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Angola
Introdução
Como se sabe, gerir organizações não é tarefa fácil, mas sim complexa, pois cada organização
apresenta caracteristicas próprias e únicas tendo em conta os meios colocados à sua disposição,
principalmente os recursos humanos, materiais e financeiros que faz com que, haja diferenciação no
seu funcioamento.
A produtividade nas organizações depende muito da qualidade dos recursos humanos, materiais
e financeiros à sua disposição.
Este trabalho, contém 4 capítulos:
O primeiro aborda a problemática, isto é, o roteiro de pesquisa, integrando a formulação do
problema, hipóteses, justificação do problema, objectivo geral e especificos, a delimitação do estudo e
a metodologia utilizada para a concretização do tema.
O segundo, fala sobre as noções teóricas da higiene e segurança no trabalho- retrata a evolução
histórica das condições de trabalho, conceito de higiene e segurança no trabalho, conceito e
importância de prevenção.
O terceiro retrata algumas legislações sobre a HST em Angola, mais concrectamente resumos
sobre o Decreto nº 53/05 de 15 de Agosto “Retrata o Regime Jurídico dos Acidentes de Trabalho e
Doenças Profissionais”, o Decreto nº 31/94 de 5 de Agosto “Estabelece os Principios que visam a
Promoção da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho” e o Decreto Executivo nº 6/96 de 2 de
Fevereiro “Aprova o Regulamento Geral dos Serviços de Segurança e Higiene no Trabalho nas
Empresas (R.G.I.)”.
O quarto e o último, dá ênfase a uma breve caracterização do INEA, bem como o seu processo
de higiene, segurança e saúde tendo atenção ao Decreto n.º 31/94 de 5 de Agosto- Sistema de Higiene
e Segurança no Trabalho, o que levará, a saber, sobre a sua estrutura orgânica, a motivação dos
funcionários consernente às condições de trabalho oferecidas pela organização e as suas
responsabilidades quanto à higiene e segurança.
CAPITULO I-PROBLEMÁTICA
1.1-Formulação do Problema
Partindo da formulação do problema que é uma das bases para do andamento deste trabalho,
desenvolve-se então duas perguntas de partida:
1.2-Hipóteses
Formulado o problema, serão colocadas hipóteses que certamente irá levar avante à pesquisa:
-A falta de conhecimento e implementação sobre a HST é uma dos factores que contribui para o
baixo desempenho das organizações;
-Espera-se que o INEA e/ou superiores hierárquicos apostam na HST, como forma de aumentar a
produtividade.
1.3-Justificação do Problema
A escolha deste tema deve-se a razões tais como:
-Enquadra-se no objectivo do curso de que se é finalista assim como, nos seus conteúdos
programáticos;
-Permite conhecer e dar a conhecer a importância desta temática tendo em vista que ela
constitui ainda um imperativo para a melhor da qualidade e das condições de vida e do trabalho.
1.4-Objectivos do Estudo
Com este trabalho pretende-se apresentar de uma forma clara e abrangente como o INEA
desempenha este processo com os seus funcionários.
1.4.2-Objectivos Específicos
-Efectuar o trabalho de campo junto à Mediateca, biblioteca, etc para aferir sobre as noções
teóricas relacionadas à HST;
-Aliar teória à prática para verificar a implementação da HST no INEA por via das condições de
trabalho colocadas à disposição dos funcionários;
1.5-Delimitação
Este trabalho delimita-se no tempo e no espaço.
Delimitando o trabalho no tempo, o estudo abarca um período que vai de Fevereiro de 2015 à
Novembro do mesmo ano, período que coincide com o ano lectivo.
1.6- Metodologia
Durante o período de elaboração deste projecto fez-se recurso aos vários métodos e técnicas
quantitativos e qualitativos que vão proporcionar a investigação de acontecimentos passados,
comparações do ponto de vista de vários autores, de diversos livros sobre a matéria e a explicação das
divergências:
Método Histórico: permitiu obter todas as abordagens históricas relativas ao tema a desenvolver
sobre a sua importância e relevância para a sociedade.
Método Bibliográfico: permitiu consultar livros de vários Autores, e jornais. Deste modo a
facilitar o entendimento da mensagem que os autores tentam passar e fazer uma monografia a altura.
Levar a cabo actividades com mínimas condições de trabalho, já constitui a preocupação na era
Grega e Romana, porquanto, por exemplo, já utilizavam luvas de protecção das mãos feitas de folhas.
Mais tarde, deu-se conta que, o trabalho podia desencadear em algumas doenças especificas.
Bernardino Ramazzini, médico italiano, é tido por muitos autores como o criador da medicina do
trabalho. Ele analisou a relação entre a doença e a pobreza e traça a existência de riscos provocados
por produtos químicos, metais, pó, e outros agentes. As suas pesquisas e trabalhos sobre a
sistematização das doenças profissionais, nomeadamente quanto à natureza e ao grau de relação com o
trabalho e as medidas de protecção encorajam, na sequência à adaptação de leis para a protecção no
trabalho e a indemnização dos trabalhadores.
O trabalho variava pouco e evoluía lentamente, isto durante muito tempo. Mesmo com as
invenções mecânicas da Idade Média tiveram pouca influência no modo de vida dos trabalhadores.
Hobsbawm (1977) historiador egipcio e de nacionalidade britânica alega que, no final do século
XVIII houve grande impacto nas condições de trabalho, quando alguns sectores produtivos com
O local de trabalho era um estabelecimento simples que agrupava uma determinada quantidade
de operários, sem as condições mínimas de trabalho que se constatou de forma sólida que os
trabalhadores sofreram de doenças com características distintas da demais população, ainda mais os
que estão expostos a agentes nocivos que não estão presentes na natureza por decorrerem de vários
tratamentos industriais.
A revolução industrial teve a sua importância na alteração e significado do trabalho, porque ela
trouxe dentre outras:
Hobsbawm (1977) realça ainda que, até o início da revolução industrial existem poucos relatos
sobre acidentes e doenças resultantes do trabalho, embora predominasse o trabalho escravo e manual.
Mas com a chegada da máquina a vapor, a produtividade aumentou, e obviamente o trabalhador
passou a viver num ambiente de trabalho agressivo, causado por diversos factores como, força matriz,
a divisão de tarefas e a concentração de várias pessoas no mesmo lugar. Neste contexto, os riscos de
acidentes e doenças originadas do trabalho começaram a surgir com rapidez.
2.2-Higiene no Trabalho
A higiene no trabalho propõe-se combater, dum ponto de vista não médico, as doenças
profissionais, identificando os factores que podem afectar o ambiente do trabalho e o trabalhador,
visando eliminar ou reduzir os riscos profissionais (condições inseguras de trabalho que podem afectar
a saúde, segurança e bem estar do trabalhador).
O conjunto de elementos que temos a nossa volta, tais como as edificações, os equipamentos, os
móveis, as condições de temperatura, de pressão, a humidade do ar, a iluminação, a organização,
limpeza e as próprias pessoas, fazem parte das condições de trabalho e constituem assim o que se
designa por ambiente.
Nos locais de trabalho, a combinação de alguns desses elementos gera produtos e serviço. A todo
esse conjunto de elementos e acções denominaram condições ambientais.
O desenvolvimento tecnológico permitiu que em algumas das condições mais duras de trabalhar
para o ser humano, sejam usados robots ou dispositivos mecânicos que substituem total ou
parcialmente a acção directa do trabalhador.
Entretanto, apesar de todo o avanço científico e tecnológico, ainda há situações em que o homem
é obrigado a enfrentar condições desfavoráveis ou perigosas na realização de determinadas tarefas
(Minas, Construção Civil, etc).
Vezes há que, a higiene no local de trabalho, aparenta óptima, mas, pairam sobre este, certos
riscos ambientais que, consideramos como inimigos invisíveis: alguns deles não são captados pelos
órgãos dos sentidos (audição, visão, olfacto, paladar e tacto), fazendo com que o trabalhador não se
sinta ameaçado. Inconsciente do perigo, a tendência é ele não dar importância à prevenção. As
experiências e os estudos médicos demonstram que muitas pessoas adquiriram doenças pulmonares
depois de trabalhar anos a fio, sem nenhuma protecção, com algum tipo de produto químico ou
produtos minerais. Este tipo de doença progride lentamente, tornando difícil o diagnóstico inicial,
O desconhecimento de como os factores ambientais geram riscos à saúde é um dos mais sérios
problemas enfrentados pelo trabalhador.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), "a adesão aos princípios dos ambientes de
trabalho saudáveis, evita afastamentos e incapacidades para o trabalho, minimiza os custos com saúde
e os custos associados com a alta rotatividade, e aumenta a produtividade em longo prazo bem como a
qualidade dos produtos e serviços".
2.2.2-Doenças Profissionais
Considera-se que uma doença profissional é aquela que resulta directamente das
condições de trabalho e que causa incapacidade para o exercício da profissão ou morte, ou
seja, são doenças que estão presentes no meio ambiente de trabalho ou em determinadas
profissões ou ocupações.
As doenças profissionais em nada se distinguem das outras doenças, salvo pelo facto de terem a
sua origem em factores de risco existentes no local de trabalho.
Existem vários factores de risco que podem conduzir ao aparecimento das doenças profissionais:
2.2.3-Tipos de Riscos
2. Neutralização de risco: o risco existe, mas está controlado. Esta opção é utilizada na
impossibilidade temporária ou definitiva da eliminação de um risco. Por exemplo, as partes móveis de
uma máquina, como polias, engrenagens, correias, etc., devem ser neutralizadas com anteparos de
protecção, uma vez que essas peças das máquinas não podem ser simplesmente eliminadas.
3. Sinalização de risco: é à medida que deve ser tomada quando não for possível eliminar ou
isolar o risco. A título de exemplo, locais onde é proibido fumar devem ser devidamente sinalizados.
Nos locais de trabalho existem inúmeras situações de riscos passíveis de provocar acidentes de
trabalho. Logo, a análise de factores de risco em todas as tarefas e nas operações do processo é
fundamental para a prevenção.
O seu papel, consiste na eliminação de duas causas, actos inseguros e as condições inseguras, só
assim é possível reduzir os acidentes e as doenças ocupacionais:
Acto Inseguro: é o acto praticado pelo homem, em geral consciente do que está fazendo, que está
contra as normas de segurança, como por exemplo, subir em telhado sem cinto de segurança contra
quedas, ligar tomadas de aparelhos eléctricos com as mãos molhadas e dirigir a alta velocidade.
Condição Insegura: é a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou risco ao
trabalhador, como por exemplo, instalação elétrica com fios desencapados, máquinas em estado
precário de manutenção, andaime de obras de construção civil feitos com materiais inadequados.
Os requisitos de segurança de uma máquina podem ser identificados, nomeadamente no que diz
respeito ao seu accionamento a partir de comandos:
1. Mecânicos:
Electrocussão;
Queimaduras.
3.Outros perigos:
Origem térmica;
Exposição ao ruído;
Exposição à vibração;
Não aplicação das regras de segurança.
2.3.4-Acidentes de Trabalho
Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da organização,
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da
capacidade para o trabalho, permanente ou temporária.
Grande parte dos acidentes de trabalho ocorre porque os trabalhadores se encontram mal
preparados para enfrentar certos riscos.
Um funcionário pode apanhar uma gripe, por contágio de colegas de trabalho. Essa doença,
embora possa ter sido adquirida no ambiente de trabalho, não é considerada doença profissional nem
do trabalho, porque não é ocasionada pelos meios de produção.
Contudo, se o trabalhador contrair uma doença ou lesão por contaminação acidental, no exercício
de sua actividade, tem aí um caso de acidente de trabalho. Por exemplo, num escritório com pouca
iluminação e visibilidade, o funcionário tropeça num fio telefónico, cai e sofre fractura nas mãos.
Noutro caso, se um trabalhador perder a audição por ficar longo tempo sem protecção auditiva
adequada, submetido ao excesso de ruído, gerado pelo trabalho executado junto a uma grande prensa,
isso caracteriza igualmente uma doença de trabalho.
Um acidente de trabalho pode levar o trabalhador a se ausentar da empresa apenas por algumas
horas, o que é chamado de acidente sem afastamento. É que ocorre, por exemplo, quando o acidente
resulta num pequeno corte no dedo, e o trabalhador retorna ao trabalho em seguida.
Outras vezes, um acidente pode deixar o trabalhador impedido de realizar suas actividades por
dias seguidos, ou meses, ou de forma definitiva. Se o trabalhador acidentado não retornar ao trabalho
imediatamente ou até no dia seguinte, temos o chamado acidente com afastamento, que pode resultar
na incapacidade temporária, ou na incapacidade parcial e permanente, ou, ainda, na incapacidade total
e permanente para o trabalho.
Os EPI’s não evitam os acidentes, como acontece de forma eficaz com a protecção colectiva.
Apenas diminuem ou evitam lesões que podem decorrer de acidentes.
Existem EPI’s para protecção de praticamente todas as partes do corpo. Veja alguns exemplos:
-Cabeça e crânio: capacete de segurança contra impactos, perfurações, acção dos agentes
meteorológicos, etc.
-Olhos: óculos contra impactos, que evita a cegueira total ou parcial e a conjuntivite. É utilizado
em trabalhos onde existe o risco de impacto de estilhaços e limalhas.
-Vias respiratórias: protector respiratório, que previne problemas pulmonares e das vias
respiratórias, e devem ser utilizados em ambientes com poeiras, gases, vapores ou fumos nocivos.
-Face: máscara de solda, que protege contra impactos de partículas, respingos de produtos
químicos, radiação (infravermelha e ultravioleta) e ofuscamento.
-Mãos e braços: luvas, que evitam problemas de pele, choque eléctrico, queimaduras,
cortes e raspões e devem ser usadas em trabalhos com solda eléctrica, produtos químicos,
materiais cortantes, ásperos, pesados e quentes.
-Pernas e pés: botas de borracha, que proporcionam isolamento contra electricidade e humidade.
Devem ser utilizadas em ambientes húmidos e em trabalhos que exigem contacto com produtos
químicos.
-Tronco: aventais de couro, que protegem de impactos, gotas de produtos químicos, choque
eléctrico, queimaduras e cortes. Devem ser usados em trabalhos de soldagem eléctrica, oxiacetilénica,
corte a quente.
2. As operações perigosas (as que originam a poluição do meio ambiente ou causam ruído ou
vibrações) e as substâncias nocivas, susceptíveis de contaminar a atmosfera do local de trabalho,
devem ser substituídas por operações e substâncias inofensivas ou menos nocivas;
O artigo 1º (Âmbito de aplicação pessoal) diz que, é garantido o direito à reparação de danos
resulatantes de acidentes de trabalho e doenças profissionais aos trabalhadores por conta de outrem e
seus familiares, protegidos pelo sistema de protecção social obrigatório.
O artigo 3º (Conceito) diz no seu ponto 1 que, entende-se por acidente de trabalho o
acontecimento súbito que ocorre no exercício da actividade laboral ao serviço da empresa ou
instituição que provoque ao trabalhador lesão ou danos corporais de que resulte incapacidade parcial
ou total, temporária ou permanente para o trabalho, ou ainda a morte. Este artigo realça no seu ponto 2
que, são ainda considerados acidentes no trabalho os que ocorrem nas circustâncias seguintes:
a) Durante o trajecto normal ou habitual da ida ou regresso local de trabalho, qualquer que
seja o meio de transporte utilizado no percurso;
b) Durante os intervalos para descanso, ocorridos no local de trabalho;
c) Em actos de defesa da vida humana e da propriedade social nas instalações da empresa
ou instituição;
d) Durante a realização de actividades sociais, culturais e desportivas organizadas pela
empresa.
O Capitulo VII (Avaliação e Reparação das Incapacidades), no seu artigo 22º (Modalidades das
Prestações), diz que o direito à reparação dos acidentes de trabalho e das doenças profissionais
compreende as modalidades de prestações pecuniárias e em espécie.
O seu artigo 56º (Aplicação de multas), retrata que as empresas que infringirem o disposto nos
Capitulos IV e V do presente decreto, serão punidas nos termos do artigo 28º do Decreto nº 11/03, de
11 de Março, que estabelece o regime de multas por contravenções à Lei Geral do Trabalho.
No artigo 3º (Conceitos), o seu ponto 1 diz que para efeitos do presente diploma entende-se
por:
No Capitulo III (Obrigações dos Parceiros), Secção I (Das entidades empregadoras), o seu
artigo 9º (Competências) realça: as entidades empregadoras são obrigadas a tomar as medidas úteis e
necessárias para que o trabalho seja realizado em ambiente e condições que permitam o normal
desenvolvimento físico, mental e social dos trabalhadores que os proteja contra acidentes de trabalho e
doenças profissionais. Além disso devem:
O artigo 11º (Informação e formação dos trabalhadores), diz que as entidades empregadoras
devem garantir que cada trabalhador receba informações e instrução simultaneamente suficiente e
adequada em matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho.
O artigo 14º (Direitos), diz que os trabalhadores, relativamente à seguança, higiene e saúde no
trabalho, gozam dos seguintes direitos:
O Capitulo V (Requisito dos Locais de Trabalho) artigo 19º (Das edificações), o ponto 1 diz
que as edificações deverão obedecer aos requisitos técnicos que garantam perfeita segurança ao que
nelas trabalhem.
O artigo 20º ( Sinalização de segurança), ponto 1, retrata que a sinalização de seguança deve
realizar-se com objectivo ou situação determinada, fornecer uma informação relativa à segurança, por
intermédio de uma cor ou de um sinal de segurança.
O artigo 22º (Da iluminação), o seu ponto 1 diz: em todos os locais de trabalho deverá haver
iluminação adequada, natural ou artificial, apropriada à natureza da actividade.
O Artigo 23º (Das instalações eléctricas), o seu ponto 1 retrata que as instalações eléctricas
devem ser projectadas e executadas de modo que seja possivel prevenir, por meios seguros, os perigos
de choque eléctricos e todos outros tipos de acidentes correlactos.
No artigo 25º (Equipamento de Protecção Individual), o seu ponto 1 diz que a entidade
empregadora é obrigada a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, equipamentos de protecção
individual adequados aos riscos e em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as
medidas de ordem geral não ofereçam completa protecção contra os riscos de acidentes e danos à
saúde dos trabalhadores.
O artigo 31º (Das entidades empregadoras), diz que sem prejuízo de outras medidas de
responsabilidade penal imputáveis, as entidades empregadoras que não cumprem com os deveres
previstos no presente decreto, serão punidas com multa até 10 vezes o salário médio praticado na
empresa em causa, por cada infracção registada.
O artigo 1º (Objecto), diz que o presente Regulamento Geral estabelece as normas que regerão
os Serviços de Segurança e Higiene no Trabalho nas empresas, conforme o nº 2 do artigo 18º do nº
31/94 de 5 de Agosto.
O Capitulo IV(Do registo dos técnicos de segurança do trabalho), artigo 19º (Relatório de
actividade), ponto 1, diz que a entidade empregadora elaborará anualmente um relatório da actividade
dos serviços de segurança e higiene no trabalho da sua empresa, até ao dia 30 de Dezembro do mesmo
ano e remetê-lo a Delegação do Ministério da Adiministração Pública, Emprego e Segurança Social
da área em que esteja situada a sede da empresa.
3.1-Apresentação do INEA
O Instituto de Estradas de Angola está localizado no Talatona em Luanda tem serviços
provinciais em todo território nacional.
Tem como objecto social a fiscalizaçãao de obras, reabilitação e manutenção de estradas e pontes
metalicas.
3.3-Caracterização da amostra
O pessoal encontra-se distribuído em sexo masculino e feminino, sendo 87%, correspondente a 7
inquiridos são do sexo masculino e 13% equivalente a 1 inquirido são do sexo feminino. Para
compreendermos da melhor forma, o gráfico abaixo demonstra distribuição em percentagem do sexo
dos inquiridos.
13%
Masculino
Feminino
88%
De acordo com a distribuição percentual, apresentada no gráfico, pode se constatar que a faixa
etária dos inquiridos varia dos 22 aos 55 anos de idade.
Sendo que entre os 22 aos 35 anos de idade corresponde a 25%, dos 36 aos 46 anos de idade
corresponde igualmente aos 25% e entre os 47 aos 55 anos de idade corresponde a 50%.
25% 25%
22 a 35 36 a 46 47 a 55
Identificamos o estado civil dos inquiridos e constatamos, em função do gráfico que a maior
parte dos trabalhadores são solteiros.
Estado Civil
12,5%
Solteiro
12,5% Casado
Viúvo
75%
No que conserne às habilitações literárias, existe uma grande diversidade entre o grau de ensino
do pessoal, ou seja, dos 8 inquiridos 12,5% têm a 5ª, 6ª e 10ª classe, 24,5% tem a 10ª classe e 38%
possui maior grau de ensino dos inquiridos, pois eles são técnicos médios.
24,5%
Tempo de Ruído
serviço na
Total
empresa Excessivo Forte Fraco Inexistente
De 1 a 4 anos 25% 25%
De 5 a 9 anos 12,5% 12,5%
De 10 a 14 25%
25%
anos
15 ou mais 37,5%
37,5%
anos
Total 100% 100%
As vibrações por seu turno, grande parte dos trabalhadores inquiridos (62,5%), de 5 a 9 anos e de
15 ou mais anos, consideram que a vibração é razoável.
Por outro lado, 37,5% também dos inquiridos que trabalham independentemente do tempo de
serviço na empresa, consideram que a vibração é boa.
Tempo de
Total
serviço na Vibração
empresa
Excelente Boa Razoável Má
De 1 a 4 anos 12,5% 12,5%
De 5 a 9 anos 12,5% 12,5%
De 10 a 14
12,5% 12,5%
anos
15 ou mais 50%
12,5% 62,5%
anos
Total 37,5% 62,5% 100%
Procurou-se também saber, a partir do questionário, que tipo de risco o trabalhador está mais
sujeito diariamente no seu local de trabalho e como faz para prevenir. Em função do gráfico, pode-se
verificar que os riscos químicos, ergonômicos e de acidentes são os riscos mais sujeitos no seu dia-a-
dia, representando cada 25%.
Tipo de Riscos25%
25% 25%
12,5% 12,5%
Com relação à prevenção de tais verifica-se que 25% dos trabalhadores utilizam equipamentos
de protecção individual como forma de evitar os riscos que estão sujeitos. 12% prefere adquirir
formação e informação sobre riscos a que estão mais sujeitos, como técnica para evitaá-los. Ainda
assim, 38% adquirem informação sobre o modo de utilização dos equipamentos. Evitar bebidas
alcoólicas antes e durante o período de trabalho exerce aqui duas funções: ajuda a evitar acidentes no
trabalho e na prevenção dos riscos, sendo assim apenas 25% dos inquiridos utilizam esta prática.
Total 8 100
Existência de regulamento
25%
Sim
Não
75%
25%
Sim
Não
75%
De acordo o quadro abaixo, constata-se que, dos inquiridos independentemente do cargo que
ocupam dentro da instituição procuram de forma diferente assumir as suas responsabilidades em
termos de segurança. Quanto ao uso de EPI, 37,5% dos inquiridos, tanto o operacional não qualificado
como o operacional qualificado afirmam que as suas responsabilidades passam por esse item. Quanto
ao uso correcto dos equipamentos de trabalho no total dos inquiridos 25% independentemente da
categoria profissional utilizam esta prática como sendo as suas responsabilidades em termos de
segurança no trabalho.
Quanto ao uso de botas/sapatos de segurança verificou-se que uma parte significativa dos
trabalhadores inquiridos tem por hábito usá-lo diariamente, ocupando 28%. É importante o uso de
vestuário adequado, principalmente para evitar certos riscos; em função do gráfico verificou-se que
24% do total dos inquiridos adopta esta técnica para se proteger. O capacete de segurança é usado por
20% dos inquiridos para a protecção da cabeça.
Relativamente às luvas de protecção e máscaras de protecção, 12% dos inquiridos usam esses
equipamentos. Quanto aos óculos de protecção, pode-se dizer que este equipamento é muito pouco
usado diariamente pelos trabalhadores, sendo apenas 4%.
28%
EPI
24%
20%
12% 12%
4%
25%
Razoável
Má
Muito Boa
13% 63%
São Assegurados ?
Não
100%
Questionou-se também se o posto médico do INEA funciona. Todos afirmaram que não funciona
há 3 anos conforme o gráfico abaixo diz.
Não
100%
Conclusão
Identificado, seleccionado e estruturado o tema “Higiene e Segurança no INEA”, de acordo à
área de formação de Administração Pública e tendo em consideração os aspectos observados nos
quatro capítulos por um lado; por outro, algumas dificuldades verificadas na obtenção de informações
para a parte prática, pode-se concluir que:
-Higiene e Segurança são duas ciências que lutam para um único fim que é a manuteção do
bem estar do trabalhador, ou seja, a HST tem a função de educar os trabalhadores de modo a terem
medidas de prevenção;
-A higiene e segurança no trabalho constituem uma das bases para o total desenvolvimento da
capacidade dos trabalhadores ao garantir-se condições de higiene e segurança no cumprimento das
suas tarefas;
-Em função do que se deu a ver, o INEA não cumpre na totalidade a lesgilação relacionada com
a higiene, segurança e saúde no trabalho.
-A instituição deve cumprir na íntigra com a lesgilação em vigor sobre higiene, segurança e
saúde no trabalho.
-O INEA deve voltar a pôr em funcionamento o seu posto médico, assegurar os seus
trabalhadores, colocar iluminação adequada na oficina.
Bibliografia
1. Manual formação pme - Higiene e Segurança no Trabalho
2. www.angolauniformes.com-Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho.
3. Diplomas legais- Decreto nº 53/05 de 15 de Agosto; Decreto nº 31/94 de 5 de Agosto e
o Decreto Executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro.