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Fiquei confuso. Ainda não dava para concluir nada com aquelas
informações. Precisávamos de alguma outra pista que nos levasse a
conclusões mais certeiras. De repente, Mila nos chamou, empolgada:
– Detetives, vejam isso.
Corremos até ela, curiosos, mas, quando Mila ia nos mostrar o seu
achado, dona Leocádia surgiu na sala, gritando:
– Pestes, pulgas, pirralhos! Invasores de lar! Agora eu tenho certeza de
que foram vocês que roubaram meu anel! Pivetes! Vou ligar para o
reformatório de menores infratores agora mesmo!
Apavorado, não consegui agir com frieza. Meu instinto me dizia para
fugir! Eu não podia ir parar no tal reformatório para menores infratores de
jeito nenhum. Por isso tentei pular de volta para o pátio. Que erro! Aos olhos
de dona Leocádia, minha tentativa de fuga só confirmava a minha culpa.
Pouco depois, a síndica me agarrava pelos pés, fechando a janela e trancando
a porta da casa com nós três lá dentro. Aquilo parecia o fim da linha!
Podem me chamar de Capim. Detetive Capim. Todo dia, Mila, Tom e eu nos
reunimos no clubinho secreto, aguardando que um novo caso surja para ser
desvendado. Quando nada acontece, passamos a tarde jogando Uno.
Ultimamente, o Prédio Azul anda calmissíssimo, como diria o Tom. Só que,
depois da calmaria, sempre vem a tempestade, e esse silêncio todo não me
engana.
– Vocês acham que a síndica pode estar aprontando alguma? –
perguntei aos meus amigos, depois de mais uma rodada de Uno.
– Ainda não ouvi o grito-sirene dela chamando o Severino.
– Tem razão, Mila. Essa mulher anda mesmo quietissíssima – observou
Tom.
– Vai ver arrumou algum trabalho para se ocupar. Tomara que se
esqueça de vez da gente – desejou Mila.
– Ela não vai esquecer a gente nunca! Pode ter certeza – afirmou Tom.
– Tem razão. Temos que continuar de olho – falei, já me aproximando
da fechadura da portinha para dar uma espiada.
Espiei para um lado e para o outro, sem ver nada de anormal. Quer
dizer, ver eu não vi. Mas senti! Sim. Senti um cheiro de bolo tão bom que
resolvi chamar os meus amigos para perto:
– Tom! Mila! Estão sentindo esse cheirinho bom? Ai, que vontade de
comer um bolo bem quentinho! Quem será que está na cozinha?
– Se o bolo for da dona Leocádia, melhor manter distância, Capim! –
disse Mila.
– Sério? Mas parece cheiro de bolo de chocolate!
– É bom você saber, Capim: nunca coma nada que venha das mãos da
dona Leocádia, ok?
– Mas por quê, Mila? É perigoso?
– Confie na gente, cara. Fique longe das comidinhas dela ou…
– Ou?…
– O risco será todo seu! – afirmou Tom, com uma voz grave.
– Acham que ela pode querer envenenar a gente? – perguntei.
– Nós temos sérias suspeitas de que a dona Leocádia é quase… quase
uma bruxa! – sussurrou Mila.
Fiquei mudo. Aquilo era mesmo preocupante. Eu já tinha visto gente
malvada, mas uma quase… quase bruxa eu ainda não conhecia. Recuei para
longe da porta, para não sentir mais o cheiro daquele bolo delicioso e não
ficar tentado a ir lá pedir um pedacinho.
– Ei, Mila, qual é o seu maior sonho? – Tom perguntou, mudando de
assunto.
– Meu sonho é ter um mascote aqui no clubinho – ela respondeu.
– Um mascote, tipo… um animal?
– Mais precisamente, um gato. Que tal? Um gato chamado Górki! –
falou Mila, já desenhando o bichano no papel.
– Boa ideia, mas… vocês sabem quando a dona Leocádia vai deixar a
gente ter um gato no prédio dela? Nunca! – disse Tom, desanimado.
– Tudo bem, mas e se ela deixasse? Que bicho você gostaria de ter,
Tom? – perguntei.
– Ah, Capim. Se ela deixasse, eu teria um papagaio chamado
Compadre.
– Fala sério! – ponderou Mila. – Um papagaio ficaria falando sem
parar. Gatos são muito mais quietos e espertos.
– Pois eu preferia ter um cachorro – falei. – Sempre sonhei ter um cão
chamado Bóris.
– Bóris? – riu Tom. – Parece nome de espião russo!
– Por isso mesmo. Seria perfeito para andar junto com os detetives do
Prédio Azul, não acham?
De repente, Mila, que fazia o seu turno espiando pela fechadura da
porta do clubinho, abriu o maior sorriso e me chamou:
– Venha ver isso, Capim. Acho que hoje é o seu dia de sorte! Seu amigo
Bóris acaba de entrar no prédio.
– Verdade?! – exclamei, já pulando para ver.
Tom e eu nos esprememos para olhar pelo buraco da fechadura: o
cachorro era um golden retriever grande, peludo, muito bonito. Talvez
tivesse se perdido dos donos. Ou, quem sabe, estava em busca de um novo
lar e de um novo dono? Ficamos muito animados e, sem que ninguém nos
visse, saímos do clubinho atrás dele. Aquele cachorro tinha que ser nosso!
O cão estava na portaria, fuçando o tapete da entrada, quando me aproximei
dele, chamando:
– Venha cá, Bóris, venha…
O cachorro atendeu na hora. Parecia ter gostado do nome. Aproximou-
se de mim, aceitou um carinho e se deitou aos meus pés. Tom foi buscar
água, Mila sacou da capa vermelha uma escova para pentear aquele belo
pelo cor de caramelo, e eu tirei da minha capa uma bola de tênis para treinar
nosso mascote.
Atirei a bola com força, e nosso craque, Bóris, a abocanhou com um
salto. Depois, pedi que se sentasse e estendesse a pata. Ele sabia fazer tudo,
até rolar pelo chão. Parecia um cão bem-treinado, educado, incrível.
– Esse cachorro tem dono, com certeza! Por que será que entrou aqui?
– Não sei, Capim. Vai ver ele fugiu de alguém que o tratava mal –
sugeriu Tom.
– Mas ele não tem nenhuma ferida! – observei.
– Tem razão – concordou Mila. – Ele está com a coleira e parece ter
sido muito bem-cuidado.
– Alguma coisa aconteceu com ele, Tom. E nós temos que descobrir o
que foi – falei.
Enquanto Tom e eu pensávamos em interrogar os porteiros da rua
buscando pistas sobre a origem daquele belo golden retriever, Mila
continuava brincando com Bóris, sem pensar em mais nada. Estava tão
confiante que pegou a bola da minha mão e a arremessou com toda a força:
– Corra, Bóris! Pegue essa!
Preciso contar um detalhe: Mila é uma garota linda, mas muito
desastrada. E, assim que ela atirou a bola, ouvimos um grito conhecido:
– Pestes, pulgas, pirralhos! Eu acabo com vocês!
A bola tinha acertado em cheio o braço de dona Leocádia, que urrava
de dor. Isso é o que eu chamo de falta de sorte!
Furibunda, dona Leocádia tirou o chinelo do pé, pronta para alguma
maldade. Mas… que erro! Na mesma hora, Bóris pulou na mão da síndica e
abocanhou o chinelo, fugindo em disparada.
Quando chegamos ao quartinho onde moro com meu pai, seu Osmar estava
trancado no banheiro, tomando banho. Mas tinha deixado o macacão de
trabalho, sujo de graxa, sobre a cadeira. Ao ver a roupa ali estendida, Mila
não perdeu tempo e saiu investigando bolso por bolso. Encontrou chaves,
carteira, canivete…
– E aí, Mila? Achou o celular da dona Leocádia? – Tom perguntou,
aflito.
– Não tem nenhum celular nesse macacão, pessoal.
– Venham aqui! Estou escutando uma voz vindo do banheiro – falei, já
grudando o ouvido na fechadura da porta.
Como seu Osmar falava alto, não foi difícil ouvir a conversa:
– Oi, amorzinho! Já tô indo. Demorei pra resolver aquele problema,
mas agora o que faltava já está na mão…
Tom olhou para mim e para Mila, e dessa vez teve certeza:
– Ele está falando num celular! Só pode ser o da síndica!
– Temos que pegar o aparelho da dona Leocádia para trocar pelo seu,
Tom! Urgentemente! – disse Mila.
A questão era: como resgatar o aparelho das mãos do larápio?
Decidimos armar um plano:
– Vamos fazer o seguinte: quando seu Osmar sair do banheiro, Mila
coloca o pé para ele tropeçar.
– Deixem comigo – falou Mila, pronta para entrar em ação.
– Você, Capim, aproveita e dá um empurrão extra. Quando seu Osmar
cair, eu pego o celular e a gente foge, ok?
Ficou combinado! Nós nos escondemos pela sala e, mal seu Osmar saiu
do banho, enrolado na toalha e com o celular na mão, seguimos o plano.
Pobre seu Osmar! Caiu de bunda para cima, estatelado no chão!
O aparelho voou pelos ares e foi aterrissar bem em cima do sofá. Sem
pensar duas vezes, Tom agarrou o aparelho e nós saímos em disparada porta
afora.
O segundo passo era simples: tocar a campainha da casa de dona
Leocádia para destrocar o telefone dela pelo de Tom.
Dessa vez a síndica abriu a porta com uma calça ainda mais feia: cor-
de-rosa choque com borboletas verdes. A calça brilhava tanto que precisei
desviar os olhos para não me desconcentrar.
– O que vocês querem agora, seus fedelhos fedidos?
– Viemos devolver o seu celular! – disse Tom, todo empolgado, já
estendendo o telefone para dona Leocádia.
– Isso mesmo! Descobrimos o ladrão e recuperamos o seu aparelho! –
continuou Mila.
– Agora é só a senhora devolver o celular do Tom! – completei.
Para nossa surpresa, porém, dona Leocádia pegou o telefone da mão de
Tom, fazendo uma careta horrorosa! Parecia coisa de bruxa mesmo!
– Vocês pensam que eu sou idiota? Pensam que vão me passar para
trás? Mas não vão mesmo!
E, dizendo isso, atirou o celular pela janela.
Nem preciso dizer que fomos expulsos da casa da síndica sem nenhuma
explicação! Totalmente perdidos, decidimos voltar ao clubinho para
organizar as pistas com calma.
– Então, detetives? O que sabemos até agora? – perguntei aos meus
parceiros.
Mila logo pegou o giz e começou uma lista no quadro-negro:
– Vamos voltar para a casa da síndica agora mesmo, antes que seja
tarde!
– Voltar para o campo inimigo? Com dois inimigos lá dentro? Melhor
esperar um pouco – sugeriu Tom.
– Se quisermos resgatar o celular desaparecido, temos que agir
urgentemente e desligar a máquina de lavar! – afirmei.
– Vamos logo, Tom. Esta é a grande chance de recuperarmos o seu
celular também – disse Mila, já nos puxando para fora do clubinho.
Voltar à casa de dona Leocádia não seria tarefa fácil. Antes de mais
nada, decidimos recuperar o celular de seu Osmar, que a síndica tinha
atirado pela janela. Por sorte, ele tinha caído entre as plantas, sofrendo
apenas dois arranhões.
– Será que ele vai aceitar o aparelho de volta? – Mila questionou.
– Tá funcionando, gente! Vai aceitar, sim! – concluiu Tom.
– E nós vamos ter que pedir desculpas a ele, amigos. Erramos feio! –
falei.
Mal entramos na casa de dona Leocádia, devolvemos o celular a seu
Osmar e pedimos desculpas. Ele aceitou o aparelho de volta, mas não quis
mais saber de conversa. Pobre homem! Além da nossa confusão, ele ainda
tinha que ouvir a voz aguda de dona Leocádia, que seguia reclamando da
máquina de lavar:
– Serviço malfeito! Olhe só o barulho! Tem peça solta nesta máquina.
Aposto que tem.
Talvez fosse tarde demais para uma solução perfeita, mas o caso do
celular estava prestes a ser resolvido.
– Desligue a máquina, dona Leocádia, por favor! – pedi.
– E você lá entende de máquinas, garoto?
– Não. Mas nós três somos muito bons em resolver mistérios. Agora
acompanhe o nosso raciocínio – disse Mila.
Foi então que Tom fez a primeira pergunta:
– A que horas o seu celular desapareceu, dona Leocádia? A senhora se
lembra?
– Por volta das dez da manhã. Por quê?
– E que calça a senhora estava usando pela manhã? – perguntei.
– Calça? Mas o que a minha roupa tem a ver com o roubo do meu
celular?
– Será que foi roubo mesmo? – foi a pergunta que Mila fez.
– Responda, por favor – insistiu Tom.
– De manhã, eu estava com uma calça vermelha. Mas, como sujou de
graxa, eu coloquei uma calça laranja antiga que eu amo, só que estava meio
apertada. Então, troquei para esta calça rosa aqui que está super na moda!
Gostaram?
– Não estamos aqui para falar de moda. Nosso assunto é um só: o
sumiço do celular – disse Tom, muito sério.
– E sabem onde ele está? Quem foi que roubou, afinal?
– Diga, dona Leocádia, onde está a calça vermelha que a senhora usou
hoje pela manhã e que sujou de graxa? – indaguei.
– Dentro da máquina de lavar! Finalmente ela voltou a funcionar e…
– Podemos abrir a máquina e verificar? – pediu a detetive Mila,
interrompendo a tagarelice.
Seu Osmar decidiu nos ajudar e apertou um botão, parando a máquina.
Mila, Tom e eu logo tiramos a calça vermelha lá de dentro e… pimba! Caso
solucionado! Lá estava o celular de dona Leocádia: no bolso da calça
vermelha.
– Mas quem fez isso?! – gritou a síndica, indignada.
– Dessa vez a senhora tem que admitir: foi a senhora mesma! Colocou
o celular no bolso quando foi à portaria, depois esqueceu que o aparelho
estava aí dentro e jogou a calça na máquina de lavar. Com celular e tudo! –
expliquei.
– Então esse novo barulho, essa peça solta, era o celular?
– Elementar, seu Osmar. Pode ligar a máquina novamente para checar.
Dito e feito: seu Osmar voltou a ligar e… o barulho tinha desaparecido.
Tom tentou secar o celular de dona Leocádia com toalha e secador de
cabelos, mas, depois de girar por um bom tempo com muita água e sabão,
ele só servia para enfeite.
Faltava ainda uma coisa: recuperar o celular de Tom. E, sem esperar
mais nada, nosso amigo pegou o que era seu e saiu em disparada. Mila e eu
corremos atrás dele, enquanto dona Leocádia gritava:
– Pestes, pulgas, pirralhos! Voltem aqui! Vocês precisam me emprestar
esse celular! Só por cinquenta anos.
Emprestar por cinquenta anos? Ah, essa dona Leocádia não tem jeito!
Não podemos bobear, senão ela vem e confisca o que não é dela. Por isso é
que eu digo: um bom detetive tem que andar de olhos bem abertos e de
ouvidos bem atentos. Eu e meus parceiros somos assim: não tememos os
tiranos e resolvemos todos os mistérios, sem desistir jamais!
4. O ROBÔ DO PRÉDIO AZUL
Por mais que dona Leocádia sempre implicasse com a gente, por mais que
sempre confiscasse nossos brinquedos, ela não merecia morrer nas mãos
daquele bandido. E, enquanto ela continuava caída no chão, o professor de
dança abria todas as portas e gavetas dos armários, onde achou caixas pretas
que pareciam conter joias preciosas. Rapidamente, ele guardou as caixas em
sua mala e já parecia pronto para sair.
Não podíamos deixar que o gatuno escapasse, e traçamos rapidamente
um plano de emergência: aproveitando que ele estava de costas, Tom e Mila
entrariam pela janela. Enquanto eu ficaria sentado ali no parapeito,
distraindo o larápio.
– Talvez, com a minha arma secreta, eu possa deixar o homem tonto!
– E posso saber que arma secreta é essa, detetive Capim?
– Coloque o seu lenço no rosto e me observe, detetive Mila!
Num pulo, Tom e Mila entraram na sala. Ao ouvir o barulho, Jerônimo
se virou e me viu na janela. Assim que ele veio na minha direção, eu me
posicionei e soltei o maior torpedo de toda a minha vida. Dessa vez, meu
pum supersônico teve grande utilidade e deixou o bandido totalmente
paralisado. Aproveitando a distração dele, Mila e Tom sacaram cordas de
suas capas e enrolaram o meliante com tantos nós que ele não pôde mais se
mover.
– Me soltem! Me larguem!
– Acorde a dona Leocádia, Capim, rápido! – pediu Tom.
– Espero que não seja tarde demais – temeu Mila.
Sem pensar duas vezes, peguei a jarra de suco e joguei o líquido gelado
no rosto da síndica. Dona Leocádia despertou assustada, ainda sem entender
o que estava acontecendo:
– Mas que confusão é essa na minha casa?
– Fique tranquila. Nós já prendemos o assaltante! – falou Tom, dando
mais um nó na corda que prendia Jerônimo.
– O que vocês fizeram, seus malucos? Coitadinho do Jejê…
Leocádia já queria soltar o bandido, mas Mila impediu a síndica,
falando com firmeza:
– Alto lá, dona Leocádia. De coitadinho esse homem não tem nada!
– Não tem mesmo! Olhe como a mala dele está recheada! – falei, já
puxando as caixinhas pretas dali de dentro.
– Devolva isso! – gritou o ladrão.
– O colar de ametista que foi da minha avó?! Jejê, por que você fez
isso? Alguém pode me explicar o que está acontecendo?
OS INCRÍVEIS, OS IMBATÍVEIS,
OS… INSEPARÁVEIS
DETETIVES DO
PRÉDIO AZUL!
fim
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Grafia atualizada respeitando o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Capa: Rafael Nobre | Babilonia Cultura Editorial
Produção do arquivo ePub: Simplíssimo Livros
Edição digital: novembro 2013
ISBN: 978-85-66642-01-8
Os detetives do prédio azul
Lins e Silva, Flávia
9788566642339
128 páginas
"Não é todo menino que volta da escola para uma casa vazia de gente e cheia
de bilhetinhos dos pais, por exemplo um escrito em caneta verde num
biscoito, dizendo "Não coma esse biscoito porque comer tinta verde não faz
bem para você".
Mas Grimble se vira. Ele consegue até garantir um jantar de Natal, apesar de
seus pais meio birutas terem esquecido que era Natal...
Grimble é um menino muito divertido - e esse livro também!!