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ASSENTAMENTO DE EXU

Todos os que conhecem a Umbanda e os demais cultos afros brasileiros sabem que, antes
de qualquer trabalho ser iniciado, é preciso ir até a tronqueira ou casa de Exu e firmá-lo,
para que ele possa atuar por fora do espaço espiritual do templo, protegendo-o das
investidas de hordas de espíritos “caídos” que estão atuando contra as pessoas que buscam
auxílio espiritual e religioso que possa livrá-las dessas perseguições terríveis.

Para que um trabalho transcorra em paz, harmonia e equilíbrio, e para que os guias
espirituais possam atuar em benefício das pessoas e trabalhar os seus problemas, é preciso
que a tronqueira esteja firmada, porque assim, ativada, ela é um portal para o vazio relativo
regido pelo senhor Exu guardião ligado ao Orixá de frente do médium dirigente do templo.

Um Exu guardião é assentado na tron¬queira e vários outros são “firmados” dentro dela,
sendo que estes estão ligados a outros senhores Exus guardiões de reinos e de domínios
regidos por outros Orixás.

Um só Exu guardião é assentado, e todos os outros são só “firmados” na tronqueira, pois, se


dois forem assentados na mesma, a ação de um interferirá na ação do outro.

Assentar o Exu e a Pombagira guardiã no mesmo cômodo ou “casa de esquerda” é


aceitável, porque o campo de ação dele se abre no “lado de fora” e o campo dela abre-se
para dentro do “lado de dentro” do templo, criando polarização com o campo do Exu
guardião.

. O campo do Exu guardião é o vazio relativo que se abre no lado de fora do espaço
espiritual interno do templo.

. O campo da Pombagira guardiã é o “abismo” que se abre para “dentro”, a partir do espaço
espiritual interno do templo.

. Um se abre para fora, repetindo o mistério das realidades, e o outro se abre para dentro,
repetindo o mistério das dimensões.

. Exu retira do “espa¬ço infinito” tudo e todos que estiverem gerando desequilíbrio ou
causando desarmonia.

. Pombagira recolhe ao âmago do espaço in¬finito tudo e todos que o estiverem


desarmonizando.

São duas formas pare¬cidas de atuação, mas Exu retira, e Pombagira interioriza.

Exu e Pombagira são indispensáveis aos trabalhos espirituais, porque junto com os
consulentes vêm todas as suas cargas energéticas e vibratórias negativas; suas cargas
espirituais e elementais, que sobrecarregam o espaço espiritual interno, devem ter essas
duas “válvulas” de escape funcionando em perfeita sintonia e sincronizadas com todo o
trabalho que está sendo realizado pelos guias espirituais.

Se essas “válvulas” estiverem funcionando bem, o trabalho realizado não sobrecarregará os


guias espirituais que trabalharam pelas pessoas. Porém se não funcionarem corretamente,
eles terão que recolher todas as sobrecargas e irem descarregando-as lentamente nos
pontos de forças da natureza, mas à custa de muitos esforços.

Portanto, com isso entendido, esperamos que os umbandistas entendam o porquê de


terem que firmar seu Exu e sua Pombagira antes de abrirem seus trabalhos espirituais.

Exu e Pombagira geram muitos fatores e executam muitas funções na Criação e, em


algumas dessas funções, formam linhas de trabalhos espirituais.

Só pelas suas funções aqui já descritas, tornam-se indispensáveis à paz, à harmonia e ao


equilíbrio dos trabalhos espirituais realizados pelos médiuns umbandistas, tanto os
realizados dentro dos centros quanto os realizados fora dele.

E mesmo as entidades negativas que tiverem de ser transportadas para que recolham suas
projeções negativas virão de forma ordenada e equilibrada, não causando nenhum
problema durante o trabalho.

O ato de “firmar” a esquerda é indispensável para que bons trabalhos sempre sejam
realizados, tanto em benefício próprio quanto dos nossos semelhantes.

Todos os assentamentos de Exu possuem elementos ligados às suas atividades.

São confeccionados de diversas formas.

Podem possuir: metais, como ouro, prata, cobre, zinco, ferro, níquel e estanho; tridentes,
lanças, moedas, búzios...

Mas, como em um trabalho espiritual vêm pessoas com poderosas cargas negativas, é
preciso que exista no plano material pontos de descarga que possam absorvê-las e enviá-las
de volta às faixas vibratórias negativas. Esta é uma das muitas funções de um assentamento
de força e de poderes.

TRONQUEIRA

Local onde se assentam as vibrações residuais do bem, ou seja, os Exus. A tronqueira deve
ser assentada do lado esquerdo da entrada do terreiro. Ela representa a segurança, a
retaguarda que as entidades nos oferecem. É para a tronqueira que os fluidos negativos são
atraídos e, dali, dispersados para as profundezas da terra (como se fosse um fio terra). .

Na tronqueira devem ser assentados os Exús e Pomba Giras do Zelador e dos demais
médiuns que se desenvolverem no terreiro e chegarem à feitura (nas casas em que houver
estes ritos).

Devemos saudá-los, de forma respeitosa quando adentramos nos templos. Qualquer um


pode se servir do poder desses guardiães, acenda uma vela e peça proteção e auxílio e
receberá. Eles estão a serviço do Bem, da Lei Maior.

No Templo Quimbanda realizamos a firmeza na tronqueira sempre nas sexta-feira que é o


dia de maior circulação de energia dentro da casa, o que não quer dizer que seja proibido
aceder nos demais dias.

Toda a casa pode ter um tronqueira sem mesmo o dono dela seja mediun esse é um
procedimento normal que todos podem invocar a qualquer hora ou dia , tomando sempre
algumas precauções que mantem o ambiente livre de larvas astrais e quiumbas (espíritos
sem luz)

Como se faz uma tronqueira, existem muitas formas bonitas de fazer, mas como somos e
pregamos a humildade a mais comum são apenas alguns blocos e uma telha ou qualquer
coisa que não seja inflamável para cobrir a casinha dos exus vamos falar assim.

não é necessário ponto de ferro ou ferramenta firmada e nem imagens essa foto é
meramente ilustrativa e para que tenhamos uma idéia da simplicidade agora passaremos a
forma de preparação após a estrutura esteja pronta.

Obs:.

A) a mesma deve ficar a esquerda de quem entra a casa do médium ou pessoa que a
construiu em caso não seja possível ele será feita do lado que for mais apropriado a frente
da casa pode ser tampada se assim o desejar.

B) Em caso de apartamento podemos firmar exclusivamente na quartinha sem a


necessidade de fazer a casinha daí segue os passos correspondentes.

1º) a mesma deve esta totalmente limpa de qualquer resíduo;

2º) antes de iniciar as firmezas deve-se fazer um uma limpeza com folha de manga,
mamona, pimenta ou espada da mesma forma que é feito o banho de uso mediúnico só
que despejado na casa para que retire se ainda houver alguma energia retida;

3º) deve se após estar seca ser firmado o ponto de Exu dentro da casinha com Pemba
Vermelha ou Branca não se deve utilizar de maneira nenhuma a Pemba Preta em cultos de
Umbanda, caso você ainda não tenha o Ponto ou você não seja Médium você deve utilizar o
ponto cabalístico abaixo que representa a Energia Originaria da linha dos Exus.
o garfo representa a Cruz de Cristo com os Braços voltados pra cima implorando o perdão
de Zambi (Deus), a reta cruzando o garfo representa a ligação que ele tem direta com o
Elemento Terra linha dos Mortos ou Desencarnados, essa linha curva cruzando o garfo
representa a manifestação entre o Bem e o Mau dependendo da forma que você os
invocou, representa também que mesmo sendo seu guardião o mesmo braço que te escora
e te levanta pode te botar pra baixo ou te derrubar isso só depende de uma coisa a sua
consciência.

4º) você em seguida acende uma vela vermelha em cima do ponto para Ogum pedindo que
ele sendo também chefe da linha da esquerda sempre guarde os protetores daquela
firmeza junto com a velas que você pretende acender caso não saiba ainda o que deve
acender você pode fazer da seguinte maneira duas velas vermelhas e um preta sempre a de
Ogum acima e as demais abaixo formando uma seqüência:

a) a primeira representa seu Exu Guardião seu escora;

b) a segunda representa sua Pomba Gira sua alto estima seu bem querer;

c) a terceira representa seu Exu Mirim o seu sentimento interior que as vezes está
repreendido porem ele esta lá.

5º) a bebida deve ser colocada em uma quartinha de barro respeitando a seguinte ordem

a) quartinha com aba só pode ser usada para Pomba Gira;

b) quartinha sem aba é pra ser colocado a bebida do exu e exu mirim, porem você tambem
pode colocar também a bebida da Pomba Gira.

6º) o charuto ou cigarro você pode colocar de pé quando der;

7º) você pode fazer caso queira a obrigação de esquerda mensal respeitando que após 7
dias a obrigação deve ser retirada do local e feito a limpeza novamente.

Assentamentos da Umbanda

Amigos a postagem de hoje é muito ampla pois a bebida alcoólica é muito utilizada em
vários templos e para várias finalidade, hoje quero falar do uso da bebida alcoólica nos
assentamentos.
Primeiramente assentamento é um agrado feito aos Orixás ou entidades para determinado
fim, alguns terreiros chamam de obrigação ou oferenda. Qualquer assentamento deve
respeitar aquilo que a entidade ou o Orixá usa ou gosta,isto é, ferramentas que o Orixá
utilizará para determinado fim.

Para o pleno sucesso do assentamento devemos manipular os quatro elementos principais:


Água, Fogo, Terra e Ar. Por exemplo:

Num assentamento para o Caboclo X assentamos normalmente frutas, o sumo da fruta já é


a Água contida no assentamento, o fogo pode ser as velas, o ar pode ser usado um incenso
e a terra é onde foi assentada a oferenda, não podemos esquecer que na maioria dos
assentamentos aos Caboclos utilizamos o vinho. Mas para que serve o vinho?

Conhecemos os quatro elementos, mas existe um outro elemento que chama-se éter, o
éter aqui falado nada mais é que o agente movimentador, o manipulador da mesa
assentada pode ser ele a fé ou o amor, ou até na magia negra o ódio. A bebida alcoólica
serve como ponte de ligação do éter é ela que faz a movimentação da mesa, note que
difícilmente se tem um assentamento sem a bebida alcoólica ouso até dizer que seria
impossível um assentamento não ter o uso da bebida, salvo o caso das almas onde a bebida
ofertada na maioria das casas é a água e das crianças que é o guaraná. segue abaixo
algumas bebidas utilizadas frequentemente nos assentamentos e suas ligações.

Água-> utilizada para as almas e para Oxalá

Vinho Tinto Seco-> Caboclos e Oxossí

Vinho Tinto Suave-> Pretos-Velhos* e Xangô

Cerveja Clara->Boiadeiros* e Ogum

Vinho Licoroso-> Obaluaye

Licor-> Mamãe Oxum

Champagne Branca-> Iemanjá

Guaraná-> São Cosme e Damião e Crianças

Pinga (marafo) -> Baianos*

Batidas-> Baianos*

Água de coco-> Baianos*, alguns Caboclos e algumas crianças.

Conhaque-> Marinheiros*

Run-> Marinheiros*
Wisky-> Exus*

Champagne Rosê (vermelha)-> Pomba-Gira*

Café-> Pretos-Velhos*

* Dependendo da linha da entidade varia.

Assentamento de Orixá, Igba orixá, assentamentos de todos orixás no candomblé.


Assentamentos dos orixás mais importantes.

Igba ogun ou assentamento de ogum como é chamado popularmente pelo povo de santo,
são construídos de várias formas, seguindo o mesmo princípio. As vezes são vistos em
panela de ferro, alguidá, panela de barro, ou recipientes de metal como cobre,alumínio e
bronze, todavia sempre com artefatos do metal ferro,(martelo, foice, espada, torquês, pá,
picareta, facão), no mínimo de sete ferramentas e no máximo de vinte e uma. Justificado a
mitologia Yoruba como o orixá ferreiro, senhor dos metais, caminhos e da agricultura.

Na preparação de qualquer assentamento de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e


água sagrada são imprescindíveis. Determinados assentamentos de ogum são preparados
da mesma forma do Igba exu, embora o ato de sacralização seja diferente.

Nota: Todos assentamentos igba orixá , devem ser preparados e sacralizados em rituais
próprios por Babalorixas ou Iyalorixas.

Igba oxosse ou assentamento de oxosse como é chamado popularmente pelo povo de


santo, são construídos de duas formas, todavia as duas formas são semelhantes no que se
refere a um artefato de ferro em forma de arco e flecha denominado de ofá e um otá de cor
escura.

Diferença

O ofá é fixado numa haste do mesmo metal, com base arredondada para que o conjunto
possa ficar em pé dentro de uma alguidá ou qualquer outro recipiente de barro. A grande
diferença é que alguns assentamentos são confeccionados com uma mistura especial de
argamassa, contendo vários elementos do reino animal, vegetal e mineral como folha
sagrada, oguê, iruexin, rabo de tatu, chifre de veado e o ofá fixado nesta mistura sagrada.

Igba ossaim, assentamento de osain ou agué, como é chamado popularmente pela cultura
Jeje-Nago, são construídos com recipientes de barro como alguidá, quartinha, talha etc.

Confecção

Sobreposto em um alguidá um vasso de barro ou talha de duas ou três alças, são dispostos
vários apetrechos, são encontrados vários tipos de búzios, moedas antigas de prata, cobre e
níquel, vários tipos de sementes como aridan olho de boi, lelecun, bejerecum, aribé, obi,
atarê orobô, miniatura de cachimbo em quantidade de quatorze (14) confirmando sua
ligação com os odus iká e uma argamassa com variado tipo de folha sagrada, em especial
sete plantas chamadas gervão,akoko, Irokò, Kunkundukunku, Ewê lará, peregun, Iji opé.
Nesta mistura perfeita fixa um Oposayin "ferramenta de ossaim" (uma haste central com
um pássaro na ponta construído de ferro, do meio dessa haste saem sete pontas, onde são
colocados os cachimbos, em baixo o sagrado apetrecho mais importante de todos os orixas,
o otá.

Geralmente uma talha ou um pote bem grande contendo no mínimo quatorze (14) tipos de
folha sagrada e uma pequena cabaça cheia de fumo de corda, serve de suporte para este
precioso igba orixa.

Igba obaluaye ou assentamento de obaluaye como é chamado popularmente pelo povo de


santo, são construídos com dois recipientes de barros de formas arredondadas, na parte
inferior um alguidá e na parte superior um cuscuzeiro, simbolizando o planeta terra, em
alusão ao seu nome, Oba (rei), Olu (senhor), Aye (mundo ou Planeta terra), "Beniste Orum
Aye".

Confecção

Dentro do alguidá são dispostos vários apetrechos, dependendo da qualidade deste


misterioso e complexo orixá. São encontrados vários tipos de búzios, pérola de agua doce e
salgada, moedas antigas de prata, vários tipos de sementes como aridan e olho de boi,
miniatura de xaxará e uma argamassa com variado tipo de folha sagrada, em especial uma
planta chamada gervão, onde é fixado uma pena de ekodidé e o sagrado apetrcho mais
importate de todos os orixas, o otá.

A parte superior é um cuscuzeiro de barro com sete orificios, onde são depositadas
cuidadosamente as sete lanças chamadas de Ichã, ornado com grande quantidade de búzio
(religião) e marfim. Não necessáriamente das presas do elefante, sabendo-se que toda a
parte compacta e branca que constitui a maior parte dos dentes dos mamíferos são marfins.

Igba xango ou assentamento de xango como é chamado popularmente pelo povo de santo,
são construídos com recipientes de madeira denominado de gamela, podendo ser de
formato arredondadas ou ovaladas. São utilizadas três tipos de árvores diferentes em sua
construção, conhecida no Brasil como jenipapeiro, jaqueira e umbaúba.

Confecção

Dentro da gamela principal tem dispostos vários apetrechos, podemos encontrar várias
moedas de cobre, pulseiras e pequenos machados do mesmo metal, três tipos de sementes
são indispensáveis, são elas aribés, orobôs e aridans em quantidade de 6 em acordo com o
odu obara ou 12 ejilaxebora. Um apetrecho especial, bem peculiar a este grande orixá é o
meteorito, podendo ser aerólito, astrólito, meteorólito, uranólito, pedra-de-raio. Todavia,
muitas pedras (itá) consagrada ao orixá xango tem formato de machado, em particular uma
pedras do período neolítico, utilizadas como utensílios pelos humanos na pré-história fazem
parte do igba orixá, também chamada de Aráodu.

Igba oxumare, assentamento de oxumare, dan, dangbe, e becem como é chamado


popularmente pela cultura Jeje-Nago, são construídos com recipientes de barro como
alguidá, cuscuzeiro, quartinha, talha etc.

Confecção

Dentro de um alguidá ou cuscuzeiro "de pé", são dispostos vários apetrechos, dependendo
da qualidade deste misterioso e complexo orixá. São encontrados vários tipos de búzios,
pérola de agua doce e salgada, moedas antigas de prata, vários tipos de sementes como
aridan olho de boi, orobô, miniatura de serpente em quantidade de quatorze (14)
confirmando sua ligação com os odus iká e uma argamassa com variado tipo de folha
sagrada, em especial duas plantas chamadas gervão e Kunkundukunku, onde é fixado um
caduceu e o sagrado apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá.

Geralmente uma talha ou um pote bem grande é ornada com grande quantidade de
conchas e búzios, contendo o líquido mais precioso do universo denominado de Omim
preferencialmente de chuva, serve de suporte para este precioso igba orixa.

Igba oxun ou assentamento de oxum como é chamado popularmente pelo povo de santo,
são construídos com materiais de porcelana ou louça de cores variada, mas sempre com
detalhes na cor amarela e dourada, simbolizando sua ligação e domínio com a gema do ovo.
Geralmente no centro da terrina sai uma haste com um abebé ou um peixe dourado na
ponta, construído de metal amarelo, chamado de ferramenta de oxum.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana ou louça são dispostos vários apetrechos, são
encontrados uma média de oito (8) ou dezeseis (16) búzios, cinco (5) pequenas bolas de
ouro e cobre, obis, moedas de cobre e ouro, confirmando sua ligação com o odu Ôxê, e o
sagrado apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá, tudo isso conservado com
manteiga de karité chamado de ori ou limo da costa, azeite doce em algus tipos de oxum
azeite de dendê e mel de abelha.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre dois (2) pratos
que servirá de apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais
e pontos colaterais, ornados com búzios de praia, colares de ouro, colheres douradas e
muitas jóias a depender da posse do iniciado. Tudo colocado cuidadosamente sobre uma
talha de barro ou porcelana cheia de água, geralmente com muito perfume, chamada pelo
povo de santo de água de cheiro .

Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais
próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os
rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são iIgba yemanja ou assentamento de
yemanja como é chamado popularmente pelo povo de santo, são construídos com
materiais de porcelana, louça ou cristal, geralmente na cor branca, mas podendo ser de
cores variadas dependendo da qualidade.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana, louça ou cristal são dispostos vários apetrechos, são
encontrados uma média de nove (9) ou dezeseis (16): búzio, pérola de agua doce e salgada,
obis, fava de yemanja aridan moedas de prata, confirmando sua ligação com o odu ossá, e o
sagrado apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá, tudo isso conservado com
azeite doce, manteiga de karité chamado de ori ou limo da costa e mel de abelha.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre dois (2) pratos
que servirá de apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais
e pontos colaterais, ornados com conchas e vários cristais que termina em pirâmides de seis
lados e conservados em água dentro do vaso do mesmo material.

Igba Oya ou assentamento de iansan como é chamado popularmente pelo povo de santo,
são construídos com materiais de porcelana ou louça de cores variada, mas sempre com
detalhes na cor vermelha ou marron, simbolizando sua ligação com o fogo. Geralmente no
centro da terrina sai uma haste com uma espada na ponta, construído de metal acobriado,
chamado de ferramenta de Oya.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana ou louça são dispostos vários apetrechos, são
encontrados uma média de nove (9) ou dezesseis (16) búzios, nove (9) ou sete (7) pequenas
bolas de ouro e cobre, obis, moedas de cobre e ouro, confirmando sua ligação com o odu
ossá e odi, e o sagrado apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá, tudo isso
conservado com azeite de dendê, mel de abelha e azeite doce.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre um (1) prato que
servirá de apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e
pontos colaterais, ornados com dois (2) ogues, dois (2) erukeres e nove (9) idés de cobre ou
de ouro a depender da posse do iniciado. Tudo colocado cuidadosamente sobre uma talha
de barro ou porcelana cheia de água, geralmente de chuva ou de rio.

Peculiaridade no igba de oya igbale

Assentos de Oya ygbale no Candomblé.Dentro de uma terrina de porcelana ou louça


exclusivamente na cor branca ou branca e prateada são dispostos vários apetrechos, são
encontrados uma média de nove (9) a onze (11) búzios, nove (9) ou onze (11) pequenas
bolas de ouro branco e prata, obis, moedas de prata e ouro branco, confirmando sua
ligação com o odu ossá e owarin, e o sagrado apetrecho mais importante de todos os
orixas, o otá, tudo isso conservado com mel de abelha, azeite doce e manteiga de karité
chamado de ori ou limo da costa.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre um (2) prato que
servirá de apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais e
pontos colaterais, ornados com dois (2) ogues, dois (2) erukeres, onze (11) idés de prata ou
de ouro branco, nove (9) ichãs e uma grande cabaça, que será utilizada nos rituais fúnebres
denominado de axexe. Tudo colocado cuidadosamente sobre uma talha de barro ou
porcelana cheia de areia ou terra, simbolizando sua ligação com mensan orum e os
ancestrais (eguns).
Nota: Todos assentamentos "igba orixá", devem ser preparados e sacralizados em rituais
próprios por Babalorixas ou Iyalorixas. Na preparação de qualquer assentamento de orixá os
rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Igba yemanja ou assentamento de yemanja como é chamado popularmente pelo povo de


santo, são construídos com materiais de porcelana, louça ou cristal, geralmente na cor
branca, mas podendo ser de cores variadas dependendo da qualidade.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana, louça ou cristal são dispostos vários apetrechos, são
encontrados uma média de nove (9) ou dezeseis (16): búzio, pérola de agua doce e salgada,
obis, fava de yemanja aridan moedas de prata, confirmando sua ligação com o odu ossá, e o
sagrado apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá, tudo isso conservado com
azeite doce, manteiga de karité chamado de ori ou limo da costa e mel de abelha.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre dois (2) pratos
que servirá de apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais
e pontos colaterais, ornados com conchas e vários cristais que termina em pirâmides de seis
lados e conservados em água dentro do vaso do mesmo material.

Igba nanã ou assentamento de nanã como é chamado popularmente pelo povo de santo na
cultura Nagô-Vodun, são construídos com dois recipientes diferentes, barros e porcelana.

Confecção

Dentro de terrina de porcelana ou de barro, são dispostos vários apetrechos, dependendo


da qualidade deste misterioso e complexo orixá. São encontrados vários tipos de búzios,
pérola de agua doce e salgada, pulseiras de marfim, (sabendo-se que nenhum objeto de
metal pode compor este sagrado Igba orixa, pois é considerado ewo), búzio, vários tipos de
sementes como aridan, orobô, obi e olho de boi, miniatura de ibiri e uma argamassa com
variado tipo de folha sagrada, em especial uma planta chamada gervão, onde é fixado uma
pena de ekodidé, juntamente com um montículo de efun e o sagrado apetrecho mais
importante de todos os orixas, o otá.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre cinco (5) pratos
que servirá de apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais
e pontos colaterais, (confirmando sua ligação com o odu ejilobon, ornados com cascos de
Igbin utilizados nos sacrifícios, conchas e objetos de marfim.

A parte superior é coberta com um cuscuzeiro de barro com sete orifícios, onde são
depositadas cuidadosamente as sete colheres de pau, simbolizando o ibiri, ornado com
grande quantidade de búzio e marfim. Não necessáriamente das presas do elefante,
sabendo-se que toda a parte compacta e branca que constitui a maior parte dos dentes dos
mamíferos são marfins.

Igba oxaguian ou assentamento de oxaguian como é chamado popularmente pelo povo de


santo, são construídos com materiais de porcelana ou louça na cor branca, bem parecido
com o Igba oxalufan, diferenciando-se por determinados apetrechos. Geralmente com um
agadá "espada", escudo, mão de pilão e pombos, todos contruidos de prata, chumbo ou
estanho preso na tampa que cobre uma terrina onde são guardados os objetos mais
valiosos deste orixá.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana ou louça branca são dispostos vários apetrechos, são
encontrados uma média de oito (8) ou dezeseis (16): búzios, pequenas bolas de chumbo,
obis, moedas de prata, confirmando sua ligação com os odus ejionile, e o sagrado apetrecho
mais importante de todos os orixas, o otá, tudo isso conservado com manteiga de karité
chamado de ori ou limo da costa, azeite doce e mel de abelha.

A terrina é colocada no centro de uma bacia, também de porcelana, sobre dois (2) pratos
que servirá de apoio e mais oito devidamente equilibrados simbolizando os pontos cardeais
e pontos colaterais, ornados com cascos de Igbin utilizados nos sacrifícios e objetos de
marfim, colocada cuidadosamente sobre um Pilão.

Igba oxalufan, assentamento de oxalufan ou oxalá como é chamado popularmente pelo


povo de santo, são construídos com materiais de porcelana ou louça na cor branca,
geralmente com um opaxoro preso na tampa que cobre uma terrina onde são guardados os
objetos mais valiosos.

Confecção

Dentro de uma terrina de porcelana ou louça branca são dispostos vários apetrechos, são
encontrados uma média de dez (10) ou dezeseis (16): búzios, pequenas bolas de chumbo,
obis, moedas de prata, confirmando sua ligação com os odus ôfun e êjibé, e o sagrado
apetrecho mais importante de todos os orixas, o otá, tudo isso conservado com manteiga
de karité chamado de ori ou limo da costa. A terrina é colocada no centro de uma bacia,
também de porcelana, sobre dois (2) pratos que servirá de apoio e mais oito devidamente
equilibrados simbolizando os pontos cardeais e pontos colaterais, ornados com cascos de
Igbin utilizados nos sacrifícios e objetos de marfim.

Igba ori, ou ibá ori o é o nome do assentamento sagrado da cabeça de um individuo na


cultura nago vodun, identificado no jogo do merindilogun pelos odu ossá.

Cada igba ori é uma representação material e imaterial de um individuo, captando


constantemente energias oriundo da natureza para equilibrar a mente do seu adeptos e
crentes. É considerado o primeiro orixá da existência (a essência real do ser). Deve ser
assentado e louvado antes de qualquer outro Orixá depois de exu no ritual de Bori, pois só
ori permite a compreensão e o transe.

O assentamentos de ori são sempre visto em recipientes de: Porcelana (Variedade de


cerâmica dura, branca e translúcida), usado principalmente por iniciantes na feitura de
santo. Vaso de cristal (Vidro muito límpido e puro), usado por Babalorixás, Iyalorixás e
pessoas de cargo.
Dentro dos recipientes são colocados apetrechos e fetiches inerente a cada Ori (Yoruba),
geralmente uma pedra de cristal de rocha com limpidez e transparência, e dezesseis búzios,
tudo conservado em água de chuva ou mineral. Na preparação de qualquer assentamento
de orixá os rituais da sasanha, folha sagrada e água sagrada são imprescindíveis.

Nota: Todos assentamentos (igba orixá), devem ser preparados e sacralizados em rituais
próprios por Babalorixas ou Iyalorixas.

O BORI é o ritual que harmoniza o ORI, dando assim a possibilidade de

transformar um " ORI BURUKU" em "ORI RERE".

È através do Jogo de Búzios que o Babaloorisá recebe as instruções para

realizar este ato (BORI) ritualístico que possibilitará não só a mudança da

sorte como também a manutenção da mesma, para que não se a perca.

É o BORI que diminui a ansiedade, o medo, a dor e a tristeza trazendo a

esperança, alegria e a harmonia.

Desta forma, o BORI é uma das oferendas mais importantes que visa o bem

estar individual no Candomblé.

O Ritual de Bori é muito sério, complexo e profundo. Por isso, o sacerdote

deve ter grande conhecimento e respeito em relação à questão do Ori e da

evolução humana. Ori é o Orisá mais importante na vida de um homem, uma vez

que, sem ele, o homem simplesmente não existiria. Ori significa,

literalmente, cabeça e é, misticamente, o primeiro Orisá a ser cultuado. É

ele o portador do destino humano.

O Ritual de Bori independe de qualquer processo iniciático e independe do

culto aos outros Orisás.(variando assim de casa para casa,mas,sem fuigir da

finalidade em si) Seu objetivo é o de alimentar o Ori, seja qual for o sexo,

raça, profissão, idade, nível social da pessoa. Com este ritual busca-se o

equilíbrio através da ação do Ori, condutor do destino pessoal. Muitas vezes

se realiza um Ritual de Bori com o objetivo de afastar o mal do caminho da

pessoa, o que não significa que, retirada esta ameaça nenhum outro mal possa
ocorrer. Assim sendo, o Ritual de Bori não tem "prazo de validade", não tem

freqüência determinada (anual, semestral, mensal, etc.), devendo ser

repetido sempre que se mostre necessário.

O Odu manifestado através do" jogo" é que determina a necessidade de

realização do Bori e indica quais materiais devem ser usados. Há dois tipos

de Bori:

Aquele que é considerado pré-requisito para uma iniciação, ou seja,

primeiramente se alimenta o Ori, divindade pessoal, para a seguir alimentar

outros Orixás.

2) Aquele realizado a fim de buscar a solução de um problema que aflige a

pessoa através do alimento oferecido ao seu Ori, sem que haja necessidade de

iniciação.

O local mais apropriado para realização deste Ritual é a casa do sacerdote.

Este deve Ter bom senso quanto a necessidade de recolhimento. Se o Bori for

acompanhado de Eje, é recomendável o recolhimento como meio de repouso e

proteção, pois o Ori que está sendo venerado não deve receber energia do sol

nem do sereno. O recolhimento evita, ainda, que a "sombra daquele que passou

pelo Bori seja pisada."

O sacerdote deve saber que durante este Ritual a pessoa somente poderá

entrar em transe no momento que seu Orisá for louvado. Deve conhecer a

finalidade e o significado de cada material que usa. Omi e Obi, por exemplo,

são elementos indispensáveis no BORI. Omi, a água, representa paz,

abundância e fertilidade enquanto o Obi é usado para aplacar a fúria das

adversidades, alimentar e agradar as divindades.

O jogo DE Búzios determinará, através de Odu, que material deve ser usado no

Bori e este material poderá ser desde apenas um copo d’água e um Obi até uma

oferenda bem grande.


ORI RERE = ORI de sorte = Cabeça de sorte, cabeça iluminada

ORI BURUKU = ORI sem sorte = Cabeça sem sorte, confusa, insegura…

ORI INU = "Cabeça Interna"

É o ORI NU que gerencia a cabeça física do homem.

É o oriSá mais importante do ser humano, pois ele é ÚNICO, cada pessoa tem o

seu.

É Ele quem conhece e está ligado ao destino de cada indivíduo, conhece e

sabe das suas restrições, das suas fragilidades , das suas potencialidades.

É no ORI que se encontra a ferramenta para a solução dos nossos problemas…

Quando estamos em harmonia com ele, superamos os obstáculos mais facilmente

e assim, certamente conectados à positividade interna e à dinâmica perfeita

da natureza, encontramos a vitória e o sucesso na consecução dos nossos

objetivos pessoais….

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