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Relatório de Acompanhamento 3
Título do trabalho: AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DA TEMPERATURA NO
METAL DE UMA PANELA DE ACIARIA.
Identificação do aluno:
(a) Domínio do tema e qualidade da escrita técnico científica (Máx 05 pontos): 05 pontos
(b) Pertinência da estruturação do texto da Monografia (Máx 05 pontos): 05 pontos
(c) Adequação do texto da Revisão Bibliográfica (Máx 05 pontos): 05 pontos
(d) Pertinência do diagrama esquemático da Metodologia (Máx 05 pontos): 05 pontos
(e) Formatação (Máx 05 pontos): 05 pontos
(f) Entrega em tempo hábil para revisão (Máx 05 pontos): 05 pontos
(g) Alguma consideração adicional? ___________________________________________________
___________________________________________________
Relatório de Acompanhamento 3
AVALIAÇÃO DO RELATÓRIO (preenchido pelo professor de TG I)
Adequação do relatório:
O presente relatório obedece às instruções e modelos? ( ) SIM ( ) NÃO
Caso não esteja, as principais observações são:
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Controle de notas:
Nota do professor de TG I: (Máx 10 pontos):_____ pontos
Nota do professor orientador: (Máx 30 pontos):_____ pontos
Descontos por atraso: _____ pontos
Nota final do Relatório 3: (Máx 40 pontos):_____ pontos
Data: ___/___/___
PALAVRAS-CHAVE:
INTRODUÇÃO
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ambiental. Essa evolução contínua na aplicação dos metais tem contribuído significativamente para
a melhoria da produtividade e da qualidade dos processos metalúrgicos.
A avaliação dos impactos produzidos nos materiais utilizados nos equipamentos metalúrgicos são
fundamentais para entender os pontos críticos que podem ser explorados a fim de aumentar a
eficiência do setor, fornecendo metais, ligas e revestimentos com tecnologias capazes de absorver e
contornar os efeitos adversos aos quais são submetidos durantes os processos metalúrgicos, além da
possibilidade de conhecer os desdobramentos dos processos utilizados, possibilitando discutir
pontos de melhorias dos próprios processos dentro das indústrias.
Atualmente, com os avanços no desenvolvimento de novas tecnologias na produção de aços, o setor
metalúrgico emprega processos automatizados e equipamentos com aços especiais, altamente
resistentes à corrosão, tratados termicamente para otimização de suas propriedades mecânicas e
resistência aos efeitos do calor, além de revestimentos refratários para retardar e reduzir a
transferência de calor dos minérios fundidos para o material de cada equipamento.
Atualmente, foram desenvolvidas diversas formas de realizar o estudo dos materiais por meio de
técnicas metalográficas tecnológicas, possibilitando o mapeamento da macro e microestruturas
através de macro e micrografias, além de avaliações e medições das propriedades químicas e
mecânicas através de testes destrutivos. Utilizando-se dessas técnicas, é possível avaliar o estado de
uma amostra e categorizar diversos materiais conforme suas propriedades, bem como selecionar o
melhor material conforme a demanda do processo. É por meio dessas técnicas que podem ser
quantificados os efeitos sofridos pelos materiais após serem submetidos a diversos processos e
discutir formas de aprimoramento dessas ligas para otimização em seus respectivos ramos da
indústria.
OBJETIVO GERAL
Discutir os resultados da avaliação do estado de uma amostra metálica retirada de uma panela de
aciaria após sofrer os efeitos do processamento metalúrgico em relação ao seu estado de projeto,
conforme a norma do aço, realizando a comparação entre os dois estados e discutindo os possíveis
fenômenos que foram responsáveis pelas alterações na composição química, macrografia,
micrografia e consequentemente, nas propriedades mecânicas do equipamento.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Introdução
2. Revisão Bibliográfica
2.1. A Panela no Processo de Produção do Aço
2.1.1. Propriedades da Panela
2.1.2. Ciclo com carregamento de Aço
2.1.3. Ciclo sem carregamento de Aço
2.2.Ensaios mecânicos
2.2.1. Ensaio de Tração
2.2.2. Ensaio de Dureza Vickers
2.2.Análise Metalográfica
2.3.Conclusão
3. Metodologia
4. Resultados e Discussão
5. Conclusões
6. Referências Bibliográficas
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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
forçando o aço bruto a passar por uma abertura superior da panela, com escoamento por gravidade.
Após seu carregamento, a panela é transportada até uma estação onde é acoplada a um sistema de
aquecimento a arco elétrico realizado por eletrodos de grafite ligados à um circuito de potência
elétrica, formando um conjunto chamado “Forno Panela”. Neste local, é admitida cargas de calor
para compensação das perdas térmicas durante o processo de transporte e vazamento do aço da
panela, realizando a manutenção da temperatura do metal aos níveis desejados. É nessa etapa onde
há o acerto da composição química do aço, realizando as adições de aço liga a temperaturas e níveis
de agitação adequados para a correta homogeneização do material, incluindo os processos de
desoxidação, descarburação, desfosforação, dessulfuração e desgaseificação, que são realizados
adicionando compostos que reagirão com os elementos indesejados na composição do metal,
formando uma escória, normalmente, composta de óxidos.
A formação de escória no processo de refino secundário no Forno Panela é de extrema importância
devido ao permanente equilíbrio químico entre a escória e os compostos presentes no aço líquido e
suas inclusões, podendo ter o sentido de deslocamento de reações a favor da remoção dos elementos
indesejados do aço ou para sua formação, dependendo das condições de controle do processo.
A principal relação de equilíbrio químico que rege a relação do aço e da escória pode ser vista a
seguir:
Fe + O = FeO (2.1)
Se trata da relação entre o oxigênio dissolvido no aço líquido e a presença de óxido de ferro
presente na escória, na qual há o favorecimento da dissolução de oxigênio no material caso haja
grande quantidade de FeO na escória e vice versa. Essa relação dá origem à necessidade de
minimização da presença de óxidos não estáveis, que favorecem o deslocamento da equação para a
esquerda, tais como MnO, SiO2 e Cr3O4, e a utilização de outros elementos formadores de óxidos
estáveis, que promovem reações desoxidantes preferenciais, otimizando e garantindo uma melhor
remoção de oxigênio dissolvido na liga líquida, podendo ser citado alguns exemplos como:
Ca + O = CaO (2.2)
Mg + O = MgO (2.3)
2Al + 3O = Al2O3 (2.4)
C + O = CO (gás) (2.5)
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E para a dessulfuração:
A presença de CaO na escória é um fator para a fixação do P 2O5 no processo de desfosforação, bem
como um dos compostos essenciais utilizados nas reações de dessulfuração citadas anteriormente. É
notável a forte interdependência dos compostos químicos presentes nos processos de refino
secundário.
Ao fim do processo, é melhor e mais comum, o aço líquido ser vazado por meio de uma abertura
controlada no fundo da panela, normalmente é utilizado o acionamento de válvulas gavetas, em uma
máquina de lingotamento contínuo, onde acontecerá a solidificação controlada do material no
formato desejado para a comercialização.
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2.3. Conclusão
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Foram removidas amostras da panela de aciaria e encaminhadas para análise laboratorial, onde
foram submetidas a uma série de avaliações, entre elas estão: Inspeção visual com registro
fotográfico, Análise por microscopia ótica para avaliação da microestrutura do componente e grau
de degradação devido à fluência, Ensaio de dureza do componente na superfície externa e interna da
amostra bem como na seção transversal, Análise de composição química, Ensaio de tração das
amostras 1, 2 e 4 e Medição de espessura. Todos os resultados serão consolidados em um relatório
técnico emitido pelo laboratório com todos os certificados das avaliações submetidas.
Utilizando o conhecimento disponível em bibliografias amplamente difundidas no meio acadêmico,
será realizado um apanhado de informações por meio de leituras que serão utilizadas para a
compreensão e discussão no campo da metalografia e ciência dos materiais, com o objetivo de
discutir os efeitos sofrido pela amostra do aço da panela à exposição às condições externas durante
um processo de fabricação de aço.
Fonte: o autor.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[3] COELHO, B. Referência bibliográfica nas Normas ABNT: como fazer em seu trabalho.
Disponível em: <https://blog.mettzer.com/referencias-bibliograficas-normas-abnt/>. Acesso em: 23
out. 2023.
[4] DEDAVID, Berenice Anina; GOMES, Carmem Isse; MACHADO, Giovanna. Microscopia
eletrônica de varredura: aplicações e preparação de amostras: materiais poliméricos, metálicos e
semicondutores. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007.
[6] LOPES, Hilton Luís Pereira. Modelo para Previsão da Condição Térmica de Panelas de Aciaria.
97p. Dissertação de Mestrado. Curso de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica e de Minas.
Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte. 2005.
[7] LTDA, T. E. E C. Target Normas: ABNT NBR 10237 NBR10237 Materiais refratários.
Disponível em: <https://www.normas.com.br/visualizar/abnt-nbr-nm/177/nbr10237-materiais-
refratarios-classificacao>. Acesso em: 23 out. 2023.
[8] MOURÃO, Marcelo (coord.). Introdução a siderurgia. São Paulo: Associação Brasileira de
Metalurgia e Materiais, 2007.
[9] PINTO JUNIOR, Dário Moreira; SHITSUKA, Dorlivete Moreira; SHITSUKA, Ricardo;
COSTA, Welington Leôncio. Tecnologia Siderúrgica. Belo Horizonte: Poisson, 2018.
[10] ROHDE, Regis Almir. Metalografia Preparação de Amostras: Uma abordagem pratica.
Versão-3.0. Apostila de Laboratório de Ensaios Mecânicos e Materiais. 2010.
[11] SILVA, André Luiz; MEI, Paulo Roberto. Aços e ligas especiais.2ª Edição. Blucher.2010.
[12] VALO, Alan Rafael Menezes. Tratamento térmico. Belém: IFPA; Santa Maria: UFSM, 2011.
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