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COLÉGIO MUNICIPAL ELIZA TEIXEIRA DE MOURA

Palmas de Monte Alto – Bahia


Disciplina: Língua Portuguesa Professora: Valdirene de Jesus A. da Veiga
Aluno(a): _________________________________________________________________________
Ano:_______ Turma: ______ Turno: ____________________ Data: _______/________/ 2019

AVALIÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA DA III UNIDADE

 ORIENTAÇÕES:
o Leia, atentamente, as questões antes de responder;
o Para as questões de múltipla escolha, há apenas uma resposta correta;
o Para responder as questões, use caneta azul ou preta;
o Não utilize líquido corretor e evite rasuras;
o Dê respostas completas, considerando o comando da questão.
o A atividade consta de 13 questões num valor total de 5,0 pontos. Confira!

 OBJETIVO DA AVALIAÇÃO/CRITÉRIOS DE CORREÇÃO


o Este instrumento avaliativo foi elaborado tendo como base os conteúdos e temas trabalhados nas nossas aulas e
tem como objetivo avaliar a sua competência de ler, interpretar, estabelecer relações, fazer inferências e
organizar o discurso de forma clara, objetiva, demonstrando senso crítico e criatividade.

 Aspectos contemplados:
Leitura e interpretação de textos, com destaque para o gênero textual Relato pessoal; Grau do Substantivo e do
Adjetivo; Artigo e Numeral.

 Para as questões discursivas os critérios de correções são os seguintes.


a) Organização das ideias;
b) Uso da língua portuguesa na sua modalidade padrão;
c) Coerência nas respostas;
d) Letras legíveis e sem rasuras.

Nesta unidade, estudamos o gênero textual Relato Pessoal. O Relato Pessoal é uma modalidade
textual que apresenta uma narração sobre um fato ou acontecimento marcante da vida do narrador.
Nesse tipo de texto, podemos sentir as emoções e sentimentos expressos pelo narrador. Tal qual
uma narração o relato pessoal apresenta um tempo e espaços bem definidos donde o narrador torna-se o
protagonista da história.
Você agora vai ler um relato pessoal escrito por Ziraldo com base em fatos vividos por ele em sua
infância.

OS MENINOS MORENOS
Uma das recordações mais felizes da minha infância é a da sinfonia dos melros nas
palmeiras. A gente chegava muito cedo para a primeira aula do grupo escolar e o grupo ficava na
praça que era cercada de altas palmeiras.
Pois é: minha terra tinha palmeiras onde, em vez de sabiá, cantava o melro. E como a gente
chegava muito cedo para a aula, os melros ainda estavam cantando a sua canção matinal. Era
como se estivessem saudando os meninos morenos que também chegavam em bando para a
escola. [...]
Jarinho chegava para brincar com a gente e vinha com o melro no ombro. Se a brincadeira
era contar história, brincar de gata parida, berlinda, mamãe-eu-posso-ir ou qualquer outra que não
implicasse em correr, o melro ficava ali, no ombro do Jarinho. Se, porém, a gente tinha que correr,
se a brincadeira era de pique, de pular-carniça, soltar papagaio, jogar precipício, cobra-caninana,
esconde-esconde ou mãos-ao-ar que, em outras cidades se chamava bandido e mocinho o Jarinho
botava o melro no galho de uma árvore ou no umbral de uma janela e dizia: “Fica aí, que eu já
volto”. E o melro ficava esperando seu dono voltar da brincadeira. A professora pedia ao Jarinho
pra não levar o melro para a escola pra não tumultuar as aulas.
O Jarinho ficava muito triste de deixar seu amigo em casa.
Era agosto, mês das queimadas e das ventanias. Às vezes, a caminho da escola, na manhã
ainda fria, a gente não enxergava um palmo adiante do nariz, vivendo como se estivesse dentro de
um "fog" londrino. Era a névoa seca das queimadas. Os olhos ficavam vermelhos e voltávamos da
escola com a poeira de cinzas assentadinha nas dobras da camisa branca do uniforme. Quando
não ventava muito, a gente podia ver um raminho de samambaia cinzenta vindo voando em nossa
direção, levemente, como uma pena de ave flutuando no espaço. O raminho de samambaia tocava
nossa roupa e se desfazia em cinzas. Eram as matas do rio Doce sendo dizimadas pelas queimadas
dos derrubadores. Foi num mês de agosto, no dia seguinte de uma grande ventania, que o Jarinho
não apareceu na escola.
Na semana que se seguiu àquele dia, não só o Jarinho, mas todos os meninos da rua não
fizeram outra coisa senão procurar o melro do Jarinho.
Ele o havia deixado num galho de árvore para fazer uma coisa qualquer (que era melhor
fazer sem seu amigo). Foi quando começou o furacão. Foi de repente, eu me lembro.
Nunca havia ventado tanto na minha cidade. As pessoas se agarravam nos postes para não
serem arrastadas, telhas voaram pelos ares, casebres ficaram sem teto, folhas das palmeiras
imperiais da praça se desprenderam, voando a grandes alturas, ameaçadoras.
Todos os meninos da rua só faltaram morrer de tristeza, o Jarinho ficou de cama e não me
lembro mais de voltar a vê-lo imitar seus passarinhos. Minha mãe, que era uma sábia, tentou
explicar para os meninos da rua que era bom a gente prestar bastante atenção nas coisas boas,
enquanto elas duram.
Muitos e muitos anos depois "agora, recentemente" reencontrei o Jarinho. Era um senhor
gordinho com os cabelos "muito poucos" completamente brancos e os olhos pequenos mais
sumidos do que nunca. [...] Perguntei- lhe se se lembrava, com a mesma intensidade que eu, dos
velhos tempos da rua de nossa infância. E falei do melro no seu ombro e ele me disse: “Não me
esqueço nunca. Ainda hoje, tantos anos depois, acordo no meio da noite e, dentro do meu quarto,
escuto o meu melro cantando direitinho como se estivesse ali”. Que bom! Jarinho acredita que
existe fantasma de passarinho.

Ziraldo. Os meninos morenos — com verso de Humberto AK’abal. São Paulo: Melhoramentos, 2004.
p.45-8.

Vocabulário Fog: nevoeiro espesso característico da cidade


Derrubador: aquele que derruba as árvores de Londres, Inglaterra.
antes de pôr fogo na mata. Melro: pássaro de plumagem negra, bico
Dizimado: diminuído, desfalcado, destruído. amarelo e canto melodioso.
Umbral: limiar, entrada.
QUESTÃO 01
O texto é uma narrativa de uma recordação feliz da infância do autor: a sinfonia dos melros
(uma espécie de pássaros) nas palmeiras da praça onde ficava a escola.
a) Os melros ainda estavam cantando quando os meninos chegavam para a aula. Que impressão
os meninos tinham do canto do pássaro? (0,2)
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b) Releia a descrição do melro vocabulário. Que identificação podia haver entre os meninos e os
melros? (0,2)
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QUESTÃO 02
Entre os meninos da história, Jarinho é o que o pelo narrador destaca. O que Jarinho tinha de
especial? (0,2)

a) Ele tinha um melro de estimação. c) Ele era um menino moreno.


b) Ele sabia contar história. d) Ele sabia empinar papagaio.

QUESTÃO 03
“Era agosto, mês das queimadas e das ventanias”. No trecho que se inicia assim, o narrador
apresenta um ambiente diferente do que é mostrado no início da história.

2.1 Como então ficava o caminho da escola? (0,2)


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2.2 O texto retrata um espaço rural ou urbano? Por quê? (0,2)


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QUESTÃO 04
“Foi quando começou o furacão. Foi de repente, eu me lembro”, diz o narrador no final do 7º
parágrafo do texto.

3.1 Que fatos da lembrança do narrador comprovam que a ventania era mesmo um furacão? (0,2)
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3.2 Qual foi a consequência desse furacão para Jarinho e as outras crianças? (0,2)
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QUESTÃO 05
A mãe do narrador tentou ajudar os meninos a tirar uma lição a propósito do
desaparecimento do melro. Qual foi a lição ensinada pela mãe do narrador? (0,2)
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QUESTÃO 06
Muitos anos depois, o narrador reencontrou Jarinho.

6.1 Pela descrição que o narrador faz, Jarinho estava diferente de como era da época da escola?
Justifique sua resposta. (0,2)
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6.2 Depois de tantos anos, o garoto Jarinho já havia esquecido o melro? Explique. (0,2)
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QUESTÃO 07
Na história “Os Meninos Morenos” o narrador relata fatos que viveu há muito tempo. Sobre o gênero
relato pessoal é correto afirmar que: (0,2)

a) São narrativas fictícias inventadas pelo narrador para emocionar o leitor.


b) É um texto que relata episódios marcantes da vida de quem escreve, os quais ocorreram no
passado e guardados em sua memória.
c) São textos que recuperam uma época com base em lembranças de outras pessoas e conta
como se elas fossem suas.
d) São texto que relata fatos do cotidiano, emoções, sentimentos, sensações.

QUESTÃO 08
Leia esta tira de Laerte e responda as questões de a até b.

Mestria: habilidade; destreza.


a) Há, na tira, um substantivo empregado no diminutivo. Identifique-o e transcreva. (0,2)

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b) Em que grau está o adjetivo “LINDÍSSIMA” empregado no primeiro quadrinho? (0,2)

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c) Considerando o contexto, a palavra “MÍNINO” pode ser classificada como: (0,2)

( ) adjetivo, pois atribui qualidades ao substantivo top model.


( ) substantivo, pois está acompanhada do artigo “o”.

QUESTÃO 09
Leia a tira a seguir e responda ao que se pede.

a) Em que grau são empregados os adjetivos “muito feliz” e “felicíssimo”, respectivamente, no


quadrinho acima. (0,2)

01. Superlativo absoluto analítico e superlativo relativo.


02. Superlativo absoluto analítico e superlativo absoluto sintético.
03. Os dois estão no grau superlativo relativo de superioridade.
04. Superlativo relativo de inferioridade e de superioridade.

QUESTÃO 10
Leia a tira a seguir observando a construção linguística do texto e responda às questões a e c. (0,6)

a) Em que grau foi empregado os substantivos “peixão”, “bocarra”, “homenzarrão” e “rapagão”?


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b) Reescreva a fala do 1º quadrinho empregando os substantivos destacados acima no grau


normal?
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c) Considerando o contexto do texto, responda: que efeito de sentido o emprego das palavras
“peixão”, “bocarra”, “homenzarrão” e “rapagão” cria no texto?

01. Indicar a gradação dos elementos aos quais estavam se referindo dando a ideia de
diminuição.
02. Reforça a ideia de que pescador, quando não mente, aumenta suas histórias.
03. Destaca os elementos em relação a um conjunto ao qual pertence.

QUESTÃO 11
Leia esta quadrinha para responder as questões a seguir.
Mandei fazer um barquinho
Da casca do camarão
O barquinho saiu pequeno
Só coube meu coração.

(SILVA, Salatiel (org). Ciranda de cantigas; Quadras. São Paulo: Ciranda


Cultural.)

a) Transcreva e classifique os artigos empregados na quadrinha. (0,2)


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b) Que diferença de sentido existe entre “um barquinho”, no primeiro verso e “o barquinho” no
terceiro verso? (0,3)
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QUESTÃO 12

Leia esta tira e responda ao que se pede.

No 3º quadrinho, Miguelito opõe as expressões “o amigo” e “um amigo”.


a) Explique por que o garoto está triste, com base na diferença de sentido que os artigos o e um
apresentam no texto. (0,3)
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b) O que Miguelito quer dizer quando afirma que Mafalda “é igual às outras”? (0,2)

01. Quer dizer que a menina é fiel a todos os seus amigos não importa a quantidade, semelhante
às outras meninas.
02. Quer dizer que ela é como as outras meninas, que tem vários amigos e não são “fiéis” a
uma única amizade.
03. Quer dizer que a garota não tem nenhum amigo homem como todas as outras da sua idade.

QUESTÃO 13
Você já tomou um “vampiro enganado”? Essa é uma receita que o Menino Maluquinho inventou.
Leia:

Vampiro enganado Modo de fazer


1º passo: Coloque no liquidificador a laranja e a
Ingredientes
cenoura e triture bem.
1 copo de suco de uva. 2º passo: Acrescente o tomate e o suco de uva.
1 cenoura raspada e cortada em pedaços 3º passo: Junte dois ou três cubos de gelo e uma
1 tomate maduro. colher de sopa de açúcar.
1 laranja descascada e cortada em pedaços, sem 4º passo: Desligue o aparelho e passe a bebida
semente. por um coador para retirar as fibras que tenham
ficado. Sirva em copos altos.

(ZIRALDO. O livro de receitas do Menino


Maluquinho. São Paulo: Melhoramentos, 2002. p. 18.)

a) A receita é organizada em duas partes: a dos ingredientes e a do modo de fazer. Nas duas
partes são usados numerais. Qual a importância dos numerais em cada uma das partes do texto?
(0,2)

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c) Como classificam-se os numerais da primeira parte do texto? E os numerais da segunda parte?


(0,2)
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Sucessos na avaliação!
Beijos.
Professora Valdirene Alves

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