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Matilde Catarreira e Cunha

Nº14
10º ano D-LH
2022/2023
11 novembro de 2022
Marcelo Encarnação
História A

Beltrán IIB
AMPHORAE
Conteúdos
Amphorae...............................................................................................................................................3

Economia................................................................................................................................................3

O império Romano.................................................................................................................................4

Intro.........................................................................................................................................................5

Amphorae Beltrán IIB (introdução)................................................................................................5

Beltrán IIB..............................................................................................................................................5

Características distintivas.................................................................................................................5

Origem................................................................................................................................................6

Distribuição........................................................................................................................................6

Conteúdos...........................................................................................................................................7

Resumo das características da ânfora..................................................................................................8

Webgrafia...............................................................................................................................................9

2|Beltrán IIB
Amphorae
As ânforas desempenham um papel importante no estudo do comércio marítimo, uma vez que
são contentores especificamente concebidos para o transporte (marítimo). O termo “ânfora” é
utilizado para calcular a tonelagem dos navios romanos. A importância das ânforas
encontradas no meio marinho relacionam-se com o seu contexto e estado de conservação.
Quando preservado como um todo, que acontece em muitos casos, é possível definir a sua
forma, tamanho e capacidade. Conservam frequentemente selos e “tituli picti” (epígrafe de
caráter comercial) que fornecem informações relevantes sobre origens, conteúdos e processos
comerciais. Como restos de cargas de navios naufragados, permitem que as cronologias
sejam estabelecidas. Por outro lado, permitem-nos inferir rotas de navegação e tráfego
marítimo que podem ser definidas não só pelo local do naufrágio, como também, e
principalmente, através da combinação de materiais arqueológicos de diferentes origens. Isto
quer dizer que, em alguns casos, a presença de diferentes mercadorias a bordo de um navio
naufragado pode até fornecer informações sobre a rota da sua viagem final.

Economia
Ainda no mesmo tema das rotas comerciais, aparece a palavra “economia”. Esta ânfora é
bastante conhecida, tendo sido encontrada em mais de 40 locais espalhados pelo mundo
(Página 6- Distribuição). Em todo o caso, seria utilizada para o transporte de alimentos ou
vinho (Página 7-Conteúdos), tornando-a, assim, uma espécie de “regalia” para todos os
comerciantes. A Beltrán IIB permitia realizar rotas comerciais longas, em que os alimentos
ficassem em perfeito estado e, assim, compôr o comércio entre variados povos, sendo uma
mais-valia na Roma antiga.
Após o grande momento de exportação, especialmente destinada a Roma e à Península
Itálica, entre os meados do século I e os finais do II d.C., os dados da Antiguidade Tardia
revelam a contínua capacidade produtora e exportadora da Lusitânia. A elevada
representatividade das lusitanas, durante toda a Antiguidade Tardia, comprovam o valor
comercial dos produtos piscícolas lusitanos nos mercados do Mediterrâneo Ocidental e
validam a grande capacidade produtiva e exportadora da província da Lusitânia, entre os
meados do século III e a primeira metade do século V.

PALAVRAS-CHAVE: Amphorae; Roma; Exportações; Economia.

3|Beltrán IIB
O império Romano
O Império Romano é considerado o maior da civilização da história ocidental. Durou
cinco séculos (27 a.C.-476 d.C.). Surgiu como consequência da desagregação da República e
a consequente expansão romana. Atingiu a sua maior extensão territorial durante o reinado de
Trajano ( r. 98–117), correspondente a uma área de cerca de cinco milhões de quilómetros
quadrados e atualmente repartida por quarenta países.

Império Romano

4|Beltrán IIB
Introdução
Amphorae Beltrán IIB
Estas ânforas do período Alto e Médio Imperial foram das primeiras a ser tipologicamente
sistematizadas por M. Beltrán, um investigador que as baptizou como forma II B entre as
"imperiais espanholas" (1970, 433-444). Anos mais tarde, após os trabalhos em Ostia
(Panella, 1973) e Pompeia (Manacorda, 1977), a nomenclatura foi consolidada e, apesar de
algumas tentativas de redefinição tipológica, posteriormente, a classificação permaneceu
praticamente inalterada até aos dias de hoje.

Beltrán IIB
Características distintivas
Tem um rebordo sempre espesso com um lábio cónico e asas longas
dobradas directamente por baixo do rebordo. Há um pescoço largo e um
corpo que se alarga para a base com um espigão comprido, oco ou sólido.
Na última fase de produção, as pegas são unidas à borda. Existe uma
variante mais pequena desta forma.

O tipo de aro é triangular e tem dois lados rectos e angulosos, parecendo-


se com dois lados parciais de um triângulo. O tipo de ombro pode ser
considerado suave ou inexistente, ou seja, o corpo da ânfora é ininterrupto.
Tem pegas ovóides/elípticas (tal como o cabo), verticais, longas e que,
geralmente, aparecem em ânforas de pescoço comprido, fixadas perto da
parte superior do pescopço, progredindo verticalmente para baixo até ao ombro. O pescoço
toma a forma de uma ampulheta, estreitando-se no seu ponto médio. Tem um corpo
piriforme, em forma de pera , sendo mais largo em direção ao fundo da ânfora. Tem também
uma base espigada e que contém um espigão sólido. A ânfora tem uma capacidade média e
mede cerca de 100 centímetros e tem um diâmetro entre 18-25 cm.

5|Beltrán IIB
Origem
Largamente produzido ao longo da costa sul espanhola.
Os “workshops” têm sido localizados nas seguintes províncias modernas do sul de Espanha:

Huelva: Pinguele (Bonares); La Orden (Huelva); Jimenos (Moguer); El Eucaliptal (Punta


Umbría);
Cádiz: Venta del Carmen (Los Barrios); El Olivar (Chipiona); Estella del Marqués,
Martelilla, Rabatún, Rancho Perea, El Tesorillo, El
Torno (Jerez de la Frontera); Gallineras, Fadricas
(San Fernando); Casa de la Vicuña, La Florida, San
Ignacio (El Puerto de Santa María); El Almendral, La
Cabaña II, La Cachucha, Casa de la Tinaja, Cerería,
Fábrica Lavalle, Malas Noches, Olivar de los
Valencianos, Puente Melchor, Villanueva (Puerto
Real); Villa Victoria (San Roque);
Málaga: C/ Carretería, Puente Carranque (Málaga);
Colmenares; Huerta del Rincón (Torremolinos);
Manganeto (Vélez-Málaga);
Granada: Loma de Ceres (Molvízar); El Maraute
(Torrenueva-Motril); Matagallares.

Distribuição
Está amplamente distribuído no Império Romano e também ocorre no Norte de África e no
Mediterrâneo oriental.

Os locais de descoberta conhecidos incluem: Almería, Cartagena, Santa Pola, Alicante, Jávea,
Valencia, Torrent, Sagunto, Nules, Burriana, Alcocebre, Creixell, Sitges, Mataró, Girona,
Lugo, Santa Tecla, Cangas de Morrazo, La Guardia, Albacete, Sevilla, Écija, Córdoba, Jaén;
Bracara Augusta, Lisboa; Volubilis, Banasa, Cotta, Mogador, Septem; Cartago; Roma,
Pompeia, Vada Volaterrana; Agosto; Caesarea Maritima; Londres, Chichester, Colchester,
Leicester, Chester, entre outros.

6|Beltrán IIB
Conteúdos
Maioritariamente produtos à base de peixe, embora algumas inscrições possam referir-se ao
vinho:

Muriae flos arguta, em Beltrán 2B encontrado nas proximidades de Fuentes de Andalucía,


Sevilha;
Muriae flos, em Beltrán 2B, encontrado em Écija, Sevilha;
Muriae flos excellens, em Beltrán 2B encontrado no naufrágio de Saint Gervais;
Liquamen argutum summaur excelens on Beltrán 2B encontrado em Fréjus;
Vin(um) r(ubrum) Aur(elianum) vet(us) on Beltrán 2B encontrado no naufrágio do navio
Saint Gervais;
Vin(um) em Beltrán 2B encontrado em Arles.

Alguns exemplos do tipo de peixes encontrados na Beltrán IIB:


Clupea Harengus- Aranque do Atlântico;
Sprattus Sprattus- Sardinha;
Ammodytes Tobianus- Galeota;
Merlangius Merlangus- Badejo do Mar-negro;
Platichthys flesus- Solha

7|Beltrán IIB
Resumo das características da ânfora
Título: Ânfora de salga de peixe: Beltrán IIB/Puerto Real IA
Data de criação: Século II d.C.
Localização: Museu do Ensemble Arqueológico de Baelo Claudia (Tarifa, Espanha).
Dimensões Físicas: Cerca de 100 cm de altura
Tipo: Peça arqueológica; Ânfora romana

Conclusão
Concluíndo, com este trabalho pude perceber que a Ânfora de Salga de peixe- Beltrán IIB, no
sentido se rotas de longa distância, foi uma regalia para os mercadores, tal como no sentido
de manter os alimentos e outros mantimentos em perfeita condição, tendo-se tornado bastante
popular (encontrada em mais de 40 localidades). Pude, também, entender melhor a sua
composição e as suas várias mudanças ao longo desta Era histórica.
A Beltrán IIB foi uma das ânforas mais importantes da história que engloba as rotas
comerciais.

8|Beltrán IIB
Webgrafia
http://amphorae.icac.cat/amphora/beltran-iib-baetica-coast
http://amphorae.icac.cat/amphora/beltran-iib-baetica-coast
https://www.researchgate.net/figure/Principal-marine-fish-species-used-in-locally-produced-
fish-sauces-in-N-Europe_fig1_288655167
https://artsandculture.google.com/asset/salting-fish-amphora-beltr%C3%A1n-iib-puerto-real-
ia/UgG8IY4imd653A?hl=en
https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/19080/1/Bombico%202016_Troia.pdf
file:///C:/Users/matil/Downloads/Tese%20Vol%20I_SBombico%20(1).pdf

9|Beltrán IIB

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