rosa do Himalaia

Famoso por sua cor rosada e por supostamente ter mais benefícios do que o sal comum,
cientificamente não há provas de que esse sal, de fato, seja melhor para a saúde. Segundo a revista
americana Time não existem evidências científicas dos reais benefícios desse sal.
A professora Maria Santiago explica que o sal rosa do Himalaia tem os mesmos
benefícios do sal branco. “Ele só não é tão processado, o que o deixa com a cor rosa, enquanto o
sal comum passa por um processo de refinação e fica com a cor branca. Mas é importante saber
que os dois tipos de sal são iguais quimicamente falando”, justifica. Ainda segundo a professora
de química, os fornecedores cobram muito mais caro pelo sal rosa do Himalaia por uma
característica que supostamente tem.
“A linguagem científica é deturpada para que com o marketing você consiga agregar valor
e vender mais caro. No final das contas a pessoa consome o mesmo produto, com o mesmo teor
de sódio, só que paga mais caro pelo sal rosa do Himalaia por causa de um marketing
equivocado”, frisa a doutora.

É possível notar na Tabela 1 que a concentração de sódio e cloro, tanto no sal comum como
no sal rosa do Himalaia são próximas, apresentando uma diferença de 0,54% para o Cl e 2,61% para
o Na. Esta diferença se deve a presença de outros elementos no solo do Paquistão que podem
substituir estes elementos na estrutura da halita.
Uma parte da composição do sal rosa corresponde a microelementos minerais como
potássio, magnésio e cálcio. Eles são os responsáveis por conceder ao produto a sua cor rosa e por
fazer com que ele tenha um sabor distinto do sal de mesa.
A presença desses minerais no sal rosa do Himalaia poderia ser uma vantagem em relação
ao sal branco. O problema é que embora tenha mais de 84 tipos de microminerais, o teor dessas
substâncias no sal rosa é muito pequeno.
3º Fake New - Ao adicionar laranja ou limão em
refrigerantes produz uma reação química que pode até
matar.
Vez por outra, circula o boato de que adicionar laranja ou limão em refrigerantes produz
uma reação química que pode até matar. Agora, a informação falsa voltou, no formato de um
vídeo de uma tiktoker, compartilhado amplamente nas redes sociais. Segundo o Sistema
CFQ/CRQs, que compreende o Conselho Federal de Química e os 21 Conselhos Regionais de
Química, não há nenhum fundamento científico neste conteúdo.
Em nota oficial, os conselhos afirmam que, para ocorrer a formação de benzeno a partir
dos benzoatos, substâncias presentes nos refrigerantes, e do ácido ascórbico (a vitamina C do
limão), seriam necessárias condições muito específicas. Por exemplo, a presença de metais, além
de temperatura elevada, incidência de raios UV-A e tempo de contato prolongado. “Para deixar
mais claro, a reação natural gerada, promovida em meio ácido, é a formação de ácido benzoico,
que é absorvido pelo nosso organismo e é de fácil eliminação, por ser solúvel em água”, diz a
nota. “Tecnicamente, o ácido benzoico não se reduziria diretamente a benzeno, ele se reduziria
ao álcool benzílico. E as condições para essa redução não são encontradas no corpo humano.”
O Sistema CFQ/CRQs também destaca que o benzeno, inclusive, está presente no ar, em
concentrações inofensivas. “Ele pode vir de fontes naturais, como incêndios florestais e
atividades vulcânicas, ou de atividades humanas, como fumar cigarros e a queima de
combustíveis de origem fóssil. Aproximadamente 99% do benzeno presente no nosso corpo foi
inalado, e não ingerido.”
A nota ressalta que o Sistema CFQ/CRQs mantém uma campanha de combate à
desinformação e classifica de “fake news” o vídeo da tiktoker.
Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2023/02/5071986-conselho-de-quimica-
desmente-fake-news-sobre-adicao-de-frutas-em-refrigerantes.html
Nota oficial: vídeos que associam refrigerante com limão à substância cancerígena são fake
news
Conteúdo publicado em 03/02/2023
O Sistema CFQ/CRQs, que compreende o Conselho Federal de Química e os 21
Conselhos Regionais de Química, vem a público afirmar que o conteúdo que circula em redes
sociais associando o hábito de adicionar limões e laranjas em refrigerantes gera reação química
produzindo benzeno (ou benzol) não corresponde à verdade.
Importante destacar que o Sistema CFQ/CRQs mantém uma campanha de combate à
desinformação em caráter permanente, e o caso citado se enquadra no que se entende como “fake
news”. Ao difundir o referido conteúdo, seus autores tentam falsamente incutir na sociedade um
temor infundado, visto que o benzeno é classificado pela Agência Internacional de Pesquisas
sobre o Câncer (IARC) como um carcinógeno humano do Grupo 1, ou seja, é capaz de estimular
o surgimento da doença.
Em termos técnicos, para que ocorra a reação de formação de benzeno a partir de
benzoatos (presente no refrigerante) e do ácido ascórbico (a vitamina C do limão), seriam
necessárias condições muito específicas, como presença de metais, além de temperatura elevada,
incidência de luz (raios UV-A) e tempo de contato prolongado. Como o refrigerante é consumido
gelado e em curto intervalo de tempo, essa reação química se torna inviável.
Para deixar mais claro, a reação natural gerada, promovida em meio ácido, é a formação de ácido
benzóico, que é absorvido pelo nosso organismo e é de fácil eliminação, por ser solúvel em água.
Tecnicamente, o ácido benzóico não se reduziria diretamente a benzeno, ele se reduziria ao álcool
benzílico. E as condições para essa redução não são encontradas no corpo humano.
O benzeno, em concentrações inofensivas, diga-se, está presente inclusive no ar que
respiramos. Ele pode vir de fontes naturais, como incêndios florestais e atividades vulcânicas, ou
de atividades humanas, como fumar cigarros e a queima de combustíveis de origem fóssil.
Aproximadamente 99% do benzeno presente no nosso corpo foi inalado, e não ingerido.

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