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Atividade Avaliativa de Oficina de produção

de texto
Nome: valor: 50

 Gêneros textuais: cartuns, charges, tiras e


histórias em quadrinhos
1. Cartum

Narrativa humorística, expressa através da caricatura. O cartum é uma anedota gráfica; seu

objetivo é provocar o riso do espectador. E como uma das manifestações da caricatura, ele

chega ao riso através da crítica mordaz, satírica, irônica e principalmente humorística, do

comportamento do ser humano, das suas fraquezas, dos seus hábitos e costumes. Muitas

vezes, porém, o riso contido num cartum pode ser alcançado apenas com um jogo criativo

de ideias, por um achado humorístico (que em fr. chama-se trouvaifle) ou por uma forma

inteligente de trocadilho visual (v. trocadilho). O cartunista pode recorrer às legendas ou

dispensá-las. Os cartuns sem legendas ou sem texto foram chamados, durante muito tempo,

pela imprensa brasileira, de piada muda. Eram comumente publicados, também, com a

legenda sem palavras. A ideia de que o cartum sem legenda (que teve seu apogeu nas

páginas da revista francesa Paris Match nos anos 50) teria mais qualidades do que o cartum

com diálogos ou texto levou um dos maiores cartunistas do Brasil, o mineiro Borjalo, a criar

um boneco sem boca para ilustrar todos os seus cartuns (revista Manchete, década de 50).

Na composição do cartum podem ser inseridos elementos da história em quadrinhos,

como balões, subtítulos, onomatopeias, e até mesmo a divisão das cenas em quadrinhos. A

narrativa do cartum pode comportar uma cena apenas ou uma sequência de cenas. No

primeiro caso, o riso deve ser alcançado pela ideia contida no desenho de um simples

momento; no segundo, em geral, a narrativa conduz para um desfecho engraçado. O termo

cartum origina-se do ing. cartoon, “cartão, pequeno projeto em escala, desenhado em

cartão para ser reproduzido depois em mural ou tapeçaria". No Brasil, foi a revista Pereré, de

Ziraldo, edição de fevereiro de 1964, que lançou o neologismo cartum. A charge e a tira

cômica podem ser consideradas subdivisões do cartum.

(Dicionário de Comunicação, Carlos Alberto e Gustavo Barbosa.)

2. Charge

É um cartum cujo objetivo é a crítica humorística imediata de um fato ou acontecimento

específico, em geral de natureza política. O conhecimento prévio, por parte do leitor, do


assunto de uma charge é, quase sempre, fator essencial para sua compreensão. Uma

boa charge, portanto, deve procurar um assunto momentoso (o que em ing. se chama  the

talking of town) e ir direto aonde estão centrados a atenção e o interesse do público leitor. A

mensagem contida numa charge é eminente - mente interpretativa e crítica, e, pelo seu

poder de síntese, pode ter às vezes o peso de um editorial. Alguns jornais chegam mesmo a

usar a charge como editorial, sendo ela, então, intérprete direta do pensamento do jornal

que a publica. A charge usa, quase sempre, os elementos da caricatura na sua primeira

acepção, coisa que nunca acontece com o cartum, onde os bonecos representam um tipo de

ser humano e não uma pessoa específica. O termo vem do fr., charge, carga.

(Dicionário de Comunicação, Carlos Alberto e Gustavo Barbosa.)

3. História em quadrinhos

Forma de narração, em sequência dinâmica, de situações representadas por meio de

desenhos que constituem pequenas unidades gráficas sucessivas (quadrinhos) e são

geralmente integrados por textos sintéticos e diretos apresentados em balões e legendas.

As HQ começaram a se apresentar em sua forma atual no fim do século passado, nas

páginas de jornais norteamericanos. A partir do sucesso das tiras seriadas diárias, dos

suplementos dominicais e das páginas de quadrinhos publicadas em jornais e revistas de

vários países, surgiram por volta de 1930 as primeiras publicações exclusivamente dedicadas

ao gênero (conhecidas no Brasil como gibis), compostas inicialmente de remontagens das

tiras de jornais ou de histórias inéditas. Desde o seu surgimento, a narrativa dos quadrinhos

experimenta permanente evolução. Em sintonia com as linguagens do cinema e da televisão,

experimentam-se novas concepções de montagem, de planos e de enquadramentos.

As histórias em quadrinhos figuram, hoje, entre os produtos de comunicação de massa mais

representativos e mais avidamente consumidos. Apresentam-se normalmente nas seguintes

categorias: cômicos, infantis, de aventuras (faroeste, policial, ficção científica etc.),

sentimentais, biográficos, históricos, de lendas e contos, ou de propaganda. São conhecidas

nos países de língua inglesa pela expressão comics, por ter sido humorística a primeira

função manifesta das HQ, um humor facilmente acessível a todas as classes sociais e que

assegurou a sua difusão.

(Dicionário de Comunicação, Carlos Alberto e Gustavo Barbosa)

4. Tira

Historieta ou fragmento de história em quadrinhos, geralmente apresentada em uma

única faixa horizontal, com três ou quatro quadros, para ser publicada em jornais ou

revistas. Uma tira de HQ pode conter uma história curta e completa (como geralmente
ocorre com as tiras cômicas ou humorísticas e com historinhas didáticas), ou pode ser um

capítulo de uma história seriada (é o caso das tiras de aventuras, em geral).

(Dicionário de Comunicação, Carlos Alberto e Gustavo Barbosa)

Exercícios propostos

1. (UNESP) – Examine a charge do cartunista argentino Quino (1932- ).

(Quino. Potentes, prepotentes e impotentes, 2003.)

A charge explora, sobretudo, a oposição

a) inocência x malícia.

b) público x privado.

c) progresso x estagnação.

d) natureza x cidade.

e) liberdade x repressão.

2. (FUVEST-transferência) – Examine a seguinte charge:


Folha de S. Paulo, 20 jan. 2008.

Entre os responsáveis pelo desmatamento da Amazônia, os mais diretamente satirizados

nessa charge são

a) extrativistas.

b) pecuaristas.

c) agricultores.

d) madeireiros.

e) políticos

3. (UNESP) – Examine a tira do cartunista André Dahmer.

(Quadrinhos dos anos 10, 2016.)

O conselho presente na primeira fala sugere falta de


a) compaixão.

b) paciência.

c) ganância.

d) malícia.

e) cinismo

Texto para a questão 4.

DAHMER, A. Disponível em: www.malvados.com.br. Acesso em: 15 maio 2013.

4.  (2.a aplicação) – Importantes recursos de reflexão e crítica próprios do gênero

textual, esses quadrinhos possibilitam pensar sobre o papel da tecnologia nas sociedades

contemporâneas, pois

a) indicam a solidão existencial dos usuários das redes sociais virtuais.

b) retratam a superficialidade das relações humanas mantidas pela internet.

retratam a dificuldade de adaptação de pessoas mais velhas às relações virtuais.

d) ironizam o crescimento da conexão vitual oposto à falta de vínculos reais entre as

pessoas.

e) denunciam o enfraquecimento das relações humanas nos mundos virtual e real

contemporâneos.
Texto para a questão 5.

Disponível em: <www.malvados.com.br>.Acesso em 27.04.16.

5. (INSPER) – A crítica do texto atinge, principalmente,

a) a liberdade de expressão das sociedades democráticas.

b) a pouca profundidade dos debates políticos no século XIX.

c) a tendência moderna de ler resumos, e não obras completas.

d) as opiniões antiquadas que são encontradas na internet.

e) a preocupação excessiva com a tecnologia no século XXI.

6. (UNESP) – Examine a tira Hagar, o Horrível do cartunista americano Dik Browne (1917-

1989).

(Hagar, o Horrível, vol 1, 2014.)

O ensinamento ministrado por Hagar a seu filho poderia ser expresso do seguinte modo:

a) “A fome é a companheira do homem ocioso."

b) “O estômago que raramente está vazio despreza alimentos vulgares."

c) “Nada é mais útil ao homem do que uma sábia desconfiança."

d) “Muitos homens querem uma coisa, mas não suas consequências."

e) “É impossível para um homem ser enganado por outra pessoa que não seja ele mesmo."

Texto para a questão 7.


(Maitena. Disponível em: <www.maitena.com.br>. Acesso em: 17 set. 2015.).

7.  (3.a aplicação) – Esta história em quadrinhos aborda a padronização da

imagem corporal na contemporaneidade. O fator que pode ser identificado como

influenciador do comportamento obsessivo, retratado nos quadrinhos, é o

a) entendimento da aparência corporal relacionada à saúde.

b) controle feminino sobre o ideal social de estética corporal.

c) desejo pelo modelo de corpo ideal construído socialmente.

d) questionamento critico dos valores ligados ao sucesso social.

e) posicionamento reflexivo da mulher, frente às imposições estéticas.

Leia a tira.
(Caco Galhardo. “Daiquiri". Folha de S.Paulo, 22.06.2019. Adaptado.)

8. (UNICID-2020) – A leitura da tira permite concluir que

a) as discordâncias entre mães e filhos podem surgir de neuroses relacionadas aos conflitos

estéticos, normalmente irrelevantes para as crianças.

b) as neuroses maternas visam estreitar vínculos entre mães e filhos, tratando de questões

que são do interesse de todos.

c) as ideias correntes de que determinados produtos engordam, como o chocolate, são

inverdades que perturbam a infância.

) as crianças exageram na ingestão daquilo que gostam, ocasião em que as mães, com

sabedoria, orientam a mudança de hábitos.

e) as mães frequentemente agem com ponderação, sobretudo quando estão preocupadas

com o bem-estar emocional dos filhos. 

9. (INSPER-2017)

(Folha de S.Paulo, 31.08.2016)

As falas da personagem, no primeiro e no terceiro quadrinhos, mostram que ela concebe a

internet como um espaço em que

a) as diferenças individuais se neutralizam.

b) o estabelecimento de amizade é improvável.

c) os inimigos perdem seu poder de combate.

d) o fortalecimento da amizade é inevitável.

e) as pessoas são menos vulneráveis ao engano.


Considere o seguinte cartum para responder às questões de 10 a 12.

 Quino, Bien, gracias. Y usted? Buenos Aires: Ediciones de la flor, 2006, p. 15.

10. (FUVEST-transferência – 2020) – A respeito do cartum, é correto afirmar que ele

a) representa o sentido evolutivo da História, por meio da contraposição entre os dois

quadros maiores.

b) simboliza o aspecto visionário da Humanidade em sua evolução por meio do homem com

óculos.

c) revela o instinto de sobrevivência do homem por utilizar recursos naturais como

combustível.

d) apresenta duas linhas históricas, à esquerda e à direita, com os mesmos pontos de

partida e de chegada.
e) estrutura-se de forma labiríntica, sugerindo múltiplas direções de leitura, sem alterar o

seu significado. 

11. (FUVEST-transferência – 2020) – No cartum de Quino,

a) a primeira cena retrata a convivência real entre a natureza e o homem em tempos pré-

históricos.

b) os quadros menores desconsideram a diferença entre as escalas de tempo geológica e

humana.

c) a comparação entre o dinossauro e o automóvel revela a dominação da natureza pelo

homem.

d) a mudança de roupagem demonstra a superação do fim trágico do homem pré-histórico.

e) o contraste entre os quadros maiores resulta numa apologia da revolução industrial. 

12. (FUVEST-transferência – 2020) – Se traduzida verbalmente, a estrutura do cartum

seria adequadamente recuperada em um discurso

a) lírico.

b) narrativo.

c) ensaístico.

d) dramático.

e) dissertativo.

Leia a charge de Laerte para responder a questão 13.

(Folha de S.Paulo, 02.06.2016. Adaptado.)

13. (FAMECA) – O efeito de humor da charge implica reconhecer que o tamanduá entende

a fala do homem da seguinte forma:

a) Garçon! Você colocou formigas na minha sopa!

b) Garçon! Menos formigas na minha sopa!


c) Garçon! Dispenso formigas na minha sopa!

d) Garçon! Há formigas na minha sopa!

e) Garçon! Quero formigas na minha sopa! 

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