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ISS DE RIBEIRÃO PRETO - SP

SECRETÁRIA DE FAZENDA DA PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO

Fiscal Fazendário

MATERIAL DIGITAL

Conhecimentos em informática
Estatuto do Servidor
Auditoria
Contabilidade Societária
Legislação Tributária Municipal

CÓD: SL-165JN-24
7908433249443
ÍNDICE

Conhecimentos em informática
1. Microsoft Windows 2010 ou versões mais recentes: área de trabalho, área de transferência, ícones, barra de tarefas e ferra-
mentas, comandos e recursos; unidades de armazenamento; conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos; visualização,
exibição e manipulação de arquivos e pastas; uso dos menus, programas e aplicativos; painel de controle; interação com o
conjunto de aplicativos MS-Office 2016 ou versões mais recentes............................................................................................ 5
2. MS-Word 2016: barra de ferramentas, comandos, atalhos e recursos; editoração e processamento de textos; propriedades e
estrutura básica dos documentos; distribuição de conteúdo na página; formatação; cabeçalho e rodapé; tabelas; impressão;
inserção de objetos/imagens; campos predefinidos; envelopes, etiquetas, mala-direta; caixas de texto................................. 26
3. MS-Excel 2016 ou versões mais recentes: barra de ferramentas, comandos, atalhos e recursos; funcionalidades e estrutura
das planilhas; configuração de painéis e células; linhas, colunas, pastas, tabelas e gráficos; formatação; uso de fórmulas,
funções e macros; impressão; inserção de objetos/imagens; campos predefinidos; controle de quebras e numeração de
páginas; validação de dados e obtenção de dados externos; filtragens e classificação de dados.............................................. 35
4. Correio Eletrônico: comandos, atalhos e recursos; uso do correio eletrônico; preparo e envio de mensagens; anexação de
arquivos; modos de exibição; organização de e-mails, gerenciador de contatos....................................................................... 42
5. Internet: barra de ferramentas, comandos, atalhos e recursos dos principais navegadores; navegação e princípios de acesso
à internet; downloads; conceitos de URL, links, sites, vírus, busca e impressão de páginas...................................................... 45

Estatuto do Servidor
1. Regime Jurídico dos Funcionários do Município de Ribeirão Preto. (Lei municipal n° 3.181 de 23/7/1976)............................. 61

Auditoria
1. Auditoria: evolução, conceitos, objetivos, tipos, técnicas.......................................................................................................... 83
2. Auditoria interna......................................................................................................................................................................... 84
3. auditoria independente.............................................................................................................................................................. 84
4. perícia contábil........................................................................................................................................................................... 85
5. Procedimentos............................................................................................................................................................................ 87
6. Testes de auditoria. Testes de observância. Testes substantivos. Testes para subavaliação e testes para superavaliação......... 88
7. Testes para subavaliação e testes para superavaliação............................................................................................................... 90
8. Papéis de trabalho...................................................................................................................................................................... 91
9. Normas de execução dos trabalhos............................................................................................................................................ 95
10. Processo. Planejamento, execução, relatório............................................................................................................................. 96
11. Relevância. Riscos....................................................................................................................................................................... 99
12. Fraudes e erros........................................................................................................................................................................... 102
13. Supervisão e controle de qualidade........................................................................................................................................... 103
14. Estudo e avaliação do sistema contábil e de controles internos................................................................................................. 105
15. Aplicação dos procedimentos. Documentação........................................................................................................................... 105
16. Continuidade normal dos negócios da entidade........................................................................................................................ 106
17. Amostragem estatística.............................................................................................................................................................. 108
18. Processamento eletrônico de dados........................................................................................................................................... 109
19. Estimativas contábeis ................................................................................................................................................................. 110
20. Transações com partes relacionadas. Transações e eventos subsequentes............................................................................... 112
21. Carta de responsabilidade da administração.............................................................................................................................. 116

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ÍNDICE

22. Contingências.............................................................................................................................................................................. 117


23. Pareceres de auditoria................................................................................................................................................................ 118
24. Evidências................................................................................................................................................................................... 120
25. Procedimentos de auditoria em áreas específicas das Demonstrações Contábeis.................................................................... 131
26. Omissão de receitas.................................................................................................................................................................... 132
27. Ativos e passivos ocultos e fictícios............................................................................................................................................. 133
28. Suprimentos de disponibilidades não comprovados.................................................................................................................. 134
29. Auditoria de ativos, passivos, patrimônio líquido e resultados.................................................................................................. 135
30. Princípios fundamentais da ética profissional............................................................................................................................ 136
31. Normas Brasileiras de Contabilidade de Auditoria – NBC TA, NBC TI e NBC PA.......................................................................... 139

Contabilidade Societária
1. Contabilidade. Conceito, objeto, objetivos, campo de atuação e usuários da informação contábil. Princípios......................... 153
2. normas contábeis brasileiras emanadas pelo CFC (Conselho Federal de Contabilidade)........................................................... 155
3. Conceitos, forma de avaliação e evidenciação........................................................................................................................... 157
4. Método das partidas dobradas................................................................................................................................................... 158
5. Componentes do patrimônio: Ativo, passivo e patrimônio líquido - Conceitos, forma de avaliação e evidenciação. Variação
do patrimônio líquido: Receita, despesa, ganhos e perdas........................................................................................................ 159
6. Apuração dos resultados............................................................................................................................................................ 163
7. Sistema de contas e plano de contas.......................................................................................................................................... 166
8. Escrituração contábil: Método das partidas dobradas............................................................................................................... 171
9. Contas patrimoniais e de resultado............................................................................................................................................ 176
10. Lançamentos contábeis.............................................................................................................................................................. 177
11. Estornos...................................................................................................................................................................................... 181
12. Livros contábeis obrigatórios...................................................................................................................................................... 181
13. Documentação contábil.............................................................................................................................................................. 183
14. Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)............................................................................................................................ 183
15. Pronunciamentos emitidos pelo CPC e aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e Resoluções do Conselho
Federal de Contabilidade (NBC TGs)........................................................................................................................................... 184
16. Estrutura conceitual para elaboração das demonstrações contábeis......................................................................................... 186
17. Legislação societária: Lei nº 6.404/1976 e atualizações e legislação complementar................................................................. 187
18. Balanço patrimonial.................................................................................................................................................................... 208
19. Estrutura, forma de evidenciação, critérios de elaboração e principais grupamentos............................................................... 210
20. Demonstração do resultado do exercício: conteúdo e forma de apresentação......................................................................... 211
21. Apuração e procedimentos contábeis para a identificação do resultado do exercício............................................................... 213
22. Custo dos produtos vendidos, dos serviços prestados e sistemas de custeio............................................................................ 214
23. Tratamento contábil e apuração dos resultados dos itens operacionais e não operacionais..................................................... 215
24. Resultado bruto, resultado líquido e resultado abrangente....................................................................................................... 215
25. Demonstração do Resultado Abrangente................................................................................................................................... 216
26. Destinação e distribuição do resultado de exercício................................................................................................................... 217
27. Demonstração das mutações do patrimônio líquido: Conteúdo, itens evidenciáveis e forma de apresentação....................... 218

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ÍNDICE

28. Notas explicativas: Conteúdo, exigências legais de informações e forma de apresentação....................................................... 220
29. Consolidação das Demonstrações Contábeis: Conceitos e objetivos da consolidação, critérios, obrigatoriedade, tratamento
dos resultados não realizados e das participações dos minoritários, procedimentos contábeis para elaboração..................... 220
30. Demonstração do fluxo de caixa: Conceitos, principais componentes, formas de apresentação, critérios e métodos de elabo-
ração e interligação com o conjunto das demonstrações contábeis obrigatórias...................................................................... 223
31. Reorganização e reestruturação de empresas: Processos de incorporação, fusão, cisão e extinção de empresas - Aspectos
contábeis, fiscais e legais da reestruturação social. (Os itens abordados no programa devem estar em conformidade com as
normas atualizadas, exaradas pelo CFC (Conselho Federal de Contabilidade), CVM (Comissão de Valores Mobiliários e Legis-
lação Societária).......................................................................................................................................................................... 224

Legislação Tributária Municipal


1. Lei Municipal nº 2.415 de 21/12/1970 Dispõe Sobre o Sistema Tributário do Município.......................................................... 231
2. Lei Municipal nº 5.430 de 27/3/1989 Institui o Imposto De Transmissão “Inter Vivos” (ITBI)................................................... 314

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CONHECIMENTOS EM
INFORMÁTICA

MICROSOFT WINDOWS 2010 OU VERSÕES MAIS RECENTES: ÁREA DE TRABALHO, ÁREA DE TRANSFERÊNCIA, ÍCONES, BARRA
DE TAREFAS E FERRAMENTAS, COMANDOS E RECURSOS; UNIDADES DE ARMAZENAMENTO; CONCEITO DE PASTAS, DIRE-
TÓRIOS, ARQUIVOS E ATALHOS; VISUALIZAÇÃO, EXIBIÇÃO E MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS; USO DOS MENUS,
PROGRAMAS E APLICATIVOS; PAINEL DE CONTROLE; INTERAÇÃO COM O CONJUNTO DE APLICATIVOS MS-OFFICE 2016
OU VERSÕES MAIS RECENTES

WINDOWS 10

Operações de iniciar, reiniciar, desligar, login, logoff, bloquear e desbloquear

Botão Iniciar
O Botão Iniciar dá acesso aos programas instalados no computador, abrindo o Menu Iniciar que funciona como um centro de comando
do PC.

Menu Iniciar

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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Expandir: botão utilizado para expandir os itens do menu.

Botão Expandir

Conta: apresenta opções para configurar a conta do usuário logado, bloquear ou deslogar. Em Alterar configurações da conta é possível
modificar as informações do usuário, cadastrar contas de e-mail associadas, definir opções de entrada como senha, PIN ou Windows Hello,
além de outras configurações.

Configurações de conta

Ligar/Desligar: a opção “Desligar” serve para desligar o computador completamente. Caso existam programas abertos, o sistema não
os salvará automaticamente, mas perguntará ao usuário se deseja salvá-los.

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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Outras opções são:


a) Reiniciar: reinicia o computador. É útil para finalizar a instalação de aplicativos e atualizações do sistema operacional, mas, com
frequência, não é um processo necessário.
b) Suspender: leva o computador para um estado de economia de energia que permite que o computador volte a funcionar
normalmente após alguns segundos. Todas as tarefas são mantidas, podendo o usuário continuar o trabalho.
Em portáteis, o Windows salva automaticamente todo o trabalho e desliga o computador se a bateria está com muito pouca carga.
Muitos portáteis entram em suspensão quando você fecha a tampa ou pressiona o botão de energia.
c) Hibernar: opção criada para notebooks e pode não está disponível em todos os computadores. É um sistema de economia de
energia que coloca no disco rígido os documentos e programas abertos e desliga o computador. Hibernar usa menos energia do que
Suspender e, quando você reinicializa o computador, mas não volta tão rapidamente quanto a Suspensão ao ponto em que estava.

Além dessas opções, acessando Conta, temos:

d) Sair: o usuário desconecta de sua conta, e todas as suas tarefas são encerradas.
e) Bloquear: bloqueia a conta do usuário, mantendo todas as tarefas em funcionamento.
Para trocar o usuário, basta apertar CTRL + ALT + DEL:

f) Trocar usuário: simplesmente dá a opção de trocar de usuário, sem que o usuário atual faça o logoff. Assim, todas as tarefas são
mantidas em funcionamento, e quando o usuário quiser, basta acessar sua conta para continuar de onde parou.

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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Esquematizando essas opções:

Ligar/Desligar e outras opções.

Área de trabalho, ícones e atalhos

Área de Trabalho
A Área de trabalho (ou desktop) é a principal área exibida na tela quando você liga o computador e faz logon no Windows. É o lugar
que exibe tudo o que é aberto (programas, pastas, arquivos) e que também organiza suas atividades.

Área de Trabalho do Windows 10.


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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Ícones
Um ícone é um pequeno símbolo gráfico, usado geralmente para representar um software ou um atalho para um arquivo específico,
aplicação (software) ou diretório (pasta). Dito de outra forma, é o elemento gráfico que, em sistemas operacionais ou em programas com
interfaces gráficas, representa determinado objeto, operação ou link, sendo geralmente acionável por um clique de mouse.

Atalhos
Um atalho é um link que pode ser criado para um item (como um arquivo, uma pasta ou um programa) no computador. Permite
a execução de uma determinada ação para chamar um programa sem passar pelo caminho original. No Windows, os ícones de atalho
possuem como característica uma seta no canto inferior esquerdo.

Menu iniciar e barra de tarefas

Botão e Menu Iniciar


Depois de ter sido excluído do Windows 8, o recurso faz um retorno glorioso. É o ponto central da experiência com o Windows 10.
Os apps estilo metro ficam abrigados ali. O acesso a qualquer outro programa ou às configurações também tem acesso rápido e fácil.
O seu tamanho (ocupando mais ou menos espaço na tela) é ajustável.

Menu Iniciar.

Pasta
São estruturas que dividem o disco em várias partes de tamanhos variados as quais podem pode armazenar arquivos e outras pastas
(subpastas)1.

1 https://docente.ifrn.edu.br/elieziosoares/disciplinas/informatica/aula-05-manipulacao-de-arquivos-e-pastas
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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Arquivo
É a representação de dados/informações no computador os quais ficam dentro das pastas e possuem uma extensão que identifica o
tipo de dado que ele representa.

Extensões de arquivos

EXTENSÃO TIPO
.jpg, .jpeg, .png, .bpm, .gif, ... Imagem
.xls, .xlsx, .xlsm, ... Planilha
.doc, .docx, .docm, ... Texto formatado
.txt Texto sem formatação
.mp3, .wma, .aac, .wav, ... Áudio
.mp4, .avi, rmvb, .mov, ... Vídeo
.zip, .rar, .7z, ... Compactadores
.ppt, .pptx, .pptm, ... Apresentação
.exe Executável
.msl, ... Instalador

Existem vários tipos de arquivos como arquivos de textos, arquivos de som, imagem, planilhas, etc. Alguns arquivos são universais
podendo ser aberto em qualquer sistema. Mas temos outros que dependem de um programa específico como os arquivos do Corel Draw
que necessita o programa para visualizar. Nós identificamos um arquivo através de sua extensão. A extensão são aquelas letras que ficam
no final do nome do arquivo.
Exemplos:
.txt: arquivo de texto sem formatação.
.html: texto da internet.
.rtf: arquivo do WordPad.
.doc e .docx: arquivo do editor de texto Word com formatação.

É possível alterar vários tipos de arquivos, como um documento do Word (.docx) para o PDF (.pdf) como para o editor de texto do
LibreOffice (.odt). Mas atenção, tem algumas extensões que não são possíveis e caso você tente poderá deixar o arquivo inutilizável.

Nomenclatura dos arquivos e pastas


Os arquivos e pastas devem ter um nome o qual é dado no momento da criação. Os nomes podem conter até 255 caracteres (letras,
números, espaço em branco, símbolos), com exceção de / \ | > < * : “ que são reservados pelo sistema operacional.

Bibliotecas
Criadas para facilitar o gerenciamento de arquivos e pastas, são um local virtual que agregam conteúdo de múltiplos locais em um só.
Estão divididas inicialmente em 4 categorias:
– Documentos;
– Imagens;
– Músicas;
– Vídeos.

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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Windows Explorer
O Windows Explorer é um gerenciador de informações, arquivos, pastas e programas do sistema operacional Windows da Microsoft2.
Todo e qualquer arquivo que esteja gravado no seu computador e toda pasta que exista nele pode ser vista pelo Windows Explorer.
Possui uma interface fácil e intuitiva.
Na versão em português ele é chamado de Gerenciador de arquivo ou Explorador de arquivos.
O seu arquivo é chamado de Explorer.exe
Normalmente você o encontra na barra de tarefas ou no botão Iniciar > Programas > Acessórios.

Na parte de cima do Windows Explorer você terá acesso a muitas funções de gerenciamento como criar pastas, excluir, renomear, ex-
cluir históricos, ter acesso ao prompt de comando entre outras funcionalidades que aparecem sempre que você selecionar algum arquivo.
A coluna do lado esquerdo te dá acesso direto para tudo que você quer encontrar no computador. As pastas mais utilizadas são as de
Download, documentos e imagens.

2 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/05/conceitos-de-organizacao-e-de-gerenciamento-de-informacoes-arquivos-pastas-e-programas/
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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Operações básicas com arquivos do Windows Explorer


• Criar pasta: clicar no local que quer criar a pasta e clicar com o botão direito do mouse e ir em novo > criar pasta e nomear ela. Você
pode criar uma pasta dentro de outra pasta para organizar melhor seus arquivos. Caso você queira salvar dentro de uma mesma pasta um
arquivo com o mesmo nome, só será possível se tiver extensão diferente. Ex.: maravilha.png e maravilha.doc
Independente de uma pasta estar vazia ou não, ela permanecerá no sistema mesmo que o computador seja reiniciado
• Copiar: selecione o arquivo com o mouse e clique Ctrl + C e vá para a pasta que quer colar a cópia e clique Ctrl +V. Pode também
clicar com o botão direito do mouse selecionar copiar e ir para o local que quer copiar e clicar novamente como o botão direito do mouse
e selecionar colar.
• Excluir: pode selecionar o arquivo e apertar a tecla delete ou clicar no botão direito do mouse e selecionar excluir
• Organizar: você pode organizar do jeito que quiser como, por exemplo, ícones grandes, ícones pequenos, listas, conteúdos, lista com
detalhes. Estas funções estão na barra de cima em exibir ou na mesma barra do lado direito.
• Movimentar: você pode movimentar arquivos e pastas clicando Ctrl + X no arquivo ou pasta e ir para onde você quer colar o arquivo
e Clicar Ctrl + V ou clicar com o botão direito do mouse e selecionar recortar e ir para o local de destino e clicar novamente no botão direito
do mouse e selecionar colar.

Localizando Arquivos e Pastas


No Windows Explorer tem duas:
Tem uma barra de pesquisa acima na qual você digita o arquivo ou pasta que procura ou na mesma barra tem uma opção de Pesquisar.
Clicando nesta opção terão mais opções para você refinar a sua busca.

Arquivos ocultos
São arquivos que normalmente são relacionados ao sistema. Eles ficam ocultos (invisíveis) por que se o usuário fizer alguma alteração,
poderá danificar o Sistema Operacional.
Apesar de estarem ocultos e não serem exibido pelo Windows Explorer na sua configuração padrão, eles ocupam espaço no disco.
Configurações: é possível configurar o Menu Iniciar como um todo. Para isso, basta acessar a opção “Configurações” e, na janela
que se abre, procurar por “Personalização”. Depois, selecionar “Iniciar”. É possível selecionar o que será exibido no Menu Iniciar como
os blocos, as listas de recentes ou de aplicativos mais usados, além de outras configurações. Além da personalização, diversas outras
configurações podem ser acessadas por aqui como Sistema, Dispositivos, Rede e Internet e muito mais.

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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Configurações do Windows.

Programas: a lista mostra programas instalados no computador. Esse menu apresenta os programas em ordem alfabética, além dos
programas mais usados.
Para manter um atalho permanente nesta área do Menu, clique com o botão direito sobre ele e em “Fixar em Iniciar”.
Dependendo do aplicativo ao qual o atalho é relacionado, é possível abrir diretamente um arquivo. Por exemplo, o Word lista os
últimos documentos abertos; o Excel lista as planilhas; e o Media Player, as mídias. Basta utilizar também o botão direito para acessar essa
lista.

Arquivos recentes para um programa.

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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Grupos: é possível agrupar aplicativos em grupos. Você pode criar vários grupos e adicionar aplicativos a eles. Por exemplo, um grupo
para Trabalho, um para Estudos e outro para Lazer.

Barra de Tarefas
A Barra de Tarefas é um dos itens mais utilizados no dia-a-dia. O papel da barra de tarefas é dar acesso aos programas instalados no
computador, permitindo alternar entre janelas abertas e abrir outras ou acessar rapidamente certas configurações do Windows. Esta barra
também ajuda na organização das tarefas, já que pode deixar visível os programas que estão em execução naquele momento, permitindo
alternar entre eles rapidamente, ou que podem ser executados com um simples clique.
No Windows 10, a barra de tarefas fica, por padrão, na parte inferior da tela e normalmente visível, mas é possível movê-la para os
lados ou para a parte superior da área de trabalho, desde que ela esteja desbloqueada.
Vejamos a anatomia básica da barra de ferramentas do Windows 10.

Barra de Tarefas.

Execução de programas

Super Barra
A Super Barra contém uma série de ícones para, principalmente, executar softwares, incluindo arquivos mais usados ou pastas
favoritas.

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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Super barra na barra de tarefas.

Visão de tarefas: a visão de tarefas é uma espécie de visualização panorâmica do sistema na qual é possível pré-visualizar todas as
janelas abertas naquele momento.
Ao acessar este menu, você pode adicionar novas áreas de trabalho virtuais ao sistema. Ou seja, é possível ter diversas áreas de
trabalho funcionando simultaneamente dentro do Windows 10, ideal para organizar melhor o seu conteúdo quando muitas coisas
precisam ficar abertas ao mesmo tempo.
O atalho Windows ( ) + TAB abre a visão de tarefas.

Visão de Tarefas.

Programas e pastas afixadas: ícones que permanecem na barra de tarefas mesmo sem estar em uso. Funcionam como atalhos para
as pastas e programas.
Para fixar o atalho de algum programa, execute-o, clique sobre o atalho e marque a opção “Fixar na Barra de tarefas”. É possível
mudar a ordem dos ícones fixados como você preferir, bastando clicar e arrastar os ícones para os lados. O procedimento para desafixar
é o mesmo, apenas o texto da opção muda para “Desafixar da Barra de tarefas”. A fixação pode ocorrer também clicando com o botão
direito nele e escolhendo a opção “Fixar na barra de tarefas”. Uma possibilidade interessante do Windows 10 é a fixação de atalhos para
sites da internet na Barra de tarefas. Com o Internet Explorer, arraste a guia à Barra de tarefas até que o ícone mude para “Fixar em Barra
de tarefas”.

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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Fixação de ícones na barra de tarefas.

Programas em execução: os programas em execução os as pastas abertas também ficam dispostos na barra de tarefas.
Quando um programa está em execução ele fica sublinhado na barra de tarefas. O Windows 10 trabalha com o agrupamento de
janelas de um mesmo programa no mesmo botão da barra de tarefas, assim, todos os arquivos ou instâncias sendo executadas referentes
a um mesmo programa ficarão organizados sob ícones sobrepostos do programa que os executa ou pasta que os contém.
Ao passar o mouse sobre o ícone de um programa aberto na Barra de Tarefas, poderá ver uma Miniatura do Programa Aberto, sem ter
que clicar em mais nada. E se passar o mouse em cima dessa miniatura, verá uma prévia da janela aberta em tamanho maior. Se desejar
alternar entre essas janelas, basta clicar na desejada.

Gerenciador de tarefas do windows

Gerenciador de Tarefas (Ctrl+Shift+Esc)


Gerenciador de tarefas é a ferramenta do Windows 10 que monitora em tempo real o desempenho de vários recursos do computador;
como memória, uso do espaço de armazenamento, processamento entre outras opções de hardware. Além de informações detalhadas
sobre o sistema operacional, o Gerenciador de Tarefas oferece a possibilidade de encerrar algum software que, porventura, vier a travar
ou o usuário deseja por assim encerrar.

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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Para iniciar o Gerenciador de tarefas, tome qualquer uma das seguintes ações:
1. Pressione CTRL+ALT+DELETE e clique em Gerenciador de tarefas.
2. Pressione CTRL+SHIFT+ESC.
3. Clique com o botão direito em uma área vazia da barra de tarefas e clique em Gerenciador de tarefas.

Janelas; menus, faixa de opções e barras de comandos e de ferramentas; barra de estado


Barras de ferramentas: é possível adicionar ferramentas à Barra de tarefas, ou seja, atalhos para recursos simples e práticos para o
uso do Windows. Clique com o botão direito sobre a Barra e explore o menu “Barra de ferramentas”.
“Endereço” adiciona uma barra para digitar um caminho e abri-lo no Windows Explorer; “Links” exibe links de páginas da internet;
“Área de trabalho” oferece atalhos para diferentes áreas do Windows; A opção “Nova barra de ferramentas” permite a escolha de uma
pasta personalizada;
Opções para a organização de janelas: essas opções permitem organizar as janelas abertas de várias maneiras.

Opções de organização de janelas.

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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Prompt de Comando ou cmd


O Prompt de Comando (cmd.exe) é um interpretador de linha de comando nos sistemas baseados no Windows NT (incluindo Windows
2000, XP, Server 2003 e adiante até o mais recente Windows 10), isto é, ele é um shell para esses sistemas operacionais. Ele é um comando
análogo ao command.com do MS-DOS e de sistemas Windows 9x ou de shells utilizados nos sistemas Unix.

Na realidade, o cmd.exe é um programa do Windows que atua como interpretador de linha de comando.
O cmd.exe é mais utilizado por usuários avançados e possui uma série de comandos para realizar diversas funções. Por causa de alguns
comandos de sistema, é preciso executá-lo com privilégios de administrador. Para fazer isso, clique na caixa de pesquisa do Windows
10 e digite “cmd” (sem as aspas). Depois, clique com o botão direito em “cmd” e escolha a opção “Executar como administrador. Se for
solicitada a senha do administrador, digite-a ou apenas confirme a autorização.

Os principais comandos e suas funções são apresentadas no esquema a seguir:

Principais comandos cmd.exe.

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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Barras de Status
Uma barra de status é uma área na parte inferior de uma janela primária que exibe informações sobre o estado da janela atual (como o
que está sendo exibido e como), tarefas em segundo plano (como impressão, verificação e formatação) ou outras informações contextuais
(como seleção e estado do teclado)3.
As barras de status normalmente indicam status por meio de texto e ícones, mas também podem ter indicadores de progresso, bem
como menus para comandos e opções relacionados ao status.

Menus de contexto e atalhos de teclado

Menu de Contexto
O “Menu de contexto” exibe opções quando o usuário clica com o botão direito do mouse em sistemas operacionais como o Windows,
Mac OS e Linux. A implementação desse recurso varia em cada sistema, mas é no Windows que essa ferramenta têm um maior nível de
customização4. No sistema operacional da Microsoft, é possível que o usuário coloque aplicativos no acesso ao menu de contexto e criar
atalhos para recursos e comandos específicos: compactadores de arquivos, reprodutores de mídia (players) e antivírus.
O menu de contexto condensa comandos e atalhos que podem ser facilmente acessados via botão direito do mouse. A lista de atalhos
e comando disponíveis no menu podem variar conforme o local do sistema ou aplicativo em que o usuário está: o menu de contexto no
desktop do Windows será diferente daquele exibido em uma pasta ou quando um arquivo é selecionado.

3 https://docs.microsoft.com/pt-br/windows/win32/uxguide/ctrl-status-bars
4 https://www.techtudo.com.br/noticias/2016/05/o-que-e-o-menu-de-contexto-do-windows.ghtml
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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Atalhos de Teclado
CTRL+A: seleciona todos os itens da Área de Trabalho (Desktop).
CTRL+C: copia os itens selecionados.
CTRL+X: recorta os itens selecionados.
CTRL+V: cola os itens selecionados.
CTRL+Z: desfaz a última ação.
CTRL+Y: refaz a última ação desfeita por meio do CTRL+Z.
CTRL+ESC: aciona o Menu Iniciar.
CTRL+SHIFT+ESC: abre o Gerenciador de Tarefas do Windows.
ALT+TAB: alterna entre as janelas abertas, exibindo uma bandeja com miniaturas das janelas.
CTRL+ALT+DEL: exibe a tela de segurança do Windows, que dá as opções para bloquear o computador, trocar de usuário, fazer logoff,
alterar senha e iniciar o Gerenciador de Tarefas.
ALT+F4: fecha a janela atual.
ALT+I: aciona o Menu Iniciar.
DELETE: envia o item selecionado para a Lixeira do Windows.
SHIFT+DELETE: exclui o item selecionado definitivamente.

Tecla WINDOWS (também conhecida como tecla WIN ou Logotipo do Windows)


WIN (sozinha): aciona o Menu Iniciar (não sei se você percebeu, mas esta é a terceira forma de acionar este menu).
WIN+D: exibe a Desktop.
WIN+E: abre o Windows Explorer.
WIN+F: abre a Pesquisa do Windows, para localizar arquivos e pastas.
WIN+G: exibe os Gadgets do Windows, que são mini aplicativos do Desktop.
WIN+L: bloqueia o computador.
WIN+M: minimiza todas as janelas.
WIN+SHIFT+M: exibe todas as janelas minimizadas pelas teclas WIN+M.
WIN+R: inicia o caixa de diálogo Executar, que permite executar um arquivo ou programa.
WIN+T: exibe o Flip da Barra de Tarefas, que é a miniatura das janelas abertas, dos botões da Barra de Tarefas.
WIN+TAB: exibe o Flip 3D, que permite alternar entre as janelas abertas por meio de um visual em forma de cascata tridimensional.
WIN+ESPAÇO: exibe a Desktop através das janelas abertas, deixando-as transparentes, como se fosse uma visão de Raio-X. Este
recurso se chama Aero Peek, já comentado em artigos anteriores.
WIN+HOME: minimiza todas as janelas, exceto a que está ativa no momento, ou seja, aquela que está sendo acessada pelo usuário.
Esse recurso se chama Aero Shake.
WIN+PAUSE/BREAK: abre a janela de Propriedades do Sistema.
WIN+ →: redimensiona a janela ativa, fazendo-a ocupar a metade direita da tela.
WIN+ ←: redimensiona a janela ativa, fazendo-a ocupar a metade esquerda da tela.
WIN+ ↑: redimensiona a janela ativa, maximizando-a.
WIN+ ↓: redimensiona a janela ativa, restaurando-a, caso esteja maximizada ou minimizando-a, caso esteja restaurada.

Windows Explorer
Teclas de Função
F1: abre a ajuda do Windows.
F2: renomeia o item selecionado (pasta ou arquivo).
F3: abre o campo de pesquisa na própria janela ativa.
F4: abre o campo histórico de endereços, da barra de endereços.
F5: atualiza os itens exibidos.
F6: muda o foco do cursor entre os frames da janela.
F10: ativa o Menu Arquivo.
F11: alterna para exibição em tela cheia.

Operações de mouse, apontar, mover, arrastar


Arrastar e soltar é um método de mover ou copiar um arquivo ou vários arquivos usando o mouse ou o touchpad5.
Por padrão, ao clicar com o botão esquerdo e segurar o botão esquerdo do mouse ou do touchpad enquanto move o ponteiro do
mouse para um local de pasta diferente na mesma unidade, quando soltar o botão esquerdo do mouse, o arquivo será movido para o novo
local onde liberou o botão do mouse.
Se estiver movendo o arquivo para uma unidade diferente ou pela rede para uma unidade mapeada ou outro sistema, o arquivo será
copiado para o local de destino e o arquivo original permanecerá no local original.

5 https://www.dell.com/support/kbdoc/pt-br/000147309/move-and-copy-files-using-drag-and-drop-in-microsoft-windows#:~:text=Por%20pa-
dr%C3%A3o%2C%20se%20voc%C3%AA%20clicar,liberou%20o%20bot%C3%A3o%20do%20mouse.
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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Resolução de tela e configuração de múltiplos monitores de vídeo

Resolução de Tela
Na configuração padrão, o Windows utiliza a resolução nativa por ser a maior opção que o monitor permite6. Caso tenha alterado essa
definição ou precise usar um segundo monitor, basta fazer a alteração no painel de controle.
1. Abra as configurações do Windows pelo menu iniciar;
2. No painel de controle, selecione a opção “Sistema”;

3. Vá para a aba “Vídeo”. Caso esteja utilizando dois monitores, é possível clicar em cada um dos números para acessar as opções
individuais;

6 https://canaltech.com.br/windows/como-consultar-resolucao-nativa-monitor-windows/
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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

4. Desça a tela até o item “Resolução da tela” e clique para abrir a lista. A resolução marcada como “Recomendável” é a opção nativa
do seu computador.

O modo de resolução não depende apenas do tamanho do monitor: a placa de vídeo e os drivers instalados também influenciam na
configuração do Windows para obter a melhor qualidade de imagem. Ao alterar para uma resolução mais baixa do que a recomendada, os
textos podem ficar menos nítidos e com iluminação diferente.
Caso o computador não consiga reconhecer a resolução nativa do monitor, a recomendação é atualizar drivers de vídeo. Para isso,
abra as configurações, vá para a seção “Atualizações e Segurança” e procure por atualizações pendentes na tela “Windows Update”. Se o
problema persistir, talvez seja necessário instalar drivers específicos da fabricante.

Configuração de Múltiplos Monitores de Vídeo


Se você usa um notebook Windows, poderá conectar um monitor adicional através da porta HDMI, DisplayPort ou as legadas DVI e
VGA, dependendo do modelo do hardware7. Se você possui um desktop, é preciso verificar se a placa de vídeo ou a placa-mãe (no caso de
vídeo integrado) possuem mais de uma saída de vídeo, o que nem sempre é o caso.
De qualquer forma, o procedimento é bastante simples:

Conecte o monitor
Conecte o monitor adicional à saída de vídeo extra de seu computador e ligue-o. Por padrão, o Windows irá clonar a Área de Trabalho
no segundo monitor, e você terá a mesma imagem nas duas telas. Não é o que queremos, e sim utilizar uma das telas como uma extensão;

Acesse as configurações de tela


Dê um clique direito na Área de Trabalho, e depois em Configurações de tela.

7 GOGONI, R. Como usar dois monitores no mesmo computador (Windows)


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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Organize suas telas


Na nova janela, o Windows irá exibir os monitores conectados, cada um identificado com um número. Para saber qual monitor é qual,
clique no botão Identificar. Os números atribuídos serão exibidos em cada um dos monitores.
É possível trocar a identificação dos monitores, mudando o segundo monitor para ser o principal, de “2” para “1”. Isso é útil para
melhor organizar sua Área de Trabalho. Para isso, selecione o monitor que deseja usar como “1” e marque a caixa Tornar este meu vídeo
principal.

Conclua a configuração
Por fim, escolha a opção Estender estes vídeos, clique em Aplicar e depois em Manter alterações.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Feito isso, tem-se uma Área de Trabalho única, mas estendida para os dois monitores. Entretanto, é preciso lembrar que todos os apps
e programas que abrir serão exibidos no monitor principal, que foi definido como “1”, e eles só ocuparão ambos monitores quando em tela
cheia, ou se arrastados manualmente com o mouse.

Unidades locais e mapeamentos de rede

Mapeamentos de Rede
Mapeie uma unidade de rede para acessá-la no Explorador de Arquivos do Windows sem precisar procurá-la ou digitar seu endereço
de rede toda vez8.
1. Abra o Explorador de Arquivos na barra de tarefas ou no menu Iniciar, ou pressione a tecla de logotipo do Windows + E.
2. Selecione Este computador no painel esquerdo. Em seguida, na guia Computador, selecione Mapear unidade de rede.

8 https://support.microsoft.com/pt-br/windows/mapear-uma-unidade-de-rede-no-windows-29ce55d1-34e3-a7e2-4801-131475f9557d#ID0EB-
D=Windows_10
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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

3. Na lista Unidade, selecione uma letra da unidade. (Qualquer letra disponível serve).
4. Na caixa Pasta, digite o caminho da pasta ou do computador ou selecione Procurar para localizar a pasta ou o computador. Para se
conectar sempre que você entrar no computador, selecione Conecte-se em entrar.
5. Selecione Concluir.
Observação: Se você não conseguir se conectar a uma unidade de rede ou pasta, o computador ao qual você está tentando se
conectar pode estar desligado ou talvez você não tenha as permissões corretas. Tente contatar o administrador de rede.

Rede e compartilhamento

Rede e Internet
A opção Rede e Internet é possível verificar o status da rede e alterar suas configurações, definir preferências para compartilhar
arquivos e computadores e configurar a conexão com a Internet.

Rede e Internet.

1. A Central de Rede e Compartilhamento exibe as informações básicas de rede e configurações de conexões. É possível conectar ou
desconectar de uma rede ou configurar nova conexão ou rede (sem fio, de banda larga, etc.).
2. Em Propriedades da Internet, é possível definir as configurações de conexão e exibição da Internet. Podem ser definidas as páginas
padrão a serem abertas, alterar o modo de exibição das guias dos navegadores e configurar ou excluir o histórico de navegação, entre
outras configurações.
3. Infravermelho permite configurar a transferência de arquivos por infravermelho.

Compartilhamento
Para compartilhar um arquivo ou pasta no Explorador de Arquivos, siga um destes procedimentos9:
Clique com o botão direito do mouse ou pressione um arquivo e selecione Dar acesso a > Pessoas específicas.

9 https://support.microsoft.com/pt-br/windows/compartilhamento-de-arquivos-por-meio-de-uma-rede-no-win-
dows-b58704b2-f53a-4b82-7bc1-80f9994725bf#ID0EBD=Windows_10
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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Selecione um arquivo, selecione a guia Compartilhar na parte superior do Explorador de Arquivos e, na seção Compartilhar com,
selecione Pessoas específicas.

Selecione um usuário na rede com o qual compartilhar o arquivo ou selecione Todos para dar a todos os usuários da rede acesso ao
arquivo.
Se selecionar vários arquivos de uma vez, você poderá compartilhar todos eles da mesma forma. Isso também é válido para pastas;
compartilhe uma pasta e todos os arquivos nela serão compartilhados.

MS-WORD 2016: BARRA DE FERRAMENTAS, COMANDOS, ATALHOS E RECURSOS; EDITORAÇÃO E PROCESSAMENTO DE TEX-
TOS; PROPRIEDADES E ESTRUTURA BÁSICA DOS DOCUMENTOS; DISTRIBUIÇÃO DE CONTEÚDO NA PÁGINA; FORMATAÇÃO;
CABEÇALHO E RODAPÉ; TABELAS; IMPRESSÃO; INSERÇÃO DE OBJETOS/IMAGENS; CAMPOS PREDEFINIDOS; ENVELOPES,
ETIQUETAS, MALA-DIRETA; CAIXAS DE TEXTO

Essa versão de edição de textos vem com novas ferramentas e novos recursos para que o usuário crie, edite e compartilhe documen-
tos de maneira fácil e prática10.
O Word 2016 está com um visual moderno, mas ao mesmo tempo simples e prático, possui muitas melhorias, modelos de documen-
tos e estilos de formatações predefinidos para agilizar e dar um toque de requinte aos trabalhos desenvolvidos. Trouxe pouquíssimas no-
vidades, seguiu as tendências atuais da computação, permitindo o compartilhamento de documentos e possuindo integração direta com
vários outros serviços da web, como Facebook, Flickr, Youtube, Onedrive, Twitter, entre outros.
Novidades no Word 2016
– Diga-me o que você deseja fazer: facilita a localização e a realização das tarefas de forma intuitiva, essa nova versão possui a caixa
Diga-me o que deseja fazer, onde é possível digitar um termo ou palavra correspondente a ferramenta ou configurações que procurar.

10 http://www.popescolas.com.br/eb/info/word.pdf
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

– Trabalhando em grupo, em tempo real: permite que vários usuários trabalhem no mesmo documento de forma simultânea.

Ao armazenar um documento on-line no OneDrive ou no SharePoint e compartilhá-lo com colegas que usam o Word 2016 ou Word
On-line, vocês podem ver as alterações uns dos outros no documento durante a edição. Após salvar o documento on-line, clique em Com-
partilhar para gerar um link ou enviar um convite por e-mail. Quando seus colegas abrem o documento e concordam em compartilhar
automaticamente as alterações, você vê o trabalho em tempo real.

– Pesquisa inteligente: integra o Bing, serviço de buscas da Microsoft, ao Word 2016. Ao clicar com o botão do mouse sobre qualquer
palavra do texto e no menu exibido, clique sobre a função Pesquisa Inteligente, um painel é exibido ao lado esquerdo da tela do programa
e lista todas as entradas na internet relacionadas com a palavra digitada.
– Equações à tinta: se utilizar um dispositivo com tela sensível ao toque é possível desenhar equações matemáticas, utilizando o dedo
ou uma caneta de toque, e o programa será capaz de reconhecer e incluir a fórmula ou equação ao documento.

– Histórico de versões melhorado: vá até Arquivo > Histórico para conferir uma lista completa de alterações feitas a um documento
e para acessar versões anteriores.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

– Compartilhamento mais simples: clique em Compartilhar para compartilhar seu documento com outras pessoas no SharePoint, no
OneDrive ou no OneDrive for Business ou para enviar um PDF ou uma cópia como um anexo de e-mail diretamente do Word.

– Formatação de formas mais rápida: quando você insere formas da Galeria de Formas, é possível escolher entre uma coleção de
preenchimentos predefinidos e cores de tema para aplicar rapidamente o visual desejado.

– Guia Layout: o nome da Guia Layout da Página na versão 2010/2013 do Microsoft Word mudou para apenas Layout11.

Interface Gráfica

Navegação gráfica

Atalho de barra de status

11 CARVALHO, D. e COSTA, Renato. Livro Eletrônico.


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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Faixas de opções e modo de exibição

Guia de Início Rápido.12

Ao clicar em Documento em branco surgirá a tela principal do Word 201613.

Área de trabalho do Word 2016.


12 https://www.udesc.br/arquivos/udesc/id_cpmenu/5297/Guia_de_Inicio_Rapido___Word_2016_14952206861576.pdf
13 Melo, F. INFORMÁTICA. MS-Word 2016.
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido


Permite adicionar atalhos, de funções comumente utilizadas no trabalho com documentos que podem ser personalizados de acordo
com a necessidade do usuário.

Faixa de Opções
Faixa de Opções é o local onde estão os principais comandos do Word, todas organizadas em grupos e distribuídas por meio de guias,
que permitem fácil localização e acesso. As faixas de Opções são separadas por nove guias: Arquivos; Página Inicial, Inserir, Design, Layout,
Referências, Correspondências, Revisão e Exibir.

– Arquivos: possui diversas funcionalidades, dentre algumas:


– Novo: abrir um Novo documento ou um modelo (.dotx) pré-formatado.
– Abrir: opções para abrir documentos já salvos tanto no computador como no sistema de armazenamento em nuvem da Microsoft,
One Drive. Além de exibir um histórico dos últimos arquivos abertos.
– Salvar/Salvar como: a primeira vez que irá salvar o documento as duas opções levam ao mesmo lugar. Apenas a partir da segunda
vez em diante que o Salvar apenas atualiza o documento e o Salvar como exibe a janela abaixo. Contém os locais onde serão armazenados
os arquivos. Opções locais como na nuvem (OneDrive).
– Imprimir: opções de impressão do documento em edição. Desde a opção da impressora até as páginas desejadas. O usuário tanto
pode imprimir páginas sequenciais como páginas alternadas.

Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

– Página Inicial: possui ferramentas básicas para formatação de texto, como tamanho e cor da fonte, estilos de marcador, alinhamento
de texto, entre outras.

Grupo Área de Transferência


Para acessá-la basta clicar no pequeno ícone de uma setinha para baixo no canto inferior direito, logo à frente de Área de Transferên-
cia.
Colar (CTRL + V): cola um item (pode ser uma letra, palavra, imagem) copiado ou recortado.
Recortar (CTRL + X): recorta um item (pode ser uma letra, palavra, imagem) armazenando-o temporariamente na Área de Transferên-
cia para em seguida ser colado no local desejado.
Copiar (CTRL+C): copia o item selecionado (cria uma cópia na Área de Transferência).
Pincel de Formatação (CTRL+SHIFT+C / CTRL+SHIFT+V): esse recurso (principalmente o ícone) cai em vários concursos. Ele permite
copiar a formatação de um item e aplicar em outro.

Grupo Fonte

Fonte: permite que selecionar uma fonte, ou seja, um tipo de letra a ser exibido em seu texto. Em cada texto
pode haver mais de um tipo de fontes diferentes.

Tamanho da fonte: é o tamanho da letra do texto. Permite escolher entre diferentes tamanhos de fonte na lista
ou que digite um tamanho manualmente.

Negrito: aplica o formato negrito (escuro) ao texto selecionado. Se o cursor estiver sobre uma palavra, ela ficará
toda em negrito. Se a seleção ou a palavra já estiver em negrito, a formatação será removida.

Itálico: aplica o formato itálico (deitado) ao texto selecionado. Se o cursor estiver sobre uma palavra, ela ficará
toda em itálico. Se a seleção ou palavra já estiver em itálico, a formatação será removida.

Sublinhado: sublinha, ou seja, insere ou remove uma linha embaixo do texto selecionado. Se o cursor não está
em uma palavra, o novo texto inserido será sublinhado.

Tachado: risca uma linha, uma palavra ou apenas uma letra no texto selecionado ou, se o cursor somente estiver
sobre uma palavra, esta palavra ficará riscada.

Subscrito: coloca a palavra abaixo das demais.

Sobrescrito: coloca a palavra acima das demais.

Cor do realce do texto: aplica um destaque colorido sobre a palavra, assim como uma caneta marca texto.

Cor da fonte: permite alterar a cor da fonte (letra).

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Grupo Parágrafo

Marcadores: permite criar uma lista com diferentes marcadores.

Numeração: permite criar uma lista numerada.

Lista de vários itens: permite criar uma lista numerada em níveis.

Diminuir Recuo: diminui o recuo do parágrafo em relação à margem esquerda.

Aumentar Recuo: aumenta o recuo do parágrafo em relação à margem esquerda.

Classificar: organiza a seleção atual em ordem alfabética ou numérica.

Mostrar tudo: mostra marcas de parágrafos e outros símbolos de formatação ocultos.

Alinhar a esquerda: alinha o conteúdo com a margem esquerda.

Centralizar: centraliza seu conteúdo na página.

Alinhar à direita: alinha o conteúdo à margem direita.

Justificar: distribui o texto uniformemente entre as margens esquerda e direita.

Espaçamento de linha e parágrafo: escolhe o espaçamento entre as linhas do texto ou entre parágrafos.

Sombreamento: aplica uma cor de fundo no parágrafo onde o cursor está posicionado.

Bordas: permite aplicar ou retirar bordas no trecho selecionado.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Grupo Estilo
Possui vários estilos pré-definidos que permite salvar configurações relativas ao tamanho e cor da fonte, espaçamento entre linhas do
parágrafo.

Grupo Edição

CTRL+L: ao clicar nesse ícone é aberta a janela lateral, denominada navegação, onde é possível localizar
um uma palavra ou trecho dentro do texto.

CTRL+U: pesquisa no documento a palavra ou parte do texto que você quer mudar e o substitui por
outro de seu desejo.

Seleciona o texto ou objetos no documento.

Inserir: a guia inserir permite a inclusão de elementos ao texto, como: imagens, gráficos, formas, configurações de quebra de página,
equações, entre outras.

Adiciona uma folha inicial em seu documento, parecido como uma capa.

Adiciona uma página em branco em qualquer lugar de seu documento.

Uma seção divide um documento em partes determinadas pelo usuário para que sejam aplicados dife-
rentes estilos de formatação na mesma ou facilitar a numeração das páginas dentro dela.

Permite inserir uma tabela, uma planilha do Excel, desenhar uma tabela, tabelas rápidas ou converter o texto em tabela
e vice-versa.

Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Design: esta guia agrupa todos os estilos e formatações disponíveis para aplicar ao layout do documento.

Layout: a guia layout define configurações características ao formato da página, como tamanho, orientação, recuo, entre outras.

Referências: é utilizada para configurações de itens como sumário, notas de rodapé, legendas entre outros itens relacionados a iden-
tificação de conteúdo.

Correspondências: possui configuração para edição de cartas, mala direta, envelopes e etiquetas.

Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Revisão: agrupa ferramentas úteis para realização de revisão de conteúdo do texto, como ortografia e gramática, dicionário de sinô-
nimos, entre outras.

Exibir: altera as configurações de exibição do documento.

Formatos de arquivos
Veja abaixo alguns formatos de arquivos suportados pelo Word 2016:
.docx: formato xml.
.doc: formato da versão 2003 e anteriores.
.docm: formato que contém macro (vba).
.dot: formato de modelo (carta, currículo...) de documento da versão 2003 e anteriores.
.dotx: formato de modelo (carta, currículo...) com o padrão xml.
.odt: formato de arquivo do Libre Office Writer.
.rtf: formato de arquivos do WordPad.
.xml: formato de arquivos para Web.
.html: formato de arquivos para Web.
.pdf: arquivos portáteis.

MS-EXCEL 2016 OU VERSÕES MAIS RECENTES: BARRA DE FERRAMENTAS, COMANDOS, ATALHOS E RECURSOS; FUNCIONALI-
DADES E ESTRUTURA DAS PLANILHAS; CONFIGURAÇÃO DE PAINÉIS E CÉLULAS; LINHAS, COLUNAS, PASTAS, TABELAS E GRÁ-
FICOS; FORMATAÇÃO; USO DE FÓRMULAS, FUNÇÕES E MACROS; IMPRESSÃO; INSERÇÃO DE OBJETOS/IMAGENS; CAMPOS
PREDEFINIDOS; CONTROLE DE QUEBRAS E NUMERAÇÃO DE PÁGINAS; VALIDAÇÃO DE DADOS E OBTENÇÃO DE DADOS
EXTERNOS; FILTRAGENS E CLASSIFICAÇÃO DE DADOS

O Microsoft Excel 2016 é um software para criação e manutenção de Planilhas Eletrônicas.


A grande mudança de interface do aplicativo ocorreu a partir do Excel 2007 (e de todos os aplicativos do Office 2007 em relação as
versões anteriores). A interface do Excel, a partir da versão 2007, é muito diferente em relação as versões anteriores (até o Excel 2003). O
Excel 2016 introduziu novas mudanças, para corrigir problemas e inconsistências relatadas pelos usuários do Excel 2010 e 2013.
Na versão 2016, temos uma maior quantidade de linhas e colunas, sendo um total de 1.048.576 linhas por 16.384 colunas.
O Excel 2016 manteve as funcionalidades e recursos que já estamos acostumados, além de implementar alguns novos, como14:
- 6 tipos novos de gráficos: Cascata, Gráfico Estatístico, Histograma, Pareto e Caixa e Caixa Estreita.
- Pesquise, encontra e reúna os dados necessários em um único local utilizando “Obter e Transformar Dados” (nas versões anteriores
era Power Query disponível como suplemento.
- Utilize Mapas 3D (em versões anteriores com Power Map disponível como suplemento) para mostrar histórias junto com seus dados.

14 https://ninjadoexcel.com.br/microsoft-excel-2016/
Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Especificamente sobre o Excel 2016, seu diferencial é a criação e edição de planilhas a partir de dispositivos móveis de forma mais fácil
e intuitivo, vendo que atualmente, os usuários ainda não utilizam de forma intensa o Excel em dispositivos móveis.

Tela Inicial do Excel 2016.

Ao abrir uma planilha em branco ou uma planilha, é exibida a área de trabalho do Excel 2016 com todas as ferramentas necessárias
para criar e editar planilhas15.

15 https://juliobattisti.com.br/downloads/livros/excel_2016_basint_degusta.pdf
Editora
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36
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

As cinco principais funções do Excel são16:


– Planilhas: Você pode armazenar manipular, calcular e analisar dados tais como números, textos e fórmulas. Pode acrescentar grá-
fico diretamente em sua planilha, elementos gráficos, tais como retângulos, linhas, caixas de texto e botões. É possível utilizar formatos
pré-definidos em tabelas.
– Bancos de dados: você pode classificar pesquisar e administrar facilmente uma grande quantidade de informações utilizando ope-
rações de bancos de dados padronizadas.
– Gráficos: você pode rapidamente apresentar de forma visual seus dados. Além de escolher tipos pré-definidos de gráficos, você
pode personalizar qualquer gráfico da maneira desejada.
– Apresentações: Você pode usar estilos de células, ferramentas de desenho, galeria de gráficos e formatos de tabela para criar apre-
sentações de alta qualidade.
– Macros: as tarefas que são frequentemente utilizadas podem ser automatizadas pela criação e armazenamento de suas próprias
macros.

Planilha Eletrônica
A Planilha Eletrônica é uma folha de cálculo disposta em forma de tabela, na qual poderão ser efetuados rapidamente vários tipos de
cálculos matemáticos, simples ou complexos.
Além disso, a planilha eletrônica permite criar tabelas que calculam automaticamente os totais de valores numéricos inseridos, impri-
mir tabelas em layouts organizados e criar gráficos simples.

• Barra de ferramentas de acesso rápido


Essa barra localizada na parte superior esquerdo, ajudar a deixar mais perto os comandos mais utilizados, sendo que ela pode ser
personalizada. Um bom exemplo é o comando de visualização de impressão que podemos inserir nesta barra de acesso rápido.

Barra de ferramentas de acesso rápido.

• Barra de Fórmulas
Nesta barra é onde inserimos o conteúdo de uma célula podendo conter fórmulas, cálculos ou textos, mais adiante mostraremos
melhor a sua utilidade.

Barra de Fórmulas.

• Guia de Planilhas
Quando abrirmos um arquivo do Excel, na verdade estamos abrindo uma pasta de trabalho onde pode conter planilhas, gráficos, tabe-
las dinâmicas, então essas abas são identificadoras de cada item contido na pasta de trabalho, onde consta o nome de cada um.
Nesta versão quando abrimos uma pasta de trabalho, por padrão encontramos apenas uma planilha.

16 http://www.prolinfo.com.br
Editora
37
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Guia de Planilhas.

– Coluna: é o espaçamento entre dois traços na vertical. As colunas do Excel são representadas em letras de acordo com a ordem
alfabética crescente sendo que a ordem vai de “A” até “XFD”, e tem no total de 16.384 colunas em cada planilha.
– Linha: é o espaçamento entre dois traços na horizontal. As linhas de uma planilha são representadas em números, formam um total
de 1.048.576 linhas e estão localizadas na parte vertical esquerda da planilha.

Linhas e colunas.

Célula: é o cruzamento de uma linha com uma coluna. Na figura abaixo podemos notar que a célula selecionada possui um endereço
que é o resultado do cruzamento da linha 4 e a coluna B, então a célula será chamada B4, como mostra na caixa de nome logo acima da
planilha.

Células.

• Faixa de opções do Excel (Antigo Menu)


Como na versão anterior o MS Excel 2013 a faixa de opções está organizada em guias/grupos e comandos. Nas versões anteriores ao
MS Excel 2007 a faixa de opções era conhecida como menu.
1. Guias: existem sete guias na parte superior. Cada uma representa tarefas principais executadas no Excel.
2. Grupos: cada guia tem grupos que mostram itens relacionados reunidos.
3. Comandos: um comando é um botão, uma caixa para inserir informações ou um menu.

Faixa de opções do Excel.


• Pasta de trabalho
É denominada pasta todo arquivo que for criado no MS Excel. Tudo que for criado será um arquivo com extensão: xls, xlsx, xlsm, xltx
ou xlsb.

Fórmulas
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula sempre inicia com um sinal de igual (=).
Uma fórmula também pode conter os seguintes itens: funções, referências, operadores e constantes.

Editora
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38
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

– Referências: uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa ao Microsoft Excel onde
procurar os valores ou dados a serem usados em uma fórmula.
– Operadores: um sinal ou símbolo que especifica o tipo de cálculo a ser executado dentro de uma expressão. Existem operadores
matemáticos, de comparação, lógicos e de referência.

– Constantes: é um valor que não é calculado, e que, portanto, não é alterado. Por exemplo: =C3+5.
O número 5 é uma constante. Uma expressão ou um valor resultante de uma expressão não é considerado uma constante.

– Níveis de Prioridade de Cálculo


Quando o Excel cria fórmulas múltiplas, ou seja, misturar mais de uma operação matemática diferente dentro de uma mesma fórmula,
ele obedece a níveis de prioridade.
Os Níveis de Prioridade de Cálculo são os seguintes:
Prioridade 1: Exponenciação e Radiciação (vice-versa).
Prioridade 2: Multiplicação e Divisão (vice-versa).
Prioridade 3: Adição e Subtração (vice-versa).

Os cálculos são executados de acordo com a prioridade matemática, conforme esta sequência mostrada, podendo ser utilizados pa-
rênteses “ () ” para definir uma nova prioridade de cálculo.

– Criando uma fórmula


Para criar uma fórmula simples como uma soma, tendo como referência os conteúdos que estão em duas células da planilha, digite
o seguinte:

Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Funções
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos, denominados argumentos, em uma determinada
ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas para executar cálculos simples ou complexos.
Assim como as fórmulas, as funções também possuem uma estrutura (sintaxe), conforme ilustrado abaixo:

Estrutura da função.

NOME DA FUNÇÃO: todas as funções que o Excel permite usar em suas células tem um nome exclusivo.
Para obter uma lista das funções disponíveis, clique em uma célula e pressione SHIFT+F3.
ARGUMENTOS: os argumentos podem ser números, texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, matrizes, valores de erro
como #N/D ou referências de célula. O argumento que você atribuir deve produzir um valor válido para esse argumento. Os argumentos
também podem ser constantes, fórmulas ou outras funções.

• Função SOMA
Esta função soma todos os números que você especifica como argumentos. Cada argumento pode ser um intervalo, uma referência
de célula, uma matriz, uma constante, uma fórmula ou o resultado de outra função. Por exemplo, SOMA (A1:A5) soma todos os números
contidos nas células de A1 a A5. Outro exemplo: SOMA (A1;A3; A5) soma os números contidos nas células A1, A3 e A5.

• Função MÉDIA
Esta função calcula a média aritmética de uma determinada faixa de células contendo números. Para tal, efetua o cálculo somando os
conteúdos dessas células e dividindo pela quantidade de células que foram somadas.

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40
a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

• Função MÁXIMO e MÍNIMO


Essas funções dado um intervalo de células retorna o maior e menor número respectivamente.

• Função SE
A função SE é uma função do grupo de lógica, onde temos que tomar uma decisão baseada na lógica do problema. A função SE verifica
uma condição que pode ser Verdadeira ou Falsa, diante de um teste lógico.

Sintaxe
SE (teste lógico; valor se verdadeiro; valor se falso)

Exemplo:
Na planilha abaixo, como saber se o número é negativo, temos que verificar se ele é menor que zero.
Na célula A2 digitaremos a seguinte formula:

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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

• Função SOMASE
A função SOMASE é uma junção de duas funções já estudadas
aqui, a função SOMA e SE, onde buscaremos somar valores desde Aproveitando o mesmo exemplo da função anterior, podemos
que atenda a uma condição especificada: contar a quantidade de homens e mulheres.
Na planilha acima, na célula C9 digitaremos a função =CONT.SE
Sintaxe (B2:B7;”M”) para obter a quantidade de vendedores.
SOMASE (intervalo analisado; critério; intervalo a ser somado)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai CORREIO ELETRÔNICO: COMANDOS, ATALHOS E RECUR-
analisar o critério. SOS; USO DO CORREIO ELETRÔNICO; PREPARO E ENVIO
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no inter- DE MENSAGENS; ANEXAÇÃO DE ARQUIVOS; MODOS DE
valo a ser analisado. EXIBIÇÃO; ORGANIZAÇÃO DE E-MAILS, GERENCIADOR DE
Intervalo a ser somado (opcional): caso o critério seja atendido CONTATOS
é efetuado a soma da referida célula analisada. Não pode conter
texto neste intervalo.
E-mail
O e-mail revolucionou o modo como as pessoas recebem men-
sagem atualmente17. Qualquer pessoa que tenha um e-mail pode
mandar uma mensagem para outra pessoa que também tenha
e-mail, não importando a distância ou a localização.
Um endereço de correio eletrônico obedece à seguinte estru-
tura: à esquerda do símbolo @ (ou arroba) fica o nome ou apelido
do usuário, à direita fica o nome do domínio que fornece o acesso.
O resultado é algo como:

maria@apostilassolucao.com.br

Atualmente, existem muitos servidores de webmail – correio


eletrônico – na Internet, como o Gmail e o Outlook.
Para possuir uma conta de e-mail nos servidores é necessário
Exemplo: preencher uma espécie de cadastro. Geralmente existe um conjun-
Vamos calcular a somas das vendas dos vendedores por Gêne- to de regras para o uso desses serviços.
ro. Observando a planilha acima, na célula C9 digitaremos a função
=SOMASE (B2:B7;”M”; C2:C7) para obter a soma dos vendedores. Correio Eletrônico
Este método utiliza, em geral, uma aplicação (programa de cor-
• Função CONT.SE reio eletrônico) que permite a manipulação destas mensagens e um
Esta função conta quantas células se atender ao critério solici- protocolo (formato de comunicação) de rede que permite o envio
tado. Ela pede apenas dois argumentos, o intervalo a ser analisado e recebimento de mensagens18. Estas mensagens são armazenadas
e o critério para ser verificado. no que chamamos de caixa postal, as quais podem ser manipuladas
por diversas operações como ler, apagar, escrever, anexar, arquivos
Sintaxe e extração de cópias das mensagens.
CONT.SE (intervalo analisado; critério)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai 17 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20
analisar o critério. Avan%E7ado.pdf
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no inter- 18 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/11/correio-eletronico-
valo a ser analisado. -webmail-e-mozilla-thunderbird/
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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Funcionamento básico de correio eletrônico


Essencialmente, um correio eletrônico funciona como dois programas funcionando em uma máquina servidora:
– Servidor SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): protocolo de transferência de correio simples, responsável pelo envio de mensa-
gens.
– Servidor POP3 (Post Office Protocol – protocolo Post Office) ou IMAP (Internet Mail Access Protocol): protocolo de acesso de cor-
reio internet), ambos protocolos para recebimento de mensagens.

Para enviar um e-mail, o usuário deve possuir um cliente de e-mail que é um programa que permite escrever, enviar e receber e-mails
conectando-se com a máquina servidora de e-mail. Inicialmente, um usuário que deseja escrever seu e-mail, deve escrever sua mensagem
de forma textual no editor oferecido pelo cliente de e-mail e endereçar este e-mail para um destinatário que possui o formato “nome@
dominio.com.br“. Quando clicamos em enviar, nosso cliente de e-mail conecta-se com o servidor de e-mail, comunicando-se com o pro-
grama SMTP, entregando a mensagem a ser enviada. A mensagem é dividida em duas partes: o nome do destinatário (nome antes do @)
e o domínio, i.e., a máquina servidora de e-mail do destinatário (endereço depois do @). Com o domínio, o servidor SMTP resolve o DNS,
obtendo o endereço IP do servidor do e-mail do destinatário e comunicando-se com o programa SMTP deste servidor, perguntando se o
nome do destinatário existe naquele servidor. Se existir, a mensagem do remetente é entregue ao servidor POP3 ou IMAP, que armazena
a mensagem na caixa de e-mail do destinatário.

Ações no correio eletrônico


Independente da tecnologia e recursos empregados no correio eletrônico, em geral, são implementadas as seguintes funções:
– Caixa de Entrada: caixa postal onde ficam todos os e-mails recebidos pelo usuário, lidos e não-lidos.
– Lixeira: caixa postal onde ficam todos os e-mails descartados pelo usuário, realizado pela função Apagar ou por um ícone de Lixeira.
Em geral, ao descartar uma mensagem ela permanece na lixeira, mas não é descartada, até que o usuário decida excluir as mensagens de-
finitivamente (este é um processo de segurança para garantir que um usuário possa recuperar e-mails apagados por engano). Para apagar
definitivamente um e-mail é necessário entrar, de tempos em tempos, na pasta de lixeira e descartar os e-mails existentes.
– Nova mensagem: permite ao usuário compor uma mensagem para envio. Os campos geralmente utilizados são:
– Para: designa a pessoa para quem será enviado o e-mail. Em geral, pode-se colocar mais de um destinatário inserindo os e-mails de
destino separados por ponto-e-vírgula.
– CC (cópia carbono): designa pessoas a quem também repassamos o e-mail, ainda que elas não sejam os destinatários principais da
mensagem. Funciona com o mesmo princípio do Para.
– CCo (cópia carbono oculta): designa pessoas a quem repassamos o e-mail, mas diferente da cópia carbono, quando os destinatários
principais abrirem o e-mail não saberão que o e-mail também foi repassado para os e-mails determinados na cópia oculta.
– Assunto: título da mensagem.
– Anexos: nome dado a qualquer arquivo que não faça parte da mensagem principal e que seja vinculada a um e-mail para envio ao
usuário. Anexos, comumente, são o maior canal de propagação de vírus e malwares, pois ao abrirmos um anexo, obrigatoriamente ele
será “baixado” para nosso computador e executado. Por isso, recomenda-se a abertura de anexos apenas de remetentes confiáveis e, em
geral, é possível restringir os tipos de anexos que podem ser recebidos através de um e-mail para evitar propagação de vírus e pragas. Al-
guns antivírus permitem analisar anexos de e-mails antes que sejam executados: alguns serviços de webmail, como por exemplo, o Gmail,
permitem analisar preliminarmente se um anexo contém arquivos com malware.
– Filtros: clientes de e-mail e webmails comumente fornecem a função de filtro. Filtros são regras que escrevemos que permitem
que, automaticamente, uma ação seja executada quando um e-mail cumpre esta regra. Filtros servem assim para realizar ações simples e
padronizadas para tornar mais rápida a manipulação de e-mails. Por exemplo, imagine que queremos que ao receber um e-mail de “joao@
blabla.com”, este e-mail seja diretamente descartado, sem aparecer para nós. Podemos escrever uma regra que toda vez que um e-mail
com remetente “joao@blabla.com” chegar em nossa caixa de entrada, ele seja diretamente excluído.

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19 https://support.microsoft.com/pt-br/office/ler-e-enviar-emails-na-vers%C3%A3o-light-do-outlook-582a8fdc-152c-4b61-85fa-ba5ddf07050b
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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Respondendo uma mensagem


Os ícones disponíveis para responder uma mensagem são:
– Responder ao remetente: responde à mensagem selecionada para o autor dela (remetente).
– Responde a todos: a mensagem é enviada tanto para o autor como para as outras pessoas que estavam na lista de cópias.
– Encaminhar: envia a mensagem selecionada para outra pessoa.

Clientes de E-mail
Um cliente de e-mail é essencialmente um programa de computador que permite compor, enviar e receber e-mails a partir de um ser-
vidor de e-mail, o que exige cadastrar uma conta de e-mail e uma senha para seu correto funcionamento. Há diversos clientes de e-mails
no mercado que, além de manipular e-mails, podem oferecer recursos diversos.
– Outlook: cliente de e-mails nativo do sistema operacional Microsoft Windows. A versão Express é uma versão mais simplificada e
que, em geral, vem por padrão no sistema operacional Windows. Já a versão Microsoft Outlook é uma versão que vem no pacote Microsoft
Office possui mais recursos, incluindo, além de funções de e-mail, recursos de calendário.
– Mozilla Thunderbird: é um cliente de e-mails e notícias Open Source e gratuito criado pela Mozilla Foundation (mesma criadora do
Mozilla Firefox).

Webmails
Webmail é o nome dado a um cliente de e-mail que não necessita de instalação no computador do usuário, já que funciona como uma
página de internet, bastando o usuário acessar a página do seu provedor de e-mail com seu login e senha. Desta forma, o usuário ganha
mobilidade já que não necessita estar na máquina em que um cliente de e-mail está instalado para acessar seu e-mail. A desvantagem da
utilização de webmails em comparação aos clientes de e-mail é o fato de necessitarem de conexão de Internet para leitura dos e-mails,
enquanto nos clientes de e-mail basta a conexão para “baixar” os e-mails, sendo que a posterior leitura pode ser realizada desconectada
da Internet.
Exemplos de servidores de webmail do mercado são:
– Gmail
– Yahoo!Mail
– Microsoft Outlook: versão on-line do Outlook. Anteriormente era conhecido como Hotmail, porém mudou de nome quando a Mi-
crosoft integrou suas diversas tecnologias.

20

Diferença entre webmail e correio eletrônico


O webmail (Yahoo ou Gmail) você acessa através de seu navegador (Firefox ou Google Chrome) e só pode ler conectado na internet.
Já o correio eletrônico (Thunderbird ou Outlook) você acessa com uma conexão de internet e pode baixar seus e-mails, mas depois pode
ler na hora que quiser sem precisar estar conectado na internet.

20 https://www.dialhost.com.br/ajuda/abrir-uma-nova-janela-para-escrever-novo-email
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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

O protocolo TCP/IP acabou se tornando um padrão, inclusive


INTERNET: BARRA DE FERRAMENTAS, COMANDOS, ATA- para redes locais, como a maioria das redes corporativas hoje tem
LHOS E RECURSOS DOS PRINCIPAIS NAVEGADORES; NAVE- acesso Internet, usar TCP/IP resolve a rede local e também o acesso
GAÇÃO E PRINCÍPIOS DE ACESSO À INTERNET; DOWNLO- externo.
ADS; CONCEITOS DE URL, LINKS, SITES, VÍRUS, BUSCA E
IMPRESSÃO DE PÁGINAS TCP / IP
Sigla de Transmission Control Protocol/Internet Protocol (Pro-
tocolo de Controle de Transmissão/Protocolo Internet).
INTERNET Embora sejam dois protocolos, o TCP e o IP, o TCP/IP aparece
A Internet é uma rede mundial de computadores interligados nas literaturas como sendo:
através de linhas de telefone, linhas de comunicação privadas, ca- - O protocolo principal da Internet;
bos submarinos, canais de satélite, etc21. Ela nasceu em 1969, nos - O protocolo padrão da Internet;
Estados Unidos. Interligava originalmente laboratórios de pesquisa - O protocolo principal da família de protocolos que dá suporte
e se chamava ARPAnet (ARPA: Advanced Research Projects Agency). ao funcionamento da Internet e seus serviços.
Com o passar do tempo, e com o sucesso que a rede foi tendo, o nú-
mero de adesões foi crescendo continuamente. Como nesta época, Considerando ainda o protocolo TCP/IP, pode-se dizer que:
o computador era extremamente difícil de lidar, somente algumas A parte TCP é responsável pelos serviços e a parte IP é respon-
instituições possuíam internet. sável pelo roteamento (estabelece a rota ou caminho para o trans-
No entanto, com a elaboração de softwares e interfaces cada porte dos pacotes).
vez mais fáceis de manipular, as pessoas foram se encorajando a
participar da rede. O grande atrativo da internet era a possibilida- Domínio
de de se trocar e compartilhar ideias, estudos e informações com Se não fosse o conceito de domínio quando fossemos acessar
outras pessoas que, muitas vezes nem se conhecia pessoalmente. um determinado endereço na web teríamos que digitar o seu en-
dereço IP. Por exemplo: para acessar o site do Google ao invés de
Conectando-se à Internet você digitar www.google.com você teria que digitar um número IP
Para se conectar à Internet, é necessário que se ligue a uma – 74.125.234.180.
rede que está conectada à Internet. Essa rede é de um provedor de É através do protocolo DNS (Domain Name System), que é pos-
acesso à internet. Assim, para se conectar você liga o seu computa- sível associar um endereço de um site a um número IP na rede.
dor à rede do provedor de acesso à Internet; isto é feito por meio O formato mais comum de um endereço na Internet é algo como
de um conjunto como modem, roteadores e redes de acesso (linha http://www.empresa.com.br, em que:
telefônica, cabo, fibra-ótica, wireless, etc.). www: (World Wide Web): convenção que indica que o ende-
reço pertence à web.
World Wide Web empresa: nome da empresa ou instituição que mantém o ser-
A web nasceu em 1991, no laboratório CERN, na Suíça. Seu viço.
criador, Tim Berners-Lee, concebeu-a unicamente como uma lin- com: indica que é comercial.
guagem que serviria para interligar computadores do laboratório e br: indica que o endereço é no Brasil.
outras instituições de pesquisa, e exibir documentos científicos de
forma simples e fácil de acessar. URL
Hoje é o segmento que mais cresce. A chave do sucesso da Um URL (de Uniform Resource Locator), em português, Locali-
World Wide Web é o hipertexto. Os textos e imagens são interli- zador-Padrão de Recursos, é o endereço de um recurso (um arqui-
gados por meio de palavras-chave, tornando a navegação simples vo, uma impressora etc.), disponível em uma rede; seja a Internet,
e agradável. ou uma rede corporativa, uma intranet.
Uma URL tem a seguinte estrutura: protocolo://máquina/ca-
Protocolo de comunicação minho/recurso.
Transmissão e fundamentalmente por um conjunto de proto-
colos encabeçados pelo TCP/IP. Para que os computadores de uma HTTP
rede possam trocar informações entre si é necessário que todos os É o protocolo responsável pelo tratamento de pedidos e res-
computadores adotem as mesmas regras para o envio e o recebi- postas entre clientes e servidor na World Wide Web. Os endereços
mento de informações. Este conjunto de regras é conhecido como web sempre iniciam com http:// (http significa Hypertext Transfer
Protocolo de Comunicação. No protocolo de comunicação estão de- Protocol, Protocolo de transferência hipertexto).
finidas todas as regras necessárias para que o computador de desti-
no, “entenda” as informações no formato que foram enviadas pelo Hipertexto
computador de origem. São textos ou figuras que possuem endereços vinculados a
Existem diversos protocolos, atualmente a grande maioria das eles. Essa é a maneira mais comum de navegar pela web.
redes utiliza o protocolo TCP/IP já que este é utilizado também na
Internet.

21 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20
Avan%E7ado.pdf
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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Impressão de páginas
Para imprimir uma página da Internet, basta clicar no botão de impressão do navegador. O navegador irá então abrir uma janela de
impressão, onde o usuário poderá configurar as opções de impressão.

NAVEGADORES
Um navegador de internet é um programa que mostra informações da internet na tela do computador do usuário.
Além de também serem conhecidos como browser ou web browser, eles funcionam em computadores, notebooks, dispositivos mó-
veis, aparelhos portáteis, videogames e televisores conectados à internet.
Um navegador de internet condiciona a estrutura de um site e exibe qualquer tipo de conteúdo na tela da máquina usada pelo inter-
nauta.
Esse conteúdo pode ser um texto, uma imagem, um vídeo, um jogo eletrônico, uma animação, um aplicativo ou mesmo servidor. Ou
seja, o navegador é o meio que permite o acesso a qualquer página ou site na rede.
Para funcionar, um navegador de internet se comunica com servidores hospedados na internet usando diversos tipos de protocolos
de rede. Um dos mais conhecidos é o protocolo HTTP, que transfere dados binários na comunicação entre a máquina, o navegador e os
servidores.

Funcionalidades de um Navegador de Internet


A principal funcionalidade dos navegadores é mostrar para o usuário uma tela de exibição através de uma janela do navegador.
Ele decodifica informações solicitadas pelo usuário, através de códigos-fonte, e as carrega no navegador usado pelo internauta.
Ou seja, entender a mensagem enviada pelo usuário, solicitada através do endereço eletrônico, e traduzir essa informação na tela do
computador. É assim que o usuário consegue acessar qualquer site na internet.
O recurso mais comum que o navegador traduz é o HTML, uma linguagem de marcação para criar páginas na web e para ser interpre-
tado pelos navegadores.
Eles também podem reconhecer arquivos em formato PDF, imagens e outros tipos de dados.
Essas ferramentas traduzem esses tipos de solicitações por meio das URLs, ou seja, os endereços eletrônicos que digitamos na parte
superior dos navegadores para entrarmos numa determinada página.
Abaixo estão outros recursos de um navegador de internet:
– Barra de Endereço: é o espaço em branco que fica localizado no topo de qualquer navegador. É ali que o usuário deve digitar a URL
(ou domínio ou endereço eletrônico) para acessar qualquer página na web.
– Botões de Início, Voltar e Avançar: botões clicáveis básicos que levam o usuário, respectivamente, ao começo de abertura do nave-
gador, à página visitada antes ou à página visitada seguinte.
– Favoritos: é a aba que armazena as URLs de preferência do usuário. Com um único simples, o usuário pode guardar esses endereços
nesse espaço, sendo que não existe uma quantidade limite de links. É muito útil para quando você quer acessar as páginas mais recorren-
tes da sua rotina diária de tarefas.
– Atualizar: botão básico que recarrega a página aberta naquele momento, atualizando o conteúdo nela mostrado. Serve para mostrar
possíveis edições, correções e até melhorias de estrutura no visual de um site. Em alguns casos, é necessário limpar o cache para mostrar
as atualizações.
– Histórico: opção que mostra o histórico de navegação do usuário usando determinado navegador. É muito útil para recuperar links,
páginas perdidas ou revisitar domínios antigos. Pode ser apagado, caso o usuário queira.
– Gerenciador de Downloads: permite administrar os downloads em determinado momento. É possível ativar, cancelar e pausar por
tempo indeterminado. É um maior controle na usabilidade do navegador de internet.
– Extensões: já é padrão dos navegadores de internet terem um mecanismo próprio de extensões com mais funcionalidades. Com
alguns cliques, é possível instalar temas visuais, plug-ins com novos recursos (relógio, notícias, galeria de imagens, ícones, entre outros.
– Central de Ajuda: espaço para verificar a versão instalada do navegador e artigos (geralmente em inglês, embora também existam
em português) de como realizar tarefas ou ações específicas no navegador.

GOOGLE CHORME
Atualmente, o Chrome é o navegador mais popular, ele disponibiliza inúmeras funções, sendo consideradas a melhores, suas técnicas
são abordadas por concorrentes.

Sobre as abas
No Chrome temos o conceito de abas, conhecidas também como guias, no exemplo abaixo temos uma aba aberta, caso seja necessário
abrir outra aba para digitar ou localizar outro site, temos o sinal (+).
A barra de endereços é o local em que se digita o link da página visitada. Uma outra função desta barra é a de busca que ao digitar
palavras-chave na barra, o mecanismo de busca do Google é acionado e exibe os resultados da busca.

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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Vejamos de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

4 Barra de Endereço.

5 Adicionar Favoritos

6 Usuário Atual

7 Exibe um menu de contexto que iremos relatar seguir.

Oberserva-se que são opções que já estamos acostumados ao navegar na Internet, mesmo estando no ubuntu, percebemos que o
Chrome é o mesmo navegador, apenas está instalado em outro sistema operacional.

Funcionalidades
– Favoritos: no Chrome é possível adicionar sites aos favoritos, caso seja necessário salvar seus endereços. Para adicionar uma página
aos favoritos, clique na estrela que está localizada à direita da barra de endereços, digite um nome ou o mantenha sugerido.
Por padrão, o Chrome salva seus sites favoritos na Barra de Favoritos, mas é possível criar pastas para organizá-los de maneira que
facilite a procura. Para removê-los, basta clicar em excluir.

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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

– Histórico: o Histórico no Chrome funciona de maneira semelhante ao Firefox. Ele armazena os endereços dos sites visitados. Para
acessá-lo podemos clicar em Histórico no menu, ou utilizar atalho do teclado Ctrl H. Neste caso o histórico irá abrir em uma nova aba, onde
é possível pesquisá-lo por partes, utilizando o nome do site ou o dia em que foi realizada a pesquisa.

– Pesquisar palavras: muitas vezes ao acessar um determinado site, estamos em busca de uma palavra, frase e etc.
Neste caso, utilizamos o atalho do teclado Ctrl F, realizando essa tarefa, obteremos uma janela, onde podemos digitar parte daquilo
que procuramos, dessa forma, teremos sua localização exata no site.
– Salvando textos e imagens da Internet: para realizar tal tarefa é necessário localizar a imagem desejada, clicar com o botão direito
do mouse e em seguida salvá-la em uma pasta.
– Downloads: Fazer um download é copiar um arquivo de um site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes e etc.). Neste
caso, o CHROME possui um item no menu onde podemos ver o progresso e os downloads concluídos.

– Sincronização: é importante para manter atualizadas nossas operações, se o computador for trocado, os dados continuarão
disponíveis na sua conta google. Os favoritos, histórico, senhas e outras configurações ficarão salvos de maneira segura e fácil de ser
localizada.
No canto superior direito, onde está a imagem com a foto do usuário, podemos clicar no 1º item para ativar ou desativar.

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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

INTERNET EXPLORER
Lançado em 1995, vem junto com o Windows, está sendo substituído pelo Microsoft Edge, mas ainda está disponível como segundo
navegador, pois ainda existem usuários que necessitam de algumas tecnologias que estão no Internet Explorer e não foram atualizadas
no Edge.
Já foi o mais navegador mais utilizado do mundo, mas hoje perdeu a posição para o Google Chrome e o Mozilla Firefox.

Principais recursos do Internet Explorer:


– Transformar a página num aplicativo na área de trabalho, permitindo que o usuário defina sites como se fossem aplicativos insta-
lados no PC. Através dessa configuração, ao invés de apenas manter os sites nos favoritos, eles ficarão acessíveis mais facilmente através
de ícones.
– Gerenciador de downloads integrado.
– Mais estabilidade e segurança.
– Suporte aprimorado para HTML5 e CSS3, o que permite uma navegação plena para que o internauta possa usufruir dos recursos
implementados nos sites mais modernos.
– Com a possibilidade de adicionar complementos, o navegador já não é apenas um programa para acessar sites. Dessa forma, é pos-
sível instalar pequenos aplicativos que melhoram a navegação e oferecem funcionalidades adicionais.
– One Box: recurso já conhecido entre os usuários do Google Chrome, agora está na versão mais recente do Internet Explorer. Através
dele, é possível realizar buscas apenas informando a palavra-chave digitando-a na barra de endereços.

MICROSOFT EDGE

O Edge é um navegador desenvolvido pela Microsoft. Nele é possível acessar sites variados. É um navegador simplificado com inúmeros
recursos novos.

Dentro deste ambiente temos:


– Funções de controle de privacidade: Trata-se de funções que protegem e controlam seus dados pessoais coletados por sites.
– Barra de pesquisas: Esta barra permite que digitemos um endereço do site desejado. Na figura temos e exemplo: https://www.gov.
br/pt-br/
– Guias de navegação: São guias separadas por sites abertos. No exemplo temos duas guias sendo que a do site https://www.gov.br/
pt-br/ está aberta.
– Favoritos: São pastas onde podemos guardar nossos sites mais usados.

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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

– Ferramentas: Permitem realizar diversas funções tais como: imprimir, histórico e etc. Desta forma o EDGE, torna a navegação da
internet muito mais agradável, textos, elementos gráficos e vídeos possibilitam ricas experiências para os usuários.

À primeira vista notamos uma grande área disponível para visualização , percebemos que a barra de ferramentas fica automaticamente
desativada, possibilitando uma maior área de exibição.
Vamos destacar alguns pontos:
1 – Voltar/Avançar página: como o próprio nome diz, clicando neste botão voltamos página visitada anteriormente.
2 – Barra de Endereços: esta é a área principal, onde digitamos o endereço da página procurada.
3 – Ícones para manipulação do endereço da URL: estes ícones são pesquisar, atualizar ou fechar, dependendo da situação, as opções
“fechar” ou “atualizar” podem ficar disponíveis.
4 – Abas de Conteúdo: são mostradas as abas das páginas carregadas.
5 – Página Inicial, favoritos feeds e histórico.

MOZILLA FIREFOX
Vamos detalhar agora o funcionamento do firefox, objeto de nosso estudo:

Vejamos de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

4 Voltar para a página inicial do firefox

5 Barra de Endereços

6 Ver históricos e favoritos

7 Mostra um painel sobre os favoritos (Barra, Menu e outros)

8 Sincronização com a conta FireFox, vamos detalhar adiante.

9
Mostra menu de contexto com várias opções.

Podemos notar que o navegadore FIREFOX não é muito diferente do CHROME.

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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

OPERA
Um dos primeiros navegadores existentes, o Opera segue evoluindo como um dos melhores navegadores de internet.
Ele entrega uma interface limpa, intuitiva e agradável de usar. Além disso, a ferramenta também é leve e não prejudica a qualidade
da experiência do usuário.

Outros pontos de destaques do Opera são:


– Alto desempenho com baixo consumo de recursos e de energia.
– Recurso Turbo Opera filtra o tráfego recebido, aumentando a velocidade de conexões de baixo desempenho.
– Poupa a quantidade de dados usados em conexões móveis (3G ou 4G).
– Impede armazenamento de dados sigilosos, sobretudo em páginas bancárias e de vendas on-line.
– Quantidade moderada de plug-ins para implementar novas funções, além de um bloqueador de publicidade integrado.
– Disponível em desktop e mobile.

SAFARI
O Safari é o navegador oficial dos dispositivos da Apple. Pela sua otimização focada nos aparelhos da gigante de tecnologia, ele é um
dos navegadores de internet mais leves, rápidos, seguros e confiáveis para usar.

O Safari também se destaca em:


– Sincronização de dados e informações em qualquer dispositivo Apple (iOS).
– Tem uma tecnologia anti-rastreio capaz de impedir o direcionamento de anúncios com base no comportamento do usuário.
– Modo de navegação privada não guarda os dados das páginas visitadas, inclusive histórico e preenchimento automático de campos
de informação.
– Compatível também com sistemas operacionais que não seja da Apple (Windows e Linux).
– Disponível em desktops e mobile.

INTRANET
A intranet é uma rede de computadores privada que assenta sobre a suíte de protocolos da Internet, porém, de uso exclusivo de
um determinado local, como, por exemplo, a rede de uma empresa, que só pode ser acessada pelos seus utilizadores ou colaboradores
internos22.
Pelo fato, a sua aplicação a todos os conceitos emprega-se à intranet, como, por exemplo, o paradigma de cliente-servidor. Para tal, a
gama de endereços IP reservada para esse tipo de aplicação situa-se entre 192.168.0.0 até 192.168.255.255.

Dentro de uma empresa, todos os departamentos possuem alguma informação que pode ser trocada com os demais setores, poden-
do cada sessão ter uma forma direta de se comunicar com as demais, o que se assemelha muito com a conexão LAN (Local Area Network),
que, porém, não emprega restrições de acesso.
A intranet é um dos principais veículos de comunicação em corporações. Por ela, o fluxo de dados (centralização de documentos,
formulários, notícias da empresa, etc.) é constante, pretendendo reduzir os custos e ganhar velocidade na divulgação e distribuição de
informações.

22 https://centraldefavoritos.com.br/2018/01/11/conceitos-basicos-ferramentas-aplicativos-e-procedimentos-de-internet-e-intranet-parte-2/
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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Apesar do seu uso interno, acessando aos dados corporativos, a intranet permite que computadores localizados numa filial, se conec-
tados à internet com uma senha, acessem conteúdos que estejam na sua matriz. Ela cria um canal de comunicação direto entre a empresa
e os seus funcionários/colaboradores, tendo um ganho significativo em termos de segurança.

SITES DE BUSCA
Sites de busca são mecanismos de pesquisa que permitem buscar documentos, imagens, vídeos e quaisquer tipos de informações na
rede. Eles utilizam um algoritmo capaz de varrer todas as informações da internet para buscar as informações desejadas. São exemplos de
sites de busca mais comuns: Google, Bing e Yahoo.

Formas de acesso

GOOGLE www.google.com.br
BING www.bing.com.br
YAHOO www.yahoo.com.br

Tipos de buscadores
Buscadores Horizontais: São aqueles buscadores que varrem a Internet inteira.
Por exemplo, temos o Google que vai em busca de qualquer conteúdo relacionado a palavra chave.

Buscadores Verticais: São aqueles mais específicos que varrem somente um tipo de site.
Por exemplo, temos o Youtube que é um repositório de vídeos, logo ao pesquisarmos dentro dele a busca será limitada aos vídeos.

Atualmente o site de busca mais utilizado é o Google vejamos mais detalhes:

1 – Nesta barra digitaremos o endereço do site: www.google.com.br;


2 – Nesta barra digitaremos a palavra-chave que queremos encontrar;
3 – Podemos também acionar este microfone para falar a palavra-chave e a mesma será escrita na barra de pesquisa;
4 – Podemos também acessar um teclado virtual que irá surgir na tela, permitindo a seleção dos caracteres desejados.
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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

Meet Acesso a Reuniões (vídeo chamadas);


Contatos Acesso a todos os contatos;
Acesso ao local de armazenamento na internet
Drive
de arquivos, fotos, vídeos, etc.;
Acesso a agenda. É um local onde podemos
Agenda
marcar compromissos, tarefas, etc.;
Tradutor Acesso ao tradutor do Google;
Após a entrada da palavra-chave, estamos prontos para realizar Acesso a todas as fotos armazenadas no drive,
a pesquisa. estas fotos são armazenadas na sua conta
google. Conforme usamos o celular, enviamos as
Outras funções do site de pesquisa do google Fotos
fotos automaticamente para o drive, a frequên-
cia deste envio depende de uma configuração
prévia que temos que realizar;
Acesso a livros, neste caso somos remetidos para
Livros
uma barra somente para a pesquisa de livros.
Acesso a documentos, neste caso são textos em
geral, semelhantes a documentos em WORD,
Documentos
podemos acessar e até criar documentos para o
uso;
Acesso a planilhas eletrônicas, neste caso são
Planilhas planilhas semelhantes ao EXCEL, podemos aces-
sar e até criar planilhas para o uso;
Permite a criação e gerenciamento de um blog.
Blog é um site que permite a atualização rápida
Blogguer
através de postagens, isso deve-se a sua estrutu-
ra extremamente flexível de uso;
Acesso a uma plataforma Google, onde podemos
Hangouts conectar pessoas através de vídeo conferencia e
mensagens, etc.

A Google está frequentemente atualizando esse menu, visto a


adequação de aplicativos ao contexto atual.

Menu do Google à direita, conforme a imagem acima NOÇÕES DE VÍRUS E ANTIVÍRUS

Códigos maliciosos (Malware)


Gmail Acesso ao E-mail do Google; Códigos maliciosos (malware) são programas especificamente
Acesso a barra de pesquisa imagens, neste caso desenvolvidos para executar ações danosas e atividades maliciosas
o buscador irá atuar somente na procura de em um computador23. Algumas das diversas formas como os códi-
Imagens imagens, podemos digitar uma palavra-chave, gos maliciosos podem infectar ou comprometer um computador
ou até mesmo colar uma imagem na barra para são:
iniciar a pesquisa; – Pela exploração de vulnerabilidades existentes nos progra-
mas instalados;
Acesso a informações de cadastro, nome, celular,
Conta – Pela autoexecução de mídias removíveis infectadas, como
etc.;
pen-drives;
Pesquisa Acesso ao buscador de pesquisas – Pelo acesso a páginas Web maliciosas, utilizando navegado-
Acesso a informações de endereço e localização. res vulneráveis;
Maps – Pela ação direta de atacantes que, após invadirem o compu-
No caso do celular funciona como um GPS;
tador, incluem arquivos contendo códigos maliciosos;
YouTube Acesso a vídeos publicados; – Pela execução de arquivos previamente infectados, obtidos
Acesso a loja de aplicativos, no caso do celular em anexos de mensagens eletrônicas, via mídias removíveis, em
Play temos a Play Store onde encontramos aplicati- páginas Web ou diretamente de outros computadores (através do
vos; compartilhamento de recursos).
Noticias Acesso a notícias;
23 https://cartilha.cert.br/malware/
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Uma vez instalados, os códigos maliciosos passam a ter acesso Worms são notadamente responsáveis por consumir muitos
aos dados armazenados no computador e podem executar ações recursos, devido à grande quantidade de cópias de si mesmo que
em nome dos usuários, de acordo com as permissões de cada usu- costumam propagar e, como consequência, podem afetar o desem-
ário. penho de redes e a utilização de computadores.
Os principais motivos que levam um atacante a desenvolver
e a propagar códigos maliciosos são a obtenção de vantagens fi- Bot e botnet
nanceiras, a coleta de informações confidenciais, o desejo de au- Bot é um programa que dispõe de mecanismos de comunicação
topromoção e o vandalismo. Além disto, os códigos maliciosos são com o invasor que permitem que ele seja controlado remotamente.
muitas vezes usados como intermediários e possibilitam a prática Possui processo de infecção e propagação similar ao do worm, ou
de golpes, a realização de ataques e a disseminação de spam (mais seja, é capaz de se propagar automaticamente, explorando vulne-
detalhes nos Capítulos Golpes na Internet, Ataques na Internet e rabilidades existentes em programas instalados em computadores.
Spam, respectivamente). A comunicação entre o invasor e o computador infectado pelo
A seguir, serão apresentados os principais tipos de códigos ma- bot pode ocorrer via canais de IRC, servidores Web e redes do tipo
liciosos existentes. P2P, entre outros meios. Ao se comunicar, o invasor pode enviar
instruções para que ações maliciosas sejam executadas, como des-
Vírus ferir ataques, furtar dados do computador infectado e enviar spam.
Vírus é um programa ou parte de um programa de computador, Um computador infectado por um bot costuma ser chamado de
normalmente malicioso, que se propaga inserindo cópias de si mes- zumbi (zombie computer), pois pode ser controlado remotamente,
mo e se tornando parte de outros programas e arquivos. sem o conhecimento do seu dono. Também pode ser chamado de
Para que possa se tornar ativo e dar continuidade ao processo spam zombie quando o bot instalado o transforma em um servidor
de infecção, o vírus depende da execução do programa ou arquivo de e-mails e o utiliza para o envio de spam.
hospedeiro, ou seja, para que o seu computador seja infectado é Botnet é uma rede formada por centenas ou milhares de com-
preciso que um programa já infectado seja executado. putadores zumbis e que permite potencializar as ações danosas
O principal meio de propagação de vírus costumava ser os executadas pelos bots.
disquetes. Com o tempo, porém, estas mídias caíram em desuso e Quanto mais zumbis participarem da botnet mais potente ela
começaram a surgir novas maneiras, como o envio de e-mail. Atu- será. O atacante que a controlar, além de usá-la para seus próprios
almente, as mídias removíveis tornaram-se novamente o principal ataques, também pode alugá-la para outras pessoas ou grupos que
meio de propagação, não mais por disquetes, mas, principalmente, desejem que uma ação maliciosa específica seja executada.
pelo uso de pen-drives. Algumas das ações maliciosas que costumam ser executadas
Há diferentes tipos de vírus. Alguns procuram permanecer ocul- por intermédio de botnets são: ataques de negação de serviço,
tos, infectando arquivos do disco e executando uma série de ativi- propagação de códigos maliciosos (inclusive do próprio bot), coleta
dades sem o conhecimento do usuário. Há outros que permanecem de informações de um grande número de computadores, envio de
inativos durante certos períodos, entrando em atividade apenas em spam e camuflagem da identidade do atacante (com o uso de pro-
datas específicas. Alguns dos tipos de vírus mais comuns são: xies instalados nos zumbis).
– Vírus propagado por e-mail: recebido como um arquivo ane-
xo a um e-mail cujo conteúdo tenta induzir o usuário a clicar sobre Spyware
este arquivo, fazendo com que seja executado. Spyware é um programa projetado para monitorar as ativida-
– Vírus de script: escrito em linguagem de script, como VBS- des de um sistema e enviar as informações coletadas para terceiros.
cript e JavaScript, e recebido ao acessar uma página Web ou por Pode ser usado tanto de forma legítima quanto maliciosa, de-
e-mail, como um arquivo anexo ou como parte do próprio e-mail pendendo de como é instalado, das ações realizadas, do tipo de
escrito em formato HTML. informação monitorada e do uso que é feito por quem recebe as
– Vírus de macro: tipo específico de vírus de script, escrito em informações coletadas. Pode ser considerado de uso:
linguagem de macro, que tenta infectar arquivos manipulados por – Legítimo: quando instalado em um computador pessoal, pelo
aplicativos que utilizam esta linguagem como, por exemplo, os que próprio dono ou com consentimento deste, com o objetivo de veri-
compõe o Microsoft Office (Excel, Word e PowerPoint, entre outros). ficar se outras pessoas o estão utilizando de modo abusivo ou não
– Vírus de telefone celular: vírus que se propaga de celular para autorizado.
celular por meio da tecnologia bluetooth ou de mensagens MMS – Malicioso: quando executa ações que podem comprometer a
(Multimedia Message Service). A infecção ocorre quando um usu- privacidade do usuário e a segurança do computador, como monitorar
ário permite o recebimento de um arquivo infectado e o executa. e capturar informações referentes à navegação do usuário ou inseridas
em outros programas (por exemplo, conta de usuário e senha).
Worm Alguns tipos específicos de programas spyware são:
Worm é um programa capaz de se propagar automaticamen- – Keylogger: capaz de capturar e armazenar as teclas digitadas
te pelas redes, enviando cópias de si mesmo de computador para pelo usuário no teclado do computador.
computador. – Screenlogger: similar ao keylogger, capaz de armazenar a po-
Diferente do vírus, o worm não se propaga por meio da inclu- sição do cursor e a tela apresentada no monitor, nos momentos em
são de cópias de si mesmo em outros programas ou arquivos, mas que o mouse é clicado, ou a região que circunda a posição onde o
sim pela execução direta de suas cópias ou pela exploração auto- mouse é clicado.
mática de vulnerabilidades existentes em programas instalados em – Adware: projetado especificamente para apresentar propa-
computadores. gandas.

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Backdoor Antivírus
Backdoor é um programa que permite o retorno de um invasor O antivírus é um software de proteção do computador que eli-
a um computador comprometido, por meio da inclusão de serviços mina programas maliciosos que foram desenvolvidos para prejudi-
criados ou modificados para este fim. car o computador.
Pode ser incluído pela ação de outros códigos maliciosos, que O vírus infecta o computador através da multiplicação dele (có-
tenham previamente infectado o computador, ou por atacantes, pias) com intenção de causar danos na máquina ou roubar dados.
que exploram vulnerabilidades existentes nos programas instalados O antivírus analisa os arquivos do computador buscando pa-
no computador para invadi-lo. drões de comportamento e códigos que não seriam comuns em
Após incluído, o backdoor é usado para assegurar o acesso fu- algum tipo de arquivo e compara com seu banco de dados. Com
turo ao computador comprometido, permitindo que ele seja aces- isto ele avisa o usuário que tem algo suspeito para ele tomar pro-
sado remotamente, sem que haja necessidade de recorrer nova- vidência.
mente aos métodos utilizados na realização da invasão ou infecção O banco de dados do antivírus é muito importante neste pro-
e, na maioria dos casos, sem que seja notado. cesso, por isso, ele deve ser constantemente atualizado, pois todos
os dias são criados vírus novos.
Cavalo de troia (Trojan) Uma grande parte das infecções de vírus tem participação do
Cavalo de troia, trojan ou trojan-horse, é um programa que, usuário. Os mais comuns são através de links recebidos por e-mail
além de executar as funções para as quais foi aparentemente proje- ou download de arquivos na internet de sites desconhecidos ou
tado, também executa outras funções, normalmente maliciosas, e mesmo só de acessar alguns sites duvidosos pode acontecer uma
sem o conhecimento do usuário. contaminação.
Exemplos de trojans são programas que você recebe ou obtém Outro jeito de contaminar é através de dispositivos de armaze-
de sites na Internet e que parecem ser apenas cartões virtuais ani- namentos móveis como HD externo e pen drive. Nestes casos de-
mados, álbuns de fotos, jogos e protetores de tela, entre outros. vem acionar o antivírus para fazer uma verificação antes.
Estes programas, geralmente, consistem de um único arquivo e ne- Existem diversas opções confiáveis, tanto gratuitas quanto pa-
cessitam ser explicitamente executados para que sejam instalados gas. Entre as principais estão:
no computador. – Avast;
Trojans também podem ser instalados por atacantes que, após – AVG;
invadirem um computador, alteram programas já existentes para – Norton;
que, além de continuarem a desempenhar as funções originais, – Avira;
também executem ações maliciosas. – Kaspersky;
– McAffe.
Rootkit
Rootkit é um conjunto de programas e técnicas que permite Filtro anti-spam
esconder e assegurar a presença de um invasor ou de outro código Spam é o termo usado para referir-se aos e-mails não solici-
malicioso em um computador comprometido. tados, que geralmente são enviados para um grande número de
Rootkits inicialmente eram usados por atacantes que, após in- pessoas.
vadirem um computador, os instalavam para manter o acesso pri- Spam zombies são computadores de usuários finais que foram
vilegiado, sem precisar recorrer novamente aos métodos utilizados comprometidos por códigos maliciosos em geral, como worms,
na invasão, e para esconder suas atividades do responsável e/ou bots, vírus e cavalos de tróia. Estes códigos maliciosos, uma vez ins-
dos usuários do computador. Apesar de ainda serem bastante usa- talados, permitem que spammers utilizem a máquina para o envio
dos por atacantes, os rootkits atualmente têm sido também utili- de spam, sem o conhecimento do usuário. Enquanto utilizam má-
zados e incorporados por outros códigos maliciosos para ficarem quinas comprometidas para executar suas atividades, dificultam a
ocultos e não serem detectados pelo usuário e nem por mecanis- identificação da origem do spam e dos autores também. Os spam
mos de proteção. zombies são muito explorados pelos spammers, por proporcionar o
anonimato que tanto os protege.
Ransomware Estes filtros são responsáveis por evitar que mensagens indese-
Ransomware é um tipo de código malicioso que torna inacessí- jadas cheguem até a sua caixa de entrada no e-mail.
veis os dados armazenados em um equipamento, geralmente usan-
do criptografia, e que exige pagamento de resgate (ransom) para Anti-malwares
restabelecer o acesso ao usuário24. Ferramentas anti-malware são aquelas que procuram detectar
O pagamento do resgate geralmente é feito via bitcoins. e, então, anular ou remover os códigos maliciosos de um computa-
Pode se propagar de diversas formas, embora as mais comuns dor. Antivírus, anti-spyware, anti-rootkit e anti-trojan são exemplos
sejam através de e-mails com o código malicioso em anexo ou que de ferramentas deste tipo.
induzam o usuário a seguir um link e explorando vulnerabilidades
em sistemas que não tenham recebido as devidas atualizações de
segurança.

24 https://cartilha.cert.br/ransomware/
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CONHECIMENTOS EM INFORMÁTICA

(C)
QUESTÕES

1. (IPE SAÚDE - ANALISTA DE GESTÃO EM SAÚDE - FUNDA-


TEC/2022) O recurso do Windows 10 que, quando acionado, man- (D)
tém o computador ligado com baixo consumo de energia e com o
monitor desligado é chamado:
(A) Suspender.
(B) Repousar.
(C) Desligar.
(D) Reiniciar. 6. (PREFEITURA DE PORTÃO/RS - MÉDICO - OBJETIVA/2019) Em
(E) Desconectar. relação aos comandos utilizados no Word, analisar os itens abaixo:
I. O comando Ctrl + S é utilizado para deletar o conteúdo sele-
2. (MJSP - TÉCNICO ESPECIALIZADO EM FORMAÇÃO E CAPA- cionado.
CITAÇÃO - CESPE/CEBRASPE/2022) Com relação ao Windows 10 e II. Ao utilizar o comando Ctrl + U, o conteúdo selecionado será
às suas ferramentas para gerenciamento de arquivos e diretórios, sublinhado.
julgue o item que se segue. III. O comando Ctrl + I é utilizado para a impressão rápida do
Na área de trabalho do Windows, estão disponíveis as ferra- conteúdo selecionado.
mentas de configuração de rede, de hardware e de instalação e de- IV. O comando Ctrl + Z é utilizado para desfazer a última ação
sinstalação de programas. realizada.
( ) CERTO Está(ão) CORRETO(S):
( ) ERRADO (A) Somente o item III.
(B) Somente o item IV.
3. (IMBEL - ANALISTA ESPECIALIZADO - FGV/2021) O Windows (C) Somente os itens I, II e IV.
10 oferece vários utilitários que podem ser invocados por meio da (D) Somente os itens II, III e IV.
linha de comando. Assinale a opção que indica a principal função
do utilitário ping. 7. (PREFEITURA DE AVELINÓPOLIS/GO - TÉCNICO EM ENFER-
(A) Configurar o Firewall. MAGEM - ITAME/2019) No Microsoft Word ao selecionar um texto
(B) Finalizar um processo. e pressionar CTRL + G o que ocorre:
(C) Configurar impressoras. (A) O texto é alinhado à direita.
(D) Alterar o registro do Windows. (B) O texto é copiado para área de transferência
(E) Verificar a conectividade entre computadores. (C) O texto recebe o comando go-back.
(D) O texto fica com a fonte grande.
4. (CREFONO - 1ª REGIÃO - AGENTE FISCAL - QUADRIX/2020)
Julgue o item acerca do programa Microsoft Excel 2013, do sistema 8. (PREFEITURA DE PORTO XAVIER/RS - TÉCNICO EM ENFERMA-
operacional Windows 10 e dos conceitos de redes de computado- GEM - FUNDATEC/2018)
res. Os ícones , pertencentes ao programa Microsoft Word,
Hibernar e Desligar são opções de desligamento do Windows são chamados, respectivamente, de:
10. Ambas, quando utilizadas, poupam uma grande quantidade de (A) Maiúsculas e Minúsculas.
energia. (B) Subscrito e Sobrescrito.
( ) CERTO (C) Negrito e Itálico.
( ) ERRADO (D) Imprimir e Substituir.
(E) Itálico e Imprimir.
5. (PREFEITURA DE BOA VISTA/RR - MÉDICO DO TRABALHO -
SELECON/2020) Na Área de Notificação do Windows 10 BR, locali- 9. (FUNDATEC - CONTADOR - FUNDATEC/2018) Em que Guia do
zada no canto inferior direito da tela do monitor de um notebook, programa Microsoft Word 2013, em sua configuração padrão, está
há um ícone que serve para o usuário verificar o status da conexão localizado o recurso Inserir Nota de Rodapé?
wi-fi à internet. Esse ícone é: (A) Inserir.
(A) (B) Página inicial.
(C) Referências.
(D) Revisão.
(E) Layout da Página.

(B)

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10. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - TÉCNICO EM IN- 13. Considere que a seguinte planilha foi elaborada no Micro-
FORMÁTICA - COTEC/2020) Os softwares antivírus são comumente soft Excel 2016, instalado em um computador com Windows 10.
utilizados para proteger os sistemas de ameaças e potenciais sof-
twares malintencionados (conhecidos por malwares). Alguns usu-
ários de computadores chegam a instalar mais de um antivírus na
mesma máquina para sua proteção. Verifique o que pode ocorrer
no caso da instalação de mais de um antivírus:
I - Um antivírus pode identificar o outro antivírus como sendo
uma possível ameaça.
II - Vai ocasionar um uso excessivo de processamento na CPU
do computador.
III - Apesar de alguns inconvenientes, há um acréscimo do nível
de segurança.
IV - Instabilidades e incompatibilidades podem fazer com que
vulnerabilidades se apresentem.
Estão CORRETAS as afirmativas:
(A) I, II e IV, apenas.
(B) I, III e IV, apenas.
(C) II e III, apenas.
(D) II e IV, apenas. As colunas da planilha estão identificadas pelas letras A e B,
(E) II, III e IV, apenas. no topo da imagem, e as linhas pelos números de 1 a 8, no canto
esquerdo da imagem.
11. (PREFEITURA DE TOLEDO/PR - ASSISTENTE EM ADMINIS- Após inserir a função =CONT.SE(A1:A7;SE(A1=”A”;”A”;”B”)) na
TRAÇÃO - PREFEITURA DE TOLEDO/PR/2020) Programas antivírus célula A8, será exibido, nessa célula, o número
tem uma importância um tanto quanto fundamental para os usuá- Alternativas
rios. As principais funções dessa ferramenta são, EXCETO: (A) 2
(A) Atuar para identificação e eliminação da maior quantidade (B) 3
de vírus possível. (C) 4
(B) Verificar continuamente os discos rígidos, HDs externos e (D) 5
mídias removíveis. (E) 6
(C) Trabalhar sincronizado com outro antivírus para aumentar
o nível de segurança. 14. Considere a planilha a seguir, produzida no editor de plani-
(D) Ao encontrar um problema o software em questão avisa o lhas Microsoft Excel 2016 (configuração padrão - idioma português
usuário. Brasil).
(E) A utilização de uma versão paga oferece ao usuário mais
segurança.

12. (CÂMARA DE CABIXI/RO - CONTADOR - MS CONCUR-


SOS/2018) Um vírus de computador é um software malicioso que
é desenvolvido por programadores geralmente inescrupulosos. Tal
como um vírus biológico, o programa infecta o sistema, faz cópias
de si e tenta se espalhar para outros computadores e dispositivos
de informática.
As alternativas a seguir apresentam exemplos de vírus de com-
putador, exceto o que se apresenta na alternativa:
(A) Vírus de boot.
(B) Crackers.
(C) Cavalo de troia.
(D) Time Bomb.
A fórmula =SOMASE(C2:C8;C2;D2:D8) - SOMASE(C2:C8;C4;-
D2:D8), digitada na célula D9, produzirá como resultado o seguinte
valor:
Alternativas
(A) 365.
(B) 155.
(C) -155.
(D) 117.
(E) 128.

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15. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - ASSISTENTE ADMI-


NISTRATIVO - COTEC/2020) Em observação aos conceitos e compo- (A) Somente os itens I e II.
nentes de e-mail, faça a relação da denominação de item, presente (B) Somente os itens I e III.
na 1.ª coluna, com a sua definição, na 2.ª coluna. (C) Somente os itens II e III.
Item (D) Todos os itens.
1- Spam
2- IMAP 19. (PREFEITURA DE SOBRAL/CE - ANALISTA DE INFRAESTRU-
3- Cabeçalho TURA - UECE-CEV/2018) Angélica enviou um e-mail para três cola-
4- Gmail boradoras, Luíza, Rafaela e Tatiana, tendo preenchido os campos do
Definição destinatário da seguinte forma:
( ) Protocolo de gerenciamento de correio eletrônico. Para: luiza@email.com.br
( ) Um serviço gratuito de webmail. Cc: rafaela@email.com.br
( ) Mensagens de e-mail não desejadas e enviadas em massa Cco: tatiana@email.com.br
para múltiplas pessoas. Assunto: reunião importante
( ) Uma das duas seções principais das mensagens de e-mail. Todas as três colaboradoras receberam o e-mail de Angélica e
A alternativa CORRETA para a correspondência entre colunas é: o responderam através do comando “Responder a todos”. Conside-
(A) 1, 2, 3, 4. rando a situação ilustrada, é correto afirmar que:
(B) 3, 1, 2, 4. (A) somente Angélica recebeu todas as respostas.
(C) 2, 1, 4, 3. (B) Tatiana não recebeu nenhuma das respostas.
(D) 2, 4, 1, 3. (C) somente Luíza e Rafaela receberam todas as respostas.
(E) 1, 3, 4, 2. (D) todas receberam as respostas umas das outras.

16. (PREFEITURA DE BRASÍLIA DE MINAS/MG - ENGENHEIRO 20. (PREFEITURA DE AREAL - RJ - TÉCNICO EM INFORMÁTICA -
AMBIENTAL - COTEC/2020) LEIA as afirmações a seguir: GUALIMP/2020) São características exclusivas da Intranet:
I - É registrada a data e a hora de envio da mensagem. (A) Acesso restrito e Rede Local (LAN).
II - As mensagens devem ser lidas periodicamente para não (B) Rede Local (LAN) e Compartilhamento de impressoras.
acumular. (C) Comunicação externa e Compartilhamento de Dados.
III - Não indicado para assuntos confidenciais. (D) Compartilhamento de impressoras e Acesso restrito.
IV - Utilizada para comunicações internacionais e regionais,
economizando despesas com telefone e evitando problemas com 21. (PREFEITURA DE SÃO FRANCISCO/MG - ASSISTENTE ADMI-
fuso horário. NISTRATIVO - COTEC/2020) Os termos internet e World Wide Web
V - As mensagens podem ser arquivadas e armazenadas, per- (WWW) são frequentemente usados como sinônimos na linguagem
mitindo-se fazer consultas posteriores. corrente, e não são porque
São vantagens do correio eletrônico aquelas dispostas em ape- (A) a internet é uma coleção de documentos interligados (pági-
nas: nas web) e outros recursos, enquanto a WWW é um serviço de
(A) I, IV e V. acesso a um computador.
(B) I, III e IV. (B) a internet é um conjunto de serviços que permitem a co-
(C) II, III e V. nexão de vários computadores, enquanto WWW é um serviço
(D) II, IV e V. especial de acesso ao Google.
(E) III, IV e V. (C) a internet é uma rede mundial de computadores especial,
enquanto a WWW é apenas um dos muitos serviços que fun-
cionam dentro da internet.
17. (FITO - TÉCNICO EM GESTÃO - VUNESP/2020) Um usuário,
(D) a internet possibilita uma comunicação entre vários compu-
ao preparar um e-mail e não enviá-lo imediatamente, pode, para
tadores, enquanto a WWW, o acesso a um endereço eletrônico.
não perder o trabalho feito, salvar o e-mail para envio posterior-
(E) a internet é uma coleção de endereços eletrônicos, enquan-
mente.
to a WWW é uma rede mundial de computadores com acesso
O recurso que permite salvar um e-mail ainda não enviado é especial ao Google.
(A) Favorito.
(B) Lembrete.
22. (PREFEITURA DE PINTO BANDEIRA/RS - AUXILIAR DE SERVI-
(C) Acompanhamento.
ÇOS GERAIS - OBJETIVA/2019) Sobre a navegação na internet, ana-
(D) Rascunho.
lisar a sentença abaixo:
(E) Marcas.
Os acessos a sites de pesquisa e de notícias são geralmente re-
alizados pelo protocolo HTTP, onde as informações trafegam com
18. (TJ/DFT - ESTÁGIO - CIEE/2018) Podem ser consideradas al-
o uso de criptografia (1ª parte). O protocolo HTTP não garante que
gumas atividades do correio eletrônico:
os dados não possam ser interceptados (2ª parte). A sentença está:
I - Solicitar informações.
(A) Totalmente correta.
II - Fazer download de arquivos.
(B) Correta somente em sua 1ª parte.
III - Mandar mensagens.
(C) Correta somente em sua 2ª parte.
Estão CORRETOS:
(D) Totalmente incorreta.
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23. (CRN - 3ª REGIÃO (SP E MS) - OPERADOR DE CALL CENTER - 15 D


IADES/2019) A navegação na internet e intranet ocorre de diversas
formas, e uma delas é por meio de navegadores. Quanto às funções 16 A
dos navegadores, assinale a alternativa correta. 17 D
(A) Na internet, a navegação privada ou anônima do navegador
18 D
Firefox se assemelha funcionalmente à do Chrome.
(B) O acesso à internet com a rede off-line é uma das vantagens 19 B
do navegador Firefox. 20 B
(C) A função Atualizar recupera as informações perdidas quan-
do uma página é fechada incorretamente. 21 C
(D) A navegação privada do navegador Chrome só funciona na 22 C
intranet.
(E) Os cookies, em regra, não são salvos pelos navegadores 23 A
quando estão em uma rede da internet. 24 CERTO
25 E
24. Acerca do programa de navegação Google Chrome, em sua
versão mais atual, dos sítios de busca e pesquisa na Internet e dos
conceitos de arquivos, julgue o item.
Além do Google, existem outros sites que o usuário pode utili-
ANOTAÇÕES
zar para realizar busca e pesquisa na Internet, como, por exemplo,
o Yahoo. ___________________________________________
Alternativas ___________________________________________
( ) CERTO ___________________________________________
( ) ERRADO
___________________________________________
25. No Google é possível definir a quantidade de sites listados ___________________________________________
em cada página por meio da opção ___________________________________________
Alternativas ___________________________________________
(A) Ferramentas.
(B) Exibir. ___________________________________________
(C) Histórico. ___________________________________________
(D) Resultados das pesquisas. ___________________________________________
(E) Configurações da pesquisa.
___________________________________________
___________________________________________
GABARITO ___________________________________________
___________________________________________
___________________________________________
1 A
___________________________________________
2 ERRADO
___________________________________________
3 E
___________________________________________
4 CERTO ___________________________________________
5 A ___________________________________________
6 B ___________________________________________
7 A ___________________________________________
8 B ___________________________________________
9 C ___________________________________________
10 A ___________________________________________
11 C
___________________________________________
___________________________________________
12 B
___________________________________________
13 C
___________________________________________
14 B
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Art. 10 - Não haverá equivalência entre os diferentes cargos


REGIME JURÍDICO DOS FUNCIONÁRIOS DO MUNICÍPIO DE isolados ou de carreira, quanto às atribuições, mas não haverá di-
RIBEIRÃO PRETO. (LEI MUNICIPAL N° 3.181 DE 23/7/1976) ferenciação nos respectivos padrões ou classes de vencimentos ou
funções, desde que as denominações sejam idênticas.
Art. 11 - Os cargos públicos municipais serão acessíveis a todos
LEI Nº 3181/76 os brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos nesta lei.
(VIDE LEI COMPLEMENTAR Nº 813/1998)
CAPÍTULO II
DISPÕE SOBRE O REGIME JURÍDICO DOS FUNCIONÁRIOS DO DO PROVIMENTO
MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO.
SECÇÃO I
Faço saber que a Câmara Municipal aprovou, e eu promulgo a DO PROVIMENTO
seguinte lei:
Art. 12 - Os cargos públicos municipais serão providos por:
CAPÍTULO I I - nomeação
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES II - promoção
III - transferência
Art. 1º Esta lei institui o regime jurídico dos funcionários do IV - reintegração
Município de Ribeirão Preto. V - aproveitamento
§ 1º - As disposições desta lei, aplicam-se aos funcionários: VI - reversão
I - da Câmara Municipal respeitadas a sua competência consti- Art. 13 - Compete ao Prefeito prover, mediante portaria, os
tucional privativa; cargos e funções públicas municipais, ressalvada a competência do
II - das Autarquias, que conservarem vinculação estatutária. presidente da Câmara Municipal, quanto aos cargos existentes em
§ 2º - Para todos os efeitos que decorram desta lei, o Prefeito seus quadros e dos Superintendentes dos órgãos descentralizados,
Municipal o Presidente da Câmara Municipal e os Superintendentes quanto aos respectivos servidores.
de Autarquias são denominados “AUTORIDADE”.
Art. 2º Para os efeitos desta lei, FUNCIONÁRIO e a pessoa legal- SECÇÃO II
mente investida em cargo público. DA NOMEAÇÃO
Art. 3º CARGO PÚBLICO é aquele criado por lei, com denomi-
nação própria, em número certo e pago pelos cofres do Município, SUBSECÇÃO I
cometendo ao seu titular um conjunto de deveres, atribuições e DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
responsabilidades.
Art. 4º O vencimento dos cargos públicos obedecerá a padrões Art. 14 - A nomeação, como forma de provimento inicial, será
fixados em lei. feita:
Art. 5º É vedada a prestação de serviços gratuitos. I - em caráter efetivo quando se tratar de cargo isolado ou de
Art. 6º Os cargos serão considerados de carreira ou isolados, de carreira, de provimento efetivo, e o candidato for ocupante de car-
provimento efetivo ou em comissão, na forma que a lei determinar. go público municipal, com estágio probatório completo;
Art. 7º CLASSE é um agrupamento de cargos da mesma profis- II - em comissão, quando se tratar de cargo que, em decorrên-
são ou atividade, e de igual padrão de vencimento. cia de lei, assim deva ser provido;
Art. 8º CARREIRA é um agrupamento de classes da mesma pro- III - em caráter efetivo, mas com sujeição a estágio probatório,
fissão ou atividade, com denominação própria. quando se tratar de cargo de carreira ou isolado, preenchido em
§ 1º - As atribuições de cada carreira serão definidas em regu- concurso por candidato estranho ao quadro do funcionalismo mu-
lamento. nicipal ou sem o estágio referido no item I, acima.
§ 2º - Respeitado o regulamento, as atribuições inerentes a Art. 15 - A nomeação obedecerá à ordem de classificação dos
uma carreira poderão ser cometidas, indistintamente, aos funcio- candidatos, habilitados em concurso.
nários de suas diferentes classes. Art. 16 - Será tornada sem efeito, em portaria, a nomeação,
§ 3º - É vedado atribuir-se ao funcionário encargos ou serviços quando a posse não se verificar no prazo estabelecido.
diversos daqueles que são próprios de sua carreira ou cargo, e que, Art. 17 - É vedada a nomeação de candidato habilitado em con-
como, tais, sejam definidos em leis ou regulamentos, ressalvadas as curso após a expiração do prazo de sua validade.
funções de chefia e as comissões legais. Art. 18 - A portaria de provimento dos cargos públicos deverá
Art. 9º QUADRO é o conjunto de carreiras e cargos isolados. conter, necessariamente, as seguintes indicações:
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I - o cargo vago, com todos os elementos de identificação; SUBSEÇÃO III


II - o caráter de investidura; DO CONCURSO
III - o fundamento legal, bem como a indicação do padrão de
vencimento do cargo; Art. 21 - Os concursos para preenchimento de cargos públicos
IV - indicação de que o exercício do cargo se fará cumulativa- serão supervisionados pela Comissão Municipal do Serviço Civil, de
mente com outro, quando for o caso. que trata o Capítulo IV desta lei.
Art. 22 - A primeira investidura em cargo, isolado ou de carrei-
SUBSEÇÃO II ra, de provimento efetivo, efetuar-se-á mediante concurso, prece-
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO dendo inspeção de saúde.
Art. 23 - O concurso será de provas, ou de provas e títulos, na
Art. 19 - Estágio probatório é o período de 3 (três) anos de efe- conformidade da lei ou regulamento.
tivo exercício em que o servidor, nomeado para cargo de provimen- § 1º - As provas serão avaliadas na escala de 0 (zero) a 100
to efetivo, isolado ou de carreira, por meio de concurso público, (cem) pontos.
será submetido à avaliação especial de desempenho, como condi- § 2º - Aos títulos, quando em concurso de provas e títulos, se-
ção obrigatória para a aquisição da estabilidade. rão atribuídos até 50 (cinquenta) pontos.
§ 1º - A avaliação especial de desempenho será executada com § 3º - As instruções de concurso definirão as provas e os títu-
base em relatórios periódicos, preenchidos pelas chefias e por de- los a serem considerados e o critério de julgamento, obedecidas às
mais documentos que constituam elementos de convicção acerca disposições legais.
do desempenho do servidor e será coordenada por uma comissão § 4º - Serão considerados habilitados os candidatos que obtive-
composta de, no mínimo, três servidores estáveis a serem indicados rem média igual ou superior a 50 (cinquenta) nas provas.
por Portaria do Chefe do Poder Executivo. § 5º - A classificação dos candidatos resultará da média geral
§ 2º - A comissão poderá, caso entenda necessário, realizar di- das provas, somadas aos pontos obtidos com os títulos, quando es-
ligências, a fim de esclarecer situações ocorridas no procedimento tes forem considerados.
de avaliação de desempenho. Art. 24 - Homologado o resultado do concurso à nomeação
§ 3º - O servidor, durante o estágio probatório, será submetido será feita de acordo com a classificação dos candidatos aprovados,
a, pelo menos, uma avaliação especial de desempenho por ano de preenchidas as vagas na classe inicial, dentro do prazo de 30 (trinta)
efetivo exercício, em que serão apurados os seguintes requisitos: dias.
I - assiduidade; § 1º - O prazo de validade dos concursos será de 2 (dois) anos,
II - disciplina; contados da homologação.
III - eficiência; § 2º - O concurso, uma vez aberto, deverá estar homologado
IV - capacidade funcional. dentro do prazo de 90 (noventa) dias.
§ 4º - Os requisitos de que trata o parágrafo anterior, os mé- § 3º - Homologado o concurso será expedido pelo órgão de
todos de pontuação, as atribuições da comissão de avaliação e o pessoal, o certificado de habilitação.
procedimento da avaliação especial de desempenho serão regula- Art. 25 - Encerradas as inscrições legalmente processadas, para
mentados por meio de Decreto do Chefe do Poder Executivo. concurso ao preenchimento de qualquer cargo, não se abrirão no-
§ 5º - A comissão de avaliação de desempenho deverá apre- vas inscrições antes da realização do certame.
sentar relatório conclusivo pela permanência ou não do servidor no Art. 26 - Todo concurso será precedido de ampla publicação
cargo para deliberação do Secretário da Administração. de edital, com prazo mínimo de 10 (dez) dias para inscrição, e a ele
§ 6º - Da decisão que acolher o parecer pela exoneração, ca- serão admitidos todos os candidatos que satisfizerem as exigências
berá, no prazo de 10 dias a contar da ciência do servidor, um único legais, que serão objeto de divulgação no próprio edital. (Redação
recurso para o Secretário da Administração, que o decidirá no prazo dada pela Lei Complementar nº 1679/2004)
de 10 dias.
§ 7º - O servidor aprovado será considerado estável por ato a SUBSEÇÃO I
ser apostilado em sua ficha funcional e o reprovado será exonerado DA POSSE B
por meio de Portaria da autoridade competente que deverá ser pu-
blicada no Diário Oficial do Município. Art. 27 - POSSE é a investidura no cargo público.
§ 8º - Estas disposições são aplicáveis a todos os servidores efe- Parágrafo Único - Não haverá posse nos casos de promoção e
tivos da Administração Direta e Indireta e da Câmara Municipal, ca- reintegração.
bendo a cada uma das entidades a nomeação sua própria comissão Art. 28 - Somente poderá ser empossado em cargo público
especial de avaliação de desempenho, adequando o procedimento quem satisfazer os seguintes requisitos:
de acordo com cada estrutura administrativa.” (Redação dada pela I - ser brasileiro;
Lei Complementar nº 2418/2010) II - ter completado 18 (dezoito) anos de idade, e no máximo 50
Art. 20 - Para efeito de estágio probatório só será contado o (cinquenta), salvo se tratar de candidato já titular de cargo munici-
tempo de efetivo exercício prestado em outros cargos de provimen- pal de provimento efetivo;
to efetivo, desde que não haja ocorrido solução de continuidade do III - estar no gozo dos direitos políticos;
exercício. IV - estar em dia com as obrigações militares, nos termos da le-
gislação federal pertinente; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 283/1993)
V - apresentar atestado de boa conduta;

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VI - gozar de boa saúde, comprovada em inspeção médica, e § 1º - Ao Chefe da repartição para onde for designado o funcio-
não ter defeito físico incompatível com o exercício do cargo; nário, compete dar-lhe exercício, bem como comunicar ao órgão de
VII - possuir aptidão para o exercício de função; pessoal o seu início, as alterações e ocorrências referentes a cada
VIII - ter-se habilitado previamente em concurso, ressalvadas as funcionário que lhe estiver subordinado.
exceções previstas em lei. § 2º - Antes de entrar em exercício o funcionário apresentará
IX - ter atendido as condições e as exigências prescritas em leis ao órgão competente os elementos necessário ao assentamento
e regulamentos para cargos ou carreiras que exijam habilitação pro- individual.
fissional; Art. 38 - O exercício do cargo terá início no prazo de 30 (trinta)
X - ser eleitos; dias contados:
XI - apresentar declarações de bens. I - da data da publicação oficial do ato no caso de reintegração;
Parágrafo Único - Em se tratando de cargo de provimento em II - da data da posse, nos demais casos.
comissão, do quadro de servidores da Câmara Municipal, a exigên- § 1º - A promoção não interrompe o exercício, que é contado
cia a que se refere o inciso VI deste artigo, poderá ser dispensada na nova classe a partir da publicação do ato que promover o fun-
pela mesa diretora. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº cionário.
330/1994) § 2º - O funcionário transferido ou removido quando licencia-
Art. 29 - São competentes para dar posse e receber o compro- do, ou quando afastado em virtude de férias, casamento ou luto,
misso: terá 30 (trinta) dias, a partir do término do impedimento regular,
I - O Prefeito, aos Secretários Municipais e Diretores dos órgãos para entre em exercício.
descentralizados; § 3º - O prazo deste artigo poderá ser prorrogado por mais 30
II - o Secretário dos Negócios Jurídicos e Internos, nos demais (trinta) dias, a requerimento do interessado.
casos, relativamente aos servidores da administração direta; Art. 39 - O funcionário nomeado deverá ter exercício na repar-
III - O Superintendente dos órgãos descentralizados aos seus tição em cuja lotação houver claro.
funcionários em geral; Parágrafo Único - O funcionário promovido poderá continuar
IV - O Presidente da Câmara ao Diretor e este aos demais fun- em exercício na repartição em que estiver servindo.
cionários da Secretaria do órgão legislativo. Art. 40 - Entende-se por lotação o número de servidores que
Art. 30 - Do termo de posse, assinado pela autoridade compe- em decorrência de lei ou regulamento, devam ter exercício em cada
tente e pelo funcionário, constará o compromisso de fiel cumpri- setor ou repartição administrativa.
mento dos deveres e obrigações. Art. 41 - O funcionário não poderá ter exercício em setor ou
Parágrafo Único - O funcionário declarará, para que figurem repartição diferente daquele em que estiver lotado.
obrigatoriamente no termo de posse, os bens e valores que consti- § 1º - O afastamento do funcionário, de sua repartição, para ter
tuem o seu patrimônio. exercício em outra, só se verificará nos casos previstos nesta lei, por
Art. 31 - Poderá haver posse mediante procuração, quando se prazo certo e para fim determinado.
tratar de funcionário ausente do Município, em comissão do Go- § 2º - Na hipótese de requisição ou disposição por parte de
verno, ou, em casos especiais, a Juízo da autoridade competente. poder público, o afastamento dependerá de prévia anuência do
Art. 32 - A autoridade que der posse verificará, sob pena de funcionário, por escrito.
responsabilidade, se foram satisfeitas as condições legais para a in- Art. 42 - Nenhum funcionário poderá ausentar-se do Municí-
vestidura, mandado citá-las, especificamente, no respectivo termo. pio, para estudo, missão ou representação de qualquer natureza,
Art. 33 - O termo de posse, assinado também pelo funcionário com ou sem ônus para os cofres públicos, salvo designação expres-
responsável pelo órgão de pessoal, será, após os devidos registros, sa por ato do Prefeito ou autoridade competente.
arquivado no órgão competente. Art. 43 - Salvo caso de mandato eletivo, nenhum funcionário
Art. 34 - A posse deverá verificar-se no prazo de 30 (trinta) dias, poderá permanecer afastado do serviço ou ausente do Município,
contados da data da publicação da portaria de nomeação no órgão por efeito do disposto no artigo anterior além de 4 (quatro) anos.
oficial. Parágrafo Único - No caso de estudo ou missão, somente de-
Art. 35 - O prazo de que trata o artigo anterior poderá ser pror- pois de decorrido igual período de efetivo exercício, no Município,
rogado por 30 (trinta) dias, por solicitação escrita do interessado, será permitido novo afastamento.
mediante ato da autoridade competente. Art. 44 - Preso preventivamente, pronunciado por crime co-
Parágrafo Único - Se à posse não se der dentro do prazo inicial mum, ou denunciado por crime funcional ou, ainda condenado por
ou da prorrogação, será tornada sem efeito a nomeação. crime inafiançável em processo no qual não haja pronuncia, o fun-
Art. 36 - O termo inicial de posse para o funcionário em férias cionário será afastado do exercício, até decisão final passada em
ou licença, exceto no caso de licença para tratar de interesse parti- julgado.
cular, será o da data em que voltar ao serviço. Art. 45 - Será exonerado do cargo, ou dispensado da função, o
funcionário que não entrar em exercício dentro do prazo estabele-
SUBSEÇÃO V cido.
DO EXERCÍCIO Art. 46 - Salvo os casos previstos na presente lei, o funcionário
que interromper o exercício, por mais de 30 (trinta) dias, consecuti-
Art. 37 - O início, a interrupção e o reinício do exercício serão vos, será demitido por abandono do cargo.
registrados no assentamento individual do funcionário.

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SEÇÃO III Parágrafo Único - Na classificação inicial, o primeiro desempate


DA PROMOÇÃO será determinado pela Classificação em concurso.
Art. 57 - Será apurado em dias o tempo de exercício na classe,
Art. 47 - Promoção é o ato pelo qual o funcionário tem aces- para efeito de antiguidade.
so, em caráter efetivo, a classe imediatamente superior àquela que Art. 58 - Em beneficio daquele a quem de direito cabia a pro-
ocupa, na carreira a que pertence. moção, será declarado sem efeito ao toque a houver concedido in-
Art. 48 - A promoção obedecerá ao critério de antiguidade de devidamente.
classe e ao de merecimento, alternadamente, salvo quanto à classe § 1º - O funcionário promovido indevidamente não ficará obri-
final da carreira, em que será feita a razão de um terço (1/3) por gado a restituir o que a mais houver recebido.
antiguidade a dois (2/3) por merecimento. § 2º - O funcionário a quem cabia a promoção será indenizado
Parágrafo Único - O critério a que obedecer a promoção deverá da diferença do vencimento ou remuneração a que tiver direito.
vir expresso na portaria respectiva. Art. 59 - Só por antiguidade poderá ser promovido o funcioná-
Art. 49 - As promoções serão realizadas de seis (6) em seis (6) rio em exercício de mandato eletivo.
meses, desde que verificada a existência de vagas. Art. 60 - Compete a Comissão Municipal do Serviço Civil pro-
§ 1º - Quando não procedida no prazo legal, a promoção produ- cessar as promoções.
zirá efeitos a partir do último dia do respectivo semestre. Art. 61 - Não poderá ser promovido por antiguidade ou me-
§ 2º - Para todos os efeitos será considerado promovido o fun- recimento, o funcionário que não possuir diploma exigido por lei,
cionário que vier a falecer sem que tenha sido efetivada, no prazo para exercício da profissão a que corresponderem às atribuições da
legal, a promoção que lhe cabia por antiguidade. carreira.
Art. 50 - A promoção, por merecimento, a classe intermediária Art. 62 - É vedada ao funcionário sob as penas previstas em lei
de qualquer carreira, só poderão concorrer os funcionários coloca- ou regulamento, pedir, por qualquer forma, a sua promoção.
dos, por ordem de antiguidade, no primeiro terço de classe imedia- Parágrafo Único - Não se compreendem, na proibição deste ar-
tamente inferior. tigo, os pedidos de reconsideração e recursos apresentados pelo
Parágrafo Único - A Comissão Municipal do Serviço Civil, orga- funcionário, relativamente à apuração de antiguidade ou mereci-
nizará para cada vaga uma lista não excedente de três (3) nomes, se mento, ou de direitos previstos em lei.
maior for o número do terço. § 63 - os funcionários que demonstrarem parcialidade no julga-
Art. 51 - Não poderá ser promovido o funcionário que não te- mento do merecimento serão punidos disciplinarmente, mediante
nha, a abertura da vaga, o interstício de setecentos e trinta (730) representação da Comissão de Serviço Civil.
dias de efetivo exercício na classe.
Parágrafo Único - Não poderá ser promovido o funcionário em SEÇÃO IV
estágio probatório. DA TRANSFERÊNCIA
Art. 52 - O merecimento do funcionário é adquirido na classe.
Parágrafo Único - O funcionário transferido para carreira da Art. 64 - A transferência, em virtude de readaptação do funcio-
mesma denominação levará o merecimento apurado no cargo a nário, será processada de ofício:
que pertencia. I - de uma para outra carreira de denominação diversa;
Art. 53 - o funcionário suspenso preventivamente poderá ser II - de um cargo isolado, de provimento efetivo, para outro, de
promovido, mas a promoção ficará sem efeito se verificada a pro- carreira;
cedência da imputação constante do processo de que resultou a Art. 65 - Haverá, ainda, transferência:
suspensão. I - de um cargo de carreira para outro de carreira;
§ 1º - Na hipótese deste artigo, o funcionário só perceberá o II - de um cargo de carreira para outro isolado, de provimento
vencimento correspondente à nova classe quando tornada sem efetivo;
efeito a penalidade aplicada, caso em que a promoção surtirá efeito III - de um cargo isolado, de provimento e efetivo, para outro
a partir da data de sua publicação. da mesma natureza;
§ 2º - A solução prevista no “caput” deste artigo não poderá § 1º - A transferência, prevista neste artigo, só poderá ser feita
exceder 90 (noventa) dias, após os quais o funcionário terá direito a pedido do funcionário.
aos efeitos da promoção, até verificação definitiva da procedência § 2º - A transferência, a pedido, para cargo de carreira, só pode-
da imputação. rá ser feita para vaga que tiver de ser provida mediante promoção
Art. 54 - A antiguidade será determinada pelo tempo de efetivo por merecimento.
exercício na classe. Art. 66 - Somente poderá haver transferência para cargo de
Parágrafo Único - Para efeito de apuração de antiguidade na igual padrão de vencimento atendidas, sempre, a conveniência do
classe, será considerada como de efetivo exercício o afastamento serviço e a exigência de habilitação profissional.
previsto no artigo 113. Art. 67 - O interstício para a transferência será de setecentos a
Parágrafo Único - Computar-se-ão, ainda: trinta (730) dias, na classe ou no cargo isolado.
I - o período de trânsito; Art. 68 - Não poderá ser transferido o funcionário que se achar
II - o período de estágio probatório. em estágio probatório.
Art. 56 - Quando ocorrer empate na classificação por antiguida-
de terá preferência o funcionário de maior tempo de serviço públi-
co municipal. Havendo, ainda, empate, o de maior tempo de serviço
público, o de maior prole e o mais idoso, sucessivamente.

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SEÇÃO V Art. 81 - Respeitada a habilitação profissional, a reversão far-se-


DA REINTEGRAÇÃO -á de preferência no mesmo cargo anteriormente ocupado, ou em
outro de atribuições análogas.
Art. 69 - A reintegração que decorrerá de decisão administrati- § 1º - A reversão de ofício nunca poderá ser feita para cargo de
va ou judicial com transito em julgado, é o reingresso do funcionário vencimento inferior a provento do revertido.
no serviço público, com ressarcimento dos prejuízos decorrentes do § 2º - A reversão, a pedido, somente poderá ser feita no mesmo
afastamento. cargo ou em cargo a ser provido por merecimento.
Art. 70 - O pagamento dos prejuízos a que alude o artigo ante- Art. 82 - O funcionário revertido a pedido somente poderá con-
rior deverá ser feito no prazo máximo de 60 (sessenta) dias da data correr à promoção depois de haverem sido promovidos todos os
da reassunção do cargo. que integravam a sua classe, a época da reversão.
Art. 71 - A reintegração sra feita no cargo anteriormente ocupa- Art. 83 - A reversão não dará direito, para nova aposentadoria,
do; se este houver sido transformado, no cargo resultante da trans- a contagem do tempo em que o funcionário esteve aposentado.
formação e, se extinto, em cargo de vencimento ou remuneração
equivalente, atendida a habilitação profissional. CAPÍTULO III
Parágrafo Único - Não havendo possível a reintegração pela DAS MUTAÇÕES FUNCIONAIS E DA VACÂNCIA
forma prevista neste artigo, será o funcionário posto em disponi-
bilidade. SEÇÃO I
Art. 72 - Quando a reintegração for decorrente de decisão judi- DA SUBSTITUIÇÃO
cial, quem houver ocupado o lugar do reintegrado ficará exonerado
de plano, ou será reconduzido ao cargo que, anteriormente, ocupa- Art. 84 - Somente haverá substituição no impedimento do ocu-
va, mas sem direito a indenização. pante de cargo isolado de provimento efetivo, de cargo em comis-
Parágrafo Único - Em se tratando de primeira investidura, o são ou de função gratificada.
ocupante do cargo a que alude este artigo, sendo estável, ficará em Art. 85 - A substituição será automática ou dependerá de ato
disponibilidade. de administração.
Art. 73 - Transitada em julgado a sentença que determinar a § 1º - A substituição automática será gratuita, se prevista em lei
reintegração, o órgão incumbido da defesa do Município em Juízo ou regulamento; quando, porém, exceder de 30 (trinta) dias, será
representará, imediatamente, ao Prefeito, a fim de ser expedido o remunerada, por todo o período.
título de reintegração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias. § 2º - A substituição remunerada dependerá de ato da autori-
Art. 74 - O funcionário reintegrado será submetido a exame dade competente para nomear ou designar, salvo o caso de pará-
médico e aposentado quando incapaz. grafo anterior, “in-fine”.
§ 3º - O substituto perderá, durante o tempo da substituição, o
SEÇÃO VI vencimento ou remuneração do cargo de que for titular, exceto no
DO APROVEITAMENTO caso de função gratificada ou cargo em comissão, e opção.
§ 4º - O substituto exercerá o cargo ou função enquanto durar o
Art. 75 - APROVEITAMENTO é o ingresso, no serviço público, do impedimento do respectivo ocupante, sem que nenhum direito lhe
funcionário até então em disponibilidade. caiba d ser provido, efetivamente, no cargo.
Art. 76 - Será obrigatório o aproveitamento do funcionário es- Art. 86 - O tesoureiro, em caso de impedimento legal ou tem-
tável em cargo de natureza e vencimento compatíveis com o ante- porário, poderá ser substituído por um ajudante seu ou pessoa de
riormente ocupado. sua confiança, dentro do funcionalismo; mediante indicação escrita
Parágrafo Único - O aproveitamento dependerá de prova de ca- e a critério da autoridade.
pacidade mediante inspeção médica. Art. 87 - O substituto, quando remunerada a substituição, terá
Art. 77 - Havendo mais de um concorrente a mesma vaga, terá direito à remuneração a partir da data em que assumir as respecti-
preferência o de maior tempo de disponibilidade e, no caso de em- vas funções.
pate, o de maior tempo de serviço público. Art. 88 - Quando o ocupante de cargo isolado de provimento
Art. 78 - Será tornado sem efeito o aproveitamento a cassada efetivo, de cargo em comissão ou de função gratificada, estiver afas-
a disponibilidade se o funcionário não tomar posse no prazo legal, tado por medida disciplinar ou inquérito administrativo, será substi-
salvo caso de doença comprovada em inspeção médica. tuído de conformidade com o disposto nesta seção.
Parágrafo Único - Comprovada a incapacidade definitiva em
inspeção médica, será decretada a aposentadoria. SEÇÃO II
DA READAPTAÇÃO
SEÇÃO VII
DA REVERSÃO Art. 89 - Readaptação é a limitação das funções do cargo, a fim
de torná-lo compatível com a capacidade do servidor e dependerá
Art. 79 - REVERSÃO é o ingresso no serviço público, do funcio- sempre de exame médico de Junta Médica Oficial. (Redação dada
nário aposentado, quando insubsistentes os motivos da aposenta- pela Lei Complementar nº 2406/2010)
doria. Art. 90 - A readaptação far-se-á de ofício ou a pedido, quan-
Art. 80 - A reversão, que dependerá sempre de exame médico e do se verificarem modificações no estado físico ou psíquico, ou
existência de cargo vago, far-se-á a pedido ou “de ofício”. nas condições de saúde do servidor, que lhe diminuam a eficiên-
Parágrafo Único - O aposentado não poderá reverter à ativida- cia no exercício do cargo. (Redação dada pela Lei Complementar nº
de se contar mais de 70 (setenta) anos de idade. 2406/2010)
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Art. 91 - A readaptação não acarretará diminuição nem aumen- § 1º - Dar-se-á a exoneração:


to de vencimento ou remuneração. (Redação dada pela Lei Comple- I - a pedido do funcionário
mentar nº 2406/2010) II - de ofício:
Art. 92 - Poderá ser readaptado o servidor estável e o servidor a) quando se tratar de cargo em comissão.
em estágio probatório. (Redação dada pela Lei Complementar nº b) quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
2406/2010) c) quando o funcionário não entrar em exercício no prazo legal;
Parágrafo Único - O servidor em estágio probatório somente § 2º - A demissão será aplicada como penalidade e deverá ser
poderá ser readaptado, se atestado pela Junta Médica Oficial, que o precedida de processo disciplinar.
seu problema de saúde não era pré-existente quando do seu ingres- § 3º - O funcionário terá direito à percepção, em pecúnia, dos
so no serviço público. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº direitos concernentes a férias e licença-prêmio adquiridas e não go-
2406/2010) zadas oportunamente, nas seguintes hipóteses: (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 15/1990)
SEÇÃO III I - de aposentadoria, com vantagens do cargo de provimento
DA REMOÇÃO OU DA PERMUTA efetivo ou em comissão; (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 15/1990)
Art. 93 - A remoção, a pedido ou de ofício, far-se-á: II (Lei Complementar nº 600/1996 declarada inconstitucional
I - de uma para outra Secretaria; pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, conforme ADI nº 38979-0/0)
II - de um para outro setor da mesma Secretaria. Art. 101 - A vacância de função gratificada decorrerá de:
§ 1º - A remoção prevista no item I será feita por ato do prefei- I - dispensa, a pedido do funcionário;
to; a prevista no item II, por ato do Secretário, se de um para outro II - dispensa, a critério da autoridade e quem couber a desig-
Departamento da mesma Secretaria, e por ato do Diretor, se de um nação;
para outro setor do mesmo Departamento. III - destituição.
Art. 94 - o funcionário removido deverá assumir o exercício na
repartição para a qual foi designado, no primeiro dia útil após ciên- CAPÍTULO IV
cia do ato, salvo determinação em contrário. DA COMISSÃO DO SERVIÇO CIVIL
Parágrafo Único - Relativamente ao funcionário em férias ou
de licença, a assunção deverá ocorrer no primeiro dia útil após o Art. 102 - Para processamento de concursos para provimento
termino do afastamento. de cargos, exames para admissão de servidores sob contrato, clas-
Art. 95 - A permuta será processada a requerimento de ambos sificação de funcionários para promoções e demais atribuições que
os interessados, respeitados os requisitos da remoção, mas somen- lhe são cometidas nesta lei, é instituída a COMISSÃO MUNICIPAL
te será autorizada se ocorrer interesses da administração. DO SERVIÇO CIVIL, que será composta de 7 (sete) membros, sendo
2 (dois) indicados pelo Prefeito, 2 (dois) indicados pela associação
SEÇÃO IV de classes, prevista no artigo 285 desta lei e 3 (três) eleitos pelos
DA FUNÇÃO GRATIFICADA funcionários, dentre os funcionários efetivos e estáveis.
Parágrafo Único - As indicações do Prefeito e da associação de
Art. 96 - FUNÇÃO GRATIFICADA é a encarregatura instituída, na classe deverão recair sobre funcionários efetivos, de nível univer-
forma da lei, para atender encargos de chefia que não justifiquem sitário.
a criação de cargo. Art. 103 - Os membros da COMISSÃO MUNICIPAL DO SERVIÇO
Art. 97 - O desempenho da função gratificada será atribuído CIVIL, logo que empossados pelo Chefe do Executivo, escolherão
ao funcionário mediante ato expresso do Prefeito, após instituída o Presidente do órgão e elaborarão as normas regimentais neces-
a encarregadoria. sárias ao desenvolvimento de suas atividades, e a regularidade de
Art. 98 - A gratificação será percebida, cumulativamente, com suas reuniões, que obrigatoriamente serão produzidas em atas.
o vencimento ou remuneração do cargo, de que for titular o grati- Parágrafo Único - As deliberações da COMISSÃO MUNICIPAL
ficado. DO SERVIÇO CIVIL será tomadas por maioria de votos, em reuni-
Art. 99 - Não perderá a gratificação a que se refere o artigo ões convocadas pelo Presidente, na forma do Regimento, as quais
anterior, o funcionário que se ausentar por férias ou afastamento poderão ser realizadas desde que presentes, pelo menos 5 (cinco)
regulares nos quais também vencimento ou remuneração seja de- membros da entidade.
vidos. Art. 104 - O mandato dos membros da Comissão será de três
(3) anos e poderá ser renovado, sendo as suas funções exercidas
SEÇÃO V “pro-honore”, sem prejuízo das atribuições de cada um em seus
DA VACÂNCIA respectivos cargos.
Parágrafo Único - Quando a natureza a vulto dos trabalhos da
Art. 100 - A vacância de cargo decorrerá de: COMISSÃO MUNICIPAL DO SERVIÇO CIVIL o exigirem, o Prefeito, ou
I - exoneração; Autoridade a que competir, poderá dispensar os membros da Co-
II - demissão; missão do exercício de seus cargos, pelo tempo necessário.
III - promoção; Art. 105 - Compete a COMISSÃO MUNICIPAL DO SERVIÇO CIVIL:
IV - transferência; a) proceder às classificações dos funcionários para promoção,
V - aposentadoria; na forma determinada no respectivo Regimento e nesta lei;
VI - posse em outro cargo;
VII - falecimento.
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ESTATUTO DO SERVIDOR

b) processar os concursos para provimento de cargos do qua- I - férias;


dro do funcionalismo, e os exames para admissão de servidores no II - casamento;
regime da C.L.T., quando necessário; III - luto, por falecimento do cônjuge e de parentes, até o 2º
c) representar ao Prefeito sobre qualquer assunto de interesse grau civil;
dos funcionários e sobre organização e racionalização dos serviços IV - exercício de outro cargo municipal de provimento em co-
do pessoal; missão;
d) desenvolver as atividades que as leis, regulamentos e instru- V - convocação para serviço militar;
ções lhe atribuírem. VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
Art. 106 - Sempre que necessário poderá a COMISSÃO MUNI- VII - exercício de função ou cargo de governo ou administração,
CIPAL DO SERVIÇO CIVIL convidar pessoa estranha ao quadro do em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presi-
funcionalismo, mas de comprovada competência, especialização e dente da República;
idoneidade, para auxiliá-la na realização de concursos e no julga- VIII - exercício de função ou cargo de governo ou administra-
mento das provas. ção, em qualquer parte do território do Estado, por nomeação do
Art. 107 - A COMISSÃO MUNICIPAL DO SERVIÇO CIVIL deverá Governador do Estado;
organizar um “dossiê” de cada funcionário, a fim de servir de base IX - desempenho de função eletiva da União, dos Estados, do
as classificações. Para tal fim os setores de pessoal lhe fornecerão Distrito Federal ou de outros Municípios, inclusive o período de fé-
todos os elementos de informação necessários, mediante simples rias ou interregnos parlamentares, observado o disposto nesta lei;
requisição direta. X - licença-prêmios;
Art. 108 - A COMISSÃO MUNICIPAL DO SERVIÇO CIVIL terá uma XI - licença a funcionária gestante ou nos casos previstos no
Secretaria, com os servidores julgados necessários, comissionados artigo 151 desta lei;
ou postos a sua disposição pelo Prefeito, mediante requisição devi- XII - missão ou estudo no estrangeiro, quando o afastamento
damente justificada. houver sido autorizado pelo Prefeito;
Parágrafo Único - O presidente escolherá, dentre os funcioná- XIII - missão, estudo ou representação em qualquer ponto do
rios requisitados, o que melhor indicado para dirigir os serviços da território nacional, desde que o afastamento tenha sido autorizado
Secretaria. pelo Prefeito;
Art. 109 - São impedidos de intervir em qualquer ato dos pro- XIV - moléstia devidamente comprovada por atestado médico,
cessos de concursos ou de classificação para promoção os membros até dez (10) dias por trimestre;
da COMISSÃO MUNICIPAL DO SERVIÇO SOCIAL que sejam parentes XV - exercício em comissão, de cargo de chefia nos serviços da
até o 3º grau civil de qualquer dos candidatos, os que tenham inte- União, dos Estados, de Distrito Federal, dos Territórios e de outros
resse manifestado nos processos, e os que venham a sofrer impug- Municípios;
nação com motivos ponderáveis, julgada pelo Prefeito. XVI - afastamento por processo disciplinar, e se o funcionário
Art. 110 - Do regimento da COMISSÃO MUNICIPAL DO SERVIÇO for declarado inocente, ou se a punição se limitar à pena de repre-
CIVIL deverá constar também, e obrigatoriamente: ensão;
a) normas dos trabalhos e julgamento dos processos; XVII - prisão, se afinal, for reconhecida a ilegalidade daquela,
b) regulamentação completa dos concursos em geral e critério ou a improcedência da imputação que a ocasionar;
de julgamento; XVIII - disponibilidade remunerada;
c) normas para apuração de notas ou pontos nos processos XIX - licença para tratamento de saúde, comprovadamente, no
para promoção, por merecimento e por antiguidade, bem como tratamento de câncer. (Redação acrescida pela Lei Complementar
para reclamações e recursos, seu processamento e prazos. nº 2765/2016)
Art. 111 - O disposto neste capítulo não se aplica aos funcioná- Art. 114 Serão contados, para todos os efeitos: (Redação dada
rios da Câmara Municipal. pela Lei Complementar nº 2822/2017)
I - SIMPLESMENTE: (Redação dada pela Lei Complementar nº
CAPÍTULO V 2822/2017)
DOS DIREITOS E VANTAGENS a) os dias de efetivo exercício; (Redação dada pela Lei Comple-
mentar nº 2822/2017)
SEÇÃO I b) o tempo de serviço prestado em cargo de provimento efeti-
DO TEMPO DE SERVIÇO vo para a administração direta ou indireta do Município; (Redação
dada pela Lei Complementar nº 2822/2017)
Art. 112 - Será feita em dias a apuração de tempo de serviço. c) o tempo em que o funcionário estiver em disponibilidade
§ 1º - O número de dias será convertido em anos, considerado remunerada; (Redação dada pela Lei Complementar nº 2822/2017)
o ano como de trezentos e sessenta e cinco (365) dias. d) o tempo de serviço federal, estadual ou municipal será con-
§ 2º - Feita à conversão, os dias restantes até 182 (cento e oi- tado somente para efeito de aposentadoria e disponibilidade. (Re-
tenta e dois) não serão computador, arredondando-se para 1 (um) dação dada pela Lei Complementar nº 2822/2017)
ano, quando excederem esse número, nos casos de cálculo para II - EM DOBRO:
efeito de aposentadoria e adicionais. a) os dias de férias ou licença premio que o funcionário não
§ 3º - Serão computados os dias de efetivo exercício à vista do houver gozado, desde que haja adquirido esses direitos na qualida-
registro de frequência. (§3º revigorado pela Lei Complementar nº de de servidor municipal;
583/1996) b) o período de serviço ativo nas Forças Armadas em operações
Art. 113 - Será considerado de efetivo exercício o afastamento de guerra.
em virtude de:
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ESTATUTO DO SERVIDOR

Parágrafo Único - Somente serão averbados os dias de férias § 2º - Em qualquer caso o valor dos proventos será acrescido
não gozados por necessidade de serviço, mediante pedido irretra- do salário família, dos adicionais por tempo de serviço e das demais
tável do funcionário, após o período Maximo permitido para acu- vantagens pessoais, na base a que fizer jus na data da disponibili-
mulação de férias. dade.
Art. 115 - É vedada a acumulação de tempo concorrente ou Art. 125 - O funcionário posto em disponibilidade nos termos
simultaneamente prestado em dois ou mais cargos ou funções da desta lei, poderá, a juízo e no interesse da Administração, ser apro-
União, Estados, Territórios Municípios e suas entidades da adminis- veitado em cargo de natureza e vencimento compatíveis com o que
tração indireta. anteriormente ocupara.
Art. 116 - não será computado, para nenhum efeito, o tempo § 1º - Observar-se-á, no aproveitamento, a seguinte ordem de
de serviço gratuito. preferência entre os disponíveis que, de acordo com este artigo,
possam ocupar o cargo a ser provido;
SEÇÃO II a) o de mais tempo de serviço público;
DA ESTABILIDADE b) o mais idoso;
c) o de maior número de dependentes.
Art. 117 - O funcionário adquirirá estabilidade depois de 2 § 2º - O aproveitamento dependerá de prova de capacidade,
(dois) anos de efetivo exercício. mediante inspeção médica;
§ 1º - O funcionário somente poderá adquirir estabilidade § 3º - Restabelecido o cargo, de que era titular, ainda que modi-
quando haja sido nomeado por concurso; ficada a sua denominação será, obrigatoriamente, aproveitado nele
§ 2º - A estabilidade diz respeito ao serviço público e não ao o funcionário posto em disponibilidade quando da extinção.
cargo.
Art. 118 - O funcionário estável perderá o cargo: SEÇÃO IV
I - em virtude de sentença judicial passada em julgado; DA APOSENTADORIA
II - quando demitido do serviço público mediante processo ad-
ministrativo em que lhe haja sido assegurada plena defesa; Art. 126 - (Revogada pela Lei Complementar nº 3143/2022)
III - quando ocorrer à extinção do cargo. Art. 127 - (Revogada pela Lei Complementar nº 3143/2022)
Art. 128 - (Revogada pela Lei Complementar nº 3143/2022)
SEÇÃO III Art. 129 - ACIDENTE é o evento danoso que tem como causa
DA DISPONIBILIDADE mediata ou imediata o exercício das atribuições inerentes ao cargo.
§ 1º - Equipara-se ao acidente a agressão sofrida a não provo-
Art. 119 - Extinto o cargo, o funcionário estável ficará em dispo- cada pelo funcionário, no exercício de suas atribuições.
nibilidade remunerada, com vencimentos proporcionais ao tempo § 2º - A prova do acidente será feita em processo especial, no
de serviços. prazo de 8 (oito) dias, prorrogável quando as circunstâncias o exi-
Art. 120 - A extinção do cargo, que se fará por meio de lei, após girem.
constatada e declarada a desnecessidade dele, somente se efetiva- Art. 130 - Entende-se por doença profissional a que decorre das
rá quando verificadas a impossibilidade da redistribuição do cargo condições do serviço ou de fator nela ocorridos, devendo o laudo
com seu ocupante, e a inviabilidade de sua transformação. da Junta Médica Oficial se estabelecer-lhe rigorosa caracterização.
Art. 121 - Quando deve atingir mais de um funcionário a dispo- Art. 131 - Consideram-se doença grave, contagiosa ou incurá-
nibilidade será aplicada na seguinte ordem: vel, para fins do disposto nesta lei, a tuberculose ativa, a alienação
a) ao que tenha ingressado no serviço público sem prestação mental, a neoplasia maligna, a cegueira após ingresso no serviço
de concurso, em relação ao que o tenha prestado; público, hanseníase, esclerose múltipla, paralisia irreversível e in-
b) ao que conte menos tempo de serviço público; capacitante, a cardiopatia grave, a doença de Parkinson, a espon-
c) ao menos idoso; diloartrose anquilosante, a nefropatia grave, os estados avançados
d) ao de menor número de dependentes. de Paget (osteíte deformante), síndrome de imunodeficiência ad-
Art. 122 - Na contagem de tempo de serviço, para fins de dis- quirida (AIDS), hepatopatia grave hepatite C ou hepatite b - em sua
ponibilidade, serão observados os preceitos aplicáveis à aposenta- forma crônica, e outras que a lei assim definir. (Redação dada pela
doria. Lei Complementar nº 1905/2005)
Art. 123 - O funcionário em disponibilidade que vier a preen- Art. 132 - Os proventos de inatividade serão revistos, e na mes-
cher requisitos para aposentadoria, poderá ser aposentado, a pedi- ma proporção, sempre que, por motivo de alteração do poder aqui-
do, e o será de ofício, quando atingir a idade limite de setenta (70) sitivo da moeda, se modificarem os vencimentos dos funcionários
anos. da ativa.
Parágrafo Único - O funcionário em disponibilidade poderá ser, Art 133 - O funcionário ocupante de cargo de provimento em
a seu pedido, posto a disposição de outro órgão de administração comissão sem vínculo efetivo com o Município, inclusive suas autar-
pública. quias, fundações bem como com a Câmara Municipal, vincula-se ao
Art. 124 - O valor dos proventos a que tem direito o funcionário seu regime previdenciário próprio, notadamente quanto ao regime
em disponibilidade será proporcional ao tempo de serviço, na razão contributivo para o Fundo de Aposentadoria do Municipal (FAM),
de 1/35 avos de ano, se do sexo masculino, e 1/30 avos, se do sexo criado pelo artigo pelo artigo 2º, § 1º, da Lei Complementar nº 140,
feminino. de 22 de julho de 1992. (Redação dada pela Lei Complementar nº
§ 1º - No caso dos funcionários cuja aposentadoria voluntária 279/1993)
se reja por lei especial, o cálculo da proporcionalidade dos proven-
tos terá por base a fração anual correspondente;
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ESTATUTO DO SERVIDOR

§ 1º - O funcionário a que alude o “caput” do presente artigo Art. 139 - É proibida acumulação de férias, salvo imperiosa ne-
manterá contribuições obrigatórias ao Serviço de Assistência Social cessidade de serviço e pelo máximo de 2 (dois) anos.
dos Municipiários de Ribeirão Preto (SASSOM), para fins de percep- Parágrafo Único - É assegurado ao servidor o direito a conta-
ção dos benefícios de pensão e assistência à saúde. (Redação acres- gem, em dobro, do período de férias não gozadas, para efeito de
cida pela Lei Complementar nº 279/1993) aposentadoria e adicionais.
§ 2º - O funcionário ocupante de cargo de provimento em Art. 140 - Por motivo da promoção, transferência ou remoção,
comissão, sem vínculo efetivo com o Município, inclusive suas au- o funcionário em gozo de férias não será obrigado a interrompê-las.
tarquias, fundações bem como com a Câmara Municipal, poderá Art. 141 - Ao entrar em férias o funcionário comunicará ao che-
ser aposentado pelo Fundo de Aposentadoria do Município (FAM), fe da repartição o seu endereço eventual.
sendo seus proventos calculados nos mesmos moldes e condições Art. 142 - Durante as férias, o funcionário terá direito a todas as
aplicáveis ao funcionário efetivo. (Redação acrescida pela Lei Com- vantagens, como se em pleno exercício estivesse.
plementar nº 279/1993) Art. 143 - No mês de dezembro o chefe da repartição ou do
Art. 134 - É automática a aposentadoria compulsória. serviço organizará a escara de férias para o ano seguinte.
§ 1º - O retardamento do ato que declarar a aposentadoria § 1º - Uma vez organizada e publicada a escala, sua alteração
compulsória não impedirá que o funcionário se afaste do exercício somente poderá dar-se por conveniência do serviço.
no dia imediato ao em que atingir a idade-limite. § 2º - Os chefes de repartição, os Diretores, os Secretários, e de
§ 2º - Na hipótese deste artigo não decorrerão quaisquer di- forma geral os titulares de cargo em comissão, não serão incluídos
reitos ou vantagens relativamente ao exercício posterior à data em nas escalas, entrando em férias na época julgada conveniente pela
que deveria ocorrer a aposentação. Autoridade competente, sendo obrigatório o requerimento anual,
Art. 135 - Nos demais casos de aposentadoria, os efetivos do para verificação da oportunidade e deliberação.
ato verificar-se-ão a partir da data de sua publicação, devendo nos
casos de invalidez, retroagir, conforme o caso, a data do término da SEÇÃO VI
licença ou da verificação da invalidez. DAS LICENÇAS
Art. 136 - O funcionário que tiver exercido função de direção,
chefia, assessoramento, encarregadoria, função gratificada, assis- SUBSEÇÃO I
tência, coordenadoria ou cargo de provimento em comissão, por DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
período de 4 (quatro) anos consecutivos, ou 8 (oito) anos interpo-
lados, será aposentando com a gratificação da função ou remune- Art. 144 - Será concedida licença ao funcionário:
ração correspondente a qualquer daquelas funções, sempre a de I - para tratamento de saúde;
maior valor, desde que exercida por um período mínimo de 2 (dois) II - por motivo de doença em pessoa da família;
anos consecutivos. III - para repouso a gestante;
§ 1º. Quando o exercício da função ou cargo de provimento em IV - para prestação de serviço militar obrigatório;
comissão de maior valor não corresponder ao período de 2 (dois) V - por motivo de afastamento de cônjuge, funcionário muni-
anos consecutivos, será incorporada a gratificação ou a remunera- cipal;
ção da função ou do cargo de provimento em comissão imediata- VI - para tratar de interesses particulares;
mente inferior dentre os exercidos. VII - a título de prêmio;
§ 2º. O disposto neste artigo terá aplicação também aos fun- VIII - para desempenho de mandato eletivo.
cionários comissionados em órgãos de administração indireta do Parágrafo Único - Ao ocupante de cargo de provimento em co-
município, inclusive para o exercício de cargos ou funções de di- missão não se concederá licença nos casos dos itens V, VI e VIII,
reção, e que percebam, em condições assemelhadas ao previsto deste artigo. (Redação dada pela Lei Complementar nº 1000/2000)
neste artigo, gratificações ou remunerações de funções, mediante Art. 145 - Finda a licença, o funcionário deverá assumir, imedia-
designações e valores fixados pela diretoria desse órgãos. (Redação tamente, o exercício do cargo salvo prorrogação.
dada pela Lei Complementar nº 174/1992) Parágrafo Único - O pedido de prorrogação deverá ser protoco-
Art. 137 - Quando proporcionais os proventos da aposentado- lado pelo menos 5 (cinco) dias antes de findar-se a licença, contan-
ria, o seu cálculo se fará à razão de 1/35 (um trinta e cinco avos) da do-se, se indeferido, como licença, o período compreendido entre
remuneração, por ano de exercício, se homem, e 1/30 (um trinta a data da conclusão desta e a do conhecimento oficial do despacho
avos) se mulheres, o aposentando. denegatório da prorrogação.
Art. 146 - A licença dependente de exames médicos será conce-
SEÇÃO V dida pelo prazo fixado no laudo respectivo.
DAS FÉRIAS Parágrafo Único - Findo o prazo poderá haver novo exame, e
o novo laudo concluirá pela volta ao serviço, pela prorrogação da
Art. 138 - O funcionário gozará obrigatoriamente 30 (trinta) licença ou pela aposentadoria, quando for o caso.
dias de férias por ano, de acordo com a escala organizada pelo che- Art. 147 - As licenças concedidas dentro de 60 (sessenta) dias,
fe da repartição. contados do termino da anterior, serão consideradas em prorroga-
§ 1º - É proibido levar a conta de férias qualquer falta ao tra- ção.
balho. Parágrafo Único - Para os efeitos deste artigo somente serão,
§ 2º - Somente depois do perímetro ano de efetivo exercício levadas em consideração as licenças da mesma espécie.
adquira o funcionário direito a férias. Art. 148 - O funcionário não poderá permanecer em licença,
§ 3º - Nos anos subsequentes, as férias serão gozadas na forma por moléstia, por prazo superior a 2 (dois) anos.
que a escala determinar.
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ESTATUTO DO SERVIDOR

Parágrafo Único - Decorrido o prazo estabelecido neste artigo o segundo grau civil, desde que prove ser indispensável sua assistên-
funcionário será submetido a exame a aposentado, se for conside- cia pessoal e esta não possa ser prestada simultaneamente com o
rado definitivamente inválido para o serviço público em geral. exercício do cargo.
Art. 149 - O funcionário em gozo de licença comunicará ao che- § 1º - Provar-se-á a doença, e a indispensabilidade da assistên-
fe da repartição o local onde poderá ser encontrado. Poderá ele go- cia pessoal, mediante inspeção médica, realizada na forma prevista
zar a licença onde lhe convier, salvo determinação médica expressa no artigo 151 desta lei.,
em contrário. § 2º - A licença de que trata este artigo será concedida com
Art. 150 - Serão considerados como faltas injustificadas os dias vencimento ou remuneração integral, até três meses, e com 2/3
em que o funcionário deixar de comparecer ao serviço, na hipótese (dois terços) do vencimento ou remuneração, excedendo esse pra-
de se recusar a submeter-se a inspeção médica. zo e até dois (2) anos.
§ 3º - Quando a pessoa da família do funcionário se encontrar
SUBSEÇÃO II em tratamento fora do Município permitir-se-á o exame médico por
DA LICENÇA PARA TRATAMENTO DE SAÚDE profissionais pertencentes ao quadro de servidores federais, esta-
duais ou municipais da localidade.
Art. 151 - A licença para tratamento de saúde será concedida a
pedido ou de oficio. SUBSEÇÃO IV
§ 1º - Em qualquer dos casos é indispensável à inspeção mé- DA LICENÇA A GESTANTE
dica;
§ 2º - Estando o funcionário impossibilitado de locomover-se, a Art. 159 - À funcionária gestante será concedida, mediante
inspeção médica será feita em sua residência; inspeção médica, a licença de cento e oitenta dias consecutivos,
§ 3º - O funcionário licenciado para tratamento de saúde não sem prejuízo do vencimento ou remuneração. (Redação dada
poderá dedicar-se a qualquer atividade remunerada, sob pena de pela Lei Complementar nº 2088/2006) (Vide Lei Complementar nº
ter cassada a licença. 2284/2008)
Art. 152 - Para licença até 45 (quarenta e cinco) dias, a inspeção § 1º - Salvo prescrição médica em contrário, a licença pode-
de saúde será feita por médico do órgão municipal competente. rá requerida desde o início do 8º (oitavo) mês de gestação até 15
Art. 153 - A licença por prazo superior a 45 (quarenta e cinco) (quinze) dias, após o parto.
dias dependerá de inspeção pela Junta Médica Oficial. § 2º - O tempo de licença será contado a partir da data de ins-
Art. 154 - O atestado médico e o laudo da Junta nenhuma re- peção médica, se solicitada à licença antes do parto e a partir da
ferência farão ao nome ou a natureza da doença de que sofra o data deste, se solicitada depois.
funcionário, salvo se tratar de lesões produzidas por acidente ou § 3º - Ouvido o serviço médico oficial do Município, nos partir
moléstia profissional, ou de qualquer das moléstias referidas no ar- e gestações patológicas, além de licença prevista neste artigo, é as-
tigo 131. segurado à funcionária o disposto no artigo 151.
Art. 155 - Considerado apto, em exame médico, o funcionário § 4º - Para amamentar o próprio filho até que complete 6 (seis)
reassumirá o exercício, sob pena de se apurarem, como faltas injus- meses de idade, a funcionária terá direito, durante a jornada de tra-
tificadas, os dias de ausência. balho a 2 (dois) descansos especiais, de meia hora cada um. (Reda-
Parágrafo Único - No curso de licença poderá o funcionário re- ção acrescida pela Lei Complementar nº 431/1995)
querer exame médico, caso se julgue em condições de reassumir o Art. 159-A A servidora gestante ou lactante, que exerça ativi-
exercício. dade insalubre ou perigosa e que esteja recebendo adicional de
Art. 156 - A licença a funcionário acometido de tuberculose ati- insalubridade ou periculosidade, será afastada de suas atividades
va, alienação mental, neuplasia maligna, cegueira, lepra, paralisia enquanto perdurar a gestação ou a lactação, e realocadas para o
irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, exercício de atividades que não as exponham aos agentes insalu-
mal de Alzheimer, Síndrome de imunodeficiência adquirida, espon- bres ou perigosos que ensejaram a realocação, sem prejuízo de
diloartrose anquilo-sante, nefropatia grave, estados avançados de seus vencimentos. (Regulamentado pelo Decreto nº 101/2023)
Paget (ostei-te deformante), será concedida através de relatório cir- Parágrafo único. O Poder Executivo regulamentará este arti-
cunstanciado embasado nas conclusões na medicina especializada, go no que couber. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
quando a Junta Médica Oficial não concluir pela concessão direta e 3176/2023)
imediata da aposentadoria. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 774/1998) SUBSEÇÃO V
Art. 157 - A licença para tratamento de saúde será concedida DA LICENÇA PARA SERVIÇO MILITAR
com vencimentos integrais e pelo prazo indicado no laudo ou ates-
tado médico. Art. 160 - Ao funcionário que for convocado para o serviço mili-
tar e outros encargos da segurança nacional será concedida licença
SUBSEÇÃO III com vencimento ou remuneração integral.
DA LICENÇA POR MOTIVO DE DOENÇA EM PESSOA DA § 1º - A licença será concedida mediante comunicação, por es-
FAMÍLIA crito, do funcionário ao Chefe da repartição ou do serviço, acompa-
nhada de documento oficial que comprove a incorporação.
Art. 158 - O funcionário poderá obter licença por motivo de § 2º - Dos vencimentos ou remuneração descontar-se-á a im-
doença na pessoa do cônjuge, do qual não esteja separado, de portância que o funcionário perceber na qualidade de incorporado,
ascendente, descendente, colateral, consanguíneo ou afim, até o salvo se optar pelas vantagens do serviço militar.

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ESTATUTO DO SERVIDOR

§ 3º - O funcionário desincorporado reassumirá, dentro de 30 SUBSEÇÃO VIII


(trinta) dias, o exercício de seu cargo, sob pena de perda dos ven- DA LICENÇA PRÊMIO
cimentos e, se a ausência exceder aquele prazo, de demissão por
abandono do cargo. Art. 167 - O funcionário terá direito à licença-prêmio de três (3)
Art. 161 - Ao funcionário oficial da reserva das Forças Armadas meses por quinquênio de efetivo exercício, exclusivamente muni-
será também concedida licença, com vencimento ou remuneração cipal, desde que não haja sofrido qualquer das penalidades admi-
integral, durante os estágios previstos pelos regulamentos milita- nistrativas previstas nesta lei, exceto a advertência e a repreensão.
res, quando não perceber qualquer vantagens pecuniária pela con- § 1º - O período em que o funcionário estiver em gozo de licen-
vocação. ça-prêmio será considerado como de efetivo exercício para todos
Parágrafo Único - Quando o estágio for remunerado, assegurar- os efeitos legais.
-se é o direto de opção. § 2º - Não terá ainda direito a licença-prêmio o funcionário
que, no período de sua aquisição houver:
SUBSEÇÃO VI I - faltado ao serviço, injustificadamente, por mais de 10 (dez)
DA LICENÇA A FUNCIONÁRIA CASADA dias;
II - gozado licenças:
Art. 162 - A funcionária casada com funcionário municipal terá a) por período superior a 180 (cento e oitenta) dias, consecuti-
direito à licença com 1/3 (um terço) do vencimento ou remunera- vos ou não, salvo a licença gestante, licença para prestação de servi-
ção, quando acompanhar o marido em caso de comissão fora da ço militar obrigatório previstas no art. 144, incisos III e IV e acidente
sede do Município, nas demais hipóteses, sem vencimento ou re- do trabalho. (Redação dada pela Lei Complementar nº 2713/2015)
muneração. b) por motivo de doença em pessoa de sua família, por mais de
§ 1º - Cessará a licença com o termo da comissão e retorno do 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não;
marido a antiga função. c) para tratar de interesse particular;
§ 2º - A licença dependerá de requerimento devidamente ins- d) por motivo de afastamento do cônjuge funcionário, por pra-
truído. zo superior a trinta (30) dias.
Art. 168 - A licença-prêmio poderá ser gozada por inteiro ou
SUBSEÇÃO VII parceladamente, devendo, para esse fim, o funcionário, no requeri-
DA LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSE PARTICULARES mento em que pedir a licença, trazer expressa menção ao número
de dias que pretende gozar. (Redação dada pela Lei nº 3419/1978)
Art. 163 - Ao funcionário estável poderá ser concedida licen- § 1º - A concessão da licença-prêmio será processada e forma-
ca, sem vencimento, para tratar de interesse particulares. (Redação lizada pelo órgão do pessoal, depois de verificado se forem satisfei-
dada pela Lei Complementar nº 435/1995) tos todos os requisitos legalmente exigidos e se a respeito do pedi-
§ 1º - A licença será negada quando o afastamento do funcio- do se manifestou favoravelmente, quando a oportunidade, o Chefe
nário for inconveniente ao interesse do serviço. imediato do funcionário.
§ 2º - O funcionário aguardará, em exercício, a concessão da § 2º - O funcionário, sob pena de indeferimento do pedido,
licença. aguardará em exercício a expedição do ato de concessão da licença,
Art. 164 - Não será concedida a licença ao funcionário removi- a qual deverá ser iniciada dentro de 10 (dez) dias do conhecimento
do ou transferido, antes de assumir o exercício. oficial do ato concessionário, sob pena de caducidade automática
Art. 165 - A licença de que trata esta sub-seção não excede- da concessão.
rá de 03 (três) anos. (Redação dada pela Lei Complementar nº Art. 169 - O funcionário que preferir não gozar, integralmente
2344/2009) a licença-prêmio, poderá optar mediante expressa e irretratável de-
§ 1º - A licença de que trata o “caput” deste artigo poderá ser claração, pelo gozo de metade do período, recebendo a remunera-
parcelada em 02 (dois) ou 03 (três), em situação de prorrogação ou ção do seu cargo, correspondente a outra metade.
não. (Redação dada pela Lei Complementar nº 2344/2009) Parágrafo Único - Poderá, ainda, o funcionário optar, mediante
§ 2º - Será concedida nova licença de que trata o “caput” deste expressa e irretratável declaração, pelo recebimento em dinheiro,
artigo, após decorridos 03 (três) anos do término da licença de 03 da importância correspondente ao período total da licença-prêmio.
(três) anos ou após o término do último período. (Redação acresci- Art. 170 - Em qualquer das hipóteses do artigo anterior, se não
da pela Lei Complementar nº 2344/2009) puder ser atendido o funcionário, de imediato, por insuficiência de
Art. 166 - A autoridade que deferiu a licença poderá suspendê- dotação, as opções ficarão inscritas em ordem cronológica, para
-la a determinar que o licenciado reassuma o exercício se assim o atendimento oportunamente.
exigir o interesse do serviço municipal. Parágrafo Único - Se o recebimento da licença-prêmio em pe-
Parágrafo Único - Poderá o funcionário, mediante requerimen- cúnia não for efetivado no prazo de 12 (doze) meses, a contar da
to a Autoridade, desistir da licença, a qualquer tempo, reassumindo data da opção, esta poderá ser cancelada a pedido do interessado.
o exercício do cargo. (Redação acrescida pela Lei nº 3420/1978)
Art. 171 - Mediante requerimento poderá o funcionário desis-
tir, em caráter irretratável, de gozar a licença-prêmio relativa a um
ou a todos os quinquênios a que já tiver direito, hipótese em que o
tempo de duração de licença será acrescido, em dobro, ao tempo
de serviço, para todos os efeitos legais, excluído o da antiguidade
de classe.

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ESTATUTO DO SERVIDOR

SUBSEÇÃO IX Art. 179 - Só será admitida procuração para recebimento de


DA LICENÇA PARA DESEMPENHO DE MANDATO ELETIVO qualquer importância dos cofres municipais, decorrente do exercí-
cio do cargo ou função, quando outorgada por funcionário ausente
Art. 172 - O funcionário público municipal, investido em man- do Município ou impossibilitado de se locomover.
dato eletivo federal ou estadual será considerado licenciado, com o Art. 180 - Salvo por imposição legal ou mandado judicial, ne-
afastamento do exercício do seu cargo, até o termino do seu man- nhum desconto incidirá sobre os vencimentos dos servidores mu-
dato. nicipais.
Parágrafo Único - O período do exercício de mandato federal ou Parágrafo único - Mediante autorização expressa do servidor,
estadual será contado como tempo de serviço apenas para efeito poderá haver desconto em folha de pagamento de valor referen-
de promoção por antiguidade e aposentadoria. te a empréstimo concedido por instituições financeiras públicas ou
Art. 173 - O funcionário municipal, quando no exercício do privadas, com reposição de custos, na forma a ser definida em re-
mandato de Prefeito, afastar-se-á de seu cargo, por todo o perío- gulamento. (Redação dada pela Lei Complementar nº 1614/2004)
do do mandato, podendo optar pelos vencimentos sem prejuízo da
verba representação. SUBSEÇÃO II
Parágrafo Único - Quando o mandato for de vice-prefeito, so- DO VENCIMENTO E DA REMUNERAÇÃO
mente será obrigado, o funcionário, a afastar-se de seu cargo quan-
do substituir o Prefeito, podendo também optar pelos vencimentos, Art. 181 - VENCIMENTO é a retribuição paga ao funcionário
sem prejuízo da verba de representação. pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao padrão, ou nível,
Art. 174 - O funcionário municipal, investido no mandato de ve- fixado em lei.
reador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vanta- Art. 182 - REMUNERAÇÃO é a retribuição paga ao funcionário
gens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo dos subsídios pelo efetivo exercício do cargo ou função, correspondente ao pa-
a que faz jus. Não havendo compatibilidade, ficará afastado de seu drão ou nível, fixado em lei, acrescido das vantagens pessoas de
cargo, função ou emprego, aplicando-se-lhe, no caso, o disposto no que o funcionário seja titular, bem como percentagens atribuídas
art. 172, deste Estatuto. em lei.
Art. 175 - A licença, prevista nesta Seção, se não for concedida Art. 183 - O funcionário que não estiver no exercício do cargo
antes, por provocação do interessado, ter-se-á como automatica- somente poderá perceber vencimento ou remuneração nos casos
mente concedida com a posse no mandato eletivo. previstos em lei.
Parágrafo Único - O funcionário, afastado nos termos deste ar- Art. 184. O servidor efetivo, designado para exercer cargo em
tigo só poderá reassumir o exercício do cargo, após o termino ou comissão ou função de confiança, poderá optar pelo vencimento
renúncia do mandato. deste mais os adicionais por quinquênio e sexta-parte de vencimen-
Art. 176 - O funcionário ocupante de cargo em comissão será tos, ou pela remuneração do cargo efetivo de que seja titular mais
exonerado, a pedido, desde cargo, com a posse no mandato eletivo. um percentual de até 20% (vinte por cento), calculado sobre sua re-
Parágrafo Único - Se o ocupante de cargo em comissão for tam- muneração. (Redação dada pela Lei Complementar nº 3062/2021)
bém, titular de um cargo de provimento efetivo, ficará exonerado Parágrafo Único - VETADO
daquele e licenciado deste, na forma prevista nessa seção. Parágrafo Único - Ao funcionário efetivo aposentado que te-
Art. 177 - O funcionário municipal deverá licenciar-se pelo me- nha formalizado opção, nos termos do “caput” deste artigo, pode-
nos 30 (trinta) dias antes da eleição a que concorrer. rá revê-la sempre que houver alteração de vencimentos. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 110/1992)
SEÇÃO VII Art. 185 - O funcionário perderá:
DO VENCIMENTO OU REMUNERAÇÃO E DAS VANTAGENS I - o vencimento ou remuneração do dia, senão comparecer ao
serviço, salvo os casos previstos nesta lei;
SUBSEÇÃO I II - um terço (1/3) do vencimento ou remuneração diária, quan-
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES do comparecer ao serviço dentro da hora seguinte à marcada para
o início dos trabalhos, ou quando se retirar até a um hora antes de
Art. 178 - Além do vencimento ou remuneração poderão ser findo o período de trabalho, estabelecida uma tolerância máxima
deferidas as seguintes vantagens: de 5 (cinco) minutos;
I - diárias; III - um terço (1/3) do vencimento ou remuneração, durante
II - auxílio para diferença de caixa; o afastamento por motivo de prisão em flagrante, preventiva, pro-
III - salário-família; nuncia ou denuncia, desde seu recebimento, por crime funcional,
IV - auxílio-doença; com direito à diferença se absolvido;
V - auxílio-funeral; IV - Dois (2/3) do vencimento ou remuneração, durante o perí-
VI - gratificações; odo do afastamento em virtude de condenação, por sentença defi-
VII - adicional por tempo de serviço. nitiva, desde que a pena determine demissão.
Parágrafo Único - O funcionário que receber dos cofres públicos Art. 186 - O funcionário não sofrerá qualquer desconto no ven-
vantagens indevidas, será punido, se tiver agido de má fé, respon- cimento ou remuneração:
dendo, em qualquer caso, pela reposição da quantia que houver I - nos casos dos itens I, II, III, IV, V, X, XI, XII, XIII, XIV, XVI e XVII,
recebido, solidariamente com quem tiver autorizado o pagamento. do artigo 113;
II - quando licenciado para tratamento de saúde;

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ESTATUTO DO SERVIDOR

III - quando convocado para serviço militar ou estágio nas For- Parágrafo Único - A inobservância desta disposição determina-
ças Armadas e outros obrigatórios por lei, salvo se perceber alguma rá responsabilidade do funcionário ou inativo, e o sujeitará a repeti-
retribuição por esses serviços, caso em que se admitirá a opção ou ção do indébito, mediante desconto.
se fará à redução correspondente. Art. 193 - O salário família será pago juntamente com os venci-
Art. 187 - As reposições devidas pelos funcionários a Fazenda mentos, remuneração ou proventos;
Municipal serão descontadas em parcelas mensais, ano excedentes Art. 194 - O salário família é devido independentemente de fre-
a quinta parte, nem inferiores a décima parte do vencimento ou quência e produção do funcionário, e não poderá sofrer qualquer
remuneração. desconto, nem poderá ser objeto de transação e consignação em
Parágrafo Único - Não caberá reposição parcelada, quando o folha, ainda que para fim de previdência social.
funcionário solicitar exoneração, for demitido ou abandonar o car- Art. 195 - Para efeito de deferimento do salário família, ao pai
go. e a mãe equipararam-se o padrasto e a madrasta, e ao filho, o ente-
ado, o adotivo, e o menos que, sob tutela viver sob a dependência
SUBSEÇÃO III exclusiva do funcionário.
DAS DIÁRIAS Art. 196 - É vedado o pagamento de salário família por depen-
dente em relação ao qual esteja sendo pago o mesmo beneficio,
Art. 188 - Ao funcionário que, por determinação do Prefeito, por outra entidade pública, federal, estadual ou municipal.
deslocar-se, temporariamente, do Município, para outro local no
desempenho de suas atribuições, ou em missão de estudo, desde SUBSEÇÃO VI
que relacionado com a função que exerce, será concedida, além do DO AUXILIO DOENÇA E DO AUXILIO FUNERÁRIO
transporte, a diária a título de indenização das despesas de alimen-
tação e pousada, nas bases fixadas em regulamento. Art. 197 - A cada período de 12 (doze) meses consecutivos de
Parágrafo Único - Não serão devidas diárias quando, em con- licença para tratamento de saúde, será concedido ao funcionário 1
sequência do deslocamento, houver sido concedida gratificação de (um) mês de vencimento ou remuneração, a título de auxílio-do-
representação. ença.
Art. 198 - A família do funcionário falecido em exercício, e m
SUBSEÇÃO IV disponibilidade, ou aposentado, ou a pessoa que provar ter arcado
DO AUXILIO PARA DIFERENÇA DE CAIXA com as despesas com o seu funeral, será concedido, a título de au-
xílio-funeral, a importância correspondente a 1 (um) mês de venci-
Art. 189 - Ao funcionário que, no desempenho de suas atribui- mento, remuneração ou provento.
ções, pagar em moeda corrente, diferença de caixa, não será esta Art. 199 - O pagamento dos auxílios de que trata esta subseção
restituída, desde que, o funcionário tenho dado causa. (Redação terá processamento preferencial a urgente, sendo exigíveis, para o
dada pela Lei Complementar nº 1448/2003) auxílio funeral, a apresentação da certidão de obtido e documentos
comprobatórios da realização das despesas.
SUBSEÇÃO V
DO SALÁRIO FAMÍLIA SUBSEÇÃO VII
DAS GRATIFICAÇÕES
Art. 190 - O salário família será concedido ao funcionário, ativo
ou inativo, no montante estabelecido na legislação vigente: Art. 200 - Será concedida gratificação ao funcionário:
I - A esposa que não exerça atividade remunerada; I - pelo exercício de função (art. 97);
II - Por filho, até a idade de 18 (dezoito) anos; II - pela elaboração ou execução de trabalho técnico ou cien-
III - Por filho, comprovadamente, invalido e enquanto persistir tifico;
essa condição. III - pela prestação de serviço extraordinário;
IV - Por filho, até a idade de 24 (vinte e quatro anos),q eu esteja IV - pela representação de gabinete; (Vide Lei nº 4156/1982)
cursando escola de nível superior, a viva sob dependência econômi- V - pela execução de trabalho de natureza especial, com risco
ca total do funcionário, comprovada essa condição pela exibição de de vida ou saúde e pelo exercício em zonas ou locais insalubres,
documento hábil. com definidos em regulamento;
Art. 191 - Quando o pai e a mãe forem servidores, ou inativos, VI - pela participação em órgão de deliberação coletiva; (Vide
do município, e viverem em comum, o salário familiar será concedi- Lei nº 4156/1982)
do apenas a um deles. VII - por outros encargos previstos em lei.
§ 1º - Se não viverem em comum, será concedido ao tiver os Art. 201 - A gratificação pelo exercício de função, ou encarre-
dependentes sob sua guarda; gatura, será deferida mediante ato formal da Autoridade, e poderá
§ 2º - Se ambos os tiverem, será concedido a um e a outro dos consistir em quantia fixa ou em percentual sobre os vencimentos ou
pais, de acordo com a distribuição dos dependentes entre aqueles. remuneração do servidor, sendo devida durante as férias e licenças
§ 3º - O salário esposa será pago a cônjuge, juntamente com a regulares.
pensão descontada em folha, mas não será devida quando separa- Art. 202 - A gratificação pela execução de trabalho técnico ou
do o casal, não ficar o marido, funcionário, sujeito aquele desconto. cientifico de utilidade para o serviço público municipal, será arbitra-
Art. 192 - O funcionário e o inativo são obrigados a comunicar da pelo Prefeito, após a conclusão dos trabalhos, ou previamente,
ao setor do pessoal, dentro de 15 (quinze) dias, qualquer alteração, quando for o caso.
que se verifique na situação dos dependentes, da qual decorra su-
pressão ou redução no salário família.
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ESTATUTO DO SERVIDOR

Art. 203 - Terá direito a gratificação por serviço extraordinário o __________________________________


funcionário que for convocado para prestação de trabalhos fora do | ADICIONAL | TEMPO |ÍNDICES|
horário normal de expediente a que estiver sujeito. | | DE | |
§ 1º - A prestação de serviço extraordinário será determinada | |SERVIÇO | |
pelo diretor do departamento a que estiver subordinado o funcio- |============|======== |=======|
nário convocado. |1º quinquênio |05 anos| 5%|
§ 2º - A gratificação será paga por hora de trabalho prorroga- |------------------|---------------|-------------------|
do ou antecipado, na mesma razão percebida pelo funcionário em |2º quinquênio |10 anos| 10,25%|
cada hora de período normal. |------------------|---------------|-------------------|
§ 3º - Em se tratando de serviço extraordinário noturno, as- |3º quinquênio |15 anos| 15,76%|
sim entendido o que for prestado no período compreendido entre |------------------|---------------|-------------------|
22,00 e 6,00 horas, o valor da hora será acrescido de 25% (vinte e |4º quinquênio |20 anos| 21,55%|
cinco por cento). |------------------|---------------|-------------------|
Art. 204 - O funcionário que receber importância relativa a |5º quinquênio |25 anos| 27,63%|
serviço extraordinário não prestado, será obrigado à restituição de |------------------|---------------|-------------------|
uma só vez, ficando sujeito a processo disciplinar. |6º quinquênio |30 anos| 34,01%|
Art. 205 - Será punido com pena de suspensão o funcionário |------------------|---------------|-------------------|
que se recusar, sem justo motivo, a prestação de serviço extraordi- |7º quinquênio |35 anos| 40,71%|
nário, de igual forma o funcionário que atestar falsamente, a pres- |------------------|---------------|-------------------|
tação de serviço não prestado. |8º quinquênio |40 anos| 47,75%|
Parágrafo Único - Na reincidência dos fatos apontados neste |__________________|_______|_______|
artigo, o funcionário será punido com demissão, a bem do serviço (Redação dada pela Lei Complementar nº 2843/2017)
público. expandir tabela
Art. 206 - Não poderá o funcionário prestar serviço extraordi-
nário gratuito, ficando limitado o período ao correspondente a 1/3 Parágrafo único. Ficam mantidas na base de cálculo do adicio-
(um terço) do período normal de trabalho, salvo imperiosa neces- nal por tempo de serviço a Gratificação por Especialização Acadê-
sidade de serviço e com o consentimento do funcionário, quando mica - GEA, a gratificação de produtividade de Fiscal Fazendário e a
então aquele limite poderá ser excedido, com a correspondente gratificação de produtividade de Agente de Fiscalização. (Redação
gratificação. acrescida pela Lei Complementar nº 2843/2017)
Art. 207 - As gratificações por representação de gabinete, a Art. 210 O funcionário que completar 20 (vinte) anos de efetivo
devida pela execução de trabalho de natureza especial, com risco exercício municipal, perceberá a sexta parte, calculada sobre o nível
de vida ou saúde, ou o exercício em zonas ou locais insalubres, e, respectivo da Tabela de Gratificações da presente lei complementar
ainda, pela participação em órgão de deliberação coletiva, serão fi- somado ao adicional por tempo de serviço, incorporando-se para
xadas na legislação respectiva. todos os efeitos legais.
Art. 208 - Ressalvado o disposto nesta lei, o regime de gratifica- Parágrafo único. Ficam mantidas na base de cálculo da sexta
ções será o fixado nas leis e regulamentos especiais vigentes. parte a Gratificação por Especialização Acadêmica - GEA, a grati-
ficação de produtividade de Fiscal Fazendário e a gratificação de
SUBSEÇÃO VIII produtividade de Agente de Fiscalização. (Redação dada pela Lei
DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO Complementar nº 2843/2017)
Art. 211 - Os adicionais e a sexta parte de que tratam os artigos
Art. 209 O funcionário terá direito, após cada período de 05 anteriores serão pagos juntamente com o vencimento ou remune-
(cinco) anos de efetivo exercício municipal, à percepção do adicio- ração, retroagindo seus efeitos a 05 de outubro de 1988. (Redação
nal por tempo de serviço, calculado de acordo com um dos índices dada pela Lei nº 5605/1989)
percentuais a seguir relacionados, sobre o nível respectivo da Tabe-
la de Gratificações - Anexo V da presente lei complementar, e que se SEÇÃO VIII
incorpora para todos os efeitos legais, a saber: (Redação dada pela DO REGIME DE TEMPO INTEGRAL
Lei Complementar nº 2843/2017)
Art. 212 - Considera-se regime de tempo integral o exercício
da atividade funcional nos termos do artigo 214 desta lei, ficando o
funcionário proibido de exercer, cumulativamente outro cargo, fun-
ção ou atividade particular de caráter empregatício, profissional ou
público, de qualquer natureza, no horário pré-fixado.
Parágrafo Único - Não se compreendem na proibição deste ar-
tigo:
I - o exercício em órgão de deliberação coletiva, desde que rela-
cionado com o cargo exercido em tempo integral;
II - as atividades que, sem caráter empregatício, destinam-se
à difusão e aplicação de ideias e conhecimento, excluídas as que
impossibilitem ou prejudiquem a execução das tarefas inerentes ao
regime de tempo integral;
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a solução para o seu concurso!
ESTATUTO DO SERVIDOR

III - a prestação eventual de assistência, sem caráter emprega- b) encaminhada, sem conhecimento do diretor do departa-
tício, a outros serviços, visando à aplicação de conhecimentos téc- mento, ou chefe do serviço, a que estiver o funcionário subordi-
nico ou científicos e; nado.
IV - a participação eventual, sem caráter de emprego, em ati- II - o pedido de reconsideração deverá ser dirigido à autoridade
vidades didáticas, seminários, conferencias, congressos e outros que houver expedido o ato proferido a decisão, e somente será ca-
semelhantes, bem como a ministração de ensino especializado em bível quando contiver novos argumentos;
estabelecimentos oficiais ou oficializados, desde que não haja in- III - nenhum pedido de reconsideração poderá ser renovado;
compatibilidade de horário com regime de tempo integral. IV - somente caberá recurso quando houver pedido de reconsi-
Art. 213 - O prefeito Municipal, por decreto, fixará os cargos deração desatendido ou não decidido no prazo legal;
que ficam sujeitos ao regime de tempo integral, e a respectiva gra- V - o recurso será dirigido à autoridade imediatamente supe-
tificação, tendo em vista a essencialidade, complexidade e respon- rior a que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e sucessiva-
sabilidade das atribuições, bem como as condições do mercado de mente, na escala ascendente, as demais autoridades;
trabalho para as atividades correspondentes. VI - nenhum recurso poderá ser encaminhado mais de uma vez
Art. 214 - (Revogado pela Lei Complementar nº 3033/2020) a mesma autoridade.
§ 1º - O requerimento e o pedido de reconsideração, de que
SEÇÃO IX trata este artigo, deverão ser decididos dentro de 30 (trinta) dias,
DO REGISTRO DE FREQUÊNCIA no máximo.
§ 2º - A decisão final do recurso a que se refere este artigo de-
Art. 215 - PONTO é o registro que assinala o comparecimento verá ser dada dentro do prazo máximo de 90 (noventa) dias, conta-
do funcionário ao serviço e pelo qual se verifica, diariamente sua dos da data de seu recebimento pelo protocolo da prefeitura, e uma
entrada e saída. vez proferida, será imediatamente publicada, sob pena de respon-
§ 1º - Para efeito de pagamento apurar-se-á a frequência do sabilidade do funcionário a quem incumbir a publicação.
seguinte modo: § 3º - Os pedidos de reconsideração e os recursos não tem efei-
I - pelo ponto; to suspensivo; se providos darão lugar às retificações necessárias,
II - pela forma determinada em regulamento, quanto a funcio- retroagindo os seus efeitos a data do ato impugnado, desde que a
nários não sujeitos a ponto. autoridade competente não determine outra providência, quando
§ 2º - Salvo nos casos expressamente previstos em lei, é veda- aos efeitos relativos ao passado.
do dispensar o funcionário do registro do ponto e abonar falta ao Art. 218 - O direito de pleitear, na esfera administrativa, pres-
serviço. creverá:
§ 3º - A infração do disposto no parágrafo anterior determinará I - em 5 (cinco) dias, quanto aos atos de que decorrem demis-
a responsabilidade da autoridade que tiver expedido a ordem sem são, cassação de aposentadoria ou de disponibilidade;
prejuízo da ação disciplinar cabível. II - em 120 (cento e vinte) dias nos demais casos.
Art. 216 - A autoridade competente determinará: Parágrafo Único - O prazo de prescrição contar-se-á da data de
I - para cada repartição, o período de trabalho diário; publicação oficial do ato impugnado.
II - quais os funcionários que, em virtude dos encargos exter- Art. 219 - O pedido de reconsideração e o recurso, quando ca-
nos, não estão obrigados a ponto. bível interrompem a prescrição uma só vez, observada a legislação
§ 1º - Nenhum funcionário municipal, de qualquer modalidade federal sobre a prescrição quinquenal.
ou categoria, poderá prestar, sob qualquer fundamento, menos de Art. 220 - É assegurado ao funcionário o direito de vista, na
33 (trinta e três) horas semanais de serviço, ressalvadas as exceções repartição, do processo administrativo em que seja parte.
expressamente previstas em lei. Art. 221 - São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos
§ 2º - Será de oito (8) horas o regime de trabalho diário para o nesta seção.
pessoal lotado nos serviços industriais, de fiscalização e de utilidade
pública. A administração poderá, através de decreto, considerar os SEÇÃO XI
serviços de fiscalização e de utilidade pública como trabalho de na- DO FUNCIONÁRIO ESTUDANTE
tureza especial, para os efeitos do inciso V, do Artigo 200, desta lei.
§ 3º - Compete ao Chefe de repartição antecipar ou prorrogar Art. 222 - Ao funcionário estudante será permitido faltar ao
o período de trabalho, devidamente comprovada a necessidade do serviço, sem prejuízo dos vencimentos ou remuneração nos dias em
serviço, constituindo a antecipação ou prorrogação, período extra- que se realizarem provas semestrais ou finais.
ordinário, que será remunerado de acordo com o disposto nesta lei. Parágrafo Único - O funcionário deverá requerer a dispensa,
com antecedência de 3 (três) dias no mínimo, juntando documento
SEÇÃO X fornecido pela direção da escola, que comprove o período da rea-
DO DIREITO DE PETIÇÃO E RECURSOS lização das provas e a necessidade do comparecimento do aluno a
elas.
Art. 217 - É assegurado ao funcionário o direito de requerer
ou representar, pedir reconsideração e recorrer, desde que o faça SEÇÃO XII
dentro das normas de urbanidade, observadas as seguintes regras: DA ASSISTÊNCIA AO FUNCIONÁRIO
I - nenhuma solicitação, qualquer que seja a sua forma =, po-
derá ser: Art. 223 - O Município prestará assistência ao funcionário e a
a) dirigida à autoridade incompetente para decidi-la; família, através do Serviço de Assistência e Seguro Social dos Muni-
cipiários de Ribeirão Preto (SASSOM-RP), cujo plano compreenderá:
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ESTATUTO DO SERVIDOR

I - assistência médica, cirúrgica, odontológica, farmacêutica e CAPÍTULO VI


hospitalar; DAS ACUMULAÇÕES, DAS INCOMPATIBILIDADES, DOS
II - previdência, seguro e assistência judiciária; DEVERES E DAS PROIBIÇÕES
III - financiamento para aquisição ou reforma de imóvel, desti-
nado a residência; SEÇÃO I
IV - outras modalidades de assistência social que venham a ser DAS ACUMULAÇÕES
instituídas em lei ou regulamento.
Art. 224 - Concomitantemente ao plano previsto no artigo an- Art. 234 - É vedada a acumulação remunerada de cargos, em-
terior, o Município instituirá, gratuitamente, e a benefício do fun- pregos ou funções públicas, exceto nos casos e forma previstos no
cionário e de sua família: artigo 99 da Constituição Federal:
I - Cursos de aperfeiçoamento e especialização profissional in- I - a de juiz com um cargo de professor;
clusive bolsas de estudo; II - a de dois cargos de professor;
II - Centros de aperfeiçoamento moral e intelectual dos funcio- III - a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
nários e familiares, fora das horas de trabalho; IV - e de dois cargos privativos de médico;
III - locais para repouso ou férias dos funcionários e suas famí- § 1º - Em qualquer dos casos, a acumulação somente será per-
lias. mitida quando houver correlação de matérias e compatibilidade de
Art. 225 - Leis especiais estabelecerão os planos, bem como as horários.
condições de organização e funcionamento dos serviços assisten- § 2º - A proibição de acumular estende-se a cargos, funções ou
ciais referidos nesta seção. empregos em autarquias, empresas públicas e sociedades de eco-
Art. 226 - É obrigatório à inscrição do funcionário no SASSOM, nomia mista.
na qualidade de associado, obedecida às formalidades exigências § 3º - A proibição de acumular proventos não se aplica aos
estatutárias desse órgão. aposentados, quando ao exercício de mandato eletivo, quanto ao
de um cargo em comissão ou quanto a contrato para prestação de
SEÇÃO XIII serviços técnicos ou especializados.
DAS CONCESSÕES Art. 235 - Verificada em processo administrativo a acumulação
proibida e provada a boa fé, o funcionário optará por um dos cargos
Art. 227 - Sem prejuízo do vencimento, remuneração ou de ou funções.
qualquer vantagem legal de que seja titular, o funcionário poderá Parágrafo Único - Provada a má fé, o funcionário perderá todos
faltar ao serviço até 8 (oito) dias consecutivos, por motivo de: os cargos ou funções e será obrigado a restituir o que tiver recebido
I - casamento; indevidamente.
II - falecimento de parente até o segundo grau civil e cônjuge. Art. 236 - As autoridades, Diretores e Chefes de serviço que
Parágrafo Único - A comprovação de ocorrência será feita com tiverem conhecimento de que qualquer de seus subordinados acu-
a exibição de certidão de seu registro, imediatamente ao regresso mula, indevidamente, cargos ou funções públicas, comunicação, o
do funcionário ao serviço. fato ao órgão de pessoal, para os fins indicados ao artigo anterior,
Art. 228 O funcionário terá direito a 6 (seis) faltas durante o sob pena de responsabilidade.
ano, nunca superior a uma falta por mês, abonadas pelo chefe ime-
diato da repartição em que estiver lotado. (Redação dada pela Lei SEÇÃO II
Complementar nº 2843/2017) DAS INCOMPATIBILIDADES
Parágrafo único. Referidas faltas serão consideradas de efetivo
exercício para todos os efeitos e dependerão de requerimento en- Art. 237 - É incompatível o exercício de cargo ou função pública
caminhado ao chefe imediato até o terceiro dia útil posterior à falta. municipal:
(Redação dada pela Lei Complementar nº 240/1993) I - com a participação de gerencia ou administração de empre-
Art. 229 - O vencimento, remuneração ou qualquer vantagem sas bancárias, industriais e comerciais, ou de prestação de serviços,
pecuniária atribuída ao funcionário não será objeto de arresto, se- que mantenham relações negociais com o Município, sejam por
questro ou penhora, salvo quando se tratar da prestação de alimen- este subvencionadas ou diretamente relacionadas com a finalidade
tos. da repartição ou serviço em que o funcionário estiver lotado;
Art. 230 - A partir da data de publicação de ato que o promover, II - com o exercício de representação do Estado estrangeiro;
ao funcionário, licenciado ou não, ficará assegurado o direito a ven- III - com o exercício de cargo ou função subordinado a parente
cimento ou remuneração decorrentes da promoção. até o 2º grau, salvo quando se tratar de cargo ou função de imedia-
Art. 231 - Ao funcionário licenciado para tratamento de saúde, ta confiança e de livre escolha, não podendo mesmo nestas condi-
que por determinação dos médicos oficiais signatários do laudo, ções, exceder de 2 (dois) o número de auxiliares com o mencionado
deve submeter-se a tratamento fora do Município, será concedido grau de parentesco;
transporte para remoção.
Art. 232 - A família do funcionário que, no desempenho de seu SEÇÃO III
serviço, falecer fora da sede de seus trabalhos, será fornecido trans- DOS DEVERES
porte, que compreenderá também o de féretro.
Art. 233 - Nos casos de acumulação legalmente permitida o au- Art. 238 - São deveres do funcionário além dos que lhe cabem
xílio doença e ao auxílio funerário previstos nos artigos 197 e 198 em virtude de seu cargo ou função e dos que decorrem, em geral,
serão concedidos somente em razão do maior vencimento do fale- de sua condição de servidor público:
cido.
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ESTATUTO DO SERVIDOR

I - comparecer a repartição nas horas de trabalho ordinário e XIII - cometer a pessoa estranha à repartição fora dos casos
nas de extraordinário, quando convocado; previstos em lei, o desempenho de encargo que lhe competir ou a
II - executar os serviços que lhe competirem a desempenhar seus subordinados.
com zelo e presteza os trabalhos de que for incumbido; XIV - analisar e/ou aprovar projeto, memoriais descritivos, lau-
III - tratar com urbanidade os colegas e o público atendendo a dos e outros documentos de interesse privado, elaborados por ele
este último sem preferências pessoais; mesmo, ou fiscalizar administrativamente obra de interesse privado
IV - obedecer às ordens superiores, devendo representar, ime- da qual participou direta ou indiretamente. (Redação dada pela Lei
diatamente, por escrito, contra as manifestamente ilegais; Comlpementar nº 2746/2015)
V - zelar pela economia e conservação do material que lhe for
confiado; CAPÍTULO VII
VI - atender prontamente a expedição das certidões requeridas DA AÇÃO DISCIPLINAR
para a defesa do direito e esclarecimento de situações;
VII - atender, com preferência a qualquer outro serviço, as re- SEÇÃO I
quisições de papeis, documentos, informações ou providência que DAS RESPONSABILIDADES
lhe forem feitas para defesa da Fazenda Municipal;
VIII - apresentar-se ao serviço em boas condições de asseio e Art. 240 - Pelo exercício de suas atribuições, o funcionário res-
convenientemente trajado ou com o uniforme que for determina- ponde civil, penal e administrativamente.
do; Art. 241 - A responsabilidade civil decorre de procedimento do-
IX - manter o espírito de cooperação e solidariedade com os loso ou culposo, que importe prejuízo a Fazenda Municipal ou para
companheiros de trabalho; terceiros.
X - guardar sigilo sobre os assuntos da administração; § 1º - O funcionário será obrigado a repor, de uma só vez, a im-
XI - representar aos superiores sobre as irregularidades de que portância do prejuízo causado a Fazenda Municipal, em virtude de
tiver conhecimento; alcance, desfalque, remissão ou omissão em efetuar recolhimento
XII - apresentar relatórios ou resumos da suas atividades, nas ou entradas nos prazos legais.
hipóteses e prazos previstos em lei, regulamento ou regimento; § 2º - Nos demais casos, a indenização de prejuízos causados
XIII - sugerir providências tendentes à melhoria e aperfeiçoa- a Fazenda Municipal poderá ser liquidada mediante o desconto em
mento do serviço. folha, nunca excedente da 5ª (quinta) nem inferiores a 10ª (décima)
parte do vencimento ou remuneração.
SEÇÃO IV § 3º - Tratando-se de danos causados a terceiros, responderá o
DAS PROIBIÇÕES funcionário perante a Fazenda Municipal, em ação regressiva, pro-
posta depois de transitar em julgado a decisão da última instância
Art. 239 - Ao funcionário é proibido: que houver condenado a Fazenda a indenizar o terceiro prejudica-
I - referir-se, publicamente, de modo depreciativo, a seus su- do.
periores hierárquicos, ou criticar em informação, parecer ou despa- Art. 242 - A responsabilidade penal será apurada nos termos da
cho, as autoridades e atos da administração, podendo em trabalho legislação federal aplicável.
assinado manifestar, em termos, aos superiores, seu pensamento Art. 243 - A responsabilidade administrativa resulta de atos ou
sob ponto de vista doutrinário ou de organização de serviço, com o omissões praticados no desempenho do cargo ou função.
fito de colaboração e cooperação; Parágrafo Único - A responsabilidade administrativa, não exime
II - retirar, sem prévia permissão da autoridade competente, o funcionário de responsabilidade civil ou penal que couber, nem
qualquer documento ou objeto da repartição; do pagamento da indenização a que ficar obrigado.
III - atender reiteradamente a pessoas, na repartição, para tra-
tar de assuntos particulares; SEÇÃO II
IV - promover manifestações de apreço ou desapreço e fazer DAS PENALIDADES
circular ou subscrever lista de donativos no recinto da repartição;
V - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal; Art. 244 - Considerar-se infração disciplinar o ato praticado
VI - coagir ou aliciar subordinados com objetivos de natureza pelo funcionário com violação dos deveres e das proibições decor-
partidária; rentes da função que exerce.
VII - praticar a usura em qualquer de suas formas; Parágrafo Único - A infração é punível, quer consista em ação,
VIII - pleitear, como procurador ou intermediário, junto às re- ou omissão, e independentemente de ter produzido resultado per-
partições públicas municipais, salvo quando se tratar de percepção turbador do serviço.
de vencimentos ou vantagens de parente até o 3º - grau civil; Art. 245 - São penas disciplinares, na ordem crescente de gra-
IX - entreter-se, durante as horas de trabalho, em palestras, lei- vidade:
turas ou atividades estranhas ao serviço; I - advertência verbal;
X - empregar material do serviço público em atividade parti- II - repreensão;
cular; III - multa;
XI - incitar graves ou a elas aderir, ou praticar atos de sabota- IV - suspensão disciplinar;
gem contra o regime ou o serviço público; V - destituição de função;
XII - receber propinas, comissões, presentes e vantagens de VI - demissão;
qualquer espécie, em razão das suas atribuições; VII - cassação de aposentadoria e de disponibilidade.

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ESTATUTO DO SERVIDOR

§ 1º - As penas previstas nos itens II a VII serão sempre registra- § 3º - O ato de demissão mencionará sempre a causa da pe-
das no prontuário individual do funcionário. nalidade e seu fundamento legal, atenta à gravidade da infração a
§ 2º - As anistias não implicam o cancelamento do registro de demissão poderá ainda, ser aplicada com a nota “A BEM DO SERVI-
qualquer penalidade, que servirá para apreciação da conduta do ÇO PÚBLICO”.
funcionário, mas nele se averbará que, em virtude de anistia, a Art. 252 - Será cassada a aposentadoria e a disponibilidade se
pena deixou de produzir os efeitos legais. ficar provado que o inativo:
Art. 246 - Não se aplicará ao funcionário mais de uma pena, dis- I - praticou falta grave no exercício do cargo;
ciplinar por infrações que sejam apreciadas num só processo, mas a II - aceitou ilegalmente cargo ou função pública;
autoridade competente poderá escolher entre as penas e que me- III - aceitou representação de Estado estrangeiro, sem previa
lhor atenda aos interesses da disciplina e do serviço. autorização do Presidente da República;
Art. 247 - A pena de advertência será aplicada verbalmente IV - praticou usura em qualquer de suas formas.
em casos de natureza leve e sempre no intuito do aperfeiçoamento Parágrafo Único - Será, igualmente, cassada a disponibilidade
profissional do funcionário. do funcionário que não assumir, no prazo lega, o exercício do cargo
Art. 248 - A pena de repreensão será aplicado por escrito, nos em que for aproveitado.
casos seguintes: Art. 253 - Para efeito de graduação das penas disciplinares se-
I - reincidência das infrações sujeitas à pena de advertência; rão sempre tomadas em conta todas as circunstancias em que a in-
II - de desobediência e falta de cumprimento dos deveres pre- fração tiver sido cometida e as responsabilidades do cargo ocupado
vistos nos incisos V, VI, VII, X, XI e XII do artigo 238 desta lei. pelo infrator.
Art. 249 - A pena de suspensão, que não excederá de 90 (no- § 1º - São circunstancias atenuantes da infração disciplinar em
venta) dias, será aplicada: especial:
I - até 30 (trinta) dias, ao funcionário que, sem justa causa, dei- I - o bom desempenho anterior dos deveres funcionais;
xar de se submeter a exame médico determinado por autoridade II - a confissão espontânea da infração;
competente; III - a prestação de serviços considerados relevantes por lei;
II - nos casos de falta grave, ou reincidência de infração a que IV - a provocação injusta de superior hierárquico.
foi aplicada a pena de repreensão. § 2º - São circunstancias agravantes da infração disciplinar, em
Parágrafo Único - Quando houver conveniência para o serviço, especial:
a pena de suspensão poderá ser convertida em multa até 50% (cin- I - a combinação com outros indivíduos para a prática da falta;
quenta por cento) por dia, do vencimento, ou remuneração, obriga- II - o fato de ser cometida durante o cumprimento da pena dis-
do o funcionário neste casão a permanecer em serviço. ciplinar;
Art. 250 - A pena de destituição de função será aplicada pela III - a acumulação de infrações;
autoridade que houver feito a designação. IV - a reincidência.
Art. 251 - A pena de demissão será aplicada nos casos de: § 3º - A acumulação dá-se quando duas ou mais infrações são
I - crime contra a administração pública, nos termos da lei pe- cometidas na mesma ocasião, ou quando uma é cometida antes de
nal; ter sido punida a anterior.
II - abandono de cargo ou falta de assiduidade; § 4º - A reincidência dá-se quando a infração é cometida antes
III - incontinência pública, conduta escandalosa e embriagues de passado um ano sobre o dia em que tiver findado o cumprimen-
habitual; to da pena imposta em consequência de infração anterior.
IV - insubordinação grave em serviço; Art. 254 - Contado da data da infração prescreverá, na esfera
V - ofensa física em serviço contra pessoa alvo se em legitima administrativa:
defesa; I - em 2 (dois) anos, a falta sujeita as penas de repreensão, mul-
VI - aplicação irregular de dinheiros públicos; ta ou suspensão disciplinar;
VII - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio mu- II - em 4 (quatro) anos, a falta sujeita a pena de demissão ou
nicipal; cassação de aposentadoria e de disponibilidade.
VIII - transgressão de qualquer dos itens dos artigos 234 e 237, Parágrafo Único - A falta também prevista como crime na lei
dos itens V, VI, VII, X, XI, XII e XIII do artigo 239, e a reiterada incidên- penal, prescreverá juntamente com este.
cia nas proibições dos demais itens deste último dispositivo. Art. 255 - Para a imposição de penas disciplinares, são compe-
§ 1º - Considera-se abandono do cargo, a ausência do serviço, tentes:
sem justa causa, por mais de 30 (trinta) dias úteis consecutivos. I - A autoridade, nos casos de demissão, cassação de aposen-
§ 2º - Considera-se falta de assiduidade, para os fins deste ar- tadoria e de disponibilidade e suspensão superior a 30 (trinta) dias.
tigo, a falta ao serviço, durante o período de 12 (doze) meses con- II - o imediato da autoridade, responsável pelo órgão em que
secutivos, por mais de 60 (sessenta) dias interpoladamente, sem tenha exercício o funcionário faltoso, nos casos de suspensão disci-
justa causa. plinar até 30 (trinta) dias;
§ 2º - Considera-se falta de assiduidade, para os fins deste ar- III - O Chefe imediato do funcionário, nos casos de advertência
tigo, a falta ao serviço, durante o período de 12 (doze) meses con- verbal e repreensão.
secutivos, por mais de 60 (sessenta) dias interpoladamente, sem Parágrafo Único - A pena de multa será aplicada pela autorida-
justa causa. de que impuser a suspensão disciplinar.

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ESTATUTO DO SERVIDOR

SEÇÃO III § 1º Terminada a instrução da sindicância, a autoridade sindi-


DA PRISÃO ADMINISTRATIVA E DA SUSPENSÃO PREVEN- cante remeterá, ao Corregedor Geral do Município, parecer circuns-
TIVA tanciado do que foi apurado, sugerindo a instauração de processo
administrativo disciplinar, se forem apuradas infrações puníveis com
Art. 256 - Cabe a autoridade ordenar, fundamentadamente a as penas de demissão, cassação de aposentadoria ou da disponibi-
por escrito, a prisão administrativa de qualquer responsável por di- lidade. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 3062/2021)
nheiro e valores pertencentes à Fazenda Municipal ou que se acha- § 2º O Corregedor Geral do Município relatará, perante o Con-
rem sob a guarda desta, nos casos de alcance, remissão ou omissão selho de Controle Interno do Município, o parecer circunstanciado
em efetuar as entradas no devido prazo. da autoridade sindicante, encaminhando voto favorável ou contrá-
§ 1º - O prefeito comunicará o fato imediatamente a autorida- rio às manifestações nele constantes, de maneira fundamentada.
de judiciária competente, para os devidos efeitos, e concluído com (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 3062/2021)
urgência, o processo de tomada de contas. § 3º O Conselho de Controle Interno do Município autorizará,
§ 2º - A prisão administrativa não poderá exceder a 90 (noven- por maioria simples, o Corregedor Geral do Município a instaurar
ta) dias. o processo administrativo disciplinar. (Redação acrescida pela Lei
Art. 257 - A autoridade poderá suspender, previamente, o fun- Complementar nº 3062/2021)
cionário até 30 (trinta) duas, desde que se trata de irregularidade
grave e o simples afastamento do funcionário não atenda ao inte- SEÇÃO II
resse pública. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Parágrafo Único - Instaurado o processo disciplinar, o funcioná-
rio designado pára presidi-lo, poderá propor a autoridade que seja Art. 262 - As penas de demissão de funcionário, de cassação
sustada a suspensão preventiva ou prorrogada até mais 60 (sessen- de aposentadoria ou de disponibilidade só poderão ser aplicadas
ta) dias. em processo administrativo em que se assegure plena defesa ao
Art. 258 - Durante o período de prisão administrativa ou de sus- indiciado.
pensão preventiva, o funcionário perderá um terço do vencimento Art. 263. O processo administrativo disciplinar será instaurado
ou remuneração. mediante portaria do Corregedor Geral do Município, autorizado
Parágrafo Único - O funcionário terá direito: pelo Conselho de Controle Interno do Município.
I - a diferença de vencimento ou remuneração e a contagem de
tempo de serviço relativas ao período em que tenha estado preso Parágrafo único. O processo administrativo disciplinar terá,
ou suspenso, quando o processo não houver resultado em pena dis- como autoridade processante, a Comissão Processante Permanen-
ciplinar, ou esta se limitar à repreensão; te, vinculada à Corregedoria Geral do Município. (Redação dada
II - a diferença de vencimento ou remuneração e a contagem pela Lei Complementar nº 3062/2021)
de tempo de serviço correspondente ao período de afastamento Art. 264. O prazo para a realização do processo administrativo
excedente do prazo de suspensão efetivamente aplicado. será de 60 (sessenta) dias, prorrogáveis por mais 30 (trinta), median-
te autorização do Corregedor Geral do Município, e nos casos de
CAPÍTULO VIII força maior. (Redação dada pela Lei Complementar nº 3062/2021)
DO PROCESSO DISCIPLINAR E SUA REVISÃO § 1º - A autoridade processante, imediatamente após receber o
expediente de sua designação, dará início ao processo, determinan-
SEÇÃO I do a citação pessoal do indiciado, a fim de que possa acompanhar
DAS SINDICÂNCIAS todas as fases do processo, marcando dia para a tomada de seu
depoimento.
Art. 259 - A autoridade que tiver conhecimento de irregulari- § 2º - Achando-se o indiciado em ligar incerto, será citado por
dades no serviço público é obrigada a tomar as providências para edital com prazo de 15 (quinze) dias.
promover-lhes a apuração por meio de sindicância administrativa. § 3º - Se o fundamento do processo for o abandonado do cargo
Parágrafo Único - A autoridade que determinar a instauração ou função, a autoridade processante fará divulgar edital de chama-
da sindicância fixará o prazo nunca superior a 30 (trinta) dias a vista mento pelo prazo de 15 (quinze) dias.
de representação motivada do sindicante. § 4º - A autoridade processante procederá a todas as diligên-
Art. 260. As sindicâncias serão instauradas por portaria, em cias necessárias ao esclarecimento dos fatos, recorrendo, quando
que se indiquem seu objeto, e encaminhadas para a comissão sin- preciso for, a técnicas ou peritos.
dicante competente. § 5º - Os atos, diligencias, depoimento e as informações téc-
Parágrafo único. A autoridade instauradora, quando não dispu- nicas ou periciais serão reduzidos a termo nos autos do processo.
ser de comissão sindicante própria em sua unidade ou comissão ad § 6º - Dispensar-se-á o termo, a que alude o parágrafo anterior,
hoc designada, encaminhará a sindicância para processamento pela no caso de informações técnicas ou de perícia, se constar de laudo
Comissão Sindicante Permanente, vinculada à Corregedoria Geral junto aos autos.
do Município. (Redação dada pela Lei Complementar nº 3062/2021) § 7º - Os depoimentos testemunhais serão tomados em audi-
Art. 261 - O processo de sindicância será sumário, feitas as di- ência, na presença do indiciado, para tanto devidamente cientifi-
ligencias necessárias à apuração das irregularidades e ouvido o sin- cado.
dicato e todas as pessoas envolvidas nos fatos bem como peritos e § 8º - É facultado ao indiciado ou a seu defensor reperguntar as
técnicos necessários ao esclarecimento de questões especializadas. testemunhas, por intermédio do presidente, que poderá indeferir
as perguntas que não tiverem conexão com a falta, consignando-se
no termo as perguntas indeferidas.
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a solução para o seu concurso!
ESTATUTO DO SERVIDOR

§ 9º - Quando a diligencia requerer sigilo em defesa do interes- § 2º - No caso de alcance ou malversação de dinheiro público,
se público, dela só se dará ciência ao indiciado depois de realizada. apurados nos autos, o afastamento se prolongará até a decisão final
Art. 265 - Se as irregularidades objeto do processo administra- do processo administrativo.
tivo constituírem crime, a autoridade processante encaminhar a có- Art. 272 - Da decisão final do processo são admitidos os recur-
pia das peças necessárias ao órgão competente para a instauração sos e pedidos de reconsideração previstos nesta lei.
de inquérito policial. Art. 273 - O funcionário só poderá ser exonerado a pedido,
após a conclusão definitiva do processo administrativo a que estiver
SUBSEÇÃO I respondendo e desde que reconhecida sua inocência.
DA DEFESA DO INDICIADO Art. 274 - A decisão definitiva em processo administrativo só
poderá ser alterada através do processo de revisão.
Art. 266 - A autoridade processante assegurará ao indiciado to- Art. 275 - Nos casos omissos aplicam-se, subsidiariamente as
dos os meios indispensáveis a sua plena defesa. disposições concernentes ao funcionalismo da União.
§ 1º - O indiciado poderá constituir procurador para tratar de
sua defesa. SEÇÃO III
§ 2º - No caso de revelia, a autoridade processante designará, DA REVISÃO DO PROCESSO DISCIPLINAR
de ofício, um funcionário ou advogado que se incumba da defesa
do indiciado revel. Artigo 276 - A qualquer tempo, poderá ser requerida, junto ao
Art. 267 - Tomado o depoimento do indiciado, nos termos do § Conselho de Controle Interno do Município, a revisão da sindicância
1º do artigo 264, terá ele vista do processo na repartição pelo prazo ou do processo administrativo de que resultou a pena disciplinar,
de 5 (cinco) dias, para preparar sua defesa prévia a requerer às pro- quando se aduzirem fatos ou circunstâncias suscetíveis de justificar
vas que deseja produzir, havendo dois ou mais indiciados, o prazo a inocência do requerente. (Redação dada pela Lei Complementar
será comum e de 10 (dez) dias, após o depoimento do último deles. nº 3062/2021)
Art. 268 - Encerrada a instrução do processo, a autoridade pro- § 1º - A revisão só poderá ser requerida pelo funcionário puni-
cessante abrirá vista dos autos ao indiciado ou seu defensor, para do, salvo o disposto no parágrafo seguinte.
no prazo de 15 (quinze) dias, apresentar suas razoes de defesa final. § 2º - Tratando-se de funcionário falecido ou desaparecido, a
Parágrafo Único - A vista dos autos será dada na repartição, revisão poderá ser requerida por qualquer pessoa constante do seu
onde estiver funcionando a autoridade processante e sempre na assentamento individual.
presença de um funcionário devidamente autorizado. Art. 277 - Correrá a revisão em apenso aos autos do processo
originário.
SUBSEÇÃO II Parágrafo Único - Não constitui fundamento para a revisão a
DA DECISÃO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO simples alegação de injustiça da penalidade.
Art. 278 - Na inicial, o requerente pedirá dia e hora para inqui-
Art. 269 - Apresentada à defesa final do indiciado, a autoridade rição das testemunhas que arrolar.
processante apreciará todos os elementos do processo, apresen- Art. 279. Concluída a revisão do Conselho de Controle Interno
tando o seu relatório, no qual proporá, justificadamente, a absolvi- do Município, em prazo que não excederá de 30 (trinta) dias, será
ção ou a punição do indiciado, nesta última hipótese, a pena cabível o processo, com o respectivo relatório, encaminhado ao Prefeito,
e seu fundamento legal. que o julgará no prazo de 30 (trinta) dias. (Redação dada pela Lei
Parágrafo único. O relatório e todos os elementos dos autos Complementar nº 3062/2021)
serão remetidos ao Corregedor Geral do Município, no prazo de 10 Art. 280 - Julgada procedente a revisão, tornar-se-á sem efeito
(dez) dias, a contar da data da apresentação da defesa final. (Reda- a penalidade imposta, restabelecendo-se todos os direitos por ela
ção dada pela Lei Complementar nº 3062/2021) atingidos.
Artigo 270 - A autoridade processante ficará à disposição do
Corregedor Geral do Município até a decisão do processo, para CAPÍTULO IX
prestar qualquer esclarecimento julgado necessário. (Redação dada DISPOSIÇÕES GERAIS
pela Lei Complementar nº 3062/2021)
Artigo 271 - Recebidos os elementos previstos no artigo 269, o Art. 281 - O órgão do pessoal fornecerá ao funcionário certei-
Corregedor Geral do Município apreciará as conclusões do relatório ra em que constará a sua qualificação, documento esse que valerá
da Comissão Processante Permanente, tomando as seguintes provi- como prova de identidade profissional e funcional.
dências, no prazo máximo de 5 (cinco) dias: (Redação dada pela Lei Parágrafo Único - O funcionário exonerado ou demitido, será
Complementar nº 3062/2021) obrigada a devolver a carteira e o inativo, a substituí-la por outra
I - ao discordar das conclusões do relatório, submeterá a ínte- em que se fará constar esta condição.
gra do processo administrativo disciplinar para reexame pelo Con- Art. 282 - Salvo disposição expressa em contrário, os prazos
selho de Controle Interno do Município, que, no prazo máximo de 5 previstos nesta lei serão contados em dias corridos.
(cinco) dias, reunir-se-á para proferir decisão, por maioria simples; Parágrafo Único - Na contagem dos prazos excluir-se-á o dia
(Redação dada pela Lei Complementar nº 3062/2021) inicial; se o último dia coincidir com sábado, domingo, feriado ou
II - se acolher as conclusões do relatório, no prazo máximo de 5 “ponto facultativo”, o vencimento ocorrerá no primeiro dia útil sub-
(cinco) dias, aplicará a pena proposta. sequente.
§ 1º - Se o processo não for decidido no prazo deste artigo, o Art. 283 - Para os efeitos desta lei, considerar-se-ão membros
indiciado reassumirá automaticamente o exercício do cargo, aguar- da família do funcionário, desde que vivam às suas expensas e cons-
dando ai o julgamento. tem do seu assentamento individual.
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ESTATUTO DO SERVIDOR

I - o cônjuge ou a companheira; (D) É permitida a acumulação de tempo concorrente ou simul-


II - as ascendentes e descendentes; taneamente prestado em dois ou mais cargos ou funções da
III - as sobrinhas e irmãs, solteiras ou viúvas; União, Estados, Territórios Municípios e suas entidades da ad-
IV - os sobrinhos e irmãos, menores ou incapazes. ministração indireta.
Parágrafo Único - O padrasto e a madrasta, o sogro e a sogra (E) Será computado, para todos os efeitos, o tempo de serviço
equivalem ao pai e a mãe, e os enteados aos filhos. gratuito.
Art. 284 - Nos dias úteis, só determinação do Prefeito poderão
deixar de funcionar as repartições municipais. 2-INSTITUTO AOCP - 2018
Art. 285 - É assegurado aos funcionários o direito de se agru- Considerando a Lei Municipal nº 3181/1976, que trata do esta-
parem em associação de classe, sem caráter político ou ideológico. tuto dos servidores públicos do Município de Ribeirão Preto, acerca
Parágrafo Único - Essas associações de caráter civil, terão a fa- das formas de vacância dos cargos públicos, assinale a alternativa
culdade de representar, coletivamente, os seus associados, perante correta.
as autoridades administrativas, em matérias de interesses de classe. (A) A exoneração será aplicada como penalidade e deverá ser
Art. 286 - O regime jurídico, estabelecido nesta lei, não extin- precedida de processo disciplinar
gue nem restringe direitos e vantagens já concedidos por leis em (B) Dar-se-á a demissão de ofício quando não satisfeitas as con-
vigor, anteriores a sua publicação. dições do estágio probatório.
Art. 287 - O dia 28 de outubro será consagrado ao FUNCIONÁ- (C) Dar-se-á a demissão de ofício quando o funcionário não en-
RIO MUNICIPAL. trar em exercício no prazo legal.
Art. 288 - São isentas de qualquer tributo ou emolumento, os (D) Dar-se-á a exoneração de ofício quando se tratar de cargo
requerimentos, certidões e outros papeis que interessem a qualida- em comissão.
de de funcionário público municipal, ativo ou inativo. (E) Não ocorrerá vacância do cargo quando o servidor for trans-
Art. 289 - Por motivo de convicção filosófica, religiosa ou polí- ferido.
tica, nenhum funcionário público municipal poderá ser privado de
qualquer de seus direitos, sem sofrer alteração em sua atividade 3-INSTITUTO AOCP - 2018
funcional. Com base no que dispõe a Lei Municipal nº 3181/1976, que
Art. 290 - O funcionário público, no exercício de suas atribui- trata do estatuto dos servidores públicos do Município de Ribeirão
ções, não está sujeito à ação penal por ofensa irrigada em informa- Preto, assinale a alternativa que NÃO apresenta uma forma de pro-
ções, pareceres ou quaisquer outros escritos de natureza adminis- vimento de cargo público.
trativas que, para esse fim são equiparados às alegações produzidas (A) Transferência.
em Juízo. (B) Aproveitamento.
Art. 291 - Nenhum funcionário poderá ser transferido ou re- (C) Reversão.
movido de oficio no período de 6 (seis) meses anteriores e no de 3 (D) Reintegração.
(três) meses posteriores às eleições. (E) Remoção.
Art. 292 - É vedada a transferência ou remoção de oficio do fun-
cionário investido em cargo eletivo, desde a expedição do diploma 4-INSTITUTO AOCP - 2018
e até o término do mandato. Conforme o disposto na Lei Municipal nº 3181/1976, que trata
Art. 293 - Ficam asseguradas, no que couber, aos funcionários do estatuto dos servidores públicos do Município de Ribeirão Preto,
inativos, as vantagens e direitos previstos no presente Estatuto. é correto afirmar que
Art. 294 - Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação. (A) reintegração é o ingresso, no serviço público, do funcioná-
Art. 295 - Revogam-se as disposições em contrário. rio até então em disponibilidade.
(B) não poderá ser transferido o funcionário que se achar em
Palácio Rio Branco, 23 de julho de 1976. estágio probatório.
(C) reintegração é a limitação das funções do cargo, a fim de
torná-lo compatível com a capacidade do servidor e dependerá
QUESTÕES sempre de exame médico de Junta Médica Oficial.
(D) a permuta será processada a requerimento de ambos os
interessados, respeitados os requisitos da remoção e ocorrerá
1-INSTITUTO AOCP - 2018
independentemente dos interesses da administração.
De acordo com o que dispõe a Lei Municipal nº 3181/1976, que
(E) o funcionário em disponibilidade não poderá ser, em ne-
trata do estatuto dos servidores públicos do Município de Ribeirão
nhuma hipótese, posto à disposição de outro órgão de admi-
Preto, assinale a alternativa correta no que se refere ao tempo de
nistração pública.
serviço.
(A) Será considerado de efetivo exercício o afastamento em vir-
tude de missão ou estudo no estrangeiro, quando o afastamen-
to houver sido autorizado pelo Prefeito.
(B) Será contado, para todos os efeitos, de maneira simples, o
período de serviço ativo nas Forças Armadas em operações de
guerra.
(C) Será contado, para todos os efeitos, em dobro, o tempo em
que o funcionário estiver em disponibilidade remunerada.
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ESTATUTO DO SERVIDOR

5-VUNESP - 2018 ______________________________________________________


A respeito do Registro de Frequências, a Lei no 3.181/76 – Esta-
tuto do Servidor Público do Município de Ribeirão Preto, estabelece ______________________________________________________
que
(A) os funcionários da área da saúde estão dispensados do re- ______________________________________________________
gistro do ponto.
______________________________________________________
(B) será de oito horas o regime de trabalho diário, como regra,
para o pessoal lotado nos serviços industriais, de fiscalização e ______________________________________________________
de utilidade pública.
(C) os funcionários podem optar pelo registro do ponto ou por ______________________________________________________
declaração mensal de presença.
(D) é vedado ao Chefe de repartição antecipar ou prorrogar o ______________________________________________________
período de trabalho, ainda que para atender necessidade do
serviço. ______________________________________________________
(E) nenhum funcionário municipal, de qualquer modalidade ou
______________________________________________________
categoria, poderá prestar, sob qualquer fundamento, mais de
trinta e três horas semanais de serviço ______________________________________________________

______________________________________________________
GABARITO
______________________________________________________

1 A ______________________________________________________
2 D ______________________________________________________
3 E
______________________________________________________
4 B
5 B ______________________________________________________

______________________________________________________
ANOTAÇÕES
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
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AUDITORIA

Campo de Atuação
AUDITORIA: EVOLUÇÃO, CONCEITOS, OBJETIVOS, TIPOS, A auditoria, de acordo com o ambiente onde será aplicada po-
TÉCNICAS derá ser dividida em:
a) Auditoria Governamental: onde atua diretamente sobre a
administração do setor público. Está diretamente relacionada ao
AUDITORIA acompanhamento das ações dos órgãos e entidades que compõe
A auditoria1 pode ser entendida como a atividade de revisão a administração direta e indireta, nas três esferas de governo. Se-
das demonstrações financeiras, sistema financeiro, seus registros, gundo o Regimento Interno do TCU (Tribunal de Contas da União)4 a
suas transações e operações de uma entidade, efetuada por profis- auditoria governamental está definida da seguinte forma:
sionais da contabilidade contadores, com a finalidade de assegurar Art. 239. Auditoria é o instrumento de fiscalização utilizado
a fidelidade dos registros e proporcionar credibilidade às demons- pelo Tribunal para:
trações financeiras. I – Examinar a legalidade e a legitimidade dos atos de gestão
dos responsáveis sujeitos a sua jurisdição, quanto ao aspecto con-
Conceito tábil, financeiro, orçamentário e patrimonial;
A palavra auditoria origina-se do latim audire (ouvir). Foi usada II – Avaliar o desempenho dos órgãos e entidades jurisdicio-
incialmente pelos ingleses para assegurar o conjunto de procedi- nados, assim como dos sistemas, programas, projetos e atividades
mentos técnicos utilizados para a revisão da escrituração e eviden- governamentais, quanto aos aspectos de economicidade, eficiência
ciação dos registros contábeis. Atualmente seu significado é mais e eficácia dos atos praticados;
abrangente. III – Subsidiar a apreciação dos atos sujeitos a registro.
A auditoria é o processo de confrontação entre uma situação
encontrada e um determinado crédito, ou, em outras palavras é b) Auditoria Privada: aquela que atua na iniciativa privada, ou
a comparação entre o fato efetivamente ocorrido e o que deveria seja, nas empresas que objetivam lucro. Por ser realizada por audi-
ocorrer. Podemos também afirmar que a auditoria é o conjunto de tores internos e externos.
procedimentos e técnicas aplicados de forma independente sobre
uma relação que envolve a obrigação de responder por uma res- I - Auditores Internos: quando é realizada por profissionais
ponsabilidade conferida, objetivando emitir um informe de como empregados pela própria empresa auditada, ou seja, parcialmente
essa obrigação está sendo cumprida. independente, que além de trabalhar com as informações contá-
Segundo a INTOSAI2, auditoria é o exame das operações, ativi- beis e financeiras, se dedica também aos aspectos operacionais da
dades e sistemas de determinada entidade, com a função de verifi- organização.
car se são executadas ou funcionam em conformidade com deter- Segundo Guzman5 “auditoria interna é a atividade indepen-
minados objetivos, orçamentos, regras e normas. dente de avaliação de uma organização, mediante a revisão de sua
contabilidade, finanças e outras operações que servem de base à
Objetivos administração da empresa. Também se pode dizer que é o controle
O objetivo da auditoria3 é o exame de documentos, livros con- gerencial que funciona medindo e avaliando a eficácia dos outros
tábeis, registros, além de realização de inspeções e obtenção de controles”.
informações de fontes internas e externas, tudo relacionado com o Compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e
controle do patrimônio da entidade auditada. comprovações metodologicamente estruturados para avaliação da
Tem ainda como objetivo averiguar a exatidão dos registros integridade, adequação e eficácia dos processos, dos sistemas de
contábeis e das demonstrações contábeis no que se refere aos informação e dos controles internos integrados ambiente e de ge-
eventos que alteram o patrimônio e a representação desse patri- renciamento de risco, com objetivo de auxiliar à administração da
mônio, sendo assim resume-se no conjunto de elementos de con- organização ao cumprimento de seus objetivos.
trole do patrimônio, quais sejam os registros contábeis, documen-
tos que comprovem esses registros e os atos administrativos. II - Auditores Externos: é a auditoria realizada por profissionais
Fatos não registrados documentalmente também são objeto da independentes, na área contábil, como em outras diversas áreas.
auditoria uma vez que tais fatos podem ser relatados por indivíduos Segundo Everard e Wolter6, “é a auditoria realizada por um
que executam atividades relacionadas ao patrimônio auditado. organismo externo e independente da entidade controlada, tendo
1 Auditoria Contábil: Enfoque teórico, normativo e prático. Inaldo da Paixão
por objetivo, por um lado, emitir parecer sobre as contas e a situ-
Araújo, Daniel Gomes Arruda, Pedro Humberto Teixeira Barretto, São Paulo, 4 https://portal.tcu.gov.br/normativos/regimentos-internos/
Saraiva-2008. 5 Guzman, Genaro Soriano. La auditoria interna en el processo administrativo.
2 Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores Republica Dominicana. Editorial CENAPEC, 1991
3 http://www.crc-ce.org.br/fiscalizacao/informacoes-importantes/auditoria-contabil/ 6 Everard Patrick, Wolter Diane. Seleções de termos e expressões utilizadas em
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a solução para o seu concurso!
AUDITORIA

ação financeira, a regularidade e a legalidade das operações e/ou Execução da Auditoria:


sobre a gestão financeira e, por outro, elaborar relatórios corres- - Durante a execução da auditoria, a equipe realiza testes,
pondentes”. revisa documentos, entrevista pessoal e aplica outras técnicas para
Um dos seus principais objetivos é emitir uma opinião inde- coletar evidências e avaliar o cumprimento de controles e procedi-
pendente, com base em normas técnicas sobre a adequação ou não mentos.
das demonstrações contábeis, assim como em certos casos, emitir
um relatório sobre o cumprimento de cláusulas contratuais, sobre Relatório de Auditoria:
a regularidade das operações ou resultado da gestão financeira e - Ao concluir a auditoria, é elaborado um relatório que resu-
administrava das organizações auditadas. me os achados, avaliações e recomendações. Esse relatório é geral-
mente compartilhado com a alta administração e outros interessa-
dos relevantes.
AUDITORIA INTERNA
Acompanhamento e Follow-up:
- A equipe de auditoria interna deve acompanhar a imple-
A auditoria interna é uma atividade independente e objetiva mentação das recomendações apresentadas no relatório. Isso ga-
que visa agregar valor e melhorar as operações de uma organiza- rante que as melhorias sugeridas sejam efetivamente incorporadas
ção. Ela ajuda a organização a alcançar seus objetivos por meio de às operações da organização.
uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar
a eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, controle e go- Melhoria Contínua:
vernança. Aqui estão alguns pontos-chave relacionados à auditoria - A auditoria interna não é apenas uma atividade de confor-
interna: midade, mas também uma ferramenta para impulsionar a melhoria
contínua. As lições aprendidas durante o processo de auditoria de-
Definição de Auditoria Interna: vem ser aplicadas para aprimorar os processos e controles.
- A auditoria interna é uma atividade de avaliação e consulto-
ria independente, que tem como objetivo fornecer à alta adminis- Normas e Ética:
tração e aos stakeholders informações objetivas e imparciais sobre - A prática da auditoria interna geralmente segue normas e
a eficácia dos controles internos, gestão de riscos e processos orga- códigos éticos reconhecidos, como os padrões do Institute of Inter-
nizacionais. nal Auditors (IIA), para garantir qualidade, integridade e confiabili-
dade nos processos de auditoria.
Objetivos da Auditoria Interna:
- - Avaliar a eficácia e eficiência das operações. A auditoria interna desempenha um papel crucial na governan-
- Verificar a confiabilidade das informações financeiras. ça corporativa, ajudando as organizações a alcançar seus objetivos,
- Assegurar o cumprimento de leis, regulamentos e políticas gerenciar riscos e promover a eficiência operacional. Ela contribui
internas. para a transparência e a accountability, fortalecendo a confiança
- Avaliar a salvaguarda de ativos. dos stakeholders na gestão organizacional.
- Identificar e gerenciar riscos organizacionais.

Independência e Objetividade: AUDITORIA INDEPENDENTE


- A equipe de auditoria interna deve ser independente e ob-
jetiva. Isso significa que ela deve ser livre de influências que pos-
sam prejudicar sua capacidade de realizar avaliações imparciais e A auditoria independente refere-se à prática de realizar exames
críticas. e avaliações imparciais e objetivas das demonstrações financeiras
de uma entidade por parte de uma firma de auditoria externa, que
Escopo da Auditoria: é independente da organização auditada. O principal objetivo da
- O escopo da auditoria é determinado com base nos riscos auditoria independente é fornecer uma opinião sobre se as de-
organizacionais, nas áreas críticas e nas necessidades identificadas monstrações financeiras da entidade estão apresentadas de manei-
pela alta administração. Pode incluir auditorias financeiras, opera- ra justa e em conformidade com os princípios contábeis aplicáveis.
cionais, de conformidade e de sistemas, entre outras.
Aqui estão alguns pontos-chave relacionados à auditoria inde-
Planejamento da Auditoria: pendente:
- Antes do início da auditoria, é essencial realizar um pla-
nejamento detalhado. Isso inclui a definição de objetivos, a iden- Independência e Objetividade:
tificação de áreas de risco, a seleção de métodos de auditoria e a - A independência é fundamental para a credibilidade e inte-
alocação de recursos. gridade do processo de auditoria. A firma de auditoria externa deve
ser livre de qualquer influência que possa comprometer sua objeti-
vidade, como relações financeiras significativas ou laços familiares
com a entidade auditada.

matéria de auditoria externa das finanças públicas. Sydney. INTOSAI, 1989


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a solução para o seu concurso!
AUDITORIA

Normas e Padrões Profissionais:


- A auditoria independente segue normas e padrões profis- PERÍCIA CONTÁBIL
sionais reconhecidos internacionalmente. No contexto global, as
Normas Internacionais de Auditoria (NIA) são frequentemente uti-
lizadas como referência. PERÍCIA CONTÁBIL
A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos téc-
Escopo da Auditoria: nicos e científicos destinado a levar à instância decisória elementos
- O escopo da auditoria independente é determinado com de prova necessários a subsidiar à justa solução do litígio, mediante
base na natureza e complexidade das operações da entidade. Ele laudo pericial contábil, e ou parecer pericial contábil, em conformi-
inclui a revisão das demonstrações financeiras, avaliação de con- dade com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação especí-
troles internos relevantes e a obtenção de evidências suficientes e fica no que for pertinente.
apropriadas.
A Norma Brasileira de Contabilidade - NBC TP 017 conceitua a
Riscos e Materialidade: Perícia Contábil da seguinte forma:
- A equipe de auditoria avalia os riscos associados às demons- A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técni-
trações financeiras e determina os limites de materialidade. A ma- co-científicos destinados a levar à instância decisória elementos de
terialidade é um conceito que influencia a importância relativa dos prova necessários a subsidiar a justa solução do litígio ou constata-
erros ou distorções nas demonstrações financeiras. ção de fato, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer técnico-
-contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais
Procedimentos de Auditoria: e com a legislação específica no que for pertinente.
- São utilizados diversos procedimentos de auditoria, como O laudo pericial contábil e o parecer técnico-contábil têm por
testes substantivos, revisão analítica, confirmação de saldos e pro- limite o próprio objeto da perícia deferida ou contratada.
cedimentos de observação, para obter evidências suficientes e A perícia contábil é de competência exclusiva de contador em
apropriadas. situação regular perante o Conselho Regional de Contabilidade de
sua jurisdição.
Relatório de Auditoria: A perícia judicial é exercida sob a tutela do Poder Judiciário. A
- Ao final da auditoria, a firma emite um relatório de auditoria perícia extrajudicial é exercida no âmbito arbitral, estatal ou volun-
que contém a opinião do auditor sobre as demonstrações financei- tária. A perícia arbitral é exercida sob o controle da lei de arbitra-
ras. O relatório também pode incluir comentários sobre as práticas gem. Perícias oficial e estatal são executadas sob o controle de ór-
contábeis da entidade e outras informações relevantes. gãos de Estado. Perícia voluntária é contratada, espontaneamente,
pelo interessado ou de comum acordo entre as partes.
Comunicação com a Administração e Conselho de Adminis-
tração: Planejamento
- Durante o processo de auditoria, a equipe de auditoria co- Segundo a NBC TP 01 os objetivos do planejamento da perícia
munica regularmente com a administração e o conselho de admi- são:
nistração para discutir descobertas, esclarecer questões e obter Conhecer o objeto e a finalidade da perícia, a fim de permitir a
informações adicionais. adoção de procedimentos que conduzam à revelação da verdade, a
qual subsidiará o juízo, o árbitro ou o interessado a tomar a decisão
Conclusão sobre a Continuidade Operacional: a respeito da lide;
- A equipe de auditoria avalia a capacidade da entidade audi- Definir a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedi-
tada de continuar suas operações no futuro previsível, e inclui essa mentos a serem aplicados, em consonância com o objeto da perícia;
avaliação no relatório de auditoria quando aplicável. Estabelecer condições para que o trabalho seja cumprido no
prazo estabelecido;
Responsabilidades Éticas e Legais: Identificar potenciais problemas e riscos que possam vir a ocor-
- A firma de auditoria independente está sujeita a responsa- rer no andamento da perícia;
bilidades éticas e legais. Isso inclui a adesão a códigos de ética pro- Identificar fatos importantes para a solução da demanda, de
fissional e a obrigação de cumprir as leis e regulamentos aplicáveis. forma que não passem despercebidos ou não recebam a atenção
necessária;
Auditoria de Entidades Públicas e Regulamentadas: Identificar a legislação aplicável ao objeto da perícia;
- Em alguns casos, as auditorias independentes podem ser Estabelecer como ocorrerá a divisão das tarefas entre os mem-
obrigatórias para entidades públicas, organizações sem fins lucrati- bros da equipe de trabalho, sempre que o perito necessitar de au-
vos e empresas regulamentadas por órgãos específicos. xiliares;
Facilitar a execução e a revisão dos trabalhos.
A auditoria independente desempenha um papel crucial na
prestação de contas das organizações para seus acionistas, inves-
tidores, reguladores e outras partes interessadas. Ela fornece uma
avaliação independente da qualidade das práticas contábeis e da
confiabilidade das informações financeiras divulgadas pela entida-
de auditada.
7 http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2015/NBCTP01
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a solução para o seu concurso!
AUDITORIA

Tipos de Perícia Contábil8 3. Metodologia: conjunto dos meios dispostos conveniente-


Há dois tipos de perícia contábil: mente para alcançar o resultado da perícia por meio do conheci-
Judicial - quando o perito contador é nomeado por um juiz para mento técnico-científico, de maneira que possa, ao final, inseri-lo
analisar uma determinada causa e emitir seu parecer. no corpo técnico do laudo e parecer.
Extrajudicial - ela serve para avaliar bens e direitos, cálculo de
indenizações, venda e compra de empresas, partilha de bens, liqui- 4. Conclusão: é a quantificação, quando possível, do valor da
dação de haveres, divórcio. A perícia é o único meio de prova capaz demanda, podendo reportar-se a demonstrativos apresentados no
e eficaz de avaliar as questões materiais que são controvertidas du- corpo do laudo e do parecer ou em documentos. É na conclusão
rante a ação. que o perito registrará outras informações que não constaram na
quesitação, porém, encontrou-as na busca dos elementos de prova
Em áreas como a Justiça do Trabalho é muito grande a procura inerentes ao objeto da perícia.
pela perícia. Já na Justiça Estadual, onde estão as áreas cíveis, de
família e fazenda pública, a perícia não é muito pedida na fase de 5. Apêndices: são documentos elaborados pelo perito contábil;
instrução do processo. Mas, em compensação, o laudo pericial é e Anexos são documentos entregues a estes pelas partes e por
solicitado na liquidação da sentença. terceiros, com o intuito de complementar a argumentação ou
O perito é indicado pelo juiz e goza da confiança do mesmo, elementos de prova.
devendo realizar o trabalho e apresentar o laudo por escrito, res-
pondendo aos quesitos determinados. Quesitos são questões ou 6. Palavras e Termos Ofensivos: o perito que se sentir ofendido
perguntas determinadas pelo juiz ou pelas partes interessadas. por expressões injuriosas, de forma escrita ou verbal, no processo,
poderá tomar as seguintes providências:
A Perícia Contábil é atividade privativa dos contadores habilita- a) Sendo a ofensa escrita ou verbal, por qualquer das partes,
dos no Conselho Regional de Contabilidade da respectiva jurisdição, peritos ou advogados, o perito ofendido pode requerer da autori-
conforme determina a norma legal alínea “c” do art. 25, combinado dade competente que mande riscar os termos ofensivos dos autos
com o art. 26, do Decreto-Lei nº 9.2959, de 27 de maio de 1946. ou cassada a palavra;
O contador, na função de perito, deve manter adequado nível b) As providências adotadas, na forma prevista na alínea (a),
de competência profissional, atualizado sobre as NBC, além das téc- não impedem outras medidas de ordem civil ou criminal.
nicas contábeis, especialmente as aplicáveis à perícia.
O trabalho do perito contábil tem como base a análise de livros, 7. Esclarecimentos: havendo determinação de esclarecimen-
registros de transações e documentos que envolvem os fatos a se- tos do laudo ou do parecer sem a realização de audiência, o perito
rem investigados. No entanto, na prática, os peritos muitas vezes deve fazer, por escrito, observando em suas respostas os mesmos
devem procurar procedimentos de acordo com os fatos adotados procedimentos adotados quando da feitura do esclarecimento em
pelas partes, desde que não comprometam as normas legais e a sua audiência, no que for aplicável.
ética profissional.
8. Os Peritos Devem, na Conclusão do Laudo e do Parecer, Con-
Estrutura do Laudo Pericial siderar as Formas Explicitadas nos Itens Seguintes:
Segundo a NBC TP 01 a terminologia do Laudo deve conter: Omissão de fatos: o perito do juízo não pode omitir nenhum
Forma circunstanciada: a redação pormenorizada, minuciosa, fato relevante encontrado no decorrer de suas pesquisas ou diligên-
efetuada com cautela e detalhamento em relação aos procedimen- cias, mesmo que não tenha sido objeto de quesitação e desde que
tos e aos resultados do laudo e do parecer. esteja relacionado ao objeto da perícia;
Síntese do objeto da perícia e resumo dos autos: o relato ou a A conclusão com quantificação de valores é viável em casos
transcrição sucinta, de forma que resulte em uma leitura compre- de: apuração de haveres; liquidação de sentença, inclusive em pro-
ensiva dos fatos relatados sobre as questões básicas que resultaram cessos trabalhistas; resolução de sociedade; avaliação patrimonial,
na nomeação ou na contratação do perito. entre outros;
Pode ocorrer que, na conclusão, seja necessária a apresenta-
1. Diligência: todos os atos adotados pelos peritos na busca de ção de alternativas, condicionada às teses apresentadas pelas par-
documentos, coisas, dados e informações e outros elementos de tes, casos em que cada uma apresenta uma versão para a causa. O
prova necessários à elaboração do laudo e do parecer, mediante perito deve apresentar as alternativas condicionadas às teses apre-
termo de diligência, desde que tais provas não estejam colaciona- sentadas, devendo, necessariamente, ser identificados os critérios
das aos autos. Ainda são consideradas diligências as comunicações técnicos que lhes deem respaldo;
às partes, aos peritos-assistentes ou a terceiros, ou petições judi- A conclusão pode ainda reportar-se às respostas apresentadas
ciais. nos quesitos;
A conclusão pode ser, simplesmente, elucidativa quanto ao ob-
2. Critério: é a faculdade que tem o perito de distinguir como jeto da perícia, não envolvendo, necessariamente, quantificação de
proceder em torno dos fatos alegados para julgar ou decidir o cami- valores.
nho que deve seguir na elaboração do laudo e do parecer.
E em relação a estrutura:
O laudo deve conter, no mínimo, os seguintes itens:
- Identificação do processo e das partes;
8 http://www.crc-ce.org.br/fiscalizacao/informacoes-importantes/pericia-contabil/ - Síntese do objeto da perícia;
9 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del9295.htm - Resumo dos autos;
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a solução para o seu concurso!
AUDITORIA

- Metodologia adotada para os trabalhos periciais e esclareci- Caro(a) Candidato(a), a Perícia Contábil é regida pela Norma
mentos; Brasileira de Contabilidade NBC TP 01 de fevereiro de 2015. Para
- Relato das diligências realizadas; ler a Norma completa basta acessar o link: http://www1.cfc.org.br/
- Transcrição dos quesitos e suas respectivas respostas para o sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2015/NBCTP01
laudo pericial contábil;
- Transcrição dos quesitos e suas respectivas respostas para o
parecer técnico-contábil, onde houver divergência das respostas PROCEDIMENTOS
formuladas pelo perito do juízo;
- Conclusão;
- Termo de encerramento, constando a relação de anexos e Procedimento de auditoria é um conjunto de exames, previs-
apêndices; tos no programa de trabalho, com a finalidade de obter evidências
- Assinatura do perito: deve constar sua categoria profissional suficientes, confiáveis, fidedignas, relevantes e úteis, que permitam
de contador, seu número de registro em Conselho Regional de Con- responder a uma questão de auditoria definida na fase de planeja-
tabilidade, comprovado mediante Certidão de Regularidade Profis- mento do trabalho11.
sional (CRP) e sua função: se laudo, perito do juízo e se parecer, A escolha dos procedimentos a serem utilizados para o alcance
perito-assistente da parte. É permitida a utilização da certificação dos objetivos de auditoria é feita durante a fase de planejamento.
digital, em consonância com a legislação vigente e as normas es- Para tanto, devem ser levados em consideração:
tabelecidas pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras - ICP- A – A extensão, a época e a natureza dos procedimentos;
-Brasil; B – A capacidade que o procedimento detém de contribuir para
- Para elaboração de parecer, aplicam-se o disposto nas alíneas o alcance dos objetivos da auditoria;
acima, no que couber. C – A relação custo x benefício de realização dos procedimen-
tos.
Trabalhos Efetuados pelo Perito Contador
Entre os trabalhos relacionados à Perícia Contábil, e que cons- Extensão e profundidade
tituem prerrogativas dos Contadores, segundo a Resolução CFC nº Cabe ao auditor interno governamental determinar, de acordo
560/8310, destacam-se, entre outras, os seguintes: com cada caso específico, a extensão e a profundidade de opera-
– Avaliação de acervos patrimoniais e verificação de haveres e ções a serem examinadas. Para tanto, deve se basear:
obrigações, para quaisquer penalidades, inclusive de natureza fis- A – Na complexidade e no volume das operações;
cal; B – Na natureza do item em exame;
– Avaliação dos fundos de comércio; C – Nos principais riscos e na avaliação preliminar dos controles
– Apuração do valor patrimonial de participações, quotas ou a eles relacionados;
ações; D – No grau de segurança e no tipo de evidência que pretende
– Reavaliações e medição dos fatos incidentes sobre o patrimô- obter, a fim de fundamentar sua opinião.
nio e o resultado periódico de quaisquer entidades;
– Regulações judiciais ou extrajudiciais, de avarias grossas ou É necessário também que o auditor verifique se há necessidade
comuns; de que todos os itens componentes do universo sob análise sejam
– Revisões de balanços, contas ou quaisquer demonstrações ou revisados de acordo com a mesma extensão e profundidade.
registros contábeis quando decorrentes de trabalho pericial;
– Apuração de haveres e avaliações de direitos e obrigações, do Época
acervo patrimonial de quaisquer entidades, em vista de liquidação, A época diz respeito ao período apropriado para a aplicação
fusão, cisão, expropriação no interesse público, transformação ou dos procedimentos de auditoria. O benefício proporcionado pela
incorporação dessas entidades, bem como em razão de entrada, utilização de determinado procedimento será maior ou menor em
retirada, exclusão ou falecimento de sócios, quotistas ou acionistas; decorrência de o momento de sua aplicação ser oportuno ou não.
– Levantamentos de balanços especiais para fins de determina-
ção do patrimônio líquido; Natureza
– Magistério de disciplina de Perícia Contábil, nos Cursos de Conforme as Normas Brasileiras de Contabilidade, a natureza
Ciências Contábeis; do procedimento de auditoria se refere à sua finalidade e ao seu
– Assistência ao administrador judicial na recuperação judicial, tipo.
extrajudicial e falência (Lei nº 11.101-05), e aos liquidantes de qual- De acordo com a finalidade, tem-se: testes de controle e pro-
quer massa ou acervo patrimonial; cedimentos substantivos, sendo que, estes últimos, por sua vez, se
– Perito Contador do Juízo (nomeado pelos magistrados das di- subdividem em testes de detalhes e procedimentos analíticos subs-
versas áreas do Judiciário, inclusive podendo atuar na área arbitral); tantivos.
– Perito Contador assistente (contratado pelas partes). De acordo com o tipo, tem-se: inspeção, confirmação externa,
recálculo, observação, indagação, procedimentos analíticos, reexe-
cução, entre outros. Os procedimentos classificados por tipo são
também conhecidos como técnicas de auditoria.

11 BRASIL. Manual de Orientações Técnicas da Atividade de Auditoria


10 http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBC- Interna Governamental do Poder Executivo Federal. Aprovado pela
TA560(R1)&arquivo=NBCTA560(R1).doc Instrução Normativa SFC nº 8, de 8 de dezembro de 2017.
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Assim, de acordo com a natureza, os procedimentos de auditoria podem ser divididos em:

https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/5146/1/Mod1_Considera%C3%A7%C3%B5es%20iniciais%20referentes%20
%C3%A0s%20t%C3%A9cnicas%20de%20auditoria.pdf

TESTES DE AUDITORIA. TESTES DE OBSERVÂNCIA. TESTES SUBSTANTIVOS. TESTES PARA SUBAVALIAÇÃO E TESTES PARA
SUPERAVALIAÇÃO

Um dos principais aspectos em trabalhos de auditoria é a correta aplicação de testes para que o auditor obtenha maior segurança na
emissão de sua opinião demonstrada através do parecer. Considerando que atualmente é praticamente impossível a verificação da totali-
dade das operações de uma organização, é imprescindível a realização do trabalho baseado em testes de auditoria. Diante desta situação,
apresentaremos os tipos de testes que a doutrina relativa ao assunto consagrou como sendo os adequados, fornecendo uma visão com
aplicação prática desta importante ferramenta da auditoria.

Considerando que a atividade de auditoria não se propõe a verificar a totalidade dos fatos ocorridos em uma organização, pois caso
isto ocorresse necessitaria de um contingente muito grande de pessoas, e provavelmente os resultados levariam muito tempo para serem
repassados aos interessados, a auditoria necessitar fazer revisão à base de testes.
Estes testes podem ter um componentes estatísticos, ou não, dependendo dos objetivos que o auditor esteja perseguindo.
Na aplicação dos testes de auditoria, os controles internos da organização têm fundamental importância, considerando que normal-
mente quanto mais eficazes forem estes controles, a quantidade de testes em auditoria tende a ser menor, desde que o auditor deposite
confiança neles.
Na fase inicial do desenvolvimento das técnicas de auditoria, surgiram muitas dúvidas, principalmente relacionadas com a amplitude
dos testes. A principal delas era a seguinte:

O auditor para dar sua opinião sobre um determinado fato teria que examinar todos os lançamentos contábeis ou operações referen-
tes àquilo que está sendo examinado?
Caso examinasse todos os lançamentos contábeis e operações, além do alto custo do serviço de auditoria, a opinião do auditor não
teria utilidade, devido ao fato de que provavelmente seria emitida com muito atraso.
Em primeiro lugar, o auditor deve se preocupar com erros que, individualmente ou cumulativamente, possam levar a uma interpre-
tação errônea de um fato, por parte de quem os está analisando. Portanto, o valor desses erros teria de ser significativo em relação às
operações.
Em segundo lugar, normalmente a empresa já tem um conjunto de procedimentos internos com o objetivo de evitar a ocorrência de
erros. Esse conjunto de procedimentos internos é chamado, na prática de sistema de controle interno.
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AUDITORIA

O risco da ocorrência de erros em uma empresa que possuí Os testes substantivos são imprescindíveis em trabalhos de
um bom sistema de controle interno, é muito menor do que uma auditoria uma vez que é através da aplicação correta destes que o
empresa com um sistema de controle interno ruim. O auditor utiliza auditor obtém evidências sobre os saldos, e ou transações apresen-
o sistema de controle interno da empresa para determinar a ampli- tadas pela empresa.
tude dos testes de auditoria. Este tipo de teste é de fundamental importância na comple-
Estes testes serão abordados agora, procurando demonstrar a mentação dos testes de observância, considerando que são através
caracterização de cada um deles, bem como a oportunidade de em- dos testes substantivos que o auditor tem condições de constatar
pregá-los nas atividades de auditoria. sobre a fidedignidade das transações e registros contábeis.

De acordo com CREPALDI (2000), inclusive ratificada por instru- Extensão dos Exames de Auditoria
ções do Conselho Federal de Contabilidade, existem globalmente
dois tipos de testes em auditoria, a saber: Renomados autores de auditoria têm debatido sobre a exten-
I- Testes de observância (ou testes de procedimentos) são dos exames que devem ser realizados, sem no entanto terem
II- Testes substantivos (ou testes comprobatórios de detalhes) chegado a conclusões pacíficas no que tange a abrangência dos tes-
tes.
Testes de Observância Uma questão tão controversa como esta, é pendente de uma
série de variáveis que influenciam nos exames de auditoria, tais
Os testes de observância são aqueles empregados pelo auditor, como: número de transações, número de auditores, tempo da au-
a fim de determinar se os procedimentos internos determinados ditoria, relevância dos itens a examinar entre vários outros fatores.
pela empresa estão sendo cumpridos pelos seus colaboradores.
Destinam-se em um primeiro momento a constatar a credibili- Seguindo a linha de raciocínio de FRANCO e MARRA (2001),
dade dos procedimentos de controle da empresa, e não necessaria- iremos abordar o tema de profundidade, levando em consideração
mente os registros corretos das operações. três cenários:
O objetivo do teste de observância é proporcionar razoável se- a) Revisão integral;
gurança de que os procedimentos de controle interno estão sendo b) Auditoria por testes (amostragem); e
executados na forma determinada pela organização. Esta observa- c) Revisão analítica.
ção é essencial para o auditor, uma vez que é através dos testes de
observância, dessa inspeção e confirmação que ele pode vir a de- Revisão Integral
positar maior ou menor confiança no sistema de controles internos
aplicados. Este tipo de verificação compreende o exame de todos os re-
Os testes de observância são largamente aplicados em audi- gistros, bem como a análise de todos os controles internos de uma
torias operacionais, onde a preocupação central do auditor é com entidade que respaldaram determinada transação.
respeito se os colaboradores da organização respeitam as normas Equivale a uma perícia quanto a sua abrangência, e é pratica-
internas pré-estabelecidas. mente impossível ser aplicada por auditores externos, e raramente
A aplicação desses testes requer muita atenção e acuidade do é aplicada por auditores internos.
auditor, e normalmente são aplicados de forma investigativa, sem O custo de uma auditoria desta natureza tem valor elevado,
que os envolvidos no processo auditado percebam, pois caso isto considerando que uma equipe de auditores estaria o tempo todo se
fosse notado, certamente fariam o correto, pelo menos na frente dedicando ao exame de uma única área, o que é muito raro acon-
do auditor. tecer.
Este tipo de auditoria aplica-se mais quando há indícios de
Testes Substantivos fraudes, onde aí sim deve ser examinada a totalidade das opera-
ções, buscando identificar o “modus operandi” de como a fraude se
Este tipo de teste é empregado pelo auditor quando ele deseja processa na organização.
obter provas suficientes e convincentes sobre as transações, que
lhe proporcionem fundamentação para a sua opinião a cerca de de- Auditoria por Testes (Amostragem)
terminados fatos.
Como objetivos fundamentais dos testes substantivos, desta- A auditoria por testes, ou por amostragem, compreende o exa-
cam-se as seguintes constatações: me de determinada porcentagem dos registros, dos documentos ou
a) Existência real: que as transações comunicadas/registradas dos controles, considerada suficiente para que o auditor faça seu
realmente tenham ocorrido; juízo sobre a exatidão e a legitimidade dos elementos examinados.
b) Integridade: que não existam transações além daquelas re- A profundidade dos exames é determinada pelo auditor, e varia
gistradas/demonstradas; de acordo com a maior ou menor confiança que ele deposita no
c) Parte interessada: que os interessados naquele registro/co- sistema de controles internos da empresa.
municação tenham obtido as informações na sua totalidade; O que distingue a revisão integral da auditoria por testes, é a
d) Avaliação e aferição: que os itens que compõem determi- amostragem, considerando que quando as empresas eram meno-
nada transação/registro tenham sido avaliados e aferidos correta- res, e com poucas operações era possível a verificação de 100% das
mente. transações, fato que hoje em dia é muito raro em razão do custo da
e) Divulgação: que as transações/registros tenham sido corre- auditoria, da complexidade e volume das operações.
tamente divulgadas.

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Nos testes de auditoria realizados por amostragem, o auditor O equilíbrio a ser atingido na combinação dos testes de obser-
poderá utilizar-se da amostragem estatística ou aleatória, depen- vância com os testes substantivos depende de diversos fatores e
dendo das circunstâncias e finalidades dos exames que serão rea- circunstâncias. Entretanto, as seguintes generalizações são apro-
lizados. priadas na maioria dos casos:
Por amostragem estatística, entende-se àquelas que necessi- a) Se os controles internos são fortes, a combinação dos proce-
tam de cálculos tais como: média, mediana, moda, desvio padrão, dimentos normalmente deve favorecer os testes de observância e
regressão linear, entre outros elementos da estatística na aplicação os testes substantivos analíticos;
dos cálculos de amostragem. b) Se os controles internos são fracos, a combinação dos proce-
Em relação às amostragens aleatórias, independem de cálculos dimentos deve normalmente favorecer os testes substantivos mais
estatísticos sofisticados, e sim da experiência e acuidade do auditor, extensos, tanto os analíticos como os de detalhes;
selecionando transações, operações que estejam adequadas à fina- c) O tamanho da amostragem de todos os testes normalmente
lidade dos exames deve ser maior quando os controles internos são fracos.

Revisão Analítica De acorco com a NBC TA 500 (R1) – Evidência em Auditoria,


para a obtenção de conclusões de modo a fundamentar a opinião
Quando o auditor constata a existência de alguma deficiência do auditor é conseguida pela execução de:
relevante nos controles internos, ou quando através de teste de au- a) procedimentos de avaliação de riscos.
ditoria, ele detecta erros nos registros contábeis ou na documenta- b) procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem:
ção em que ele se apoia, sentindo a necessidade de aprofundamen- I- testes de controles, quando exigidos pelas normas de audito-
to em seus exames, ele estará aplicando procedimentos de revisão ria ou quando o auditor assim escolheu;
analítica. II- procedimentos substantivos, inclusive testes de detalhes e
A revisão analítica consiste no exame profundo e minucioso de procedimentos analíticos sustantivos.
todo o fluxo de controles internos e de exame analítico das opera-
ções de determinada natureza ou de certo período do ano, neste
caso confundindo-se com a revisão integral. TESTES PARA SUBAVALIAÇÃO E TESTES PARA SUPERAVA-
A revisão analítica de todas as transações de um período pode LIAÇÃO
consistir, por exemplo, na conferência de todos os documentos de
caixas e bancos confrontando os registros contábeis com os docu-
mentos originais, a fim de constar possíveis irregularidades. Uma forma de averiguar se os valores refletem adequadamen-
A revisão analítica constitui uma forma essencial de teste subs- te a situação econômico-financeira consiste nos testes de supe-
tantivo. As técnicas empregadas constam de análises de flutuações, ravaliação e de subavaliação. Como consequência do princípio da
de índices financeiros, de tendências, dentre outros indicativos, uti- partida-dobrada12, todo e qualquer registro contábil feito de forma
lizando-se principalmente de técnicas empregadas em análise das incorreta afeta uma ou mais contas13.
demonstrações financeiras. Com o objetivo de garantir a correta adoção dos princípios con-
tábeis, os testes de superavaliação são normalmente orientados às
Quando usar Testes de Observância e Substantivos contas do Ativo e de Despesas, e testes de subavaliação são orien-
tados às contas do Passivo e de Receitas.
Existe um procedimento interno estabelecido por uma empre- De forma estrutural, esse conjunto de testes pode ser resumi-
sa, que prevê que a cada recepção de mercadorias ou produtos, o do conforme o quadro a seguir. Vejamos:
responsável pelo almoxarifado confronte os dados da nota fiscal de
compra com a ordem de compra. Estrutura dos testes de super e subavaliação
Quando o auditor constata que há o confronto da nota com o
pedido, ele está aplicando o teste de observância, porém não está TESTE PRINCIPAL TESTE SECUNDÁRIO
sendo levado em consideração, se de fato está existindo a confe- (1, 2, 3, 4) (A, B, C, D)
rência dos dados dos documentos correlacionados, fato este que se
aplicado pelo auditor, enquadra-se na segunda categoria de testes, Subavaliação do Ativo
os quais recebem o nome de testes substantivos. Subavaliação das Despesas
Superavaliação do Ativo
Em uma outra situação, por exemplo, o auditor acompanha a Superavaliação do Passivo
rotina de registro de um colaborador, observando que há o cumpri- Superavaliação de Receitas
mento das obrigações trabalhistas, porém somente poderá verifi-
car se esta contratação atende às normas internas, se aplicados os
testes substantivos. Neste sentido, poderia haver a contratação de
uma pessoa que era parente de funcionários da empresa, onde a le-
gislação trabalhista não faz objeção à esta situação, porém poderia 12 O método das partidas dobradas determina que para cada lança-
estar indo contrário a determinações internas, caso fosse proibida mento a débito em uma conta deve haver um lançamento correspon-
contratações desta natureza. dente ao crédito em outra conta. Ou seja, não pode haver um valor
credor sem um valor devedor correspondente.
13 Vicente, Ernesto Fernando Rodrigues. Auditoria Contábil II / Ernesto
Fernando Rodrigues Vicente. - Florianópolis: Departamento de Ciências
Contábeis / UFSC, 2012.
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Subavaliação do Ativo Papéis de Trabalho de Planejamento


Subavaliação das Despesas
Superavaliação das Despesas Papeis de trabalho de planejamento são utilizados para o re-
Superavaliação do Passivo
Superavaliação de Receitas gistro e documentação dos objetivos e metas de um trabalho de
auditoria. Pela sua natureza antecipadora e preliminar os trabalhos
Subavaliação do Ativo de campo, referem-se a fase de organização. Constituem a base da
Subavaliação das Despesas comprovação das diretrizes do trabalho podendo servir para com-
Subavaliação do Passivo
Superavaliação do Passivo provar o desempenho da equipe de auditoria e conferir a compa-
Superavaliação de Receitas tibilização de suas ações com o que foi previamente definido pelos
Subavaliação do Ativo superiores. Os principais papéis de trabalho utilizados no planeja-
Subavaliação das Despesas mento das atividades de auditoria são:
Subavaliação de Receitas a) programação das atividades (anuais, semestrais etc);
Superavaliação do Passivo
Superavaliação de Receitas b) matriz de planejamento;
c) plano de auditoria;
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/hand- d) programa de auditoria, contendo objetivo, escopo, crono-
le/123456789/194933/Auditoria_Contabil_II_MIOLO.pdf?sequen- grama e metodologia do trabalho;
ce=1&isAllowed=y e) instrumentos de coleta de dados;
f) solicitações de auditoria prévias;
g) sugestões obtidas nos grupos de referência.
PAPÉIS DE TRABALHO
Vale salientar que os principais papéis de trabalho dessa fase
da auditoria são o plano e o programa de auditoria.
Os papéis de trabalho representam o conjunto de documentos
ou apontamentos, elaborados ou colhidos pelo auditor durante o Papéis de Execução
processo de auditoria, contendo informações e provas, preparados
de forma a fundamentar a sua opinião. Os papéis de trabalho de execução são documentos em que se
Os papéis de trabalho podem ser de planejamento ou de exe- registram todos os achados, servindo como comprovação do traba-
cução. Neste item serão apresentados conceitos e exemplos de lho efetuado, tendo como característica principal a tempestividade.
papeis das diversas fases do trabalho do auditor, de acordo com a Os papeis de trabalho de execução têm como finalidade:
orientação da International Standard on Auditing (ISA) 230 – “Au- a) Auxiliar na execução dos exames;
dit Documentation”, elaborada pelo International Auditing and b) evidenciar o trabalho feito e as conclusões emitidas;
Assurance Standards Board (IAASB) do International Federation of c) servir de suporte aos relatórios;
Accountants (IFAC) e do Government Accountability Office (GAO), d) constituir um registro que possibilite consultas posteriores, a
bem como com a NBC TA230 do Conselho Federal de Contabilidade fim de obter detalhes relacionados com a auditoria;
(CFC). e) fornecer um meio de revisão por superiores, para:
i. determinar se o trabalho foi feito de forma adequada e eficaz,
De acordo com a NBC TA 230 – Documentação de Auditoria, bem como julgar a solidez das conclusões emitidas;
aprovada pela Resolução CFC nº 1.206, de 27 de novembro de 2009, ii. considerar possíveis modificações nos procedimentos de au-
o registro dos procedimentos de auditoria executados, da evidên- ditoria adotados, bem como no programa de trabalho para futuras
cia de auditoria relevante obtida e das conclusões alcançadas pelo auditorias.
auditor constitui a documentação da auditoria, usualmente deno-
minada pela expressão papéis de trabalho. A elaboração dos papéis de trabalho de execução representa
Papéis de trabalho, portanto, são os documentos relevantes co- o mais importante momento de documentação dos trabalhos de
letados e gerados durante a auditoria. Devem ser suficientemente auditoria. A seguir, estão relacionados os principais:
completos e detalhados para permitir que um auditor experiente, a) avaliação dos controles internos;
que não teve contato prévio com a auditoria, seja capaz de enten- b) revisão contábil;
der, a partir da documentação, a natureza e os resultados da audi- c) registro de verificação ou achados:
toria realizada, os procedimentos adotados, a evidências obtidas e i. registro de verificação ou achados com impactos;
as conclusões alcançadas. ii. registro de verificações ou achados sem impactos;
Ainda, de acordo com o CFC, entende-se como auditor expe- d) folha mestra – síntese da área;
riente um indivíduo (interno ou externo de auditoria) que possua e) dados complementares;
experiência prática e conhecimento razoável de processos de audi- f) folha – síntese da gestão;
toria; das normas de auditoria e exigências legais e regulamentares g) folha – pendências relevantes.
aplicáveis; do ambiente de negócios em que opera a entidade; e dos
assuntos de auditoria relevantes ao setor de atividade da entidade. Além dos papéis de trabalho citados, todos os documentos ob-
tidos pelo auditor como evidência de um achado de auditoria são
considerados parte da documentação dos trabalhos de auditoria,
inclusive CD’s víeos, fotografias, DVD’s e outros.

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Avaliação dos Controles Internos Registro de Verificação ou Achados

A avaliação dos controles internos é representada por uma fo- As folhas de registros de verificação ou achados são utilizadas
lha que deve indicar a área cujos controles estão sendo avaliados, para registrar as divergências ou anormalidades, identificadas e evi-
englobando três aspectos de avaliação: eficácia, adequação e efi- denciadas durante os exames. O processo de preenchimento deste
ciência. papel de trabalho envolve módulos gerais e específicos.
As avaliações de eficácia e eficiência servem, basicamente, Os módulos gerais referem-se aos campos iniciais e finais dos
para subsidiar, complementando ou contrabalançando, o grau de registros de achados, compreendendo os módulos de identificação
adequação e, principalmente, contribuindo para a definição técnica (sistema ou área a ser auditada, subárea, função) e de administra-
de escopos e amostragem dos exames a serem realizados na enti- ção da realização dos exames (tempo utilizado, extensão e profun-
dade auditada. didade, técnica aplicadas, justificativa da suficiência e oportunidade
de recomendação).
Eficácia dos Controles Internos Os módulos específicos referem-se à natureza dos registro,
A avaliação da eficácia dos controles internos deve registrar a compreendendo os dados do achado ou da evidenciação da irre-
mensuração do grau de efetiva aplicação das normas e determina- gularidade.
ções existentes, avaliando a eficácia desses determinações. O docu-
mento de avaliação deve ser preenchido, provisoriamente, no início Registro de Verificação com Achados
dos trabalhos e conferido, para opinião definitiva, no encerramento
dos trabalhos de campo. O grau de aplicação das normas e determi- A folha de registro dos achados consiste no papel de trabalho
nações existentes pode adotar a seguinte escala: de campo fundamental para a elaboração do relatório de auditoria.
Grau 4: extremamente eficaz. É o registro dos exames definidos no Programa de Auditoria que re-
Grau 3: eficaz. dundaram na identificação dos achados e dos impactos resultantes,
Grau 2: pouco eficaz. dos atos ou omissões dos gestores de uma determinada entidade
Grau 1: ineficaz. ou programa auditado, observando em uma medida temporal es-
Grau 0: sem normatização. pecífica, podendo tais impactos terem ocorridos de modo efetivo
ou potencial. Deve conter os seguintes elementos:
Eficiência dos Controles Internos - tipificação do achado;
A avaliação da eficiência dos controles internos registra a men- - descrição da evidência do achado;
suração realizada sobre a realização custos versus benefício dos - tipo de técnica de auditoria aplicada;
controles, definindo sua eficiência, podendo ser adotada a seguinte - descrição e evidenciação da causa;
escala: - escopo do exame;
Grau 4: extremamente eficiente. - materialidade ou relevância do impacto;
Grau 3: eficiente. - natureza do impacto.
Grau 2: pouco eficiente.
Grau 1: ineficiente Tipificação do Achado
Grau 0: sem normatização. Os principais dados a serem registrados sobre o achado são:
Responsável: identificação do profissional responsável pela evi-
Grau de Adequação dos Controles Internos denciação do achado e de seu registro;
A avaliação do grau de adequação dos controles internos regis- Tempo: tempo utilizado no processo de evidenciação do acha-
tra a mensuração do grau de aderência aos princípios de controle do;
interno, estabelecendo sua adequabilidade, podendo ser adotada Impacto: essência da verificação, referindo-se aos efeitos de
a seguinte escala: atos ou fatos identificados ou as consequências de atitudes ou
Grau 4: adequado. omissões;
Grau 3: adequado, porém aprimorável. Fato: registro do fato consumado, ocorrência iguais ou repeti-
Grau 2: adequado com fraquezas. das decorrente de um achado;
Grau 1: inadequado. Atitude dos gestores: registro da postura dos gestores diante
Grau 0: sem normatização. da situação identificada e descrita, consistindo nas atitudes gerado-
ras dos achados, consumadas ou não;
Revisão Contábil Causa: registro da origem efetiva do impacto positivo ou nega-
tivo, decisivo na elaboração das recomendações para a apresenta-
Os formulários de revisão contábil destinam-se à conferência ção de soluções oportunas e suficientes.
dos valores registrados nos demonstrativos contábeis e financeiros
dos programas ou entidades, utilizados, exclusivamente, em audi- Descrição da Evidência do Achado
tores do tipo contábil. A folha de registro das evidências consiste na descrição da com-
provação inequívoca dos dados factuais ou das atitudes geradoras,
confirmando a afirmação dos auditores. Refere-se à descrição da
prova de que o impacto ocorreu ou poderá ocorrer, ou ainda, da
existência de efetiva irregularidade. O impacto do achado registra o
respectivo efeito ou consequência. Os achados podem ter a seguin-
te classificação:
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AUDITORIA

01: Melhorias. Dados Complementares


02. Economias. Os dados complementares consistem em outros documentos
03: Falhas. necessários ao completo registro e evidenciação dos achados, po-
04: Gastos evitáveis. dendo ser:
05: Excessos ou desperdícios. Os dados complementares consistem em outro documentos
06: Prejuízos. necessários ao completo registro e evidenciação dos achados, po-
07: Desvios ou fraudes. dendo ser:
a) Solicitação de auditoria: identificação da solicitação de au-
Técnica de Auditoria Aplicada ditoria utilizada no processo de evidenciação, podendo ser prévia
Compreende o registro da técnica utilizada, que tenha contri- ou de campo.
buído, de forma efetiva, para evidenciar a situação encontrada. b) Base normativa: registro do fundamento legal ou regula-
mentar quando houver.
Descrição e Evidenciação da Causa c) Justificar formal: registra a existência de justificativa formal,
A correta descrição da causa dos impactos decorrentes dos quando houver.
achados de auditoria é fundamental para evitar que a situação d) Status: informa o status da questão abordada, se sanada ou
considerada deficiente volte a ocorrer no futuro, bem como para não.
facilitar a identificação dos responsáveis, que seja por ação ou por e) P/ relatório: indica se o registro vai para o relatório ou se fica
omissão. apenas nos papéis internos.
Corresponde ao fato que deu origem à condição deficiente.
Folha - Síntese da Gestão
Escopo do Exame A folha – síntese da gestão trata de justificativa apresentada
Refere-se à informação sobre a extensão, a profundidade e a pela gestão da entidade ou programa auditado, ou seja, é o registro
abrangência dos exames. de manifestação dos gestores sobre a questão tratada, requerida
por meio de “Solicitação de auditoria” durante a execução dos tra-
Materialidade ou Relevância do Impacto balhos de campo.
A materialidade refere-se ao registro do montante orçamentá-
rio ou financeiro, envolvido na situação levantada, seja positiva ou Folha – Pendências Relevantes
negativa. Quanto à relevância, esta tem relação com o registro da A folha – pendências relevantes apresenta o quadro de situa-
importância de uma situação identificada, seja positiva ou negativa. ções que se acumulam sem solução, registrando também situações
Quando melhoria, é estratégica, gerencial ou operacional. Quando identificadas em campo, cujo exame não estava previsto no progra-
falha, é formal, média ou grave. ma de auditoria. Deve conter as seguintes informações:
a) descrição da pendência relevante;
Natureza do Impacto b) registro da comprovação inequívoca dos dados factuais da
Refere-se ao registro da condição ou natureza do impacto para pendência relevante;
compor a conclusão do relatório de auditoria e do parecer, poden- c) registro dos elementos motivadores da pendência;
do ser: d) registro das providências assumidas da pendência;
01: Extremamente negativo ou positivo. e) tempo que o problema está pendente de solução;
02: Bastante negativo ou positivo. f) registro da natureza da pendência identificada.
03: Levemente negativo ou positivo.
As pendências classificam-se em três tipos:
Registro de Verificação sem Achados a) Fora do objetivo ou do escopo da auditoria: refere-se à situ-
ações críticas identificadas em campo, cujo exame não estava pre-
O registro de verificação sem achados trata do registro das nor- visto no programa de auditoria. Pode ser aproveitada no relatório.
malidades quando os exames não redundam na identificação de b) De resolução interno: situações pendentes que podem ter
impactos. Pressupõe-se que, quanto maior for o número de folhas solução na própria entidade e que vêm ocasionando impacto ne-
de registro preenchidas sem impactos durante um trabalho de au- gativos.
ditoria, menos a eficiência do programa, ou o processo de seleção c) De resolução externa: situações pendentes cuja solução é
de técnicas e procedimentos foi ineficiente, ou existem vulnerabili- externa à entidade e que vêm ocasionando impactos negativos.
dades no processo de pré-auditoria.
Organização dos Papéis Correntes
Folha Mestra – Síntese da Área Papéis de trabalho são aqueles utilizados durante o trabalho de
A folha mestra – síntese da área compreende a recomenda- campo. Para a organização destes, é aconselhável o uso de pastas
ções ou propostas de solução das situações deficientes identifica- individuais de pequeno volume, facilitando o manuseio. Os papeis
das (achados), sintetizando o trabalho referente à área auditada, devem ser distribuídos em tantas pastas quantas forem necessá-
abordando os seguintes pontos: rias, dependendo da dimensão do trabalho, e sua sequência deve
a) Proposição: propostas e sugestões de equipe de auditoria. ser relativamente uniforme para todos os trabalhos, possibilitando
b) Suficiência ou oportunidade: registro dos argumentos do a montagem do arquivo final da auditoria.
auditor quanto à convicção da suficiências e à oportunidade de re-
comendação efetuada.

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AUDITORIA

De acordo com a ISA 230 e NBC TA 230, o auditor deve organizar a documentação em arquivo de auditoria e completar o processor
administrativo de montagem do arquivo final de modo tempestivo, após a data do relatório do auditor. Quando concluída a montagem do
arquivo final de auditoria, o auditor não deve apagar nem descartar nenhuma documentação de auditoria, qualquer que seja a natureza
desta, antes do fim do período de guarda desse documentação. Esse prazo, conforme item 23 da NBC TA 230, não deve ser inferior a cinco
anos a contar da data do relatório de auditoria.
Quando houver uma circunstância em que o auditor julgue necessário modificar a documentação de auditoria existente ou acrescen-
tar nova documentação após a montagem do arquivo final de auditoria, independentemente da natureza das modificações ou acréscimos,
as razões específicas que o levaram a fazer tais modificações ou acréscimos, bem como quando e por quem foram executadas e revisadas,
devem ser documentadas.
A figura a seguir sugere uma ordem lógica para o arquivamento dos papéis de auditoria, por entidade auditada.

Representação gráfica da organização dos papéis de trabalho, por entidade auditada.

Fonte: Peter, M. G. Arrais; Machado, M. V. V. Manual de Auditoria Governamental. 2ª Ed. São Paulo: Atlas, 2014.

O esquema apresentado na figura acima descreve os principais papéis de trabalho utilizados nas diversas fases da auditoria, compre-
endendo papéis relacionados com o planejamento e com a execução, para subsidiar o auditor na elaboração do relatório de auditoria.

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AUDITORIA

dente e propiciar condições para o fortalecimento da imagem do


NORMAS DE EXECUÇÃO DOS TRABALHOS. auditor independente. Para o exercício profissional da auditoria in-
dependente em sociedades anônimas (S/A´s), em instituições finan-
ceiras e seguradoras, os auditores independentes devem se subme-
Os órgãos profissionais internacionais e nacionais A auditoria ter a provas de aferição de conhecimentos técnicos, aplicadas pelos
das demonstrações contábeis é uma atividade profissional pratica- Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC´s) das suas jurisdições
da em todo o mundo. É uma especialização contábil, fato que, por e, mediante aprovação, os profissionais podem requerer o registro
si só, exige a utilização de regras básicas padronizadas. profissional na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Pelas características preponderantemente contábeis das ativi- Os auditores independentes, para se habilitarem ao exercício
dades de auditoria das demonstrações contábeis, além das normas do trabalho de auditoria independente em instituições financeiras
profissionais de auditoria, os auditores independentes também ne- e seguradoras, além do registro da CVM, têm que realizar provas
cessitam observar as demais normas e práticas contábeis fixadas de conhecimentos específicos baseados em legislações específicas,
pelos organismos reguladores, pois este arcabouço é fundamental resoluções e circulares de competência do BACEN e da SUSEP.
para o alcance do objetivo final do trabalho de auditoria, que é a Outro aspecto relevante a ser destacado é a obrigatoriedade
emissão de uma opinião sob a forma de um parecer de auditoria da atualização e reciclagem profissional para os auditores indepen-
sobre as demonstrações contábeis examinadas. dentes. Os auditores e os membros da equipe de auditoria devem
Há uma série de organismos nacionais e internacionais que re- se submeter à quantidade mínima de horas-aula em cursos, semi-
gulamentam as atividades de auditoria definindo as normas apli- nários, fóruns, convenções e congressos técnicos, como forma de
cáveis à profissão, assim como as sanções a que estão sujeitos os comprovação do exercício da educação continuada por parte dos
profissionais que não as cumprem. profissionais de auditoria.
O quantitativo de horas tem que ser comprovado anualmen-
Os principais organismos profissionais nacionais e internacio- te nos Conselhos Regionais de Contabilidade e estes remetem-no
nais relacionados direta ou indiretamente com a auditoria são: para o Conselho Federal de Contabilidade, para fins de consolida-
• IASB: International Accounting Standards Board (Inglaterra); ção e encaminhamento à CVM para atendimento à resolução CVM
• IFAC: International Federation of Accountants (EUA); 308/99.
• AIC: Associação Interamericana de Contabilidade (Porto Rico);
• AICPA: American Institute of Certified Public Accountants Normas de Auditoria14
(EUA);
• FASB: Financial Accounting Standards Board (EUA); A estrutura normativa de auditoria independente adotada
• GASB: Governmental Accounting Standards Board (EUA); mundialmente divide-se em três partes: normas relativas às pesso-
• CFC: Conselho Federal de Contabilidade (Brasil); as (profissionais que executarão os serviços de auditoria); normas
• IBRACON: Instituto dos Auditores Independentes (Brasil); relativas à execução do trabalho e normas relativas à emissão do
• CVM: Comissão de Valores Mobiliários (Brasil); parecer de auditoria.
• BACEN: Banco Central do Brasil (Brasil); Para melhor esclarecer os conceitos básicos contidos em cada
• SUSEP: Superintendência de Seguros Privados (Brasil). categoria normativa, transcrevemos a visão do professor Pérez Ju-
nior15:
No Brasil, oficialmente, quem fixa princípios, normas e proce-
dimentos contábeis é o Conselho Federal de Contabilidade – CFC, “O conjunto de princípios e preceitos consagrados para a reali-
órgão máximo da profissão contábil nacional, filiado a organismos zação dos trabalhos de auditoria denomina-se normas de auditoria.
internacionais como a Internacional Federation of Accountants De maneira geral, essas normas são classificadas em três categorias:
(IFAC) e a Associação Interamericana de Contabilidade (AIC) que es-
tabelecem normas e padrões para a atuação da contabilidade em Normas Gerais ou Relativas à pessoa do Auditor
países afiliados. O exame de auditoria deve ser executado por pessoa que te-
Devemos destacar também a importância do IBRACON (Insti- nha adequado treinamento técnico e reconhecida habilitação como
tuto Brasileiro dos Auditores Independentes), que através de seus auditor (treinamento e competência). O auditor deve ser indepen-
enunciados técnicos, fornece orientação para os auditores indepen- dente em todos os assuntos relacionados ao seu trabalho. O auditor
dentes sobre os diversos aspectos das suas atividades (comporta- deve aplicar o máximo de cuidado e zelo profissional na execução
mental e técnica). do exame de auditoria e preparação do relatório.

Auditores Independentes Normas Relativas à Execução dos Trabalhos


O trabalho deve ser adequadamente planejado e os assisten-
Não menos importantes são as atuações de órgãos reguladores tes devem ser convenientemente supervisionados (planejamento
que estabelecem condições para a atuação profissional dos audito- e supervisão). Devem ser feitos estudos e avaliações apropriadas
res independentes, como é o caso da Comissão de Valores Mobiliá- dos controles internos da empresa, como base para determinar a
rios (CVM), Banco Central do Brasil (BACEN) e Superintendência de confiança que neles será depositada, para definir a natureza, a ex-
Seguros Privados (SUSEP). tensão e época dos procedimentos de auditoria (avaliação dos con-
O Conselho Federal de Contabilidade, no final de década de 14 http://arquivos.unama.br/nead/gol/gol_cont_8mod/auditoria/pdf/aula11(24).pdf
1990, firmou convênio de cooperação técnica com esses órgãos, 15 PEREZ JUNIOR, Jose Hernandez; FERNANDES, Antonio Miguel, RANHA,
visando aprimorar a qualidade dos serviços de auditoria indepen- Antonio, CARVALHO, José Carlos Oliveira – Auditoria das Demonstrações Contá-
beis, São Paulo, FGV Editora, 1ª. edição, 2007.
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a solução para o seu concurso!
AUDITORIA

troles internos). Devem ser obtidos elementos comprobatórios su- • Vínculo conjugal ou parentes consanguíneos em linha reta,
ficientes e adequados por meio de inspeção, observação, indagação sem limite de grau, em linha colateral até o 3º grau e por afinidade
e confirmação para fundamentar o parecer do auditor (elementos até o 2º grau, coadministradores, acionistas, sócios ou empregados
comprobatórios). que tenham ingerência na administração ou nos negócios ou sejam
responsáveis por sua contabilidade;
Normas Relativas ao Parecer • Relação de trabalho como empregado, administrador ou co-
O parecer deve declarar se o exame foi efetuado de acordo laborador assalariado, ainda que esta relação seja indireta, nos úl-
com as normas de auditoria geralmente aceitas e se as demons- timos dois anos;
trações contábeis examinadas estão apresentadas de acordo com • Participação direta ou indireta como acionista ou sócio;
os princípios fundamentais de contabilidade. Salvo declaração em • Interesse financeiro direto ou indireto;
contrário, entende-se que o auditor considera satisfatórios os ele- • Função ou cargo incompatível com a atividade de auditoria
mentos contidos nas demonstrações examinadas e nas exposições independente;
informativas constantes nas notas que o acompanham. O parecer • Fixado honorários de auditoria condicionais ou incompatíveis
deve expressar a opinião do auditor sobre as demonstrações con- com a natureza do trabalho contratado;
tábeis tomadas em seu conjunto. Quando não puder expressar • Qualquer outra situação de conflito de interesse no exercício
opinião sem ressalvas sobre todos os elementos contidos nas de- da auditoria independente, na forma que vier a ser definida pelos
monstrações contábeis e notas explicativas, devem ser declaradas órgãos reguladores ou fiscalizadores.
as razões que motivaram esse fato.”
Vemos então, que as normas de auditoria estão divididas entre Zelo Profissional
normas técnicas, assim descritas com a sigla NBC – T e normas pro- A atividade de auditoria deve ser realizada com cuidado e zelo
fissionais, descritas com a sigla NBC – P. profissional, tanto na realização do trabalho quanto na preparação
do relatório final, contendo a sua opinião sobre os exames realiza-
Competência Técnico-Profissional dos.
O responsável pelo trabalho e sua equipe devem possuir habili- A NBC-P-1.3 estabelece que “...o auditor deve aplicar o máximo
tação acadêmica e profissional que suporte o risco completo de ex- de cuidado e zelo profissional na execução do trabalho de auditoria
pressar uma opinião final por meio de um parecer de auditoria, que e preparação do relatório.”
corresponda à representatividade dos fatos econômico-financeiros
registrados, de acordo com os princípios fundamentais de contabi- Os pontos principais que devem ser considerados e que carac-
lidade. Sobre este assunto, temos a NBC-P-1-1.1, com as condições terizam o exercício profissional com zelo são:
a serem seguidas. • Definição do risco de auditoria;
O auditor deve ter conhecimento da atividade da entidade au- • Estimativa adequada de horas de auditoria;
ditada de forma suficiente para que lhe seja possível identificar e • Planejamento do trabalho;
compreender as transações efetuadas e as práticas contábeis ado- • Seleção e escolha da equipe com a quantidade e competên-
tadas que possam ter efeito relevante sobre a posição patrimonial cia necessárias para a prestação de serviço de auditoria conforme o
e financeira da entidade. planejamento do trabalho;
O auditor deve recusar o serviço sempre que reconhecer não • Avaliação do ambiente de controle interno;
estar adequadamente capacitado para desenvolvê-lo, contemplada • Realização da revisão analítica e confronto das principais dis-
a utilização de especialista de outra área, em face da especialização crepâncias com a avaliação dos controles internos;
requerida e dos objetivos do contratante. • Supervisão dos trabalhos em todas as suas etapas;
O auditor deve submeter-se também a exame técnico-profis- • Elaboração e revisão de todos os papéis de trabalho;
sional e à educação continuada, conforme prevê a NBC-P-1-10 e 11. • Guarda da documentação suporte.
Esta exigibilidade também está prevista na NBC-P-5.
Objetivamente, podemos afirmar que o conceito de zelo pro-
Independência Mental fissional está ligado a:
A independência mental é a regra de conduta mais relevante • Sigilo profissional;
para o exercício profissional do auditor independente. Não haven- • Guarda de documentação suporte;
do independência, ou se ela não estiver clara para a sociedade em • Honorários adequados;
geral, o trabalho do auditor pode ser contestado, desqualificando-o • Manutenção dos líderes da equipe;
profissionalmente e à empresa que o integra. O trabalho do auditor • Utilização de trabalho de especialistas.
não deve sofrer influências de qualquer natureza, tais como, inte-
resses financeiros, relação de negócios, prestação de outros servi-
ços extensivos de consultoria e interesses e relações pessoais. PROCESSO. PLANEJAMENTO, EXECUÇÃO, RELATÓRIO
A NBC-P-1.2 define que o auditor declare-se impedido de exe-
cutar trabalho de auditoria independente se, no período a que se
refere a auditoria ou durante a execução dos serviços, em relação Processo de Auditoria
à empresa auditada ou qualquer outra integrante do mesmo grupo
econômico, ocorrer: Entender o fluxo de uma auditoria é essencial para eliminar al-
gumas alternativas de questões que não fazem o menor sentido.

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a solução para o seu concurso!
AUDITORIA

O planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais os objetivos a serem atingidos e como se deve fazer
para alcança-los. Ele define onde se pretende chegar, o que deve ser feito, quando, como e em que sequência.
É uma etapa fundamental para o sucesso da fiscalização, sendo imprescindível que seja alocado o tempo adequado para sua realização.
A tentativa de reduzir o tempo destinado ao planejamento muitas vezes redunda em problema na execução da fiscalização, que poderão
provocar acréscimo no tempo total de realização, além de repercussões negativas em sua qualidade.
Todo trabalho de auditoria deve ser planejado, com o detalhamento que for possível, de acordo com o tempo disponível e com o
objetivo determinado.
Um planejamento incompleto, além de normalmente aumentar o custo do trabalho, dificulta sua execução, pois gera problemas ope-
racionais e administrativos para os auditores, que acabam por descobrir, na prática, que diversas atividades poderiam ter sido realizada na
sede, em vez de ocuparem o precioso tempo de campo da equipe.
Ou seja, planejar é pensar o modo se realizar a auditoria, de acordo com os meio disponíveis, em tempo, pessoal, recursos financeiros,
a fim de se alcançarem os objetivos definidos para o trabalho.
Em suma, na fase de planejamento, a equipe de auditoria deve realizar os seguintes procedimento:
- Obter detalhamento sobre a auditoria, atendendo ao princípio do custo-benefício;
- Obter o máximo de informações sobre a empresa a ser auditada;
- Discutir o escopo, os procedimentos e as técnicas;
- Testar a documentação a ser utilizada.

Não se pode auditar com eficiência aquilo que não se conhece. Conhecer o objetivo da auditoria é um dos passos mais importantes
do processo, a fim de se definir o escopo da auditoria e os procedimentos e técnicas a serem utilizados.

Importante: escopo é a profundidade e amplitude do trabalho para alcançar o objetivo da auditoria, e é definido em função do tempo
e dos recursos humanos e materiais disponíveis.
O escopo da auditoria deve ser estabelecido de modo suficiente a satisfazer os objetivos do trabalho.
Outro ponto interessante é a discussão entre os membros da equipe e com o supervisor. O planejamento é um trabalho em equipe,
pois se cada auditor utilizar sua experiência e se sentir parte do processo, as chances de sucesso serão sempre maiores.
E para isso algumas considerações iniciais sobre o planejamento se faz necessária:
1) É a primeira fase de um trabalho de auditoria;
2) Não se encerra com o início dos trabalhos de campo;
3) É flexível.

Etapas do Planejamento de Auditoria

Estratégia Global
O processo de definição da estratégia global auxilia o auditor a determinar, dependendo da conclusão dos procedimentos de avaliação
de risco, temas como:

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a solução para o seu concurso!
AUDITORIA

- Os recursos a serem alocados em áreas de auditoria específicas, tais como membros da equipe com experiência adequada para áreas
de alto riacho ou o envolvimento de especialistas em temas complexos;
- O recursos a alocar a área de auditoria específicas, tais como o número de membros da equipe alocados para observar as contagens
de estoque em locais relevantes, a extensão da revisão do trabalho de outros auditores no caso de auditoria de grupo de empresas ou o
orçamento de horas de auditoria a serem alocadas nas áreas de alto risco;
- Quando esses recursos devem ser alocados, por exemplo, se em etapa intermediária de auditoria ou em determinada data-base de
corte;
- Como esses recursos são gerenciados, direcionados e supervisionados, por exemplo, para quando estão previstas as reuniões prepa-
ratórias e de atualização, em campo ou fora dele) e se devem ser realizadas revisões de controle de qualidade do trabalho.
Uma vez definida a estratégia global de auditoria, pode ser desenvolvido plano de auditoria para tratar dos diversos temas identifi-
cados na estratégia global de auditoria, levando-se em conta a necessidade de atingir os objetivos da auditoria por meio do uso eficiente
dos recursos do auditor.
A definição da estratégia global de auditoria e o plano de auditoria detalhado não são necessariamente processo isolados ou sequen-
ciais, estando intimamente relacionados, uma vez que as mudanças em um podem resultar em mudanças no outro.

Plano de Auditoria
O plano de auditoria é mais detalhado que a estratégia global de auditoria, visto que inclui a natureza, a época e a extensão dos pro-
cedimentos de auditoria a serem realizados pelos membros da equipe de trabalho.
O planejamento desses procedimentos ocorre no decurso da auditoria, à medida que o plano de auditoria para o trabalho é
desenvolvido.
O auditor pode iniciar a execução de procedimentos adicionais para alguns tipos de operações, saldos de conta e divulgação antes de
planejar todos os procedimentos.

Mudanças nas Decisões de Planejamento durante o Processo de Auditoria


Em decorrência de imprevistos, mudanças nas condições ou na evidência de auditora obtida na aplicação de procedimentos, o auditor
pode ter de modificar a estratégia global e o plano de auditoria e, portanto, a natureza, a época e a extensão dos procedimentos, consi-
derando a revisão dos riscos avaliados.
Pode ser o caso de informação identificada pelo auditor que difere significativamente da informação disponível quando o auditor
planejou os procedimentos de auditoria.
Por exemplo, evidência de auditoria obtida por meio da aplicação de procedimentos substantivos (sobre o sistema contábil) pode ser
contraditória à evidência de auditoria obtida por meio de testes de controle (sobre os controles internos).

Direcionamento, Supervisão e Revisão


A natureza, a época e a extensão do direcionamento e da supervisão dos membros da equipe e a revisão do seu trabalho podem variar
dependendo de diversos fatores, incluindo:
- o porte e a complexidade da entidade;
- a área da auditoria;
- os riscos de distorções relevantes (por exemplo, um aumento no risco de distorções para um dada área de auditoria costuma exigir
um correspondente aumento na extensão e no direcionamento e supervisão tempestiva por parte dos membros da equipe e uma revisão
mais detalhada do seu trabalho);
- a capacidade e a competência dos membros da equipe de auditoria.

Programa de Auditoria
O programa de auditoria constitui-se no desenvolvimento do Plano de Auditoria, executado previamente aos trabalhos de campo,
embasado em objetivos definidos e nas informações disponíveis sobre as atividades da entidade auditada. É o plano de ação detalhado,
destinado a orientar adequadamente o trabalho do auditor, permitindo-lhe, ainda, complementá-lo quando circunstâncias imprevistas o
recomendarem.

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a solução para o seu concurso!
AUDITORIA

O programa de auditoria deverá contemplar todas as informa- DICA: O risco de o auditor considerar que há distorções rele-
ções disponíveis e necessárias ao desenvolvimento de cada traba- vantes nas demonstrações contábeis quando na verdade elas não
lho a ser realizado, com vistas a determinar a extensão e a profun- existem é segundo a mesma norma, insignificante.
didade deste, considerando a legislação específica, o resultado das
auditorias anteriores, normas próprias da entidade a ser auditada Tipos de Risco
etc. Deverá ser estruturado de forma a que possa ser:
Risco de Detecção
- Específico: preparado, para cada trabalho de auditoria, quan- É o risco de que os procedimentos executados pelo auditor
do as atividades apresentarem frequentes alterações de objetivos, para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo
procedimentos ou controles internos; e não detectem uma distorção existente que possa ser relevante,
- Padronizado: destinado à aplicação em trabalhos locais ou individualmente ou em conjunto com outras distorções.
em épocas diferentes, com pequenas alterações, prestando-se a
atividades que não se alterem ao longo do tempo, ou a situações Risco de Distorções Relevantes
que contenham dados e informações similares. Objetiva padronizar O risco de que as demonstrações contenham distorção relevan-
os procedimentos da auditoria de uma mesma unidade. te antes da auditoria. Consiste em dois componentes, descritos a
seguir no nível das afirmações:
Ou seja, deve ser desenvolvido e documentado um plano para
cada trabalho de auditoria, que evidenciará o objetivo, o escopo, - Risco Inerente é a suscetibilidade de uma afirmação a respeito
o prazo e a alocação de recursos. Os auditores devem desenvolver de uma transação, saldo contábil ou divulgação, a uma distorção
programas de auditoria que alcancem os objetivos de auditoria e que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com
tais programas, e seus eventuais ajustes, devem ser registrados e outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles
aprovados antes do início da execução. relacionados.
Os programas de auditoria devem estabelecer os procedimen-
tos para identificar, analisar, avaliar e registrar informações durante - Risco de Controle é o risco de que uma distorção que possa
o desenvolvimento dos trabalhos de auditoria e devem ser execu- ocorrer em uma afirmação sobre uma classe de transação, saldo
tados de modo suficiente para alcançara os objetivos da auditoria. contábil ou divulgação e que possa ser relevante, individualmente
ou em conjunto com outras distorções não seja prevenida, detecta-
da e corrigida tempestivamente pelo controle interno da entidade.
RELEVÂNCIA. RISCOS
Em outras palavras, o risco inerente não depende da atuação
do controle interno ou da auditoria. Ele vai existir pela simples exis-
RISCOS DE AUDITORIA16 tência do processo ou entidade a ser auditada. Nesse ponto, não
Franco e Marra (2011) esclarecem que a auditoria é um tra- se considera a existência dos controles ou do trabalho do auditor,
balho complexo, que envolve a aplicação de sofisticados procedi- ou seja, não estamos falando em controle em controle e auditoria.
mentos, o que torna inevitável que haja um certo grau de risco de O risco do controle diz respeito ao trabalho do controle inter-
que erros ou irregularidades existentes possam não ser detectados no. É o riso de que, mesmo que os controles sejam efetivos, não
durante o processo. consigam evitar ou detectar um erro ou fraude no processo. Como
O auditor não é obrigado a identificar a totalidade dos erros exemplo, vamos citar um processo de compras no qual, ainda que
existentes nas atividades auditadas, mesmo porque sabemos que haja a devida segregação de funções entre os responsáveis (um dos
seu trabalho sofre limitações quanto aos recursos disponíveis, em princípios do controles interno), pode envolver fraude não detecta-
comparação com a gama de atribuições a que é submetido. Nunca é da, elaborada por meio de conluio entre dois ou mais funcionários.
demais lembrar que o auditor trabalha por amostragem, razão pela Por fim, o risco de detecção está diretamente relacionado ao
qual terá sempre uma segurança razoável, e não absoluta, acerca trabalho do auditor. Como já vimas, haja vista as limitações naturais
do objeto auditado. a que um trabalho de auditoria está submetido, é possível que o
Quando os erros não são significativos, não há tanto proble- auditor não detecte erros e fraudes no processo, ainda que pare-
ma. Entretanto, quando forem relevantes e não tenham sido des- çam graves.
cobertos, esse fato pode prejudicar a confiabilidade em seu traba-
lho. Assim, faz-se necessário o conhecimento das diversas variáveis
envolvidas no risco de auditoria, para que se possa minimizar seus
efeitos.
A NBC TA 200 define risco de auditoria como sendo o “risco de A possibilidade de ocorrência de tais riscos deve ser analisada
que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quan- e avaliada por ocasião do planejamento da auditoria, para que se-
do as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O jam incluídos, nos programas, procedimento específicos a fim de
risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e detectá-los.
do risco de detecção.” Quanto maior for o grau de adequação dos controles internos
administrativos, menor será a vulnerabilidade dos riscos inerentes
à gestão propriamente dita.
16 Brito; Claudinei. Fontenelle; Rodrigo. Auditoria Privada e Governamental:
Teoria de forma objetiva e mais de 400 Questões Comentadas. – Niterói, RJ:
Impetus, 2015.
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a solução para o seu concurso!
AUDITORIA

DICA:
Risco de Detecção: É o risco do auditor!
Riscos de Controle e Inerente: Existem independente do auditor. Quando há um controle, mas ele falha, temos o Risco de Controle.
Quando falamos do risco independente da presença do controle, temos o Risco Inerente.

Há uma relação inversa entre o risco de detecção e risco de distorção relevante (inerente e controle). Quanto maior o risco de distor-
ção relevante, menores os riscos de detecção a serem aceitos pelo auditor. Para ilustrar. Observemos o quadro a seguir.

A Avaliação do Risco de Controle pelo


Auditor é:
Alto (2) Médio Baixo

A Avaliação do Alto (3) Menor (1) Menor Médio


Risco Inerente Médio Menor Médio Maior
pelo Auditor é: Baixo Médio Maior Maior

Obs: os números (1), (2) e (3) são apenas para fins de explicação.

Explicando o quadro anterior. Dos quadrantes mais claros, vamos nos concentrar no número (1). Se a avaliação, pelo auditor, do risco
de controle, é alta (2), assim como a do risco inerente (3), o auditor irá aceitar um menor risco de detecção. Lembrem-se de que o auditor
só pode influenciar o risco de detecção; os outros existem independentemente de sua presença.
Há também uma relação inversa entre o risco de auditoria e o nível estabelecido de relevância, isto é, quanto menor for o nível esta-
belecido de relevância, maior será o risco de auditoria e vice-versa. Como assim?

Se o auditor considera um item da demonstração financeira auditada relevante, ele aplicará mais testes de auditoria, reduzindo, dessa
forma, o risco de detecção que, como sabemos, é o riso do auditor. Como o risco de auditoria é função do risco de detecção relevante, se
um desses riscos diminui (e o outro fica constante), o risco de auditoria também diminuirá. Portanto, quanto maior a relevância, menor o
risco de auditoria.

Plano de Auditoria Baseado no Risco


De acordo com Castro (2009 apud BRITO e RODRIGO, 2015), a Auditoria baseada no risco busca direcionar o foco do trabalho, a fim
de avaliar as tendências e as condições que a entidade possui para atingir seus resultados.
Para estabelecer o grua d priorização dos trabalhos da auditoria, utilizando a filosofia do risco, devemos analisar os seguintes fatores:
materialidade, relevância e criticidade.
A materialidade ($$$) está relacionada ao montante de recursos financeiros envolvidos em determinada operação da entidade.
A relevância significa a importância relativa ou papel desempenhado por uma determinada questão, situação ou unidade, existentes
em um dado contexto, e deve ser considerada pelo auditor quando determinar a natureza, a extensão e oportunidade dos procedimentos
de auditoria.
Sobre criticidade, trata de certa fragilidade identificada nos controles internos que pode ser considerada como riscos. Os demais con-
ceitos serão tratados em tópico específico.

Após a relação e classificação dos fatores de risco, devem ser estabelecidos o grau de impacto e a probabilidade da ocorrência, elabo-
rando-se uma matriz de probabilidade e impacto, que é um dos instrumentos mais utilizados em gestão de riscos, na análise qualitativa,
priorizando os riscos.
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a solução para o seu concurso!
AUDITORIA

Seguem dois exemplos de matriz de probabilidade e impacto:

ALTO

MÉDIO

BAIXO

Como podem perceber, a avaliação da probabilidade e do impacto de um risco é uma tarefa subjetiva. Lembre-se que risco é evento
negativo, futuro e incerto (ou seja, ainda não ocorreu e nem sabemos se vai mesmo ocorrer). Dessa forma, não é fácil estabelecer uma
forma mais objetiva de se priorizarem as atividades de auditoria baseada no risco; tem de ser por estimativa mesmo.

DICA: RISCO é evento negativo, futuro e incerto (ou seja, ainda não ocorreu e nem sabemos se vai mesmo ocorrer). Se na questão de
prova constar um evento que já tenha ocorrido, não estamos mais falando de risco.

Isso tudo serve para priorizar os riscos mais significativos possibilitando o foco nas áreas a serem auditadas.
Há um ponto que deve ser ressaltado: a identificação dos riscos é de responsabilidade da administração da entidade e não dos audi-
tores internos. O papel da auditoria interna, nesse caso, é garantir que os riscos identificados estejam sendo adequadamente controlados.
De acordo com a NBC TA 325 – Identificação e avaliação dos riscos de distorção relevante -, o auditor deve identificar e avaliar os riscos
de distorção relevante:
(a) não nível das demonstrações contábeis;
(b) no nível de afirmação para classe de transações, saldos de conta e divulgações, de modo a fornecer uma base para a concepção e
a execução de procedimentos adicionais de auditoria.

DICA: Afirmações são declarações da administração, explícitas ou não, que estão incorporadas às demonstrações contábeis, utilizadas
p elo auditor para considerar aos diferentes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer.

Para este propósito, o auditor deve:


- identificar riscos ao longo de todo o processo de obtenção do entendimento da entidade e do seu ambiente;
- avaliar os riscos identificados e se eles se relacionam de forma generalizada Às demonstrações contábeis como um todo;
- relacionar os riscos identificados aos controles relevantes que o auditor pretende testar;
Considerar a probabilidade de distorção e se é de magnitude que possa resultar em distorção relevante.

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a solução para o seu concurso!
AUDITORIA

Isso envolve um compromisso de criar uma cultura de honesti-


FRAUDES E ERROS dade e comportamento ético, que pode ser reforçado por supervi-
são ativa dos responsáveis pela governança.
O auditor, por sua vez, é responsável por obter a segurança
Em regra, as normas de auditoria costumam referir-se a erros e razoável de que as demonstrações contábeis, como um todo, não
fraudes, cuja distinção fundamental se baseia no caráter involuntá- contêm distorções relevantes, causadas por fraude ou erro.
rio ou não de um e de outro, vejamos: Como descrito na NBC TA 200 (R1)18 - Objetivos Gerais do Au-
ditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade
- Erro: entende-se por erro o ato não voluntário, não inten- com Normas de Auditoria, o risco de não ser detectada uma distor-
cional resultante de omissão, desconhecimento, imperícia, impru- ção relevante decorrente de fraude é mais alto que o risco de não
dência, desatenção ou má interpretação de fatos na elaboração de ser detectada uma fraude decorrente de erro. Isso porque a fraude
documentos, registros ou demonstrações. Neste caso existe apenas pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organiza-
culpa, pois não há intenção de causar dano. dos, destinados a ocultá-la.
- Fraude: já o termo fraude, por sua vez refere-se a ato vo- O conluio entre duas ou mais pessoas pode levar o auditor a
luntário, intencional, resultante de omissão ou manipulação de acreditar que a evidência é persuasiva, quando, na verdade, ela é
transações, adulteração de documentos, informações, registros e falsa.
demonstrações. Neste caso existe dolo, pois há intenção de causar A capacidade do auditor de detectar uma fraude depende de
algum tipo de dano. alguns fatores, tais como habilidade do fraudador, frequência e ex-
tensão da manipulação, grau de conluio, dimensão relativa dos va-
A fraude pode ser caracterizada, por exemplo pelas seguintes lores manipulados e posição dos indivíduos envolvidos.
práticas: Embora o auditor possa ser capaz de identificar oportunidades
a) Manipulação, falsificação ou alteração, em todo ou em par- potenciais de perpetração de fraude, é difícil para ele determinar se
te, de documentos, registros e transações; as distorções foram causadas por fraude e erro.
b) Supressão ou omissão de documentos, registros e transa- Na obtenção de segurança razoável, o auditor tem a respon-
ções; sabilidade de manter atitude de ceticismo profissional durante a
c) Acréscimo de documentos, registros e transações sem com- auditoria, considerando o potencial de burlar os controles pela ad-
provação; e ministração.
d) Aplicação de práticas indevidas.
Objetivos do Auditor
A Norma Brasileira de Contabilidade de Auditoria Independen-
te de Informação Contábil Histórica - NBC TA 240 (R1)17 - Responsa- Os principais objetivos do auditor são:
bilidade do Auditor em Relação a Fraude, no Contexto da Auditoria - Identificar e avaliar os riscos de distorção relevantes decor-
de Demonstrações Contábeis, é a norma que trata, atualmente da rente de fraude;
responsabilidade do auditor em relação à fraude, no contexto da - Obter evidências suficientes e apropriadas sobre esses riscos;
auditoria de demonstrações contábeis. E segundo esta norma, as e
distorções nas demonstrações contábeis podem originar-se de frau- - Responder adequadamente face à suspeita de fraude.
de ou erro.
O fator distintivo entre fraude e erro, como vimos, está no fato Assim, segundo a NBC TA 240 (R1), fraude é o ato intencional
de ser intencional ou não intencional a ação subjacente que resulta de um ou mais indivíduos da administração, dos responsáveis pela
em distorção. governança, empregados ou terceiros, que envolva dolo para ob-
Dois tipos de distorções intencionais (fraudes) são pertinentes tenção de vantagem injusta ou ilegal.
para o auditor - distorções decorrentes de informações contábeis
fraudulentas e da apropriação indébita de ativos. Os fatores de risco de fraude são classificados com base em
três condições, que geralmente estão presentes em uma fraude:
A fraude e a responsabilidade dos Administradores x Audito- - Incentivo ou pressão para perpetrar fraude;
res - Oportunidade percebida de cometer fraude; e
- Capacidade de racionalizar a ação fraudulenta.
A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da
fraude é dos responsáveis pela governança e administração da enti-
dade ou empresa, não dos auditores.
É importante que a administração, com a supervisão geral dos
responsáveis pela governança, enfatize a prevenção da fraude, re-
duzindo assim as oportunidades de sua ocorrência a dissuasão da
fraude e a persuasão dos indivíduos a não realizarem, devido a pro-
babilidade de detecção e punição.

17 http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBC- 18 http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2016/NBC-
TA240(R1) TA200(R1)
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a solução para o seu concurso!
AUDITORIA

Comunicação de Fraude aos Responsáveis

Abaixo podemos observar a quem se reportar em caso de detecção de fraude, vejamos:

- Em caso de detecção de fraudes, mesmo que


A administração
irrelevantes.
- Caso haja a participação da administração e/ou de
Aos responsáveis pela
funcionários-chave da organização nas fraudes.
governança
- Em caso de fraudes relevantes.
- Nos casos de exigências legais. Como por exemplo em
Aos órgãos reguladores e caso de fraudes em instituições financeiras comunica-se ao
de controle Banco Central do Brasil (também conhecido por BC, BACEN
ou BCB)

Em relação à comunicação do auditor com os responsáveis pela governança, cabe ressaltar que pode ser feita verbalmente ou por
escrito. Devido à natureza e sensibilidade da fraude que envolve a alta administração, ou da fraude que resulta em distorção relevante nas
demonstrações contábeis, o auditor relata tais assuntos tempestivamente e pode considerar necessário também relatá-los por escrito.

SUPERVISÃO E CONTROLE DE QUALIDADE

A norma do CFC que trata do controle da qualidade da auditoria de demonstrações contábeis é NBC TA 220. Ela trata das respon-
sabilidades específicas do auditor em relação aos procedimentos de controle de qualidade da auditoria de demonstrações contábeis, e
trata também das responsabilidades do revisor do controle de qualidade do trabalho. Deve ser lida juntamente com as exigências ética
relevantes.

Sistema de Controle de Qualidade

Os sistemas, as políticas e os procedimentos de controle de qualidade são de responsabilidade da firma de auditoria. De acordo com
a NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas (pessoas Jurídicas e Físicas) de Auditoria Independentes que executam exames de au-
ditoria e revisões de informação contábil histórica e outros trabalhos de asseguração e de serviços correlatos, a firma tem por obrigação
estabelecer e manter sistema de controle de qualidade para obter segurança razoável de que:
- a firma e seu pessoal cumprem com as normas profissionais e técnicas e as exigências legais e regulatórias aplicáveis; e
- os relatórios emitidos pela firma ou pelos sócios do trabalho são apropriados nas circunstâncias.
Já a NBC TA 220 estabelece que o objetivo do auditor é implementar procedimentos de controle de qualidade no nível do trabalho que
forneçam ao auditor segurança razoável de que:
- a auditoria está de acordo com as normas profissionais e técnicas e exigências legais e regulatórias aplicáveis; e
- os relatórios emitidos pelo auditor são apropriados nas circunstâncias.

No contexto do sistema de controle de qualidade da firma, as equipes de trabalho têm responsabilidade de implementar procedimen-
tos de controle de qualidade que são aplicáveis ao trabalho de auditoria e fornecer informações relevantes que permitam o funcionamento
da parte do sistema de controle de qualidade relacionado com a independência do auditor.
Esse sistema de controle de qualidade inclui políticas e procedimentos que tratam dos seguintes elementos:
- responsabilidades da liderança pela qualidade na firma;
- exigências éticas relevantes;
- aceitação e continuidade de relacionamentos com clientes e trabalhos específicos;
- recursos humanos;
- execução do trabalho;
- monitoramento.

Definições
Frequentemente as bancas examinadoras incluem questões literais que tratam de conceitos, geralmente apresentados no início das
normas de auditoria. Nesse sentido, os termos a seguir possuem os significados a eles atribuídos:

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AUDITORIA

O sócio encarregado do trabalho deve assumir a responsabilidade qualidade de todos os trabalhos de auditoria para os quais foi de-
signado.

Aceitação e Continuidade de Relacionamento com Clientes e Trabalhos de Auditoria

O sócio encarregado do trabalho deve estar convencido de que forma seguidos os procedimentos apropriados em relação à aceitação
e continuidade de relacionamentos com clientes e trabalhos de auditoria, e deve determinar se as conclusões obtidas sobre esse aspecto
são apropriadas.
Entretanto, se obtêm informações que teriam levado a firma a declinar do trabalho se fossem de seu conhecimento no momento da
aceitação, deve comunicar essas informações prontamente à firma, de modo que possam tomar as medidas necessárias.

Execução do trabalho
O sócio encarregado do trabalho deve assumir a responsabilidade pela:
- direção, supervisão e execução do trabalho de auditoria de acordo com as normas técnicas e exigências legais e regulatórias aplicá-
veis;
- emissão do relatório apropriado nas circunstâncias.

Revisões
Os sócios deve também assumir a responsabilidade de realizar as revisões de acordo com as políticas e os procedimentos da firma, e
deve, por meio de uma revisão da documentação de auditoria e de discussão com a equipe de trabalho, estar convencido de que foi obtida
evidência de auditoria apropriada e suficiente para suportar as conclusões obtidas e o relatório a ser emitido.
As políticas e os procedimentos da firma sobre responsabilidades pela revisão são determinados com base no fato de que o trabalho
de membros menos experientes da equipe é revisado por membros mais experientes da equipe.
Uma revisão consiste em considerar se, por exemplo:
- o trabalho foi realizado de acordo com as normas técnicas, profissionais e exigências legais e regulamentares aplicáveis;
- foram levantados assuntos significativos para consideração adicional;
- foram feitas as consultas apropriadas, documentadas e implementadas as conclusões resultantes;
- há necessidade de revisar a natureza, época e extensão do trabalho realizado;
- o trabalho realizado suporta as conclusões obtidas e está adequadamente documento;
- as evidências obtidas são suficientes e apropriadas para suportar o relatório;
- os objetivos dos procedimentos do trabalho foram alcançados.

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AUDITORIA

Revisões tempestivas dos seguintes itens pelo sócio encarrega- Testes de Controles Internos:
do do trabalho permitem que assuntos significativos sejam pronta- - Para avaliar a eficácia dos controles internos, a equipe rea-
mente resolvidos: liza testes de controles. Isso pode envolver a seleção de amostras
- áreas críticas de julgamento, especialmente aquelas relacio- de transações e a verificação da aplicação adequada dos controles
nadas com assuntos complexos ou controversos identificados no estabelecidos.
curso do trabalho;
- riscos significativos; Relatórios de Exceção:
- outras áreas que o sócio encarregado do trabalho considera - Se durante os testes de controles a equipe de auditoria iden-
importante. tificar exceções ou falhas nos controles internos, isso é relatado à
administração da entidade, juntamente com recomendações para
O sócio pode revisar toda a documentação de auditoria, se en- correção.
tender necessário.
Aprimoramento de Controles:
Monitoramento - Com base nas descobertas da auditoria, a administração da
Um sistema de controle de qualidade efetivo inclui um proces- entidade pode implementar melhorias nos controles internos para
so de monitoramento projetado para fornecer segurança razoável fortalecer o ambiente de controle e mitigar riscos.
de que as políticas e os procedimentos relacionados com o sistema
de controle de qualidade são relevantes, adequados e estão ope- Controle Interno sobre Tecnologia da Informação (TI):
rando de maneira efetiva. - O estudo e avaliação incluem a análise dos controles inter-
O sócio encarregado deve considerar os resultados do processo nos relacionados à tecnologia da informação, garantindo a seguran-
de monitoramento da firma conforme evidenciado em informações ça e a integridade dos sistemas de informação.
recentes e se as deficiências observadas nessas informações podem
afetar o trabalho de auditoria. Treinamento e Conscientização:
- Se necessário, a equipe de auditoria pode fornecer treina-
mento à equipe da entidade para fortalecer a compreensão e a im-
ESTUDO E AVALIAÇÃO DO SISTEMA CONTÁBIL E DE CON- plementação adequada dos controles internos.
TROLES INTERNOS.
Monitoramento Contínuo:
- A avaliação de controles internos não é um evento único.
O estudo e avaliação do sistema contábil e dos controles inter- Deve ser um processo contínuo, com a administração monitorando
nos são partes essenciais do processo de auditoria. Essas atividades e ajustando os controles conforme necessário ao longo do tempo.
visam garantir que as informações financeiras de uma entidade se-
jam confiáveis, precisas e estejam em conformidade com os princí- Documentação e Evidências:
pios contábeis aplicáveis. Aqui estão os principais aspectos envolvi- - Todo o processo de estudo e avaliação é documentado de
dos no estudo e avaliação desses sistemas: maneira adequada, incluindo evidências de testes, análises e con-
clusões alcançadas pela equipe de auditoria.
Estudo Preliminar:
- Antes de iniciar a auditoria, a equipe de auditoria realiza Relatório de Auditoria:
um estudo preliminar do sistema contábil e dos controles internos. - As descobertas relacionadas ao sistema contábil e aos con-
Isso envolve a compreensão dos processos contábeis, sistemas de troles internos são incluídas no relatório de auditoria final, propor-
informação, estrutura organizacional e políticas internas. cionando à administração e aos stakeholders uma visão clara da
eficácia do sistema de controle interno da entidade.
Documentação do Sistema Contábil:
- A equipe de auditoria documenta o sistema contábil da en- O estudo e avaliação do sistema contábil e dos controles inter-
tidade, incluindo fluxogramas de processos, manuais de procedi- nos são críticos para a qualidade e a confiabilidade da auditoria.
mentos contábeis, descrição de sistemas de informação e qualquer Esses processos contribuem significativamente para a garantia de
outra documentação relevante. que as demonstrações financeiras da entidade estão apresentadas
de maneira justa e em conformidade com os princípios contábeis
Avaliação de Controles Internos: aplicáveis.
- A avaliação de controles internos visa determinar a eficá-
cia dos procedimentos estabelecidos pela entidade para garantir a
confiabilidade das informações financeiras. Isso inclui controles so- APLICAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS. DOCUMENTAÇÃO
bre transações financeiras, acesso a ativos, segregação de funções,
entre outros.
Prezado candidato, o tema supracitado já foi abordado em tó-
Identificação de Riscos: picos anteriores
- Durante a avaliação, a equipe de auditoria identifica os ris-
cos associados ao ambiente de controle e aos processos contábeis.
Isso ajuda a direcionar os esforços de auditoria para áreas de maior
risco.
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AUDITORIA

11.10.1.6. Quando constatar que há evidências de riscos na


CONTINUIDADE NORMAL DOS NEGÓCIOS DA ENTIDADE continuidade normal das atividades da entidade, o auditor deve,
em seu parecer, mencionar, em parágrafo de ênfase, os efeitos que
tal situação pode determinar na continuidade operacional da enti-
CONTINUIDADE NORMAL DOS NEGÓCIOS dade, de modo que os usuários tenham adequada informação so-
Ao revisar a avaliação da administração sobre a capacidade bre a mesma.
de continuidade operacional, o auditor deve cobrir o mesmo pe-
ríodo utilizado pela administração para fazer sua avaliação. Se a 11.10.1.7. Embora não-exaustivos, pelos menos os seguintes
avaliação elaborada pela administração cobrir menos de 12 meses, pressupostos devem ser adotados pelo auditor na análise da conti-
a partir da data das demonstrações contábeis, o auditor deve soli- nuidade da entidade auditada:
citar que a administração estenda o período de avaliação para pelo a) indicadores financeiros;
menos 12 meses. b) indicadores de operações;
É papel da administração realizar a avaliação da capacidade de c) outras indicações.
continuidade da entidade. A menos que todos os responsáveis pela
governança estejam envolvidos na administração, o auditor deve 11.10.2. PROCEDIMENTOS
comunicar a eles os eventos ou condições identificados que possam
levantar dúvida significativa quanto à capacidade de continuidade 11.10.2.1. Quando planejar e executar procedimentos de audi-
operacional. toria, e ao avaliar seus resultados, o auditor deve considerar a pro-
A continuidade normal dos negócios da entidade está caracte- priedade do pressuposto de continuidade operacional subjacente à
rizada se houver evidência de normalidade das operações no prazo preparação das Demonstrações Contábeis.
de 12 meses após a data das demonstrações contábeis. Quando o
auditor constatar que há evidências de riscos na continuidade nor- 11.10.2.2. Na ausência de informações em contrário, a prepa-
mal das atividades da entidade, deve mencionar esses efeitos no ração das Demonstrações Contábeis presume a continuidade da
seu parecer utilizando um parágrafo de ênfase. entidade em regime operacional por um período previsível, não
menor do que um ano a partir da data-base de encerramento do
Para um entendimento mais completo, veremos a seguir: exercício. Consequentemente, ativos e passivos são registrados
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE com base no fato de que a entidade possa realizar seus ativos e
NBC T 11 NORMAS DE AUDITORIA INDEPENDENTE saldar seus passivos no curso normal dos negócios. Se esse pressu-
DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS posto for injustificado, é possível que a entidade não seja capaz de
NBC T 11.10 - CONTINUIDADE NORMAL DAS A TIVIDADES DA realizar seus ativos ou liquidar seus passivos pelos valores e venci-
ENTIDADE19 mentos contratados. Como consequência, é possível que os valores
e a classificação de ativos e passivos nas Demonstrações Contábeis
11.10.1. CONCEITUAÇÃO E DISPOSIÇÕES GERAIS precisem ser ajustados.

11.10.1.1. Esta norma estabelece procedimentos e critérios re- 11.10.2.3. O auditor deve considerar o risco de que o pressu-
lativos à responsabilidade do auditor quanto à propriedade do pres- posto de continuidade operacional não mais seja apropriado.
suposto de continuidade operacional da entidade auditada como
base para a preparação das Demonstrações Contábeis. 11.10.2.4. As indicações de que a continuidade da entidade em
regime operacional está em risco podem vir das Demonstrações
11.10.1.2. A continuidade normal das atividades da entidade Contábeis ou de outras fontes. Exemplos desses tipos de indicações
deve merecer especial atenção do auditor, quando do planejamen- que devem ser consideradas pelo auditor são apresentados abaixo.
to dos seus trabalhos, ao analisar os riscos de auditoria, e deve ser Essa lista não é exaustiva e nem sempre a existência de um ou mais
complementada quando da execução de seus exames. desses fatores significa que o pressuposto de continuidade opera-
cional seja questionado:
11.10.1.3. A evidência de normalidade pelo prazo de um ano a) indicações financeiras:
após a data das Demonstrações Contábeis é suficiente para a carac- a.1) passivo a descoberto (Patrimônio Líquido negativo);
terização dessa continuidade. a.2) posição negativa do Capital Circulante (deficiência de Ca-
pital Circulante);
11.10.1.4. Caso, no decorrer dos trabalhos, se apresentem in- a.3) empréstimos com prazo fixo e vencimentos imediatos sem
dícios que ponham em dúvida essa continuidade, deve o auditor perspectiva realista de pagamento ou renovação, ou uso excessi-
aplicar os procedimentos adicionais que julgar necessários para a vo de empréstimos em curto prazo para financiar ativos em longo
formação de juízo embasado e conclusivo sobre a matéria. prazo;
a.4) principais índices financeiros adversos de forma continu-
11.10.1.5.Na hipótese do auditor concluir que há evidências ada;
de riscos na continuidade normal das atividades da entidade, deve a.5) prejuízos operacionais substanciais de forma continuada;
avaliar os possíveis efeitos nas Demonstrações Contábeis, especial- a.6) falta de capacidade financeira dos devedores em saldar
mente quanto à realização de ativos. seus compromissos com a entidade;
a.7) atrasos nos pagamentos ou incapacidade financeira de
propor e pagar dividendos;
19 http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/Res_1037.pdf
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a solução para o seu concurso!
AUDITORIA

a.8) incapacidade financeira de pagar credores nos vencimen- 11.10.2.8. Procedimentos pertinentes a este assunto, entre ou-
tos; tros, incluem:
a.9) dificuldade de cumprir as condições dos contratos de em- a) analisar e discutir com a administração as projeções do fluxo
préstimo (tais como cumprimento de índices econômico-financei- de caixa, resultado e outras pertinentes;
ros contratados, garantias ou fianças); b) revisar eventos subsequentes à data-base para identificar
a.10) mudança de transações a crédito para pagamento à vista itens que afetem a capacidade da entidade de continuar a operar;
dos fornecedores; c) analisar e discutir as Demonstrações Contábeis subsequen-
a.11) incapacidade em obter financiamentos para desenvolvi- tes mais recentes da entidade;
mento de novos negócios de produtos, e inversões para aumento d) analisar as condições de títulos emitidos (debêntures, por
da capacidade produtiva; exemplo) e de contratos de empréstimos e verificar se algumas de-
b) indicações operacionais: las não foram cumpridas;
b.1) perda de pessoal-chave na administração, sem que haja e) ler as atas de reuniões ou de assembleias de sócios, assim
substituição; como atas de reuniões de diretoria, do conselho de administração,
b.2) perda da licença, franquia, mercado importante, fornece- do conselho fiscal e de outros comitês importantes, em busca de
dor essencial ou financiador estratégico; referência às dificuldades financeiras;
b.3) dificuldade de manter mão-de-obra essencial para a ma- f) indagar os advogados da entidade quanto a litígios e recla-
nutenção da atividade ou falta de suprimentos importantes. mações;
c)outras indicações: g) confirmar a existência, a legalidade e a possibilidade de a en-
c.1) descumprimento de exigências de capital mínimo ou de tidade exigir, de partes relacionadas e de terceiros, o cumprimento
outras exigências legais ou regulamentares, inclusive as estatutá- de acordos para proporcionar ou manter suporte financeiro;
rias; h) avaliar a capacidade financeira e o compromisso das partes
c.2) contingências ou processos legais e administrativos pen- relacionadas e de terceiros proporcionarem tais recursos;
dentes contra a entidade que resultem em obrigações que não pos- i) considerar a posição dos pedidos de clientes em carteira da
sam ser cumpridas; entidade.
c.3) alterações na legislação ou política governamental que afe-
tem, de forma adversa, a entidade; 11.10.2.9. Quando analisar as projeções do fluxo de caixa, do
c.4) para as entidades sujeitas a controle de órgãos reguladores resultado e de outras pertinentes, o auditor deve considerar a con-
governamentais, tais como Comissão de Valores Mobiliários (CVM), fiabilidade do sistema de controle interno da entidade que gerou
Banco Central do Brasil (BCB), Agência Nacional de Energia Elétrica tais informações.
(Aneel), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência 11.10.2.10. O auditor também deve considerar se os pressu-
Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Superintendência de Se- postos que fundamentam as projeções são apropriados nas circuns-
guros Privados (Susep), Secretaria de Previdência Complementar tâncias.
(SPC) e outros, devem ser considerados os fatores de riscos ineren- 11.10.2.11. Além disso, o auditor deve comparar os dados pros-
tes às respectivas atividades. pectivos do período atual (orçamentos) com os resultados atingidos
até a data, assim como o comportamento histórico dos resultados
11.10.2.5. A importância dessas indicações, muitas vezes, pode efetivos com os orçamentos daqueles períodos.
ser mitigada por outros fatores. Por exemplo, o efeito numa enti-
dade que não está podendo pagar suas dívidas normais pode ser 11.10.2.12. O auditor deve, também, considerar e discutir com
contrabalançado por planos da administração para manter fluxos a administração seus planos para o futuro, como, por exemplo, os
de caixa adequados por outros meios, tais como, por alienação de planos para alienar ativos, captar recursos ou reestruturar dívidas,
ativos, reescalonamento de pagamentos de empréstimos ou obten- reduzir ou retardar despesas ou aumentar o capital.
ção de capital adicional. Do mesmo modo, a entidade pode mitigar
a perda de um fornecedor importante, se dispuser de outra fonte 11.10.2.13.A confiabilidade desses planos, para o auditor, di-
de fornecimento adequada. minui à medida que aumenta o período para a implementação das
decisões planejadas e da ocorrência dos eventos previstos.
11.10.2.6. Quando surgir alguma dúvida quanto à propriedade
do pressuposto de continuidade operacional, o auditor deve reunir 11.10.2.14. Deve ser dada ênfase aos planos que possam ter
evidência de auditoria suficiente e apropriada para tentar resolver, um efeito significativo sobre a solvência da entidade em futuro pre-
de uma forma que o satisfaça, a dúvida quanto à capacidade da visível. Neste caso, o auditor deve obter evidência de auditoria sufi-
entidade de continuar em operação em futuro previsível. ciente e apropriada de que esses planos são viáveis, de que podem
ser implantados e de que seus resultados proporcionarão melhorias
11.10.2.7. Durante a auditoria, o auditor executa procedimen- na situação da entidade. O auditor deve obter declaração escrita
tos planejados para obter evidência como base para expressar uma da administração com respeito a esses planos, mediante carta de
opinião sobre as Demonstrações Contábeis. Quando surge dúvida responsabilidade da administração.
quanto ao pressuposto de continuidade operacional da entidade,
alguns desses procedimentos podem assumir uma importância adi- 11.10.2.15. Depois que os procedimentos considerados neces-
cional, ou talvez seja necessário executar procedimentos adicionais sários tiverem sido executados, que todas as informações necessá-
ou atualizar informações obtidas anteriormente. rias tiverem sido obtidas, e que o efeito de qualquer plano da admi-

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a solução para o seu concurso!
AUDITORIA

nistração e outros fatores mitigantes tiverem sido considerados, o regime normal de atividades. Consequentemente, podem ser ne-
auditor deve decidir se a dúvida que surgiu sobre o pressuposto de cessários ajustes relativos à realização e à classificação dos valores
continuidade operacional foi resolvida satisfatoriamente. de ativos ou quanto aos valores e à classificação dos passivos que
seriam requeridos na impossibilidade de a Entidade continuar ope-
11.10.2.16. Se, no julgamento do auditor, tiver sido obtida rando. As Demonstrações Contábeis não incluem esses eventuais
evidência de auditoria suficiente e apropriada para dar suporte ao ajustes.
pressuposto de continuidade operacional da entidade, o auditor Em nossa opinião, exceto quanto à omissão das informações
não deve modificar seu parecer. incluídas no parágrafo precedente, as Demonstrações Contábeis
apresentam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes,
11.10.2.17.Se, no julgamento do auditor, o pressuposto de con- as posições patrimonial e financeira da Entidade em 31 de dezem-
tinuidade operacional for apropriado devido a fatores mitigantes, bro de XXXX, os resultados de suas operações, as mutações de seu
particularmente em decorrência dos planos da administração, o patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos refe-
auditor deve considerar se tais planos ou outros fatores devem ser rentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas
divulgados nas Demonstrações Contábeis. Na hipótese de tal divul- contábeis adotadas no Brasil”.
gação ter sido considerada necessária e não ter sido feita de forma
apropriada, o auditor deve expressar sua opinião em parecer com 11.10.2.21.Se, com base nos procedimentos adicionais execu-
ressalva ou adverso, conforme o caso, em decorrência da falta ou tados e nas informações obtidas, incluindo o efeito de circunstân-
da insuficiência da informação. cias mitigantes, o julgamento do auditor for que a entidade não tem
condições de continuar em operação em futuro previsível, o audi-
11.10.2.18.Se, no julgamento do auditor, a dúvida sobre a con- tor deve concluir que o pressuposto de continuidade operacional
tinuidade operacional da entidade não for resolvida satisfatoria- da entidade usado na preparação das Demonstrações Contábeis é
mente, o auditor deve considerar se as Demonstrações Contábeis impróprio. Se o resultado do pressuposto impróprio usado na pre-
evidenciam a situação de incerteza existente quanto à entidade paração das Demonstrações Contábeis for tão relevante e amplo
continuar operando, assim como, quanto ao fato de que tais De- que torne as Demonstrações Contábeis enganosas, o auditor deve
monstrações Contábeis não incluem ajustes relacionados com a emitir um parecer adverso.
recuperabilidade dos ativos e os valores e a classificação de ativos
e passivos, os quais poderiam ser necessários, caso a entidade não 11.10.2.22.A propriedade do pressuposto de continuidade ope-
tivesse condições de continuar em regime operacional. Se a divul- racional, geralmente, não está presente quando se trata de audito-
gação for considerada adequada, o auditor não deve expressar um ria de uma pessoa jurídica de direito público interno. Entretanto,
parecer com ressalva ou com opinião adversa, devendo considerar quando não existirem essas circunstâncias, ou quando o financia-
o procedimento do item 11.10.2.19. Se a divulgação não for con- mento da entidade pelo Governo puder ser retirado, e a existência
siderada adequada, o auditor deve considerar o item 11.10.2.20. da entidade puder estar em risco, esta norma deve ser adotada.

11.10.2.19.Se a divulgação nas Demonstrações Contábeis for 11.10.3. SANÇÕES


adequada, o auditor deve emitir um parecer sem ressalva, adicio-
nando um parágrafo de ênfase que destaque o problema da con- 11.10.3.1. A inobservância desta Norma constitui infração dis-
tinuidade operacional da entidade, fazendo referência à nota ex- ciplinar sujeita às penalidades previstas nas alíneas “c”, “d” e “e” do
plicativa nas Demonstrações Contábeis que divulgue os aspectos art. 27 do Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, e, quando
relacionados ao assunto. Segue exemplo de parágrafo desse tipo: aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista.
“Conforme descrito na Nota Explicativa X às Demonstrações
Contábeis, a Entidade apresentou prejuízo líquido de XXX durante
o exercício findo em 31 de dezembro de XXX1 e, naquela data, o AMOSTRAGEM ESTATÍSTICA
passivo circulante da Entidade excedia seu ativo circulante em XXX,
e seu passivo total excedia seu ativo total em XXX. Esses fatores,
juntamente com outros assuntos apresentados na Nota X, levantam A amostragem estatística é uma técnica que envolve a seleção
dúvida substancial de que a Entidade tenha condições de manter a de uma parte representativa de uma população maior para realizar
continuidade normal de suas atividades. As Demonstrações Contá- análises e tirar conclusões sobre a totalidade. Ela é frequentemente
beis não incluem quaisquer ajustes relativos à realização e à classifi- utilizada em auditoria, pesquisa de mercado, estudos científicos e
cação dos valores de ativos ou quanto aos valores de liquidação e à diversas outras áreas. Aqui estão alguns conceitos e considerações
classificação de passivos que seriam requeridos na impossibilidade importantes relacionados à amostragem estatística:
de a Entidade continuar operando”.
População e Amostra:
11.10.2.20.Se não for feita divulgação adequada nas Demons- - População: Refere-se ao conjunto completo de elemen-
trações Contábeis, o auditor deve emitir um parecer com ressalva tos que possuem características comuns e sobre os quais se deseja
ou com opinião adversa, como for apropriado. Segue um exemplo fazer inferências.
de parágrafos que descrevem a razão da ressalva e da opinião, - Amostra: É uma parte representativa da população que
quando tiver de ser emitido um parecer com ressalva: é escolhida para análise.
“A Entidade não divulgou que não conseguiu renegociar seus
empréstimos bancários. Sem esse suporte financeiro, existe dúvi-
da substancial de que a Entidade tenha condições de continuar em
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a solução para o seu concurso!
AUDITORIA

Objetivo da Amostragem:
- O objetivo é obter informações precisas e válidas sobre a PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE DADOS
população a partir da análise da amostra, economizando tempo e
recursos em comparação com a análise de toda a população.
O processamento eletrônico de dados refere-se ao uso de siste-
Tipos de Amostragem: mas computacionais para coletar, armazenar, processar, analisar e
- Existem diferentes métodos de amostragem, incluindo: apresentar informações. Esse processo é fundamental em diversas
- Amostragem Aleatória Simples: Cada elemento tem a áreas, abrangendo desde transações comerciais até pesquisas cien-
mesma probabilidade de ser escolhido. tíficas. Aqui estão alguns conceitos e componentes relacionados ao
- Amostragem Estratificada: A população é dividida em processamento eletrônico de dados:
estratos e a amostra é selecionada de cada estrato proporcional-
mente. Entrada de Dados:
- Amostragem por Conglomerados: A população é dividida - Representa a coleta de informações que serão processadas
em conglomerados, e alguns desses conglomerados são escolhidos pelo sistema. Esses dados podem ser inseridos manualmente por
aleatoriamente para análise. um usuário ou automaticamente por meio de sensores, dispositivos
de leitura óptica, entre outros.
Tamanho da Amostra:
- O tamanho da amostra é crucial. Uma amostra muito pe- Processamento de Dados:
quena pode não ser representativa, enquanto uma muito grande - Refere-se às operações realizadas pelo sistema para trans-
pode ser impraticável. O tamanho ideal depende da variabilidade formar os dados de entrada em informações úteis. Isso pode envol-
na população e do nível de confiança desejado. ver cálculos matemáticos, comparações, classificações, entre outras
operações.
Erro Amostral:
- O erro amostral é a diferença entre os resultados obtidos Armazenamento de Dados:
na amostra e os resultados que seriam obtidos se toda a população - Os dados processados são armazenados em dispositivos de
fosse analisada. O controle desse erro é essencial para garantir re- armazenamento, como discos rígidos, memória RAM, ou outros
sultados confiáveis. meios de armazenamento. Isso permite que as informações sejam
acessadas posteriormente.
Viés de Amostragem:
- O viés ocorre quando a amostra não é representativa da Saída de Dados:
população. Isso pode ocorrer devido a métodos de seleção inade- - Representa a apresentação das informações processadas ao
quados ou a influências externas. usuário final. Isso pode incluir relatórios impressos, gráficos, visua-
lizações em tela, ou até mesmo a transmissão de informações para
Amostragem Probabilística vs. Não Probabilística: outros sistemas.
- Probabilística: Cada elemento da população tem uma
chance conhecida e não zero de ser incluído na amostra. Sistemas de Informação:
- Não Probabilística: As probabilidades de seleção não são - Conjunto organizado de componentes que coletam, proces-
conhecidas. sam, armazenam e distribuem informações para apoiar a tomada
de decisões e o controle em uma organização.
Intervalo de Confiança e Nível de Significância:
- Intervalo de Confiança: Indica a faixa na qual se espera Software de Aplicação:
que o valor real da população esteja, com uma certa probabilidade. - Aplicações específicas projetadas para realizar tarefas espe-
- Nível de Significância: Indica a probabilidade de rejeitar cíficas, como processadores de texto, planilhas eletrônicas, siste-
uma hipótese nula quando ela é verdadeira. mas de gerenciamento de banco de dados, entre outros.

Software Estatístico: Hardware:


- Ferramentas estatísticas, como o software estatístico, po- - Inclui os componentes físicos do sistema, como computa-
dem ser usadas para realizar cálculos e análises mais complexas re- dores, processadores, memória, dispositivos de armazenamento,
lacionadas à amostragem. periféricos, entre outros.

Amostragem em Auditoria: Redes de Computadores:


- Na auditoria, a amostragem é frequentemente utilizada para - Permitem a comunicação e compartilhamento de dados
revisar transações financeiras e avaliar a eficácia dos controles in- entre diferentes sistemas. Isso é crucial em ambientes onde há a
ternos. necessidade de colaboração e troca de informações.

A amostragem estatística é uma abordagem poderosa para fa- Segurança da Informação:


zer inferências sobre uma população a partir de uma amostra repre- - Medidas e práticas adotadas para proteger dados e sistemas
sentativa. O seu sucesso depende da escolha adequada do método contra acesso não autorizado, manipulação indevida ou perda de
de amostragem, do tamanho da amostra e do controle de viés e informações.
erro amostral.
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Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning: de estimativa, por sua vez, afeta os riscos de distorção relevante de
- Técnicas avançadas que permitem aos sistemas aprender estimativas contábeis, incluindo sua suscetibilidade à tendenciosi-
com dados e melhorar seu desempenho ao longo do tempo. São dade da administração intencional ou não.
amplamente utilizadas em análise de dados e tomada de decisões
automatizadas. 3. O objetivo da mensuração de estimativas contábeis pode va-
riar dependendo da estrutura de relatório financeiro aplicável e do
Big Data: item financeiro que está sendo relatado. O objetivo da mensuração
- Lidar com grandes volumes de dados que ultrapassam a para algumas estimativas contábeis é prever o desfecho de uma ou
capacidade de processamento de sistemas tradicionais. Envolve o mais transações, eventos ou condições que dão origem à necessi-
uso de tecnologias específicas para processar, armazenar e analisar dade de estimativas contábeis. Para outras estimativas contábeis,
esses dados. incluindo diversas estimativas contábeis do valor justo, o objetivo
da mensuração é diferente, e é expresso em termos do valor da
Internet das Coisas (IoT): transação corrente ou um item das demonstrações contábeis base-
- Conectividade entre dispositivos físicos que coletam e com- ado nas condições vigentes na data da mensuração, como preço de
partilham dados. Isso amplia as possibilidades de coleta e processa- mercado estimado para um tipo de ativo ou passivo específico. Por
mento de informações em tempo real. exemplo, a estrutura de relatório financeiro aplicável pode requerer
a mensuração do valor justo baseado em uma suposta transação
Nuvem Computacional: corrente hipotética entre partes conhecedoras e dispostas a tran-
- Armazenamento e processamento de dados em servidores sacionar como partes independentes (às vezes denominadas “par-
remotos, acessados pela internet. Isso proporciona escalabilidade, ticipantes do mercado” ou equivalente), em vez da liquidação da
flexibilidade e acesso a recursos computacionais sob demanda. transação em alguma data no passado ou futuro. (Diferentes estru-
turas de relatórios financeiros podem conter diferentes definições
O processamento eletrônico de dados é uma peça fundamental de valor justo).
na sociedade moderna, impulsionando inovações e melhorias em
diversas áreas, desde negócios até pesquisas científicas e serviços 4. Uma diferença entre o desfecho da estimativa contábil e o
públicos. A evolução contínua nessa área contribui significativamen- valor originalmente reconhecido ou divulgado nas demonstrações
te para a eficiência e a capacidade de tomar decisões informadas. contábeis não representa necessariamente uma distorção nas de-
monstrações contábeis. Este é especialmente o caso para estima-
tivas contábeis ao valor justo, pois qualquer desfecho observado
ESTIMATIVAS CONTÁBEIS é invariavelmente afetado por eventos ou condições posteriores à
data em que a mensuração é estimada para fins das demonstrações
contábeis.
NBC TA 540 (R1) – AUDITORIA DE ESTIMATIVAS CONTÁBEIS,
INCLUSIVE DO VALOR JUSTO, E DIVULGAÇÕES RELACIONADAS Data de vigência
5. Esta Norma é aplicável a auditoria de demonstrações con-
Introdução tábeis para períodos iniciados em ou após 1º de janeiro de 2010.

Alcance Objetivo
1. Esta Norma trata da responsabilidade do auditor indepen- 6. O objetivo do auditor é obter evidência de auditoria apro-
dente em relação a estimativas contábeis, incluindo estimativas priada e suficiente sobre:
contábeis do valor justo e respectivas divulgações em auditoria (a) se as estimativas contábeis, incluindo as de valor justo, re-
de demonstrações contábeis. Especificamente, ela discorre sobre gistradas ou divulgadas nas demonstrações contábeis, são razoá-
como a NBC TA 315 – Identificação e Avaliação dos Riscos de Distor- veis; e
ção Relevante por meio do Entendimento da Entidade e de seu Am- (b) se as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis
biente e a NBC TA 330 – Resposta do Auditor aos Riscos Avaliados são adequadas, no contexto da estrutura de relatório financeiro
além de outras normas de auditoria devem ser aplicadas em rela- aplicável.
ção a estimativas contábeis. Inclui, também, requisitos e orientação
sobre distorção de estimativas contábeis individuais, e indicadores Definições
de possível tendenciosidade da administração. 7. Para fins das normas de auditoria, os termos a seguir pos-
Natureza da estimativa contábil suem os seguintes significados:
2. Alguns itens das demonstrações contábeis não podem ser (a) Estimativa contábil é a aproximação de um valor monetário
mensurados com precisão, mas podem ser apenas estimados. Para na ausência de um meio de mensuração preciso. Este termo é usa-
fins desta Norma, essa forma de mensuração desses itens das de- do para um valor mensurado do valor justo quando existe incerteza
monstrações contábeis é denominada estimativa contábil. A natu- de estimativa, bem como para outros valores que requerem esti-
reza e a confiabilidade das informações disponíveis para a admi- mativas. Quando esta Norma trata apenas de estimativas contábeis
nistração para suportar a elaboração de estimativa contábil variam que envolvem mensuração do valor justo, é usado o termo “estima-
significativamente, afetando dessa maneira o grau de incerteza de tivas contábeis do valor justo”.
estimativa associada às estimativas contábeis. O grau de incerteza (b) Estimativa pontual ou intervalo é o valor, ou intervalo de
valores, respectivamente, derivado de evidências de auditoria para
uso na avaliação da estimativa pontual da administração.
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(c) Incerteza de estimativa é a suscetibilidade da estimativa 10. Ao identificar e avaliar os riscos de distorção relevante, con-
contábil e das respectivas divulgações à falta de precisão inerente forme exigido pela NBC TA 315, item 24, o auditor deve avaliar o
em sua mensuração. grau de incerteza na estimativa associada a uma estimativa contábil.
(d) Tendenciosidade da administração é a falta de neutralidade
da administração na elaboração e apresentação de informações. 11. O auditor deve determinar se, no seu julgamento, alguma
(e) Estimativa pontual da administração é o valor selecionado dessas estimativas contábeis identificadas como tendo alto grau de
pela administração para registro ou divulgação nas demonstrações incerteza na estimativa gera riscos significativos.
contábeis como estimativa contábil.
(f) Desfecho de estimativa contábil é o valor monetário real Respostas aos riscos identificados de distorção relevante
resultante da resolução da transação, evento ou condição de que 12. Com base nos riscos identificados de distorção relevante, o
trata a estimativa contábil. auditor deve determinar (ver item A52):
(a) se a administração aplicou adequadamente as exigências da
Requisitos estrutura de relatório financeiro relevante para a estimativa contá-
bil (ver itens A53 a A56); e
Procedimentos de avaliação de risco e atividades relacionadas (b) se os métodos para elaborar as estimativas contábeis são
8. Na execução de procedimentos de avaliação de risco e ati- apropriados e foram aplicados de maneira uniforme e se as mudan-
vidades relacionadas para obter entendimento da entidade e de ças, se houver, nas estimativas contábeis ou no método de elabo-
seu ambiente, incluindo o controle interno da entidade, conforme ração usado no período anterior são apropriados nas circunstâncias
exigido pela NBC TA 315, itens 5, 6, 11 e 12, o auditor deve obter (ver itens A57 e A58).
entendimento dos itens abaixo para fornecer uma base para identi-
ficação e avaliação dos riscos de distorção relevante nas estimativas 13. Ao responder aos riscos identificados de distorção relevan-
contábeis (ver item A12): te, conforme exigido pela NBC TA 330, item 5, o auditor deve seguir
(a) as exigências da estrutura de relatório financeiro aplicável um ou mais dos passos abaixo, levando em consideração a natureza
para as estimativas contábeis, incluindo as respectivas divulgações da estimativa contábil (ver itens A59 a A61):
(ver itens A13 a A15); (a) determinar se os eventos ocorridos até a data do relatório
(b) como a administração identifica as transações, eventos e do auditor independente fornecem evidências de auditoria com re-
condições que podem gerar a necessidade de reconhecimento ou lação à estimativa contábil (ver itens A62 a A67);
divulgação de estimativas contábeis nas demonstrações contábeis. (b) testar como a administração fez a estimativa contábil e os
Ao obter esse entendimento, o auditor deve fazer indagações à ad- dados em que ela está baseada. Ao fazer tal teste, o auditor deve
ministração sobre mudanças em circunstâncias que podem gerar avaliar se (ver itens A68 a A70):
novas estimativas contábeis ou a necessidade de revisar as existen- (i) o método de mensuração usado é apropriado nas circuns-
tes (ver itens A16 a A21); tâncias (ver itens A71 a A76); e
(c) como a administração elabora as estimativas contábeis e (ii) as premissas usadas pela administração são razoáveis à luz
o entendimento dos dados em que elas estão baseadas, incluindo dos objetivos de mensuração da estrutura de relatório financeiro
(ver itens A22 e A23): aplicável (ver itens A77 a A83);
(i) o método e, quando aplicável, o modelo usado na elabora- (c) testar a efetividade operacional dos controles sobre os quais
ção da estimativa contábil (ver itens A24 a A26); a administração elaborou a estimativa contábil, juntamente com os
(ii) controles relevantes (ver itens A27 e A28); procedimentos substantivos apropriados (ver itens A84 a A86);
(iii) se a administração usou especialista (ver itens A29 e A30); (d) desenvolver uma estimativa pontual ou um intervalo para
(iv) as premissas subjacentes às estimativas contábeis (ver itens avaliar a estimativa pontual da administração. Para essa finalidade
A31 a A36); (ver itens A87 a A91):
(v) se houve ou deveria ter havido mudança nos métodos do (i) se o auditor usa premissas ou métodos diferentes da ad-
período anterior para elaborar as estimativas contábeis e, em caso ministração, o auditor deve obter o entendimento suficiente das
afirmativo, por quê (ver item A37); e premissas ou métodos da administração para estabelecer que a
(vi) se a administração avaliou o efeito da incerteza de estima- estimativa pontual ou o intervalo por ele utilizado leva em conside-
tiva e, em caso afirmativo, como avaliou esse efeito (ver item A38). ração variáveis relevantes para avaliar quaisquer diferenças signifi-
cativas com a estimativa pontual da administração (ver item A92);
9. O auditor deve revisar o desfecho das estimativas contábeis (ii) se o auditor conclui que é apropriado usar um intervalo, o
incluídas nas demonstrações contábeis do período anterior ou, auditor deve reduzi-lo, com base em evidências de auditoria dispo-
quando aplicável, seus recálculos posteriores para o período cor- níveis, até que todos os desfechos dentro do intervalo sejam consi-
rente. A natureza e a extensão da revisão do auditor levam em con- derados razoáveis (ver itens A93 a A95).
sideração a natureza das estimativas contábeis e, se as informações
obtidas na revisão seriam relevantes, para identificar e avaliar os 14. Ao determinar os assuntos identificados no item 12 ou res-
riscos de distorção relevante de estimativas feitas nas demonstra- ponder aos riscos identificados de distorção relevante de acordo
ções contábeis correntes. Entretanto, essa revisão não visa questio- com o item 13, o auditor deve verificar se há necessidade de habi-
nar os julgamentos feitos nos períodos anteriores que foram base- lidade ou conhecimento especializado em relação a um ou mais as-
ados em informações disponíveis na época (ver itens A39 a A44). pectos das estimativas contábeis para obter evidência de auditoria
Identificação e avaliação de riscos de distorção relevante apropriada e suficiente (ver itens A96 a A101).

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Procedimentos substantivos adicionais para responder a ris- ção. Indicadores de possível tendenciosidade da administração não
cos significativos constituem, por si só, distorções para concluir sobre a razoabilidade
de estimativas contábeis individuais (ver itens A124 e A125).
Incerteza de estimativa
15. Para estimativas contábeis que geram riscos significativos, Representações formais
além de outros procedimentos substantivos executados para satis- 22. O auditor deve obter representações formais (por escrito)
fazer os requisitos da NBC TA 330, item 18, o auditor deve avaliar o da administração e, quando apropriado, dos responsáveis pela go-
seguinte (ver item A102): vernança se a administração acredita que as premissas significativas
(a) como a administração considerou premissas ou desfechos utilizadas nas estimativas contábeis são razoáveis (ver itens A126 e
alternativos e por que os rejeitou ou como a administração tratou A127).
de outra forma a incerteza de estimativa ao elaborar a estimativa
contábil (ver itens A103 a A106); Documentação
(b) se as premissas significativas usadas pela administração são 23. O auditor deve incluir na documentação de auditoria (NBC
razoáveis (ver itens A107 a A109); TA 230 – Documentação de Auditoria, itens 8 a 11 e A6):
(c) quando relevante para a razoabilidade das premissas signi- (a) a base para a sua conclusão sobre a razoabilidade das esti-
ficativas usadas pela administração ou para a apropriada aplicação mativas contábeis e divulgações que geram riscos significativos; e
da estrutura de relatório financeiro aplicável, intenção e a capaci- (b) indicadores de possível tendenciosidade da administração,
dade da administração de realizar cursos de ação específicos (ver se houver (ver item A128).
item A110).
Em razão dessa alteração, as disposições não alteradas desta
16. Se, no julgamento do auditor, a administração não tratou norma são mantidas e a sigla da NBC TA 540, publicada no DOU,
adequadamente os efeitos da incerteza de estimativa das estima- Seção 1, de 4/12/2009, passa a ser NBC TA 540 (R1).
tivas contábeis que geram riscos significativos, o auditor deve, se A alteração desta norma entra em vigor na data de sua publi-
considerado necessário, desenvolver um intervalo para avaliar a ra- cação, aplicando-se às auditorias de demonstrações contábeis para
zoabilidade da estimativa contábil (ver itens A111 e A112). períodos que se findam em, ou após, 31 de dezembro de 2016.
Critérios de reconhecimento e mensuração
17. Para estimativas contábeis que geram riscos significativos, Brasília, 19 de agosto de 2016.
o auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e suficiente
sobre: Contador José Martonio Alves Coelho
(a) se a decisão da administração de reconhecer ou não reco- Presidente
nhecer, as estimativas contábeis nas demonstrações contábeis (ver
itens A113 e A114); e Fonte: http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?-
(b) se a base de mensuração selecionada para as estimativas Codigo=2016/NBCTA540(R1)
contábeis (ver item A115) está de acordo com as exigências da es-
trutura de relatório financeiro aplicável.
TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS. TRANSAÇÕES
Avaliação da razoabilidade da estimativa contábil e determi- E EVENTOS SUBSEQUENTES
nação de distorção
18. O auditor deve avaliar, com base nas evidências de audito-
ria, se as estimativas contábeis nas demonstrações contábeis são RECEITA DE TRANSAÇÕES SEM CONTRAPRESTAÇÃO20
razoáveis no contexto da estrutura de relatório financeiro aplicável Receita de Transações sem Contraprestação tem como referên-
ou se apresentam distorção (ver itens A116 a A119). cia a Norma NBC TSP01.
O objetivo desta Norma é estabelecer as exigências, para fins
Divulgações relacionadas com estimativa contábil de demonstrações contábeis, para a receita proveniente das transa-
19. O auditor deve obter evidência de auditoria apropriada e ções sem contraprestação, exceto para transações sem contrapres-
suficiente se as divulgações nas demonstrações contábeis relacio- tação que originem uma combinação de entidades. A Norma trata
nadas com estimativas contábeis estão de acordo com as exigên- de questões que precisam ser consideradas no reconhecimento
cias da estrutura de relatório financeiro aplicável (ver itens A120 e e na mensuração da receita das transações sem contraprestação,
A121). que incluem a identificação de contribuições de proprietários. Esta
Norma se aplica a todas as entidades do setor público exceto às
20. Para estimativas contábeis que geram riscos significativos, Empresas Estatais.
o auditor deve também avaliar a adequação da divulgação da in-
certeza de estimativa nas demonstrações contábeis no contexto da Esta Norma trata das receitas provenientes de transações sem
estrutura de relatório financeiro aplicável (ver itens A122 e A123). contraprestação. A receita originada de transações com contrapres-
tação é discutida na NBC TSP02, “Receita de Transações com Con-
Indicadores de possível tendenciosidade da administração traprestação.” Embora as receitas recebidas pelas entidades do se-
21. O auditor deve revisar os julgamentos e decisões feitas pela tor público se originem tanto das transações com contraprestação,
administração na elaboração de estimativas contábeis para identi-
ficar se há indicadores de possível tendenciosidade da administra-
20 http://cfc.org.br/wp-content/uploads/2016/02/NBC_TSP_23_audiencia.pdf
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quanto das transações sem contraprestação, a maioria das receitas Transferências são ingressos de benefícios econômicos ou po-
dos governos e de outras entidades do setor público é derivada tipi- tencial de serviços futuros provenientes de transações sem contra-
camente de transações sem contraprestação como: prestação, diferentes de tributos.

Tributos Transações Sem Contraprestação


Transferências (monetárias ou não monetárias), incluindo sub- Em algumas transações está claro que existe uma troca de valor
sídios, perdão de dívidas, multas, heranças, presentes, doações, aproximadamente igual. Estas transações são com contraprestação.
produtos e serviços em espécie, e a parcela subsidiada de emprés- Em outras transações, uma entidade receberá recursos sem
timos obtidos. nada entregar, ou entregando um valor irrisório em troca. Essas
transações são claramente sem contraprestação. Por exemplo, os
Principais Definições contribuintes pagam tributos porque a lei tributária assim deter-
Os governos podem reorganizar o setor público, fundindo al- mina. Embora o governo tributante forneça uma variedade de ser-
gumas entidades e dividindo outras em duas ou mais entidades se- viços públicos aos contribuintes, ele não o faz em retribuição ao
paradas. Uma combinação ocorre quando duas ou mais entidades pagamento dos tributos.
são reunidas para dar forma a outra entidade. Estas reestruturações Existe outro grupo de transações sem contraprestação nas
não envolvem ordinariamente a compra de uma entidade por ou- quais a entidade pode fornecer algum pagamento diretamente em
tra, mas pode resultar em uma entidade nova ou já existente que troca dos recursos recebidos, mas tal pagamento não se aproxima
adquire todos os ativos e passivos de outra. Portanto, esta Norma do valor justo dos recursos recebidos. Nestes casos a entidade de-
não especifica se uma combinação de entidades, que é uma transa- termina se há uma combinação de transações com contraprestação
ção sem contraprestação, gerará ou não receita. e sem contraprestação, sendo cada componente reconhecido sepa-
radamente.
Os seguintes termos são usados nesta Norma com os significa- Por exemplo, uma entidade recebe de uma agência multilateral
dos específicos: de desenvolvimento um financiamento de $ 6.000.000. O acordo
Condições sobre ativos transferidos são especificações que de- estipula que a entidade deve pagar de volta $ 5.000.000 dos recur-
terminam que os benefícios econômicos futuros ou o potencial de sos recebidos em um período de 10 anos, à taxa de 5% enquanto
serviço incorporados no ativo devem ser consumidos pelo recebe- a taxa de juro de mercado para um empréstimo semelhante é de
dor conforme especificado, ou os benefícios econômicos futuros ou 11%.
potencial de serviços devem ser devolvidos ao transferente. A entidade recebeu efetivamente uma subvenção de $
Controle de um ativo ocorre quando a entidade pode usar, ou 1.000.000 (6.000.000 recebidos menos $ 5.000.000 a serem pagos)
de outra forma se beneficiar do ativo em busca de seus objetivos e e aderiu a um empréstimo subsidiado que cobra juros 6% abaixo
pode excluir, ou regular o acesso de outras partes àquele benefício. da taxa de juros de mercado para empréstimo semelhante. Os $
Despesas pagas por meio do sistema tributário são os montan- 1.000.000 de subvenção recebidos, assim como os pagamentos de
tes (valores) disponíveis aos beneficiários, independente de paga- juros subsidiados nos termos do contrato são transações sem con-
rem ou não tributos. traprestação.
Penalidades (multas) são benefícios econômicos ou potencial O capital contratado e os pagamentos de juros realizados du-
de serviço recebidos ou a receber pelas entidades do setor públi- rante o período do empréstimo são transações com contrapresta-
co, conforme determinado por um tribunal ou por outra entidade ção.
com capacidade impositiva legal, como consequência da violação Existem também transações adicionais nas quais não fica cla-
da legislação ro imediatamente se são transações com contraprestação ou sem
Restrições sobre ativos transferidos são as especificações que contraprestação. Nestes casos, uma avaliação da essência da tran-
limitam ou direcionam os objetivos pelos quais um ativo transferido sação determinará se são transações com contraprestação ou sem
pode ser utilizado, mas que não especificam que benefícios econô- contraprestação.
micos ou potencial de serviços futuros são exigidos pra devolução Por exemplo, a venda de bens é normalmente classificada
ao transferente se não utilizado conforme especificado. como uma transação com contraprestação. Se, entretanto, a tran-
Especificações sobre ativos transferidos são termos legais ou sação for conduzida a um preço subsidiado, quer dizer, um preço
regulamentares, ou acordo obrigatório, impostos sobre o uso de que não se iguale aproximadamente ao valor justo dos bens ven-
um ativo transferido por entidades externas à entidade objeto das didos, tal transação recairá dentro da definição de transação sem
demonstrações contábeis. contraprestação.
Gastos tributários são as disposições preferenciais da lei tribu- Ao se determinar se a essência é de uma transação com con-
tária que fornecem benefícios fiscais a certos contribuintes e que traprestação ou sem contraprestação, realiza-se uma avaliação
não estão disponíveis a outros. profissional. Além disso, as entidades podem receber descontos co-
Fato gerador é o evento que, por determinação do governo, merciais, descontos por quantidade, ou outras reduções no preço
poder legislativo ou outra autoridade, será sujeito a cobrança de cotado dos ativos por uma série de razões. Estas reduções no pre-
impostos (ou qualquer outra forma de tributo). ço não significam necessariamente que a transação seja transação
Tributos são benefícios econômicos ou potencial de serviços sem contraprestação.
compulsoriamente pagos ou a pagar às entidades do setor público,
de acordo com leis e/ou regulamentos, estabelecidos para gerar re-
ceita para o governo. Tributos não incluem multas ou outras penali-
dades aplicadas em caso de infrações legais.

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Receita
A receita compreende ingressos brutos de benefícios econômicos ou de potencial de serviço recebido e a receber pela entidade
objeto das demonstrações contábeis, o que representa um aumento nos ativos líquidos / patrimônio líquido, com exceção dos aumentos
relativos à contribuição dos proprietários.
Os montantes arrecadados por um agente do governo ou de outra organização governamental ou por terceiros não darão margem
a um aumento nos ativos líquidos ou na receita do agente. Isto acontece porque a entidade do agente não pode controlar o uso ou se
beneficiar dos ativos arrecadados na realização de seus objetivos.
Quando uma entidade reconhece alguns custos relacionados à receita gerada a partir de transações sem contraprestação, a receita é
o ingresso bruto de benefícios econômicos futuros ou o potencial de serviços, e qualquer saída de recursos é reconhecida como um custo
da transação.
Por exemplo, ao se exigir que uma entidade pague custos de entrega e instalação em relação à transferência de um item do imobiliza-
do para outra entidade, aqueles custos são reconhecidos separadamente da receita derivada da transferência do item do imobilizado. Os
custos de entrega e instalação são incluídos no montante reconhecido como um ativo.

Reconhecimento de Ativo
Uma entidade reconhecerá um ativo oriundo de uma transação sem contraprestação quando ganha o controle de recursos que se
enquadram na definição de um ativo e satisfazem os critérios de reconhecimento. Em determinadas circunstâncias, tais como quando um
credor perdoa um passivo, uma redução no valor contábil de um passivo previamente reconhecido pode surgir. Nestes casos, ao invés de
reconhecer um ativo, a entidade reduz o montante contábil do passivo.
Em alguns casos, o ganho do controle do ativo pode também trazer consigo obrigações que a entidade reconhecerá como passivo.
As contribuições dos proprietários não geram receitas, portanto, cada tipo de transação é analisada e quaisquer contribuições dos pro-
prietários são contabilizadas em separado. Consistente com a abordagem exposta nesta Norma, as entidades analisarão as transações
sem contraprestação para determinar que elementos das demonstrações contábeis de uso geral serão reconhecidos como resultado das
transações.
O fluxograma a seguir ilustra o processo analítico que uma entidade realiza quando existe uma entrada de recursos, a fim de determi-
nar se uma receita deve ser reconhecida. Esta Norma segue a estrutura do fluxograma.
O fluxograma é ilustrativo, ele não substitui as Normas. Ele é fornecido como auxílio na interpretação. Em determinadas circunstân-
cias, como quando um credor perdoa um passivo, uma redução no valor contábil de um passivo previamente reconhecido pode surgir.
Nestes casos, ao invés de reconhecer um ativo à entidade reduz o valor contábil do passivo.
Ao determinar se a entidade satisfez todas as obrigações presentes, a aplicação da definição de “condições sobre um ativo transferido”
e os critérios para reconhecer um passivo são considerados.

IMPORTANTE: Uma entrada de recursos de uma transação sem contraprestação, à exceção dos serviços em espécie, que se enquadre
na definição de um ativo deve ser reconhecida como um ativo quando, e somente quando:
Seja provável que os benefícios econômicos futuros e o potencial de serviços associados com o ativo fluam para a entidade;

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O valor justo do ativo pode ser mensurado de maneira confiável.

Receita de com Contraprestação


Transação com contraprestação é aquela em que a entidade recebe ativos ou serviços, ou tem passivos extintos, e diretamente entre-
ga em troca um valor aproximadamente equivalente (prioritariamente sob a forma de dinheiro, bens, serviços ou uso de ativos) à outra
parte.

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As entidades do setor público podem auferir receitas de tran- RESOLVE:


sações com ou sem contraprestação. A transação com contrapres- CAPÍTULO I -
tação é aquela segundo a qual a entidade recebe ativos ou serviços, DO CONTRATO
ou tem passivos extintos, e diretamente entrega em troca um valor
aproximadamente equivalente (prioritariamente sob a forma de Art. 1.º O profissional da Contabilidade ou a organização con-
bens, serviços ou uso de ativos) à outra parte. Exemplos de transa- tábil deverá manter contrato por escrito de prestação de serviços.
ções com contraprestação são: (Art. 1º com nova redação dada pela Resolução CFC n.º
1.457/13)
A compra ou a venda de bens ou serviços Parágrafo único. O contrato escrito tem por finalidade compro-
O aluguel ou arrendamento de itens do ativo imobilizado a va- var os limites e a extensão da responsabilidade técnica, permitindo
lor de mercado a segurança das partes e o regular desempenho das obrigações as-
sumidas.
Na distinção entre transações com e sem contraprestação, a
essência deve prevalecer sobre a forma. Exemplos de transações Art. 2.º O Contrato de Prestação de Serviços deverá conter, no
sem contraprestação incluem as receitas decorrentes do exercício mínimo, os seguintes dados:
do poder soberano (por exemplo, tributos diretos e indiretos, mul-
tas e tributos alfandegários), subsídios e doações. a identificação das partes contratantes;
As receitas devem ser mensuradas pelo valor justo da contra- a relação dos serviços a serem prestados;
prestação recebida ou a receber. O valor da receita proveniente de duração do contrato;
transação é usualmente determinado por acordo com o comprador cláusula rescisória com a fixação de prazo para a assistência,
ou usuário do ativo ou serviço. O valor da receita deve ser men- após a denúncia do contrato;
surado pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber, honorários profissionais;
levando em consideração quaisquer descontos comerciais e/ou bo- prazo para seu pagamento;
nificações concedidos pela entidade. responsabilidade das partes;
foro para dirimir os conflitos;
obrigatoriedade do fornecimento da Carta de Responsabilida-
CARTA DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO de da Administração.
(letra “i” do Art. 2º incluído pela Resolução CFC n.º 1.457/13)
§ 1º Deverá ser obtida pelo profissional da Contabilidade, anu-
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS CONTÁBEIS almente, a Carta de Responsabilidade da Administração para o en-
cerramento do exercício contábil.
RESOLUÇÃO CFC Nº 987/0321 (§ 1º incluído pela Resolução CFC n.º 1.457/13)
§ 2º A assinatura das demonstrações contábeis fica vinculada à
Regulamenta a obrigatoriedade do contrato de prestação de entrega da Carta de Responsabilidade da Administração.
serviços contábeis e dá outras providências. (§ 2º incluído pela Resolução CFC n.º 1.457/13)
§ 3º O profissional deverá comunicar ao CRC de seu domicílio
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de profissional a recusa da entrega da Carta de Responsabilidade da
suas funções legais e regimentais, Administração por parte da empresa.
CONSIDERANDO que o inciso XIV do art. 24 do Regulamento (§ 3º incluído pela Resolução CFC n.º 1.457/13)
Geral dos Conselhos de Contabilidade de que trata a Resolução CFC § 4º A exigência em contrato para entrega da Carta de Respon-
n.º 960/03 declara que constitui infração deixar de apresentar pro- sabilidade da Administração será obrigatória somente nos contratos
va de contratação dos serviços profissionais, quando exigida pelo de novos clientes, ou quando da renovação dos contratos antigos.
Conselho Regional de Contabilidade; (§ 4º incluído pela Resolução CFC n.º 1.457/13)
CONSIDERANDO que os arts. 6º e 7º do Código de Ética Profis-
sional do Contabilista impõem a fixação do valor dos serviços con- Art. 3.º A oferta de serviços poderá ser feita mediante propos-
tábeis por escrito; ta, contendo todos os detalhes de especificação, bem como valor
CONSIDERANDO as disposições constantes do novo Código Ci- dos honorários, condições de pagamento, prazo de duração da
vil sobre a relação contratual, no que tange à prestação de serviços prestação de serviços e outros elementos inerentes ao contrato.
contábeis e, especificamente, o disposto nos arts. 1.177 e 1.178;
CONSIDERANDO que a relação do profissional da Contabilidade Art. 4º A proposta de prestação de serviços contábeis, quando
com os seus clientes exige uma definição clara e objetiva dos direi- aceita, poderá ser transformada, automaticamente, no contrato de
tos e deveres das partes contratantes; prestação de serviços contábeis, desde que contenha os requisitos
CONSIDERANDO que o contrato por escrito de prestação de previstos no art. 2º desta Resolução.
serviços contábeis torna-se um instrumento necessário e indispen-
sável ao exercício da fiscalização do exercício profissional contábil,
para definição dos serviços contratados e das obrigações assumi-
das,

21 http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2003/000987&arqui-
vo=Res_987.doc
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AUDITORIA

CAPÍTULO II – Art. 5ºF. Ficam instituídos, a título de sugestão, modelos de


DAS DISPOSIÇÕES FINAIS contrato de prestação de serviço, de distrato e da Carta de Respon-
sabilidade da Administração, conforme anexos I, II e III. (incluído
Art. 5.º Às relações contratuais em vigor e que estejam em de- pela Resolução CFC nº 1.493/15, aprovada em 23 de outubro de
sacordo com a presente Resolução será dado tratamento especial, 2015)
buscando-se preservar o bom relacionamento entre as partes con- Art. 6.º A inobservância do disposto na presente Resolu-
tratantes. ção constitui infração ao Art. 24, inciso XIV da Resolução CFC n.º
§ 1.º As relações contratuais deverão ser formalizadas, refle- 1370/11 (Regulamento Geral dos Conselhos de Contabilidade), e ao
tindo a realidade fática preexistente entre as partes, no prazo de 2 Art. 6º do Código de Ética Profissional do Contador, sujeitando-se o
(dois) anos, contados a partir da vigência desta Resolução. infrator às penalidades previstas no Art. 25 da referida Resolução
§ 2.º Nos casos em que o vínculo contratual entre as partes for CFC n.º 1370/11, no Art. 27, alínea “c”, do Decreto-Lei n.º 9.295/46
superior a 5 (cinco) anos, considerar-se-á suprida a formalização do e no Art. 12 do CEPC (Resolução CFC n.º 803/96).
contrato. (Art. 6º com nova redação dada pela Resolução CFC n.º
§ 3.º Para os fins do disposto nos parágrafos anteriores, o pro- 1.457/13)
fissional da Contabilidade ou a organização contábil, quando da
ação fiscalizadora, firmará Declaração com o propósito de provar Art. 7.º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publica-
o início da relação contratual, o valor dos honorários e os serviços ção, revogando-se as disposições em contrário.
contratados. (§3º com nova redação dada pela Resolução CFC n.º
1.457/13) Brasília, 11 de dezembro de 2003.
Art. 5ºA. O rompimento do vínculo contratual implica na cele- Contador Alcedino Gomes Barbosa
bração de distrato entre as partes com a especificação da cessação Presidente
das responsabilidades dos contratantes. (Art. 5ºA. incluído pela Re- Ata CFC nº 851/03
solução CFC n.º 1.457/13) Processo CFC nº 296/01 – Adendo I/03
Parágrafo Único. Na impossibilidade da celebração do distrato,
deverá o profissional da Contabilidade notificar o cliente quanto ao
fim da relação contratual com a especificação da cessação das res- CONTINGÊNCIAS
ponsabilidades dos contratantes. m(Parágrafo único. incluído pela
Resolução CFC n.º 1.457/13)
Art. 5ºB. No Distrato de Prestação de Serviços Profissionais e Em auditoria, contingências referem-se a eventos ou situações
Transferência de Responsabilidade Técnica, deve constar a respon- incertas que podem impactar as demonstrações financeiras de uma
sabilidade do cliente de recepcionar seus documentos que estejam empresa. Os auditores avaliam essas contingências para garantir
de posse do antigo responsável técnico. que a empresa forneça divulgações adequadas e transparentes em
(alterado pela Resolução CFC nº 1.493/15, aprovada em 23 de suas demonstrações financeiras. Aqui estão alguns aspectos rela-
outubro de 2015) cionados a contingências em auditoria:
Parágrafo único. O cliente poderá indicar representante legal
para recepcionar os documentos, mediante autorização por escrito, Definição de Contingências em Auditoria:
sendo, de preferência, o novo responsável técnico. (incluído pela - Contingências em auditoria incluem eventos futuros ou
Resolução CFC nº 1.493/15, aprovada em 23 de outubro de 2015) condições incertas que podem afetar adversamente a situação fi-
Art. 5ºC. O responsável técnico rescidente deverá comunicar nanceira da empresa. Isso pode incluir litígios pendentes, garantias,
ao responsável técnico contratado sobre fatos que deva tomar co- disputas tributárias, reestruturações, entre outros.
nhecimento a fim de habilitá-lo para o bom desempenho das fun-
ções a serem exercidas. (incluído pela Resolução CFC nº 1.493/15, Avaliação de Contingências:
aprovada em 23 de outubro de 2015) - Os auditores avaliam a probabilidade de ocorrência de con-
Art. 5ºD. A devolução de livros, documentos e arquivos das tingências e o impacto financeiro potencial. Isso geralmente envol-
obrigações fiscais entregues ao Fisco, inclusive os arquivos digitais ve a revisão de documentos legais, contratos, correspondências e
e os detalhes técnicos dos sistemas de informática, deverá estar es- outras evidências para entender a natureza e a extensão das con-
tabelecida em cláusula rescisória do Distrato do Contrato de Presta- tingências.
ção de Serviços. (incluído pela Resolução CFC nº 1.493/15, aprova-
da em 23 de outubro de 2015) Divulgação Adequada:
Art. 5ºE. Ao responsável técnico rescidente caberá o cumpri- - As empresas são obrigadas a divulgar contingências signi-
mento das obrigações tributárias acessórias, cujo período de com- ficativas em suas demonstrações financeiras para que os usuários
petência tenha decorrido na vigência do contrato de prestação de dessas informações possam compreender os riscos associados aos
serviços, ainda que o prazo de vencimento da exigência seja poste- eventos incertos. Os auditores revisam a adequação dessas divul-
rior ao da vigência do mencionado contrato, salvo expressa dispo- gações.
sição contratual em sentido contrário. (incluído pela Resolução CFC
nº 1.493/15, aprovada em 23 de outubro de 2015) Riscos de Litígios:
- Litígios pendentes são frequentemente uma área de contin-
gência em auditoria. Os auditores avaliam a validade das alegações
legais, o montante potencial de perda e se a empresa tomou as me-
didas adequadas para contabilizar essas contingências.
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Revisão de Contratos e Acordos: Nele, é descrito, também, a base que o auditor utilizou para
- Os auditores revisam contratos e acordos da empresa para emitir sua opinião.
identificar potenciais contingências. Isso pode incluir garantias de A NBC TA 20 estabelece que são objetivos gerais do auditor, ao
produtos, cláusulas de penalidade, obrigações contratuais, entre conduzir a auditoria de demonstrações contábeis:
outros. - Obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis
como um todo estão livres de distorções relevantes, independente-
Comunicação com Advogados: mente de se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que
- Os auditores podem se comunicar diretamente com os ad- o auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contá-
vogados da empresa para entender melhor as contingências legais beis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em confor-
e obter informações sobre as probabilidades e valores associados a midade com a estrutura de relatório financeiro aplicável;
litígios em curso. - Apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e co-
municar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as
Testes de Controles Internos: constatações do auditor.
- Os auditores também avaliam os controles internos relacio- Ou seja, a NBC TA 200 exige que o auditor obtenha segurança
nados à identificação, avaliação e divulgação de contingências. Eles razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão
revisam as políticas e procedimentos da empresa para garantir que livres de distorção relevante independentemente de se causadas
estejam alinhados com as normas contábeis e regulatórias. por fraude ou erro, e que apresente relatório sobre essas demons-
trações.
Avaliação da Continuidade Operacional:
- A capacidade da empresa de continuar operando pode ser Asseguração razoável é um nível elevado de segurança. Esse
afetada por contingências significativas. Os auditores avaliam a con- nível é conseguido quando o auditor obtém evidência apropriada
tinuidade operacional e consideram a necessidade de incluir uma e suficiente para reduzi a um nível aceitavelmente baixo o risco de
ênfase no parágrafo do relatório de auditoria, se apropriado. auditoria (isto é, o risco que o auditor expressa uma opinião inade-
quada quando as demonstrações contábeis contiverem distorções
Relatório de Auditoria: relevante).
- As descobertas relacionadas a contingências são incluídas
no relatório de auditoria final. Se houver incertezas substanciais re- As seguintes normas são relevantes no estudo dos relatórios
lacionadas à continuidade operacional, os auditores podem incluir do auditor independente, porque tratam de como a forma e o con-
uma ênfase apropriada no parágrafo do relatório. teúdo do relatório de auditoria são afetados quando o auditor ex-
pressa uma opinião modificada ou inclui um parágrafo de ênfase ou
Documentação Adequada: de outros assuntos:
- Os auditores documentam minuciosamente sua avaliação de - NBC TA 700: formação de opinião e emissão do relatório do
contingências, incluindo as evidências revisadas, os procedimentos auditor independente sobre as demonstrações contábeis;
realizados e as conclusões alcançadas. - NBC TA 705: modificações na opinião do auditor independen-
te;
Normas de Auditoria: - NBC TA 706: parágrafo de ênfase e parágrafo de outros assun-
- As normas de auditoria, como as emitidas pelo International tos no relatório do auditor independente.
Auditing and Assurance Standards Board (IAASB), fornecem diretri-
zes específicas sobre como os auditores devem abordar a avaliação A observância da principal delas, a NBC TA 700, propicia a con-
de contingências. sistência no relatório do auditor independente e credibilidade no
mercado global. Os objetivos do auditor na elaboração de seu re-
A avaliação de contingências em auditoria é crítica para asse- latório são:
gurar que as demonstrações financeiras forneçam uma visão justa e - Formar uma opinião sobre as demonstrações contábeis com
completa da posição financeira de uma empresa, considerando os base na avaliação das conclusões atingidas pela evidência de audi-
riscos e incertezas associados a eventos futuros. toria obtida;
- Expressar claramente essa opinião por meio de relatório de
auditoria por escrito que também descreve a base a referida opi-
PARECERES DE AUDITORIA nião.

A opinião do auditor deve informar se as demonstrações con-


PARECER E RELATÓRIO DE AUDITORIA22 tábeis são elaboradas, em todo os aspectos relevantes, de acordo
Segundo Ribeiro23, o Relatório de Auditoria é: “Um documento com a estrutura de relatório financeiro aplicável. Essa avaliação
por meio do qual o auditor expressa, claramente, por escrito, sua deve incluir a consideração dos aspectos qualitativos das práticas
opinião sobre as demonstrações contábeis com base na avaliação contábeis da entidade, incluindo indicadores de possível tendencio-
das conclusões atingidas pela evidência de auditoria”. sidade nos julgamentos da administração.
22 BRITO; Claudinei. FONTENELLE; Rodrigo. Auditoria Privada e Governamen- Para formar essa opinião, o auditor deve concluir se obteve
tal: Teoria de forma objetiva e mais de 400 Questões Comentadas. – Niterói, RJ: segurança razoável sobre se as demonstrações contábeis tomadas
Impetus, 2015. em conjunto não apresentam distorções relevantes, independente-
23 RIBEIRO, Izaque Vieira. Conteúdo Informacional dos Relatórios Modificados mente de se causadas por fraude ou erro.
da Auditoria Independente no Brasil. Dissertação de Mestrado, FUCAPE, 2013.
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Essa opinião deve levar em consideração: O auditor deve modificar a opinião no seu relatório de audito-
a) A conclusão do auditor sobre se foi obtida evidência de audi- ria se:
toria apropriada e suficiente; a) Concluir, com base em evidência de auditoria obtida, que as
b) A conclusão do auditor sobre se as distorções não corrigidas demonstrações contábeis tomadas em conjunto apresentam distor-
são relevantes, individualmente ou em conjunto. ções relevantes; ou
b) Não conseguir obter evidência de auditoria apropriada e
O auditor deve avaliar se as demonstrações contábeis são ela- suficiente para concluir se as demonstrações contábeis tomadas
boradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com os requi- em conjunto não apresentam distorções relevantes.
sitos da estrutura de relatório financeiro aplicável. Se as demonstrações contábeis elaboradas de acordo com os
O auditor, especificamente, deve avaliar se: requisitos de uma estrutura de apresentação adequada não atin-
- As demonstrações contábeis divulgam adequadamente as gem uma apresentação adequada, o auditor deve discutir o assun-
práticas contábeis selecionadas e aplicadas; to com a administração e, dependendo dos requisitos da estrutura
- As práticas contábeis selecionas e aplicadas são consistentes de relatório financeiro aplicável e como o assunto é resolvido deve
com a estrutura de relatório financeiro aplicável e são apropriadas; determinar se é necessário modificar a opinião no seu relatório de
- As estimativas contábeis feitas pela administração são razo- auditoria.
áveis; Emitir uma opinião modificada significa emitir uma opinião di-
- As informações apresentadas nas demonstrações contábeis ferente daquela que normalmente é apresentada em um relatório
são relevantes, confiáveis, comparáveis e compreensíveis; considerado “limpo”, ou seja, emitir uma opinião com ressalva, uma
- As demonstrações fornecem divulgação adequadas para per- opinião adversa ou uma opinião com abstenção de opinião.
mitir que os usuários entendam o efeito de transações e eventos
relevantes; Opinião com Ressalva
- A terminologia usada nas demonstrações contábeis, incluindo A opinião com ressalva é, segundo a NBC TA 705, expressa
o título de cada demonstração, é apropriada. quando:
a) O auditor, tendo obtido evidência de auditoria e suficiente,
A avaliação do auditor sobre se as demonstrações contábeis conclui que as distorções, individualmente ou em conjunto, são re-
propiciam uma apresentação adequada deve incluir considerações levantes, mas não generalizadas nas demonstrações contábeis; ou
sobre: b) O auditor não consegue obter evidência apropriada e
- A apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demons- suficiente da auditoria para suportar sua opinião, mas conclui que
trações contábeis; os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre
- Se as demonstrações contábeis, incluindo as notas explicati- as demonstrações contábeis, poderiam ser relevantes, mas não ge-
vas, representam transações e eventos subjacentes de modo a al- neralizados.
cançar uma apresentação adequada. Ou seja, é o tipo de opinião apropriada nos casos em que o
auditor obteve evidência e constata a existência de distorção re-
Tipos de Relatórios levante nas demonstrações contábeis (embora não generalizadas),
Como consequência das situações encontradas nos trabalhos ou quando há impossibilidade do auditor em obter evidência de
de auditoria, o auditor independente poderá expressar os seguintes auditoria suficiente e adequada.
tipos de opinião: Generalizando é o termo usado, no contexto de distorções,
- Opinião sem ressalva; para descrever os efeitos disseminados de distorções sobre as
- Opinião com ressalva; demonstrações contábeis ou os possíveis efeitos de distorções
- Opinião adversa; sobre as demonstrações contábeis que não são detectados, se
- Opinião com abstenção de opinião. houver, devido à impossibilidade de obter evidência de auditoria
apropriada e suficiente.
Neste ponto, cabe destacar uma diferença entre as formas de Efeitos generalizados sobre as demonstrações contábeis são
opinião do auditor independente e o governamental. Aquele emita aqueles que, no julgamento do auditor:
uma opinião sem ressalvas, com ressalvas ou irregular. Não há o a) Não estão restritos aos elementos, contas ou itens
que se falar em abstenção de opinião no certificado de auditoria específicos das demonstrações contábeis;
governamental, nem em opinião irregular no caso de auditoria in- b) Se estivem restritos, representam ou poderiam representar
dependente. uma parcela substancial das demonstrações contábeis pelos usuá-
rios.
Opinião sem Ressalva (Não Modificada)
O auditor deve expressar uma opinião não modificada quando Exemplo de opinião com ressalva, na NBC TA 705
concluir que as demonstrações contábeis são elaboradas, em to- Em nossa opinião, exceto pelos efeitos do assunto descrito no
dos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relató- parágrafo Base para opinião com ressalva, as demonstrações con-
rio financeiro aplicável, e que essas demonstrações, tomadas em tábeis referidas apresentam adequadamente, em todo os aspectos
conjunto, estão livres de distorções relevantes, não importando se relevantes, a posição patrimonial e financeira adequadamente, em
causadas por fraude ou erro. todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da
De acordo com a NBC TA 705, que trata da opinião modificada Companhia ABC em 31 de dezembro de 20X1, o desempenho de
do auditor independente, o relatório do auditor que contém opi- suas operações e seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela
nião sem ressalva (sem modificações) é considerado relatório “lim- data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
po”.
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Opinião Adversa - Se a renúncia ao trabalho de auditoria antes da emissão do


Opinião apropriada quando o auditor encontra distorções rele- seu relatório de auditoria independente não for possível, abster-se
vantes nas demonstrações contábeis, e essas distorções são consi- de expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis.
deradas generalizadas.
Segundo a NBC TA 705: Exemplo de Abstenção de opinião, na NBC TA 705
“O auditor deve expressar uma opinião adversa quando, tendo Devido à relevância do assunto descrito no parágrafo Base para
obtido evidência de auditoria apropriada e suficiente, conclui que abstenção de opinião, não nos foi possível obter evidência de au-
as distorções, individualmente ou em conjunto, são relevantes e ge- ditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião de
neralizadas para as demonstrações contábeis.” auditoria. Consequentemente, não expressamos uma opinião so-
bre as demonstrações contábeis referidas.
Exemplo de Opinião adversa, na NBC TA 705
Em nossa opinião, devido à importância do assunto discutido Opinião com Parágrafo de Ênfase24
no parágrafo Base para opinião adversa, as demonstrações contá- Parágrafo de ênfase é o parágrafo incluído no relatório do au-
beis consolidadas não apresentam adequadamente a posição patri- ditor referente a um assunto apropriadamente apresentado ou di-
monial e financeira consolidada da Companhia ABC e suas contro- vulgado nas demonstrações contábeis que, de acordo com o julga-
ladas em 31 de dezembro de 20X1, o desempenho consolidado das mento do auditor, é de tal importância que é fundamental para o
suas operações e os fluxos de caixa consolidados para o exercício entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis.
findo em 31 de dezembro de 20x1 d acordo com as normas interna- Já o parágrafo de outros assuntos é o parágrafo incluído no re-
cionais de relatório financeiro. latório do auditor que se refere a um assunto não apresentado ou
não divulgado nas demonstrações contábeis e que, de acordo com
Abstenção de Opinião o julgamento do auditor, é relevante para os usuários entenderem a
Segundo a NBC TA 705, o auditor deve abster-se de expressar auditoria, as responsabilidades do auditor ou o seu relatório.
uma opinião quando são consegue obter evidência de auditoria O objetivo do auditor, depois de ter formado opinião sobre as
apropriada e suficiente para suportar sua opinião e ele concluir que demonstrações contábeis, é chamar a atenção dos usuários, quan-
os possíveis efeitos de distorções não detectadas, se houver, sobre do necessário, de acordo com o seu julgamento, por meio de comu-
as demonstrações contábeis poderiam ser relevantes e generaliza- nicação adicional clara no relatório, para um assunto que, apesar
dos. de apropriadamente apresentado ou divulgado nas demonstrações
Outro motivo para a abstenção d opinião ocorre quando, em contábeis, tem tal importância que é fundamental para o enten-
circunstâncias extremamente raras envolve diversas incertezas, o dimento das demonstrações contábeis pelos usuários ou quando
auditor conclui que, cada uma das incertezas, não é possível ex- apropriado, qualquer outro assunto que seja relevante para os usu-
pressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis devido à ários entenderem a auditoria, as responsabilidades do auditor ou o
possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo seu relatório.
sobre essas demonstrações contábeis. Se o auditor considera necessário chamar a atenção dos usuá-
Em relação a limitações ao trabalho do auditor, a NBC TA 705 rios para um assunto apresentado ou divulgado nas demonstrações
prescreve que se depois de aceitar o trabalho, o auditor tomar co- contábeis que, segundo seu julgamento, é de tal importância que é
nhecimento de que a administração impôs uma limitação ao alcan- fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstra-
ce da auditoria que tem, segundo ele, probabilidade d resultar na ções contábeis, ele deve incluir parágrafo de ênfase no seu relató-
necessidade de expressar uma opinião com ressalva ou abster-se de rio, desde que:
expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis, o audi- a) Existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio
tor deve solicitar que a administração retire a limitação. excepcional ou ação regulatória;
No caso de a administração se recursar a retirar a imitação, o b) Evento subsequente significativo ocorrido entre a data das
auditor deve comunicar o assunto aos responsáveis pela governan- demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor;
ça, a menos que todos aqueles responsáveis pela governança este- c) Aplicação antecipada (quando permitida) de nova norma
jam envolvidos na administração da entidade, assim como deter- contábil com efeito relevante sobre as demonstrações contábeis;
minar se é possível executar procedimentos alternativos para obter d) Grande catástrofe que tenha tido, ou continue a ter, efeito
evidência d auditoria apropriada e suficiente. significativo sobre a posição patrimonial e financeira da entidade.
Se o auditor não conseguir obter evidência apropriada e sufi-
ciente de auditoria, deve determinar as implicações como segue: Entretanto, o uso generalizado de parágrafos de ênfase diminui
a) Se concluir que os possíveis efeitos de distorções não de- a eficácia da comunicação de tais assuntos pelo auditor.
tectadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam
ser relevantes, mas não generalizados, o auditor deve emitir uma
opinião com ressalva; ou EVIDÊNCIAS
b) Se concluir que os possíveis efeitos de distorções não detec-
tadas, se houver, sobre as demonstrações contábeis poderiam ser
relevantes e generalizados de modo que uma ressalva na opinião Evidências de auditoria
seria não adequada para comunicar gravidade da situação, o audi- Evidência refere-se à informação, ou ao conjunto de informa-
tor deve: ções, utilizada para fundamentar os resultados de um trabalho de
- Renunciar ao trabalho de auditoria, quando possível, de acor- auditoria. A obtenção e análise da evidência é um processo contí-
do com as leis ou regulamentos aplicáveis; ou
24 http://www1.cfc.org.br/sisweb/SRE/docs/NBCTA706.pdf
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AUDITORIA

nuo incluindo a reunião, análise, interpretação e documentação de Evidência interna – representa a evidência originada na orga-
dados factuais com o objetivo de fundamentar os posicionamentos nização auditada. Em uma auditoria, este é o mais prevalente e
de uma equipe de auditoria. econômico tipo de evidência a obter. Tende também a ser a menos
confiável (com a evidência oral sendo menos confiável que a docu-
1. Classificação mental) das fontes de evidências.
A confiabilidade depende largamente da determinação do au-
- Quanto à forma: ditor da competência e integridade do auditado que fornece as in-
Evidências físicas – são as comprovações obtidas através da formações.
inspeção “in loco” realizada pelo auditor e expressam a existência Evidências justapostas – esta é a evidência derivada da consis-
tangível, representada por anotações do auditor, cópias de docu- tência mútua entre diferentes partes de uma informação perten-
mentos ou mesmo fotografias. Comumente as evidências físicas cente a uma declaração de controle. A confiabilidade das evidên-
comprovam, ou não, a consecução das Atitudes Gestionais. cias desta fonte depende do grau de consistência encontrado entre
Evidências testemunhais – consiste nas provas obtidas pelo au- partes separadas da informação, da persuasão, da consistência e da
ditor através das respostas e declarações, tanto de natureza oral, habilidade do auditor em avaliar a relação entre partes distintas da
quanto escrita. Na Auditoria Operacional pública as provas teste- evidência.
munhais escritas têm maior utilidade. 2. Requisitos da evidência
Evidências documentais – trata-se das comprovações extraídas Uma evidência para ser considerada válida, do ponto de vista
dos registros documentais internos ou externos às unidades audi- do trabalho de auditoria, deve preencher, necessariamente, os se-
tadas. Comumente as evidências documentais comprovam, ou não, guintes requisitos básicos:
a existência de Atos Administrativos - identificando o tipo de con- Suficiência - Trata-se de informações que expressam dados fac-
duta: se ativa ou omissiva. Esta forma de evidência é prova deriva- tuais completos, adequados e convincentes, conduzindo os usuá-
da de registros escritos diversos como manuais de procedimentos, rios às mesmas conclusões - auditor ou cliente. Para ser suficiente
registros contábeis, contratos e documentos de todos os tipos. Os a evidência deve ser convincente para justificar os conteúdos dos
registros são examinados para verificar a ocorrência de transações relatórios de auditoria. Suficiência é encontrada quando, ambos,
ou eventos por meio de fontes documentais. Os registros podem, auditor e receptor do relatório estão satisfatoriamente convencidos
também, fornecer uma descrição do modelo pretendido pelo sis- de que os impactos e conclusões da auditoria são apropriados. Isso
tema sob exame. Finalmente, os resultados registrados podem ser normalmente requer que a quantidade de evidência coletada seja
analisados como modo de determinar a eficácia dos controles das suficiente para também convencer o auditado, mas em última aná-
operações sob exame. lise o auditor deve estar mais preocupado em persuadir o usuário
Evidências analíticas – consiste nas provas obtidas através dos do relatório – aquele que tem o controle sobre as implementações
trabalhos de confrontações, comparações, conferências e cálculos das recomendações da auditoria.
realizados pelo auditor. Ex.: conciliações. Pertinência - Uma evidência é pertinente quando diz respeito
Evidências de reexames – a conformidade das constatações ao objetivo da auditoria realizada e tem uma relação lógica com as
de reexames com as constatações originais é tipicamente utilizada constatações e conclusões do auditor.
para verificar a exatidão das medidas e avaliações. Conferência de Fidedignidade - A fidedignidade da evidência está diretamen-
preços, extensões ou outros dados são exemplos de procedimen- te relacionada ao seu grau de confiabilidade, integridade e proce-
tos usados nesse tipo de prova. O reexame das adições de listas dência - significa tratar-se da melhor informação que se pode obter
também ajuda conferir a existência de itens incompletos, já que usando as técnicas apropriadas de auditoria. Diz-se que uma evi-
imprevistos podem indicar inclusões acidentais, duplas contagens dência é fidedigna quando objetiva e livre de parcialidade.
ou omissões. O reexame pode demonstrar se o exame original de
um controle foi eficaz. Um exemplo seria a repetição do cálculo de Relevância - Diz respeito diretamente ao objeto dos exames e
uma folha de pagamento que um funcionário tenha executado para significa que a informação usada para fundamentar as descober-
verificação. tas e recomendações de auditoria atinge os objetivos estabelecidos
para o trabalho. Relevância dos itens objeto dos exames significa
- Quanto à fonte: o grau de relação entre as evidências e os objetivos do auditor. A
Conhecimento profissional – conhecimentos pessoais diretos evidência deve ser relevante para o objetivo específico da auditoria
são normalmente derivados do exame físico do auditor e da ob- que ela serve e cada objetivo específico deve ser coberto.
servação das atividades. Este tipo de evidência tende a ser a mais
confiável, desde que o auditor possa minimizar o risco de erros de Utilidade - significa que a informação obtida auxilia tanto o au-
observação. ditor a alcançar suas conclusões como ajuda a Unidade a atingir
Evidência externa – representa a evidência obtida de terceiros suas metas e objetivos. A Utilidade ou Validade refere-se à força ou
que são organizacionalmente independentes do auditado. Há, evi- credibilidade da evidência em dar suporte às conclusões concer-
dentemente, graus de independência organizacional, desde aque- nentes à natureza da entidade sob exame.
les terceiros que estão no mesmo setor do auditado como aqueles
que não estão. A confiabilidade deste tipo de evidência depende da Achados de Auditoria
avaliação do auditor quanto a sua integridade, competência e obje-
tividade. Onde estes fatores não são problema, a evidência externa
é tida como sendo mais persuasiva que a evidência criada dentro da
organização auditada.

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a solução para o seu concurso!
AUDITORIA

Os achados de auditoria constituem o resultado da comparação entre o critério e a condição. Podem, portanto, indicar conformidade
ou desconformidade em relação ao critério. Constituem a parte central do relatório, pois representam a base não apenas para a conclusão
a ser alcançada, mas também para as recomendações elaboradas pela equipe.
Os achados devem responder às questões de auditoria elaboradas na fase de planejamento e ser apresentados, no relatório, prefe-
rencialmente por ordem de relevância.
De modo geral, para cada questão de auditoria deve haver um achado correspondente. Podem, no entanto, ocorrer situações em que
essa relação se torne um pouco mais complexa, a exemplo das seguintes:

a) necessidade de elaborar mais de um achado para responder a uma mesma questão de auditoria.
Nesse caso, o responsável pelos registros deverá elaborar um parágrafo inicial que responda à questão de auditoria de uma maneira
mais ampla. Esse parágrafo, que deve anteceder os achados, deverá explicitar de que forma os achados contribuem para o alcance dessa respos-
ta. A identificação deverá ser feita por meio de um subtítulo no texto relacionado com a respectiva questão de auditoria.

b) identificação pela equipe, na fase de exames, de situações de desconformidade que não estavam previstas no planejamento, ou
seja, situações que constituiriam “achados”, porém, não constituiriam resposta a quaisquer questões previstas.
Nessas situações, achados pouco relevantes podem ser arquivados como papéis de trabalho ou comunicados à Unidade Auditada por
meio de Nota de Auditoria.
Situações relevantes deverão ser informadas ao supervisor que, por sua vez, deverá avaliar a situação verificada (de acordo com o
risco ou a gravidade, a urgência e a tendência) e adotar uma(s) das seguintes possibilidades:
a) inclusão do tema proposto no planejamento do trabalho que está sendo desenvolvido;
b) elaboração de um documento que deverá ser encaminhado à Unidade

Auditada em anexo ao relatório;


c) geração de uma nova ação de controle.
Se a situação identificada requerer medida urgente a ser adotada pela unidade, o supervisor poderá comunicá-la também por meio
de Nota de Auditoria.

c) impossibilidade de responder a alguma questão de auditoria


Essa situação pode ocorrer devido a dois fatores: o primeiro, por limitações/restrições ao trabalho; o segundo, por falhas no planeja-
mento.
No primeiro caso, a situação deverá ser registrada em parágrafo específico da introdução. No segundo caso, o qual tende a ser evitado
se forem bem executadas as etapas de planejamento, a questão de auditoria não respondida não deverá ser mencionada no relatório.

COMPONENTES DO ACHADO
Além de serem relevantes, os achados também devem estar devidamente fundamentados em evidências e mostrar-se convincentes.
Para isso é necessário que guardem coerência e consistência em cada um dos seus componentes, quais sejam: descrição sumária, parágra-
fo introdutório, critério, condição, causa, consequência/efeito e conclusão.

Descrição sumária
É a síntese do achado e, como tal, deve resumi-lo adequadamente, sem dar margem a interpretações não suportadas pelas evidências
dos achados a que se referem. Tem o papel de facilitar a visão geral sobre o seu conteúdo.
Sugere-se que seja elaborada após a redação do achado, já que, para sua construção, é necessária a clareza sobre a totalidade do
registro.
Quando o achado envolver números, quantidades ou valores relevantes e tecnicamente fundamentados (evidenciados em papéis de
trabalho), é importante que essas informações constem na descrição sumária.

Parágrafo(s) introdutório(s)
É o segundo componente do achado de auditoria e tem a função de contextualizá-lo. Nesse parágrafo, deve-se apresentar o trabalho
realizado, objetiva e sinteticamente, com o fim de responder às seguintes perguntas: o quê, quem, quando, quanto (valor do objeto audi-
tado ou da condição, quando couber), onde, como e por quê.

Critério (o que deveria ser)


“É o padrão utilizado para avaliar se o objeto auditado atende, excede ou está aquém do desempenho esperado.” Deve ser definido na
fase de planejamento, com base nos objetivos do trabalho, e servir como fundamento para que a equipe de auditoria realize suas análises.
A apresentação do critério é essencial para garantir a consistência da argumentação no relatório.

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AUDITORIA

Há basicamente três tipos de critérios:

Quadro 3 – Tipos de critérios

Em relação aos critérios, é importante que a equipe de auditoria esteja atenta para não os utilizar sem uma avaliação crítica, pois é
possível que alguma norma, política ou procedimento não tenha acompanhado a evolução dos respectivos processos de trabalho, estando
defasados, necessitando, portanto, de atualização. Nesses casos, outros critérios serão necessários para subsidiar a análise em questão,
como boas práticas nacionais e até, eventualmente, internacionais, relacionadas ao objeto auditado.

Condição (o que é)
É a “situação existente identificada e documentada durante a fase de execução da auditoria.” Deve ser sempre suficientemente evi-
denciada.
Considerando que os relatórios de auditoria devem ser concisos, há que se ter um cuidado especial para que a condição não seja ex-
cessivamente detalhada, o que equivale a dizer, não seja descrita em nível analítico, conforme demonstra o quadro seguinte.

Quadro 4 – Exemplos de registros de superfaturamento* por nível de detalhe

Causa
A causa é a razão para a diferença existente entre a situação esperada (o critério) e a encontrada (a condição). É importante que as
equipes de auditoria identifiquem a(s) causa(s) de cada achado negativo relatado, pois ela(s) funciona(m) como subsídio para a elaboração
de recomendações que de fato agreguem valor à gestão, contribuindo para que as desconformidades encontradas não voltem a ocorrer.
Ao tratar da causa no relatório, a equipe de auditoria deve responder à seguinte questão: por que essa diferença (entre critério e
condição) existe? O que permitiu que ela ocorresse? Em sistemas complexos, entretanto, raramente os problemas decorrem de uma única
causa. Elas podem ser várias e de diferentes níveis, quais sejam:
a) causas próximas: aquelas que levam à condição;
b) causas intermediárias: levam às causas próximas; são passíveis de providências para evitar que a condição ocorra novamente; po-
dem ser ramificadas ou não;
c) causas raízes: causa primária ou causas que deram origem a uma dificuldade, um erro ou um caso de não conformidade”.

Para fins de ilustração, tomemos como exemplo um trabalho de auditoria, com os seguintes critério e condição.
Critério (situação esperada): Abastecimento regular dos insumos utilizados no atendimento à população nas unidades públicas de
saúde.
Condição (situação encontrada): Não há material hospitalar e medicamentos suficientes para atendimento à demanda no Hospital X.

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AUDITORIA

Quadro 5 – Exemplos de níveis de causa

A causa é composta pelos seguintes elementos:


CAUSA = fontes de risco + vulnerabilidades

Para que as causas possam ser devidamente identificadas, esse processo deve se iniciar já na fase de planejamento do trabalho. Essa
identificação deve ser feita mediante:
a) identificação dos riscos que possam comprometer o alcance dos objetivos relativos ao objeto auditado ou levantamento de hipó-
teses de achados;
b) combinações de fontes e vulnerabilidades . O quadro 6, a seguir, poderá auxiliá-lo nessa tarefa;
c) definição de testes que possibilitem a identificação das causas, preferencialmente as causas raízes.

No quadro a seguir, estão relacionadas diferentes fontes de risco e as respectivas vulnerabilidades. Apesar de não ser uma lista exaus-
tiva, ela é útil para elaborar as hipóteses e direcionar os testes para identificar as causas nos respectivos trabalhos de auditoria.

Quadro 6 – Possíveis causas dos riscos

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AUDITORIA

Fonte: BRASIL. Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União. Secretaria Federal de Controle Interno. Manual de orien-
tações técnicas da atividade de auditoria interna governamental do Poder Executivo Federal. Brasília: CGU, 2017, p. 69-70.

As fontes e as vulnerabilidades relacionadas no quadro anterior devem ser combinadas e podem ser utilizadas tanto para a análise
de eventos potenciais (riscos) como de eventos que já se materializaram (achados). Em ambos os casos, devem ser confirmadas por meio
de testes.
No processo de identificação das causas, há alguns tipos de erros que são relativamente comuns. Um deles é apontar como causa
“fragilidades dos controles internos”. Tendo em vista que os controles nascem da necessidade de controlar os riscos e são, portanto,
posteriores a eles, as falhas nos controles não podem constituir causas e sim achados e, como tal, devem ser detalhadas, informando-se
claramente que controles falharam, como falharam e, principalmente, por que falharam.
Outro equívoco relativamente comum é confundir a causa com informações a ela relacionadas, conforme veremos no quadro a seguir.

Quadro 7 – Equívocos a evitar na identificação das causas

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AUDITORIA

Com a finalidade de auxiliar os auditores no processo de identificação e análise de causas que, a depender do caso, pode ser bastante
complexo, consta desta Orientação Prática o apêndice A, o qual apresenta algumas das principais técnicas de identificação de causas uti-
lizadas nos trabalhos de auditoria.

Efeito (ou consequência)


É o componente do achado de auditoria que corresponde a acontecimentos que decorrem ou que podem decorrer da diferença exis-
tente entre a situação esperada (o critério) e a encontrada (a condição). Quando é positivo, corresponde a benefícios alcançados. Quando
é negativo, corresponde ao risco a que o objeto auditado está exposto ou aos danos que sofreu por não estar conforme o critério.
O efeito pode ser:
a) existente ou real, quando ele já está materializado;
b) potencial, quando é um risco a que o objeto auditado está exposto, e o efeito real ainda não foi constatado.

Os efeitos do achado devem ser identificados porque:


a) facilitam a ligação entre o trabalho de auditoria e os objetivos da organização;
b) contribuem para que o auditor mantenha o foco no risco;
c) ajudam a persuadir os leitores do relatório, inclusive a alta administração;
d) podem auxiliar leitores menos técnicos a entender as implicações dos achados de auditoria;
e) contribuem para a classificação do achado.

Muitas vezes, um mesmo achado pode acarretar uma série de efeitos. Para identificá-los, a equipe de auditoria deve perguntar repe-
tidamente pelos efeitos decorrentes da condição (com auxílio da pergunta “e daí?”). Dessa forma, poderá identificar diferentes níveis de
efeito (ou níveis de consequência), quais sejam:
a) efeitos diretos (que afetam o objeto auditado uma única vez);
b) efeitos cumulativos sobre o objeto auditado;
c) efeitos cumulativos sobre a organização;
d) efeito sistêmico (nível mais alto).

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Conclusão (do achado)


Trata-se do fechamento do texto do achado. Deve indicar de forma sintética a resposta à questão de auditoria, ou seja, o aspecto
principal que se pretende destacar por meio do achado. Deve configurar-se como o resultado da junção dos parágrafos anteriores. Serve
como base para a elaboração da descrição sumária.

CLASSIFICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DOS ACHADOS


Os achados podem indicar conformidade ou desconformidade com o critério. Nos casos em que houver conformidade com o critério,
podem ser verificadas também pela equipe oportunidades para melhoria e /ou boas práticas.
Os achados que registram desconformidade com o critério devem ser classificados de acordo com o impacto (já ocorrido ou que possa
vir a ocorrer) para os objetivos da Unidade Auditada, o qual pode variar entre baixo, médio, alto e muito alto.

Quadro 8 – Escala de Impactos

Essa classificação constitui a base para a ordenação dos achados, que devem ser apresentados no relatório de acordo com o grau de
impacto (dos maiores para os menores), respeitando-se, entretanto, a(s) atividade(s), tópico(s) ou área(s) por meio das quais estiverem
sendo organizados.

Achados em auditoria (constatações)


Achados em auditoria são fatos que resultam da aplicação dos programas elaborados para as diversas áreas em análise, referindo-se
às deficiências encontradas durante o exame e suportadas por informações disponíveis no órgão auditado. Os requisitos básicos dos acha-
dos são os seguintes:
• Mostrar a relevância do fato;
• Ser respaldado nos papeis de trabalho;
• Ser objetivo;
• Amparar as conclusões e recomendações;
• Ser convincente a uma pessoa estranha ao processo.

O volume de trabalho necessário para desenvolver e respaldar o achado depende das circunstâncias e do juízo do auditor, sendo
importante que seu conteúdo esteja justificado pelo trabalho realizado, de modo que sua apresentação não conduza a conclusões equi-
vocadas.

A. Desenvolvimento dos achados


O processo de desenvolvimento dos achados requer o acúmulo de informações apropriadas e necessárias para esclarecê-lo, estando
em conformidade com as normas, disposições legais e requisitos básicos da auditoria, estabelecidos pelo organismo de controle interno.
O trabalho efetuado, a informação obtida e as conclusões alcançadas devem estar amplamente respaldadas e documentadas nos
papeis de trabalho. O desenvolvimento total do achado culmina com o conhecimento que é dado à autoridade máxima da entidade sob
exame, acerca das deficiências encontradas.
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AUDITORIA

Tanto os auditores quanto o pessoal de apoio devem estar ca- A identificação e compreensão das causas de uma deficiência
pacitados nas técnicas de auditoria para desenvolver os achados, a são importantes para o desenvolvimento dos achados, bem como
fim de poder emitir juízos que permitam chegar a conclusões justas. a revisão apropriada, de forma imparcial e eficaz, o que resulta em
No desenvolvimento dos achados deverão ser considerados os se- sugestões de ações corretivas.
guintes fatores:
• Consideração dos fatos: as circunstâncias encontradas de- D. Identificação do tipo de deficiência
vem ser as referentes ao momento em que o fato ocorreu e não as A identificação do tipo de deficiência, isto é, se é isolada ou
existentes no instante do exame. Os juízos e conclusões devem ser difundida, é necessária para concluir sobre sua importância e reco-
evitados durante o desenvolvimento do processo e ser feitos após o mendar ações corretivas.
encerramento dos trabalhos; Se o auditor está convencido de que a condição está difundida
• Relevância das informações: o auditor deve considerar, no e/ou é provável que volte a ocorrer, deve recomendar à entidade
desenvolvimento dos trabalhos, somente os assuntos que tenham que tome as medidas necessárias para impedir erros similares no
importância na análise que está sendo efetuada, deixando de lado futuro e, se possível, remediar os anteriores.
os que nenhuma contribuição trazem à avaliação;
• Análise crítica: o profissional deve submeter o achado a uma E. Determinação dos efeitos das deficiências
análise crítica para encontrar eventuais falhas, relacionando as pos- Quando for possível, o auditor deve determinar os efeitos fi-
síveis causas com seus efeitos; nanceiros ou os prejuízos causados por uma deficiência identifi-
• Trabalho suficiente e completo: o trabalho deve ser desen- cada. Tais determinações demonstram a necessidade de medidas
volvido de forma a apresentar uma base sólida às conclusões e re- corretivas e facilitam a apresentação de um relatório convincente.
comendações, a fim de não pairarem dúvidas sobre os fatos encon- Às vezes, não é possível quantificar uma deficiência; no entan-
trados; to, a incapacidade de medir ou estimar um prejuízo não é razão
• Trabalho multidisciplinar: as equipes de auditoria, em função para se deixar de informar acerca dos achados importantes. Uma
dos trabalhos desenvolvidos pelos organismos de controle interno, das funções do auditor é estabelecer as condições que poderiam
que cada vez mais abrangem diversas áreas do conhecimento, ne- ocasionar os prejuízos. Quando a importância de uma deficiência
cessitam ser formadas por profissionais de diferentes áreas, como, é apresentada sob a forma de prejuízo potencial, o relatório deve
por exemplo, engenheiros, advogados, contadores, agrônomos etc.; estabelecer claramente esse fator.
• Autoridade legal: o auditor deve ater-se a observar o estrito É responsabilidade do auditor expor as condições encontradas
cumprimento das disposições legais a que o órgão auditado está aos funcionários da entidade auditada, recomendando a necessi-
sujeito, procurando informá-lo nos casos em que houver seu des- dade de tomar medidas corretivas. A administração deve assumir
cumprimento por parte da autoridade legal; a responsabilidade pela implementação de ações saneadoras ou
• Divergência de opinião: o auditor deve evitar críticas às deci- preventivas apropriadas, a fim de evitar o risco de possíveis perdas.
sões dos funcionários da entidade auditada, por não concordar com O objetivo fundamental da auditoria é de que sejam aceitas e
a natureza das decisões tomadas mas que, na época, estavam ade- implantadas as ações recomendadas, e, posteriormente, caberá a
quadamente fundamentadas na conjuntura existente no momento ela verificar o desenvolvimento dessas ações e, se necessário, efe-
e que naquele instante eram razoáveis. Nesses casos, as conclusões tuar mais revisões.
e recomendações devem ser baseadas nos resultados ou efeitos da
decisão tomada. F. Identificação das linhas de autoridade e responsabilidade
Para atingir um controle interno administrativo e financeiro efi-
B. Identificação da condição deficiente caz sobre as operações, é necessário contar com a definição clara
Esta etapa abrange os exames e verificações, necessários para de responsabilidades e com a devida autoridade para a execução,
reunir e definir claramente todos os fatos pertinentes, incluindo o identificando as pessoas diretamente envolvidas nas operações,
confronto das operações realizadas com as normas, regulamentos para saber com quem deve ser discutido o problema e a quem de-
e disposições legais vigentes, consistindo, portanto, num exame do vem ser dirigidas as comunicações pertinentes.
critério ou norma estabelecida ou de sua ausência.
Também inclui a determinação do grau de desempenho da en- G. Identificação e soluções dos assuntos legais
tidade, quando não existem normas prescritas, como, por exemplo, A auditoria deve ser efetuada com o prévio conhecimento dos
realizar viagens desnecessárias, comprar materiais desnecessários, dispositivos legais que envolvem a entidade. Portanto, quando for
estabelecer tarefas inúteis aos empregados. Nesses casos, é efetu- necessário, ajuízo do auditor, deve-se obter o auxílio de uma asses-
ado um levantamento dos desperdícios que poderiam ser evitados, soria jurídica no trabalho de desenvolvimento dos achados, para
bem como estabelecida a forma eficaz de operar os procedimentos ajudar a considerar os aspectos legais.
de forma mais econômica. Existem três aspectos legais básicos sobre as deficiências que
devem ser considerados durante o desenvolvimento dos achados
C. Verificação das causas das deficiências de auditoria, quais sejam:
A investigação da deficiência constatada deve considerar a inda- • legalidade da ação ou prática deficiente na relação com as leis
gação a respeito de sua existência e, no caso de haver procedimen- aplicáveis, incluindo os regulamentos que tenham força de lei e as
tos internos para evitar o resultado adverso, da razão de continuar decisões decorrentes de sua interpretação;
ocorrendo, ou, ainda, questionar a eficácia ou a implementação dos • conformidade da ação ou prática deficiente com a intenção
procedimentos. As causas podem ser várias, mas a falha no sistema da lei pertinente, ainda que pareça que se cumpre literalmente a
de controle interno constitui-se na mais importante, pois possibilita lei;
sua ocorrência; a não ser que seja sanada, se repetirá no futuro.
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AUDITORIA

• possíveis soluções legais sob leis existentes, por meio das de medida, porque seu objetivo é descrever os benefícios da orga-
quais se podem recuperar custos ou prejuízos desnecessários ou nização no atingimento das metas expressas como critérios. A con-
tomar medidas legais. dição pode ter três formas:
• Se os critérios estão sendo atingidos satisfatoriamente;
O exame e a avaliação da legalidade das práticas adotadas são • Se os critérios não estão sendo atingidos; e,
importantes, mas é só uma fase da auditoria. Por exemplo, uma • Se os critérios estão sendo atingidos parcialmente.
ação observada na entidade pode ser inteiramente legal, porém,
inconveniente ou ter efeitos adversos. II. Critério (o que deve ser): é a norma adotada, pela qual o
É necessário informar sobre os achados importantes que im- auditor mede a condição deficiente. São as metas que a entidade
pliquem desperdícios de recursos, esbanjamentos etc. Uma prática está tentando atingir ou as normas relacionadas com o atingimento
pode ser legal, mas não efetiva, eficiente ou econômica, porém em das metas. São unidades de medida que permitem a avaliação da
que pese a sua legalidade, o auditor tem o dever de comunicá-la. condição atual. Os critérios para isso podem ser:
• Disposições por escrito: leis; regulamentos; instruções em
H. Comentários de pessoas adversamente afetadas forma de manual; diretrizes; objetivos; políticas; normas etc.;
O auditor oferece às entidades e aos servidores citados, de for- • Bom-senso;
ma adversa em seus relatórios, a oportunidade de fazerem comen- • Experiência do auditor;
tários sobre os achados identificados, a fim de possibilitar, com as • Instruções verbais;
informações ou explicações adicionais, o esclarecimento sobre os • Experiências administrativas;
fatos ocorridos, que, julgados procedentes, diante da análise efe- • Práticas geralmente aceitas.
tuada, não farão parte do conteúdo do relatório. Nenhum relatório
de auditoria deve ser emitido de forma definitiva sem dar a opor- III. Causa (por que ocorreu): é a razão pela qual a condição
tunidade de o ente auditado manifestar sua opinião, apresentando ocorreu, ou seja, o motivo pelo qual não se cumpriu o critério ou
novas provas documentais. norma. A simples afirmação, no relatório, de que o problema existe
Esse enfoque serve para prevenir os auditores contra a possi- porque alguém não cumpriu as normas é insuficiente para conven-
bilidade de que o auditado possa esconder alguma documentação cer o leitor. As causas podem ser:
pertinente, para apresentá-la depois da entrega do relatório, com o • Falta de capacitação;
intuito de contradizer seu conteúdo. • Negligência ou descuido;
I. Mudanças no alcance e direção dos trabalhos desenvolvidos • Falta de recursos humanos, materiais ou financeiros.
As informações adquiridas durante o desenvolvimento dos tra-
balhos podem fornecer um indicativo relacionado com a necessi- IV. Efeito (diferença entre o que é e o que deve ser): é o resul-
dade de avaliar uma mudança na estratégia de implementação do tado adverso da condição encontrada, representado, normalmente,
trabalho inicialmente planejado, que pode concluir pela redução na por perda de dinheiro ou falta de efetividade no atingimento das
extensão do alcance do exame. metas. Sempre que possível, o efeito deve estar quantificado. O
Para reconhecer a necessidade de mudanças, é preciso ter uma efeito pode estar relacionado a:
supervisão contínua acompanhando o desenvolvimento dos acha- • Uso ineficiente de recursos humanos, materiais e financeiros;
dos, com a revisão e a análise das informações obtidas, a fim de que • Gastos indevidos;
os dados extraídos possibilitem a reunião de elementos necessários • Controles inadequados.
ao processo de tomada de decisão, notadamente, quanto à forma
com que se deve proceder. K. Comunicação dos achados
O trabalho de desenvolvimento dos achados deve continuar Quando o auditor está razoavelmente seguro de que tem um
sempre que sua importância e ganhos potenciais justifiquem a utili- ponto que mereça ser discutido, os achados que implicam defici-
zação dos recursos humanos da auditoria, porém, se o que está sen- ências aparentes devem ser comentados com os funcionários da
do tratado não é tão importante como se acreditava no princípio e entidade.
não se possa esperar muito dos resultados, será o momento de rea- Uma entrevista preliminar é benéfica, porque as discussões são
valiar a estratégia adotada para verificar se a relação custobenefício parte integrante do processo de desenvolvimento para a obtenção
compensa em seu prosseguimento. de toda a informação importante sobre o achado, podendo ser uti-
Se numa revisão limitada concluir-se pela necessidade de melhoria lizadas reuniões informais, ou, nos casos mais importantes, o envio
administrativa, os funcionários da entidade auditada devem ser informa- de documentos resumindo o achado, ou, ainda, reuniões formais
dos, de imediato, acerca dos achados, conclusões e recomendações. para comunicar os achados significativos à entidade e solicitar seu
ponto de vista. Entretanto, esses esforços devem ser precedidos por
J. Atributos dos achados de auditoria entrevistas com os funcionários da entidade nos níveis mais baixos
A forma de apresentação dos achados no relatório de auditoria correspondentes, preferencialmente sobre assuntos individuais.
é feita da seguinte maneira: Não se deve esperar o acúmulo de uma grande quantidade
de achados para comunicá-Ios todos juntos em uma reunião, ou
I. Condição (o que é): é a situação existente, determinada e através de carta ou relatório solicitando suas opiniões. Assim mes-
documentada durante a fase de execução da auditoria. A condição mo, uma reunião final, formal, com os funcionários graduados, não
reflete o grau em que os critérios estão sendo atingidos. É impor- deve ser a primeira ocasião que tenha para inteirar-se dos resulta-
tante que a condição se refira diretamente ao critério ou unidade dos da auditoria. Recomenda-se a utilização de quadros e outras
representações visuais em reuniões formais.

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AUDITORIA

Outra vantagem das reuniões prévias consiste no seguinte: se a) os componentes dos achados são organizados na matriz em
a entidade conhece o problema, o esforço contínuo de auditoria ordem lógica e de forma sintética, propiciando uma visão geral dos
pode ser orientado às ações que tenham sido tomadas; em caso resultados do trabalho, além da identificação de eventuais lacunas
contrário, pode então iniciar as medidas que tenham que ser to- ou inconsistências nas informações ali registradas;
madas. b) por apresentar uma síntese dos conteúdos, a matriz facili-
As discussões durante a auditoria, antes de preparar o esboço ta as discussões internas da equipe, a supervisão do trabalho e a
do relatório, devem dar como resultado um esboço mais completo revisão do relatório (realizada inicialmente com base na matriz de
e menos susceptível a ser refutado nos comentários formais da en- achados);
tidade ou em processos posteriores. c) a visão geral que essa matriz propicia realça os achados mais
O hábito de discutir amplamente os achados com o pessoal da relevantes, o que facilita a sua ordenação no relatório (dos mais
entidade durante o curso do trabalho resulta numa revelação dos relevantes para os menos relevantes);
pontos de vista e opiniões preliminares do auditor sobre assuntos, d) tendo em vista possibilitar que as contribuições da equipe
tais como as causas das deficiências encontradas e a natureza das e do supervisor se deem antes de o auditor desenvolver os textos
medidas corretivas empregadas. propriamente ditos, etapa mais trabalhosa e demorada por natu-
Deve-se observar que tais pontos de vista e opiniões sejam reza, a matriz, ao mesmo tempo, estimula a colaboração entre os
válidos e estejam de conformidade com as políticas do organismo integrantes da equipe e evita a reescrita dos achados;
superior de controle e/ou unidade de auditoria interna. e) contribui fortemente para a concisão e a objetividade dos re-
latórios, haja vista desestimular a inserção de detalhes ou de outras
Matriz de Achados informações estranhos aos componentes dos achados;
A Matriz de Achados consiste em documento auxiliar para a es- f) permite o cruzamento dos achados com as evidências;
truturação dos achados, o exercício da supervisão e o planejamento g) evita a elaboração de vários achados com conteúdo idêntico
da redação do relatório. É composta pelos seguintes conteúdos: ou muito semelhante;
Questões e subquestões de auditoria; descrição sumária; crité- h) facilita o desenvolvimento adequado do texto, tendo em
rio (o padrão, o que deveria ser); condição (o que é); causas; efeitos; vista ser construída com base em tópicos frasais , os quais poste-
recomendações. Além desses conteúdos, detalhados no “Capítulo riormente devem ser complementados, dando origem a parágrafos
3 - Componentes do relatório de auditoria”, devem constar também completos. Essa prática permite que os auditores organizem seu
da matriz: texto com maior coerência, coesão e clareza.
Evidências: são as informações coletadas, analisadas e avalia-
das pelo auditor para apoiar os achados e as conclusões do trabalho Relatório preliminar
de auditoria. Após o preenchimento da matriz de achados (que pode ser to-
Informação extraída das evidências: breve descrição do fato tal ou parcial, a depender da dinâmica do trabalho), os auditores
material sustentado pela evidência informada. Deve demonstrar devem se reunir para discutirem o conteúdo desse documento. Em
a adequação (qualidade) e a suficiência (quantidade) da evidência seguida, a matriz deve ser submetida à apreciação do supervisor
para sustentar o achado. do trabalho que verificará a coerência entre os diversos campos e
Boas práticas: trata-se de ações identificadas e evidenciadas, a existência de evidências suficientes, confiáveis, fidedignas, rele-
em outros trabalhos de auditoria, que contribuam para o bom de- vantes e úteis. Após a aprovação pelo supervisor, as equipes devem
sempenho de unidade, de programa, de sistema... Podem ser iden- desenvolver os achados, com base nos tópicos frasais constantes
tificadas em outra(s) unidade(s) ou em outro(s) setor(es) dentro da da matriz, e elaborar o relatório preliminar, o qual consiste em uma
mesma unidade. Essas ações têm como finalidade subsidiar a pro- importante ferramenta para se comunicar com a os gestores e, con-
posta de recomendações. Não devem, portanto, ser confundidas sequentemente, melhorar o processo de trabalho.
com eventuais boas práticas relacionadas ao objeto analisado, as O relatório preliminar deve ser o mais completo possível. Isso
quais devem ser relatadas, quando houver, como achado no relató- significa que os seus componentes (detalhados no capítulo a seguir)
rio. É preciso estar atento também para o fato de que cumprimento devem estar tão desenvolvidos quanto for possível. Esse documen-
de lei ou atendimento completo ao critério não constituem boa prá- to ajuda a evitar “armadilhas”, como linguagem inadequada, erros
tica, mas sim, obrigação. ou omissões, falta de clareza, mal-entendidos, discordâncias. Seu
Benefícios esperados: melhorias que se esperam alcançar com desenvolvimento deve ser acompanhado de forma criteriosa pelo
a implementação das recomendações. Os benefícios podem ser supervisor.
quantitativos e/ou qualitativos. Sempre que possível, devem ser
quantificados. Seu registro estimula a reflexão, por parte da equipe Matriz de Responsabilização
de auditoria, sobre a finalidade e a qualidade das recomendações Conforme definido na Portaria Adplan n. 1/2010 (BRASIL,
propostas. 2010, p. 26), a matriz de responsabilização permite a verificação da
Comparando-se a Matriz de Achados e a de Planejamento, ve- responsabilidade pelo achado e deve ser preenchida sempre que
rifica-se que as questões, as subquestões de auditoria e o critério houver achados que se constituam em irregularidades, cuja propos-
são componentes que fazem parte de ambas. Esse fato demonstra ta de encaminhamento seja pela audiência ou citação de responsá-
a forte relação existente entre o planejamento de auditoria e a ela- veis, e somente para esses achados.
boração do respectivo relatório. Caso não hajam achados ou estes não constituam irregularida-
A matriz de achados proporciona agilidade e eficiência na ela- des, a matriz não deve ser preenchida.
boração e também na revisão do relatório. Esses ganhos de produ-
tividade na atividade de relatoria tendem a ocorrer pelos seguintes
motivos:
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AUDITORIA

Em outras palavras, a matriz de responsabilidade é uma ferra- (a) pela elaboração das demonstrações contábeis em confor-
menta útil à disposição do auditor para que ele possa melhor funda- midade com a estrutura de relatório financeiro aplicável, incluindo
mentar uma proposta de citação ou audiência de responsáveis, es- quando relevante sua apresentação adequada;
tabelecendo um “roteiro” mínimo para a discriminação da conduta, (b) pelo controle interno que os administradores e, quando
do resultado e dos responsáveis pela ocorrência. apropriado, os responsáveis pela governança determinam ser ne-
Posteriormente, no momento do recebimento de eventuais de- cessário para permitir a elaboração de demonstrações contábeis
fesas apresentadas pelas partes, a matriz será também de grande que estejam livres de distorção relevante, independentemente se
valia, na medida em que ajudará o auditor no exame do teor dos causada por fraude ou erro; e
argumentos trazidos, permitindo-lhe avaliar se os esclarecimentos (c) por fornecer ao auditor:
conseguem desconstituir a falha observada, se atenuam a reprova- (i) acesso a todas as informações, que a administração e, quan-
bilidade da conduta do responsável, se demonstram que o agen- do apropriado, os responsáveis pela governança tenham conheci-
te não integrou a linha de causa/efeito da irregularidade, enfim, mento e que sejam relevantes para a elaboração e apresentação
fornecendo importantes subsídios para um exame de mérito mais das demonstrações contábeis tais como: registros e documentação,
consistente. e outros assuntos;
A matriz tem por objetivos principais os seguintes: (ii) informações adicionais que o auditor possa solicitar da ad-
- Identificar os agentes responsáveis pela ocorrência lesiva e ministração e, quando apropriado, dos responsáveis pela governan-
caracterizar a sua responsabilidade; ça para a finalidade da auditoria; e
- Identificar a conduta (ação ou omissão) culposa ou dolosa do (iii) acesso irrestrito às pessoas da entidade, que o auditor de-
agente; termine ser necessário obter evidências de auditoria.
- Evidenciar a relação de causa e efeito entre a conduta e o A3. A elaboração das demonstrações contábeis, pela adminis-
resultado ilícito observado; tração e, quando apropriado, pelos responsáveis pela governança
- Avaliar a reprovabilidade da conduta e a culpabilidade do requer:
agente (atenuantes/agravantes); - a identificação da estrutura de relatório financeiro aplicável,
- Definir adequadamente as propostas de encaminhamento no contexto de leis ou
para as irregularidades constatadas. regulamentos relevantes.
- a elaboração das demonstrações contábeis em conformidade
Fonte:https://www.cgu.gov.br/Publicacoes/auditoria-e-fiscali- com essa estrutura.
zacao/arquivos/orientacao-pratica-relatorio-de-auditoria-2019.pdf - a inclusão de descrição adequada dessa estrutura nas de-
portal.tcu.gov.br monstrações contábeis.
A elaboração das demonstrações contábeis exige que a ad-
ministração exerça julgamento ao fazer estimativas contábeis que
PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA EM ÁREAS ESPECÍFICAS sejam razoáveis nas circunstâncias, assim como ao selecionar e ao
DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS aplicar políticas contábeis apropriadas. Esses julgamentos são esta-
belecidos no contexto da estrutura de relatório financeiro aplicável.
A4. As demonstrações contábeis podem ser elaboradas em
As demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da enti- conformidade com uma estrutura de relatório financeiro para sa-
dade, elaboradas pela sua administração, com supervisão geral dos tisfazer:
responsáveis pela governança. As NBC TAs não impõem responsabi- - as necessidades de informação financeira comuns de um am-
lidades à administração ou aos responsáveis pela governança e não plo leque de usuários (isto é, “demonstrações contábeis para fins
se sobrepõe às leis e regulamentos que governam as suas respon- gerais”); ou
sabilidades. Contudo, a auditoria em conformidade com as normas - as necessidades de informação financeira de usuários especí-
de auditoria é conduzida com base na premissa de que a adminis- ficos (isto é, “demonstrações contábeis para propósitos especiais”).
tração e, quando apropriado, os responsáveis pela governança têm A5. A estrutura de relatório financeiro aplicável muitas vezes
conhecimento de certas responsabilidades que são fundamentais abrange normas de contabilidade estabelecidas por organização
para a condução da auditoria. A auditoria das demonstrações con- normatizadora autorizada ou reconhecida ou por exigências legis-
tábeis não exime dessas responsabilidades a administração ou os lativas ou regulamentares. Em alguns casos, a estrutura de relatório
responsáveis pela governança (ver itens A2 a A11). financeiro pode abranger normas de informação contábil estabele-
cidas por organização normatizadora autorizada ou reconhecida e
Elaboração das demonstrações contábeis exigências legislativas ou regulamentares. Outras fontes podem for-
A2. Lei ou regulamento podem estabelecer as responsabilida- necer orientação sobre a aplicação da estrutura de relatório finan-
des da administração e, quando apropriado, dos responsáveis pela ceiro aplicável. Em alguns casos, a estrutura de relatório financeiro
governança, em relação a relatórios financeiros. Entretanto, aplicável pode abranger tais fontes ou pode até mesmo consistir
a extensão dessas responsabilidades, ou a forma que elas são nelas. Tais fontes podem incluir:
descritas, podem ser diferentes. Apesar dessas diferenças, uma au- - o ambiente legal e ético, incluindo estatutos, regulamentos,
ditoria em conformidade com NBC TAs é conduzida com base na veredictos e obrigações éticas profissionais em relação a assuntos
premissa de que a administração e, quando apropriado, os respon- contábeis;
sáveis pela governança reconhecem e entendem que eles têm essa - interpretações contábeis publicadas de diferente autoridade
responsabilidade: emitidas por organizações normatizadoras, profissionais ou regula-
doras;

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- pontos de vista publicados de diferentes autoridades sobre trata de considerações especiais quando as demonstrações contá-
assuntos contábeis emergentes, emitidos por organizações norma- beis são elaboradas em conformidade com uma estrutura de fim
tizadoras, profissionais ou reguladoras; especial.
- práticas gerais e de setor amplamente reconhecidas e preva- A10. Em decorrência da importância da premissa para a con-
lecentes; e dução da auditoria, exige-se que o auditor obtenha a concordân-
- literatura contábil. cia da administração e, quando apropriado, dos responsáveis pela
Quando existem conflitos entre a estrutura de relatório finan- governança, de que eles têm responsabilidades, expostas no item
ceiro aplicável e as fontes em que orientação sobre sua aplicação A2, como condição prévia para a aceitação do trabalho de auditoria
pode ser obtida, ou entre as fontes que abrangem a estrutura de (NBC TA 210, item 6(b)).
relatório financeiro, a fonte com a mais alta autoridade prevalece. Considerações específicas para auditoria no setor público
No caso do Brasil, como definido no item 7 da NBC TG 26 – A11. Os mandatos de auditoria para auditoria de demonstra-
Apresentação das Demonstrações Contábeis “práticas contábeis ções contábeis de entidade do setor público podem ser mais deta-
adotadas no Brasil” compreendem a legislação societária brasilei- lhados do que os de outras entidades. Como resultado, a premissa
ra, as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo Conselho relativa às responsabilidades da administração sobre a qual é con-
Federal de Contabilidade, os pronunciamentos, as interpretações duzida a auditoria das demonstrações contábeis do setor público
e as orientações emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãos pode incluir responsabilidades adicionais, tais como a responsabili-
reguladores, e práticas adotadas pelas entidades em assuntos não dade pela execução de transações e eventos em conformidade com
regulados, desde que atendam à Estrutura Conceitual para a Elabo- a legislação, regulamentação ou outra autoridade.
ração e Apresentação das Demonstrações Contábeis emitida pelo
CFC e, por conseguinte, em consonância com as normas contábeis Fonte: Disponível em: https://cfc.org.br/wp-content/uplo-
internacionais. ads/2018/04/Publicacao_NBC_TA_AUDITORIA.pdf. Acesso em:
A6. As exigências da estrutura de relatório financeiro aplicável 10.mar.2023
determinam a forma e o conteúdo das demonstrações contábeis.
Embora a estrutura possa não especificar o modo de contabilização
ou divulgação de todas as transações ou eventos, ela geralmente OMISSÃO DE RECEITAS
incorpora princípios suficientemente amplos, que podem servir
como base para o desenvolvimento e aplicação de políticas con-
tábeis compatíveis com os conceitos subjacentes às exigências da A omissão ou ocultação de receitas denomina-se evasão fiscal,
estrutura. e consiste numa prática realizada por algumas companhias utilizan-
A7. Algumas estruturas de relatório financeiro são estruturas do-se de meios ilícitos como a sonegação, fraudes e simulação “ma-
de apresentação adequada, enquanto outras são estruturas de quiagem” de documentação para driblar o pagamento de tributos
conformidade. Estruturas de relatório financeiro que abrangem pri- após a incidência do fato gerador, recolhendo de forma fraudulenta
mariamente as normas de contabilidade estabelecidas por organi- valores inferiores a efetiva obrigação tributária25.
zação com autoridade ou reconhecimento para promulgar normas Em contraponto à evasão fiscal tem-se a elisão fiscal, a qual se
a serem usadas pelas entidades na elaboração de demonstrações caracteriza pela prática de atos lícitos almejando a economia no pa-
contábeis para fins gerais muitas vezes são estabelecidas para o gamento de tributos em uma empresa e sendo possível de realizar
cumprimento da apresentação adequada. Por exemplo, as práticas por meio de um planejamento tributário.
contábeis adotadas no Brasil, emitidas pelo Conselho Federal de O setor de auditoria interna busca avaliar a eficiência e eficácia
Contabilidade ou pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) dos processos dentro de uma organização, visto que faz a revisão
e aprovadas pelos reguladores específicos. e análise das operações executadas por outros setores e assim, as-
A8. As exigências da estrutura de relatório financeiro também segurar que as atividades estão sendo realizadas conforme as dire-
determinam o que constitui conjunto completo de demonstrações trizes e regras estabelecidas; e também de acordo com as normas
contábeis. No Brasil, as demonstrações contábeis destinam-se a for- brasileiras de contabilidade para auditoria interna – NBC TI 01.
necer informações a respeito da posição patrimonial e financeira, A auditoria interna é um relevante setor para uma empresa,
desempenho e fluxos de caixa da entidade. Para tais estruturas, o pois tem a função de analisar a aplicabilidade dos controles inter-
conjunto completo de demonstrações contábeis incluiria balanço nos, verificando a veracidade das informações e de como os proces-
patrimonial, demonstração do resultado, demonstração das muta- sos estão sendo executados, visando corrigir e coibir os processos
ções do patrimônio liquido, demonstração dos fluxos de caixa e res- errôneos.
pectivas notas explicativas. No Brasil, para as companhias abertas, Essa checagem de informações e relatórios é de grande impor-
inclui-se a demonstração do valor adicionado. Para outras estrutu- tância, pois servirá de base para a tomada de decisão de seus ges-
ras de relatório financeiro, uma demonstração contábil isolada e as tores, fazendo com que a empresa melhore seus processos, garanta
notas explicativas relacionadas podem constituir o conjunto com- a confiabilidade de sua marca e tenha a credibilidade do mercado
pleto de demonstrações contábeis. e de seus clientes.
A9. A NBC TA 210 – Concordância com os Termos do Trabalho De acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade NBC TI
de Auditoria, item 6(a), estabelece exigências e fornece orientação 01- Auditoria Interna, 2003:
sobre como determinar a aceitabilidade da estrutura de relatório
financeiro aplicável. A NBC TA 800 – Considerações Especiais - Au-
ditoria de Demonstrações Contábeis Elaboradas de Acordo com 25 A Importância da Auditoria Interna e dos Controles Internos em uma Organi-
Estruturas Conceituais de Contabilidade para Propósitos Especiais, zação. Letícia Monteiro Amarante, Clébia Ciupak Bocardi, Jair Antonio Fagundes.
Revista Controladoria e Gestão – RCG, Vol. 3, n° 1, p. 612-631, Jan./Jun. 2022.
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O termo “erro” aplica-se a atos não-intencionais de omissão, crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de
desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na consumo. As empresas mais estruturadas contabilmente realizam
elaboração de registros, informações e demonstrações contábeis, uma prática conhecida como elisão fiscal, a qual se configura como
e de transações e operações da entidade, tanto em termos físicos a realização de um planejamento tributário, almejando a economia
quanto monetários. no pagamento de impostos antes que seja efetivado o fato gerador
tributário, que é o ponto determinante para a mensuração do mon-
E ainda de acordo com a NBC TI 01- Auditoria Interna, 2003: tante de tributos a serem pagos.
O termo “fraude” refere-se a ato intencional de omissão e/ou A elisão fiscal compreende uma atitude lícita por parte da em-
manipulação de transações e operações, adulteração de documen- presa, a qual deve respeitar o ordenamento jurídico vigente, visan-
tos, registros, relatórios, informações e demonstrações contábeis, do à economicidade de custos e uma melhor gestão dos recursos da
tanto em termos físicos quanto monetários. companhia seguindo o planejamento tributário elaborado.
A aplicação dos controles internos em uma empresa visa que O planejamento tributário permite a prática conhecida como
haja o planejamento organizacional, com a finalidade de que as di- elisão fiscal, que compreende a prática de atos lícitos visando estri-
retrizes e a política interna dessa companhia sejam seguidas, apre- tamente à economia de tributos, e, em uma perspectiva funcional,
sente eficiência nos processos operacionais; bem como evitar os é considerada por muitos como uma importante ferramenta na ges-
erros e fraudes, a fim de salvaguardar seus ativos e seu patrimônio. tão da empresa com objetivo de proporcionar condições seguras
para que a empresa prepare e conduza seu controle e sistema tri-
Evasão Fiscal X Elisão Fiscal butário com o menor custo.
A prática de atos ilícitos como fraudes, omissões e sonegações O contraponto entre as práticas de evasão e elisão fiscal está
fiscais, além da falsidade e “maquiagem” em informações nos do- na licitude ou não do ato praticado pela organização; caso vise uma
cumentos contábeis, buscando o recolhimento de um valor menor economia ou redução no pagamento dos encargos, por meio da
de tributos após a incidência do fato gerador tributário é denomina- elaboração de um planejamento tributário e aderindo as regras vi-
da como evasão fiscal. Essa é uma ação realizada por algumas em- gentes pela legislação pertinente tem-se a prática de elisão fiscal,
presas para que não sejam recolhidos na integralidade os impostos a qual é considerada idônea. Caso haja atitudes praticadas pelos
devidos, ocasionando divergência entre o pagamento realizado e a agentes da companhia que caracterizem má fé na prestação das in-
real obrigação tributária prevista. formações, usando artifícios de alteração de dados e omissão de
Essas práticas, presentes em grande parte das organizações documentos, tem-se um caso de evasão fiscal, ato este passível de
brasileiras, porém não assumidas, se traduzem no exercício de atos punição pelos órgãos fiscalizadores como as Secretarias de Fazen-
ilícitos (fraude, sonegação, simulação) para fugir dos pagamentos das ou Finanças Estaduais e também pela Receita Federal do Brasil
de tributos, chamada de evasão fiscal. (RFB), mediante a aplicação de seus regulamentos e normas inter-
Os administradores das companhias devem realizar o recolhi- nas e pelo punitivo disposto na lei nº 8.137/1990.
mento dos impostos de acordo com o que estabelecem a legisla-
ção governamental em seus diversos âmbitos, caso ocorra atraso
no pagamento e compensação de um tributo apesar de incorrer a ATIVOS E PASSIVOS OCULTOS E FICTÍCIOS
cobrança de juros e multa não é considerado crime perante a le-
gislação tributária, sendo considerado apenas com inadimplência
fiscal; porém ao recolher-se um montante com valor a menor do Referente à omissão de receitas, O saldo credor de caixa (cai-
que a real obrigação de pagar, isto sim se caracteriza crime, pois xa negativo) é indício lógico de falta de escrituração de receitas. A
demonstra a efetivação de um delito em benefício da empresa e falta do registro de custos, despesas, pagamentos pela aquisição
lesando o erário público. de bens permanentes ou de direitos de qualquer natureza, admite
Existem diversas maneiras de uma companhia praticar atos ini- a presunção de omissão de receitas, pois a ausência do registro faz
dôneos e ilegais contra a administração pública, foram elencadas pressupor que este foi efetuado com dinheiro à margem da conta-
abaixo quatro dos mais populares meios de sonegação praticados bilidade26.
pelas organizações: O passivo fictício tem seu fundamento na seguinte lógica: pa-
▪ Omissão e ocultação de notas fiscais e recibos (entrada ou gam-se, por exemplo, duplicatas a fornecedores com dinheiro do
saída) - Para mascarar a movimentação do caixa; “caixa dois”. Como não há saldo de caixa (contábil) suficiente, não
▪ Alteração do valor do produto - Ocasionando divergência en- se procede a baixa porque ocorreria o “estouro do caixa” contábil
tre o preço vendido com o descrito no documento fiscal, o qual ge- (saldo credor de caixa). Desta forma, mantém-se o passivo penden-
ralmente é mais lançado com valor mais baixo; te de registro, embora pago, baixando-o quando o caixa contábil
▪ A não emissão de Nota Fiscal de venda- Para que não seja efe- apresenta condições.
tivado o fato gerador do tributo, o qual implica no não recolhimento A forma de identificar o passivo fictício mais comumente en-
do imposto que envolve a operação realizada; contrado nas empresas é comparar o saldo da conta fornecedores,
▪ Utilização de pessoas terceiras (“laranjas”) no contrato social existente na data do balanço, com as duplicatas representativas
da empresa – Visando buscar benefícios fiscais de enquadramento deste saldo. Pela análise da data da quitação verifica-se a ocorrên-
em regimes de apuração diferenciados perante o fisco e também cia ou não de passivo fictício, ou seja, as duplicatas quitadas antes
realizar uma declaração fraudulenta do imposto de renda dos pro- do balanço, ainda pendentes contabilmente, representam passivo
prietários da companhia. fictício.
A realização de evasão fiscal e sonegação de tributos por uma
empresa é considerado crime e seus agentes estão sujeitos as pe- 26 http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/audtrib_omissao-
nalidades impostas pela lei nº 8.137/1990, a qual discorre sobre os dereceita.htm
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Outro lançamento que pode ocorrer é a regularização através


SUPRIMENTOS DE DISPONIBILIDADES NÃO COMPROVA- de estorno. Nesta hipótese, o adiantamento fictício foi para dar co-
DOS bertura momentânea da insuficiência do saldo de Caixa, acertando-
-se a situação quando o saldo comportar o lançamento de correção.
— Empréstimos de sócios ou de terceiros
Suprimentos de Caixa Não Comprovados Qualquer que seja a contrapartida dos lançamentos, os su-
Quando a pessoa jurídica paga duplicatas com recursos pro- primentos de caixa devem ser comprovados com documentação
venientes de receitas omitidas e contabiliza os pagamentos terá idônea e coincidente em datas e valores. A simples prova da ca-
necessidade de contabilizar a entrada de dinheiro na conta Caixa pacidade financeira do supridor não basta para comprovação dos
porque, do contrário, o seu saldo ficaria credor. Essa contabilização, suprimentos efetuados à pessoa jurídica, por exemplo, a prova da
denominada suprimentos de Caixa, poderá ter como contrapartida transferência bancária dos recursos dos sócios para a pessoa jurídi-
a conta dos sócios ou capital27. ca é apta a comprovar somente a efetiva entrega, mas não a origem.
São artifícios muito usados para evitar o surgimento do saldo O empréstimo ou aumento de capital em dinheiro, com recur-
credor da conta Caixa, através de suprimentos não comprovados: sos de origem externa comprovada, deverá ser feito mediante che-
a) contabilização de suprimento de numerários fictícios, sob a que nominal cruzado em favor da pessoa jurídica a fim de evitar
forma de empréstimos efetuados por administradores, sócios, titu- que os suprimentos de recursos sejam considerados como receitas
lar de empresa individual e acionista controlador; omitidas. Não basta, todavia, comprovar somente a efetiva entrega
b) aumento fictício de capital, instrumentalizado em alteração do dinheiro.
do contrato social, registrado na Junta Comercial. A comprovação da origem dos recursos supridos significa a
necessidade de ser demonstrado que os recursos advenientes dos
— Aumento do capital social sócios foram percebidos por estes de fonte estranha à sociedade
O aumento do capital social surge num momento diferente do ou, se da empresa, submetidos a regular contabilização. A ausên-
da constituição da sociedade, com o propósito de fazer face às suas cia de comprovação, quer da origem dos recursos utilizados para
necessidades de financiamento. Contudo, isso implica alterar a sua integralização de capital, quer da efetiva entrega desses valores à
organização. empresa, evidencia desvio de receitas da contabilidade e justifica o
Os novos acionistas, com a realização de novas entradas, vão lançamento do crédito tributário correspondente.
obter uma nova ou maior participação social, enquanto que os A comprovação deve ser da origem dos recursos utilizados para
atuais acionistas vão ver a sua participação social diluir. Ou seja, os integralização do capital e também da efetiva entrega dos valores. A
atuais acionistas irão, em termos absolutos, deter o mesmo capital melhor comprovação da efetiva entrega dos valores é a entrega de
social, mas em termos relativos, irão ver a sua participação social cheque nominal depositado na conta bancária da empresa.
diminuir28 A origem e a efetiva entrega dos recursos para empresa deve-
Assim, a gerência, perseguindo os interesses dos atuais acio- rão ser provadas também na liquidação de empréstimos contraí-
nistas, apenas opte pelo aumento do capital, como forma de finan- dos pelos sócios. A falta de qualquer uma das duas provas constitui
ciamento, como último recurso. Por sua vez, o aumento do capital omissão de receita. Se as provas fossem dispensáveis, a omissão de
também traduz uma maior garantia para os credores. receitas era facilmente praticável do seguinte modo: o sócio contrai
Porém, os credores, devido às assimetrias de informação exis- empréstimo efetivo e devolve ficticiamente.
tentes, também podem interpretar o aumento do capital social
como um sinal da possível má situação financeira da empresa. Por — Operações, prestações ou recebimentos sem origem
outro lado, como o aumento do capital social é realizado num mo- As operações, prestações ou recebimentos sem origem são
mento posterior ao da constituição da sociedade, é normal que o formas de encobrir a omissão de receitas através do Caixa Geral.
seu valor de mercado não coincida com a sua rubrica contabilística Vejamos algumas hipóteses:
de capital social, nem mesmo com o total do seu capital próprio. a) Depósitos bancários não contabilizados
Assim, é comum serem-se emitidas novas ações com valores Detectar depósitos bancários não contabilizados, constitui uma
superiores ao do capital social a que dão direito, sendo a diferença forma de provar a omissão de receitas. As quantias depositadas, em
entre estes dois valores designada de prémio de emissão. A socie- valores que superam as entradas em Caixa, são tidas como vendas
dade receberá a totalidade do valor de emissão das novas ações, omitidas.
contudo, os novos acionistas apenas receberão uma participação b) Saldo de caixa elevado
social proporcional ao capital social que detenham no total da so- Também existem empresas que apresentam saldo de caixa ele-
ciedade. vado, porém inexistentes. É que são efetuados adiantamentos, não
contabilizados, substituídos por vales, principalmente a dirigentes
— Adiantamentos de clientes para diversas finalidades, tais como: pagamento de contas e outras
No caso de adiantamentos fictícios de clientes, contabiliza-se despesas pessoais.
uma entrada fictícia no Caixa, referente ao adiantamento inexisten- c) Recebimento antecipado de vendas a prazo
te de seus clientes, de uma venda que será concretizada futuramen- A empresa registra como entrada de “Caixa” o recebimento
te. Contabiliza-se o adiantamento de clientes (fictício), em seguida, antecipado de Duplicatas sem que os clientes houvessem pago. Na
o lançamento é “zerado”, quando efetivamente houver a venda. data efetiva do recebimento, a empresa não registra a entrada do
numerário em caixa.
27 https://www.sefaz.ba.gov.br/scripts/ucs/arquivos/monografia_tania_vera.pdf O auditor deve apurar: se foram concedidos descontos passi-
28 https://estudogeral.sib.uc.pt/retrieve/190598/Edgar%20Marques%20-%20Re- vos, em decorrência dos recebimentos antecipados; se os clientes
lat%C3%B3rio%20de%20Est%C3%A1gio.pdf forem da mesma praça auditada, será indispensável um exame na
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escrita destes, para constatar se a data do pagamento foi a mesma Nesse grupo de caixa e equivalente de caixa, são apresentados
do recebimento; se os clientes forem de fora da praça, emitir subsí- somente os ativos que não possuem qualquer restrição de uso ins-
dios para que um preposto, devidamente credenciado, proceda as tantâneo, ou seja, qualquer motivo que impossibilite seu uso ime-
diligências necessárias. diato. Os cheques que foram emitidos e ainda não foram entregues
d) Vendas a prazo contabilizadas como à vista aos beneficiários não podem ser considerados como redução de
Com a finalidade de dar cobertura a insuficiência do saldo de caixas e bancos.
caixa, existem empresas que contabilizam as vendas a prazo como É necessário que as contas bancárias no exterior passem por
se fossem à vista, geralmente quando ocorre o recebimento das du- atualização constante. Isto é, deve-se demonstrar o saldo dessa
plicatas, e se o saldo da conta caixa suportar, regulariza-se a situa- conta em moeda estrangeira convertida para Real mediante a taxa
ção através de lançamentos de estorno ou retificadores. de câmbio do término do período. Da mesma maneira, é necessário
Caso a empresa proceda o desconto ou cobrança de duplicatas que o auditor externo tenha conhecimento referente à administra-
na rede bancária, deve-se examinar os respectivos borderôs com as ção financeira.
contas de duplicatas a receber. Podem aparecer títulos que, embora Assim, ele conseguirá compreender o andamento referente
transacionados com os bancos, não constam do saldo de duplicatas às contas de caixas e bancos. Além disso, poderá sugerir melhoras
a receber, pois foram contabilizados como vendas à vista. para as políticas financeiras da organização. O auditor externo ne-
e) Compras à vista contabilizadas como a prazo cessita observar algumas situações:
Outro meio muito utilizado, acredita-se de maior incidência, é a • se os valores de caixas como fundo fixo são excessivos ou
contabilização de compras com pagamento à vista como se fossem necessitam de reposição constante;
a prazo, em razão de insuficiência de saldo na conta Caixa. • se as aplicações de sobras de caixas e bancos não terão uso
Normalmente, a regularização deste lançamento dá-se antes imediato;
do encerramento do balanço, visto que a permanência deste sal- • se a organização utiliza os meios de financiamentos mais
do dá surgimento ao Passivo Fictício. No exame deve-se verificar acessíveis;
dentre os fornecedores, da empresa, aqueles que as operações • se há centralização no controle de recursos dispostos em lo-
mercantis são sempre com pagamento à vista, como por exemplo, cais diferentes, como escritórios, filiais, entre outros, a fim de evitar
fornecedores de cigarros e bebidas. sobra de recursos em algum desses locais enquanto o outro tenha
— Alienação de investimentos e bens do ativo imobilizado falta e necessite realizar empréstimos;
Ao alienar bens do ativo imobilizado, a empresa pode obter um • se há política definida referente a descontos financeiros, ou
resultado não operacional positivo ou negativo (ganho ou perda). seja, se é possível usufruir pagando na data de vencimento ou tar-
Quando o resultado não operacional for positivo, a empresa obteve dar os pagamentos a fim de negociar as transações;
um ganho de capital. Se o resultado não operacional for negativo, a • se é elaborado diariamente relatório para recursos de caixas
empresa teve uma perda de capital. e bancos, com intuito de possibilitar que a administração da organi-
O resultado não operacional corresponde à diferença entre o zação execute o controle destes.
valor de venda e o valor líquido contábil do bem objeto de alie- Existe uma maior possibilidade de erro em caixas e bancos de-
nação. O valor líquido contábil, por sua vez, corresponde ao valor vido à sua pronta liquidez. Ou seja, é mais fácil ocorrer o uso inde-
corrigido do bem menos a depreciação. vido dessas contas. Sendo assim, o auditor realiza um número de
Vejamos: testes bem maior nelas, já que o risco também é maior. Isso ocorre
Resultado não operacional = valor de venda do bem - valor lí- mesmo na existência de um bom sistema de controle interno.
quido contábil do bem; Os testes têm como finalidade verificar a existência dos ativos.
Valor líquido contábil = custo corrigido do bem – depreciação. Um dos métodos mais eficientes de testes quanto aos recursos de
caixas é a contagem física. Contudo, o mesmo processo não pode
ser efetuado para as contas bancárias.
AUDITORIA DE ATIVOS, PASSIVOS, PATRIMÔNIO LÍQUIDO O método utilizado para as contas bancárias é a solicitação ao
E RESULTADOS banco de uma carta referente aos saldos das contas, denominada
carta de confirmação. Entretanto, o saldo que o banco informa me-
diante a carta de confirmação para a empresa nem sempre será o
Auditoria em contas do ativo mesmo apresentado contabilmente na entidade. Isso acontece por
Os ativos possuem sua classificação em ordem decrescente de consequência da defasagem de tempo referente à contabilização
liquidez. Dessa maneira, as contas de caixas e bancos estão apre- dos registros.
sentadas no grupo ativo do balanço patrimonial da empresa, ou
seja, ambas representam os ativos que possuem maior liquidez29. Procedimentos aplicáveis no ativo
Dentro de caixas e bancos, estão dispostos os recursos disponí- As disponibilidades correspondem aos recursos que a empresa
veis para aplicação imediata em transações das organizações, como: possui. Eles são apresentados nos caixas e equivalentes de caixa e
• dinheiro em caixa; estão à disposição para utilização instantânea e sem restrições.
• dinheiro em conta corrente bancária. O caixa ou equivalente de caixa, na circulação dos recursos fi-
nanceiros, não estão inseridos somente o saldo da moeda em caixa
ou o depósito em conta bancária. Incluem-se também outras espé-
cies de contas que tenham as mesmas particularidades quanto à
29 Araújo, Adriano Santos. Auditoria II / Adriano Santos Araújo. - Salvador: UFBA, liquidez imediata.
Faculdade de Ciências Contábeis; Superintendência de Educação a Distância, Como equivalentes de caixa, são consideradas as aplicações fi-
2020. nanceiras que possuem características de liquidez instantânea.
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Auditoria em caixas e bancos Uma espécie de reconciliação bancária muito útil é a prova de
Os métodos de auditoria em caixa e bancos precisam ser esta- caixa. Nela são verificadas as operações bancárias em conformida-
belecidos conforme as finalidades que o auditor possui para o setor de com o período da verificação. Essa análise vai apresentar qual-
que será auditado. O caixa é considerado um bem de difícil mo- quer movimentação relativa à conta, quer conste nos livros ou não.
nitoramento e de grande risco. Dessa maneira, os procedimentos Um exemplo dessa situação é um saque que não possui autori-
aplicados nele normalmente são mais extensos e mais específicos zação encoberto mediante um depósito de compensação que não
em comparação aos utilizados nas demais áreas. foi registrado e que seria constatado pela prova de caixa.
O valor referente ao caixa e bancos demonstrado no balanço Principais erros e fraudes no ativo
patrimonial é constituído por dois elementos: o encaixe (numerário Os desfalques encobertos representam os que são geralmen-
em mãos) e também os depósitos bancários. Esses elementos pos- te realizados por intermédio de um lançamento de compensação
suem particularidades próprias. nos registros contábeis. Dessa maneira, a inexistência do bem pas-
Por esse motivo, os processos de auditoria são considerados sa despercebida. Como exemplo de desfalque encoberto, pode-se
em separado para cada um deles. O encaixe ou numerário em mãos considerar a redução referente a recebimentos de caixa, acompa-
geralmente é apresentado no fundo fixo de caixa e de recebimentos nhada de um lançamento a débito em despesas e a crédito do caixa.
de clientes, antecedendo os depósitos. Contudo, isso somente é possível na falta de controle interno.
Os métodos fundamentais utilizados pela auditoria para os dois Nesse caso, é possível que o cidadão desonesto acesse o caixa e
tipos de encaixe são: efetive lançamentos indevidos no diário.
• contagem realizada pelo auditor; O desfalque não coberto corresponde àquele que não possui
• averiguação posterior dos montantes alcançados na apura- contrapartida no lançamento contábil. Dessa forma, os desfalques
ção dos constantes dos registros contábeis; não cobertos podem ser mascarados apenas por algum tempo, ou
• teste de elementos, como cheques de clientes e comprovan- não ser mascarados de forma alguma.
tes de caixa pequena, para constatar se são exatos e legítimos; São tipos de desfalques não cobertos:
• confirmação do depósito dos recebimentos de clientes nas • Lapping: ocorre por meio de cobranças de contas a receber.
contas bancárias. Tem como base o desvio de resultados referentes a cobranças, efe-
O auditor precisa controlar todos os elementos existentes no tuando a substituição do total desviado por cobranças posteriores.
setor, em se tratando da contagem de caixa. Ele também precisa • Kiting: contempla os desembolsos realizados. Refere-se a um
estar atento aos demais itens de ativo negociáveis, impedindo, as- tipo de sistema que encobre as faltas de dinheiro com transferên-
sim, a substituição; contudo, sem nunca se apossar do caixa. O pro- cias, em cheques, não registradas.
cesso de substituição implica mascarar qualquer falta de dinheiro, O kiting é mais fácil de ser percebido do que o lapping. Isso
realizando transporte de fundos de um lugar para outro, ou ainda ocorre porque os métodos de auditoria de caixa permitem encon-
realizando a conversão do dinheiro em outros elementos de ativo trar a fraude no período da análise.
negociáveis, de maneira que um mesmo fundo seja contado duas
vezes.
Após a contagem do numerário, os montantes de caixa peque- PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ÉTICA PROFISSIONAL
no precisam ser comparados com o razão geral. Além disso, é preci-
so conferir os recebimentos não depositados com os recebimentos
registrados em caixa. Durante a contagem, as especificações dos 2. A ÉTICA PROFISSIONAL
cheques, saques, recibos de desembolso e demais elementos que
demonstrarem dúvidas precisam ser apontados. 2.1 CONCEITUAÇÃO DE ÉTICA
Pode se fazer isso mediante os papéis de trabalho. Posterior- Ética - do grego. ethos significa originalmente morada, seja o
mente o auditor deverá evidenciar a explicação correta referente habitat dos animais, seja a morada do homem, lugar onde ele se
a tais dúvidas. sente acolhido e abrigado. O segundo sentido proveniente deste é
Referente ao caixa depositado, o auditor faz uso de critérios costume, modo ou estilo habitual de ser.(Pequena Enciclopédia de
diferentes ao verificar o caixa mesmo. Nesse caso, não trata com Moral e Civismo,1972)
dinheiro em espécie, mas, sim, com documentação que evidencia a Responsabilidade - do Latim. responsabilitas, de respondere =
existência do dinheiro. responder, estar em condições de responder pelos atos praticados,
Quanto aos processos preliminares, os métodos para análise de justificar as razões das próprias ações. De direito, todo o homem
de caixa em depósito precisam começar por ocasião do processo é responsável. Toda a sociedade é organizada numa hierarquia de
de contagem de dinheiro em mãos, isto é, na data de confirmação. autoridade, na qual cada um é responsável perante uma autoridade
Após esse processo, ocorre a coleta de dados de caixa, instan- superior. Quando o homem infringe uma de suas responsabilidades
taneamente antecipando a data de verificação. É função do auditor cívicas, deve responder pelo seu ato perante a justiça. (Pequena En-
registrar nos papéis de trabalho os montantes auferidos de caixa re- ciclopédia de Moral e Civismo,1972)
ferentes aos últimos dias do período, bem como a data, a numera- Responsabilidade moral. Filos. 1. Situação de um agente cons-
ção e a quantidade dos últimos cheques que foram emitidos antes ciente com relação aos atos que ele pratica voluntariamente. 2.
da data de análise. Obrigação de reparar o mal que se causou aos outros. (Dicionário
Os métodos ou procedimentos finais de auditoria de caixa de- Aurélio,1984)
positado, isto é, executados posteriormente à data de verificação, De uma forma simplificada, Lisboa (1999,p.23) define o termo
estão focados nas conciliações bancárias. É preciso requisitar ao ética como sendo “um ramo da filosofia que lida com o que é mo-
banco uma reconciliação da data de verificação ou, se for preciso, ralmente bom ou mau, certo ou errado”
realizar uma.
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2.2 ÉTICA PROFISSIONAL O auditor, para desenvolver seu papel, tem que trabalhar sem
Ética é o conjunto de normas que orienta a conduta de deter- sofrer qualquer influência de membros da entidade auditada ou de
minada categoria. outras pessoas, para que possa elaborar seu relatório sem qualquer
Não podemos desvincular moral e interesses empresariais, ou tipo de constrangimento.
moral e pressões operadas pela sociedade civil, o importante não é Em face da importância do trabalho do auditor, em relação a
saber se a empresa dispõe de uma essência moral, mas se as con- empresas e aos seus gestores e as consequências do resultado de
seqüências de suas decisões são ou não benéficas para a maioria de suas investigações, o auditor deve cercar-se de todos os cuidados
suas contrapartes. e documentos que comprovem suas posições e agir em conformi-
“O exercício de uma profissão pressupõe o pleno conhecimen- dade com os princípios de auditoria e respeitar o Código de Ética
to e o domínio de toda a sua amplitude, não apenas quanto aos as- Profissional.
pectos técnicos, mas também quanto as regras de conduta moral.” Além disso, deverá ser discreto e humilde, evitar falar em de-
(RBC ano XXXIII nº 147, pg 38, 2004) masia, ter objetividade, definir com propriedade sua amostragem,
estudar a literatura pertinente à suas ações, tais como princípios
2.2.1 ÉTICA PROFISSIONAL DO AUDITOR contábeis, legislação e técnicas de auditoria e nunca usar de força
A contabilidade é uma das profissões mais antigas da humani- para defender os interesses ao órgão ao qual está servindo.
dade, segundo Sá (2001, p.130) “há provas do exercício profissional Resumidamente o código de conduta do profissional auditor,
na contabilidade Sumero-Babilonica há mais de 6.000 anos”. trata dos seguintes tópicos, destacando-se:
Tem havido muitas discussões no início deste século sobre a “ Comprometimento técnico-profissional, somente aceitando
ética na contabilidade, o escândalo nas grandes corporações tem trabalhos que julgue estar capacitado totalmente de recursos para
colocado em dúvida esta ciência e a profissão, denegrindo à primei- desenvolvê-los, recusando os serviços que não tiver capacidade de
ra vista a imagem de todos os profissionais. execução;
Não é admissível que um profissional forneça deliberadamen- “ Independência total no desenvolvimento dos trabalhos em
te uma solução técnica para um problema mesmo sabendo não se todas as fases, se não deixando influenciar por fatores estranhos
tratar da melhor opção e que esta opção no futuro traga efeitos que caracterizem a perda de imparcialidade;
danosos para a empresa e para si. O conteúdo do código de ética é “ Cobrança de honorários compatíveis com os trabalhos desen-
formado por um núcleo comum de deveres e direitos adicionados volvidos, avaliando principalmente a relevância e o vulto do serviço
aos princípios específicos de cada profissão. a ser executado;
As atividades dos auditores independentes estão regidas pela “ Sigilo total das informações coletadas nos trabalhos de cam-
Norma Brasileira de Contabilidade NBC T 11 - Normas de Auditoria po, somentedivulgando-as a terceiros mediante autorização ex-
Independente das Demonstrações Contábeis, aprovada pela reso- pressa da entidade, ou salvo quando houver obrigação legal.
lução nº 820/97 e pela Norma Brasileira de Contabilidade NBC P-1
- Normas profissionais do Auditor Independente aprovada pela re- 3. FUNÇÃO ÉTICA E A RESPONSABILIDADE DO AUDITOR
solução 821/97, ambos emitidas pelo CFC. O auditor independente é uma peça imprescindível no cenário
Também o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - empresarial, tendo em vista que o parecer de auditoria se tornou
IBRACON, a Comissão de Valores Mobiliários - CVM e o Banco Cen- indispensável para o público investidor, em razão de assegurar a
tral do Brasil- BACEN, editam normas dos auditores independentes. credibilidade das informações contábeis divulgadas pelas empre-
O trabalho do auditor independente tem dois pilares funda- sas, desta forma os auditores independentes são a garantia límpida
mentais a Confiabilidade e a Independência. e a democrática de que as demonstrações contábeis refletem a si-
A postura do auditor deve fundamentar-se, principalmente, tuação financeira e econômica da entidade.
nos aspectos da confiabilidade e independência associados ao cui- “A opinião do auditor é um documento de inestimável valor
dado e zelo. para a segurança das decisões de credores e investidores, à medida
O auditor, por utilizar um trabalho de investigação e ter acesso que sua função profissional é zelar pela fidedignidade e confiabili-
a todo tipo de informação sobre a empresa visitada, toma conhe- dade das demonstrações contábeis (CARDOZO, pg 13,1987)
cimento de situações que podem ser melindrosas se levadas ao “a opinião do auditor é um documento de inestimável valor
conhecimento de terceiros. Deste modo, o auditor não pode, sob para a segurança das decisões de credores e investidores, à medida
hipótese alguma: que a sua função profissional é zelar pela fidedignidade e confiabili-
a) divulgar, fora dos canais competentes, fatos que ele tenha dade das demonstrações contábeis” (CARDOZO, pg 13)
identificado no curso de seus exames; Neste contexto temos o código de ética que é um instrumento
b) utilizar-se destas informações em seu próprio benefício ou normativo que tem o objetivo de orientar o comportamento éti-
de terceiros. co os profissionais. Este comportamento refere-se às suas relações
O auditor estará agindo de forma incorreta e, contrariando, com os clientes, com terceiros, com colegas de profissão e com a
portanto a ética profissional, quando não informar de forma clara sociedade em geral.
e objetiva tudo aquilo que ele identificar no exame das demons- O parecer de auditoria desempenha nestes termos uma função
trações contábeis e outros documentos, que possam, de alguma de apoio à tomada de decisão do investidor proporcionando segu-
forma, dar conotação diferente à situação orçamentária, financeira rança de que as demonstrações se encontram isenta de erros que
e patrimonial de uma empresa, ou caracterize desvio dos Princípios possam comprometer suas decisões envolvendo a empresa.
de Contabilidade Geralmente Aceitos. O fato do parecer de auditoria proporcionar segurança aos usu-
ários interessados na empresa, não significa que auditor lhes esteja
desta forma, garantindo um bom investimento, uma vez que isso
foge do propósito do parecer.
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O parecer de auditoria não reflete um juízo sobre a viabilida- 3.1.2 RESPONSABILIDADE CIVIL
de futura dos negócios, mas fatores detectados de risco e eventos Indaga-se comumente a existência ou não da responsabilidade
futuros do nicho de mercado devem ser considerados no levanta- civil do contador na função de auditor independente. É óbvio que
mento da auditoria para eventuais notas explicativas nas demons- ela existe pelo fato de que esse profissional é um cidadão inserido
trações publicadas. no Estado de Direito com profissão regulamentada estando sujeito
a Direitos e Deveres.
3.1 RESPONSABILIDADES LEGAIS DO AUDITOR Deve-se atentar que referindo-se a responsabilidade civil, o au-
A sua função social stricto sensu, é de defensor direcionada ditor e qualquer profissional de contabilidade estão condicionados
ao contexto empresarial externo e interno, pois empresas privadas a obrigação de meios e não de resultados, ou seja, se o profissional
contratam auditores para avaliar se o seu controle administrativo trabalhar de acordo com as normas técnicas e éticas contábeis não
é eficaz, se a sua contabilidade é feita de acordo com as normas responderá civilmente pêlos atos que praticou, uma vez que inexis-
contábeis e legais, analisando a atuação de funcionários e até a dos te prejuízo a apurar, dada a inexistência da responsabilidade pêlos
próprios dirigentes e sócios da entidade. resultados, caso contrário por culpa estrita e literal em que se com-
Destarte, estas prerrogativas citadas dão grande projeção e re- prove imprudência e negligência por dolo ou não, fica o profissional
levo à função de auditor, consequentemente, a responsabilidade de responsável por sua obra.
seu trabalho para com a sociedade em geral e com dirigentes da Salientamos que somente por erro inescusável, que é aquele
empresa é líquida e certa. Portanto, no desempenho de suas fun- ocorrido por ignorância patente e profunda, é que poderá levar-se o
ções perquire-se sua responsabilidade por danos causados a clien- contabilista e auditor às barras dos tribunais para responsabilizá-lo
tes ou terceiros neste contexto. por eventuais danos aos clientes ou terceiros.
A responsabilidade do auditor está enquadrada das seguintes O Novo Código Civil Brasileiro Lei nº 10.406 de janeiro de 2002,
formas: no seu artigo 186, dos atos ilícitos prevê genericamente o seguinte.
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligencia ou
3.1.1 RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL imprudência, violar ou causar prejuízo a outrem, ainda que exclusi-
Não existe claramente definida em nossa legislação civil penal, vamente moral, comete ato ilícito” de conduta moral”
comercial e profissional as responsabilidades legais do auditor, pois
esta profissão é considerada como técnica ou aplicação conheci- 3.1.3 RESPONSABILIDADE COM CLIENTES
mento contábil. Perante a lei ele é responsável pelo seu parecer No que tange a um exame auditorial este deve ser baseado em
sobre as demonstrações contábeis embora sem definição positiva e um entendimento entre o auditor e seu cliente. É prática extrema-
especial. Sendo assim aplicadas pelo CFC (Conselho Federal de Con- mente imprudente comprometer-se a executar algo tão importante
tabilidade) as sanções disciplinares, enquanto as sanções civis são como um trabalho de auditoria, sem haver descrição específica do
próprias do Estado, podendo mesmo haver cumulação de sanções. trabalho que o auditor terá que executar, ou seja, é imprescindível
emitir parecer sem que esteja sincera grosseiramente’negligente, um contrato de prestação de serviços que especifique com razoável
parecer profissional. exatidão a natureza do exame que ele se compromete a fazer, pois
Para o auditor, sua principal proteção na emissão de seu pare- o cliente pode mais tarde afirmar, em prejuízo do auditor, que pre-
cer está na execução cuidadosa de seu trabalho, juntamente com tendia uma investigação mais ampla e detalhada.
a aplicação das normas profissionais geralmente aceitas, isto sal- Na realização de seu trabalho, o auditor deve agir de acordo
vaguarda sua pessoa, pois ele é responsável pelo seu parecer e se com os termos de seu contrato, uma vez que deixe de aplicar devi-
este foi elaborado de acordo com as normas não poderá ser res- do cuidado e capacidade, ou deixe de guardar sigilo da informação
ponsabilizado. a que ele teve acesso, ele pode tomar-se legalmente responsável
Sua responsabilidade profissional é regulada pelo Decreto-Lei perante o cliente, por quebra de contrato.
n° 9.295 art. 10 alínea C que estabelece a seguinte função do Con- Os danos, em tais circunstancias, serão a perda sofrida e com-
selho. provada pelo cliente
“Fiscalizar o exercício da profissão do contador e guarda-livros,
impedindo e punindo infrações e bem assim enviando às autorida- Normas Relativas à Pessoa do Auditor
des competentes minuciosos documentos e relatórios sobre fatos • A auditoria deve ser executada por profissionais legalmente
que apuram e cuja solução ou repressão não seja de sua alçada” habilitados pelo Conselho Regional de Contabilidade - CRC.
Pode-se perceber que a lei não atinge diretamente o profissio- • O auditor deve ser independente de todos os assuntos rela-
nal auditor, mas apenas por extensão. Um contador que pratique cionados à empresa que está auditando.
qualquer ato lesivo a um cliente ou esteja em situação irregular será • O auditor deve exercer suas funções com o máximo zelo na
susceptível de penalidades pelo Conselho Regional de Contabilida- realização de seu exame e exposição de suas conclusões.
de.
Portanto execução do trabalho do auditor a sua responsabili- Normas Relativas à Execução do Trabalho
dade, a ética e o elevado padrão técnico são implícitos. A Infração • O trabalho deve ser adequadamente planejado, e todas as
a qualquer um desses princípios sujeita-o a ser denunciado ao ór- execuções devem ser supervisionadas pelo auditor responsável.
gão fiscalizador da profissão, o CRC, para aplicação da penalidade • O auditor deve estudar e avaliar todo o sistema contábil e
cabível que vai desde a advertência até a suspensão do exercício controle interno da empresa a ser auditada, pois a responsabilidade
profissional. que estão lhe depositando é de extrema confiança.
• Os procedimentos de auditoria deve se aprofundar nos ele-
mentos necessários para comprovar a fundamentação do parecer
do auditor.
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Normas Relativas ao Parecer NBC PA 13 (R3) (DOU 20/08/2020) - Exame de Qualificação Téc-
• O parecer deve esclarecer o exame efetuado dentro das nor- nica;
mas estabelecidas pela auditoria. As demonstrações contábeis fi- Resolução 1.495 (DOU 27/11/2015) - Cadastro Nacional de Au-
nanceiras devem ser observadas se foram preparadas dentro dos ditores Independentes (CNAI);
princípios geralmente aceitos pela contabilidade. E se os princípios NBC PA 400 (DOU 27/11/2019) - Independência para Trabalho
foram aplicados dentro da uniformidade em relação ao exercício de Auditoria e Revisão;
anterior. NBC PO 900 (DOU 27/11/2019) - Independência para Trabalho
• Salvo declaração em contrário, entende-se que o auditor con- de Asseguração Diferente de Auditoria e Revisão.
sidera satisfatórios os elementos contidos nas demonstrações exa-
minadas e as notas que as acompanham. As Normas Brasileiras de Contabilidade de Auditoria - NBC PA,
• O parecer deve expressar a opinião do auditor sobre as de- encontram-se disponíveis em sua integralidade, no seguinte ende-
monstrações contábeis, quando não puder expressar opinião sem reço eletrônico:
ressalvas sobre todos os elementos, devem ser declaradas as razões https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilida-
que motivaram esse fato. Em síntese o parecer deve conter indica- de/nbc-pa-do-auditor-independente/
ções precisa da natureza do exame e do grau de responsabilidade
assumida pelo auditor. No tocante às Normas Técnicas, as mesmas estabelecem con-
Portanto a criação e a evolução do auditor não foi simplesmen- ceitos doutrinários, regras e procedimentos aplicados de Contabili-
te para encontrar roubos ou erros propositais, mas sim o seu obje- dade. Dentre sua classificação, encontram-se as NBC TA – de Audi-
tivo é dirigir seu trabalho no sentido de detectar irregularidades é toria Independente de Informação Contábil Histórica. Vejamos:
estas servirem para melhorar as execuções futuras da administra-
ção empresarial. ESTRUTURA CONCEITUAL (DOU 25/11/15) - Estrutura Concei-
tual para Trabalhos de Asseguração;
Fonte: https://www.contabeis.com.br/artigos/34/a-funcao-eti- NBC TA 200 (R1) (DOU 05/09/16) - Objetivos Gerais do Auditor
ca-e-a-responsabilidade-social-do-auditor-na-analise-das-demons- Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com
tracoes-contabeis/ Normas de Auditoria;
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/admi- NBC TA 210 (R1) (DOU 05/09/16) Concordância com os Termos
nistracao/normas-relativas-a-pessoa-do-auditor/24022 do Trabalho de Auditoria;
https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilida- NBC TA 220(R3) (DOU 09/12/21) - Gestão de Qualidade da Au-
de/nbc-ta-de-auditoria-independente/ ditoria de Demonstrações Contábeis;
NBC TA 230 (R1) (DOU 05/09/16) - Documentação de Auditoria;
NBC TA 240 (R1) (DOU 05/09/16) - Responsabilidade do Audi-
NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE DE AUDITORIA tor em Relação a Fraude, no Contexto da Auditoria de Demonstra-
– NBC TA, NBC TI E NBC PA. ções Contábeis;
NBC TA 250 (DOU 14/02/19Consideração de Leis e Regulamen-
tos na Auditoria de Demonstrações Contábeis;
A Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade está re- NBC TA 260(R2) (DOU 04/07/16) - Comunicação com os Res-
gulamentada na Resolução CFC nº. 1.328/11, que sofreu alteração ponsáveis pela Governança;
pela Resolução CFC nº 1.548/2018. A partir da mesma, as altera- NBC TA 265 (1.210/09) - Comunicação de Deficiências de Con-
ções em normas passam a obedecer esse novo padrão30: trole Interno;
– Quando a alteração é total, ou seja, dá-se nova redação à NBC TA 300 (R1) (DOU 05/09/16) - Planejamento da Auditoria
norma, a sigla e o número da norma é mantido e a nova redação é de Demonstrações Contábeis;
identificada pela letra R + o número sequencial; NBC TA 315 (R2) (DOU 02/09/21) Identificação e Avaliação dos
– Quando a alteração é parcial, é editado o documento Revisão Riscos de Distorção Relevante por meio do Entendimento da Enti-
NBC e as alterações, inclusões e exclusões são incorporadas às res- dade e do seu Ambiente;
pectivas normas, mantendo a sigla da norma alterada. NBC TA 320 (R1) (DOU 05/09/16) - Materialidade no Planeja-
mento e na Execução da Auditoria;
Referente à vigência, a mesma encontra-se sempre antes da NBC TA 330 (R1) (DOU 05/09/16) - Resposta do Auditor aos Ris-
data e da assinatura da norma, interpretação, comunicado e Revi- cos Avaliados;
são NBC. As Normas Brasileiras de Contabilidade classificam-se em NBC TA 402 (1.215/09) - Considerações de Auditoria para a En-
Profissionais e Técnicas. tidade que Utiliza Organização Prestadora de Serviços;
As Normas Profissionais estabelecem regras de exercício profis- NBC TA 450 (R1) (DOU 05/09/16) - Avaliação das Distorções
sional. Dentre sua classificação, encontram-se as NBC PA – do Audi- Identificadas durante a Auditoria;
tor Independente. Vejamos: NBC TA 500 (R1) (DOU 05/09/16) - Evidência de Auditoria;
NBC PA 01 (09/12/21) - Gestão de Qualidade para Firmas (Pes- NBC TA 501 (1.218/09) - Evidência de Auditoria – Considera-
soas Jurídicas e Físicas) de Auditores Independentes Revisão de ções Específicas para Itens Selecionados;
Qualidade do Trabalho; NBC TA 505 (1.219/09) - Confirmações Externas;
NBC PA 02 (09/12/21) - Revisão de Qualidade do Trabalho; NBC TA 510 (R1) (DOU 05/09/16) - Trabalhos Iniciais – Saldos
NBC PA 11 (DOU 13/12/2017) - Revisão Externa de Qualidade Iniciais;
pelos Pares; NBC TA 520 (1.221/09) - Procedimentos Analíticos;
30 https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/ NBC TA 530 (1.222/09) - Amostragem em Auditoria;
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NBC TA 540 (R2) (DOU 23/10/19) - Auditoria de Estimativas CTA 13 (1.388/12) - Emissão do Relatório do Auditor Indepen-
Contábeis, Inclusive do Valor Justo, e Divulgações Relacionadas; dente sobre as Demonstrações Contábeis Individuais e Consolida-
NBC TA 550 (1.224/09) - Partes Relacionadas; das de Entidades Supervisionadas pela ANS;
NBC TA 560 (R1) (DOU 05/09/16) - Eventos Subsequentes; CTA 14 (1.393/12) - Emissão do Relatório do Auditor Indepen-
NBC TA 570 (DOU 04/07/16) - Continuidade Operacional; dente sobre Demonstrações Contábeis de Instituições Autorizadas
NBC TA 580 (R1) (DOU 05/09/16) - Representações Formais; a Funcionar pelo BCB, em decorrência da opção facultada para dife-
NBC TA 600 (R1) (DOU 05/09/16) - Considerações Especiais – rimento do resultado líquido negativo;
Auditorias de Demonstrações Contábeis de Grupos, Incluindo o Tra- CTA 15 (1.405/12) - Emissão de Relatório de Auditoria sobre as
balho dos Auditores dos Componentes; Demonstrações Contábeis Intermediárias Individuais de Entidades
NBC TA 610 (DOU 29/01/14) - Utilização do Trabalho de Audi- Supervisionadas pela SUSEP, referentes ao semestre findo em 30 de
toria Interna; junho de 2012;
NBC TA 620 (1.230/09) - Utilização do Trabalho de Especialistas; CTA 16 (DOU 18/6/19) - Relatório de Auditoria sobre a Base de
NBC TA 700 (DOU 04/07/16) - Formação da Opinião e Emis- Contribuições dos Agentes Financeiros ao Fundo de Compensação
são do Relatório do Auditor Independente sobre as Demonstrações de Variações Salariais (FCVS);
Contábeis; CTA 17 (DOU 31/07/13) - Emissão do Relatório do Auditor Inde-
NBC TA 701 (DOU 04/07/16) - Comunicação dos Principais As- pendente sobre as Demonstrações Contábeis Individuais e Conso-
suntos de Auditoria no Relatório do Auditor Independente; lidadas em decorrência de alterações introduzidas para o Teste de
NBC TA 705 (DOU 04/07/16) - Modificações na Opinião do Au- Adequação de Passivos pela SUSEP;
ditor Independente; CTA 18 (DOU 31/07/13) - Emissão do Relatório do Auditor In-
NBC TA 706 (DOU 04/07/16) - Parágrafos de Ênfase e Parágra- dependente e procedimentos de auditoria requeridos quando da
fos de Outros Assuntos no Relatório do Auditor Independente; reapresentação de demonstrações contábeis ou informações inter-
NBC TA 710 (R1) (DOU 05/09/16) - Informações Comparativas mediárias;
– Valores Correspondentes e Demonstrações Contábeis Compara- CTA 19 (DOU 25/02/14) - Orientação aos auditores indepen-
tivas; dentes sobre o entendimento a respeito dos procedimentos ado-
NBC TA 720 (DOU 05/09/16) - Responsabilidade do Auditor em tados, ou a serem adotados, pela administração das entidades na
Relação a Outras Informações; avaliação dos assuntos contidos na Medida Provisória 627/13;
NBC TA 800 (DOU 22/02/17) - Considerações Especiais – Au- CTA 21 (DOU 11/06/14) - Orientação para emissão de relatório
ditorias de Demonstrações Contábeis Elaboradas de Acordo com do auditor independente sobre as Demonstrações Contábeis Con-
Estruturas Conceituais de Contabilidade para Propósitos Especiais; solidadas do Conglomerado Prudencial das instituições financeiras
NBC TA 805 (DOU 22/02/17) - Considerações Especiais – Audi- e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
toria de Quadros Isolados das Demonstrações Contábeis e de Ele- Brasil, exceto cooperativas de crédito, a que se refere a Resolução
mentos, Contas ou Itens Específicos das Demonstrações Contábeis; nº 4.280 do Conselho Monetário Nacional (CMN), de 31 de outubro
NBC TA 810 (DOU 22/02/17) - Trabalhos para a Emissão de Re- de 2013 e regulamentações complementares;
latório sobre Demonstrações Contábeis Condensadas; CTA 22 (DOU 28/01/15) - Procedimentos de auditoria a serem
CTA 02 (DOU 09/03/15) - Emissão do Relatório do Auditor In- considerados para aplicação do CTG 08;
dependente sobre Demonstrações Contábeis Individuais e Conso- CTA 23 (DOU 22/05/15) - Dispõe sobre procedimentos que de-
lidadas; vem ser observados quando o auditor independente for contratado
CTA 03 (1.321/11) - Emissão do Relatório do Auditor Indepen- para emitir Carta-Conforto em conexão com processo de oferta de
dente sobre Demonstrações Contábeis Individuais e Consolidadas títulos e valores mobiliários;
de Instituições Financeiras e Demais Instituições Autorizadas a Fun- CTA 24 (DOU 28/10/16) - Emissão de relatório de auditoria so-
cionar pelo Banco Central do Brasil (BCB); bre as Demonstrações Contábeis Regulatórias (DCRs), elaboradas
CTA 04 (1.322/11) - Emissão do Relatório do Auditor Indepen- de acordo com o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico (MCSE);
dente sobre Demonstrações Contábeis Individuais e Consolidadas CTA 25 (R1) (DOU 15/04/19) - Emissão do Novo Modelo de Re-
de Entidades Supervisionadas pela Superintendência de Seguros latório do Auditor Independente;
Privados (SUSEP); CTA 26 (DOU 05/12/18) - Relatório dos Auditores Indepen-
CTA 05 (1.331/11) - Emissão do Relatório do Auditor Indepen- dentes sobre o Demonstrativo do Direcionamento dos Recursos de
dente sobre Demonstrações Contábeis de Fundos de Investimento; Poupança;
CTA 06 (1.332/11) - Emissão do Relatório do Auditor Indepen- CTA 27 (DOU 22/02/19) - Relatórios sobre as Demonstrações
dente sobre Demonstrações Contábeis de Companhias Abertas, Contábeis de Entidade de Incorporação Imobiliária;
conforme facultado pela Deliberação CVM nº 656/11; CTA 28 (DOU 17/12/19) - Relatório de Auditoria de Patrimônio
CTA 07 (1.333/11) - Emissão do Relatório do Auditor Indepen- Separado de Securitizadoras;
dente sobre Demonstrações Contábeis Individuais e Consolidadas CTA 29 (DOU 07/10/20) - Orientações aos Auditores Indepen-
de Entidades Supervisionadas pela ANS; dentes sobre a emissão de relatório de auditoria das demonstra-
CTA 08 (DOU 31/07/13) - Emissão do Relatório do Auditor Inde- ções contábeis semestrais das instituições autorizadas a funcionar
pendente sobre Demonstrações Contábeis das Entidades Fechadas pelo Banco Central do Brasil (BACEN);
de Previdência Complementar (EFPC); CTA 30 (DOU 01/07/21) - Relatório de Auditoria de Demonstra-
CTA 11 (1.338/11) - Emissão de Relatórios de Revisão das Infor- ções Contábeis de Entidades envolvidas ou suspeitas de não confor-
mações Trimestrais do ano de 2010; midade com leis e regulamentos;
CTA 12 (DOU 29/6/18) - Relatório do Auditor Independente so-
bre as Demonstrações Contábeis de Grupo Econômico;
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CTA 31 (DOU 01/07/21) - Orientação aos auditores indepen- 3. (Prefeitura de Santo Augusto/RS - Auditor Fiscal de Tributos
dentes no atendimento aos requerimentos específicos da Circular Municipais – FUNDATEC/2020) De acordo com a Norma Brasileira
Susep nº 517/2015, alterada pela Circular Susep n.º 616/2020; de Contabilidade aprovada pela Resolução CFC nº 1.222/2009 (NBC
CTA 32 (DOU 30/11/2021) - Auditoria das Demonstrações Con- TA 530), que trata especificamente da amostragem em auditoria,
tábeis dos Fundos de Investimento. a Amostragem Estatística é a abordagem à amostragem que tem
como características:
As Normas Brasileiras de Contabilidade de Auditoria - NBC TA, I. O uso da teoria das probabilidades para avaliar os resultados
encontram-se disponíveis em sua integralidade, no seguinte ende- das amostras, incluindo a mensuração do risco de amostragem.
reço eletrônico: II. Seleção aleatória dos itens da amostra.
https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilida- III. Seleção de no mínimo 10 (dez) por cento dos itens que cons-
de/nbc-ta-de-auditoria-independente/ tituem a população.
Quais estão corretas?
(A) Apenas I.
QUESTÕES (B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e II.
1. (Carris Porto-Alegrense – Auditor – FUNDATEC/2021) A NBC (E) I, II e III.
TA 530 trata da Amostragem em auditoria e se aplica quando o
auditor independente decide utilizar amostragem na execução de 4. (SEFAZ/AM - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais – FGV/2022)
procedimentos de auditoria. Com base nesta norma, assinale a al- Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e inves-
ternativa INCORRETA. tigações, incluindo testes de observância e testes substantivos.
(A) O nível de risco de amostragem que o auditor está disposto Em relação aos testes de observância, analise os procedimen-
a aceitar afeta o tamanho da amostra exigido. Quanto menor tos a seguir.
o risco que o auditor está disposto a aceitar, menor deve ser o I. Inspeção: verificação de registros, documentos e ativos tan-
tamanho da amostra. gíveis.
(B) O tamanho da amostra pode ser determinado mediante II. Observação: acompanhamento de processo ou procedimen-
aplicação de fórmula com base em estatística ou por meio do to quando de sua execução.
exercício do julgamento profissional. III. Investigação e confirmação: obtenção de informações pe-
(C) O objetivo do auditor, ao usar a amostragem em auditoria, rante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e
é o de proporcionar uma base razoável para o auditor concluir das operações, dentro ou fora da entidade.
quanto à população da qual a amostra é selecionada. Na avaliação dos testes de observância, está correto o que se
(D) Unidade de amostragem é cada um dos itens individuais afirma em
que constituem uma população. (A) I, somente.
(E) A amostragem em auditoria pode ser aplicada usando tanto (B) I e II, somente.
a abordagem de amostragem não estatística quanto a estatís- (C) I e III, somente.
tica. (D) II e III, somente.
(E) I, II e III.
2. (Prefeitura de Formiga/MG - Auditor de Controle Interno -
INSTITUTO CONSULPLAN/2020) O auditor deve ter pleno conheci- 5. (UFSC – Auditor – UFSC/2022) De acordo com as normas téc-
mento dos significados dos termos existentes nas normas de audi- nicas e profissionais aplicáveis ao trabalho de auditoria, é correto
toria. Conforme disposto na NBC TA 530, que versa sobre a seleção afirmar que:
da amostra em auditoria, assinale o significado INCORRETO. (A) os testes substantivos visam à obtenção de razoável segu-
(A) Unidade de amostragem: é cada um dos itens individuais rança de que os controles internos estabelecidos pela adminis-
que constituem uma população. tração estão em efetivo funcionamento.
(B) Amostra: é o conjunto completo de dados sobre o qual a po- (B) a análise dos riscos da Auditoria Interna deve ser feita após
pulação é selecionada e sobre o qual o auditor deseja concluir. finalizado o relatório de auditoria.
(C) Distorção tolerável: é um valor monetário definido pelo (C) os testes de observância visam à obtenção de razoável se-
auditor para obter um nível apropriado de segurança de que gurança de que os controles internos estabelecidos pela admi-
esse valor monetário não seja excedido pela distorção real na nistração estão em efetivo funcionamento.
população. (D) é vedado o uso de amostragem na execução de auditorias.
(D) Amostragem em auditoria: é a aplicação de procedimentos (E) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos
de auditoria em menos de 100% dos itens de população rele- de auditoria interna a serem aplicados não podem, em nenhu-
vante para fins de auditoria, de maneira que todas as unidades ma situação, estar alinhadas com a política de gestão de riscos
de amostragem tenham a mesma chance de serem seleciona- da entidade.
das para proporcionar uma base razoável que possibilite o au-
ditor concluir sobre toda a população.

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6. (Prefeitura de São Carlos/SC - Controlador Interno – FEPE- 9. (SEFAZ/AM - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais – FGV/2022)
SE/2021) Os testes de auditoria se constituem em exames, proce- De acordo com a NBC TI 01 – Da Auditoria Interna, os testes subs-
dimentos e investigações com o objetivo de coletar evidências de tantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exati-
auditoria e formação de opinião. dão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação
Os testes de observância visam à: da entidade.
(A) análise de evidência quanto à suficiência, exatidão e valida- No processo de obtenção de informações sobre os assuntos
de dos dados produzidos pelo sistema de informação da enti- relacionados aos objetivos e ao alcance da Auditoria Interna, de-
dade. vem ser observados os procedimentos a seguir, à exceção de um.
(B) leitura de protocolos, fluxogramas e rotinas de trabalho Assinale-o.
descritas nos manuais da entidade como forma de visualização (A) A informação útil auxilia a entidade a atingir as suas metas.
de informações econômico-financeiras da entidade. (B) A informação relevante dá suporte às conclusões e às reco-
(C) obtenção de razoável segurança de que os controles inter- mendações da Auditoria Interna.
nos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcio- (C) A informação tempestiva é conservadora e livre de erros.
namento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos colabo- (D) A informação suficiente é factual e convincente, de tal for-
radores da entidade. ma que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la da
(D) avaliação de transações registradas no sistema de informa- mesma forma que o auditor interno.
ção contábil da entidade quanto à sua existência, legitimidade, (E) A informação adequada, sendo confiável, propicia a melhor
quantidade, qualidade e materialidade. evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas
(E) análise da efetividade de desempenho dos colaboradores de Auditoria Interna.
no alcance das metas organizacionais por meio da comparação
entre metas descritas no manual orçamentário e resultados al- 10. (TCM/SP - Agente de Fiscalização – FGV) Durante a execu-
cançados. ção do trabalho de auditoria em uma determinada empresa, um
auditor detectou que uma aquisição de mercadorias a prazo reali-
7. (APEX Brasil - Auditoria Interna - CESPE/CEBRASPE/2022) Os zada em dezembro de 2012 só foi registrada quando do efetivo pa-
procedimentos da auditoria interna constituem exames e investi- gamento, no exercício seguinte. Em consequência disso, as contas
gações que permitem ao auditor interno subsídios suficientes para de fornecedores a pagar e mercadorias para revenda apresentaram
fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da distorções no exercício de competência.
entidade. Os testes substantivos de auditoria interna visam à Nessa situação os testes realizados pelo auditor são:
(A) constatação de razoável segurança de que os controles in- (A) teste principal para superavaliação de ativo e teste secun-
ternos estabelecidos pela administração estão em funciona- dário para subavaliação de passivo.
mento, por meio da verificação de registros, de documentos e (B) teste principal para superavaliação de passivo e teste secun-
de ativos tangíveis. dário para subavaliação de ativo.
(B) confirmação de fatos, por meio da obtenção de informa- (C) teste principal para subavaliação de ativo e teste secundário
ções perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das para subavaliação de passivo.
transações e das operações, dentro ou fora da entidade. (D) teste principal para subavaliação de passivo e teste secun-
(C) verificação do cumprimento pelos funcionários e adminis- dário para subavaliação de ativo;
tradores, por meio do acompanhamento de processo ou pro- (E) teste principal para subavaliação de passivo e teste secun-
cedimento quando de sua execução. dário para superavaliação de ativo.
(D) obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e va-
lidade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da 11. (Câmara Municipal do Rio de Janeiro – Contabilidade - Pre-
entidade. feitura do Rio de Janeiro/RJ) O teste de auditoria contábil que parte
do valor registrado no razão geral para o documento-suporte da
8. (CFO/DF – Contador – QUADRIX/2022) Quanto à auditoria, transação é o teste para:
julgue o item. (A) subavaliação.
A observação é um procedimento que deve ser considerado na (B) subutilização.
realização de testes substantivos, com vistas ao acompanhamento (C) superavaliação.
da execução dos processos que envolvem a realização das diversas (D) superutilização.
atividades ou operações da entidade auditada.
(...) CERTO 12. (Câmara Municipal do Rio de Janeiro – Contabilidade -
(...) ERRADO Prefeitura do Rio de Janeiro/RJ) O auditor contábil independente
observou, por ocasião da inspeção dos contratos de empréstimos,
que os juros devidos e não pagos, até a data de encerramento do
exercício social, não foram provisionados. Este é um tipo de teste de
auditoria principal para:
(A) superavaliação do ativo e secundário para subavaliação de
receita.
(B) subavaliação do passivo e secundário para subavaliação de
despesa.

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(C) subavaliação do passivo e secundário para superavaliação 16. (PRODAM/AM - Analista Administrativo – QUADRIX/2022)
de despesa. Ao analisar o balanço orçamentário relativo ao exercício de 2021 de
(D) superavaliação do passivo e secundário para superavaliação determinado ente da Federação e compará-lo com o balanço orça-
de despesa. mentário do exercício anterior, o auditor do Tribunal de Contas per-
cebeu uma relevante variação no montante das despesas pagas em
13. (TJ/RO – Contador – FGV/2021) As informações que funda- determinada rubrica orçamentária. Em razão disso, ele questionou,
mentam os resultados da Auditoria Interna denominam-se evidên- verbalmente, o contador da entidade a respeito das causas ou dos
cias, as quais fornecem a base sólida para as conclusões e recomen- motivos dessa abrupta variação.
dações à administração da entidade. Quando um auditor, em seu Nesse caso hipotético, os procedimentos/técnicas de auditoria
trabalho, obtém uma informação que auxilia a entidade a atingir adotados foram
suas metas, trata-se de uma evidência: (A) inspeção e circularização.
(A) fidedigna. (B) exame documental e confirmação externa.
(B) objetiva. (C) recálculo e entrevista.
(C) relevante. (D) observação e circularização.
(D) suficiente. (E) revisão analítica e indagação.
(E) útil.
17. (FUNSAÚDE/CE - Auditor Administrativo – FGV/2021) Em
14. (IF/TO – Auditor – IF/TO/2021) As evidências de auditoria relação aos procedimentos de auditoria, assinale a opção correta.
são as informações coletadas, analisadas e avaliadas pelo auditor (A) A observação consiste na execução independente pelo au-
para apoiar os achados e as conclusões do trabalho de auditoria. ditor de procedimentos ou controles que foram originalmente
Constituem meio de informação ou de prova para fundamentar a realizados como parte do controle interno da entidade.
opinião da UAIG e, ao mesmo tempo, reduzir o risco de auditoria a (B) A reexecução consiste na verificação da exatidão matemáti-
um nível aceitável. ca de documentos ou registros e pode ser realizada manual ou
Sobre os atributos das evidências de auditoria, assinale a alter- eletronicamente.
nativa incorreta. (C) O recalculo consiste na avaliação das informações feitas por
(A) A evidência suficiente é aquela concreta, adequada e con- meio de estudo das relações plausíveis entre dados financeiros
vincente. e não financeiros.
(B) Para que sejam confiáveis, as evidências devem ser também (D) A indagação consiste na busca de informações junto a pes-
fidedignas, ou seja, válidas e representarem de forma precisa soas com conhecimento, financeiro e não financeiro, dentro ou
os fatos, sem erros ou tendências. fora da entidade.
(C) A evidência mais confiável é aquela oriunda de apenas uma (E) Os procedimentos analíticos consistem no exame de proce-
fonte de informação, maior ainda do que aquela corroborada dimento executado por outros, como a observação, pelo audi-
por mais fontes. tor, da contagem do estoque pelos empregados da entidade ou
(D) O atributo da relevância assegura que a evidência esteja di- da execução de atividades de controle.
retamente relacionada aos objetivos e ao escopo do trabalho.
(E) A utilidade da informação registrada como evidência rela- 18. (Prefeitura de São Carlos/SC - Controlador Interno – FEPE-
ciona-se com a sua capacidade de auxiliar a Unidade Auditada SE/2021) Para formar a opinião de auditoria, a maior parte do tra-
a atingir os seus objetivos. balho do auditor consiste na obtenção e avaliação de evidências de
auditoria. Os procedimentos de auditoria utilizados para coleta de
15. (Prefeitura de São Carlos/SC - Controlador Interno – FEPE- evidências podem incluir: inspeção, observação, recálculo, reexecu-
SE/2021) As evidências de auditoria são informações utilizadas para ção e procedimentos analíticos.
fundamentar as conclusões e a opinião do auditor. Assinale a alternativa correta.
As evidências de auditoria devem contemplar os seguintes as- (A) Inspeção - consiste no exame de processo ou de procedi-
pectos: mento executado por outros.
(A) a adequação, que consiste na medida da quantidade da in- (B) Procedimentos Analíticos - consistem em avaliação das in-
formação, e a suficiência que consiste na medida da qualidade formações feitas por meio de estudo das relações plausíveis
da informação. entre dados financeiros e não financeiros.
(B) a confiabilidade, que consiste na medida da quantidade da (C) Observação - envolve o exame de registros ou documentos,
informação, e a relevância, que consiste na medida da qualida- internos ou externos, em forma de papel, em forma eletrônica
de da informação. ou em outras mídias, ou o exame físico.
(C) a suficiência, que consiste na medida da qualidade da infor- (D) Recálculo - envolve a execução independente pelo auditor
mação, e a veracidade, que consiste na medida da quantidade de procedimentos ou controles que foram originalmente reali-
da informação. zados como parte do controle interno da entidade.
(D) a suficiência, que consiste na medida da quantidade da in- (E) Reexecução - consiste na verificação da exatidão matemáti-
formação, e a adequação que consiste na medida da qualidade ca de documentos ou registros, de modo manual ou eletroni-
da informação. camente.
(E) a adequação, que consiste na medida da qualidade da infor-
mação, e a oportunidade, que consiste na medida da quantida-
de da informação.

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19. (TCE/AL - Agente de Controle Interno – COPEVE/UFAL/2022) (C) a fraude é ato de má-interpretação e o erro é ato de omis-
Exige-se que o auditor identifique e avalie os riscos de distorção são.
relevantes nas demonstrações contábeis decorrentes de fraude, e (D) a fraude é ato de desatenção e o erro é ato de adulteração.
que planeje e implemente respostas apropriadas para os riscos ava- (E) a fraude é ato de omissão e o erro é ato de dolo.
liados, de acordo com a NBC TA 240 – Responsabilidade do Auditor
em Relação a Fraude, no Contexto da Auditoria de Demonstrações 22. (TRE/SP – Contabilidade – FCC) As demonstrações contá-
Contábeis. beis de determinada empresa de Economia mista do exercício de
As informações usadas para identificar os riscos de distorção 2016 foram auditadas pela firma de auditoria Pontual & Associados.
relevantes nas demonstrações contábeis do grupo devido à fraude No que tange a auditoria independente, segundo a NBC TA 200,
podem incluir: (A) as demonstrações contábeis sujeitas à auditoria são as da
(A) a avaliação, pela equipe de auditoria, dos riscos de que suas entidade, elaboradas pela sua administração, com supervisão
demonstrações contábeis possam ser distorcidas de maneira geral dos responsáveis pela governança.
relevante como resultado de fraude. (B) o objetivo e recomendar à alta Administração soluções para
(B) os responsáveis pela governança do grupo monitoram o as irregularidades ou impropriedades detectadas durante os
processo da administração para identificar e responder aos ris- trabalhos de auditoria.
cos de fraude no grupo e os controles que o grupo estabeleceu (C) para expressar uma opinião exige-se que o auditor obtenha
para mitigar esses riscos. segurança razoável de que as demonstrações contábeis foram
(C) os componentes gerais, para os quais o risco de fraude é avaliadas pelo controle interno da entidade.
provável, bem como determinar se a equipe encarregada do (D) o objetivo e auxiliar a Administração da entidade no cum-
trabalho tem conhecimento de quaisquer casos reais, suspeitas primento de suas metas e objetivos operacionais.
ou indícios de fraude que afetem o componente ou o grupo. (E) a administração da entidade utiliza-se de informações ob-
(D) as respostas da equipe de auditoria encarregada do tra- tidas mediante evidências de auditoria registradas nos papeis
balho às indagações dos responsáveis pela governança, para de trabalho, para o aperfeiçoamento da gestão e dos controles
determinar se têm conhecimento de quaisquer casos reais, internos.
suspeitas ou indícios de fraude que afetem o componente ou
o grupo. 23. (CGE/MT – Auditor Estadual - FMP CONCURSOS) O(s) obje-
(E) o processo da administração do grupo para identificar e res- tivo(s) da auditoria das demonstrações contábeis constante na NBC
ponder aos riscos de fraude no grupo, inclusive quaisquer ris- TA 200 é (são):
cos específicos de fraude identificados pela equipe de auditoria I - obter segurança razoável de que as demonstrações contá-
ou saldos contábeis, classes de transações ou divulgações para beis como um todo estão livres de distorção relevante, independen-
as quais, o risco de fraude seja provável. temente se causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que o
auditor expresse sua opinião sobre se as demonstrações contábeis
20. (FUNSAÚDE/CE - Auditor Administrativo – FGV/2021) De foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformi-
acordo com a NBC TI 01 – Da Auditoria Interna, em relação à fraude dade com a estrutura de relatório financeiro aplicável
e ao erro em auditoria interna, assinale a opção correta. II - apresentar relatório sobre as demonstrações contábeis e co-
(A) A fraude é um ato intencional de omissão, desatenção, des- municar-se como exigido pelas NBC TAs, em conformidade com as
conhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de constatações do auditor.
registros, informações e demonstrações contábeis. III - aumentar o grau de confiança nas demonstrações contá-
(B) O erro é um ato não-intencional de omissão, e/ou manipu- beis por parte dos usuários.
lação de transações e operações, adulteração de documentos, Assinale a alternativa que apontas a(s) assertiva(s) correta(s).
registros, relatórios, informações e demonstrações contábeis. (A) I, II e III.
(C) A fraude é aplicável a atos exclusivamente monetários, en- (B) Apenas II.
quanto o erro é aplicável a atos físicos e monetários. (C) Apenas III.
(D) A Auditoria Interna deve assessorar a administração da en- (D) Apenas I e II.
tidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigan- (E) Apenas II e III.
do-se a informá-la sobre quaisquer indícios ou irregularidades
detectadas. 24. (Prefeitura de Recife/PE - Auditor do Tesouro Municipal –
(E) Detectados possíveis indícios de irregularidades, a adminis- FGV) O reconhecimento pelo auditor de que existem circunstâncias
tração da entidade deve se reunir pessoalmente com a audito- que podem causar distorção relevante nas demonstrações contá-
ria interna e os gestores da entidade, e comunicá-los publica- beis revela o requisito ético relacionado à auditoria de demonstra-
mente sobre as descobertas. ções contábeis, denominado
(A) julgamento profissional.
21. (Prefeitura de São Carlos/SC - Controlador Interno – FEPE- (B) evidência funcional.
SE/2021) As distorções nas demonstrações contábeis podem ser (C) ceticismo profissional.
decorrentes de fraude e erro. A distinção conceitual entre fraude e (D) condução apropriada.
erro está no fato de que: (E) conformidade legal.
(A) a fraude é ato intencional e o erro é ato não intencional.
(B) a fraude é ato de desconhecimento e o erro é ato de ma-
nipulação.

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25. (SEFAZ/CE – Auditor - CESPE/CEBRASPE/2021) Em relação 29. (Prefeitura de São Paulo/SP - Auditor Fiscal do Município
à auditoria da conta contábil de estoque de mercadorias do ativo – FCC) Nos trabalhos de auditoria externa, o profissional encarre-
circulante, julgue o item seguinte. gado de revisar as contas a pagar da Cia. Madeirense verificou a
Em se tratando de testes de superavaliação da conta de esto- existência de várias duplicatas quitadas, emitidas por fornecedores
ques do ativo circulante, os testes são geralmente orientados às da companhia, mas cuja baixa não tinha sido registrada na escritu-
contas do próprio ativo e de receitas: por exemplo, considerando-se ração contábil. Esse fato constitui um indício de
o método das partidas dobradas, é possível que, quando a conta de (A) falta de origem para suprimentos de caixa.
ativo estoques de mercadorias para revenda esteja superavaliada (B) subestimação de passivos.
(teste principal), a receita de mercadorias para revenda esteja tam- (C) passivo fictício.
bém superavaliada (teste secundário). (D) passivo real a descoberto.
(...) CERTO (E) passivo oculto.
(...) ERRADO
30. (Prefeitura de Natal/RN - Auditoria – ESAF) O auditor fiscal,
26. (SEFAZ/CE – Auditor - CESPE/CEBRASPE/2021) Em relação ao avaliar o extrato bancário da conta, pela qual a empresa realiza
à auditoria da conta contábil de estoque de mercadorias do ativo suas cobranças, constata que o volume de recursos existentes nessa
circulante, julgue o item seguinte. conta, somados às cobranças em aberto, superam em 20% o total
Quando se realizam testes de subavaliação da conta de receita do faturamento do mês contabilizado na conta de vendas. Com essa
de vendas, os testes são geralmente orientados às contas de ati- informação pode o auditor concluir que:
vo: por exemplo, é possível que, quando a conta de receita esteja (A) o saldo da conta caixa se encontra negativo.
subavaliada (teste principal), as contas de ativo circulante – caixa, (B) existem ativos ocultos na empresa.
bancos ou contas a receber – estejam superavaliadas (teste secun- (C) existe evidência de suprimentos não comprovados.
dário), o que pode ser causado pela não contabilização de uma ven- (D) existe omissão de pagamentos efetuados pela empresa.
da realizada. (E) os registros estão adequados, sendo necessário somente
(...) CERTO conciliar as contas.
(...) ERRADO
31. (Carris Porto-Alegrense – Auditor – FUNDATEC/2021) Um
27. (SEFAZ/SC - Auditor- FCC/2018) O Auditor Fiscal Rodrigo, dos objetivos da auditoria das contas de resultado é determinar se
continuando seu trabalho de auditoria tributária na empresa Ma- todas as receitas, custos e despesas atribuídos ao período estão
nezinho Comercial Ltda., em Florianópolis, ao conferir no encerra- devidamente comprovados e contabilizados. Com base no que es-
mento do exercício social o Balanço Patrimonial da empresa, iden- tabelece a doutrina, analise as assertivas abaixo, assinalando V, se
tificou que a rubrica contábil “Caixa-numerário físico” disponível na verdadeiras, ou F, se falsas, quanto aos objetivos da auditoria das
empresa apresentava saldo credor. contas de resultado.
A única opção que poderia explicar essa situação é: ( ) Determinar se todas as receitas, custos e despesas não atri-
(A) pagamentos a fornecedores não contabilizados. buídos ao período ou que beneficiem exercícios futuros estão
(B) adiantamentos recebidos de clientes regularmente conta- corretamente diferidos.
bilizados. ( ) Determinar se as receitas, custos e despesas estão contabili-
(C) pagamentos de despesas não contabilizados. zados de acordo com os princípios de contabilidade, em bases
(D) recebimentos de numerários não contabilizados por meio uniformes.
da falta de emissão de documentos fiscais. ( ) Determinar se as receitas, custos e despesas estão corre-
(E) realização de vendas regularmente contabilizadas e com a tamente classificados nas demonstrações contábeis, e se as
respectiva emissão de documentos fiscais pelos valores corre- divulgações cabíveis foram expostas por notas explicativas. ( )
tos da efetiva transação. Determinar a existência de ativos dados em garantia ou vincu-
lações aos passivos.
28. (TCM-RJ – Auditor – FGV) Durante a aplicação dos proce- ( ) Verificar se existe controle interno satisfatório sobre o não
dimentos atinentes à espécie, o auditor detectou, com base nos circulante.
documentos contábeis, que em determinado dia a conta “caixa” da A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima
entidade apresentava saldo contábil credor. Em relação a esse fato, para baixo, é:
assinale a melhor explicação. (A) V – V – F – V – V.
(A) Trata-se de ativo fictício, uma vez que há valores registrados (B) V – V – V – F – F.
que, de fato, inexistem. (C) F – V – V – F – F.
(B) Trata-se de passivo oculto, tendo em vista que dívidas con- (D) V – F – V – V – F.
tratadas foram registradas erroneamente no passível exigível a (E) F – F – F – V – V.
longo prazo.
(C) Corresponde a “estouro de caixa”, situação decorrente, por
exemplo, de receitas recebidas, mas não contabilizadas.
(D) Corresponde a “estouro de caixa”, decorrente, por exemplo,
de mercadorias adquiridas e pagas, mas não contabilizadas.
(E) Corresponde ao que culturalmente chamamos de “caixa 2”,
prática sabidamente conhecida e permitida pela legislação.

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32. (DNPM - Auditoria Externa – MOVENS) Entre as afirmações 36. (TRE/BA – Contabilidade – CESPE/2017) A técnica da conci-
da administração consideradas pelo auditor para avaliar os diferen- liação bancária é um procedimento
tes tipos de distorções potenciais que possam ocorrer, temos a de (A) opcional, que deve ser efetuado por ocasião da apuração
que as transações e os eventos foram registrados no período de dos resultados do exercício e que consiste em um cotejamento
corte, ou seja, no período contábil correto. Na auditoria do ciclo de dos valores da conta banco conta movimento com o extrato da
receitas, ao fazer a revisão do corte de vendas (também conhecida conta bancária respectiva, sendo os registros do banco o ponto
como de cut-off), a ocorrência que o auditor mais provavelmente de partida para a conciliação.
detectaria seria a de (B) opcional, que, normalmente, deve ser efetuado por ocasião
(A) ativos existentes na data de encerramento das demonstra- da apuração dos resultados do exercício e que consiste em um
ções, realizados no período subsequente por valores diferentes cotejamento dos valores da conta banco conta movimento com
dos registrados. o extrato da conta bancária respectiva, podendo o ponto de
(B) concessão excessiva de descontos de vendas, acima do per- partida para a conciliação ser os registros da empresa ou os
mitido pela política comercial da empresa auditada. do banco.
(C) desvio de contas a receber no fim do ano. (C) obrigatório, que pode ser efetuado a qualquer tempo e
(D) recebimento não autorizado de mercadorias devolvidas. consiste em um cotejamento dos valores da conta banco conta
(E) vendas não contabilizadas no ano. movimento com o extrato da conta bancária respectiva, po-
dendo o ponto de partida para a conciliação ser os registros da
33. (Prefeitura de Taubaté/SP - Auditor Chefe - INSTITUTO EX- empresa ou os do banco.
CELÊNCIA/2019) Um auditor ao se deparar com ativos e passivos (D) obrigatório, que deve ser efetuado por ocasião da apuração
fictícios vai constatar uma: dos resultados do exercício e que consiste em um cotejamento
(A) Subavaliação das contas do ativo e passivo. dos valores da conta banco conta movimento com o extrato da
(B) Superavaliação da conta do ativo e subavaliação da conta conta bancária respectiva, sendo os registros do banco o ponto
do passivo. de partida para a conciliação.
(C) Subavaliação da conta do ativo e superavaliação da conta (E) opcional, que pode ser efetuado a qualquer tempo e que
do passivo. consiste em um cotejamento dos valores da conta banco conta
(D) Superavaliação das contas do ativo e passivo. movimento com o extrato da conta bancária respectiva, sendo
os registros da empresa o ponto de partida para a conciliação.
34. (TJ/PI – Auditor – FCC) Um auditor constatou, no decurso
de seus trabalhos, que várias obrigações com terceiros da compa- 37. (IF/PA - Gestão Financeira – FUNRIO/2016) A técnica de au-
nhia auditada já tinham sido quitadas, mas seu valor ainda constava ditoria destinada ao cotejamento de informações obtidas de fon-
do balanço patrimonial da entidade. Esse tipo de erro ou fraude é tes independentes, autônomas e distintas, no interior da própria
denominado organização, com objetivo de verificar a consistência mútua entre
(A) Passivo a descoberto. diferentes amostras de evidências, denomina-se
(B) Ativo Oculto. (A) inspeção física
(C) Passivo Real. (B) confirmação externa.
(D) Ativo Nominal. (C) conferência de cálculos.
(E) Passivo Fictício. (D) correlação das informações obtidas.
(E) exame dos registros.
35. (CONTER - Contador – QUADRIX/2017) Entre as técnicas
de auditoria adotadas pelo Sistema de Controle Interno do Poder 38. (Prefeitura de Criciúma/SC - Auditor – FEPESE/2022) Ao
Executivo Federal, o cotejamento de informações obtidas de fon- aplicar procedimentos de auditoria no ativo do balanço patrimo-
tes independentes, no âmbito da própria organização, com vistas à nial de um shopping center, um auditor constatou que o gasto com
consistência mútua entre diferentes amostras de evidência, consti- energia elétrica de um período estava erroneamente registrado em
tui-se no(na) uma conta analítica (subconta) do grupo do ativo não circulante –
(A) confirmação externa. investimentos.
(B) confirmação interna. Como o valor é relevante, o auditor apontou em seu relatório
(C) correlação das informações obtidas. que:
(D) observação das atividades e condições. (A) A reserva de capital está subavaliada.
(E) rastreamento. (B) O ativo não circulante está subavaliado.
(C) O passivo não circulante está superavaliado.
(D) A despesa operacional está superavaliada.
(E) O resultado líquido do exercício está superavaliado.

39. (FUNSAÚDE/CE - Auditor – FGV/2021) O auditor indepen-


dente percebeu que uma entidade contabilizava seus gastos com
pesquisa e desenvolvimento de produtos como ativo intangível, em
seu balanço patrimonial. Assinale a opção que indica a constatação
do auditor.
(A) O passivo no Balanço Patrimonial está superavaliado.
(B) O ativo circulante no Balanço Patrimonial está subavaliado.
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(C) O ativo não circulante no Balanço Patrimonial está supera- (D) Estão corretas as afirmativas I e III, apenas.
valiado. (E) Todas as afirmativas estão corretas.
(D) O resultado apresentado na Demonstração do Resultado do
Exercício está subavaliado. 44. (SEFAZ/RS – Auditor – CESPE/2018) Na auditoria em inves-
(E) O resultado apresentado na Demonstração das Mutações timentos de controladas, coligadas e de empreendimentos em con-
do Patrimônio Líquido está subavaliado. junto, os ajustes de avaliação patrimonial ocorrem na área do
(A) fluxo de caixa.
40. (SEFAZ/AL – Auditor - CESPE/CEBRASPE/2020) Acerca da (B) ativo.
auditoria de contas do ativo, julgue o item a seguir, considerando as (C) passivo.
normas de auditoria aplicáveis. (D) patrimônio líquido.
Se em determinada entidade auditada o saldo das contas de (E) ativo diferido.
ativo intangível tiver multiplicado dez vezes e a amortização cor-
respondente tiver multiplicado cinco vezes, conclui-se que houve 45. (SEFAZ/AM – Auditor – FGV/2022) Um auditor realiza a au-
superavaliação de um ativo não circulante. ditoria do ativo imobilizado de uma sociedade empresária.
(...) Certo Assinale a opção que indica o fator que deve receber maior
(...) Errado atenção do auditor independente, pois influencia no cálculo do re-
sultado.
41. (Prefeitura de Campinas/SP - Auditor – VUNESP/2019) Na (A) Qual é a procedência do ativo.
auditoria das contas de resultado de uma empresa industrial, se (B) Como é utilizado o caixa gerado com o seu uso.
uma despesa for lançada incorretamente como custo de produção (C) Se os ativos foram comprados novos ou usados.
do período, o valor do (D) Como são estimados a vida útil e o valor residual.
(A) estoque final de matérias-primas será subavaliado. (E) Qual foi o modo de pagamento utilizado na compra do ativo.
(B) custo das mercadorias vendidas será superavaliado.
(C) lucro líquido do exercício será superavaliado. 46. (CFC - Auditor - CFC) No processo de acompanhamento do
(D) estoque final de produtos em elaboração será menor do inventário físico de estoques de matéria-prima, o Auditor Indepen-
que o verdadeiro. dente constatou a existência de quantidades relevantes de itens
(E) custo da produção acabada será subavaliado. que não constavam dos registros físico-financeiros e contábeis. Nes-
te caso, o Auditor Independente detectou:
42. (Prefeitura de Natal/RN – Auditor – ESAF) A empresa Celta (A) Ativos fictícios.
S.A. apresentou um nível de ociosidade de 30% de sua capacidade (B) Ativos ocultos.
instalada. Seu gestor, com o objetivo de apresentar resultados mais (C) Ativos ocultos e passivos fictícios.
condizentes com a performance de seus negócios, decidiu reter (D) Ativos fictícios e passivos ocultos.
essa ociosidade no processo produtivo, dimensionando esses valo-
res e mantendo-os nos estoques. O auditor, ao realizar os testes nas 47. (SEFAZ/AL - Auditor - CESPE/CEBRASPE/2020) Acerca da au-
contas de estoques, deve concluir que o saldo da conta: ditoria de contas do ativo, julgue o item a seguir, considerando as
(A) Estoques está superavaliado, visto que não é permitido no normas de auditoria aplicáveis.
sistema de custeio reconhecer a ociosidade. Um auditor não pode concluir que houve a alienação fictícia de
(B) Custo das Mercadorias Vendidas está superavaliado por ter um veículo para justificar suprimento fictício das disponibilidades
reconhecido mais custos do que deveria apropriar aos resul- apenas com base no procedimento de exame documental.
tados. (...) CERTO
(C) Fornecedores está superavaliado por não ter sido apropria- (...) ERRADO
do aos custos dos produtos.
(D) Depreciação está superavaliado, visto ter reconhecido mais 48. (CFC - Perito contábil – CFC/2019) Um perito contábil no-
depreciação em função da ociosidade. meado pelo juiz e um perito contábil assistente adentraram em um
(E) Estoques está correto, visto que desde que fundamentado a embate técnico no decorrer da prova pericial acerca do devido re-
ociosidade pode ser retida nos custos. conhecimento de um ativo intangível resultante de desenvolvimen-
to. Da leitura do laudo do perito do Juízo e do parecer do assistente
43. (Prefeitura de Major Isidoro/AL – Contador - ADM&- técnico, restou evidente a disparidade de entendimentos e certifi-
TEC/2018) Leia as afirmativas a seguir: cações apresentadas pelos experts. Diante do incansável embate
I. A auditoria contábil tem por objetivo, entre outros aspectos, técnico entre os dois, por meio das peças produzidas, o Douto Juí-
verificar a efetividade e a aplicação de recursos de convênios. zo designou audiência para oitiva dos peritos. Com base na Norma
II. O Ativo Realizável a Longo Prazo é uma divisão do Ativo Não Brasileira de Contabilidade TG 04 (R4) - Ativo Intangível, identifique
Circulante. os itens que apresentam critérios de reconhecimento do ativo in-
III. Antes de iniciar a execução do seu trabalho, o auditor deve tangível aplicável ao caso e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
planejar as atividades a serem realizadas. I. Deve ser reconhecido como um ativo intangível resultante de
Marque a alternativa CORRETA: desenvolvimento se a entidade puder demonstrar viabilidade técni-
(A) Nenhuma afirmativa está correta. ca para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibili-
(B) Está correta a afirmativa I, apenas. zado para uso ou venda.
(C) Estão corretas as afirmativas II e III, apenas.

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II. Deve ser reconhecido como um ativo intangível resultante (D) divergência entre a quantidade de matéria-prima registrada
de desenvolvimento se a entidade puder demonstrar a intenção de na entrada e a soma da quantidade de mercadorias registradas
concluir o ativo intangível, desde que não vá usá-lo ou vendê-lo. na saída com os produtos em estoque.
III. Deve ser reconhecido como um ativo intangível resultante (E) diferença de valores no confronto entre a movimentação
de desenvolvimento se a entidade puder demonstrar a capacidade bancária contabilizada e a receita auferida registrada.
para usar ou vender o ativo intangível.
IV. Não deve ser reconhecido como um ativo intangível resul- 53. (BANPARÁ – Contador – EXATUS/2015) Relatório de suges-
tante da capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atri- tões e recomendações:
buíveis ao ativo intangível durante seu desenvolvimento. Uma das principais recomendações que o auditor faz ao con-
Estão CORRETOS os itens: tador gerencial, ao término da auditoria das contas: bancos conta
(A) I e IV. movimento e de duplicatas a receber ou clientes é que ele classifi-
(B) II e III. que e evidencie no balanço, os direitos e obrigações que envolvam
(C) I e II. cheques, respeitando a forma de negociação e a realização desses
(D) I e III. direitos e obrigações. Com base nesta afirmação analise as situa-
ções abaixo, considerando o exercício atual de agosto de 2015:
49. (MPU - Finanças e Controle - CESPE) Acerca de atividades de |- A empresa Delta recebeu um cheque de um cliente pós-da-
controle e avaliação de riscos, julgue o seguinte item. tado para 10 de novembro de 2017.
Na atividade de controle, lidar com o risco é tratar de algo in- Il - À empresa Delta emitiu um cheque para um fornecer para
tangível, porém passível de ser quantificado. pagamento a vista e não foi compensado dentro do período.
(...) Certo III - A empresa Delta recebeu um cheque de um cliente a vista.
(...) Errado IV - A empresa Delta emitiu um cheque para um fornecedor
pós-datado para o dia 05 de janeiro de 2017.
50. (Prefeitura de Capanema/PA – Auditor – CONSUL- V- A empresa Delta emitiu um cheque para um fornecedor pós-
PLAN/2020) Em uma auditoria, o auditor deve verificar se na data -datado para o dia 03 de março de 2016.
do fechamento do Balanço Patrimonial, as obrigações que vencem É correto o que:
até o término do exercício social seguinte estão devidamente classi- (A) Classificam-se como ativo circulante as alternativas I e III.
ficadas. Neste caso, as referidas obrigações deverão estar no: (B) Classifica-se como passivo circulante alternativa IV.
(A) Ativo Circulante. (C) Classificam-se como ativo não circulante as alternativas I e
(B) Passivo Circulante. V.
(C) Patrimônio Líquido. (D) Classifica-se como passivo não circulante a alternativa IV.
(D) Ativo não Circulante. (E) Classifica-se no patrimônio Líquido.
(E) Passivo não Circulante.
54. (SEFAZ/AM – Auditor – FGV/2022) Ao realizar a auditoria
51. (Prefeitura de Campinas/SP – Auditor – VUNESP/2019) O das demonstrações contábeis de uma sociedade empresária relati-
Passivo Fictício corresponde a va ao exercício de 2020, o auditor independente constatou que em
(A) soma total do Passivo da sociedade que não pode ser co- 2019, o contador havia avaliado todos os ativos imobilizados, que
berto pela transformação em numerário de todos os ativos da eram constituídos por móveis e utensílios, a valor de mercado, que
sociedade. eram maiores do que os valores contábeis.
(B) dívidas oriundas da aquisição de mercadorias ou insumos Em 2020, a sociedade empresária vendeu à vista todos os mó-
de produção sem a respectiva emissão da nota fiscal pela so- veis que eram utilizados em seu escritório com lucro e que estes
ciedade vendedora. foram substituídos por móveis novos, adquiridos a prazo.
(C) obrigações para com terceiros, que ainda não se tornaram O auditor pode concluir que nas demonstrações contábeis de
exigíveis em função de não ter ocorrido o seu fato gerador. 31/12/2020, o seguinte grupo estava subavaliado:
(D) títulos de crédito decorrentes de compra a prazo já pagos, (A) Patrimônio Líquido.
mas não baixados da contabilidade da sociedade devedora. (B) Ativo Circulante.
(E) obrigações contingentes para com terceiros, para as quais o (C) Passivo Circulante.
desembolso de recursos pareça altamente improvável ou que (D) Ativo Imobilizado.
não possam ser estimados com segurança. (E) Passivo Não Circulante.

52. (Receita Federal – Auditor – ESAF) Caracteriza omissão de 55. (SAAE de Teotônio Vilela/AL – Contador - ADM&TEC/2019)
receita, e não mera presunção de omissão de receita, constituindo Leia as afirmativas a seguir:
prova suficiente para o lançamento do Imposto de Renda em desfa- I. O Patrimônio Líquido representa a soma entre o ativo e o
vor da pessoa jurídica: passivo.
(A) falta de emissão de nota fiscal ou documento equivalente II. O auditor é obrigado a praticar atos contrários à legislação
por ocasião da efetivação das vendas de mercadorias. ou destinados a fraudá-la.
(B) falta de escrituração de pagamentos efetuados. Marque a alternativa CORRETA:
(C) manutenção de obrigações já pagas registradas no passivo. (A) As duas afirmativas são verdadeiras.
(B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa.
(C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa.
(D) As duas afirmativas são falsas.
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56. (Prefeitura de Palmeira dos Índios/AL – Contador - ADM&- (C) transferências de despesas.
TEC/2019) Leia as afirmativas a seguir: (D) rateios por produto.
I. O estatuto fixará o número das ações em que se divide o ca- (E) ajustes dos ativos.
pital social e estabelecerá se as ações terão, ou não, valor nominal,
conforme disposto na Lei Federal nº 6.404, de 15 de dezembro de 61. (Prefeitura de Santo Augusto/RS – Contador – FUNDA-
1976. TEC/2020) Segundo o Comitê de Pronunciamentos Contábeis –
II. É permitido ao auditor exercer atividade ou ligar o seu nome CPC 00 R2, .................... são reduções nos ativos, ou aumentos nos
a empreendimentos com finalidades ilícitas. passivos, que resultam em reduções no patrimônio líquido, exceto
Marque a alternativa CORRETA: aqueles referentes a distribuições aos detentores de direitos sobre
(A) As duas afirmativas são verdadeiras. o patrimônio.
(B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do
(C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. trecho acima
(D) As duas afirmativas são falsas. (A) despesas.
(B) ativos.
57. (SEFAZ/SC – Auditor – FCC/2018) Os benefícios fiscais de (C) passivos.
ICMS fruídos por uma empresa, na situação em que o valor da sub- (D) receitas.
venção governamental não é distribuído ou de qualquer forma re- (E) custos.
passado aos sócios ou acionistas (fazendo-se a retenção), após o
trânsito pela demonstração do resultado, devem ser contabilizados 62. (IMESF – Contador – FUNDATEC/2019) Considerando as de-
na conta contábil de Reserva de Incentivos Fiscais, conforme disci- finições de fraude e erro na Norma Brasileira de Contabilidade NBC
plinado pelo Pronunciamento técnico CPC 07 - Subvenção e Assis- TI 01 – Auditoria Interna, analise as seguintes afirmações:
tências Governamentais emitido pelo Comitê de Pronunciamentos I. O termo “fraude” aplica-se a ato intencional de omissão e/ou
Contábeis. manipulação de transações e operações, adulteração de documen-
Desejando realizar uma auditoria na conta contábil de Reserva tos, registros, relatórios, informações e demonstrações contábeis,
de Incentivos Fiscais, o Auditor Fiscal deverá se debruçar na seguin- tanto em termos físicos quanto monetários.
te área do Balanço Patrimonial: II. O termo “erro” aplica-se a ato intencional de omissão e/ou
(A) Despesas Antecipadas. manipulação de transações e operações, adulteração de documen-
(B) Ativo Fiscal Diferido. tos, registros, relatórios, informações e demonstrações contábeis,
(C) Contas a Pagar. tanto em termos físicos quanto monetários.
(D) Investimentos em Participações Societárias. III. O termo “fraude” aplica-se a ato não intencional de omis-
(E) Patrimônio Líquido. são, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na
elaboração de registros, informações e demonstrações contábeis,
58. (TJ/GO – Contador - UEG) A auditoria das doações e sub- bem como de transações e operações da entidade, tanto em ter-
venções para investimentos é realizada em qual área do balanço mos físicos quanto monetários.
patrimonial? IV. O termo “erro” aplica-se a ato não intencional de omissão,
(A) Ativo Diferido. desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na ela-
(B) Patrimônio Líquido. boração de registros, informações e demonstrações contábeis, bem
(C) Contas a Pagar. como de transações e operações da entidade, tanto em termos físi-
(D) Receitas e Despesas. cos quanto monetários.
Quais estão corretas?
59. (TSE – Contabilidade - CONSULPLAN) A auditoria das contas (A) Apenas I.
de resultado exige maior tempo do auditor, devido ao volume de (B) Apenas IV.
lançamentos efetuados nas mesmas. São objetivos da auditoria das (C) Apenas I e II.
contas de resultado, EXCETO: (D) Apenas I e IV.
(A) Verificar se as receitas, despesas e os custos são pertinentes (E) Apenas II e III.
às atividades da empresa e estão suportadas por documenta-
ção. 63. (SEFAZ/ES – Auditor – FGV/2021) Ao auditar uma sociedade
(B) Constatar a existência, posse e propriedade dos itens que empresária, o auditor independente constatou que o resultado es-
justificam a existência das receitas, despesas e dos custos. tava superavaliado. Assinale a opção que indica uma possível causa
(C) Assegurar que as receitas, despesas e os custos foram con- desse efeito no resultado.
tabilizados corretamente de acordo com as normas contábeis (A) A sociedade empresária não reconheceu a perda de recupe-
e regulamentares. rabilidade de seus ativos intangíveis.
(D) Determinar se os custos e as despesas estão corretamente (B) A sociedade empresária não reconheceu o valor residual de
contrapostos às receitas referentes ao período. seus ativos imobilizados para cálculo da depreciação.
(C) A sociedade empresária não reconheceu a reversão da pro-
60. (SEFAZ/SP - Analista – FCC) Na auditoria das contas de re- visão para contingências de uma causa julgada favoravelmente
sultados, NÃO se aplica a diagramação da trilha de auditoria para na justiça.
as operações de
(A) acumulação por centro de custo.
(B) apropriação dos custos diretos.
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(D) A sociedade empresária não contabilizou o lucro obtido 67. (UFJF – Auditor - FUNDEP/2022) Considerando as responsa-
com a venda de um ativo imobilizado. bilidades do auditor em relação a fraudes, com base nos ditames da
(E) A sociedade empresária não reconheceu os dividendos de- NBC TA 240, assinale a alternativa incorreta.
clarados no período. (A) A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da
fraude é dos responsáveis pela governança da entidade e da
64. (Prefeitura de Vassouras/RJ – Auditor - FUNCAB) Em uma sua administração. Fatores de risco de fraude são eventos ou
auditoria da conta matéria-prima, o auditor observou que a conta condições que indiquem incentivo ou pressão para que esta
estava superavaliada. Assinale a alternativa que apresenta uma si- seja perpetrada ou ofereçam oportunidade para que ela ocor-
tuação que pode ter gerado esse efeito. ra.
(A) Registro indevido de perdas de estoque. (B) O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas de
(B) Baixa de estoque por valor mensurado acima do valor cor- auditoria é responsável por obter segurança razoável de que
reto. as demonstrações contábeis, como um todo, não contêm dis-
(C) Entrada de bens sem a inclusão de gastos que integramos torções relevantes, causadas por fraude ou erro. A não ser que
custos de aquisição. existam razões para crer o contrário, o auditor deve aceitar os
(D) Registro contábil de entrada de uma nota fiscal do período registros e os documentos como legítimos.
de competência contábil subsequente. (C) A capacidade de o auditor detectar uma fraude depende de
(E) Saída de bens com mensuração pelo UEPS em um cenário fatores como a habilidade do perpetrador, a frequência e a ex-
inflacionário. tensão da manipulação, o grau de conluio, a dimensão relativa
dos valores individuais manipulados e a posição dos envolvi-
65. (EPTC - Agente Tributário - OBJETIVA) No teste de supera- dos. O conluio pode levar o auditor a acreditar que a evidência
valiação, o auditor busca detectar a superavaliação de débitos, par- de fraude é persuasiva, quando de fato ela é falsa.
tindo da razão geral e chegando no documento de suporte da tran- (D) A possibilidade de o auditor detectar uma distorção rele-
sação. É um dos procedimentos básicos do teste de superavaliação: vante decorrente de fraude da administração é maior do que
(A) Selecionar a parcela do registro intermediário e conferir seu no caso de fraude cometida por empregados, porque a admi-
valor com o valor total do registro inicial. nistração frequentemente tem condições de manipular os re-
(B) Verificar a inclusão do valor total do registro final no razão gistros contábeis e de apresentar informações contábeis frau-
geral. dulentas ou de burlar procedimentos de controle.
(C) Verificar a inclusão do valor total do registro inicial no regis- (E) Na obtenção de segurança razoável, o auditor tem a respon-
tro intermediário sabilidade de manter atitude de ceticismo profissional durante
(D) Verificar a inclusão do valor do documento no registro ini- a auditoria, considerando o potencial de burlar os controles
cial. pela administração, e de reconhecer o fato de que procedimen-
tos de auditoria eficazes na detecção de erros podem não ser
66. (SEFAZ/PA – Auditor – FADESP/2022) Quanto ao atendimen- eficazes na detecção de fraude.
to às disposições da NBC TA 240 – Responsabilidade do Auditor em
Relação a Fraude no Contexto da Auditoria de Demonstrações Con- 68. (AL/AP - Técnico de Controle Interno – FCC/2020) É respon-
tábeis –, é correto afirmar o seguinte: sabilidade do auditor, segundo a NBC TA 240,
(A) o auditor deve implementar controles internos com objeti- (A) estabelecer se a fraude ocorreu, em seu conceito jurídico.
vo de minimizar as oportunidades de ocorrência dos efeitos de (B) prevenir e detectar a fraude, principalmente.
fraudes da empresa auditada. (C) estabelecer se eventual fraude causou distorções relevan-
(B) o auditor deve receber treinamento para ser especialista na tes, principalmente.
verificação de autenticidade de documentos. (D) não se manter cético ao que narram os empregados da au-
(C) na execução dos procedimentos de auditoria, o risco de o ditada, posto que são os principais incumbidos de cumprir os
auditor não detectar uma distorção relevante decorrente de procedimentos de controle.
fraude da administração é maior do que no caso de fraude co- (E) manter-se cético aos sinais de fraude, pois é relativamente
metida por empregados. mais difícil para a administração ter condições de manipular os
(D) o auditor detecta uma fraude por meio de suas habilidades registros contábeis.
em pensar como um perpetrador, na frequência e a extensão
da manipulação, e a dimensão relativa dos valores individuais 69. (UFMG – Auditor – UFMG/2019) A NBC TA 240 (R1) apre-
manipulados. senta informações sobre a responsabilidade do auditor. De acordo
(E) os procedimentos de auditoria são tão eficazes na detecção com essa norma, é CORRETO afirmar:
de erros quanto na detecção de fraude. (A) A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da
fraude em uma entidade é do auditor.
(B) O auditor, na obtenção de segurança razoável, não tem a
responsabilidade de manter atitude de ceticismo profissional
durante a auditoria.

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(C) O risco do auditor não detectar uma distorção relevante de- (C) o fornecimento de documentos sigilosos solicitados por
corrente de fraude da administração é maior do que no caso de comissão de inquérito administrativo destinada a apurar a
fraude cometida por empregados. responsabilidade de servidor público pela prática de infração
(D) O auditor que realiza auditoria de acordo com as normas de administrativa.
auditoria não é responsável por obter segurança razoável de (D) a disponibilização, para exame pelos agentes fiscais tributá-
que as demonstrações contábeis, como um todo, não contêm rios, de informações referentes às contas de depósitos de um
distorções relevantes, causadas por fraude ou erro. investigado consideradas indispensáveis pela autoridade, se
houver procedimento fiscal em curso.
70. (SEFAZ/RS – Auditor – CESPE/2018) A companhia se insere (E) o fornecimento de dados financeiros relativos a operações
no seguimento de comércio, importação e exportação de conservas de crédito a gestores de bancos de dados, para formação de
alimentícias, doces, geleias, sucos, frutas, cereais e outros produtos histórico de crédito.
alimentícios em geral e seus derivados.
Considerando-se que o texto apresentado é parte de uma nota 73. (MPE/CE - Promotor de Justiça – CESPE/2020) De acordo
explicativa, é correto afirmar que se trata de informação de con- com a Lei Complementar nº 105/2001, as instituições financeiras
texto devem conservar o sigilo de suas operações, sendo uma violação
(A) fiscal. desse dever
(B) legal. (A) a revelação de informações sigilosas, ainda que com o con-
(C) formal. sentimento expresso do interessado.
(D) jurídico. (B) a comunicação, às autoridades competentes, da prática de
(E) operacional. ilícitos penais ou administrativos, sem ordem judicial.
(C) a troca de informações entre instituições financeiras, para
71. (MPE/SP - Promotor de Justiça – MPE/SP/2022) Analise as fins cadastrais, ainda que observadas as normas do Banco Cen-
afirmações acerca da Lei Complementar nº 105/2001, que trata do tral e do Conselho Monetário Nacional.
Sigilo Bancário. (D) o fornecimento, a gestores de bancos de dados, de informa-
Não constitui violação do dever de sigilo, dispensando a prévia ções financeiras relativas a operações de crédito adimplidas,
autorização judicial: para formação de histórico de crédito.
I. a revelação de informações sigilosas com o consentimento (E) a transferência, à autoridade tributária, de informações re-
expresso dos interessados. lativas a operações com cartão de crédito que permitam iden-
II. o fornecimento de informações constantes de cadastro de tificar a natureza dos gastos efetuados.
emitentes de cheques sem provisão de fundos e de devedores
inadimplentes, a entidades de proteção ao crédito, observadas as 74. (MPE/SC - Promotor de Justiça - INSTITUTO CONSUL-
normas baixadas pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco PLAN/2019) As sociedades de arrendamento mercantil são conside-
Central do Brasil. radas instituições financeiras, para os efeitos da Lei Complementar
III. a comunicação, às autoridades competentes, da prática de nº 105/2001, constituindo violação do dever de sigilo a troca de
ilícitos penais ou administrativos, abrangendo o fornecimento de informações sigilosas com o consentimento expresso dos interes-
informações sobre operações que envolvam recursos provenientes sados.
de qualquer prática criminosa. (...) CERTO
IV. a prestação de informações e o fornecimento de documen- (...) ERRADO
tos sigilosos solicitados por comissão de inquérito administrativo
destinada a apurar responsabilidade de servidor público por infra- 75. (BRB – Advogado – IADES/2019) Acerca da Lei Complemen-
ção praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação tar nº 105/2001, que dispõe quanto ao sigilo das operações de ins-
com as atribuições do cargo em que se encontre investido. tituições financeiras, assinale a alternativa correta.
Estão corretas: (A) O dever de sigilo não é aplicável à BRB Distribuidora de Tí-
(A) II e IV, apenas. tulos e Valores Mobiliários, tendo em vista que ela não é consi-
(B) I, II e III, apenas. derada instituição financeira.
(C) I, II, III e IV. (B) O Fisco não pode requisitar diretamente ao BRB informa-
(D) II, III e IV, apenas. ções a respeito da movimentação bancária dos respectivos
(E) III e IV, apenas. clientes, independentemente de autorização judicial.
(C) Mediante a decisão fundamentada do respectivo presiden-
72. (MPE/AP - Promotor de Justiça - CESPE/CEBRASPE/2021) te, uma CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal pode re-
Assinale a opção que, de acordo com a Lei Complementar nº quisitar ao BRB informações a respeito da movimentação ban-
105/2001, apresenta conduta de instituição financeira que constitui cária de clientes da instituição financeira.
uma violação do dever do sigilo bancário ou fiscal, quando feita sem (D) As operações financeiras que envolvam recursos públicos
autorização judicial e sem o consentimento do interessado, como não estão abrangidas pelo sigilo de que trata a referida lei com-
regra. plementar de acordo com jurisprudência do STJ.
(A) a troca de informações entre instituições financeiras, para (E) O dever de sigilo não é aplicável às empresas de fomento
fins cadastrais, por intermédio de centrais de risco. mercantil (factoring), tendo em vista que elas não são conside-
(B) o fornecimento de informações constantes de cadastro de radas instituições financeiras.
emitentes de cheques sem provisão de fundos a entidades de
proteção ao crédito.
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AUDITORIA

40 ERRADO
GABARITO
41 B
42 E
1 A 43 E
2 B 44 D
3 D 45 D
4 E 46 B
5 C 47 CERTO
6 C 48 D
7 D 49 CERTO
8 ERRADO 50 B
9 C 51 D
10 D 52 A
11 C 53 D
12 B 54 A
13 E 55 D
14 C 56 B
15 D 57 E
16 E 58 D
17 D 59 B
18 B 60 E
19 B 61 A
20 D 62 D
21 A 63 A
22 A 64 D
23 C 65 A
24 C 66 C
25 ERRADO 67 D
26 ERRADO 68 C
27 D 69 C
28 C 70 E
29 C 71 B
30 B 72 C
31 B 73 E
32 E 74 ERRADO
33 D 75 D
34 E
35 C
36 C
37 D
38 E
39 C
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

Externos - Esses usuários costumam analisar qual situação da


CONTABILIDADE. CONCEITO, OBJETO, OBJETIVOS, CAMPO empresa no mercado, eles procuram saber quais as condições fi-
DE ATUAÇÃO E USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL. nanceiras da empresa, tem capacidade de cumprir com suas obri-
PRINCÍPIOS gações para realizar operações de crédito (score), se estão em dia
com suas obrigações tributárias. Resumindo, os usuários externos
precisão saber se empresa está cumprindo com os seus compromis-
Conceito sos para que assim possam negociar.
Contabilidade é ciência social que registra fenômenos financei- • Concorrentes;
ros e econômicos que estão atrelados com PATRIMÔNIO (bens, di- • Bancos;
reitos e obrigações) da entidade (pode ser pessoa física ou jurídica; • Fornecedores;
exemplo empresa, organização ou cia). Gerar relatórios com inter- • Governo; e
pretação das mudanças que ocorreram com patrimônio da empresa • Investidores.
e auxiliando na tomada de decisões pelos usuários.
Funções da Contabilidade
Objetivo As principais funções na contabilidade é:
Objetivo da Contabilidade é estudar e compreender o patrimô- • Registrar os fatos ocorridos identificado na escrituração em
nio, que é formado por: livros contábeis;
• BENS – prédios, veículos, máquinas, estoque, etc; • Organizar adequar sistema para empresa, exemplo, arquiva-
• DIREITOS – contas a receber (exemplo, cliente que efetua o mento de documentos físicos ou eletrônicos;
pagamento) que pode ser de curto ou longo prazo; • Demonstrar, expor por meio de relatórios a situações econô-
• OBRIGAÇÕES – contas a pagar (exemplo, boletos de fornece- mica, com base nos dados adquiridos no registro, exemplo elaborar
dores, empréstimos) que são em curto ou longo prazo; balanço das contas contábeis;
E com identificação das alterações do patrimônio expor os da- • Analisar as demonstrações com finalidade de apuração de
dos aos usuários ligados a entidade (internos e externos) para de- resultado, exemplo análise do balanço patrimonial;
senvolver objetivos a organização. • Acompanhar o planejamento financeiro definidos após aná-
lise dos resultados. Normalmente fica uma equipe responsável por
Finalidade controlar o desempenho dos eventos financeiro, e verificando se os
Contabilidade tem finalidade de organizar, analisar e mensu- planos estabelecidos estão sendo cumpridos e se existe necessida-
rar a riqueza da empresa. Com coleta e registro das mudanças do de de ajustes.
patrimônio, é possível visualizar o desenvolvimento da organização
junto ao mercado. Princípios Contábeis
Além de acompanhar os resultados, compreendendo os da- A contabilidade é estudo das mudanças econômicas por acom-
dos financeiro é possível a tomada de decisão pelos usuários da panhar as alterações do mercado é definida como ciência social, e
entidade. Com atual cenário econômico no mundo, a contabilidade para manter confiabilidade e segurança sobre estes estudos surgi
passou a ser importante direcionador de estratégias definindo dire- os Princípios Fundamentas da Contabilidade. Resumindo, os princí-
trizes a serem tomadas pelas empresas. pios são como “leis” para regulamentar os conhecimentos técnicos
e nenhum órgão (como Banco Central, Receita Federal ou Comitê
Usuários de Pronunciamentos Contábeis) pode ultrapassá-las.
Com as informações contábeis analisadas e registradas, os da- Os princípios contábeis foram elaborados pela Resolução do
dos para criação de medidas ficam adequadas para os usuários in- CFC (Conselho Federal de Contabilidade) nº 750, de 29/12/1993
ternos e externos. Que são: (posteriormente alterado pela Resolução nº 1282/2010), e nº 774,
Internos – São aqueles que estão ligados diretamente com de 16/12/1994. São eles:
empresa, que precisam acompanhar o crescimento, rentabilidade, — Princípio da Entidade – reconhece que o patrimônio da em-
verificar a criação de projetos. Com os dados os usuários internos presa é independente dos patrimônios dos sócios. Objetivo é dife-
podem saber o melhor momento de expansão da empresa, como renciar as contas da pessoa física, no caso dos proprietários, das
criação de filial; aumentar folha de pagamento; aumenta ou dimi- contas da pessoa jurídica (entidade).
nuição dos lucros.
• Sócios e proprietários;
• Acionista;
• Empregados;
• Administradores.
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

— Princípio da Continuidade – determina a continuidade das atividades da entidade, considerando as mudanças patrimoniais, classifi-
cando e avaliando de forma quantitativa e qualitativa. Exemplo, é confirmação que a contabilidade vai manter os registros atualizados das
mutações financeiras durante tempo de vida da entidade.
— Princípio da Oportunidade – afirma que os registros financeiros devem ser computados no mesmo tempo que são realizadas.
Exemplo:
Empresa fez compra de matéria prima no dia 25/04/2021 por R$ 50.000,00. Essa movimentação deve ser lançada no livro:
Data: 25/04/2021 D - Estoque
C - Banco 50.000,00

Obs.: D – DÉBITO
C - CRÉDITO

— Princípio do Registro pelo valor Original – considera os registros dos verdadeiros valores dos componentes do patrimônio fiéis as
transações e configuração em moeda nacional.

Usando o exemplo acima, no momento de registrar o valor da compra correto, identificar os descontos, e no caso de moeda estran-
geira, dever realizar a conversão para moeda do país.
— Princípio da atualização monetária - este princípio estabelece que os valores originais do patrimônio devam sempre ser atualizados,
e utilizando indexadores econômicos para ajustar conforme moeda nacional.
— Princípio da Prudência – procurar medidas aceitáveis e que não sofram grandes impactos no patrimônio, seria cautela para que as
ações realizadas não prejudiquem o Patrimônio Líquido da empresa. Exemplo, seria controlar os gastos mensais para que isso não interfira
no lucro no fechamento do balanço.

Todos esses princípios tem intenção de ajudar o contabilista salvar- guarda informações ligados a entidade. Por tanto o contador se-
guindo esses princípios auxilia os gestores e sócios na realização de tomadas de decisão mantendo segurança financeira, realiza atividades
dentro da conduta ética do profissional de contabilidade.

Patrimônio
Patrimônio é conjunto de bens, direitos e obrigações de uma empresa. Bens e direitos são denominados como ATIVO e as obrigações
denominados PASSIVO, junto com passivo inclui o PQTRIMÔNIO LIQUIDO.

▪ Ativos
Onde constitui os direitos e bens da empresa e é identificada no lado esquerdo do Balanço Patrimonial.
Os bens são classificados como Tangíveis (que são materiais), exemplo carro, computador, e bens Intangíveis (não são materiais),
exemplo: no hall, marcas e patentes.
Direitos é tudo que é de direito da empresa, exemplo, é direito da empresa receber seus dividendos, manter conta bancária e que
pode ser mensurado.
No ativo é identificado as seguintes contas:
• Caixa;
• Banco;
• Estoque;
• Duplicatas a receber;
• Imobilizado.

▪ Passivos
Representado pelas obrigações da empresa, conhecidas como as dívidas, que pode ser boleto, cobranças, empréstimos, folha de pa-
gamento, recolhimento de tributos. O passivo fica no lado direito do Balanço Patrimonial, e com o total somado das obrigações tem que
igualar ao valor do total do ativo. Exemplo:

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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

As contas do passivo são classificadas em Circulante, Exigível a longo prazo e Patrimônio Líquido. No circulante é identificado as obri-
gações de curto prazo (mensais):
• Fornecedores;
• Alugueis a pagar;
• Salários a pagar;
• Impostos a pagar.

As contas do exigível a longo prazo, são os que tem mais de um ano:


• Empréstimos a longo prazo;
• Financiamento.

Patrimônio Liquido
Patrimônio Líquido pode ser identificado como riqueza liquida da empresa, é a dedução entre o ativo e passivo e as contas, são:
• Capital Social;
• Reserva de Capital;
• Lucros Acumulados.

Todas as contas identificadas a cima representa o patrimônio da empresa e agrupadas formam o demonstrativo BALANÇO PATRI-
MONIAL, onde o profissional de contabilidade irá informar a evolução financeira da instituição frequentemente seguindo os princípios
contábeis:
• Princípio da Entidade;
• Princípio da Continuidade;
• Princípio da Oportunidade;
• Princípio do Registro pelo valor Original;
• Princípio da atualização monetária; e
• Princípio da Prudência.

Desta forma a contabilidade como uma ciência constitui de princípios éticos para evitar irregularidades e distorções dos fatos contá-
beis, isso faz com que exista uma padronização na apresentação da movimentação financeira das organizações.

NORMAS CONTÁBEIS BRASILEIRAS EMANADAS PELO CFC (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE)

A Estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade está regulamentada na Resolução CFC nº. 1.328/11.

Revisão NBC
O documento Revisão NBC altera, inclui e exclui texto das normas vigentes. Esse documento foi criado pela Resolução CFC n. º
1.548/2018. Assim, a partir de outubro de 2018, as alterações em normas passam a obedecer esse novo padrão que está resumido abaixo:
Quando a alteração é total, ou seja, dá-se nova redação à norma, a sigla e o número da norma é mantido e a nova redação é identifi-
cada pela letra R + o número sequencial.
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

Quando a alteração é parcial, é editado o documento Revisão CONSIDERANDO que os organismos internacionais da pro-
NBC e as alterações, inclusões e exclusões são incorporadas às res- fissão, responsáveis pela edição das normas internacionais, estão
pectivas normas, mantendo a sigla da norma alterada. atualizando e editando novas normas, de forma continuada;
CONSIDERANDO a necessidade de redefinição e revisão da
Vigência atual estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade, de forma
A vigência encontra-se sempre antes da data e da assinatura da que ela se apresente alinhada e convergente aos padrões interna-
norma, interpretação, comunicado e Revisão NBC. cionais,
RESOLVE:
As Normas Brasileiras de Contabilidade classificam-se em Pro-
fissionais e Técnicas. Art. 1º As Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo
Conselho Federal de Contabilidade (CFC) devem seguir os mesmos
As Normas Profissionais estabelecem regras de exercício pro- padrões de elaboração e estilo utilizados nas normas internacionais
fissional e classificam-se em: e compreendem as Normas propriamente ditas, as Interpretações
NBC PG-Geral Técnicas e os Comunicados Técnicos.
NBC PA-do Auditor Independente Art. 2º As Normas Brasileiras de Contabilidade classificam-se
NBC PP - do Perito Contábil em Profissionais e Técnicas.
Parágrafo único. As Normas Brasileiras de Contabilidade, sejam
As Normas Técnicas estabelecem conceitos doutrinários, re- elas Profissionais ou Técnicas, estabelecem preceitos de conduta
gras e procedimentos aplicados de Contabilidade e classificam-se profissional e padrões e procedimentos técnicos necessários para o
em: adequado exercício profissional.
Art. 3º As Normas Brasileiras de Contabilidade Profissionais se
NBC TG-Geral estruturam conforme segue:
Normas Completas I-Geral-NBC PG-são as Normas Brasileiras de Contabilidade
Normas Simplificadas para PMEs aplicadas indistintamente a todos os profissionais de Contabilidade;
Normas Específicas II-do Auditor Independente-NBC PA-são as Normas Brasileiras
de Contabilidade aplicadas, especificamente, aos contadores que
NBC TSP-do Setor Público atuam como auditores independentes;
NBC TA-de Auditoria Independente de Informação Contábil His- III-do Auditor Interno-NBC PI-são as Normas Brasileiras de Con-
tórica tabilidade aplicadas especificamente aos contadores que atuam
NBC TASP-de Auditoria de Informação Contábil Histórica Apli- como auditores internos;
cável ao Setor Público IV-do Perito-NBC PP-são as Normas Brasileiras de Contabilida-
NBC TR-de Revisão de Informação Contábil Histórica de aplicadas especificamente aos contadores que atuam como pe-
NBC TO-de Asseguração de Informação Não Histórica ritos contábeis.
NBC TSC-de Serviço Correlato Art. 4º As Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas se es-
NBC TI-de Auditoria Interna truturam conforme segue:
NBC TP-de Perícia I-Geral-NBC TG-são as Normas Brasileiras de Contabilidade
convergentes com as normas internacionais emitidas pelo Interna-
Cada NBC categorizada é subdividida em dezenas de normas tional Accounting Standards Board (IASB); e as Normas Brasileiras
que tratam de assuntos específicos, exemplo : a NBC TA-de Audito- de Contabilidade editadas por necessidades locais, sem equivalen-
ria Independente de Informação Contábil Histórica possui inúmeras tes internacionais;
normas que tratam de assuntos relacionados a auditoria. II-do Setor Público-NBC TSP-são as Normas Brasileiras de Con-
tabilidade aplicadas ao Setor Público, convergentes com as Normas
RESOLUÇÃO CFC N.º 1.328/111 Internacionais de Contabilidade para o Setor Público, emitidas pela
International Federation of Accountants (IFAC); e as Normas Brasi-
Dispõe sobre a Estrutura das Normas Brasileiras de Contabili- leiras de Contabilidade aplicadas ao Setor Público editadas por ne-
dade cessidades locais, sem equivalentes internacionais;
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de III-de Auditoria Independente de Informação Contábil Históri-
suas atribuições legais e regimentais, e com fundamento no dispos- ca-NBC TA-são as Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à
to na alínea “f” do art. 6º do Decreto-Lei n.º 9.295/46, alterado pela Auditoria convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria
Lei n.º 12.249/10, Independente emitidas pela IFAC;
CONSIDERANDO o processo de convergência das Normas Brasi- IV-de Revisão de Informação Contábil Histórica-NBC TR-são as
leiras de Contabilidade aos padrões internacionais; Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Revisão convergen-
CONSIDERANDO que a técnica legislativa utilizada no desen- tes com as Normas Internacionais de Revisão emitidas pela IFAC;
volvimento das Normas Brasileiras de Contabilidade, quando com- V-de Asseguração de Informação Não Histórica-NBC TO-são as
parada com a linguagem utilizada nas normas internacionais, pode Normas Brasileiras de Contabilidade aplicadas à Asseguração con-
significar, ou sugerir, a eventual adoção de diferentes procedimen- vergentes com as Normas Internacionais de Asseguração emitidas
tos técnicos no Brasil; pela IFAC;

1 https://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codi-
go=2011/001328
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

VI-de Serviço Correlato-NBC TSC-são as Normas Brasileiras de I-alteração total: nos casos de alteração redacional de toda a
Contabilidade aplicadas aos Serviços Correlatos convergentes com norma, interpretação ou comunicado, deverá ser mantida a sigla e
as Normas Internacionais para Serviços Correlatos emitidas pela identificada a nova redação pela letra “R”, seguida do número se-
IFAC; quencial (Ex: NBC PA 290 (R1); ITG 01 (R1); CTG 01 (R1)).
VII-de Auditoria Interna-NBC TI-são as Normas Brasileiras de II-alteração parcial: nos casos de alteração, exclusão ou inclu-
Contabilidade aplicáveis aos trabalhos de Auditoria Interna; são de item(ns) da norma, interpretação ou comunicado, deverá ser
VIII-de Perícia-NBC TP-são as Normas Brasileiras de Contabili- editado documento denominado “Revisão NBC” seguido da nume-
dade aplicáveis aos trabalhos de Perícia; ração inicial 01 e seguintes (Ex: Revisão NBC 01, Revisão NBC 02,
IX-de Auditoria Governamental-NBC TAG-são as Normas Bra- Revisão NBC 03, ...).
sileiras de Contabilidade aplicadas à Auditoria Governamental § 1º A alteração, inclusão e revogação de dispositivo deverão
convergentes com as Normas Internacionais de Auditoria Gover- ser consolidadas na respectiva norma, fazendo referência à
namental emitidas pela Organização Internacional de Entidades “Revisão NBC”, sem alterar a sigla da norma modificada.
Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI). § 2º O dispositivo alterado ou revogado deve ser tachado,
IX-de Auditoria de Informação Contábil Histórica Aplicável ao Setor permanecendo no corpo da norma alterada.
Público-NBC TASP-são as Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicá- § 3º As alterações incluídas na norma não alteram a letra “R +
veis à Auditoria de Informação Contábil Histórica Aplicadas à Auditoria numeração” na sigla de normas vigentes. (Incluído pela Resolução
do Setor Público convergentes com as Normas Internacionais de Audi- CFC n.º 1.548/2018)
toria emitidas pela International Federation of Accountants (Ifac) e re-
cepcionadas pela Organização Internacional de Entidades Fiscalizado- Art. 8º As Normas Brasileiras de Contabilidade, com exceção
ras Superiores (INTOSAI). (alterado pela Resolução CFC n.º 1.601/2020) dos Comunicados Técnicos, devem ser submetidas à audiência pú-
Parágrafo único. As normas de que trata o inciso I do caput são blica com duração mínima de 30 (trinta) dias.
segregadas em: Art. 9º A inobservância às Normas Brasileiras de Contabilida-
a) Normas completas que compreendem as normas editadas de constitui infração disciplinar sujeita às penalidades previstas nas
pelo CFC a partir dos documentos emitidos pelo CPC que estão con- alíneas de “c” a “g” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295/46, alterado
vergentes com as normas do IASB, numeradas de 00 a 999; pela Lei n.º 12.249/10, e ao Código de Ética Profissional do Conta-
b) Normas simplificadas para PMEs que compreendem a nor- dor.
ma de PME editada pelo CFC a partir do documento emitido pelo Art. 10. As Normas Brasileiras de Contabilidade, tanto as Pro-
IASB, bem como as ITs e os CTs editados pelo CFC sobre o assunto, fissionais quanto as Técnicas, editadas pelo Conselho Federal de
numerados de 1000 a 1999; Contabilidade continuarão vigendo com a identificação que foi defi-
c) Normas específicas que compreendem as ITs e os CTs edi- nida nas Resoluções CFC n.º 751/93, n.º 1.156/09 e n.º 1.298/10 até
tados pelo CFC sobre entidades, atividades e assuntos específicos, serem alteradas ou revogadas mediante a emissão de novas normas
numerados de 2000 a 2999. em conformidade com as disposições previstas nesta Resolução.
Art. 5º A Interpretação Técnica tem por objetivo esclarecer a Art. 11. Fica revogada a Resolução CFC n.º 1.298/10, publicada
aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade, definindo regras no D.O.U., Seção 1, de 21/9/2010.
e procedimentos a serem aplicados em situações, transações ou ati- Art. 12. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publica-
vidades específicas, sem alterar a substância dessas normas. ção.
Art. 6º O Comunicado Técnico tem por objetivo esclarecer as-
suntos de natureza contábil, com a definição de procedimentos a Brasília, 18 de março de 2011.
serem observados, considerando os interesses da profissão e as de- Contador Juarez Domingues Carneiro
mandas da sociedade. Presidente
Art. 7º As Normas são identificadas conforme segue: Ata CFC n.º 948
I-a Norma Brasileira de Contabilidade é identificada pela sigla NBC,
seguida das letras conforme disposto nos arts. 3º e 4º, numeração es- Caro(a) Candidato(a), as normas são um assunto extenso, aqui
pecífica em cada agrupamento, seguido de hífen e denominação. Por fizemos apenas apresentamos cada uma. Para obter maiores infor-
exemplo: NBC PA 290-“Denominação”; NBC TG 01-“Denominação”; mações e detalhes de todas as Normas Brasileiras de Contabilidade,
II-a Interpretação Técnica é identificada pela sigla IT, seguida acesse o site do CFC: https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-
da letra ou letras e numeração do grupo a que pertence confor- -de-contabilidade/
me disposto nos arts. 3º e 4º, seguida de hífen e denominação. Por
exemplo: ITG 01-“Denominação”; ITSP 01-“Denominação”.
III-o Comunicado Técnico é identificado pela sigla CT, seguida CONCEITOS, FORMA DE AVALIAÇÃO E EVIDENCIAÇÃO
da letra ou letras e numeração do grupo a que pertence conforme
disposto nos arts. 3º e 4º, seguido de hífen e denominação. Por
exemplo: CTG 01-“Denominação”; CTSP 01-“Denominação”. CONCEITOS
IV-As Normas, Interpretações e Comunicados alterados devem Contabilidade é a ciência social que estuda, analisa e controla
ser identificados pela letra “R” de revisão, seguida do número da todos os registros que movimentam e permitem a variação do pa-
revisão realizada. (Incluído pela Resolução CFC n.º 1.443/13) (Revo- trimônio de uma entidade. Essa entidade pode ser pessoa física ou
gado pela Resolução CFC n.º 1.548/2018) jurídica, além de organizações sem fins lucrativos e governo.
Art. 7-A. Para alteração de Norma Brasileira de Contabilidade,
de Interpretação Técnica e de Comunicado Técnico, serão observa-
dos os seguintes casos e condições:
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

Os registros e lançamentos contábeis apresentados através de relatórios, possibilitam aos gestores tomar decisões futuras mais asser-
tivas. Para isso dispões de alguns conteúdos fundamentais:
• Objeto: O estudo do patrimônio (conjunto de Bens, Direitos e Obrigações) das entidades.
• Objetivo: Controle do patrimônio e análise de suas alterações ao longo de um período.
• Finalidade: Gerar informações aos seus usuários (público de interesse), facilitando a tomada de decisão.

FORMA DE AVALIAÇÂO
A avaliação de ativos e passivos é feita através de bases de mensuração. Mensuração inicial é aquela em que em que se passa pelos
passos de como registrar e depois, a mensuração subsequente.
A mensuração inicial será realizada através pelo custo da aquisição ou pelo valor justo.
No custo de aquisição estarão englobados todos os gastos necessários para a logística desde que arcados pelo comprador. Para o
recebimento de uma doação, a mensuração ocorrerá através de um valor justo.
Já na forma subsequente, será necessário fazer uma nova mensuração, assim o registro não acontecerá de maneira que um ativo seja
registrado por um valor além do justo. É o tipo de mensuração que fornece informações relevantes e tempestivas, auxiliando a tomada de
decisão dos usuários.

EVIDENCIAÇÃO
A evidenciação é o conjunto das demonstrações contábeis que apresentam a situação da entidade, como o Balanço Patrimonial, a DRE
(Demonstração dos Resultados do Exercício), DFC (Demonstração dos Fluxos de Caixa), DMPL (Demonstrações das Mutações do Patrimô-
nio Líquido), DVA (Demonstração do Valor Adicionado) e DRA (Demonstração do Resultado Abrangente) e Notas Explicativas.
É através desse processo que são retiradas as informações necessárias para a tomada de decisão e demais informações para os usu-
ários da contabilidade.

NATUREZA
Na Contabilidade a escrituração é responsável pelos registros de todos os fatos contábeis, através de lançamentos de Débitos e Crédi-
tos, conforme as contas contábeis. Assim, cada conta contábil tem uma natureza.
A natureza contábil apresenta a “explicação” da origem das contas, que pode ser devedora ou credora.
As contas de Ativo e Despesas tem sua natureza devedora, pois apresentam onde foram aplicados os recursos. Já as contas do Passivo,
Patrimônio Líquido e Receitas, são de natureza credora, explicando a origem dos recursos.

Contas Patrimoniais Natureza Variação - Aumento Variação Redução


Ativo Devedora Débito Crédito
Passivo Credora Crédito Débito
Contas de Resultado Natureza Variação - Aumento Variação Redução
Receita Credora Crédito
Despesa Devedora Débito

ESPÉCIE E ESTRUTURA
A estrutura conceitual básica da contabilidade, com base no CPC 00, que é o pronunciamento contábil; apresenta as ferramentas
para os relatórios contábeis, que devem representar fielmente a situação econômica das entidades. Suas principais características são a
relevância e a apresentação fidedigna.
 Relevância – É o conjunto de informações necessárias para tomada de decisão de todos os usuários, mas principalmente os
gestores.
 Apresentação fidedigna – É de extrema importância que todos os números apresentados pelos relatórios contábeis estejam
representando o mais próximo possível da situação real da entidade, sem erros.

MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS

O método das partidas dobradas é um princípio fundamental na contabilidade, sendo o sistema contábil mais amplamente utilizado
em todo o mundo. Esse método é essencial para registrar transações financeiras e garantir que os livros contábeis estejam equilibrados.
Aqui estão os conceitos-chave relacionados ao método das partidas dobradas:

Princípio Fundamental:
- Cada transação contábil envolve pelo menos duas contas: uma conta é debitada e outra é creditada. As quantias debitadas devem
ser iguais às quantias creditadas.

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a solução para o seu concurso!
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

Débito e Crédito:
- O débito e o crédito são termos que indicam a entrada COMPONENTES DO PATRIMÔNIO: ATIVO, PASSIVO E PA-
de valores nas contas. Eles não têm uma conotação positiva ou TRIMÔNIO LÍQUIDO - CONCEITOS, FORMA DE AVALIAÇÃO
negativa. Em vez disso, o débito e o crédito indicam a direção do E EVIDENCIAÇÃO. VARIAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO:
fluxo do valor nas contas. RECEITA, DESPESA, GANHOS E PERDAS

Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido:


- Em um balanço patrimonial, ativos são geralmente debitados O Patrimônio de uma entidade é o conjunto de Bens, Direitos
e passivos ou patrimônio líquido são creditados. Por exemplo, e Obrigações, sendo também conhecidos como Ativo, Passivo e Pa-
quando uma empresa adquire um ativo, como estoque, a conta de trimônio Líquido.
estoque é debitada, e a conta de caixa (um ativo) é creditada.
Ativo2
Despesas e Receitas: O Ativo faz parte das Contas Patrimoniais e compreende o
- Despesas são geralmente debitadas, enquanto receitas são conjunto de Bens e Direitos da organização (entidade, empresa),
creditadas. Por exemplo, quando uma empresa incorre em despesas possuindo valores econômicos e podendo ser convertido em
operacionais, a conta de despesas é debitada, e a conta de caixa ou dinheiro (proporcionando ganho para a empresa).
contas a pagar (um passivo) é creditada. É a parte positiva da posição patrimonial e identifica onde os
recursos foram aplicados. Representa os benefícios presentes e
Equação Fundamental da Contabilidade: futuros para a empresa.
- A equação fundamental da contabilidade é: Ativos = Passivos As contas do Ativo são classificadas em ordem decrescente do
+ Patrimônio Líquido. Em cada transação, a equação deve ser grau de liquidez (de acordo com a rapidez com que podem ser con-
mantida, garantindo que os débitos sejam iguais aos créditos. vertidas em dinheiro).
É um recurso controlado pela entidade como resultado
Livro Razão e Livro Diário: de eventos passados e do qual se espera que resultem, no
- O livro razão é um registro de todas as contas da empresa, futuro, benefícios econômicos para a entidade. Ou seja, deve
mostrando os débitos e créditos. O livro diário é onde as transações ser compreendido como o conjunto de recursos financeiros e
são registradas diariamente, indicando as contas afetadas, os econômicos que são administrados de forma a gerarem mais
montantes envolvidos e a natureza da transação. recursos financeiros e econômicos. A finalidade de uma empresa
é o lucro, e o Ativo é a aplicação de bens e direitos de modo a
T Conta: produzir lucro.
- Uma T conta é uma ferramenta visual usada pelos contadores Para que algo possa ser considerado um ativo, é necessário
para representar as transações. Ela é dividida em duas partes: uma que ele cumpra quatro requisitos: constituir bem ou direito para a
para débitos e outra para créditos. empresa, ser de propriedade, posse ou controle da sociedade, ser
mensurável monetariamente e trazer benefícios (ou expectativa de
Saldo das Contas: benefícios) para a empresa. O dinheiro é o ativo por excelência, pois
- O saldo das contas é determinado pela diferença entre é o meio de troca da economia e sua liquidez é plena.
os débitos e créditos. Um saldo positivo indica um débito maior, As contas deste grupo não se encerram com a apuração do re-
enquanto um saldo negativo indica um crédito maior. sultado do exercício e podem ser debitadas ou creditadas, sendo o
Demonstrações Financeiras: saldo sempre devedor (com exceção das Contas redutoras do ati-
- O método das partidas dobradas é crucial para preparar vo).
demonstrações financeiras precisas, como o balanço patrimonial, O Ativo se divide em duas partes: Ativo Circulante e Ativo Não
a demonstração de resultados e a demonstração do fluxo de caixa. Circulante.

Consistência e Rastreabilidade: Ativo Circulante


- O método das partidas dobradas garante consistência nas O Ativo Circulante agrupa dinheiro e tudo o que será transfor-
transações contábeis e fornece um rastreamento claro de como os mado em dinheiro rapidamente. São contas que estão constante-
valores são distribuídos entre diferentes contas. mente em giro, movimento, circulação.
Neste grupo são registrados os bens e direitos que a empresa
O método das partidas dobradas é uma prática contábil consegue realizar (transformar) em dinheiro até o final do exercício
fundamental que ajuda a garantir a precisão e a integridade dos seguinte, ou seja, no curto prazo.
registros financeiros de uma entidade. Ele proporciona uma
estrutura lógica e sistemática para o registro de transações e é Abaixo algumas contas do Ativo Circulante:
essencial para a elaboração de relatórios financeiros precisos e Disponibilidades: Compreendem valores existentes em Caixa
confiáveis. e Bancos, assim como as aplicações de curtíssimo prazo e liquidez
absoluta. Significa o que está disponível para a empresa, podendo
ser utilizado a qualquer momento e para qualquer fim. As contas
deste grupo estão a todo instante sendo movimentadas (entra e
sai dinheiro)

2 http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/BP_ativo8.php
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Caixa - dinheiro existente (em espécie) na empresa, sendo o valor a ser pago pela empresa. São contas de adiantamento a fun-
item de maior liquidez (rapidez com que pode ser convertido em cionários: Adiantamento para viagens; Adiantamento de salários;
dinheiro). Quando for necessário usar este dinheiro, ele estará à Adiantamento de férias e 13º salário, entre outros.
disposição na própria empresa.
Banco - nessa conta são registrados os recursos depositados Ativo Não Circulante
em contas-correntes de livre movimentação. As contas de livre mo- São registrados os direitos que serão realizados (transformados
vimentação são as contas bancárias cujo saldo pode ser sacado ime- em dinheiro) após o final do exercício seguinte (longo prazo), assim
diatamente pelo cliente, no todo ou em parte. São as contas que a como os bens de uso (veículos, máquinas, etc.) e de renda da em-
empresa usa para fins de compras (com cheque ou cartão), vendas presa (aluguéis, imóveis para vendas, etc.).
(recebimentos de compras parceladas), empréstimos, etc. Ou seja, no Não Circulante são incluídos todos os bens de natu-
reza duradoura destinados ao funcionamento normal da sociedade
Créditos: São direitos que a empresa tem a receber. Fazem par- e do seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com
te deste grupo as contas: essa finalidade.
Duplicatas a Receber / Clientes - valores a receber decorrentes
das vendas efetuadas pela empresa. Esta conta é usada quando o Realizável a Longo Prazo: São classificados neste grupo as
cliente compra e leva o produto ainda sem ter pago o valor total contas de bens e direitos da empresa cujas realizações se darão
que deve (compra a crédito com cartão ou com cheque pré-datado, no longo prazo (após o término do exercício seguinte). Também
compra parcelada a curto prazo). Ou seja, são valores ainda não estão inseridas neste grupo as contas de direitos sem prazo
recebidos decorrentes de vendas de mercadorias. de vencimento. Ou seja, quando não se determina o prazo de
Títulos a Receber - são representados, na maioria das vezes, vencimento do direito, em contabilidade, entende-se como de
por notas promissórias. Esses títulos podem ser originários de du- longo prazo. São contas de natureza devedora, assim como as do
plicatas não pagas no vencimento, cujos valores renegociados pas- Ativo Circulante.
sam a ser representados por notas promissórias ou por outro título Aplicações Financeiras de Longo Prazo - aplicações que a em-
equivalente com prazo de vencimento dilatado, conforme acordo presa faz, mas que só terá o direito de retirar o dinheiro aplicado
entre as partes. Representam também valores de empréstimos a após um prazo de 12 meses
receber de terceiros e de vendas não ligadas às operações normais Duplicadas a Receber a Longo Prazo - também conhecida
da empresa, tais como vendas de investimentos como ações, de- como Clientes de longo prazo, são valores a receber decorrentes
bêntures, imóveis, etc. das vendas efetuadas pela empresa a longo prazo.

Estoque: São as mercadorias para serem revendidas que a em- Investimentos: No grupo Investimentos são classificadas as par-
presa possui. Essa conta registra o valor dos estoques na data do ticipações e aplicações financeiras de caráter permanente, com o
fechamento do balanço. São contas deste grupo: objetivo de gerar rendimentos para a empresa de forma que esses
Estoque de Produtos Acabados - produtos cujo processo de bens e direitos não sejam destinados à manutenção das atividades
fabricação foi concluído e já se encontram em condições de venda. normais da companhia.
Estoque de Mercadoria para Revenda - compreende as merca- Obra de Arte - as obras de arte existentes na empresa são um
dorias adquiridas para comercialização. tipo de investimento, sendo elas desvinculadas da atividade princi-
Estoque de Produtos em Elaboração - são classificados todos pal da empresa. Para que uma obra de arte seja classificada como
os produtos que, no fechamento do balanço, ainda se encontram investimento, a empresa não deve ter a intenção de vendê-la.
em fase de produção. Compreende todos os custos aplicados nes- Investimentos e Ouro - uma forma de investimento (aplicação)
ses produtos. Em empresas prestadoras de serviços, essa conta é que tem por objetivo gerar lucro para a empresa.
chamada de Serviços em Andamento. Participações Societárias - são participações (investimentos)
em outras sociedades (coligadas e controladas) que não são des-
Outros Créditos: São as contas a receber que não se enqua- tinadas à venda. A empresa não deve ter a intenção de se desfazer
dram nos grupos anteriores, sendo contas de curto prazo, assim destes investimentos em um horizonte previsível. Ou seja, são par-
como as demais do Ativo Circulante. ticipações em outras empresas obtidas com o objetivo de mantê-las
Impostos a Recuperar - impostos pagos no ato da compra de em caráter permanente para se obter o controle societário ou por
mercadorias, incidentes sobre as compras realizadas. Denomina-se a interesses econômicos, como por exemplo, fonte permanente de
recuperar pois quando ocorrer a vendas das mercadorias, o valor renda. Se a empresa comprar a participação esperando sua valori-
de imposto pago será reduzido dos Impostos a recolher (referente zação para vendê-la, ela deve ser registrada no Realizável a longo
à venda de mercadorias). Desta forma, a empresa pagará apenas a prazo. São elas: Investimentos em coligadas; Investimentos em con-
diferença de valor, diminuindo o imposto das compras do imposto troladas.
das vendas. São contas de impostos a recuperar: ICMS; PIS; COFINS;
IPI e outros. Imobilizado: No Imobilizado são classificados os bens e direitos
Adiantamento a Funcionários - nesta conta devemos juntar de natureza permanente que serão utilizados para a manutenção
todas as operações de créditos a funcionários por adiantamentos das atividades normais da empresa, servindo a sua estrutura. A em-
concedidos por conta de salários, de despesas, de empréstimos presa não pretende vender os seus bens e direitos, ou seja, não
e outros. Quando chegar o dia de pagamento de cada um destes há intenção de transformá-los em dinheiro. Caracterizam-se por se
itens, o valor que constar de adiantamento deverá ser reduzido do apresentarem na forma tangível (bens corpóreos).

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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

Imóveis - são os imóveis que fazem parte da empresa e que po- Passivo Circulante
dem ser usados para o desenvolvimento das atividades necessárias. Neste grupo, classificam-se as contas que representam obriga-
Fazem parte: Terrenos, Edificações, etc. ções da empresa para com terceiros no curso do exercício seguinte.
Máquinas e Equipamentos - são as máquinas e equipamentos Ex.: Salários a Pagar, Fornecedores, Impostos a Pagar, Empréstimos
que a empresa usa para desenvolver as suas atividades. Bancários etc.
Veículos - são os carros, motos, camionetes, caminhões, etc. São as obrigações (dívidas) exigíveis que deverão ser pagas até
que são usados para o desenvolvimento da companhia, seja para o fim do exercício seguinte.
entrega de produtos, deslocamento dos funcionários e para qual- Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclu-
quer outra atividade da empresa. sive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não-circu-
lante, quando se vencerem no exercício seguinte. No caso de o ciclo
Intangível: São Intangíveis os bens que não podem ser tocados operacional da empresa ter duração maior que a do exercício social,
ou vistos, já que são incorpóreos (não tem corpo). Eles possuem a concepção terá por base o prazo desse ciclo.
valor econômico mas carecem de substância física (material), tendo Fornecedores – Fornecedores; Duplicatas a pagar; Energia elé-
o valor patrimonial nos direitos de propriedade imaterial que são trica, entre outros
conferidos a seus possuidores. Obrigações Trabalhistas – INSS, FGTS, PIS, Salários, entre ou-
tros
Softwares – Sistemas de aplicativos Empréstimos e Financiamentos – Empréstimos e financiamen-
Marcas e Patentes - É o nome que a empresa utiliza nos seus tos a curto prazo.
produtos e serviços. São conhecidos e reconhecidos pelos seus Obrigações Tributárias – IRRF, PIS, COSINF, IR, ICMS, ISS, entre
fornecedores e clientes. Patentes são de propriedades incorpóreas outros.
e de uso exclusivo, ou seja, significa prevenir que os competidores Provisões e Encargos das Provisões – Provisão para 13٥, FGTS,
copiem ou vendam a sua invenção ou criação INSS, Férias, entre outros
Outras Obrigações.
Licenças
Passivo Não Circulante
Direitos Autorais Neste grupo são escrituradas as obrigações da entidade, inclu-
sive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não-circu-
Direitos de Exploração de Serviços Públicos lante, quando se vencerem após o exercício seguinte. No caso de o
ciclo operacional da empresa ter duração maior que a do exercício
Passivo3 social, a concepção terá por base o prazo desse ciclo.
O Passivo faz parte das Contas Patrimoniais e compreende Exigível a Longo Prazo – Fornecedores a longo prazo; Financia-
as obrigações da organização, entidade ou empresa para com mentos a longo prazo, entre outros
terceiros, por sua natureza e por sua expressão monetária. Resultados de Exercícios Futuros - Neste grupo, classificam-se
É a parte negativa do Patrimônio e identifica a origem dos as contas que representam obrigações da empresa para com ter-
recursos aplicados. As contas representam os recursos de ceiros, com vencimento após o curso do exercício seguinte (longo
terceiros que foram usados e são classificadas segundo a ordem prazo).
decrescente de exigibilidade (são classificadas de acordo com o seu
vencimento, através do curto e longo prazo). Patrimônio Líquido4
Ou seja, o Passivo se classifica de acordo com o prazo de reali- O Patrimônio Líquido é formado pelo grupo de contas que re-
zação das obrigações. gistra o valor contábil pertencente aos acionistas ou quotistas.
As contas do Passivo podem ser debitadas ou creditadas, mas o A partir de 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007, para as
seu saldo será sempre credor, com exceção das contas redutoras do sociedades por ações, a divisão do patrimônio líquido será realizada
Passivo. Essas contas não se encerram com a apuração do resultado da seguinte maneira:
do exercício. a) Capital Social - O capital social representa os valores recebi-
O Passivo compreende as origens de recursos representados dos pela empresa, em forma de subscrição ou por ela gerados. A in-
pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos ocorri- tegralização do capital poderá ser feita por meio de moeda corrente
dos que exigirão ativos para a sua liquidação. ou bens e direitos.
Já o passivo, simplificadamente, evidencia toda a obrigação b) Reservas de Capital - A reserva de capital abrange as seguin-
(dívida) que a empresa tem com terceiros, por exemplo: contas a tes subcontas:
pagar, fornecedores de matéria-prima à prazo, impostos a pagar, - Reserva de Correção Monetária do Capital Realizado;
financiamentos, empréstimos, etc. O Passivo é uma obrigação exigí- - Reserva de Ágio na Emissão de Ações;
vel, isto é, no momento em que a dívida vencer, será exigida (recla- - Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias;
mada) a liquidação da mesma. Por isso é mais adequado chamá-lo - Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição;
Passivo Exigível. - Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures; (excluída des-
de 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007)
- Reserva de Doações e Subvenções para Investimento; (excluí-
da desde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007)

3 http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/BP_passivo.php 4 http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/pl.htm
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

- Até 31.12.2007, a Reserva de Incentivo Fiscal. A partir de 2) A atualização monetária dos valores de tributos pagos indevi-
01.01.2008, respectiva reserva passa a fazer parte do grupo de Re- damente ou a maior, bem como saldos negativos de IRPJ e CSLL, su-
servas de Lucros. jeitos à taxa de juros Selic a partir do mês seguinte ao do pagamento
indevido/ou a maior e, no caso de Saldo Negativo de IRPJ e CSLL, a
c) Ajustes de Avaliação Patrimonial - é o resultado do valor partir do mês seguinte ao do fechamento do período de apuração
da avaliação dos bens em relação ao seu valor justo. O valor justo (trimestral ou anual).
é a quantia pela qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo 3) As variações monetárias dos direitos de crédito e das
liquidado, por duas partes dispostas a isso e independentes entre si obrigações do contribuinte em função da taxa de câmbio ou de
d) Reservas de Lucros - As reservas de lucros são constituídas índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual
pelos lucros obtidos pela empresa, retidos com finalidade específi- serão consideradas para efeitos da legislação do Imposto de Renda,
ca. Os lucros retidos com finalidade específica e classificados nesta como receitas financeiras, quando for o caso (Lei 9.718/98, art. 9°).
conta são transferidos da conta de “Lucros ou Prejuízos Acumula- 4) Os juros sobre capital próprio (TJLP) - Lei 9.249/1995, artigo
dos”. 9°.
e) Ações em Tesouraria - As ações ou quotas adquiridas pela Para efeito de apuração do IRPJ e da CSLL, as receitas financei-
companhia ou sociedade limitada serão registradas em conta ras são receitas tributáveis tanto para as pessoas jurídicas que ado-
específica redutora do Patrimônio Líquido, intitulada «ações ou tem o Lucro Presumido quanto para as que tributam pelas regras
quotas em tesouraria” do Lucro Real.
f) Prejuízos Acumulados - Os lucros ou prejuízos representam
resultados acumulados obtidos, que foram retidos sem finalidade Despesa Financeira8
específica (quando lucros) ou estão à espera de absorção futura São consideradas despesas financeiras os juros pagos ou incor-
(quando prejuízos). ridos, os quais serão dedutíveis como custos ou despesa operacio-
nais observadas às seguintes normas (RIR/1999, art. 374):
Adiantamentos para Aumento de Capital: Adiantamentos au- Os juros pagos antecipadamente, os descontos de títulos de
mento de capital são os valores recebidos pela empresa por meio créditos e o deságio concedido na colocação de debêntures ou tí-
de seus acionistas ou de seus quotistas, onde são destinados e uti- tulos de crédito, deverão ser apropriados proporcionalmente ao
lizados como futuro aporte de capital da organização. O Contador tempo decorrido (pro rata tempore), nos períodos de apuração a
estar atento, pois caso o valor do adiantamento seja efetivamente que competirem;
utilizado para tal situação, deve ser registrado no Patrimônio Líqui- Os juros de empréstimos contraídos para financiar a aquisição
do. Havendo a hipótese deste valor ser devolvido a quotistas ou ou construção de bens do ativo permanente, incorridos durante as
acionista, o mesmo deve ser lançando no Passivo Não Circulante. fases de construção e pré-operacional, podem ser registrados no
ativo diferido, para serem amortizados.
Receita e Despesa A partir de 01 /01/1999, as variações monetárias dos direitos
Receita5 é a entrada bruta de benefícios econômicos durante o de créditos e das obrigações do contribuinte, em função da taxa
período que ocorre no curso das atividades ordinárias de uma em- de câmbio ou de índices ou coeficientes aplicáveis por disposição
presa, quando tais entradas resultam em aumento do patrimônio legal ou contratual, serão consideradas, para efeitos da legislação
líquido, excluídos aqueles decorrentes de contribuições dos pro- do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido
prietários, acionistas ou cotistas. (e também da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS), como
Nas contas do grupo de receitas6 são registrados todos os despesas financeiras, quando passivas (Lei nº 9.718, de 1998, art.
valores que são recebidos pela empresa. Estes valores podem 9 º e 17, inciso II).
ser provenientes da operação direta da empresa, como venda de
produtos, mercadorias ou serviços, ou ainda podem ser receitas Despesa é saída ou decréscimo de recursos econômicos
não operacionais, como juros recebidos ou até mesmo da venda de durante o período, que ocorre no curso das atividades ordinárias
um ativo não mais utilizado. de uma empresa, excluídas as reduções patrimoniais decorrentes
de pagamento de recursos efetuados aos proprietários, acionistas
Receita Financeira7 ou cotistas.
São considerados como receita financeira, para fins tributários: O grupo de despesas é composto pelas contas onde são regis-
1) Os juros recebidos, os descontos obtidos, o lucro na opera- tradas todas os desembolsos realizados pela organização, como pa-
ção de reporte, o prêmio de resgate de títulos ou debêntures e os gamento de funcionários e fornecedores, compra de matéria-prima
rendimentos nominais relativos a aplicações financeiras de renda ou equipamentos, pagamento por serviços de terceiros etc.
fixa, auferidos pela empresa no período de apuração, compõem as
receitas financeiras e como tal deverão ser incluídas no lucro opera- Investimentos
cional. Tais receitas, quando derivados de operações ou títulos com Em termos económicos, é o capital que é aplicado com o in-
vencimento posterior ao encerramento do período de apuração, tuito de obter alguns rendimentos a prazo. Esta aplicação é uma
poderão ser rateados pelos períodos a que competirem. escolha de um benefício imediato por um futuro incerto. Empresas
tendem a fazer investimentos com determinada frequência, onde
5 http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/npc14.htm alguns são necessárias para o funcionamento quotidiano, como
6 https://www.treasy.com.br/blog/o-que-classificacao-contabil-ativo- compra de equipamentos de imobilizado, por exemplo. Outros in-
-passivo-receita-e-despesa
7 http://www.portaltributario.com.br/artigos/conceito-tributario-re- 8 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/
ceitas-financeiras.htm despesas-financeiras/38869
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

vestimentos são realizados com o propósito de obter lucros no futu- Lucro x Prejuízo
ro, como por exemplo, a compra de máquinas e equipamentos que O objetivo da DRE é determinar se uma empresa está obtendo
permitem auxiliar no processo produtivo. lucros ou prejuízos a partir das suas atividades, listando as opera-
ções que alteram o patrimônio líquido contábil, tanto positivamen-
te (receitas) como negativamente (despesas).
APURAÇÃO DOS RESULTADOS Tudo parece bastante simples se pensarmos que é só pegar
o valor das receitas e subtrair as despesas. Entretanto, a empresa
pode vender um produto neste mês e só receber o pagamento da-
A demonstração ou apuração do resultado do exercício (DRE) é qui alguns meses, da mesma forma que existem vendas parceladas.
uma demonstração contábil que cruza receitas, custos e resultados Quando a empresa faz um investimento (por exemplo, a com-
com o objetivo de determinar o resultado líquido em um período pra de produtos para o estoque), é difícil determinar quanto esse
de tempo. investimento trouxe de resultado, já que os produtos não são ven-
Empreender envolve uma série de coisas boas e também mui- didos no mesmo mês — e, mesmo que sejam, o pagamento nem
tos desafios, afinal, a lista de novos aprendizados para quem está sempre entra de imediato.
começando é grande e apuração do resultado do exercício é a mais O mesmo vale para as despesas, que muitas vezes são difíceis
importante delas. Entre as habilidades a serem aprendidas, existe a de identificar, pois nem sempre são provenientes apenas da compra
necessidade de organizar o financeiro da empresa. Sem ela, qual- de mercadorias. Existem itens como aluguel, refeições, horas extras
quer empreendedor pode quebrar ou entrar em crise em pouco e diversos outros.
tempo. Por todas essas questões, a DRE é uma ferramenta capaz de
A melhor ferramenta para medir a rentabilidade de uma orga- demonstrar com exatidão qual foi o resultado líquido (lucro) obtido
nização é a DRE: Demonstração ou Apuração do Resultado do Exer- por uma empresa dentro de um determinado período.
cício. Essa técnica permite saber quanto foi seu lucro no último mês
ou nos últimos 6 meses, por exemplo. Consequentemente, pode DICA: Vale lembrar que as empresas pagam impostos como o
revelar o futuro do negócio e mostrar se ele está crescendo ou se Imposto de Renda da pessoa jurídica e a Contribuição Social sobre
está tendo prejuízos. o lucro líquido. Esses tributos são calculados em cima do lucro apu-
rado pela DRE.
Conceito Ou seja, se houver algum erro na apuração, consequentemente
A demonstração ou apuração do resultado do exercício (DRE) é existirá um erro no pagamento dos impostos. Nesse caso, a empre-
uma demonstração contábil que cruza receitas, custos e resultados sa sempre sairá perdendo. Se o erro na apuração do lucro for para
com o objetivo de determinar o resultado líquido em um período de menos, o imposto pago também será menor e a empresa estará su-
tempo. De forma simplificada, é um resumo financeiro que aponta jeita a uma multa da Receita Federal ou qualquer outro órgão fiscal.
se a empresa teve lucro ou prejuízo. O termo “resultado” represen- Se o erro for para mais, a empresa acabará desperdiçando dinheiro,
ta as contas de receita (dinheiro que entra) e de gastos (despesas e o que também é totalmente indesejado.
custos). O DRE é elaborado anualmente para prestação de contas,
mas pode ser feito mensalmente pela administração da empresa Incorporação e Distribuição de Lucros
para acompanhar os resultados. A incorporação de lucros é uma das diversas formas para au-
Segundo a legislação brasileira, a apuração do resultado do mentar o capital social das empresas.
exercício apresentada anualmente deve detalhar: Sob perspectiva fiscal, é tratado no artigo 41 do Regulamento
- A receita bruta das vendas de produtos e serviços, as dedu- do Imposto de Renda - RIR/1999. O regulamento afasta a incidência
ções (descontos) das vendas, os abatimentos e os impostos; do imposto de renda sobre os valores decorrentes de aumento de
- A receita líquida das vendas de produtos e de serviços, o custo capital mediante a incorporação de reservas ou lucros, desde que
das mercadorias vendidas ou dos serviços prestados e o lucro bruto; apurados:
- Todas as despesas operacionais, como as despesas com as
vendas, as financeiras, as deduzidas das receitas, as despesas gerais Quando o lucro da pessoa jurídica9 não tributado em virtude
e as administrativas; de isenção ou redução do imposto de renda, apurado com base
- O lucro ou o prejuízo operacional, as outras despesas e as re- no lucro da exploração, pode ser distribuído aos sócios, desde
ceitas; que deduzido do correspondente imposto de renda não pago.
- O resultado do exercício antes do Imposto de Renda e a pro- Portanto, o valor que deixar de ser pago em virtude dessas isenções
visão para o imposto; ou reduções, não poderá ser distribuído aos sócios e constituirá
- As participações de empregados, debêntures, partes benefi- reserva de capital da pessoa jurídica, que somente poderá ser
ciárias e administradores mesmo na forma de instrumentos finan- utilizada para absorção de prejuízos ou aumento de capital.
ceiros, e de fundos ou instituições de assistências e previdência de Considera-se distribuição do valor do imposto a restituição de
empregados; capital aos sócios, em casos de redução do capital social, até o mon-
- O lucro ou o prejuízo líquido do exercício e o seu montante tante do aumento com incorporação da reserva. Considera-se, tam-
por ação do capital social. bém, distribuição do valor do imposto a partilha do acervo líquido
da sociedade dissolvida, até o valor do saldo da reserva de capital.
A DRE representa um desafio até mesmo para os profissionais
de contabilidade, já que é uma bastante complexa. Porém, o 1º pas-
so para tornar tudo mais claro é entender a finalidade da apuração
do resultado do exercício. 9 http://www.crcba.org.br/boletim/edicoes/tfis.htm
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

Dividendos do período. Tal tratamento é devido, pois os critérios de uma obri-


Conforme a ITG 08 (R1) Contabilização da Proposta de Paga- gação presente segundo a IAS 37 – Provisões, passivo contingente
mento de Dividendos - a legislação societária brasileira, Lei nº. e ativo contingente não são atendidos. De acordo com a IAS 37 a
6.404/76, determina a distribuição de dividendo obrigatório aos obrigação presente existe quando existe uma obrigação legal que
acionistas por meio do artigo 202: faça a entidade não ter outra alternativa realista a não ser liquidar
“Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo a obrigação.
obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no
estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acor- Vamos a um pequeno exemplo:
do com as seguintes normas…” Alpha declara em 20 de fevereiro de 2010 que vai distribuir
R$ 5 milhões em dividendos referentes ao exercício findo em 31
A lei societária prevê que o dividendo obrigatório pode deixar de dezembro de 2009, a data de autorização para emissão das de-
de ser distribuído ou pode ser distribuído por valor inferior ao de- monstrações financeiras é 10 de março de 2010. Segundo o estatu-
terminado no estatuto social da entidade, quando não houver lu- to social de Alpha, o dividendo mínimo obrigatório a ser distribuído
cro realizado em montante suficiente (art. 202, inciso II). Quando corresponde a 10% do lucro líquidos após impostos. O lucro líquido
o dividendo obrigatório, devido por força do estatuto social ou da de Alpha em 2009 foi de $ 20 milhões.
própria lei, excede o montante do lucro líquido do exercício realiza-
do financeiramente, pode a parcela não distribuída ser destinada à Assim, a obrigação de pagamento de 10% do lucro líquido (R$ 2
constituição da reserva de lucros a realizar. milhões) atende aos requisitos para o reconhecimento do passivo,
A lei societária ainda prevê que o dividendo obrigatório pode porém qualquer montante acima do mínimo obrigatório (R$ 3 mi-
deixar de ser distribuído quando os órgãos da administração infor- lhões) não deve ser reconhecido no passivo, sendo reconhecido em
marem à Assembleia Geral Ordinária ser ele incompatível com a conta patrimonial (i.e. dividendo adicional proposto).
situação financeira da companhia (art. 202, § 4º). É uma discricio-
nariedade conferida por lei aos administradores com vistas a evitar Reservas de Capital
o comprometimento da gestão de caixa e equivalente de caixa da A Reserva de capital, são consideradas contribuições dos pro-
entidade, desde que observadas outras condicionantes legais. A prietários, sócios, acionistas, ou de terceiros que investem no pa-
parcela dos lucros não distribuída deve ser destinada à constituição trimônio de uma determinada empresa por meio da compra dos
de reserva especial. seus títulos.
Em ambos os casos, o procedimento estabelecido em lei é a São apresentados como reserva de capital os valores que não
retenção de lucros por meio da constituição de reservas de lucros representam receitas, mas sim uma origem de capital que não exige
que poderão não necessariamente ser destinadas ao pagamento de uma contrapartida de entrega de bens ou prestação de serviços. É
dividendos, já que poderão vir a ser absorvidas por prejuízos em por esta razão que não devem transitar por contas de resultado,
exercícios subsequentes. Consta na lei: pois não são tributadas.
- Os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando
realizados e se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exer- Fluxo de Caixa
cícios subsequentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo Muitos empreendedores acreditam que o lucro da empresa é
declarado após a realização.” (Art. 202, inciso III) identificado no fluxo de caixa, mas esse é um equívoco.
- Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § O fluxo de caixa registra as movimentações financeiras, mos-
4º serão registrados como reserva especial e, se não absorvidos por trando se a empresa pagou todas as contas do período e se faltou
prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser pagos como di- ou sobrou dinheiro. Porém, fechar o caixa no vermelho — ou seja,
videndo assim que o permitir a situação financeira da companhia” faltar dinheiro para pagar as contas — não quer dizer que a empre-
(Art. 202, §5º) sa não dá lucro. A organização pode ter altos valores em direitos a
receber, por exemplo.
O dividendo obrigatório pode também deixar de ser distribuí- Muitas vezes, a ausência de dinheiro no caixa pode acontecer
do, ou pode ser distribuído por um valor inferior ao determinado devido ao aumento do volume de compra (para abastecer o esto-
no estatuto social da entidade ou na lei, por decisão soberana e que, digamos) devido a um aumento nas vendas. Pode ser que a
unânime da Assembleia Geral de Acionistas de: empresa esteja vendendo à prazo, mas comprando à vista.
- companhia aberta, se com registro na CVM exclusivamente Daí a importância de analisar a situação por meio da apura-
para captação de recursos por debêntures não conversíveis em ção do resultado do exercício. Só ela vai mostrar se a empresa está
ações; ou efetivamente operando com lucro, ajudando a encontrar falhas de
- companhia fechada, exceto se controlada por companhia gestão que podem ir desde a precificação até os custos e despesas
aberta registrada na CVM para captação de recursos por meio de variáveis.
qualquer valor mobiliário que não seja uma debênture não conver-
sível em ações (Art. 202, §3º). Elaboração da Apuração dos Resultados
Antes de entrarmos em um exemplo de apuração do resultado
Segundo a IAS 1010 – Eventos após o período de relatório quan- do exercício, é importante compreender alguns conceitos e defini-
do forem declarados dividendos após o período de relatório, porém ções básicas das variáveis que estarão contidas na própria DRE.
antes da autorização para emissão das demonstrações financeiras, - Ativo: representa todos os bens, os direitos e os valores a re-
os dividendos não devem ser reconhecidos como passivo no final ceber de uma entidade. Por exemplo: dinheiro em caixa, mercado-
10 http://ifrsbrasil.com/outros-assuntos/diversos/exemplo-pratico-pa- rias e depósitos bancários;
gamento-de-dividendos-e-a-ias-10
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- Passivo: representa todas as obrigações financeiras de uma - As Despesas Financeiras Líquidas são formadas por: (Despe-
empresa junto a terceiros, ou seja, todas as dívidas contraídas, con- sas Financeiras – Receitas Financeiras) + (Variações Monetárias e
tas a pagar, fornecedores etc; Cambiais Passivas – Variações Monetárias e Cambiais Ativas);
- Patrimônio líquido: representa o registro de valor que os pro- - As Outras Receitas e Despesas são formadas por: (Resultado
prietários de uma empresa têm aplicado no negócio; da Equivalência Patrimonial) + (Venda de Bens e Direitos do Ativo
- Receita: são os grupos de contas que registram as operações Não Circulante – Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não
que levam ao aumento do patrimônio, como aumento de dinheiro Circulante).
ou de direitos, como contas a receber;
- Custos: são grupos de contas que registram as operações que Conhecer o Lucro Líquido antes das participações
causam uma redução no patrimônio. Vale lembrar que os custos Lucro Líquido Antes das Participações = Resultado Operacional
estão sempre diretamente associados às vendas, ou seja, um custo pré-IR/Contribuição Social – Provisão para Imposto de Renda e Con-
ocorre quando há diminuição de um ativo por meio de uma venda tribuição Social Sobre o Lucro
(por exemplo: a diminuição do número de mercadorias);
- Despesas: são grupos de contas que registram as operações Conhecer o Resultado Líquido do Exercício
que levam a uma redução no patrimônio. É importante se atentar Resultado Líquido do Exercício = Lucro Líquido Antes das Par-
para o fato de que as despesas não estão diretamente associadas às ticipações – Empregados, Partes Beneficiárias, Participações de
vendas, diferenciando-se dos custos por essa característica. Ainda Administradores, Debêntures, Fundos de Previdência e Assistência
assim, também representam a diminuição de um ativo, geralmente para Empregados.
dinheiro.
Lançamentos Contábeis
Custo x Despesa
- Custo: Ao vender uma mercadoria, a empresa faz a entrega e Por ocasião da compra de matéria prima:
tem a diminuição de um ativo (mercadorias). Em contrapartida, re- D - Estoque de MP
cebe dinheiro pela venda. Ou seja, nessa operação há um custo de C - Fornecedores
mercadoria vendida, já que a saída da mercadoria está diretamente
associada à venda que foi feita Por ocasião da provisão da Mão de Obra (salário):
- Despesa: Por outro lado, o pagamento de uma conta (aluguel, D - Salários
por exemplo) também causa a diminuição de um ativo (dinheiro), C - Salários a pagar
mas não está associada a uma venda. Afinal, a conta do aluguel será
paga mesmo que a empresa não efetue nenhuma venda Por ocasião de início da produção:
D - Estoque de Produto em elaboração
Etapas para a Apuração do Resultado do Exercício C - Estoque de MP
São 5 etapas para a apuração do resultado do exercício, sendo C - Salários
que o Resultado Líquido do Exercício é o valor que deve ser identifi-
cado ao final do processo. Por ocasião de término da produção:
D - Estoque de Produtos Acabados
Conhecer a Receita Operacional Líquida - Receita Operacional C - Estoque de Produtos em elaboração
Líquida = Receita Operacional Bruta – Deduções da Receita Bruta,
sendo que: Por ocasião da venda:
- A Receita Operacional Bruta é formada por: Vendas de Produ- D - CPV
tos + Vendas de Mercadorias + Prestação de Serviços; C - Estoque de Produtos Acabados
- E as Deduções da Receita Bruta são formadas por: Devoluções
de Vendas + Abatimentos + Impostos e Contribuições Incidentes so- Dica: Apresentaremos os lançamentos contábeis referente a
bre Vendas. distribuição de lucros:
Exemplificando que uma sociedade empresária limitada
Conhecer o Resultado Operacional Bruto apurou lucro apurado no fechamento do Demonstrativo de R$
Resultado Operacional Bruto = Receita Operacional Líquida – 150.000,00 e cujo contrato social preveja distribuição de lucros de
Custos das Vendas 50% (R$ 75.000,00):
Sendo que: D – Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) R$ 150.000,00
- Os Custos das Vendas são formados por: Custo dos Produtos C – Lucros a Pagar (Passivo Circulante) R$ 75.000,00
Vendidos + Custo das Mercadorias + Custo dos Serviços Prestados C – Reserva de Lucros (Patrimônio Líquido) R$ 75.000,00

Conhecer o Resultado Operacional antes do Imposto de Renda No Momento do Pagamento


e da Contribuição Social sobre o Lucro D – Lucros a Pagar (Passivo Circulante)
Resultado Operacional pré-IR/Contribuição Social = Resultado C – Caixa/Bancos (Ativo Circulante – disponibilidades) R$
Operacional Bruto – Despesas Operacionais – Despesas Financeiras 75.000,00
Líquidas – Outras Receitas e Despesas
Sendo que:
- As Despesas Operacionais são formadas por: Despesas Com
Vendas + Despesas Administrativas;
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É fundamental lembrar que a Demonstração do Resultado do Assim, toda movimentação de dinheiro efetuada dentro da
Exercício (DRE) está prevista na lei brasileira e deve ser apresentada entidade é registrada em uma conta denominada Caixa, os objetos
pelas empresas anualmente. Portanto, o 1º cuidado a ser tomado comercializados pela entida de são registrados em uma conta
é a realização periódica da apuração, evitando que a empresa seja denominada Mercadorias/Estoques, e assim por diante.
punida por essa omissão. Exemplo: Suponha que você vá ao banco e efetue um depósito
Em 2º lugar, é importante recordar que a empresa está sujeita a em seu próprio nome. Sendo correntista do banco, você terá
multas e medidas judiciais caso efetue de forma equivocada o paga- uma conta aberta em seu nome, o que significa dizer que o valor
mento de impostos. Como os impostos são justamente calculados depositado vai ser anotado em um registro, destinado a demonstrar
sobre o lucro, a DRE deve ser executado com precisão para que ne- todas as suas transações com o banco, chamado Conta. Da mesma
nhuma consequência negativa venha a ocorrer. forma que o banco, as empresas utilizam contas para registrar as
Além disso, obviamente, uma empresa que negligencia a DRE transações ocorridas.
está sujeita a complicações financeiras por não conhecer o real de-
sempenho da organização. Isso prejudica imensamente a tomada Teoria das Contas
de decisões, podendo levar a companhia à falência ou a uma grave Ao longo da história da Contabilidade, a classificação das contas
crise. tem dividido os doutrinadores entre várias respostas, resultando
Atualmente, a maior parte das empresas opta por utilizar um em formas diferentes de classificação e interpretação das contas.
software para ajudar na gestão financeira. Esses programas são Isto fez com que aparecessem várias escolas defensoras de seus
conhecidos como sistemas de gestão e, ao contrário do que muita princípios para justificar os critérios adotados para classificação
gente pensa, não são de uso exclusivo das grandes organizações. das contas. Entre as teorias apresentadas pelas escolas, três delas
Pelo contrário: existem softwares desenvolvidos especialmente se tornaram as mais importantes: Teoria personalista, Teoria
para auxiliar as pequenas e médias empresas a organizar sua conta- materialista e Teoria patrimonialista.
bilidade no cotidiano da rotina corporativa.
Hoje em dia são raras as empresas que optam por fazer toda a • Teoria Personalista
sua contabilidade manualmente. No caso da DRE, o próprio sistema Para a escola personalista, as contas (elementos patrimoniais)
de gestão se encarrega de zerar as contas de resultado e fazer a podem ser representadas por pessoas com as quais são mantidas
transferência para o Patrimônio Líquido, facilitando muito o proces- relações jurídicas, ou seja, que se relacionam com a entidade em
so e ajudando a prevenir erros. termos de débito e crédito. Todos os débitos efetuados nas contas
Uma das vantagens de contar com um sistema de gestão é dessas pessoas representam suas responsabilidades, enquanto
que não há necessidade de investir em infraestrutura (como com- todos os créditos representam seus direitos em relação ao titular
putadores e equipe) se o software for totalmente armazenado na do Patrimônio.
nuvem. Assim não é preciso se preocupar com instalações. Isso Por essa teoria, as contas são classificadas segundo a natureza
também traz mais segurança para os dados da empresa, além de da relação jurídica que essas pessoas mantêm com o titular do
possibilitar o acesso via internet de qualquer lugar para os usuários Patrimônio.
cadastrados. Na Teoria personalista, temos três tipos de contas (pessoas):
Uma das dificuldades da contabilidade e da DRE em si é a visu- A – Proprietários: consiste nos responsáveis pelas contas do
alização dos dados, que nem sempre é clara ou rápida de ser feita, patrimônio líquido e suas variações, como receitas e despesas.
podendo levar a erros. Os softwares de gestão financeira exibem São, portanto, contas dos proprietários: Capital social, Receita de
informações em tempo real, de forma visual e objetiva. Assim os vendas, Custo da mercadoria vendida (CMV), ICMS sobre vendas,
profissionais da equipe otimizam seu trabalho, já que não precisam Devoluções de vendas, Receitas financeiras, Reserva legal, etc.
gastar tempo com pesquisas e análises. Um software é capaz de B – Agentes consignatários: consiste nas pessoas (contas)
gerar gráficos de resultados com muita eficiência, facilitando a vi- a quem a entidade confia a guarda os bens (Ativo), ou seja,
sualização dos dados, o controle financeiro e, consequentemente, a que representam os bens. São, portanto, contas dos agentes
tomada de decisões dentro da empresa. consignatários: Caixa, Banco, Veículos, Móveis, Terrenos, etc.
C – Agentes correspondentes: consiste nas pessoas que
representam as contas de direitos (Ativo) ou obrigações (Passivo).
SISTEMA DE CONTAS E PLANO DE CONTAS São terceiros, que se situam na posição de devedor ou credor da
entidade. São, portanto, contas dos agentes correspondentes as
contas em que a entidade mantém esse tipo de relação jurídica,
— Contas como por exemplo, Clientes e Fornecedores. Os clientes devem
Conta é o nome técnico que identifica cada componente do à empresa o valor correspondente a suas compras a prazo e os
patrimônio (Bens, Direitos e Obrigações ou Patrimônio Líquido) e fornecedores são credores da empresa em relação às vendas
cada elemento de resultado (Despesas e Receitas). a prazo que a esta foram feitas. Daí resulta que Clientes é conta
A função da conta é representar a variação patrimonial que um devedora e Fornecedores é conta credora.
fato promove no patrimônio da empresa. Todo fato mensurável em
dinheiro é representado por uma conta. • Teoria Materialista
É através das contas que a contabilidade consegue exercer o A escola materialista se opôs a teoria personalista, defendendo
seu papel. Todos os acontecimentos que ocorrem diariamente na que as contas representam entradas e saídas de valores e não
empresa (como compras, vendas, pagamentos e recebimentos) são simples relações de débito e crédito entre pessoas (excluídas as
registrados pela contabilidade em contas próprias. relações com terceiros).

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Esta é uma visão mais econômica do que vem a ser a conta, a relação entre as contas e a entidade é uma relação material e não
pessoal, de sorte que a conta só deve existir enquanto houver também o elemento material por ela representado.
As contas dividem-se em:
A – Integrais (ou Elementares): são as representativas dos bens, dos direitos e das obrigações da entidade, ou seja, Ativo e Passivo
Exigível.
B – Diferenciais (ou Derivadas): são as representativas do Patrimônio Líquido, das receitas e das despesas da entidade.

• Teoria Patrimonialista
É a teoria usualmente adotada no Brasil. Segundo ela, criada por Vincenzo Masi, o objeto de estudo da ciência contábil é o Patrimônio
de uma entidade. A contabilidade tem como finalidade controlar este patrimônio e apurar o resultado das empresas.
Estas contas se classificam da seguinte forma:
A – Contas Patrimoniais: são as contas representativas dos bens e dos direitos (Ativo), das obrigações (Passivo) e do Patrimônio Líquido
(PL) da entidade.
B – Contas de Resultado: são as contas que representam as receitas e as despesas da entidade.

— Sistemas de Contas
Na Contabilidade Pública, as contas do Plano de Contas são segregadas em sistemas de contas independentes, para facilitar a
elaboração dos Balanços e demonstrativos. Esses sistemas são classificados em: Financeiro, Patrimonial, Orçamentário e de Compensação.
É importante observar que um único fato contábil pode gerar, simultaneamente, lançamentos em contas de diversos sistemas, mas a
contrapartida de cada uma das contas deverá ser, necessariamente, em outra conta do mesmo sistema.

Sistema Financeiro
O Sistema Financeiro está relacionado com os ingressos (entradas) e os dispêndios (saídas) de recursos, ou seja, com o registro dos
recebimentos e pagamentos de natureza orçamentária e extra orçamentária.
As principais contas do sistema financeiro estão relacionadas com as contrapartidas do grupo “Disponível”, visto que este grupo
representa, dentro de qualquer Órgão ou Entidade, as entradas e saídas de recursos.
Assim, podemos concluir que todas as contas do grupo “Disponível” pertencem ao Sistema Financeiro, ou seja, Caixa, Bancos Conta
Movimento, Aplicações Financeiras e todas as outras contas. Também pertencem a esse sistema as seguintes contas: Receita, Despesa,
Fornecedores, Restos a Pagar, Pessoal a Pagar, Encargos Sociais a Recolher, Consignações, Depósitos de Terceiros etc.

Resumindo, os fatos que se relacionam com entradas e saídas de recursos, na Contabilidade Pública, terão, obrigatoriamente, um
lançamento no Sistema Financeiro.

Sistema Patrimonial
O Sistema Patrimonial registra os bens móveis, imóveis, estoques, créditos, obrigações, valores, inscrição e baixa da dívida ativa
operações de créditos, superveniências e insubsistências ativas e passivas etc.

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Os lançamentos de incorporação ou desincorporação de ativos e passivos são fechados dentro desse sistema, mesmo que o fato
venha a acarretar uma entrada, ou saída de recurso (Sistema Financeiro). A título de exemplo, uma compra de um veículo, feita com
pagamento, no ato da aquisição, cujos lançamentos são resumidos a seguir:

SISTEMA FINANCEIRO SISTEMA PATRIMONIAL


Despesa de Capital (Resultado) a bancos Conta Movimento Ativo. Veículos (Ativo Permanente) a Variações Ativas (Resultado).

Pela observação do lançamento anterior, pode-se concluir que todos os atos permutativos vão gerar, sempre, três lançamentos; um
no sistema financeiro, outro no sistema patrimonial e, ainda, um terceiro, no sistema orçamentário, por se tratar de fatos de natureza
orçamentária.

Sistema Orçamentário
O Sistema Orçamentário é representado pelos atos de natureza orçamentária, tais como: previsão da receita, fixação da despesa,
cancelamentos de créditos, descentralização de créditos, empenho da despesa. No Sistema Orçamentário, é feita a comparação da receita
prevista e da despesa fixada com as suas respectivas realizações, sendo obrigatória, a passagem por este sistema, dos fatos de arrecadação
da receita e de Liquidação o da despesa.
Resumindo, podemos apresentar os atos e fatos de natureza orçamentária, da seguinte forma:

As contas pertencentes ao Sistema Orçamentário estão alocadas, dentro do Plano de Contas Único, nos grupos 1.9 – Ativo Compensado
e 2.9 – Passivo Compensados, representados, respectivamente, pelos subgrupos:
1.9.1 – Controle da Receita – controla a Execução da Receita Orçamentária no Ativo (fatos)
2.9.1 – Controle da Receita – controla a Previsão da Receita Orçamentária no Passivo (atos)
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1.9.2 – Controle da Despesa – controla a Fixação da Despesa • Contas de Resultado


Orçamentária no Ativo (atos) São as Receitas e as Despesas do período, que devem ser
2.9.2 – Controle da Despesa – controla a Execução da despesa encerradas no final do exercício para que se apure o resultado
Orçamentária no Passivo (fatos) do exercício. Este resultado, lucro ou prejuízo, será incorporado
ao Patrimônio através da conta Prejuízos acumulados (quando o
Sistema de Compensação resultado for negativo), ou Reserva de lucros (quando o resultado
O Sistema de Compensação é representado pelos atos praticados for positivo).
pelo administrador, que não afetam o Patrimônio de imediato, mas São acontecimentos que modificam a situação líquida da
que poderão vir a afetá-lo no futuro. São representados, também, empresa e representam variações no Patrimônio da entidade. Estas
pelas contas de controle, que interessam à administração, de um contas não fazem parte do Balanço Patrimonial, mas permitem que
acompanhamento mais eficaz. o resultado do exercício seja apurado.

Os principais atos registrados no Sistema de Compensação são: Classificação das Contas quanto ao Funcionamento do
Mecanismo Débito e Crédito
Contas de Controle Quanto a sua funcionalidade, as contas se dividem em:
– Execução da Programação Financeira; – Contas Unilaterais: São aquelas que sofrem variações somente
– Execução de Restos a Pagar. em um sentido (registro a débito ou registro a crédito). Ex: as contas
de receitas serão via de regra creditadas e as de despesas debitadas.
Contas Representativas dos atos potenciais – Contas Bilaterais: São aquelas que sofrem variações nos dois
– Títulos e Valores sob Responsabilidades (Caução, Depósitos sentidos, aceitando tanto registro de débito quanto de crédito.
Judiciais, Depósitos para Recursos, Cobrança, Comodato de Bens, Ex: Caixa, Banco Conta Movimento, Duplicatas a receber, etc.
Suprimento de Fundos). Elas podem apresentar tanto saldo devedor quanto saldo credor.
– Garantias (Avais, Fianças, Hipotecas). Quando apresenta saldo devedor, é chamada de Conta bilateral
– Direitos e Obrigações Conveniados (Convênios, Acordos, ativa e quando apresenta saldo credor, é chamada de Conta
ajustes). bilateral passiva.
– Direitos e Obrigações Contratuais (Contratos)
— Plano de Contas Contábil
Atos Potenciais Plano de Contas (ou Elenco de Contas) é o conjunto de contas,
– Contratos; previamente estabelecido, que norteia os trabalhos contábeis de
– Convênios; registro de fatos e atos inerentes à entidade, além de servir de
– Avais; parâmetro para a elaboração das demonstrações contábeis.
– Fianças; A montagem de um Plano de Contas deve ser personalizada,
– Comodato de Bens. por empresa, já que os usuários de informações podem necessitar
detalhamentos específicos, que um modelo de Plano de Contas
Como se pode observar, o Sistema de Compensação geral pode não compreender.
compreende apenas as contas com função específica de controle,
relacionadas com as situações não compreendidas no patrimônio, Objetivo do Plano de Contas
mas que possam vir a afetá-lo, ou que necessitam de um Seu principal objetivo é estabelecer normas de conduta para o
acompanhamento mais eficaz por parte da administração. registro das operações da organização e, na sua montagem, devem
Tem como função principal o controle dos atos administrativos. ser levados em conta três objetivos fundamentais:
São os bens, direitos e obrigações potenciais. Quando se faz A – Atender às necessidades de informação da administração
um contrato, por exemplo, registra-se uma conta do sistema da empresa;
compensado e credita-se em outra conta do mesmo sistema. B – Observar formato compatível com os princípios de
Quando o contrato é executado, faz-se o lançamento inverso. Assim, contabilidade e com a norma legal de elaboração do balanço
essas contas fazem contrapartida consigo mesma. Não alteram a patrimonial e das demais dmonstrações contábeis (Lei 6.404/76, a
situação líquida patrimonial. chamada “Lei das S/A”);
C – Adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes
Classificação das Contas externos, principalmente às da legislação do Imposto de Renda.
Em consequência da Teoria Patrimonialista, atualmente mais
usada e aceita como a mais adequada entre os contadores, as contas — Elenco de Contas e Correspondente Conjunto de Normas
são classificadas em dois grandes grupos: as contas patrimoniais e O Plano de Contas, genericamente tido como um simples
as contas de resultado. elenco de contas, constituí na verdade um conjunto de normas do
qual deve fazer parte, ainda, a descrição do funcionamento de cada
• Contas Patrimoniais conta - o chamado “Manual de Contas”, que contém comentários e
São aquelas contas que representam o Ativo (indica a indicações gerais sobre a aplicação e o uso de cada uma das contas
existência de Bens e Direitos) e o Passivo (indica a existência de (para que serve, o que deve conter e outras informações sobre
Obrigações e Patrimônio Líquido da entidade, formado pelo capital critérios gerais de contabilização).
social, as reservas e os prejuízos acumulados). São essas contas
que representam o Patrimônio da empresa, através do Balanço
Patrimonial.
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— Contas do Balanço Patrimonial 1.1.1.01 Caixa Geral


A empresa deve manter escrituração contábil com base na 1.1.2 Bancos C/Movimento
legislação comercial e com observância das Normas Brasileiras de 1.1.2.01 Banco Alfa
Contabilidade. 1.1.3 Contas a Receber
O balanço patrimonial é uma das demonstrações contábeis 1.1.3.01 Clientes
que visa a evidenciar, de forma sintética, a situação patrimonial da 1.1.3.02 Outras Contas a Receber
empresa e dos atos e fatos consignados na escrituração contábil. 1.1.4 Estoques
Essa demonstração deve ser estruturada de acordo com os 1.1.4.01 Mercadorias
preceitos da Lei 6.404/76 (chamada “Lei das S/A”) e segundo os 1.1.4.02 Produtos Acabados
Princípios Fundamentais de Contabilidade. 1.1.4.03 Insumos
Tal estrutura de contas, dentro do conceito legal da própria Lei 1.1.4.04 Outros
6.404/76 (artigos 176 a 182 e artigo 187), em síntese, se compõe
de: 1.2 NÃO CIRCULANTE
1.2.1 Contas a Receber
Ativo 1.2.1.01 Clientes
– Circulante; 1.2.1.02 Outras Contas
– Não Circulante; 1.2.2 INVESTIMENTOS
– Realizável A Longo Prazo; 1.2.2.01 Participações Societárias
– Investimentos; 1.2.3 IMOBILIZADO
– Imobilizado; 1.2.3.01 Terrenos
– Intangível. 1.2.3.02 Construções e Benfeitorias
1.2.3.03 Máquinas e Ferramentas
Passivo 1.2.3.04 Veículos
– Circulante; 1.2.3.05 Móveis
– Não Circulante; 1.2.3.98 (-) Depreciação Acumulada
– Patrimônio Líquido. 1.2.3.99 (-) Amortização Acumulada
1.2.4 INTANGÍVEL
Como exemplo, temos a conta “Caixa”, que registrará o
dinheiro em espécie (papel-moeda) disponível na tesouraria da 1.2.4.01 Marcas
empresa. Trata-se de uma conta do Ativo Circulante, subgrupo 1.2.4.02 Softwares
Disponibilidades.
1.2.4.99 (-) Amortização Acumulada
Sugiro que o Plano de Contas contenha, no mínimo, 4 (quatro)
níveis: 2 – PASSIVO
2.1 CIRCULANTE
– Nível 1: Ativo, passivo, Patrimõnio Líquido, receitas, custos e 2.1.1 Impostos e Contribuições a Recolher
despesas. 2.1.1.01 Simples a Recolher
– Nível 2: Ativo – Circulante, Não Circulante/Passivo e 2.1.1.02 INSS
Patrimônio Líquido. Circulante, Não Circulante e Patrimônio 2.1.1.03 FGTS
Líquido. Receitas – Receita Bruta, Deduções da Receita Bruta, 2.1.2 Contas a Pagar
Outras Receitas Operacionais/Custos e Despesas Operacionais. 2.1.2.01 Fornecedores
– Nível 3: Contas que evidenciem os grupos a que se referem, 2.1.2.02 Outras Contas
como por exemplo: 2.1.3 Empréstimos Bancários
Nível 1 – Ativo 2.1.3.01 Banco A - Operação X
Nível 2 – Ativo Circulante
Nível 3 – Bancos Conta Movimento 2.2 NÃO CIRCULANTE
2.2.1 Empréstimos Bancários
– Nível 4: Sub-contas que evidenciem o tipo de registro 2.2.1.01 Banco A - Operação X
contabilizado, como por exemplo:
Nível 1 – Ativo 2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Nível 2 – Ativo Circulante 2.3.1 Capital Social
Nível 3 – Bancos Conta Movimento 2.3.2.01 Capital Social Subscrito
Nível 4 – Banco A 2.3.2.02 Capital Social a Realizar
2.3.2. Reservas
Abaixo, segue um exemplo bem simples de uma estrutura de 2.3.2.01 Reservas de Capital
plano de contas em 4 níveis: 2.3.2.02 Reservas de Lucros
2.3.3 Prejuízos Acumulados
1 – ATIVO 2.3.3.01 Prejuízos Acumulados de Exercícios Anteriores
1.1 ATIVO CIRCULANTE 2.3.3.02 Prejuízos do Exercício Atual
1.1.1 Caixa
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3 – CUSTOS E DESPESAS os fatos ou as mutações mas que, ao mesmo tempo produza infor-
3.1 Custos dos Produtos Vendidos mações que orientem o administrador na tomada de decisões. Este
3.1.1 Custos dos Materiais registro contábil recebe o nome de Lançamento ou Partida.
3.1.1.01 Custos dos Materiais Aplicados A técnica de se fazer esse registro para dele extrair informações
3.1.2 Custos da Mão-de-Obra é que constitui a escrituração.
3.1.2.01 Salários Escrituração é a técnica de se manter sob registros escritos – a
3.1.2.02 Encargos Sociais que chamamos de lançamentos ou partidas – o controle dos ele-
mentos que compõem um Patrimônio.
3.2 Custo das Mercadorias Vendidas Para que essa escrituração aconteça é necessário:
3.2.1 Custo das Mercadorias a) existência de símbolos escritos que representem os diversos
3.2.1.01 Custo das Mercadorias Vendidas componentes patrimoniais;
b) livros adaptados à Técnica Contábil;
3.3 Custo dos Serviços Prestados c) utilização de método e linguagem próprios;
3.3.1 Custo dos Serviços d) observância a princípios e convenções usualmente aceitos;
3.3.1.01 Materiais Aplicados e) documentação legal que comprove a ocorrência do fato ob-
3.3.1.02 Mão-de-Obra jeto de registro.
3.3.1.03 Encargos Sociais
Métodos de Escrituração
3.4 Despesas Operacionais O método de escrituração é o meio pelo qual procedemos os
3.4.1 Despesas Gerais registros de fatos contábeis.
3. 4.1.01 Mão-de-Obra Embora os fatos contábeis possam ser escriturados de diversas
3.4.1.02 Encargos Sociais maneiras, todas elas derivam de dois métodos fundamentais: o das
3.4.1.03 Aluguéis Partidas Simples e o das Partidas Dobradas.

3.5 Perdas de Capital Método das Partidas Simples11


3.5.1 Baixa de Bens do Ativo Não Circulante Por ser incompleto e deficiente, este método encontra-se em
3.5.1.01 Custos de Alienação de Investimentos desuso. Nele, é registrado somente as operações realizadas com
3.5.1.02 Custos de Alienação do Imobilizado pessoas, excluindo o registro de elementos do patrimônio e do re-
sultado.
4 – RECEITAS As únicas contas controladas contabilmente são Caixa e as con-
4.1 Receita Líquida tas representativas dos agentes correspondentes (terceiros com os
4.1.1 Receita Bruta de Vendas quais mantemos relações de débito e crédito). Todos os itens do
4.1.1.01 De Mercadorias patrimônio e do resultado (mercadorias, imóveis, máquinas, des-
4.1.1.02 De Produtos pesas, receitas, etc.) são controlados extracontabilmente. Apenas
4.1.1.03 De Serviços Prestados uma das operações débito (D) ou crédito (C) é contabilizada nele.
4.1.2 Deduções da Receita Bruta
4.1.2.01 Devoluções Como exemplo desse método, suponha-se um pequeno agri-
4.1.2.02 Serviços Cancelados cultor, sem muita preocupação em controlar efetivamente os seus
4.2 Outras Receitas Operacionais haveres, realiza os seguintes lançamentos:

4.2.1 Vendas de Ativos Não Circulantes Operação Lançamento


4.2.1.01 Receitas de Alienação de Investimentos
4.2.1.02 Receitas de Alienação do Imobilizado Venda à vista de sua Lança uma entrada de dinheiro,
produção. isto é, debita o caixa.
Fonte: http://www.lrf.com.br/mp_cp_sistemas_contas.html Compra à vista de sementes. Lança uma saída de dinheiro,
“Classificação das Contas” em Só Contabilidade. Virtuous Tec- isto é, credita o caixa.
nologia da Informação, 2007-2019. Consultado em 25/02/2019 às
Vai ao Banco X e toma algum Lança uma dívida, isto é, credita
22:55. Disponível na Internet em http://www.socontabilidade.com.
dinheiro emprestado. o Banco X.
br/conteudo/contas2.php
http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/planodecon- Vende a prazo para a Lança como valor a receber, isto
tas.htm Cooperativa Y. é, debita a Cooperativa Y.

Embora até se perceba alguns dos valores transacionados, ve-


ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL: MÉTODO DAS PARTIDAS DO- rifica-se que o método das partidas simples é imperfeito, pois ele
BRADAS não revela dados suficientes para tomadas de decisão racionais. Por
esta razão este método não é mais utilizado.

As mutações do Patrimônio, tanto no aspecto qualitativo como


no quantitativo, precisam ser acompanhadas através de um sistema 11 GONÇALVES, E. C.; BAPTISTA, A. E. Contabilidade geral. 4. ed. São
lógico de anotações, um sistema que não apenas registre apenas Paulo: Atlas, 1998.
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Importante:
Podemos conceituar Débito e Crédito da seguinte forma:
DEBITO significa registrar em uma de conta determinado valor que representa um Bem ou um Direito ou ainda para diminuir seu valor,
se a conta representar uma obrigação.
CREDITO significa registrar em uma conta determinado valor que represente uma obrigação ainda para diminuir seu valor se a conta
representar um Bem ou Direito.

Partidas Dobradas12
Este método foi desenvolvido pelo frade veneziano Luca Pacioli na Itália do século XV – e hoje universalmente aceito dando início a
uma nova fase para a contabilidade como disciplina.
A propagação deste método, àquela época fez desabrochar assim a chamada Escola Contábil Italiana, que dominou o cenário das
práticas contábeis até o início do século XX.
É também conhecido como método da causa e efeito ou método da origem e aplicação. É o método utilizado na contabilidade para a
elaboração das demonstrações contábeis.
Esse método consiste no fato de que um débito efetuado em uma ou mais contas deve corresponder a um crédito equivalente em
uma ou mais contas, de maneira que a soma dos valores dos débitos seja igual à soma dos valores dos créditos, ou seja, não há devedor
sem credor correspondente. A todo débito corresponde um crédito de igual valor e vice-versa. Se aumentar de um lado, deve consequen-
temente aumentar do outro lado também.
Utilizamos da ferramenta de razonetes13 para desenvolver o método das partidas dobradas.

Exemplos:

As contas do Ativo, quando debitadas, aumentam de valor e quando creditadas diminuem de valor.

As contas do Passivo e Patrimônio Líquido quando debitadas diminuem de valor e quando creditadas aumentam de valor.

12 GONÇALVES, E. C.; BAPTISTA, A. E. Contabilidade geral. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1998.
13 Razonete é uma representação gráfica em forma de “T” utilizada por contadores, sendo um instrumento didático para o desenvolvimento do
raciocínio contábil.
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Processos de Escrituração
Processo é a maneira pela qual se realiza uma operação, segundo determinadas normas.
O processo eletrônico que é utilizado atualmente, utiliza a memória do computador para armazenar todas as informações contábeis
anteriores, devidamente sistematizadas através das contas próprias.
Os novos lançamentos são introduzidos por digitação e processados pela máquina, que poderá, a qualquer tempo, fornecer o saldo e a
movimentação de cada conta, o Balancete de Verificação, o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício, entre outras.

Balancete de Verificação
O Balancete de verificação é uma planilha onde são feitos todos os lançamentos a débito e crédito, para então fazer a verificação se os
totais lançados são iguais, devendo sempre ser igual ao valor lançado a débito e ao valor lançado a crédito no saldo final.
Após fazer os lançamentos nos razonetes, deve-se apurar o saldo final das contas e fazer a verificação para saber se os lançamentos
estão corretos. Uma forma de fazer esta verificação é através do Balancete de Verificação.

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Exemplo:

Balancete de Verificação
Débito Crédito Saldo
Contas 50,00 - Débito Crédito
Caixa 30,00 50,00 - -
Mercadorias 40,00 - 30,00 -
Equipamentos - - 40,00 -
Fornecedores - 20,00 - 20,00
Capital 120,00 50,00 - 50,00
Totais 120,00 120,00 - -

No método das partidas dobradas um débito efetuado em uma ou mais contas devem corresponder a um crédito equivalente em uma
ou mais contas, de maneira que a soma dos valores dos débitos seja igual à soma dos valores dos créditos.
Portanto, como corolários14∗ do método das partidas dobradas temos os seguintes:
a) a soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos;
b) a soma dos saldos devedores é sempre igual à soma dos saldos credores;
c) as aplicações de capital, registradas a débito das contas ativas, são sempre iguais à soma dos capitais fornecidos ao patrimônio,
creditados nas contas passivas, na qual será o Ativo sempre igual ao Passivo;
d) a diferença entre a soma dos bens e dos direitos e a soma das obrigações indica a posição líquida patrimonial, que representa o
crédito do titular e se chama patrimônio líquido;
e) as despesas sempre debitadas, contribuem para a redução do patrimônio líquido; e
f) as receitas, sempre creditadas, contribuem para o aumento do patrimônio líquido.

Interpretação Técnica Geral - ITG 2000 (R1)


O Conselho Federal de Contabilidade CFC, emitiu em 2014 a ITG 2000 (R1) que estabelece critérios e procedimentos a serem adotados
pelas entidades no processo de escrituração contábil. Abaixo traremos a ITG para análise.

ITG 2000 (R1) – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL15

Objetivo
1. Esta Interpretação estabelece critérios e procedimentos a serem adotados pela entidade para a escrituração contábil de seus fatos
patrimoniais, por meio de qualquer processo, bem como a guarda e a manutenção da documentação e de arquivos contábeis e a respon-
sabilidade do profissional da contabilidade.

Alcance
2. Esta Interpretação deve ser adotada por todas as entidades, independente da natureza e do porte, na elaboração da escrituração
contábil, observadas as exigências da legislação e de outras normas aplicáveis, se houver.

Formalidades da escrituração contábil


3. A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos Princípios de Contabilidade.
4. O nível de detalhamento da escrituração contábil deve estar alinhado às necessidades de informação de seus usuários. Nesse
sentido, esta Interpretação não estabelece o nível de detalhe ou mesmo sugere um plano de contas a ser observado. O detalhamento dos
registros contábeis é diretamente proporcional à complexidade das operações da entidade e dos requisitos de informação a ela aplicáveis
e, exceto nos casos em que uma autoridade reguladora assim o requeira, não devem necessariamente observar um padrão pré-definido.
5. A escrituração contábil deve ser executada:
a) Em idioma e em moeda corrente nacionais;
b) Em forma contábil;
c) Em ordem cronológica de dia, mês e ano;
d) Com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou emendas; e
e) Com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos con-
tábeis.

6. A escrituração em forma contábil de que trata o item 5 deve conter, no mínimo:


14∗ Afirmação deduzida de uma verdade já demonstrada
15 http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codigo=2014/ITG2000(R1)
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a) Data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato con- 13. No caso da entidade adotar processo eletrônico ou meca-
tábil ocorreu; nizado para a sua escrituração contábil, os formulários de folhas
b) Conta devedora; soltas, devem ser numerados mecânica ou tipograficamente e en-
c) Conta credora; cadernados em forma de livro.
d) Histórico que represente a essência econômica da transação 4. Em caso de escrituração contábil em forma digital, não há
ou o código de histórico padronizado, neste caso baseado em tabela necessidade de impressão e encadernação em forma de livro, po-
auxiliar inclusa em livro próprio; rém o arquivo magnético autenticado pelo registro público compe-
e) Valor do registro contábil; tente deve ser mantido pela entidade.
f) Informação que permita identificar, de forma unívoca, todos 5. Os registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer
os registros que integram um mesmo lançamento contábil. aos preceitos gerais da escrituração contábil.
6. A entidade é responsável pelo registro público de livros con-
7. O registro contábil deve conter o número de identificação do tábeis em órgão competente e por averbações exigidas pela legis-
lançamento em ordem sequencial relacionado ao respectivo docu- lação de recuperação judicial, sendo atribuição do profissional de
mento de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos contabilidade a comunicação formal dessas exigências à entidade.
que comprovem ou evidenciem fatos contábeis.
8. A terminologia utilizada no registro contábil deve expressar a Escrituração contábil de filial
essência econômica da transação. 1. A entidade que tiver unidade operacional ou de negócios,
9. Os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e o quer como filial, agência, sucursal ou assemelhada, e que optar por
Livro Razão, em forma não digital, devem revestir-se de formalida- sistema de escrituração descentralizado, deve ter registros contá-
des extrínsecas, tais como: beis que permitam a identificação das transações de cada uma des-
a) Serem encadernados; sas unidades.
b) Terem suas folhas numeradas sequencialmente; 2. A escrituração de todas as unidades deve integrar um único
c) Conterem termo de abertura e de encerramento assinados sistema contábil.
pelo titular ou representante legal da entidade e pelo profissional 3. A opção por escrituração descentralizada fica a critério da
da contabilidade regularmente habilitado no Conselho Regional de entidade.
Contabilidade. 4. Na escrituração descentralizada, deve ser observado o mes-
mo grau de detalhamento dos registros contábeis da matriz.
10. Os livros contábeis obrigatórios, entre eles o Livro Diário e 5. As contas recíprocas relativas às transações entre matriz e
o Livro Razão, em forma digital, devem revestir-se de formalidades unidades, bem como entre estas, devem ser eliminadas quando da
extrínsecas, tais como: elaboração das demonstrações contábeis da entidade.
a) Serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissio- 6. As despesas e as receitas que não possam ser atribuídas às
nal da contabilidade regularmente habilitado; unidades devem ser registradas na matriz e distribuídas para as uni-
b) Quando exigível por legislação específica, serem autentica- dades de acordo com critérios da administração da entidade.
dos no registro público ou entidade competente. (Alterada pela ITG
2000 (R1)) Documentação contábil
1. Documentação contábil é aquela que comprova os fatos que
11. Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas, nos históri- originam lançamentos na escrituração da entidade e compreende
cos dos lançamentos, desde que permanentes e uniformes, devendo todos os documentos, livros, papéis, registros e outras peças, de ori-
constar o significado dos códigos e/ou abreviaturas no Livro Diário gem interna ou externa, que apoiam ou componham a escrituração.
ou em registro especial revestido das formalidades extrínsecas de 2. A documentação contábil é hábil quando revestida das ca-
que tratam os itens 9 e 10. racterísticas intrínsecas ou extrínsecas essenciais, definidas na legis-
12. A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, lação, na técnica-contábil ou aceitas pelos “usos e costumes”.
análises, demonstrativos e demonstrações contábeis são de atribui- 3. Os documentos em papel podem ser digitalizados e armaze-
ção e de responsabilidade exclusivas do profissional da contabilida- nados em meio magnético, desde que assinados pelo responsável
de legalmente habilitado. pela entidade e pelo profissional da contabilidade regularmente ha-
13. As demonstrações contábeis devem ser transcritas no Livro bilitado, devendo ser submetidos ao registro público competente.
Diário, completando-se com as assinaturas do titular ou de repre-
sentante legal da entidade e do profissional da contabilidade legal- Contas de compensação
mente habilitado. 1. Contas de compensação constituem sistema próprio para
controle e registro dos fatos relevantes que resultam em assunção
Livro diário e livro razão de direitos e obrigações da entidade cujos efeitos materializar-se-ão
1. No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, no futuro e que possam se traduzir em modificações no patrimônio
com individualização, clareza e referência ao documento probante, da entidade.
todas as operações ocorridas, e quaisquer outros fatos que provo- 2. Exceto quando de uso mandatório por ato de órgão regula-
quem variações patrimoniais. dor, a escrituração das contas de compensação não é obrigatória.
2. Quando o Livro Diário e o Livro Razão forem gerados por pro- Nos casos em que não forem utilizadas, a entidade deve assegu-
cesso que utilize fichas ou folhas soltas, deve ser adotado o registro rar-se que possui outros mecanismos que permitam acumular as
“Balancetes Diários e Balanços”. informações que de outra maneira estariam controladas nas contas
de compensação.

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Retificação de lançamento contábil Teoria das Contas


1. Retificação de lançamento é o processo técnico de correção Ao longo da história da contabilidade, a classificação das con-
de registro realizado com erro na escrituração contábil da entidade tas tem dividido os doutrinadores entre várias respostas, resultan-
e pode ser feito por meio de: do em formas diferentes de classificação e interpretação. Fazendo
a) Estorno; surgir assim várias teorias para justificar os diferentes critérios ado-
b) Transferência; e tados quanto as classificações. Entre as teorias apresentadas, três
c) Complementação. delas se tornaram as mais importantes: Teoria Personalista; Teoria
Materialista e Teoria Patrimonialista.
2. Em qualquer das formas citadas no item 31, o histórico do
lançamento deve precisar o motivo da retificação, a data e a locali- Teoria Personalista - as contas podem ser representadas por
zação do lançamento de origem. pessoas com as quais são mantidas relações jurídicas, ou seja, que
3. O estorno consiste em lançamento inverso àquele feito erro- se relacionam com a entidade em termos de débito e crédito. Todos
neamente, anulando-o totalmente. os débitos efetuados nas contas dessas pessoas representam suas
4. Lançamento de transferência é aquele que promove a regu- responsabilidades, enquanto todos os créditos representam seus
larização de conta indevidamente debitada ou creditada, por meio direitos em relação ao titular do Patrimônio.
da transposição do registro para a conta adequada. Por essa teoria, as contas são classificadas segundo a natureza
5. Lançamento de complementação é aquele que vem poste- da relação jurídica que essas pessoas mantêm com o titular do Pa-
riormente complementar, aumentando ou reduzindo o valor ante- trimônio.
riormente registrado.
6. Os lançamentos realizados fora da época devida devem con- Nesta teoria, temos três tipos de contas que representas essas
signar, nos seus históricos, as datas efetivas das ocorrências e a ra- pessoas:
zão do registro extemporâneo. a) Proprietários: consiste nos responsáveis pelas contas do pa-
trimônio líquido e suas variações, como receitas e despesas. São,
Em razão dessa alteração, as disposições não alteradas des- portanto, contas dos proprietários: Capital social, Receita de ven-
ta Interpretação são mantidas e a sigla da ITG 2000, publicada no das, Custo da mercadoria vendida (CMV), Imposto sobre Circulação
DOU, Seção 1, de 22.3.11, passa a ser ITG 2000 (R1). de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre vendas, Devoluções de ven-
das, Receitas financeiras, Reserva legal, etc.;
A alteração desta Interpretação entra em vigor na data de sua b) Agentes consignatários: consiste nos responsáveis pelas
publicação. contas a quem a entidade confia a guarda os bens que estão repre-
sentadas no Ativo. São, portanto, contas dos agentes consignatá-
Brasília, 5 de dezembro de 2014. rios: Caixa, Banco, Veículos, Móveis, Terrenos, etc.;
c) Agentes correspondentes: consiste nos responsáveis pelas
contas que representam os direitos a receber do Ativo ou obriga-
CONTAS PATRIMONIAIS E DE RESULTADO ções a pagar do Passivo. São terceiros, que se situam na posição
de devedor ou credor da entidade, como por exemplo, Clientes e
Fornecedores.
O patrimônio é uma realidade econômica formada de bens, di-
reitos e obrigações de variadas naturezas. Cada um desses elemen- Teoria Materialista – se opõe a teoria personalista. Defenden-
tos constitui uma individualidade que precisa ser representada por do que as contas representam entradas e saídas de valores e não
um demonstrativo. Para isso, adotamos nomes que representam os simples relações de débito e crédito entre pessoas, excluindo as
elementos e as mutações sofridas pelo patrimônio ao longo de um relações com terceiros. Uma visão mais econômica do que vem a
determinado período. ser a conta e sua relação entre a entidade é material e não pessoal,
Essa representação é chamada de CONTA16, nome através do sendo que a conta só deve existir enquanto houver também o ele-
qual representa um ou mais elementos do Patrimônio e que tam- mento material por ela representado.
bém designa as alterações por qual passa a riqueza efetiva da em-
presa, seu Patrimônio Líquido. As contas dividem-se em:
A função da conta é representar a variação patrimonial que um a) Integrais ou Elementares - são aquelas representadas pelos
fato17 promove no patrimônio da empresa. Todo fato mensurável bens, direitos e obrigações da entidade, ou seja, Ativo e Passivo.
em dinheiro é representado por uma conta.
É através das contas que a contabilidade consegue exercer o b) Diferenciais ou Derivadas: são aquelas representadas pelo
seu papel. Todos os acontecimentos que ocorrem diariamente na Patrimônio Líquido, das receitas e despesas da entidade.
empresa como: compras, vendas, pagamentos, recebimentos, etc.,
são registrados pela contabilidade em contas próprias. Teoria Patrimonialista - é a teoria adotada no Brasil. Segundo
esta teoria, o objeto de estudo da ciência contábil é o Patrimônio de
uma entidade. A contabilidade tem como finalidade controlar este
patrimônio e apurar o resultado das empresas.

16 http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/contas2.php
17 FATOS contábeis ou administrativos são aqueles que provocam
mações no patrimônio.
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Estas contas se classificam em: - Conta Devedora: possui saldo predominantemente devedor;
a) Contas Patrimoniais - são aquelas que representam o Ativo - Conta Credora: possui saldo predominantemente credor;
(Bens e Direitos) e o Passivo (Obrigações e Patrimônio Líquido). São - Conta Mista / Híbrida: possui saldo devedor ou credor.
elas que representam o Patrimônio da empresa, através do Balanço
Patrimonial.
b) Contas de Resultado - são as receitas e despesas do período, LANÇAMENTOS CONTÁBEIS
que devem ser encerradas no final do exercício financeiro para que
se apure o resultado da empresa. Representado na forma de lucro
ou prejuízo que será incorporado ao Patrimônio através da conta Lançamento contábil19 é a forma como a Contabilidade registra
Prejuízos Acumulados (quando o resultado for negativo), ou Reser- os fatos que afetam (ou que possam vir a afetar) o patrimônio da
va de Lucros (quando o resultado for positivo). São acontecimentos empresa.
que modificam a situação líquida da empresa e representam varia- A estrutura do lançamento tem por alicerce o secular método
ções no Patrimônio da entidade. Estas contas não fazem parte do das “partidas dobradas”, segundo o qual todo débito corresponde a
Balanço Patrimonial, mas permitem que o resultado do exercício um crédito de mesmo valor, ou seja: em todo lançamento contábil
seja apurado. são utilizadas no mínimo duas contas - uma para débito, outra para
crédito do mesmo valor.
Funcionalidades das Contas Patrimoniais Dissemos “no mínimo” porque há inúmeros casos em que o
Quanto a funcionalidade, as contas são divididas em: lançamento contém, por exemplo, uma conta a débito e duas a cré-
‐ Contas Unilaterais - são aquelas que sofrem variações so- dito.  
mente em um sentido, com registro a débito ou a crédito. Ex.: as Mas, nesse caso, a soma das duas contas creditadas será sem-
contas de receitas serão via de regra creditadas e as de despesas pre exatamente igual ao valor lançado na conta debitada.
debitadas.
O método das partidas dobradas é a razão pela qual, na Con-
‐ Contas Bilaterais - são aquelas que sofrem variações nos dois tabilidade, a soma de todos os valores debitados é sempre igual à
sentidos, aceitando tanto registro de débito quanto de crédito. Ex.: soma de todos os valores creditados.
Caixa, Banco, Duplicatas a receber, entre outras. Podendo apresen- E é também por isso que, no Balanço Patrimonial, o total do
tar tanto saldo devedor quanto credor. Quando apresenta saldo Ativo é sempre igual ao total do Passivo.
devedor, é chamada de Conta Bilateral Ativa e quando apresenta
saldo credor, é chamada de Conta Bilateral Passiva. No dia-a-dia das empresas ocorrem operações simples20 (como
o pagamento de uma conta de consumo de energia elétrica no pra-
‐ Contas de compensação - conforme a Interpretação Técnica zo) e outras bem mais complexas, que envolvem lançamentos mais
Geral - ITG 2000 (R1)18 – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL, itens: sofisticados (por exemplo: pagamento, com juros, de duplicata, par-
29. Contas de compensação constituem sistema próprio para te em dinheiro e parte mediante emissão de cheque). Para registrar
controle e registro dos fatos relevantes que resultam em assunção qualquer fato contábil existem quatro fórmulas (ou modalidades)
de direitos e obrigações da entidade cujos efeitos materializar-se-ão de lançamentos, a saber:
no futuro e que possam se traduzir em modificações no patrimônio 1ª fórmula: caracteriza-se pela simplicidade. Requer uma con-
da entidade. ta devedora e uma conta credora e pode ser assim representada
30. Exceto quando de uso mandatório por ato de órgão regula- (pagamento de duplicata de fornecedor, no prazo):
dor, a escrituração das contas de compensação não é obrigatória. 2ª fórmula: modalidade de lançamento de complexidade in-
Nos casos em que não forem utilizadas, a entidade deve assegu- termediária, que requer uma conta devedora e duas ou mais contas
rar-se que possui outros mecanismos que permitam acumular as credoras.
informações que de outra maneira estariam controladas nas contas 3ª fórmula: igualmente de complexidade intermediária, esta
de compensação. fórmula requer duas ou mais contas devedoras e apenas uma cre-
dora.
Atributos Conceituas das Contas 4ª fórmula: menos usual e mais complexa do que as anterio-
São características próprias que as distinguem de outras contas res, requer duas ou mais contas devedoras e duas ou mais contas
do plano de contas. Os atributos podem ser decorrentes de concei- credoras
tos teóricos, da lei ou do sistema operacional utilizado.
a) Código: estrutura numérica que identifica cada uma das con- Débito e Crédito21
tas que compõem o plano de contas; As palavras Débito e Crédito, na linguagem contábil, têm signi-
b) Título / Nome: designação que identifica o objeto de uma ficados muito diferentes daqueles que têm na linguagem cotidiana.
conta; É errado associar o débito e o crédito da contabilidade, com
c) Função: descrição da natureza dos atos e fatos registráveis “subtração” e “adição” do financeiro. O correto é associá-los aos
na conta; termos Destino e Origem, respectivamente.
d) Natureza do Saldo: identifica se a conta tem saldo devedor,
credor ou ambos. 19 http://www.iob.com.br/noticiadb.asp?area=contabil&noti-
cia=37114
20 http://teoriascontabeis.blogspot.com.br/2009/09/o-lancamento-
18 http://www1.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.aspx?Codi- -contabil-e-forma-como.html
go=2014/ITG2000(R1) 21 http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/deb_cred.php
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Debitar significa anotar na coluna do Débito de uma conta, des profissionais, o ser humano pode cometer enganos durante o
para aumentar o seu valor (se a conta representa um Bem ou um processo de escrituração. Estes erros podem ocorrer de diversas
Direito), ou para diminuir seu valor (se a conta representa uma formas:
obrigação). - Lançamento de valor incorreto;
Creditar significa registrar uma importância na coluna de - Borrões ou rasuras na escrituração;
Crédito de uma conta, para aumentar seu valor (se a conta - Espaço em branco;
representa uma obrigação), ou para diminuir seu valor (se a conta - Lançamentos em duplicidade de valor;
representa um Bem ou Direito). - Inversão das contas;
- Erro na redação de histórico;
Há duas formas de os lançamentos contábeis serem feitos: - Entre Outros.

D – Estoques Quando os erros acontecem, eles devem ser declarados na es-
C – Bancos crituração mediante retificação através de estorno, lançamento re-
tificativo, lançamento complementar, lançamento de transferência
2ª ou ressalva (por profissional qualificado).
Estoques a) Estorno - é utilizado quando ocorre duplicidade de um mes-
a Bancos mo lançamento contábil (quando o contabilista faz o mesmo lança-
mento duas vezes) ou por erro de lançamento da conta debitada
No primeiro caso, “D” e “C” significam débito e crédito, respec- ou da conta creditada na escrituração das entidades, fazendo um
tivamente. Já no segundo caso, o “a” sinaliza crédito, sem a necessi- lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-o total-
dade de colocar a letra “D” antes da conta Estoque. Tem-se por mais mente.
usada a primeira opção. A correção, no caso de duplicidade, é simples. Deve-se efetuar
Débito é a aplicação de recurso, enquanto Crédito é a origem do apenas o estorno do lançamento feito a mais. Se o caso for erro de
recurso aplicado. Ou seja, quando um contador faz um lançamento lançamento, estornamos conforme o exemplo a seguir.
a débito em uma conta, significa que o dinheiro, o bem ou o serviço Exemplo: A empresa Alfa adquiriu uma mesa para escritório do
destina-se àquela conta. Agora, quando ele faz um lançamento a fornecedor ModelOffice no valor de $4.000,00 e a pagará a prazo.
crédito em uma conta, significa que o dinheiro, o bem ou o serviço Lançamento efetuado:
teve origem naquela conta. D- Máquinas e equipamentos - $4.000,00
C- Banco - $4.000,00
Por exemplo: Uma empresa comprou um terreno do valor H.: Vlr referente aquisição de mesa p/ escritório, conforme NF
de $80.000,00. Para pagar à vista, foi usado o dinheiro disponível nº589 do Fornecedor Model Office.
no caixa da empresa. Lançamos o registro destas duas contas da
seguinte forma: Estorno total:
D- Imóveis (O terreno teve destino na conta em questão, já que D- Banco - $4.000,00
faz parte dos imóveis da empresa.) C- Máquinas e equipamentos - $4.000,00
C- Caixa (O lançamento teve origem na conta Caixa, já que foi H.: Vlr referente estorno do lançamento feito em xx/xx/20x1,
pago à vista com o dinheiro da empresa.) referente compra de uma mesa para escritório.

Se uma conta recebe algo ou assume o compromisso de entre- Lançamento correto:


gar algo, é debitada. Se uma conta entrega algo ou adquire o direito D- Móveis e utensílios - $4.000,00
de receber algo, é creditada. C- Fornecedores - $4.000,00
H.: Vlr referente compra de mesa para escritório, conforme NF
CONTAS NATUREZA AUMENTOS DIMINUIÇÕES nº589 do Fornecedor Model Office.

Ativo Devedora D C b) Lançamento Retificativo - serve para retificar as contas lan-


Passivo Credora C D çadas erradamente e para estornar parte do lançamento, corrigin-
do registros feitos por importância maior. No caso de o valor ser
Despesa Devedora D C
lançado maior do que é, a correção pode ser feita estornando todo
Receita Credora C D o lançamento e depois fazendo o lançamento no valor correto, ou
Patrimônio Credora C D então estornando apenas a diferença dos valores.
Líquido
Exemplo: A empresa Alfa adquiriu um veículo do fornecedor
Correção de Lançamentos 22 AutoCar no valor de $60.000,00 à vista em dinheiro.
A escrituração feita nos livros contábeis não deve conter inter- Lançamento efetuado:
valos em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou trans- D- Veículos - $80.000,00
portes para as margens. Entretanto, ao desenvolver suas ativida- C- Caixa - $80.000,00
H.: Vlr referente compra de veículo, conforme NF nº290 do For-
necedor AutoCar.

22 http://www.socontabilidade.com.br/conteudo/erros_escrit.php
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Estorno da diferença: H.: Referente à compra de um computador, digo, de um auto-


D- Caixa - $20.000,00 móvel conforme nota fiscal nº 00053.
C- Veículos - $20.000,00
H.: Vlr referente estorno de parte do lançamento lançado à Nos casos de borrões, rasuras, lacunas, saltos de linhas ou de
maior no dia xx/xx/20x1, referente compra de veículo, conforme NF páginas, a ressalva deve ser assinada por profissional registrado no
nº290 do Fornecedor AutoCar. CRC (Conselho Regional de Contabilidade). Os borrões, falhas de
impressão e outros erros que comprometam a autenticidade do
c) Lançamento Complementar - serve para complementar um Livro Diário, poderão ser sanados através de declaração, assinada
lançamento feito de importância menor. No caso de o valor ser lan- pelo contador, tornando sem efeito aquela folha e refazendo, a se-
çado menor do que é, a correção pode ser feita através do estorno guir, os lançamentos ali contidos.
total e posterior lançamento correto, ou do lançamento comple-
mentar apenas da diferença do valor lançado para o que de fato é f) Omissão de lançamentos - A omissão se dá por esquecimen-
correto. to. Ex.: Na época apropriada, o contabilista deixou de efetuar o re-
gistro de um fato, por um motivo qualquer. Passado algum tempo,
Exemplo: A empresa Alfa adquiriu um veículo do fornecedor ele verificou a omissão. Neste caso, a correção é simples. Basta efe-
AutoCar no valor de $60.000,00 à vista em dinheiro. tuar o registro do fato no dia em que se verificou a omissão, men-
Lançamento efetuado: cionando, no histórico, a data de sua efetiva ocorrência e o motivo
D- Veículos - $6.000,00 do atraso.
C- Caixa - $6.000,00 Quando a omissão implicar falta de recolhimento de impostos,
H.: Vlr referente compra de veículo, conforme NF nº290 do For- a empresa deverá providenciar os devidos recolhimentos, esponta-
necedor AutoCar. neamente, acrescidos dos encargos correspondentes.

Lançamento complementar: Exemplos de Lançamentos23


D- Veículos - $54.000,00
C- Caixa - $54.000,00 Lançamento de abertura de uma Empresa (Patrimônio Líqui-
H.: Vlr referente complemento da importância lançada à me- do)
nor no dia xx/xx/20x1, referente compra de veículo, conforme NF CAPITAL SUBSCRITO
nº290 do Fornecedor AutoCar. Pela subscrição do capital dos Sócios “A” e “B”:
D – Capital Social a Integralizar (PL)
d) Lançamento de Transferência - regulariza o lançamento da C – Capital Social Subscrito (PL)........................R$ (Valor Total)
conta debitada ou creditada indevidamente, através da transposi-
ção do valor para a conta adequada. Integralização do Capital Subscrito em Dinheiro dos Sócios “A”
– Transferência: é o lançamento que promove a regularização e “B”
da conta indevidamente debitada ou creditada, através da transpo- C – Capital Social (PL)
sição do valor para a conta adequada; D – Caixa (AC)............................R$ (Valor Total)

Exemplo: A empresa Alfa adquiriu uma mesa para escritório do Lançamento de compra de mercadoria (Despesa)24
fornecedor Model Office no valor de $4.000,00 e a pagará a prazo. D – Estoque (Ativo)
Lançamento efetuado: D – ICMS a Recuperar (Ativo)
D- Máquinas e equipamentos - $4.000,00 D – PIS a Recuperar (Ativo)
C- Fornecedores - $4.000,00 D – COFINS a Recuperar (Ativo)
H.: Vlr referente aquisição de mesa p/ escritório, conforme NF C – Fornecedores (Passivo)
nº589 do Fornecedor Model Office.
Lançamento de venda de mercadoria (Receita)
Lançamento de transferência: D – Clientes (Ativo Circulante – Contas a receber)
D- Móveis e utensílios - $4.000,00 C – Faturamento Bruto (Resultado – Receita de vendas)
C- Máquinas e equipamentos - $4.000,00
H.: Vlr referente transferência da importância lançada erronea- D – ICMS sobre Vendas (Conta de Resultado – Deduções da re-
mente no dia xx/xx/20x1, em conta de Máquinas e equipamentos. ceita)
C – ICMS a Recolher (Passivo Circulante – Impostos a recolher)
e) Ressalva - quando se tratar de um erro de redação obser-
vado antes mesmo do encerramento do respectivo lançamento, a D – PIS sobre Vendas (Resultado – Dedução da receita)
retificação ocorre no próprio histórico. Ou seja, se o erro for veri- C – PIS a Recolher (Passivo Circulante – Impostos a recolher)
ficado antes de se terminar de redigir o histórico do lançamento,
basta se utilizar de alguma expressão do tipo: “digo”, “isto é”, “ou D – COFINS sobre Vendas (Resultado – Dedução da receita)
melhor”, “aliás”, “em tempo”, etc. Vejamos um exemplo:
23 http://accountingfundaments.blogspot.com.br/p/alguns-exemplos-
D – Veículos R$20.000,00 -de-lancamentos.html
C – Caixa R$ 20.000,00 24 http://www.comocontabilizar.com.br/como-contabilizar-folha-de-
-pagamento/
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C – COFINS a Recolher (Passivo Circulante – Impostos a reco- Lançamentos de aplicações financeiras e investimentos
lher) D – Aplicações Financeiras de Renda Variável (Ativo Circulante
ou Realizável a Longo Prazo) – No ato da aplicação
Lançamento de outras despesas à vista C – Banco c/movimento (Ativo Circulante – Disponibilidades)
D – Honorários contábeis
C – Caixa D – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante – disponibilida-
des) – No ato do resgate da aplicação
PAGAMENTO DE ALUGUEL D – IRRF a Recuperar (Ativo Circulante – impostos a recuperar)
D – Aluguéis C – Aplicações Financeiras de Renda Variável (Ativo Circulante
C - Caixa ou Realizável a Longo Prazo)
C – Rendimentos de Aplicações Financeiras (Conta de Resulta-
Lançamentos da folha de pagamento (Provisão) do – receitas financeiras)
D – Folha de Pagamento (Resultado – Despesa com pessoal)
C – Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante – Obriga- Lançamentos de Ativo Imobilizado
ções trabalhistas) D – Máquinas e Equipamentos (Ativo Imobilizado)
C – Fornecedores (Passivo Circulante)
D – Provisão de Férias (Passivo Circulante – Provisões traba-
lhistas) D – Fornecedores (Passivo Circulante)
C – Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante – Obriga- C – Banco Conta Movimento (Ativo Circulante – disponibilida-
ções trabalhistas) des)

D – Provisão 13º Salário (Passivo Circulante – Provisões traba- Lançamentos de depreciação, amortização e exaustão
lhistas) D – Depreciação (Resultado)
C – Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante – Obriga- C – Depreciação Acumulada (Redutora Ativo Imobilizado)
ções trabalhistas)
D – Amortização (Resultado)
D – Provisão 13º Salário (Passivo Circulante – Provisões traba- C – Amortização Acumulada (Redutora Ativo Imobilizado)
lhistas)
C – FGTS a Recolher (Passivo Circulante – Encargos trabalhistas D – Exaustão (Resultado)
a pagar) C – Exaustão Acumulada (Redutora Ativo Imobilizado)

D – FGTS sobre Folha de Pagamento (Resultado – Despesa com PRINCIPAIS TAXAS DE DEPRECIAÇÃO
encargos trabalhistas) Imóveis: taxa anual de 4%; vida útil de 25 anos.
C – FGTS a Recolher (Passivo Circulante – Encargos trabalhistas Instalações: taxa anual de 10%; vida útil de 10 anos.
a pagar) Máquinas e Equipamentos: taxa anual de 10%; vida útil de 10
anos.
D – INSS a Recolher (Passivo Circulante – Encargos trabalhistas Móveis e Utensílios: taxa anual de 10%; vida útil de 10 anos.
a pagar) Veículos: taxa anual de 20%; vida útil de 5 anos.
C – Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante – Obriga- Equipamentos de Informática: taxa anual de 20%; vida útil de 5
ções trabalhistas) anos.

Lançamentos da folha de pagamento Lançamentos de lucros ou prejuízo (Reservas)


D – Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante – Obriga- Prejuízos
ções trabalhistas) D – Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido) - Pre-
C – Banco Conta Movimento (Ativo Circulante – Disponibilida- juízo
des) C – Resultado do Exercício (Conta de Resultado)

D – FGTS a Recolher (Passivo Circulante – Encargos trabalhistas D – Reservas de Lucros (Patrimônio Líquido) – Absorção do Pre-
a pagar) juízo
C – Banco Conta Movimento (Ativo Circulante – Disponibilida- C – Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido)
des)
Lucros
D – INSS a Pagar (Passivo Circulante – Encargos trabalhistas a D – Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido)
pagar) C – Lucros a Pagar (Passivo Circulante)
C – Banco Conta Movimento (Ativo Circulante – Disponibilida- C – Reserva de Lucros (Patrimônio Líquido)
des)
D – Lucros a Pagar (Passivo Circulante)
C – Caixa/Bancos (Ativo Circulante – disponibilidades)

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Controles Internos:
ESTORNOS - A implementação de controles internos eficazes ajuda a
minimizar a necessidade de estornos. Contudo, quando eles são
necessários, esses controles devem garantir que o processo de
O estorno, no contexto contábil, refere-se à anulação ou estorno seja realizado de maneira precisa e documentada.
reversão de uma transação previamente registrada nos livros
contábeis. Essa prática é realizada quando há a necessidade de Impacto nas Demonstrações Financeiras:
corrigir um erro ou ajustar uma transação que foi inicialmente - Estornos afetam as demonstrações financeiras, pois corrigem
registrada de forma inadequada. Aqui estão alguns aspectos erros e garantem que as informações apresentadas estejam corretas
importantes relacionados a estornos: e reflitam a realidade financeira da empresa.

Motivos para Estornos: Os estornos são uma prática contábil importante para manter a
- Os estornos são geralmente necessários devido a erros, precisão e a integridade dos registros financeiros de uma empresa.
lançamentos incorretos ou ajustes necessários nas transações No entanto, é essencial implementar procedimentos rigorosos e
contábeis. Isso pode incluir a necessidade de corrigir valores, contas controles internos eficazes para minimizar a ocorrência de erros
ou classificações equivocadas. que levem à necessidade de estornos.

Processo de Estorno:
- O processo de estorno envolve lançar uma transação oposta LIVROS CONTÁBEIS OBRIGATÓRIOS
à original. Por exemplo, se uma transação foi inicialmente debitada,
o estorno seria um crédito na mesma conta (ou vice-versa). O
objetivo é anular o impacto original da transação. Atualmente, com a utilização do Sistema Público de Escritura-
ção Digital (SPED), e da Escrituração Contábil Digital (ECD), também
Documentação Adequada: conhecida como SPED Contábil, há livros contábeis em forma digital
- Todo estorno deve ser devidamente documentado para (para as empresas obrigadas ao SPED Contábil) e livros contábeis
explicar a razão da reversão. A documentação pode incluir uma em forma não digital (impresso em papel).
descrição clara do motivo do estorno, a identificação da transação Os livros contábeis obrigatórios em forma não digital, como o
original e qualquer informação relevante. Livro Diário e o Livro Razão, devem possuir as seguintes formalida-
des extrínsecas:
Estorno de Transações Financeiras:
- No contexto financeiro, um estorno pode ocorrer em - Devem ser encadernados;
situações como chargebacks em transações com cartão de crédito, - As suas folhas devem ser numeradas sequencialmente;
reembolsos ou reversões de pagamentos. Nestes casos, o estorno - Devem conter termo de abertura e termo de encerramento
representa o retorno do valor ao cliente ou a correção de uma assinados pelo titular ou representante legal da entidade e pelo
transação não autorizada. profissional da contabilidade regularmente habilitado no Conselho
Regional de Contabilidade.
Estorno em Contas de Receitas e Despesas:
- Se uma receita foi registrada erroneamente, pode ser Já os livros contábeis obrigatórios em forma digital, como o Li-
necessário estornar a transação original e, em seguida, lançar vro Diário e o Livro Razão, devem possuir as seguintes formalidades
uma nova transação com os valores corretos. O mesmo se aplica a extrínsecas:
despesas incorretamente registradas. - Devem ser assinados digitalmente pela entidade e pelo profis-
sional da contabilidade regularmente habilitado;
Estorno em Contas Patrimoniais: - Devem ser autenticados no registro público competente
- Em contas patrimoniais, como ativos, passivos e patrimônio (exemplo: Juntas Comerciais)
líquido, estornos podem ocorrer para ajustar valores incorretos ou
reclassificar transações. No caso de escrituração contábil digital (ECD), não há a neces-
sidade de impressão e encadernação dos livros. Contudo, o arquivo
Estorno de Impostos: magnético autenticado pelo registro público competente deve ser
- Em algumas situações, pode ser necessário estornar valores mantido pela entidade.
relacionados a impostos que foram inicialmente registrados de Vejamos a seguir os tipos de livros Contábeis.
forma inadequada. Isso pode ocorrer, por exemplo, em casos de
cálculos incorretos. Livro Diário
No Livro Diário devem ser registradas, em ordem cronológica
Registro nos Livros Contábeis: rigorosa, com individualização, clareza e referência ao documento
- Os estornos devem ser registrados nos livros contábeis, comprobatório do lançamento, todas as operações ocorridas na
seja no livro diário, no livro razão ou em outros registros contábeis, entidade e quaisquer outros fatos que provoquem variação patri-
dependendo do sistema contábil utilizado pela organização. moniais.

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As principais características do livro Diário são: obrigatório (exi- - Livro de Registro de Prestação de Serviços: é obrigatório
gido pelo Código Civil); principal (registra todos os fatos contábeis); perante o fisco municipal, podendo ser utilizado como auxiliar do
comum (para todas as empresas) e cronológico (fatos contábeis re- Diário, pois nele registram-se todas as operações de serviços, in-
gistrados em ordem cronológica). dividualizando as respectivas Notas Fiscais em ordem cronológica.
As demonstrações contábeis devem ser transcritas no Livro
Diário, completando-se com as assinaturas do titular ou de repre- Regras Gerais25
sentante legal da entidade e do profissional da contabilidade legal- Independentemente de os livros contábeis serem opcionais ou
mente habilitado. obrigatórios, observando as diretrizes que os regem, algumas reso-
luções devem ser seguidas sempre. Elas asseguram a idoneidade do
Livro Razão que é registrado em cada livro, dando a certeza de que não houve
O Livro Razão registra, também, todos os fatos, só que dan- e nem haverá adulteração de lançamentos e garantindo a padroni-
do ênfase às contas que compõem o patrimônio. É esse livro que zação das emissões.
permite conhecer a movimentação de débito e crédito de cada ele- Ressaltando que nenhum destes livros pode conter rasuras
mento que compõe o patrimônio da empresa ou qualquer tipo de adição ou alteração de dados após a emissão
do sistema de gestão contábil. Além de sempre respeitarem a or-
De acordo com o Código Civil: dem cronológica e de alguns serem abertos e encerrados por ter-
- A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacio- mos, os documentos-base da escrituração devem ser idôneos de
nais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, acordo com as leis fiscais. Todas essas normas certificam o atendi-
sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras emen- mento dos livros contábeis às resoluções legais de exatidão e boa-fé
das ou transportes para as margens (art. 1.183 do Código Civil). da escrituração. Além disso, também garantem a eles a qualidade
- Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que de serem instrumentos úteis à gestão empresarial.
não excedam o período de 30 dias, relativamente a contas cujas
operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabele- LIVROS FISCAIS
cimento, desde que utilizados livros auxiliares regulamente auten- Geralmente, esses livros são exigidos pelos órgãos fiscais muni-
ticados, para registro individualizado e conservados os documentos cipais, estaduais e federal, e por meio deles é possível obter todas
que permitam a sua perfeita verificação (art. 1.184, § 1º, do Código informações fiscais da organização. Eles devem seguir uma forma-
Civil). tação padronizada, constando: identificação; numeração do livro;
encadernação; termos de abertura e encerramento; assinatura do
Livros Auxiliares representante da empresa; assinatura de um contador competente.
- Livro de Inventário: tem a finalidade de registrar os bens de A obrigatoriedade do livro fiscal na instituição vai depender do
consumo, as mercadorias, as matérias-primas e outros materiais regime tributário escolhido.
que se achem estocados nas datas em que forem levantados os ba-
lanços. Os livros fiscais mais utilizados:
No Livro de Inventário deverão ser arrolados, com especifica- Registro de Entradas: Nele consta todos os documentos refe-
ções que facilitem sua identificação, as mercadorias, os produtos rentes à entrada de mercadorias, patrimônios e serviços pela em-
manufaturados, as matérias-primas, os produtos em fabricação e os presa que contribui com o Imposto sobre Circulação de Mercado-
bens em almoxarifado existentes na data do balanço patrimonial le- rias e Serviços (ICMS).
vantado ao fim de cada período de apuração (Lei 154/47, artigo 2°,
§ 2°, e Lei 6.404/1976, artigo 183, inciso II, e 8.541/1992, artigo 3°). Registro de Saídas: Livro onde consta todos os documentos
referentes à saída de mercadorias, patrimônios e serviços pela em-
- Livro Registro de Duplicatas: este livro foi estabelecido pelo presa que contribui com o Imposto sobre Circulação de Mercado-
artigo 19 da Lei 5.474/1968, sendo obrigatório para o vendedor rias e Serviços (ICMS).
que efetuar vendas com prazo de pagamento igual ou superior a
30 (trinta) dias. Registro de Inventário: Livro utilizado para os lançamentos de
No Registro de Duplicatas serão escrituradas, cronologicamen- todo o estoque no momento da realização do balanço.
te, todas as duplicatas emitidas, com o número de ordem, data e
valor das faturas originárias e data de sua expedição; nome e domi- Registro de Recebimento de Impressos Fiscais e Termos de
cílio do comprador; anotações das reformas; prorrogações e outras Ocorrências: Livro para registro de Autorização de Impressão de
circunstâncias necessárias. Documentos Fiscais – AIDF, e também utilizado para anotações do
Fisco em caso de eventuais fiscalizações.
- Livro de Entrada de Mercadorias: destina-se ao registo, em
ordem cronológica, das mercadorias adquiridas e recebidas pelas Registro de Apuração de IPI: Esse é o livro onde são feitos to-
empresas. dos os lançamentos das operações de débitos e créditos referentes
Nele também são registradas as entradas de bens de qualquer ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
espécie, inclusive os que se destinam a uso ou consumo.
Registro de Apuração de ICMS: Neste livro são feitos todos os
- Livro de Saída de Mercadorias: registram-se, em ordem cro- lançamentos das operações de débitos e créditos referentes ao Im-
nológica, as vendas de mercadorias ou de produtos, bem como posto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
toda e qualquer saída, inclusive de bens móveis da empresa. 25 https://blog.sage.com.br/livros-contabeis-o-que-sao-e-para-que-
-servem-2/
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

Escrituração uma melhor estrutura e representatividade em benefício da profis-


Normalmente, a escrituração dos livros fiscais é feita pelos são. Assim foi criado o Instituto dos Auditores Independentes do
contribuintes, por meio do Sistema Público de Escrituração Digital Brasil (IAIB).
(SPED). Mas, como já mencionado antes, isso vai depender das ca-
racterísticas e regime tributário da empresa. Em função das necessidades de:
O SPED foi criado para facilitar o envio das informações de - Convergência internacional das normas contábeis (redução
modo mais simples e padronizado. Isso facilita muito para o Fisco de custo de elaboração de relatórios contábeis, redução de riscos e
— já que ele tem um controle mais efetivo e o cruzamento de dados custo nas análises e decisões, redução de custo de capital);
se torna mais seguro — e para os gestores, que podem se beneficiar - Centralização na emissão de normas dessa natureza (no
utilizando dos próprios dados enviados no SPED. Brasil, diversas entidades o fazem);
- Representação e processos democráticos na produção dessas
informações (produtores da informação contábil, auditor, usuário,
DOCUMENTAÇÃO CONTÁBIL intermediário, academia, governo).

Criação e Objetivo
DOCUMENTAÇÃO CONTÁBIL
A documentação contábil representa o conjunto dos principais Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como obje-
documentos de uma empresa. utilizados no momento da escritu- tivo “o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos
ração e formalização dos registros contábeis que são originários de sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informa-
acontecimentos como vendas, compras, prestação de serviços etc. ções dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela enti-
Para isso, tais documentos não podem conter erros ou rasuras e dade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização
precisam de arquivamento correto e de fácil acesso. do seu processo de produção, levando sempre em conta a conver-
Existem diversos documentos contábeis, ao mais importantes gência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais”.
são:
 Comprovantes de despesas diversas: Conta de energia Características Básicas
elétrica, água, aluguel, condomínio, telefone, internet etc. Suas in- - O CPC é totalmente autônomo das entidades representadas,
formações estarão disponíveis nos principais demonstrativos contá- deliberando por 2/3 de seus membros;
beis, como balanço patrimonial, DFC, DRE etc. - O Conselho Federal de Contabilidade fornece a estrutura ne-
 Notas fiscais: Por meio desses documentos será possível cessária;
comprovar a compra e venda de produtos ou serviços, apresentan- - As seis entidades compõem o CPC, mas outras poderão vir a
do o faturamento e todas as operações passíveis de tributação. ser convidadas futuramente;
 Extratos das movimentações bancárias: Documentos que - Os membros do CPC, dois por entidade, na maioria Contado-
apresentam a movimentação financeira diária da entidade, tam- res, não auferem remuneração.
bém são considerados documentos contábeis pois registram as re-
ceitas e despesas, além de compor os demonstrativos contábeis. Além dos 12 membros atuais, serão sempre convidados a par-
 Documentos trabalhistas: Informações sobre os funcioná- ticipar representantes dos seguintes órgãos:
rios e da rotina do Departamento Pessoal, como folha de pagamen- - Banco Central do Brasil;
to, recibos de pagamentos de salários e demais verbas pertinentes - Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
aos contratados com carteira assinada, contratos de trabalho, guia - Secretaria da Receita Federal;
de recolhimento de FGTS etc. - Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
 Guias de impostos, taxas e tributos diversos: GPS, DAS, Outras entidades ou especialistas poderão ser convidados. Po-
DARF, IPTU etc. derão ser formadas Comissões e Grupos de Trabalho para temas
específicos.

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC) Produtos do CPC


- Pronunciamentos Técnicos;
- Orientações; e
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi idealizado a - Interpretações.
partir da união de esforços e comunhão de objetivos das seguintes Os Pronunciamentos Técnicos serão obrigatoriamente subme-
entidades: tidos a audiências públicas. As Orientações e Interpretações pode-
- ABRASCA; rão, também, sofrer esse processo.
- APIMEC NACIONAL;
- BOVESPA; Estrutura
- Conselho Federal de Contabilidade;
- FIPECAFI; e Assembleia dos Presidentes das Entidades
- IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. - Elegem os membros do CPC (representantes das seis entida-
O Ibracon surgiu da união de dois institutos que congregavam con- des), com mandatos de quatro anos (exceto metade dos primeiros
tadores que trabalhavam com auditoria independente: o Instituto membros, com dois anos);
dos Contadores Públicos do Brasil (ICPB) e o Instituto Brasileiro de - Podem, por 3/4 de seus membros, indicar outros membros
Auditores Independentes (Ibai), que se uniram para a obtenção de do CPC;
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

- Podem alterar o Regimento Interno do CPC.

Quatro Coordenadorias
- De Operações;
- De Relações Institucionais;
- De Relações Internacionais;
- Técnica.

PRONUNCIAMENTOS EMITIDOS PELO CPC E APROVADOS PELO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (CFC) E RESOLU-
ÇÕES DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (NBC TGS)

Pronunciamentos

Documento Título Data Aprovação Data Divulgação


Estrutura Conceitual para Re-
CPC 00 latório Contábil-Financeiro 01/11/2019 15/12/2019
Redução ao Valor Recuperável
CPC 01 de Ativos 06/08/2010 07/10/2010
Efeitos das mudanças nas ta-
xas de câmbio e conversão de
CPC 02 demonstrações contábeis 03/09/2010 07/10/2010
Demonstração dos Fluxos de
CPC 03 Caixa 03/09/2010 07/10/2010
CPC 04 Ativo Intangível 05/11/2010 02/12/2010
Divulgação sobre Partes Rela-
CPC 05 cionadas 03/09/2010 07/10/2010
CPC 06 Arrendamentos 06/10/2017 21/12/2017
Subvenção e Assistência Go-
CPC 07 vernamentais 05/11/2010 02/12/2010
Custos de Transação e Prê-
mios na Emissão de Títulos e
CPC 08 Valores Mobiliários 03/12/2010 16/12/2010
Demonstração do Valor Adi-
CPC 09 cionado (DVA) 30/10/2008 12/11/2008
Pagamento Baseado em
CPC 10 Ações 03/12/2010 16/12/2010
CPC 11 Contratos de Seguro 05/12/2008 17/12/2008
CPC 12 Ajuste a Valor Presente 05/12/2008 17/12/2008
Adoção Inicial da Lei nº.
11.638/07 e da Medida Provi-
CPC 13 sória nº. 449/08 05/12/2008 17/12/2008
Instrumentos Financeiros: Re-
conhecimento, Mensuração e
Evidenciação (Fase I) - Trans-
CPC 14 formado em OCPC 03
CPC 15 Combinação de Negócios 03/06/2011 04/08/2011
CPC 16 Estoques 08/05/2009 08/09/2009
Contratos de Constru-
ção (revogado a partir de
CPC 17 1º/01/2018) 19/10/2012 08/11/2012

Editora
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

Investimento em Coligada,
em Controlada e em Em-
preendimento Controlado em
CPC 18 Conjunto 07/12/2012 13/12/2012
CPC 19 Negócios em Conjunto 09/11/2012 23/11/2012
CPC 20 Custos de Empréstimos 02/09/2011 20/10/2011
CPC 21 Demonstração Intermediária 02/09/2011 20/10/2011
CPC 22 Informações por Segmento 26/06/2009 31/07/2009
Políticas Contábeis, Mudança
de Estimativa e Retificação
CPC 23 de Erro 26/06/2009 16/09/2009
CPC 24 Evento Subsequente 17/07/2009 16/09/2009
Provisões, Passivos Contin-
CPC 25 gentes e Ativos Contingentes 26/06/2009 16/09/2009
Apresentação das Demonstra-
CPC 26 ções Contábeis 02/12/2011 15/12/2011
CPC 27 Ativo Imobilizado 26/06/2009 31/07/2009
Propriedade para Investimen-
CPC 28 to 26/06/2009 31/07/2009
Ativo Biológico e Produto
CPC 29 Agrícola 07/08/2009 16/09/2009
Receitas (revogado a partir de
CPC 30 1º/01/2018) 19/10/2012 08/11/2012
Ativo Não Circulante Mantido
para Venda e Operação Des-
CPC 31 continuada 17/07/2009 16/09/2009
CPC 32 Tributos sobre o Lucro 17/07/2009 16/09/2009
CPC 33 Benefícios a Empregados 07/12/2012 13/12/2012
Exploração e Avaliação de Re-
CPC 34 cursos Minerais (Não editado)
CPC 35 Demonstrações Separadas 31/10/2012 08/11/2012
CPC 36 Demonstrações Consolidadas 07/12/2012 20/12/2012
Adoção Inicial das Normas In-
CPC 37 ternacionais de Contabilidade 05/11/2010 02/12/2010
Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento e Mensu-
ração (revogado a partir de
CPC 38 1º/01/2018) 02/10/2009 19/11/2009
Instrumentos Financeiros:
CPC 39 Apresentação 02/10/2009 19/11/2009
Instrumentos Financeiros:
CPC 40 Evidenciação 01/06/2012 30/08/2012
CPC 41 Resultado por Ação 08/07/2010 06/08/2010
Contabilidade em Economia
CPC 42 Hiperinflacionária 07/12/2018 21/12/2018
Adoção Inicial dos Pronuncia-
CPC 43 mentos Técnicos CPCs 15 a 41 03/12/2010 16/12/2010
CPC 44 Demonstrações Combinadas 02/12/2011 02/05/2013

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Divulgação de Participações
CPC 45 em outras Entidades 07/12/2012 13/12/2012
CPC 46 Mensuração do Valor Justo 07/12/2012 20/12/2012
Receita de Contrato com
CPC 47 Cliente 04/11/2016 22/12/2016
CPC 48 Instrumentos Financeiros 04/11/2016 22/12/2016
Contabilização e Relatório
Contábil de Planos de Benefí-
CPC 49 cios de Aposentadoria 06/04/2018 18/04/2018
CPC 50 Contratos de Seguro 07/05/2021 06/08/2021
CPC LIQUIDAÇÃO Entidades em Liquidação 05/03/2021 20/04/2021
Contabilidade para Pequenas
e Médias Empresas com Glos-
CPC PME sário de Termos 04/12/2011 16/12/2011

Caro(a) Candidato(a), os Pronunciamentos Contábeis são um assunto extenso, aqui fizemos apenas um resumo de cada CPC. Para
obter maiores informações e detalhes de todos os Pronunciamentos, acesse o site do CPC: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-Emi-
tidos/Pronunciamentos

ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

A estrutura conceitual para elaboração das demonstrações contábeis é um conjunto de princípios, conceitos e diretrizes que orientam
a contabilidade na produção de informações financeiras consistentes e relevantes. Essa estrutura serve como base para o desenvolvimento
de normas contábeis e fornece os fundamentos para a preparação e apresentação das demonstrações contábeis. Abaixo estão os principais
elementos da estrutura conceitual:

Objetivo das Demonstrações Contábeis:


- O principal objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações úteis aos usuários externos, como investidores, credores,
reguladores e outros interessados, para tomar decisões econômicas informadas.

Características Qualitativas das Demonstrações Contábeis:


- As informações contábeis devem possuir características qualitativas como relevância, confiabilidade, comparabilidade e
compreensibilidade. Essas características garantem que as demonstrações contábeis sejam úteis e confiáveis.

Elementos das Demonstrações Contábeis:


- Os elementos das demonstrações contábeis incluem ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas, despesas e ganhos. Esses
elementos representam as diferentes classes de transações e eventos financeiros que afetam a posição financeira da entidade.

Reconhecimento e Mensuração:
- A estrutura conceitual estabelece critérios para o reconhecimento (quando incluir um item nas demonstrações contábeis) e a
mensuração (como determinar o valor) dos elementos contábeis. Isso inclui o custo histórico, o valor justo, o custo amortizado, entre
outros métodos.

Pressupostos Fundamentais:
- A estrutura conceitual presume certos pressupostos fundamentais, como a continuidade operacional, a entidade em funcionamento,
a consistência e a objetividade. Esses pressupostos são essenciais para a interpretação e aplicação consistente dos princípios contábeis.

Restrições ao Reconhecimento:
- Algumas transações ou eventos, embora possam ser importantes para os usuários, podem não ser reconhecidos nas demonstrações
contábeis devido à falta de confiabilidade ou mensurabilidade. Isso inclui previsões futuras, expectativas e algumas contingências.

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Divulgação e Apresentação: 1.2. Características


- A estrutura conceitual aborda a importância da divulgação A sociedade anônima tem seu capital social dividido em partes
adequada para fornecer informações adicionais que possam iguais, denominadas de ações (e não quotas), com a responsabili-
ser necessárias para a compreensão plena das demonstrações dade de seus sócios ou acionistas limitada ao preço de emissão das
contábeis. Isso inclui notas explicativas e outras informações ações subscritas ou adquiridas (art. 1.088 do CC).
suplementares. A sociedade anônima é uma sociedade institucional, de capi-
tal, com responsabilidade limitada, personificada, empresáriae com
Relação entre Elementos das Demonstrações Contábeis: identificação exclusiva por denominação.
- A estrutura conceitual destaca a inter-relação entre os Seu ato constitutivo é o estatuto social (mais complexo), e não
elementos das demonstrações contábeis. Por exemplo, a receita contrato social, podendo ser constituído por instrumento público
pode resultar no aumento do patrimônio líquido, enquanto as ou privado.
despesas podem reduzi-lo. Ressalte-se ainda que, segundo o Prof. Fabio Ulhoa, por se
tratar de sociedade institucional, também “não será possível aos
Consistência e Comparabilidade: sucessores do acionista morto pretender a dissolução parcial da so-
- A consistência na aplicação dos princípios contábeis ao ciedade anônima. Em regra, o herdeiro ou legatário de uma ação
longo do tempo e a comparabilidade entre diferentes entidades são transforma-se, queira ou não, em acionista da sociedade anônima.
princípios importantes para garantir a utilidade das informações A lei prevê uma única exceção, admitindo a dissolução parcial da
contábeis. sociedade anônima fechada (sem ações negociadas em Bolsa de
Valores), quando acionistas titulares de pelo menos 5% do capital
Estrutura Hierárquica: social provam que ela não está preenchendo o seu fim (art. 599, §
- A estrutura conceitual estabelece uma hierarquia quando 2º, do CPC)”.
há conflito entre diferentes fontes de princípios contábeis. A Por ser uma sociedade de capital por excelência, entrada de es-
preferência é dada a pronunciamentos específicos em detrimento tranhos ao quadro social independe da anuência dos demais sócios,
de princípios gerais. além de não ser necessária a alteração do ato constitutivo após a
transferência de uma ação para outra pessoa. Assim, falecendo o
Melhorias Contínuas: acionista, seus herdeiros não poderão ser impedidos de ingressa-
- A estrutura conceitual reconhece a necessidade de rem na sociedade.
melhorias contínuas nas normas contábeis para refletir mudanças
nas condições econômicas e nas práticas comerciais. Entretanto, conforme registrado pelo Prof. Tarcísio Teixeira, “a
sociedade anônima, em sua acepção inicial, era a típica sociedade
A estrutura conceitual é um guia crucial para a contabilidade, de capital, não de pessoas, pois o capital prevalece sobre qualquer
fornecendo uma base sólida para o desenvolvimento de normas relacionamento que pudesse haver entre os sócios. Essa conota-
contábeis consistentes e relevantes em todo o mundo. Ela ajuda ção se mantém em relação às sociedades anônimas abertas (grosso
a garantir a integridade e a confiabilidade das demonstrações modo, as que têm ações circulando em bolsa), mas não é mais uma
contábeis, permitindo que os usuários tomem decisões informadas verdade absoluta quanto às demais, pois existem sociedades anôni-
com base nessas informações. mas cujo estatuto social impede a livre circulação de ações, deven-
do elas ser alienadas aos demais acionistas, o que a caracterizaria
como uma sociedade de pessoas”.
LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA: LEI Nº 6.404/1976 E ATUALIZA- Quanto à responsabilidade de seus sócios, ela está limitada ao
ÇÕES E LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR valor de emissão das respectivas ações. Não havendo qualquer tipo
de solidariedade entre eles para a integralização do capital social,
como ocorre na sociedade limitada. Assim, pode-se dizer até que a
Dispõe sobre as Sociedades por Ações. responsabilidade limitada dos acionistas de uma S/A é ainda “mais
1. Sociedade anônima (S/A) ou companhia (Cia) limitada” do que a responsabilidade limitada dos quotistas de uma
A primeira sociedade regulamentada por lei foi a sociedade sociedade limitada.
anônima. A sociedade será designada por denominação acompanhada
Na maioria das vezes, esse tipo societário é adotado para gran- das expressões “companhia” ou “sociedade anônima”, expressas
des empreendimentos ou por determinação legal, como segurado- por extenso ou abreviadamente (Cia; S/A), vedada a utilização da
ras, bancos, sociedades com ações em bolsa etc. que, necessaria- “companhia” ou “Cia” ao final (uma vez que poderia ser confun-
mente, devem ser sociedades anônimas. dida com a sociedade em nome coletivo) (Art. 3º, caput, da Lei
6.404/1976).
1.1. Legislação aplicável Por fim, a menção ao ramo do comércio na denominação é es-
A sociedade anônima, também chamada de companhia, é re- sencial (art. 1.160 do CC).
gida por lei especial, a já citada Lei 6.404/1976, que dispõe sobre
as sociedades por ações, sendo aplicadas as disposições do Código 1.3. Espécies de sociedade anônima
Civil nos casos omissos (art. 1.089 do CC). As sociedades anônimas podem se revestir na qualidade de so-
ciedade aberta ou fechada.

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São abertas aquelas que têm autorização para negociar seus II – Realização, como entrada, de no mínimo 10% do preço de
valores mobiliários no mercado de capitais, e fechadas aque- emissão das ações subscritas em dinheiro (em se tratando de insti-
las que não têm autorização para tanto (art. 4º, caput, da Lei nº tuição financeira, a porcentagem sobe para 50%);
6.404/1976). III – Depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabeleci-
mento bancário autorizado pela CVM, da parte do capital realizado
Mas o que são valores mobiliários e mercado de capitais? em dinheiro. O disposto no número II não se aplica às companhias
Valores mobiliários: são títulos emitidos por sociedades anôni- para as quais a lei exige realização inicial maior que 10% do capital
mas, utilizados como formas de captação de recursos para financia- social.
mento das empresas que os emitem, com características e direitos
padronizados, tais como ações, debêntures, bônus de subscrição, 1.4.2. Subscrição (segunda fase)
partes beneficiárias, etc. Em seguida, a companhia será criada através da subscrição,
Diferem-se dos títulos de crédito, entre outras razões, porque que na sociedade de capital aberta se dá por meio de subscrição
são emitidos em série. pública de ações (subscrição de constituição sucessiva, por compre-
Mercado de capitais, ou mercado de valores mobiliários ender várias etapas ou fases); na de capital fechada, essa subscrição
(MVM): é o “local” onde os valores mobiliários são vendidos. Ele é é privada ou fechada (subscrição de constituição simultânea, por
formado por dois tipos diferentes de entidades que serão responsá- concentrar-se em um único ato).
veis por sua atuação: bolsa de valores e mercado de balcão. Ressalte-se que independentemente da modalidade de sua
Bolsa de valores: tradicionalmente eram constituídas como constituição, a incorporação de imóveis para formação do capital
associação civil sem fins lucrativos, mas atualmente é comum que social não exige escritura pública (art. 89 da Lei nº 6.404/1976).
as bolsas sejam constituídas como sociedades anônimas, ou uma O capital subscrito corresponde ao valor com o qual os sócios
associação de corretores. prometeram contribuir para a sociedade, enquanto o capital inte-
As negociações são realizadas publicamente. As operações são gralizado corresponde ao valor que os sócios efetivamente contri-
negociadas por intermédio de corretores. Os preços são justos, uma buíram.
vez que são ditadas pelo mercado. Possui diversos sistemas de ga- Por fim, a responsabilidade civil dos subscritores ou acionistas
rantia. que contribuírem com bens para a formação do capital social será
Mercado de balcão: podem ser constituídas sob a forma de so- idêntica à do vendedor. Quando a entrada consistir em crédito, o
ciedade. As negociações são realizadas privativamente. Envolve a subscritor ou acionista responderá pela solvência do devedor (art.
presença física de um vendedor e um comprador. Aqui há falta de 10 da Lei nº 6.404/1976). A mesma responsabilidade tem o subscri-
transparência na negociação dos preços. Os Riscos devem ser assu- tor na hipótese de endosso “sem garantia“, sendo ineficaz perante a
midos pelas partes no negócio. companhia a cláusula exoneratória de responsabilidade do acionis-
É bom esclarecer que esse critério é meramente formal, basta ta-endossante. Além disso, o certificado de ação integralizada por
a admissão dos valores mobiliários à negociação para que a socie- transferência de crédito somente poderá ser expedido após a sua
dade emissora seja considerada aberta, independentemente dos realização (art. 23, § 2º, da Lei nº 6.404/1976).
ativos serem efetivamente negociados.
Nada impede que, posteriormente, uma sociedade de capital 1.4.2.1. Subscrição pública (de constituição sucessiva)
aberto proceda com o fechamento dele ou vice-versa. Basta que A subscrição pública contará com três etapas:
seja respeitada as regras atinentes a cada uma. I – O registro prévio na CVM (para análise da viabilidade econô-
Para iniciar a abertura do capital, uma sociedade anônima de mica da sociedade, projeto, prospecto, entre outros);
capital fechado deve protocolar um pedido de registro da compa- II – Colocação das ações à disposição dos investidores interes-
nhia junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Já para uma sados;
companhia aberta fechar seu capital, basta requerer o cancelamen- III – a realização de assembleia inicial de fundação (para vota-
to do registro na CVM, que deverá ser precedido de uma oferta pú- rem o estatuto definitivo e elegerem os membros dos cargos cria-
blica de aquisição de ações (OPA) específica para o fechamento de dos).
capital, por preço justo, ao menos igual ao valor de avaliação da
companhia (art. 4º, §4º, da Lei nº 6.404/1976). A CVM (comissão de valores mobiliários) poderá condicionar
o registro a modificações no estatuto ou no prospecto e denegá-lo
1.4. Constituição da sociedade anônima por inviabilidade ou temeridade do empreendimento, ou inidonei-
A constituição da sociedade anônima pode se dar de duas for- dade dos fundadores (art. 82, §2º, da Lei nº 6.404/1976).
mas distintas, a depender da espécie adotada, se aberta ou fecha- Verificando-se que foram observadas as formalidades legais e
da. não havendo oposição de subscritores que representem mais da
Entretanto, independentemente da forma adotada, sua consti- metade do capital social, o presidente declarará constituída a com-
tuição seguirá, necessariamente, por três fases. panhia, procedendo-se, a seguir, à eleição dos administradores e
1.4.1. Requisitos preliminares (primeira fase) fiscais (art. 87, §3º, da Lei nº 6.404/1976).
A constituição da companhia depende do cumprimento de Finalmente, os fundadores e as instituições financeiras que par-
três requisitos preliminares, conforme dispõe o artigo 80 da Lei nº ticiparem da constituição por subscrição pública responderão, no
6.404/1976: âmbito das respectivas atribuições, pelos prejuízos resultantes da
I – Subscrição, pelo menos por duas pessoas, de todas as ações inobservância de preceitos legais. Os fundadores responderão, soli-
em que se divide o capital social fixado no estatuto (pluralidade de dariamente, pelo prejuízo decorrente de culpa ou dolo em atos ou
sócios); operações anteriores à constituição (art. 92 da Lei nº 6.404/1976).

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1.4.2.2. Subscrição particular (de constituição simultânea) Caso a contribuição para o capital social se dê através de bens,
Na subscrição particular, o procedimento é bem mais simplifi- segundo disposto no artigo 8º da Lei nº 6.404/1976, esta será pre-
cado vez que não há intervenção da CVM na sua constituição nem cedida de avaliação por três peritos ou por empresa especializada,
captação de recursos junto a investidores no mercado de capitais, nomeados em assembleia geral dos subscritores, para a elabora-
possuindo apenas uma etapa, a realização de uma assembleia geral ção de um laudo fundamentado com indicação dos critérios e dos
de fundação nos moldes da subscrição pública, ou através de escri- elementos de comparação utilizados e instruído pelos documentos
tura pública em cartório (art. 88, da Lei nº 6.404/1976). relativos ao bem, que será objeto de votação por assembleia geral
da companhia.
1.4.3. Providências complementares (terceira fase) I – Se o subscritor aceitar o valor aprovado pela assembleia,
Com a efetivação da subscrição, seja pública ou privada, inicia perfaz-se a integralização do capital social pelo bem avaliado.
a última fase para a constituição da sociedade, à luz do artigo 98 da II – Se a assembleia não aprovar a avaliação, ou o subscritor
Lei nº 6.404/1976, com as seguintes providências complementares: não aceitar a avaliação aprovada, ficará sem efeito o projeto de
I – Levar o estatuto ao registro na Junta Comercial (aquisição da constituição da companhia.
personalidade jurídica);
II – Publicar o estatuto até 30 dias do registro, em jornal de Cabe ressaltar que os bens não poderão ser incorporados ao
grande circulação. patrimônio da companhia por valor acima do que lhes tiver dado o
subscritor (art. 8º, §4º, da Lei nº 6.404/1976).
Cumpre à Junta Comercial examinar se as prescrições legais fo- Os avaliadores e o subscritor responderão perante a compa-
ram observadas na constituição da companhia, bem como se no nhia, os acionistas e terceiros, pelos danos que lhes causarem por
estatuto existem cláusulas contrárias à lei, à ordem pública e aos culpa ou dolo na avaliação dos bens, sem prejuízo da responsabili-
bons costumes (art. 97, caput, da Lei nº 6.404/1976). dade penal em que tenham incorrido; no caso de bens em condo-
Se o arquivamento for negado, por inobservância de prescrição mínio, a responsabilidade dos subscritores é solidária (art. 8º, §6º,
ou exigência legal ou por irregularidade verificada na constituição da Lei nº 6.404/1976).
da companhia, os primeiros administradores deverão convocar Por derradeiro, os bens transferem-se à companhia a título de
imediatamente a assembleia geral para sanar a falta ou irregulari- propriedade, salvo estipulação diversa (usufruto, por exemplo) (art.
dade, ou autorizar as providências que se fizerem necessárias. 9º da Lei nº 6.404/1976).
A instalação e funcionamento da assembleia obedecerão ao
disposto no artigo 87 do CC, devendo a deliberação ser tomada por 1.5.1. Da obrigação de integralizar (realizar) o capital social
acionistas que representem, no mínimo, metade do capital social. A companhia surge a partir da subscrição de todo capital so-
Se a falta for do estatuto, poderá ser sanada na mesma assembleia, cial, que será integralizado pelos acionistas nas condições previstas
a qual deliberará, ainda, sobre se a companhia deve promover a no estatuto ou no boletim de subscrição. Caso eles sejam omissos
responsabilidade civil dos fundadores, conforme o já citado artigo quanto ao montante da prestação e ao prazo ou data do pagamen-
92 do CC (art. 97, § 1º da Lei nº 6.404/1976). to, caberá aos órgãos da administração efetuar chamada, mediante
Com a 2ª via da ata da assembleia e a prova de ter sido sana- avisos publicados na imprensa, por três vezes, no mínimo, fixando
da a falta ou irregularidade, o registro do comércio procederá ao prazo, não inferior a 30 dias, para o pagamento (art. 106, caput e
arquivamento dos atos constitutivos da companhia (art. 97, §2º da §1º, da Lei nº 6.404/1976).
Lei nº 6.404/1976). O acionista que não fizer o pagamento nas condições previstas
Assim, cumpridas todas as formalidades acima detalhadas, a no estatuto ou boletim de subscrição, ou na chamada (acionista re-
sociedade anônima poderá, enfim, entrar em funcionamento. Caso misso), ficará de pleno direito constituído em mora, sujeitando-se
contrário será considerada irregular. ao pagamento dos juros, da correção monetária e da multa que o
Os primeiros administradores são solidariamente responsá- estatuto determinar, esta não superior a 10% do valor da prestação
veis perante a companhia pelos prejuízos causados pela demora no (art. 106, §2º, da Lei nº 6.404/1976).
cumprimento de todas as exigências formais da lei necessárias à Constatada a mora do acionista remisso, segundo o artigo 107
sua constituição (art. 99, caput, da Lei nº 6.404/1976). da Lei nº 6.404/1976, companhia pode:
Por último, a companhia não responde pelos atos ou operações I – Promover contra ele, e os que com ele forem solidariamen-
praticados pelos primeiros administradores antes de cumpridas as te responsáveis (artigo 108), processo de execução para cobrar as
formalidades de constituição, salvo se a assembleia geral deliberar importâncias devidas, servindo o boletim de subscrição e o aviso de
em contrário, ratificando tais atos, por exemplo (art. 99, parágrafo chamada como título extrajudicial nos termos do CPC; ou
único, da Lei nº 6.404/1976). II – Mandar vender as ações em bolsa de valores, por conta e
risco do acionista remisso.
1.5. Capital social
O estatuto da companhia fixará o valor do capital social, ex- É facultado à companhia, mesmo após iniciada a cobrança ju-
presso em moeda nacional. E a expressão monetária do valor do dicial, mandar vender a ação em bolsa de valores; a companhia po-
capital social realizado será corrigida anualmente (artigo 167) (art. derá também promover a cobrança judicial se as ações oferecidas
5º da Lei nº 6.404/1976). em bolsa não encontrarem tomador, ou se o preço apurado não
O capital social poderá ser formado com contribuições em di- bastar para pagar os débitos do acionista (art. 107, § 3º da Lei nº
nheiro ou bens (corpóreo ou incorpóreo, móvel ou imóvel) de qual- 6.404/1976).
quer espécie, desde que suscetíveis de avaliação em dinheiro (art. Caso as medidas adotadas não obtenham êxito, poderá a com-
7º da Lei nº 6.404/1976). panhia, então, declarar as ações caducas e integralizá-las com os lu-
cros e reservas da sociedade. Se não tiver lucros e reservas suficien-
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

tes, terá o prazo de 01 ano para colocar as ações caídas em comisso,


findo o qual, não tendo sido encontrado comprador, a assembleia
geral deliberará sobre a redução do capital em importância corres-
pondente (art. 107, § 4º da Lei nº 6.404/1976).

1.5.2. Da alteração do capital social


O capital social pode ser aumentado, o que nem sempre decor-
rerá de ingresso de novos recursos na companhia, mediante:
Emissão de novas ações: a companhia poderá aumentar seu
capital social, mediante deliberado em assembleia geral extraordi-
nária (art. 166, IV), através de subscrição pública ou particular de
ações, mas somente após ter integralizado, no mínimo 75% dele 1.6.1.1. Classificação quanto aos direitos e obrigações
(art. 170, caput, da Lei nº 6.404/1976). Segundo esse critério classificatório, as ações podem ser dividi-
O aumento do capital também ser feito por deliberação da das em três espécies, as ordinárias, preferenciais e de fruição.
assembleia geral ou do conselho de administração, nos limites do Ação ordinária: confere ao acionista os direitos de um sócio co-
capital autorizado (art. 166, II, da Lei nº 6.404/1976). mum, sem nenhum tipo de vantagem, mas também não se sujeita
Valores mobiliários: por conversão de debêntures ou partes seu titular a nenhuma restrição, como acontece com os detentores
beneficiárias conversíveis em ações, bem como o exercício dos di- de outras espécies de ação.
reitos conferidos por bônus de subscrição ou opção de compra com Ação preferencial: confere ao acionista tratamento diferencia-
emissão de novas ações (art. 166, III, da Lei nº 6.404/1976). do (preferencias ou vantagens), conforme estabelecido no estatuto
Capitalização de lucros e reservas: a assembleia geral ordinária social, em relação ao acionista detentor de ações ordinárias.
pode destinar uma parcela do lucro líquido ou de reservas para re- Em contrapartida, o estatuto pode retirar ou restringir alguns
forço do capital social, emitindo-se, ou não, novas ações (art. 169 da dos direitos normalmente conferidos aos titulares de ações ordi-
Lei nº 6.404/1976), mas sempre sem o ingresso de novos recursos. nárias, inclusive o direito de voto, desde que respeitado os direitos
Visando acelerar o processo de decisão e emissão de novas essenciais do artigo 109 da lei.
ações, o estatuto da companhia pode prever o aumento do capital As preferências ou vantagens podem consistir, conforme dis-
social, dentro de certo limite, independentemente de sua alteração posto no artigo 17 da Lei nº 6.404/1976, em prioridade:
(art. 168, caput, da Lei nº 6.404/1976). Este limite é chamado de I – Na distribuição de dividendo, fixo ou mínimo; e/ou
capital “autorizado”. II – No reembolso do capital, com prêmio ou sem ele.
O estatuto deverá, quando fixar o capital autorizado, definir se
o órgão competente para decidir a emissão das novas ações será a Deverão constar do estatuto, com precisão e minúcia, outras
assembleia geral ou o conselho de administração (art. 168, §1º, b, preferências ou vantagens que sejam atribuídas aos acionistas sem
da Lei nº 6.404/1976). direito a voto, ou com voto restrito, além das previstas neste artigo
O capital social também pode ser reduzido por deliberação da (art. 17, §2º, da Lei nº 6.404/1976).
assembleia, se houver perda, até o montante dos prejuízos acumu- Os dividendos, ainda que fixos ou cumulativos, não poderão ser
lados, ou se julgá-lo excessivo (art. 173, caput, da Lei nº 6.404/1976). distribuídos em prejuízo do capital social, salvo quando, em caso de
liquidação da companhia, essa vantagem tiver sido expressamente
1.6. Ações assegurada (art. 17, §3º, da Lei nº 6.404/1976).
A ação, consideradas bens móveis para os efeitos legais, é o Existe ainda uma categoria especial de ação preferencial criada
principal e mais importante valor mobiliário emitido pela compa- em 2001, a golden share ou ação de ouro, usada no processo de
nhia, e corresponde à parcela do capital social da sociedade anôni- privatização das companhias estatais brasileiras, conforme dispõe o
ma, conferindo ao seu titular o status de sócio, o chamado acionis- artigo 17, §7º, da Lei nº 6.404/1976: “nas companhias objeto de de-
ta, um complexo de direitos, deveres e obrigações (art. 11 da Lei nº sestatização poderá ser criada ação preferencial de classe especial,
6.404/1976). de propriedade exclusiva do ente desestatizante (União, Estados ou
As ações são classificadas segundo dois critérios distintos: es- Municípios), à qual o estatuto social poderá conferir os poderes que
pécie e classe. especificar, inclusive o poder de veto às deliberações da assembleia
geral nas matérias que especificar”.
1.6.1 Espécies de ação Por esse dispositivo, o Poder Público, apesar de alienar o con-
Com o intuito de atrair a maior diversidade possível de investi- trole da companhia na qual detinha a maioria do capital com direito
dores interessados em investir na companhia, e assim angariar vul- a voto, retém ações preferencial de classe especial, a golden share,
tosas quantias em dinheiro para sua criação, as ações poderão ser por meio da qual ficaram com o direito de vetar determinadas de-
emitidas em diferentes espécies. liberações dos novos acionistas, nos termos estabelecidos nos res-
Existem duas classificações para as ações na companhia, uma pectivos estatutos sociais.
leva em conta os direitos e obrigações que elas conferem aos seus Dessa forma, o Poder Público, apesar de sócio minoritário, se
titulares, e a outra leva em consideração a forma de sua transfe- mantém no controle das sociedades privatizadas.
rência. O estatuto social também pode conceder a uma ou mais clas-
ses de ações preferenciais vantagens políticas, concernentes no di-
reito de eleger, em votação em separado, um ou mais membros dos
órgãos de administração (art. 18 da Lei nº 6.404/1976).

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Por fim, o número de ações preferenciais sem direito a voto, ou A transferência, que não exige muita solenidade, ocorre por
sujeitas à restrição no exercício desse direito, não pode ultrapassar lançamento da operação nos registros próprios da instituição finan-
50% do total das ações emitidas (art. 15, §2º da Lei nº 6.404/1976). ceira depositária, a débito da conta de depósito do alienante e a
Ações de fruição: são emitidas em substituição a ações ordiná- crédito da conta de depósito do adquirente, como qualquer trans-
rias ou preferenciais que foram totalmente amortizadas, conferindo ferência bancária (art. 35, §1º da Lei nº 6.404/1976).
aos seus titulares meros direitos de gozo ou fruição.
Essa espécie de ação é atribuída ao acionista ordinário ou A propriedade das ações escriturais, assim, é comprovada pela
preferencial que teve suas ações totalmente amortizadas, ou seja, mera exibição do extrato da conta de depósito de ações que a ins-
ações que já receberam o que tinham direito em caso de eventual e tituição financeira fornece ao seu titular, nos termos do artigo 35,
futura liquidação. Trata-se de uma espécie de devolução antecipada §2º da Lei nº 6.404/1976:
do valor investido pelos sócios. I – Sempre que solicitado;
Amortização é a distribuição aos acionistas, a título de anteci- II – Todo mês em que for movimentada;
pação e sem redução do capital social, de quantias que lhes pode- III – Ainda que não haja movimentação, ao menos uma vez por
riam tocar em caso de liquidação da companhia (art. 44, §2º da Lei ano.
nº 6.404/1976).
Em princípio as ações são livremente negociáveis, contudo, o
As ações integralmente amortizadas poderão ser substituídas estatuto da companhia fechada pode impor limitações à circulação
por ações de fruição, com as restrições fixadas pelo estatuto ou (transferência) delas, contanto que regule minuciosamente tais li-
pela assembleia geral que deliberar a amortização; em qualquer mitações e não impeça a negociação, nem sujeite o acionista ao ar-
caso, ocorrendo liquidação da companhia, as ações amortizadas só bítrio dos órgãos de administração da companhia ou da maioria dos
concorrerão ao acervo líquido depois de assegurado às ações não acionistas. A limitação à circulação criada por alteração estatutária
a amortizadas valor igual ao da amortização, corrigido monetaria- somente se aplicará às ações cujos titulares com ela expressamente
mente (art. 44, §5º da Lei nº 6.404/1976). concordarem, mediante pedido de averbação no livro de “Registro
Assim sendo, determinada a amortização de uma ação pre- de Ações Nominativas” (art. 36 da Lei nº 6.404/1976).
ferencial ou ordinária, calcula-se o seu valor patrimonial naquele A circulação das ações de companhia aberta, não poderá sofrer
momento e paga-se esse valor ao titular da ação. Nesse caso, o qualquer restrição por parte dos estatutos.
estatuto ou a assembleia geral que decidir por essa amortização, Até 1990, existiam ainda as ações endossáveis (transmissíveis
conforme o caso, vai também decidir se a substitui por uma ação por endosso praticado no próprio certificado) e as ações ao porta-
de fruição. Fazendo-o, o titular dessa ação de fruição terá, a partir dor (transmissíveis pela mera tradição do certificado). Contudo, a
de então, apenas direitos de gozo ou fruição contra a companhia. Lei 8.021/1990 decretou a retirada de circulação delas. Desta for-
ma, atualmente, as ações não poderão ser “ao portador”, o que
1.6.1.2. Quanto à forma de transferência acabou com a possibilidade dos acionistas serem totalmente des-
A transferência das ações pode se dar de forma nominativa, ou conhecidos pela sociedade.
escritural.
Ações nominativas: a propriedade das ações nominativas, que 1.6.2. Classes de ação
é uma ação representada por cautela ou certificado, presume-se Em relação às classes, as ações podem ser distribuídas pelos
pela inscrição do nome do acionista no livro de “Registro de Ações estatutos segundo os direitos, deveres ou obrigações que conferem
Nominativas” ou pelo extrato fornecido pela instituição custodian- aos acionistas. Cada classe será identificada por uma letra na sequ-
te, na qualidade de proprietária fiduciária das ações (art. 31 da Lei ência do alfabeto (A, B, C…).
nº 6.404/1976). A divisão das ações em classes distintas, assim como já dito em
Para que haja a efetivação de sua transferência, é necessário relação às espécies, é fundamental para que a companhia atraia
que tudo esteja devidamente documentado e levado a registro no o maior número possível de investidores, já que cada um possui
livro de “Transferência de Ações Nominativas”, datado e assinado interesse distinto em relação à sociedade e com a diversificação de
pelo cedente e pelo cessionário, ou seus legítimos representantes produtos, fica mais fácil atrair todo tipo de sócio acionista.
(art. 31, §1º, da Lei nº 6.404/1976). As ações ordinárias da companhia fechada e as ações preferen-
O registro no livro, portanto, é condição indispensável para que ciais da companhia aberta e fechada poderão ser de uma ou mais
se opere validamente a transferência da propriedade da ação. classes (art. 15, §1º, da Lei nº 6.404/1976).
Ações escriturais: não existe emissão de certificado, não são
materializadas em um documento (são incorpóreas), assim, não 1.6.3. Valor da ação
ocorre movimentação física na sua negociação. Existem diversos critérios para quantificar uma ação, e o uso
O estatuto da companhia pode autorizar ou estabelecer que deles varia conforme o motivo que exige a valoração. Na lição do
todas as ações da companhia, ou uma ou mais classes delas, sejam Prof. Fábio Ulhoa, a ação pode ter os seguintes valores:
mantidas em contas de depósito, em nome de seus titulares, na Valor nominal: é resultante da operação matemática de divisão
instituição que designar, sem emissão de certificados (art. 34 da Lei do valor do capital social pelo número total de ações.
nº 6.404/1976). É possível a emissão de ações sem valor nominal, ou até mesmo
As ações escriturais, portanto, são mantidas em contas de de- com preço superior ao seu valor nominal, dessa forma, nem sempre
pósito junto a instituições financeiras indicadas pela companhia, o capital social da companhia corresponderá à soma das contribui-
desde que autorizadas pela CVM para prestar esse tipo de serviço ções dos sócios pelas ações subscritas. Sendo vedado, entretanto,
(art. 34, §2º da Lei nº 6.404/1976). conforme redação do artigo 13, caput, da Lei nº 6.404/1976, a emis-
são de ações por preço inferior ao seu valor nominal.
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Nas ações sem valor nominal, é possível destinar parte do preço Também é vedado ao o estatuto social ou a assembleia geral
de emissão para a formação de reserva de capital, não computando elidir os meios, processos ou ações que a lei confere ao acionista
no capital social (art. 14, parágrafo único, da Lei nº 6.404/1976). para assegurar os seus direitos (art. 109, §2º, da Lei nº 6.404/1976).
E a contribuição nas ações subscritas com preço superior ao Por fim, é direito de todo acionista receber dividendos (lucros)
nominal, determina a lei que o excedente, chamado de ágio, tam- ao fim de cada exercício (art. 202 da Lei nº 6.404/1976).
bém seja destinado à formação de reserva de capital (art. 13, § 2º, A assembleia geral poderá suspender o exercício dos direitos
da Lei nº 6.404/1976). do acionista que deixar de cumprir obrigação imposta pela lei ou
Valor patrimonial: é o valor da participação do titular da ação pelo estatuto, cessando a suspensão logo que cumprida a obrigação
no patrimônio líquido da companhia (constante de um balanço pa- (art. 120 da Lei nº 6.404/1976).
trimonial). Resulta da operação matemática de divisão do patrimô-
nio líquido pelo número de ações em que se divide o capital social. 1.6.4.1. Direito a voto
É o valor devido ao acionista em caso de liquidação da sociedade ou As ações ordinárias conferem aos seus titulares o direito a voto
amortização da ação. nas deliberações da assembleia geral.
Valor de negociação: é o preço que o titular da ação consegue Já para as preferenciais, estatuto poderá deixar de conferir al-
obter vendendo-a. O valor de negociação, a ser pago pelo com- gum ou alguns dos direitos reconhecidos às ações ordinárias, inclu-
prador ao vendedor da ação, é definido por uma série de fatores sive o de voto, ou conferi-lo com restrições, observado o disposto
econômicos, como as perspectivas de rentabilidade, o patrimônio no já citado artigo 109 do CC (art. 111, caput, da Lei nº 6.404/1976).
líquido da sociedade, o desempenho do setor em que ela atua, a A exclusão/restrição do benefício ao voto é possível diante de
própria conjuntura macroeconômica etc. sua ausência no rol dos direitos essenciais conferido aos acionistas.
Valor econômico: é o calculado por avaliadores de ativos, por Cada ação ordinária corresponde a um voto nas deliberações
meio de técnicas específicas (por exemplo, a do “fluxo de caixa des- da assembleia geral e estatuto pode estabelecer limitação ao nú-
contado”), e representa o valor que seria racional pagar por uma mero de votos de cada acionista. É vedado atribuir mais de um voto
ação, tendo em vista as perspectivas de rentabilidade da compa- a uma mesma ação (voto plural) a qualquer classe de ações (art.
nhia emissora. 110 da Lei nº 6.404/1976).
Valor de emissão: é o preço pago por quem subscreve a ação, à Contudo, é possível que as ações preferenciais sem poder de
vista ou parceladamente. Destina-se a mensurar a contribuição que voto, ou com poder restrito, adquiram o exercício desse direito se a
o acionista dá para o capital social (e, eventualmente, para a reserva companhia, pelo prazo previsto no estatuto, não superior a 03 exer-
de capital) da companhia, bem como o limite de sua responsabili- cícios consecutivos, deixar de pagar os dividendos fixos ou mínimos
dade subsidiária. a que fizerem jus, direito que conservarão até o pagamento, se
O preço de emissão, quando da constituição da sociedade, é fi- tais dividendos não forem cumulativos, ou até que sejam pagos os
xado pelos fundadores, e caso esse preço seja superior ao seu valor cumulativos em atraso (art. 111, §§ 1º e 2º, da Lei nº 6.404/1976).
nominal (vedada emissão por preço inferior), a diferença, chamada O estatuto poderá estipular que o disposto acima vigore ape-
de ágio, não compõe o capital social da companhia, devendo ser nas a partir do término da implantação do empreendimento inicial
contabilizada em conta específica, denominada reserva de capital da companhia (art. 111, § 3º, da Lei nº 6.404/1976).
(art. 13, § 2º, da Lei nº 6.404/1976).
1.6.4.1.1. Abuso e conflito de interesse
1.6.4. Direitos e obrigações conferidos pelas ações A lei também se preocupou em coibir o abuso do direito de
Conforme já estudado, as ações podem trazer direitos e deve- voto e vedar o exercício do direito de voto nos casos em que haja
res distintos aos seus titulares. No entanto, existem certas prerroga- conflito de interesses entre o acionista e a companhia, nas delibe-
tivas que são conferidas a todos os acionistas, independentemente rações.
da espécie de ação que ele detenha. São direitos que nem mesmo a Considerar-se abusivo o voto exercido com o fim de causar
assembleia geral, ou o estatuto social podem suprimir. dano à companhia ou a outros acionistas, ou de obter, para si ou
Conforme estabelecido pelo artigo 109 da Lei nº 6.404/1976, para outrem, vantagem a que não faz jus e de que resulte, ou pos-
são direitos essenciais de todos os acionistas: sa resultar, prejuízo para a companhia ou para outros acionistas. O
I – Participar dos lucros sociais; acionista responderá pelos danos causados pelo exercício abusivo
II – Participar do acervo da companhia, em caso de liquidação; do direito de voto, ainda que seu voto não haja prevalecido (art.
III – Fiscalizar, na forma prevista nesta Lei, a gestão dos negó- 115, caput e §3º, da Lei nº 6.404/1976).
cios sociais; O acionista não poderá votar nas deliberações da assembleia
IV – Preferência para a subscrição de ações, partes benefici- geral relativas ao laudo de avaliação de bens com que concorrer
árias conversíveis em ações, debêntures conversíveis em ações e para a formação do capital social e à aprovação de suas contas
bônus de subscrição, observado o disposto nos artigos 171 e 172; como administrador, nem em quaisquer outras que puderem be-
V – Retirar-se da sociedade nos casos previstos nesta Lei. neficiá-lo de modo particular, ou em que tiver interesse conflitante
com o da companhia (art. 115, §1º, da Lei nº 6.404/1976).
Conforme importante ressalva feita pelo art. 171,§3º, da Lei nº Por fim, a deliberação tomada em decorrência do voto de acio-
6.404/1976, os acionistas terão direito de preferência para subs- nista que tem interesse conflitante com o da companhia é anulável,
crição das emissões de debêntures conversíveis em ações, bônus e o acionista responderá pelos danos causados, além de ser obri-
de subscrição e partes beneficiárias conversíveis em ações emitidas gado a transferir para a companhia as vantagens que tiver auferido
para alienação onerosa; mas na conversão desses títulos em ações, (art. 115, §4º, da Lei nº 6.404/1976).
ou na outorga e no exercício de opção de compra de ações, não
haverá direito de preferência.
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1.6.5. Acionista controlador Na hipótese do item V, o administrador ou fiscal que praticar o


O acionista controlador, conforme disposto no artigo 116 da ato ilegal responde solidariamente com o acionista controlador (art.
Lei nº 6.404/1976 é aquele, pessoa física, jurídica ou grupo de pes- 117, §2º, da Lei nº 6.404/1976).
soas vinculadas por acordo de voto, que gerencia a companhia por
deter: O acionista controlador que exerce cargo de administrador ou
I – Percentual de capital votante que confira maioria na assem- fiscal também terá os deveres e responsabilidades próprios do car-
bleia e possibilidade de eleição da maioria dos administradores da go (art. 117, §3º, da Lei nº 6.404/1976).
companhia (requisito objetivo). Por derradeiro, cabe ressaltar que as ações que dão poder de
II – Uso efetivo do percentual do capital votante para comandar controle costumam ser negociadas por valor bem superior em re-
a gestão dos negócios sociais (requisito subjetivo). lação às ordinárias emitidas pela mesma sociedade. A diferença é
O acionista controlador deve usar seu poder com o fim de fazer chamada de “prêmio de controle”.
a companhia realizar o seu objeto e cumprir sua função social. Ele
tem deveres e responsabilidades para com os demais acionistas da 1.6.5.1. Espécies de poder de controle
empresa, os que nela trabalham e para com a comunidade em que O poder de controle pode ser dividido em quatro modalidades:
atua, cujos direitos e interesses deve lealmente respeitar e atender Controle totalitário: todos os acionistas possuem direito de
(art. 116, parágrafo único, da Lei nº 6.404/1976). voto. Todos podem exercer o controle da sociedade.
Controle majoritário: controle exercido por aquele que detém
O acionista controlador da companhia aberta e os acionistas, a maioria das ações com direito a voto.
ou grupo de acionistas, que elegerem membro do conselho de ad- Controle minoritário: controle assumido por quem detém me-
ministração ou membro do conselho fiscal, deverão informar ime- nos da metade das ações com direito a voto, diante da pulverização
diatamente as modificações em sua posição acionária na compa- do capital social.
nhia à CVM e às Bolsas de Valores ou entidades do mercado de Com bem observado pelo Prof. André Ramos, o poder de con-
balcão organizado nas quais os valores mobiliários de emissão da trole assumido por acionista minoritário “é possível, sobretudo, em
companhia estejam admitidos à negociação, nas condições e na for- razão do quórum de instalação da assembleia geral previsto no art.
ma determinadas pela CVM (art. 116-A da Lei nº 6.404/1976). 125 da Lei nº 6.404/1976, que permite a instalação da assembleia,
Haverá, ainda, responsabilização do controlador que usar seu em segunda convocação, com a presença de qualquer número de
poder de forma abusiva. Conforme disposto no artigo 117, §1º, da acionistas com direito de voto”.
Lei nº 6.404/1976, são atos praticados com abuso de poder: Controle gerencial: trata-se de modalidade de poder de con-
I – Orientar a companhia para fim estranho ao objeto social ou trole presente nas grandes companhias de capital aberto, em que
lesivo ao interesse nacional, ou levá-la a favorecer outra sociedade, o universo de acionistas é enorme, havendo extrema dispersão das
brasileira ou estrangeira, em prejuízo da participação dos acionistas ações, onde o poder de controle fica nas mãos dos administradores,
minoritários nos lucros ou no acervo da companhia, ou da econo- assumindo os acionistas a posição de meros investidores.
mia nacional;
II – Promover a liquidação de companhia próspera, ou a trans- 1.6.5.2. Alienação de controle
formação, incorporação, fusão ou cisão da companhia, com o fim Como forma de garantir aos sócios minoritários o direito de
de obter, para si ou para outrem, vantagem indevida, em prejuízo deixar a sociedade, caso o controle social seja adquirido por uma
dos demais acionistas, dos que trabalham na empresa ou dos inves- pessoa que antes não fazia parte da companhia, o lei estabeleceu
tidores em valores mobiliários emitidos pela companhia; um mecanismo que garante o direito aos acionistas em ter suas
III – promover alteração estatutária, emissão de valores mo- ações com direito de voto recompradas pelo preço de no mínimo
biliários ou adoção de políticas ou decisões que não tenham por 80% do valor pago pelas ações, caso queiram vender.
fim o interesse da companhia e visem a causar prejuízo a acionistas Esse importante instrumento de proteção é denominado de
minoritários, aos que trabalham na empresa ou aos investidores em tag along, também conhecido como direito de venda conjunta ou
valores mobiliários emitidos pela companhia; cláusula de saída conjunta.
IV – Eleger administrador ou fiscal que sabe inapto, moral ou É o que diz o artigo 254-A da Lei nº 6.404/1976: “a alienação,
tecnicamente; direta ou indireta, do controle de companhia aberta somente po-
V – Induzir, ou tentar induzir, administrador ou fiscal a praticar derá ser contratada sob a condição, suspensiva ou resolutiva, de
ato ilegal, ou, descumprindo seus deveres definidos nesta Lei e no que o adquirente se obrigue a fazer oferta pública de aquisição das
estatuto, promover, contra o interesse da companhia, sua ratifica- ações com direito a voto de propriedade dos demais acionistas da
ção pela assembleia geral; companhia, de modo a lhes assegurar o preço no mínimo igual a
VI – Contratar com a companhia, diretamente ou através de 80% do valor pago por ação com direito a voto, integrante do bloco
outrem, ou de sociedade na qual tenha interesse, em condições de de controle”.
favorecimento ou não equitativas; Os titulares de ações preferenciais sem direito a voto só têm
VII – aprovar ou fazer aprovar contas irregulares de adminis- direito de saída conjunta se previsto como vantagem estatutária.
tradores, por favorecimento pessoal, ou deixar de apurar denúncia Entende-se como alienação de controle a transferência, de for-
que saiba ou devesse saber procedente, ou que justifique fundada ma direta ou indireta, de ações integrantes do bloco de controle,
suspeita de irregularidade; de ações vinculadas a acordos de acionistas e de valores mobiliá-
VIII – subscrever ações, para os fins do disposto no art. 170, rios conversíveis em ações com direito a voto, cessão de direitos
com a realização em bens estranhos ao objeto social da companhia. de subscrição de ações e de outros títulos ou direitos relativos a

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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

valores mobiliários conversíveis em ações que venham a resultar na III – A subordinação da oferta ao número mínimo de aceitantes
alienação de controle acionário da sociedade (art. 254-A, §1º, da e a forma de rateio entre os aceitantes, se o número deles ultrapas-
Lei nº 6.404/1976). sar o máximo fixado;
A CVM autorizará a alienação do poder de controle da compa- IV – O procedimento que deverá ser adotado pelos acionistas
nhia, desde que verificado que as condições da oferta pública de aceitantes para manifestar a sua aceitação e efetivar a transferência
aquisição (OPA) atendem aos requisitos legais. Compete à CVM es- das ações;
tabelecer normas a serem observadas (art. 254-A, §§ 2º e 3º, da Lei V – O prazo de validade da oferta, que não poderá ser inferior
nº 6.404/1976). a 20 (vinte) dias;
O adquirente do controle acionário de companhia aberta po- VI – Informações sobre o ofertante. Parágrafo único. A oferta
derá oferecer aos acionistas minoritários a opção de permanecer será comunicada à Comissão de Valores Mobiliários dentro de 24
na companhia, mediante o pagamento de um prêmio equivalen- horas da primeira publicação.
te à diferença entre o valor de mercado das ações e o valor pago
por ação integrante do bloco de controle (art. 254-A, §4º, da Lei nº E até a publicação da oferta, o ofertante, a instituição financei-
6.404/1976). ra intermediária e a CVM devem manter sigilo sobre a oferta pro-
jetada, respondendo o infrator pelos danos que causar (art. 260 da
1.6.5.3. Oferta Pública de Aquisição (OPA) Lei nº 6.404/1976).
A oferta pública para aquisição de ação (OPA) visando o con- É possível a existência de ofertas públicas concomitantemente?
trole de companhia aberta também é conhecido como take over. Sim, a existência de oferta pública em curso não impede outra
Take over, portanto, é uma técnica de aquisição do controle de oferta concorrente.
uma companhia. Há a oferta, por um “agressor”, das ações de uma A publicação de oferta concorrente torna nulas as ordens de
determinada companhia (alvo), com o objetivo de obter o controle venda que já tenham sido firmadas em aceitação de oferta ante-
dela. rior, sendo facultado ao primeiro ofertante prorrogar o prazo de sua
É uma alternativa às aquisições convencionais, permitindo ao oferta até fazê-lo coincidir com o da oferta concorrente (art. 262 da
ofertante adquirir o poder de controle sem a necessidade de prévia Lei nº 6.404/1976).
negociação com controladores diluídos da companhia.
Uma OPA pode ser amigável ou hostil. 1.7. Demais valores mobiliários
Diz-se amigável quando ela é precedida de negociação com o Além das ações, principal valor mobiliário emitido por uma S/A,
Conselho de Administração de companhia a ser adquirida e o con- as sociedades anônimas também podem emitir debêntures, partes
selho considera a proposta vantajosa, recomendando aos acionistas beneficiárias, bônus de subscrição, Commercial papers.
que a aceitem. Debêntures: espécie de valor mobiliário emitido pelas socie-
Por outro lado, é hostil (hostile takeover) a OPA que é feita sem dades anônimas que representam empréstimos contraídos por ela,
prévia negociação ou quando a sociedade promotora da oferta de- conferindo aos debenturistas um direito de crédito (título executivo
cide prosseguir com a oferta mesmo após a rejeição inicial do Con- extrajudicial), nos termos do que dispuser a sua escritura de emis-
selho de Administração. são ou o seu certificado. As debentures não conferem aos adqui-
A oferta pública para aquisição de controle de companhia aber- rentes o direito de ser acionista, apesar de poder ser convertida
ta somente poderá ser feita com a participação de instituição finan- em ações.
ceira que garanta o cumprimento das obrigações assumidas pelo A companhia poderá emitir debêntures que conferirão aos
ofertante (art. 257 da Lei nº 6.404/1976). seus titulares direito de crédito contra ela, nas condições constan-
A OPA deverá ter por objeto ações com direito a voto em nú- tes da escritura de emissão e, se houver, do certificado (art. 52 da
mero suficiente para assegurar o controle da companhia e será irre- Lei nº 6.404/1976).
vogável (art. 257, §2º, da Lei nº 6.404/1976). A debênture terá valor nominal expresso em moeda nacional,
salvo nos casos de obrigação que, nos termos da legislação em vi-
Caso o ofertante já seja titular de ações votantes do capital da gor, possa ter o pagamento estipulado em moeda estrangeira, além
companhia, a oferta poderá ter por objeto o número de ações ne- de poder conter cláusula de correção monetária, com base nos coe-
cessário para completar o controle, mas o ofertante deverá fazer ficientes fixados para correção de títulos da dívida pública, na varia-
prova, perante a CVM, das ações de sua propriedade (art. 257, §3º, ção da taxa cambial ou em outros referenciais não expressamente
da Lei nº 6.404/1976). vedados em lei (art. 54 da Lei nº 6.404/1976).
A CVM poderá expedir normas sobre oferta pública de aquisi- Partes beneficiárias: títulos negociáveis, sem valor nominal, e
ção de controle. Se a oferta contiver permuta, total ou parcial, dos estranhos ao capital social, que conferem direito de crédito even-
valores mobiliários, somente poderá ser efetuada após prévio regis- tual contra a sociedade, provenientes da participação nos lucros,
tro na CVM (art. 257, §§ 1º e 4º, da Lei nº 6.404/1976). caso haja, a depender do resultado da S/A. Podem ser emitidos
De acordo com o artigo 258 da Lei nº 6.404/1976, o instrumen- pela companhia a qualquer tempo (art. 46, caput e §1º, da Lei nº
to de oferta de compra, firmado pelo ofertante e pela instituição 6.404/1976).
financeira que garante o pagamento, será publicado na imprensa e Para que não haja um excessivo endividamento da companhia
deverá indicar: com prejuízo aos acionistas em receber seus dividendos ao final
I – O número mínimo de ações que o ofertante se propõe a do exercício social, a lei impõe um limite de comprometimento em
adquirir e, se for o caso, o número máximo; um décimo (10%) dos lucros para a participação atribuída às partes
II – O preço e as condições de pagamento; beneficiárias, inclusive para formação de reserva para resgate, se
houver (art. 46, §2º, da Lei nº 6.404/1976).

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a solução para o seu concurso!
CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

É vedado conferir às partes beneficiárias qualquer direito priva- nista poderá participar e votar a distância (através de videoconfe-
tivo de acionista, salvo o de fiscalizar, nos termos desta Lei, os atos rência ou sistema equivalente), nos termos da regulamentação da
dos administradores, como também é proibido a criação de mais de CVM (art. 121 da Lei 6.404/76).
uma classe ou série de partes beneficiárias (art. 46, §§ 3º e 4º, da Desta forma, podemos constatar que a assembleia geral é o ór-
Lei nº 6.404/1976). gão deliberativo máximo da companhia, em razão das matérias de
Também é vedado às companhias abertas emitir partes benefi- sua competência para votação (tratar de todo e qualquer assunto
ciárias (art. 47, parágrafo único, da Lei nº 6.404/1976). relacionado ao objeto social) e por ser composta por todos os seus
Além de ser mais um mecanismo de captação de recursos junto acionistas (alguns com direito a voto, outros apenas com direito de
a investidores, como os demais valores mobiliários, as partes be- apresentar sugestões).
neficiárias poderão ser alienadas pela companhia como remunera-
ção de serviços prestados à companhia (art. 47, caput, da Lei nº 1.8.1.2. Competência Privativa
6.404/1976). Na prática, questões de pouca relevância para companhia são
Assim como ocorre nas debentures, também é possível a con- tratadas pelo concelho de administração, órgão cuja convocação e
versão das partes beneficiárias em ações, mediante capitalização realização de deliberações se faz com menos formalidade, todavia,
de reserva criada para esse fim, basta que haja previsão estatutária certas matérias são de competência privativa da assembleia geral.
para tanto (art. 48, §2º, da Lei nº 6.404/1976). Nos termos do artigo 122 da Lei nº 6.404/76, compete privati-
Bônus de subscrição: títulos negociáveis emitidos pela com- vamente à assembleia geral:
panhia, dentro do limite de aumento de capital autorizado no es- I – Reformar o estatuto social;
tatuto, que conferem ao seu titular, nas condições constantes do II – Eleger ou destituir, a qualquer tempo, os administradores e
certificado, o direito de preferência para subscrever novas ações da fiscais da companhia, ressalvado o disposto no inciso II do art. 142;
companhia emissora, em um futuro aumento de capital (art. 75 da III – Tomar, anualmente, as contas dos administradores e de-
Lei nº 6.404/1976). liberar sobre as demonstrações financeiras por eles apresentadas;
Commercial papers: consistem em promessa de pagamento IV – Autorizar a emissão de debêntures, ressalvado o disposto
(uma espécie de nota promissória) com o objetivo de conseguir re- nos §§ 1o, 2o e 4o do art. 59;
cursos de curto prazo, emitida pela sociedade anônima geralmente V – Suspender o exercício dos direitos do acionista (art. 120);
com problemas momentâneos de liquidez, permitindo o aumento VI – Deliberar sobre a avaliação de bens com que o acionista
do seu capital de giro. É uma alternativa ao empréstimo bancário. concorrer para a formação do capital social;
Sua finalidade é bem parecida com as debêntures, opções ao VII – Autorizar a emissão de partes beneficiárias;
empréstimo bancário, para a captação de recursos. Entretanto, as VIII – Deliberar sobre transformação, fusão, incorporação e ci-
debêntures são utilizadas para a obtenção de recursos a longo pra- são da companhia, sua dissolução e liquidação, eleger e destituir
zo, enquanto a emissão de commercial papers objetiva conseguir liquidantes e julgar-lhes as contas; e
recursos a curto prazo. IX – Autorizar os administradores a confessar falência e pedir
concordata.
O prazo de vencimento se emitido por companhias fechadas Em caso de urgência, a confissão de falência ou o pedido de
é de 30 a 180 dias, e quando emitido por companhias abertas, o concordata poderá ser formulado pelos administradores, com a
prazo de vencimento é de 30 a 360 dias. concordância do acionista controlador, se houver, convocando-se
imediatamente a assembleia geral, para manifestar-se sobre a ma-
1.8. Órgãos societários téria (art. 122, parágrafo único, da Lei 6.404/76).
Quatro são os principais órgãos da companhia: a assembleia Para essa hipótese, a assembleia geral deliberará apenas para
geral, o conselho de administração, a diretoria e o conselho fiscal. ratificar ou não o ato de urgência praticado pelos administradores.
Além destes, a depender do tamanho e da complexidade da em-
presa exercida pela companhia, o estatuto poderá prever livremen- 1.8.1.3. Competência para convocação
te a existência de outros órgãos técnicos de assessoramento ou de Surgindo então a necessidade de deliberação por assembleia
execução. geral, compete ao conselho de administração, se houver, ou aos
Cabe ressaltar que alguns órgãos surgem por demandas jurídi- diretores, observado o disposto no estatuto, sua convocação (art.
cas e outros por objetivos puramente administrativos. 123, caput, da Lei 6.404/76).
A lei das S.A. não disciplina a atuação desses órgãos sociais na Todavia, esta convocação não é de competência exclusiva do
companhia. Cabendo, portanto, ao estatuto social cuidar das regras conselho de administração ou da diretoria, a lei também prevê hi-
sobre sua criação, organização, estrutura, composição, funciona- póteses especiais em que ela pode ser convocada por outros órgãos
mento e função. A disciplina desses órgãos, portanto, é estatutá- ou mesmo por acionistas.
ria[20]. Desta forma, segundo o parágrafo único do artigo 123 da Lei da
Vamos à análise de cada uma delas. S.A., assembleia geral também pode ser convocada:
1.8.1. Assembleia geral I – Pelo conselho fiscal, nos casos previstos no número V, do
artigo 163;
1.8.1.1 disposições gerais II – Por qualquer acionista, quando os administradores retarda-
A assembleia geral, convocada e instalada de acordo com a lei e rem, por mais de 60 dias, a convocação nos casos previstos em lei
o estatuto, tem poderes para decidir todos os negócios relativos ao ou no estatuto;
objeto da companhia e tomar as resoluções que julgar convenientes
à sua defesa e desenvolvimento. Nas companhias abertas, o acio-

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III – Por acionistas que representem 5%, no mínimo, do capital social, quando os administradores não atenderem, no prazo de 8 dias,
a pedido de convocação que apresentarem, devidamente fundamentado, com indicação das matérias a serem tratadas;
IV – Por acionistas que representem 5%, no mínimo, do capital votante, ou 5%, no mínimo, dos acionistas sem direito a voto, quando
os administradores não atenderem, no prazo de 8 dias, a pedido de convocação de assembleia para instalação do conselho fiscal.

Ressalte-se que as hipóteses de convocação de assembleia por parte dos acionistas se dá, em suma, para os casos de inércia dos ór-
gãos originariamente competentes para tanto.

1.8.1.4. Modo de convocação e local


Em relação à convocação da assembleia, ela será feita mediante anúncio publicado por 3 vezes, no mínimo, contendo, além do local,
data e hora da assembleia, a ordem do dia, e, no caso de reforma do estatuto, a indicação da matéria (art. 124, caput, da Lei 6.404/76).
Destaca-se aqui a preocupação da lei com a divulgação do ato de convocação a fim de garantir que os acionistas interessados possam
comparecer e defender seus interesses.
Nos termos do §1º do mesmo artigo 124 da lei especial, a primeira convocação da assembleia geral deverá ser feita:
I – Na companhia fechada, com 8 dias de antecedência, no mínimo, contado o prazo da publicação do primeiro anúncio; não se reali-
zando a assembleia, será publicado novo anúncio, de segunda convocação, com antecedência mínima de 5 dias;
II – Na companhia aberta, o prazo de antecedência da primeira convocação será de 15 dias e o da segunda convocação de 8 dias.
E mesmo que não haja cumprimento das formalidades legais previstas neste artigo, será considerada regular a assembleia geral quan-
do comparecerem todos os acionistas (art. 124, §4º, da Lei 6.404/76).
Nas companhias fechadas, o acionista que representar 5%, ou mais, do capital social, será convocado por telegrama ou carta registra-
da, expedidos com a antecedência prevista no § 1º do artigo 124, desde que o tenha solicitado, por escrito, à companhia, com a indicação
do endereço completo e do prazo de vigência do pedido, não superior a 2 exercícios sociais, e renovável; essa convocação não dispensa a
publicação do aviso previsto no § 1º, e sua inobservância dará ao acionista direito de haver, dos administradores da companhia, indeniza-
ção pelos prejuízos sofridos (art. 124, §3º, da Lei 6.404/76).
E para finalizar o assunto quanto aos procedimentos de convocação, há de se ressaltar que as companhias abertas, com ações admiti-
das à negociação em bolsa de valores, deverão remeter, na data da publicação do anúncio de convocação da assembleia, à bolsa de valores
em que suas ações forem mais negociadas, os documentos postos à disposição dos acionistas para deliberação na assembleia geral (art.
124, §6º, da Lei 6.404/76).
Quanto ao local de sua realização, salvo motivo de força maior, a assembleia geral realizar-se-á no edifício onde a companhia tiver a
sede; quando houver de efetuar-se em outro, os anúncios indicarão, com clareza, o lugar da reunião, que em nenhum caso poderá reali-
zar-se fora da localidade da sede (art. 124, §2º, da Lei 6.404/76).

1.8.1.5. Quórum de instalação


Quanto ao quórum de instalação, ressalvadas as exceções previstas em lei, a assembleia geral somente se instalará validamente, em
primeira convocação, com a presença de acionistas que representem, no mínimo, ¼ (um quarto) do capital social com direito de voto; em
segunda convocação instalar-se-á com qualquer número (art. 125, caput, da Lei 6.404/76).
Os acionistas sem direito de voto podem comparecer à assembleia geral e discutir a matéria submetida à deliberação (art. 125, pará-
grafo único, da Lei 6.404/76).
Isto porque, apesar de nem todos os acionistas terem direito a voto, como já estudado, eles possuem o chamado direito de voz, que
lhes permite discutir as matérias em debate antes da decisão ser tomada.

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Quóruns de instalação na S.A.


Primeira chamada Segunda chamada
2/3 do capital social votante se houver
1/4 do capital social votante. proposta de reforma dos estatutos. Qualquer número de acionistas.

1.8.1.6 Legitimação e representação


Nos termos do artigo 126 da Lei 6.404/76, todos os que comparecerem à assembleia geral devem comprovar a sua qualidade de acio-
nista, observadas os seguintes requisitos:
I – Os titulares de ações nominativas exibirão, se exigido, documento hábil de sua identidade;
II – Os titulares de ações escriturais ou em custódia nos termos do art. 41, além do documento de identidade, exibirão, ou depositarão
na companhia, se o estatuto o exigir, comprovante expedido pela instituição financeira depositária.
III – Os titulares de ações ao portador exibirão os respectivos certificados, ou documento de depósito nos termos do número II;
IV – Os titulares de ações escriturais ou em custódia nos termos do artigo 41, além do documento de identidade, exibirão, ou deposi-
tarão na companhia, se o estatuto o exigir, comprovante expedido pela instituição financeira depositária.

É possível ainda que o acionista seja representado na assembleia geral por procurador constituído há menos de 1 ano, que seja acio-
nista, administrador da companhia ou advogado; na companhia aberta, o procurador pode, ainda, ser instituição financeira, cabendo ao
administrador de fundos de investimento representar os condôminos (art. 126, §1º, da Lei 6.404/76).
É possível, ainda, que o acionista seja representado no ato por seu representante legal, coso não possa ou não queira comparecer
pessoalmente (art. 126, §4º, da Lei 6.404/76).
1.8.1.7. Livro de presença e mesa
Antes de abrir-se a assembleia, os acionistas assinarão o “Livro de Presença“, indicando o seu nome, nacionalidade e residência, bem
como a quantidade, espécie e classe das ações de que forem titulares (art. 127, caput, da Lei 6.404/76).
Ressalte-se que as formalidades previstas em lei para a assembleia também se fazem presentes durante sua realização.
E mesmo à distância, considera-se presente em assembleia geral, para todos os efeitos desta Lei, o acionista que registrar a sua pre-
sença, na forma prevista em regulamento da CVM (art. 127, parágrafo único, da Lei 6.404/76).
Por fim, instalada a assembleia, os trabalhos serão dirigidos por mesa composta, salvo disposição diversa do estatuto, de presidente e
secretário, escolhidos pelos acionistas presentes (art. 128 da Lei 6.404/76).

1.8.1.8. Quórum das deliberações


Instalada a assembleia, em primeira ou segunda convocação, conforme o caso, assinado o livro de presença por todos os que compa-
recerem e composta a mesa que presidirá os trabalhos, poderá a assembleia geral passar a discutir as matérias e deliberar sobre elas. Para
tanto, todavia, será preciso observar o quórum de deliberação, o qual, em regra, é de maioria dos acionistas com direito a voto presentes
à sessão.
Apesar do caput do artigo 129 falar em “maioria absoluta de votos”, na verdade ela quis se referir à maioria simples, ou seja, maioria
dos presentes. Isto porque, diante da necessidade de apenas 1/4 dos acionistas com direito de voto, em primeira convocação, e de qual-
quer número de acionistas, em segunda convocação, para a instalação da assembleia geral, entender que seria necessário o voto de mais
de 50% de todos os acionistas com direito a voto (maioria absoluta de votos) para deliberar sobre algum tema, significa que na maioria das
vezes nada será deliberado, diante da não obtenção do quórum suficiente para tanto.
Todavia, o estatuto da companhia fechada (é vedado no caso das companhias abertas) pode aumentar o quórum exigido para certas
deliberações, desde que especifique as matérias (art. 129, §1º, da Lei 6.404/76). Trata-se do que alguns doutrinadores chamam de quórum
estatutário, que consiste em aumentar o quórum estabelecido para determinada matéria.
Segundo o Prof. André Ramos, “ao estabelecer o quórum estatutário para determinada matéria, a companhia fechada cria o que a
doutrina chama de “minoria de bloqueio”, importantíssimo mecanismo de defesa dos acionistas minoritários, que pode chegar a prever
até mesmo a necessidade de deliberação unânime para a aprovação de determinadas matérias”.
Cabe ressaltar que além do quórum normal previsto pelo artigo 129 da Lei 6.404/76, há ainda um artigo especifico tratando do quó-
rum qualificado estabelecido para a deliberação sobre certas matérias especiais.
Desta forma, estabelece o artigo 136 da Lei da S.A. que é necessária a aprovação de acionistas que representem, no mínimo, 50%
das ações com direito a voto (independentemente do número de acionistas presentes), se maior quórum não for exigido pelo estatuto da
companhia cujas ações não estejam admitidas à negociação em bolsa ou no mercado de balcão, para deliberação sobre:
I – Criação de ações preferenciais ou aumento de classe de ações preferenciais existentes, sem guardar proporção com as demais
classes de ações preferenciais, salvo se já previstos ou autorizados pelo estatuto;
II – Alteração nas preferências, vantagens e condições de resgate ou amortização de uma ou mais classes de ações preferenciais, ou
criação de nova classe mais favorecida;
III – Redução do dividendo obrigatório;
IV – Fusão da companhia, ou sua incorporação em outra;
V – Participação em grupo de sociedades (art. 265);
VI – Mudança do objeto da companhia;

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VII – Cessação do estado de liquidação da companhia; 1.8.1.10. Assembleia Geral Ordinária e Assembleia Geral Extra-
VIII – Criação de partes beneficiárias ordinária
IX – Cisão da companhia; A assembleia geral pode ser ordinária (AGO) quando tem por
X – Dissolução da companhia. objeto as matérias previstas no artigo 132, ou extraordinária (AGE)
nos demais casos (art. 131, caput, da Lei 6.404/76).
Por fim, em caso de empate, se o estatuto não estabelecer Visando simplificar o procedimento, a AGO e a AGE poderão
procedimento de arbitragem e não contiver norma diversa, a as- ser, cumulativamente, convocadas e realizadas no mesmo local,
sembleia será convocada, com intervalo mínimo de 02 meses, para data e hora, instrumentadas em ata única (art. 131, parágrafo úni-
votar a deliberação; se permanecer o empate e os acionistas não co, da Lei 6.404/76).
concordarem em cometer a decisão a um terceiro, caberá ao Poder
Judiciário decidir, no interesse da companhia (art. 129, §2º, da Lei 1.8.1.10.1. Assembleia Geral Ordinária (AGO)
6.404/76). Na assembleia geral ordinária, a instalação e funcionamento
são normais e periódicos (não se trata de uma convocação excep-
Como visto, cabe ao estatuto disciplinar o procedimento ado- cional ou emergencial). Ela ocorrerá ao menos 1 vez por ano e deli-
tado em caso de empate, como prever a designação de árbitro para berará pelo menos as matérias contidas no artigo 132 da LSA.
resolver a controvérsia, por exemplo. Em caso de omissão, uma Nos termos do artigo 132 da Lei 6.404/76, ela ocorrerá uma vez
nova assembleia deverá ser convocada como pelo menos 02 meses por ano, nos 4 primeiros meses seguintes ao término do exercício
de intervalo mínimo. E persistindo o empata ainda assim, caberá a social, para:
um terceiro ou ao poder judiciário decidir a respeito.
I – Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e
votar as demonstrações financeiras;
Quóruns de deliberação na S.A.
II – Deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício e
Votação de matéria a distribuição de dividendos;
prevista no artigo Demais deliberações Previsão III – Eleger os administradores e os membros do conselho fis-
136 (artigo 129) estatutária cal, quando for o caso;
Obrigatório para a IV – Aprovar a correção da expressão monetária do capital so-
sociedade de capital cial (artigo 167).
Maioria do capital aberto e de capital Obrigatório em
com direito a voto autorizado todas as S.A. Ressalte-se que a AGO tem um procedimento específico que
precede sua realização. Segundo o artigo 133 da lei especial, os ad-
1.8.1.9. Ata da Assembleia ministradores devem comunicar até 1 mês antes da data marcada
Dos trabalhos e deliberações da assembleia será lavrada, em para a realização da assembleia geral ordinária, por anúncios publi-
livro próprio, ata da assembleia assinada pelos membros da mesa cados na forma prevista no artigo 124, que se acham à disposição
e pelos acionistas presentes. Para validade da ata é suficiente a as- dos acionistas:
sinatura de quantos bastem para constituir a maioria necessária I –O relatório da administração sobre os negócios sociais e os
para as deliberações tomadas na assembleia. Da ata tirar-se-ão cer- principais fatos administrativos do exercício findo;
tidões ou cópias autênticas para os fins legais (art. 130, caput, da II – A cópia das demonstrações financeiras;
Lei 6.404/76). III – O parecer dos auditores independentes, se houver.
Visando simplificar o procedimento, o parágrafo primeiro do IV – O parecer do conselho fiscal, inclusive votos dissidentes,
artigo 130 dispõe que a ata poderá ser lavrada na forma de sumário se houver; e
dos fatos ocorridos, inclusive dissidências e protestos, e conter a V – Demais documentos pertinentes a assuntos incluídos na
transcrição apenas das deliberações tomadas, desde que: ordem do dia.
I – Os documentos ou propostas submetidos à assembleia, as-
sim como as declarações de voto ou dissidência, referidos na ata, Instalada a assembleia geral, proceder-se-á, se requerida por
sejam numerados seguidamente, autenticados pela mesa e por qualquer acionista, à leitura dos documentos referidos no artigo
qualquer acionista que o solicitar, e arquivados na companhia; 133 e do parecer do conselho fiscal, se houver, os quais serão sub-
II – A mesa, a pedido de acionista interessado, autentique metidos pela mesa à discussão e votação (art. 134, caput, da Lei
exemplar ou cópia de proposta, declaração de voto ou dissidência, 6.404/76).
ou protesto apresentado. Os administradores da companhia, ou ao menos um deles, e
o auditor independente, se houver, deverão estar presentes à as-
Destaque-se que a assembleia geral da companhia aberta pode sembleia para atender a pedidos de esclarecimentos de acionistas,
autorizar a publicação de ata com omissão das assinaturas dos acio- mas os administradores não poderão votar, como acionistas ou pro-
nistas (art. 130, §2º, da Lei 6.404/76). curadores, os documentos referidos neste artigo (art. 134, §1º, da
E por fim, se a ata não for lavrada na forma permitida pelo § Lei 6.404/76).
1º, poderá ser publicado apenas o seu extrato, com o sumário dos E caso a assembleia necessite de outros esclarecimentos, po-
fatos ocorridos e a transcrição das deliberações tomadas (art. 130, derá adiar a deliberação e ordenar diligências; também será adiada
§3º, da Lei 6.404/76). a deliberação, salvo dispensa dos acionistas presentes, na hipótese
de não comparecimento de administrador, membro do conselho
fiscal ou auditor independente (art. 134, §2º, da Lei 6.404/76).

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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

Ressalte-se ainda que a aprovação, sem reserva, das demons- as quais, como visto, se inserem na sua competência privativa. As
trações financeiras e das contas, exonera de responsabilidade os demais questões de interesse da companhia, portanto, são acome-
administradores e fiscais, salvo erro, dolo, fraude ou simulação (ar- tidas, não raro, ao conselho de administração.
tigo 286) (art. 134, §3º, da Lei 6.404/76). Isso porque, conforme estudado, a assembleia geral é um ór-
Assim, é fundamental que os acionistas votantes tomem bas- gão cuja convocação e realização é muito mais complexa e formal
tante cuidado ao analisar toda a documentação de que trata o ar- em comparação ao conselho de administração. Desta forma, a de-
tigo 133 antes das deliberações, uma vez que elas podem ter re- pender da urgência da matéria tratada, poderia haver atraso nas
percussões importantes no futuro para os negócios da companhia. deliberações, o que poderia acarretar sérios prejuízos aos próprios
1.8.1.10.2. Assembleia Geral Extraordinária (AGE) interesses da sociedade.
Já a assembleia geral extraordinária ocorrerá em situações ex- Desta forma, o conselho de administração funciona como uma
cepcionais (não é algo habitual). Ela poderá ser convocada sempre espécie de microassembleia, o que dinamiza a tomada de decisões
que haja a necessidade de deliberação dos sócios. de interesse da companhia.
A AGE que tiver por objeto a reforma do estatuto somente se Cabe ressaltar que o conselho pode deliberar sobre qualquer
instalará em, primeira convocação, com a presença de acionistas matéria, desde que não seja privativa da assembleia geral.
que representem 2/3, no mínimo, do capital com direito a voto, O conselho de administração é órgão de deliberação colegiada,
mas poderá instalar-se em segunda com qualquer número (art. 135, sendo a representação da companhia privativa dos diretores (art.
caput, da Lei 6.404/76). 138, §1º, da Lei 6.404/76).
Os atos relativos a reformas do estatuto, para valerem contra Nos termos do artigo 140 da Lei 6.404/76, o conselho de ad-
terceiros, ficam sujeitos às formalidades de arquivamento e publi- ministração será composto por no mínimo 3 membros, eleitos pela
cação, não podendo, todavia, a falta de cumprimento dessas forma- assembleia geral e por ela destituíveis a qualquer tempo, devendo
lidades ser oposta, pela companhia ou por seus acionistas, a tercei- o estatuto estabelecer:
ros de boa-fé (art. 135, §1º, da Lei 6.404/76). I – O número de conselheiros, ou o máximo e mínimo permiti-
Trata-se, portanto, de regra geral onde os atos societários de- dos, e o processo de escolha e substituição do presidente do conse-
vem ser levados a registro, como já foi estudado anteriormente. lho pela assembleia ou pelo próprio conselho;
Por fim, os documentos pertinentes à matéria a ser debatida II – O modo de substituição dos conselheiros;
na assembleia geral extraordinária deverão ser postos à disposição III – O prazo de gestão, que não poderá ser superior a 3 anos,
dos acionistas, na sede da companhia, por ocasião da publicação do permitida a reeleição;
primeiro anúncio de convocação da assembleia geral (art. 135, §3º, IV – As normas sobre convocação, instalação e funcionamen-
da Lei 6.404/76). to do conselho, que deliberará por maioria de votos, podendo o
estatuto estabelecer quórum qualificado para certas deliberações,
1.8.2. Os órgãos de administração da companhia desde que especifique as matérias.
A administração é o órgão competente para cumprir as deter-
minações das assembleias gerais ordinárias e extraordinárias. Há limite para o número de reeleições de um conselheiro (item
A administração da companhia competirá, conforme dispuser o III)?
estatuto, ao conselho de administração e à diretoria, ou somente à Não, um conselheiro poderá ser eleito inúmeras e seguidas ve-
diretoria (art. 138, caput, da Lei 6.404/76). zes, enquanto contar com a confiança da assembleia geral.
As atribuições e poderes conferidos por lei aos órgãos de admi- Destaque-se que o estatuto poderá prever a participação de
nistração não podem ser outorgados a outro órgão, criado por lei representantes dos empregados no conselho de administração, es-
ou pelo estatuto (art. 139 da Lei 6.404/76). colhidos pelo voto destes, em eleição direta, organizada pela em-
Portanto, as atribuições do conselho de administração e da di- presa, em conjunto com as entidades sindicais que os representem
retoria são exercidas por esses órgãos com exclusividade, nos estri- (art. 140, parágrafo único, da Lei 6.404/76).
tos termos estabelecidos em lei. Quanto à eleição dos conselheiros, é facultado aos acionistas
Passaremos ao estudo dos dois órgãos responsáveis pela admi- que representem, no mínimo, 10% do capital social com direito
nistração da companhia. a voto, esteja ou não previsto no estatuto, requerer a adoção do
1.8.2.1. Conselho de Administração processo de voto múltiplo, atribuindo-se a cada ação tantos votos
O conselho de administração é órgão facultativo nas socieda- quantos sejam os membros do conselho, e reconhecido ao acionis-
des anônimas fechadas, sendo obrigatório nas companhias abertas, ta o direito de cumular os votos num só candidato ou distribuí-los
nas de capital autorizado e nas sociedades de economia mista (art. entre vários (art. 141, caput, da Lei 6.404/76). Assim, além do crité-
138, §2º, da Lei 6.404/76). rio majoritário e proporcional de votação, é possível ainda a adoção
Enquanto a assembleia geral possui competência privativa para de uma outra modalidade, o votação pelo critério de voto múltiplo.
deliberar sobre questões de interesse geral da companhia, o conse- Além da necessidade dos acionistas minoritários com direito a
lho de administração é órgão também deliberativo que assume a voto deterem no mínimo 10% do capital social com direito a voto, a
incumbência básica de tratar das matérias especificamente relacio- faculdade prevista no caput do artigo 141 deverá ser exercida pelos
nadas à gestão dos negócios da sociedade anônima. É bem verdade acionistas até 48 horas antes da assembleia geral, cabendo à mesa
que, de maneira geral, tanto a assembleia geral quanto o conse- que dirigir os trabalhos da assembleia informar previamente aos
lho de administração possuem competência para deliberar sobre acionistas, à vista do “Livro de Presença”, o número de votos neces-
qualquer matéria de interesse social, mas o que acaba ocorrendo sários para a eleição de cada membro do conselho (art. 141, §1º,
na prática é que a assembleia geral só é convocada para discutir da Lei 6.404/76).
e deliberar sobre as questões previstas no art. 122 da Lei da S.A., Por fim, aduz o artigo 142 da lei especial que compete ao con-
selho de administração:
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

I – Fixar a orientação geral dos negócios da companhia; III – O prazo de gestão, que não será superior a 3 anos, per-
II – Eleger e destituir os diretores da companhia e fixar-lhes as mitida a reeleição (aqui também não há limite para o número de
atribuições, observado o que a respeito dispuser o estatuto; reeleições do diretor);
III – Fiscalizar a gestão dos diretores, examinar, a qualquer tem- IV – As atribuições e poderes de cada diretor.
po, os livros e papéis da companhia, solicitar informações sobre
contratos celebrados ou em via de celebração, e quaisquer outros Os diretores não precisam ser acionistas, mas devem ser pesso-
atos; as físicas e residir no território nacional.
IV – Convocar a assembleia geral quando julgar conveniente, Cabe ressaltar que os membros do conselho de administração,
ou no caso do artigo 132; até o máximo de 1/3, poderão também cumular os cargos de dire-
V – Manifestar-se sobre o relatório da administração e as con- tores (art. 143, § 1º, da Lei 6.404/76).
tas da diretoria; Essa limitação se faz presente para que seja mantida certa in-
VI – Manifestar-se previamente sobre atos ou contratos, quan- dependência dos órgãos, até porque, se toda a diretoria pudesse
do o estatuto assim o exigir; ser composta de conselheiros, haveria prejuízo na hora do conselho
VII – Deliberar, quando autorizado pelo estatuto, sobre a emis- fiscalizá-la.
são de ações ou de bônus de subscrição; O estatuto também pode estabelecer que determinadas deci-
VIII – Autorizar, se o estatuto não dispuser em contrário, a alie- sões, de competência dos diretores, sejam tomadas em conjunto
nação de bens do ativo não circulante, a constituição de ônus reais em reunião da diretoria (art. 143, § 2º, da Lei 6.404/76).
e a prestação de garantias a obrigações de terceiros; No que se refere à representação da companhia, no silêncio
IX – Escolher e destituir os auditores independentes, se houver. do estatuto e inexistindo deliberação do conselho de administração
Serão arquivadas no registro do comércio e publicadas as atas (artigo 142, n. II e parágrafo único), competirão a qualquer diretor
das reuniões do conselho de administração que contiverem delibe- a representação da companhia e a prática dos atos necessários ao
ração destinada a produzir efeitos perante terceiros (art. 142, §1º, seu funcionamento regular (art. 144, caput, da Lei 6.404/76).
da Lei 6.404/76). Ressalte-se, ainda, a possibilidade dos diretores, nos limites
de suas atribuições e poderes, constituir mandatários da compa-
1.8.2.2. Diretoria nhia, devendo ser especificados no instrumento os atos ou opera-
Por adotar o modelo dualista administrativo, além do conselho ções que poderão praticar e a duração do mandato, que, no caso
de administração, as sociedades anônimas também possuem um de mandato judicial, poderá ser por prazo indeterminado (art. 144,
outro órgão para auxiliar na administração da companhia, a direto- parágrafo único, da Lei 6.404/76).
ria. Desta forma, a administração da sociedade anônima fica dividi-
da entre esses dois órgãos. 1.8.2.3. Normas comuns aos conselheiros e diretores
As normas relativas a requisitos, impedimentos, investidura,
A diretoria tem atribuições tanto no plano externo como no in- remuneração, deveres e responsabilidade dos administradores apli-
terno. No plano externo, é ela quem manifesta a vontade da pessoa cam-se a conselheiros e diretores (art. 145 da Lei 6.404/76).
jurídica, ou seja, da companhia, praticando atos e negócios jurídi- Ademais, as normas comuns aos conselheiros e diretores apli-
cos. São os diretores que irão administrar a sociedade e consequen- cam-se aos membros de quaisquer órgãos, criados pelo estatuto,
temente terão o poder de representação (órgão de representação com funções técnicas ou destinados a aconselhar os administrado-
legal da companhia). Já no plano interno, como órgão executivo, res (art. 160 da Lei 6.404/76).
deve dirigir a companhia, visando ao melhor resultado econômico 1.8.2.3.1. Requisitos e Impedimentos
(executa as deliberações da assembleia geral e do conselho de ad- Poderão ser eleitas para membros dos órgãos de administração
ministração). pessoas naturais, devendo os diretores ser residentes no País (art.
É a diretoria o órgão realmente incumbido de desempenhar, de 146, caput, da Lei 6.404/76).
maneira efetiva, a gestão dos negócios sociais (administrar a S.A.). Atualmente, não é mais exigido que os membros do conselho
Assim, os diretores são os verdadeiros executivos da sociedade anô- de administração sejam acionistas (nem diretores nem conselhei-
nima, sendo responsáveis pela sua direção e pela sua representa- ros). Todavia, só os conselheiros podem residir fora do País.
ção legal (art. 138, § 1.º, da Lei 6.404/76). A posse do conselheiro residente ou domiciliado no exterior
E a depender do tamanho da companhia e de sua complexi- fica condicionada à constituição de representante residente no País,
dade, será necessário mais ou menos diretores (diretor comercial, com poderes para receber citação em ações contra ele propostas
diretor jurídico, diretor financeiro, diretor de vendas, diretor de com base na legislação societária, mediante procuração com prazo
contratos etc.), conforme dispuser o estatuto. de validade que deverá estender-se por, no mínimo, 3 anos após
Quanto à representação da companhia, significa praticar os o término do prazo de gestão do conselheiro (art. 146, §2º, da Lei
atos necessários para seu funcionamento. Trata-se de uma repre- 6.404/76).
sentação externa, ou seja, perante terceiros, como na celebração A lei também prevê as circunstâncias em que haverá o impe-
de contratos com fornecedores; na contratação de funcionários etc. dimento para a investidura nos cargos de conselheiro e diretor da
Nos termos do artigo 143 da Lei da SA, a Diretoria será com- companhia.
posta por no mínimo 2 diretores, eleitos e destituíveis a qualquer Assim, são inelegíveis para os cargos de administração da com-
tempo pelo conselho de administração, ou, se inexistente, pela as- panhia as pessoas impedidas por lei especial, ou condenadas por
sembleia geral, devendo o estatuto estabelecer: crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, pe-
I – O número de diretores, ou o máximo e o mínimo permitidos; culato, contra a economia popular, a fé pública ou a propriedade,
II – O modo de sua substituição; ou a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso
a cargos públicos (art. 147, §1º, da Lei 6.404/76).
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Bem como são ainda inelegíveis para os cargos de administra- Ademais, o estatuto da companhia que fixar o dividendo obri-
ção de companhia aberta as pessoas declaradas inabilitadas por ato gatório em 25% ou mais do lucro líquido, pode atribuir aos adminis-
da Comissão de Valores Mobiliários (art. 147, §2º, da Lei 6.404/76). tradores participação no lucro da companhia, desde que o seu total
Especificamente quanto aos conselheiros, aduz o parágrafo ter- não ultrapasse a remuneração anual dos administradores nem 10%
ceiro do mesmo artigo 147 da Lei da SA que eles devem ter reputa- dos lucros (artigo 190), prevalecendo o limite que for menor (art.
ção ilibada, não podendo ser eleito, salvo dispensa da assembleia 152, §1º, da Lei 6.404/76).
geral, aquele que: Os administradores somente farão jus à participação nos lucros
I – Ocupar cargos em sociedades que possam ser consideradas do exercício social em relação ao qual for atribuído aos acionistas
concorrentes no mercado, em especial, em conselhos consultivos, o dividendo obrigatório, de que trata o artigo 202 (art. 152, §2º, da
de administração ou fiscal; e Lei 6.404/76).
II – Tiver interesse conflitante com a sociedade.
Segundo o Prof. André Ramos, essa regra, sobretudo o item I, 1.8.2.3.4. Deveres dos administradores
trata da proibição da chamada interlocking directorates, que se re- Tanto os conselheiros quanto os diretores têm uma seria de
sume na ideia de que “um homem deve servir a um chefe, apenas” deveres que devem ser observados, tais como dever de diligência,
(“serve one master only”). de lealdade, de informar, entre outros.
O primeiro dever estipulado pela lei para o administrador da
1.8.2.3.2. Garantia da Gestão companhia é o dever de empregar, no exercício de suas funções, o
O estatuto pode estabelecer que o exercício do cargo de admi- cuidado e diligência que todo homem cuidadoso costuma empre-
nistrador deva ser assegurado, pelo titular ou por terceiro, median- gar na administração dos seus próprios negócios (art. 153 da Lei
te penhor de ações da companhia ou outra garantia. E essa garantia 6.404/76).
só será levantada após aprovação das últimas contas apresentadas O administrador deve exercer as atribuições que a lei e o esta-
pelo administrador que houver deixado o cargo (art. 148 da Lei tuto lhe conferem para lograr os fins e no interesse da companhia,
6.404/76). satisfeitas as exigências do bem público e da função social da em-
Dessa forma, para assegurar ao máximo uma administração presa (art. 154, caput, da Lei 6.404/76).
proba, o estatuto tem a possibilidade de prever a exigência de ga- Dessa forma, resta claro que a obrigação dos administradores
rantia, em favor da companhia, dos membros eleitos para o con- da companhia é de meio, e não de resultado. Perceba que o referi-
selho de administração ou para a diretoria. Que só será levantada do artigo não exige que o administrador efetivamente atinja os fins
após a aprovação de suas contas. que deve perseguir, mas apenas que sua atuação seja pautada em
atingir as finalidades de interesse da companhia, com uma atuação
1.8.2.3.3. Investidura, substituição, renúncia e remuneração independente, desinteressada, informada.
Os conselheiros e diretores serão investidos nos seus cargos O administrador eleito por grupo ou classe de acionistas tem,
mediante assinatura de termo de posse no livro de atas do conselho para com a companhia, os mesmos deveres que os demais, não
de administração ou da diretoria, conforme o caso (art. 149, caput, podendo, ainda que para defesa do interesse dos que o elegeram,
da Lei 6.404/76). faltar a esses deveres (art. 154, §1º, da Lei 6.404/76).
No caso de vacância do cargo de conselheiro, salvo disposição Desta feita, o dever de lealdade e diligência do administrador
em contrário do estatuto, o substituto será nomeado pelos conse- é em relação à companhia, independentemente dos interesses de
lheiros remanescentes e servirá até a primeira assembleia geral. determinado grupo ou classe de acionistas que o tenham eleito.
Se ocorrer vacância da maioria dos cargos, a assembleia geral será Já o Parágrafo segundo do artigo 154 da lei especial dispões
convocada para proceder a nova eleição (art. 150, caput, da Lei que é vedado ao administrador:
6.404/76). I – Praticar ato de liberalidade à custa da companhia;
II – Sem prévia autorização da assembleia geral ou do conselho
O substituto eleito para preencher cargo vago completará o de administração, tomar por empréstimo recursos ou bens da com-
prazo de gestão do substituído (art. 150, §3º, da Lei 6.404/76). panhia, ou usar, em proveito próprio, de sociedade em que tenha
A renúncia do administrador torna-se eficaz, em relação à com- interesse, ou de terceiros, os seus bens, serviços ou crédito;
panhia, desde o momento em que lhe for entregue a comunicação III – Receber de terceiros, sem autorização estatutária ou da as-
escrita do renunciante, e em relação a terceiros de boa-fé, após ar- sembleia geral, qualquer modalidade de vantagem pessoal, direta
quivamento no registro de comércio e publicação, que poderão ser ou indireta, em razão do exercício de seu cargo.
promovidos pelo renunciante (art. 151, caput, da Lei 6.404/76). As importâncias recebidas com infração ao disposto na alínea c (item
Mais uma vez a lei reafirma o entendimento de que só após III) do § 2º pertencerão à companhia (art. 154, §3º, da Lei 6.404/76).
arquivamento no registro de comércio e publicação, que o ato tor- O conselho de administração ou a diretoria podem autorizar a
na-se eficaz perante terceiro, gerando, assim, uma maior segurança prática de atos gratuitos razoáveis em benefício dos empregados
jurídica. ou da comunidade de que participe a empresa, tendo em vista suas
Por fim, quanto à remuneração dos administradores, ficará a responsabilidades sociais (art. 154, §4º, da Lei 6.404/76). É a cha-
cargo da assembleia geral fixar o montante global ou individual, in- mada responsabilidade social da empresa, bastante em evidencia
clusive benefícios de qualquer natureza e verbas de representação, nas grandes companhias atualmente.
tendo em conta suas responsabilidades, o tempo dedicado às suas O administrador também deve servir com lealdade à compa-
funções, sua competência e reputação profissional e o valor dos nhia e manter reserva sobre os seus negócios, sendo-lhe vedado,
seus serviços no mercado (art. 152, caput, da Lei 6.404/76). conforme artigo 155 da Lei 6.404/76:

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I – Usar, em benefício próprio ou de outrem, com ou sem pre- E segundo o parágrafo primeiro deste mesmo artigo 157, o ad-
juízo para a companhia, as oportunidades comerciais de que tenha ministrador de companhia aberta é obrigado a revelar (dever de
conhecimento em razão do exercício de seu cargo; informar) à assembleia geral ordinária, a pedido de acionistas que
II – Omitir-se no exercício ou proteção de direitos da compa- representem 5% ou mais do capital social:
nhia ou, visando à obtenção de vantagens, para si ou para outrem, I – O número dos valores mobiliários de emissão da companhia
deixar de aproveitar oportunidades de negócio de interesse da ou de sociedades controladas, ou do mesmo grupo, que tiver ad-
companhia; quirido ou alienado, diretamente ou através de outras pessoas, no
III – Adquirir, para revender com lucro, bem ou direito que sabe exercício anterior;
necessário à companhia, ou que esta tencione adquirir. II – As opções de compra de ações que tiver contratado ou
exercido no exercício anterior;
Cumpre, ademais, ao administrador de companhia aberta, III – Os benefícios ou vantagens, indiretas ou complementares,
guardar sigilo sobre qualquer informação que ainda não tenha sido que tenha recebido ou esteja recebendo da companhia e de socie-
divulgada para conhecimento do mercado, obtida em razão do car- dades coligadas, controladas ou do mesmo grupo;
go e capaz de influir de modo ponderável na cotação de valores IV – As condições dos contratos de trabalho que tenham sido
mobiliários, sendo-lhe vedado valer-se da informação para obter, firmados pela companhia com os diretores e empregados de alto
para si ou para outrem, vantagem mediante compra ou venda de nível;
valores mobiliários (art. 155, §1º, da Lei 6.404/76). V – Quaisquer atos ou fatos relevantes nas atividades da com-
O administrador deve zelar para que a violação do disposto no panhia.
§ 1º do artigo 155 não possa ocorrer através de subordinados ou
terceiros de sua confiança (art. 155, §2º, da Lei 6.404/76). Os administradores da companhia aberta são obrigados a co-
Ressalte-se, ainda, que a pessoa prejudicada em compra e ven- municar (dever de informar) imediatamente à bolsa de valores e a
da de valores mobiliários, contratada com infração do disposto nos divulgar pela imprensa qualquer deliberação da assembleia geral
§§ 1° e 2° do artigo 155, tem direito de haver do infrator indeniza- ou dos órgãos de administração da companhia, ou fato relevante
ção por perdas e danos, a menos que ao contratar já conhecesse a ocorrido nos seus negócios, que possa influir, de modo ponderá-
informação (art. 155, §3º, da Lei 6.404/76). vel, na decisão dos investidores do mercado de vender ou comprar
Além de ser vedada a utilização de informação relevante ainda valores mobiliários emitidos pela companhia (art. 157, §4º, da Lei
não divulgada, por qualquer pessoa que a ela tenha tido acesso, 6.404/76).
com a finalidade de auferir vantagem, para si ou para outrem, no Os administradores poderão recusar-se a prestar a informação
mercado de valores mobiliários (art. 155, §4º, da Lei 6.404/76). (artigo 157, § 1º do, alínea “e” (item V)), ou deixar de divulgá-la
Com todas estas medidas, a legislação acionária busca comba- (§ 4º), se entenderem que sua revelação porá em risco interesse
ter a prática do chamado insider trading, que consiste na utilização legítimo da companhia, cabendo à CVM, a pedido dos administra-
de informações privilegiadas, internas e sigilosas, para obtenção de dores, de qualquer acionista, ou por iniciativa própria, decidir sobre
vantagem indevida. Tal prática configura, inclusive, o delito previsto a prestação de informação e responsabilizar os administradores, se
no artigo 27-D da Lei 6.385/1976. for o caso (art. 157, §5º, da Lei 6.404/76).
Outra responsabilidade dos administradores é a vedação de in- Por derradeiro, os administradores da companhia aberta deve-
tervir em qualquer operação social em que tiver interesse conflitan- rão informar imediatamente, nos termos e na forma determinados
te com o da companhia, bem como na deliberação que a respeito pela CVM, a esta e às bolsas de valores ou entidades do mercado
tomarem os demais administradores, cumprindo-lhe cientificá-los de balcão organizado nas quais os valores mobiliários de emissão
do seu impedimento e fazer consignar, em ata de reunião do conse- da companhia estejam admitidos à negociação, as modificações
lho de administração ou da diretoria, a natureza e extensão do seu em suas posições acionárias na companhia (art. 157, §6º, da Lei
interesse (art. 156, caput, da Lei 6.404/76). 6.404/76).
O objetivo da lei aqui é o de evitar eventual conflito de inte-
resses entre os administradores e a companhia, bem como impedir 1.8.2.3.5. Responsabilidades dos administradores
que os administradores se beneficiem de sua condição na empresa Em regra, é a própria sociedade empresária, por ser detentora
em detrimento de pessoas estranhas aos quadros administrativos. de personalidade jurídica própria, quem respondem pelas obriga-
E ainda que observado o disposto no caput do artigo 156, o ções que assumirem. É a consagração do princípio da autonomia
administrador somente pode contratar com a companhia em condi- patrimonial das pessoas jurídicas, conforme artigo 1.024 do CC.
ções razoáveis ou equitativas, idênticas às que prevalecem no mer- Desta forma, os administradores da companhia (conselheiros e
cado ou em que a companhia contrataria com terceiros (art. 156, diretores) não realizam os negócios jurídicos em seu próprio nome,
§1º, da Lei 6.404/76). e sim em nome da companhia que representa, uma vez que a pes-
O negócio contratado com infração do disposto no § 1º do ar- soas jurídicas não possuem vontade, sempre atuando por meio de
tigo 156 é anulável, e o administrador interessado será obrigado a seus órgãos administrativos.
transferir para a companhia as vantagens que dele tiver auferido Portanto, os administradores apenas exteriorizam a vontade
(art. 156, §2º, da Lei 6.404/76). da sociedade. Eles celebrar os contratos em nome da companhia.
Destaque-se, ainda, que o administrador de companhia aber- Desta forma, a responsabilidade pelos atos de gestão dos negócios
ta deve declarar, ao firmar o termo de posse, o número de ações, sociais por eles praticados recai sobre a própria companhia, e não
bônus de subscrição, opções de compra de ações e debêntures con- contra eles.
versíveis em ações, de emissão da companhia e de sociedades con-
troladas ou do mesmo grupo, de que seja titular (art. 157, caput, da
Lei 6.404/76).
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Assim, nos termos do caput do artigo 158, os administradores Portanto, qualquer pessoa que tenha concorrido para a prática
não respondem pessoalmente (com seu patrimônio particular) pe- violadora da lei ou do estatuto em que incorreu o administrador
las obrigações que contrair em nome da sociedade e em virtude de também responderá solidariamente com o administrador pelo ato.
ato regular de gestão; responde, porém, civilmente, pelos prejuízos 1.8.2.3.6. Ação de Responsabilidade
que causar, quando proceder: Caso algum administrador incorra em uma das hipóteses ense-
I – Dentro de suas atribuições ou poderes, com culpa ou dolo; jadoras de sua responsabilidade civil, caberá a companhia promo-
II – Com violação da lei ou do estatuto. ver uma ação regressiva para que ela seja ressarcida de todo prejuí-
zo sofrido. Tal ação é chamada pela lei de ação de responsabilidade.
Então, como a responsabilidade é da própria companhia, cabe- Neste contexto, compete à companhia, mediante prévia deli-
rá a ela, no máximo, exigir reparação civil de danos eventualmente beração da assembleia geral (ordinária), impetrar ação de respon-
causados por atos dos administradores caso eles (I) tenham agido sabilidade civil (ação social ut universi) contra o administrador, pe-
com culpa ou dolo ou que (II) violem o estatuto ou a lei. los prejuízos causados ao seu patrimônio (art. 159, caput, da Lei
Cabe ressaltar, ainda, que o administrador não é responsável 6.404/76).
por atos ilícitos de outros administradores, salvo se com eles for A deliberação poderá ser tomada em assembleia geral ordiná-
conivente, se negligenciar em descobri-los ou se, deles tendo co- ria e, se prevista na ordem do dia, ou for consequência direta de
nhecimento, deixar de agir para impedir a sua prática. Exime-se de assunto nela incluído, em assembleia geral extraordinária (art. 159,
responsabilidade o administrador dissidente que faça consignar sua §1º, da Lei 6.404/76).
divergência em ata de reunião do órgão de administração ou, não O administrador ou administradores contra os quais deva ser
sendo possível, dela dê ciência imediata e por escrito ao órgão da proposta ação ficarão impedidos e deverão ser substituídos na mes-
administração, no conselho fiscal, se em funcionamento, ou à as- ma assembleia (art. 159, §2º, da Lei 6.404/76).
sembleia geral (art. 158, §1º, da Lei 6.404/76). E caso a companhia fique inerte, qualquer acionista poderá
Nesse contexto, um administrador só será responsabilizado promover a ação (ação social ut singuli), se não for proposta no pra-
por atos ilícitos praticados por outro administrador se for coniven- zo de 3 meses da deliberação da assembleia geral (art. 159, §3º, da
te, agir com negligência ou não tomar as medidas que lhe cabem, Lei 6.404/76).
como agir para impedir a sua prática, ou cientificar os órgãos com- Então, depois que a assembleia geral aprova a ação contra o
petentes. administrador, só quem pode acionar o judiciário nos 90 dias se-
Preocupação importantíssima e pertinente da legislação, uma guintes é a própria companhia (legitimidade exclusiva). Passado
vez que é bastante comum a sociedade anônima possuir mais de este prazo, a ação poderá ser intentada também por qualquer acio-
um administrador. nista (legitimidade concorrente).
No entanto, são solidariamente responsáveis pelos prejuízos Caso a companhia fique inerte por 3 meses, mas decida poste-
causados, os administradores que não cumprirem os deveres im- riormente propor a demanda junto com os acionistas em litiscon-
postos por lei para assegurar o funcionamento normal da compa- sórcio ativo. Isso é permitido?
nhia, ainda que, pelo estatuto, tais deveres não caibam a todos eles Sim. Acionistas e companhia podem litigar em litisconsórcio
(art. 158, §2º, da Lei 6.404/76). facultativo ativo em ação de responsabilidade civil contra o admi-
No caso das companhias abertas, a responsabilidade de que nistrador pelos prejuízos causados ao patrimônio da sociedade anô-
trata o § 2º do artigo 158 ficará restrita, ressalvado o disposto em nima (art. 159 da Lei n. 6.404/76) quando a ação não foi proposta
seu § 4º, aos administradores que, por disposição do estatuto, te- pela companhia no prazo de 3 meses após a deliberação da assem-
nham atribuição específica de dar cumprimento àqueles deveres bleia-geral (§ 3º).
(art. 158, §3º, da Lei 6.404/76). E se a companhia deliberar pela não propositura da ação, será
E o administrador que, tendo conhecimento do não cumpri- que ainda assim algum acionista pode ajuizá-la?
mento desses deveres por seu predecessor, ou pelo administrador Sim. Se a assembleia deliberar por não promover a ação, ela
competente nos termos do §3º do artigo 158, deixar de comunicar poderá ser proposta por acionistas que representem 5% pelo me-
o fato a assembleia geral, tornar-se-á por ele solidariamente res- nos, do capital social (ação social ut singuli) (art. 159, §4º, da Lei
ponsável (art. 158, §4º, da Lei 6.404/76). 6.404/76).
Como bem resume o Prof. André Ramos, a situação da res- Entretanto, os resultados da ação promovida por acionista per-
ponsabilidades dos administradores é a seguinte: “(I) tratando-se tencerá à companhia (e não aos acionistas que ajuizaram a ação),
de companhia fechada, aplica-se a regra do § 2º do artigo 158, ou mas esta deverá indenizá-lo, até o limite daqueles resultados, de to-
seja, os administradores são solidariamente responsáveis, ainda das as despesas em que tiver incorrido, inclusive correção monetá-
que o dever legal descumprido não seja atribuição específica de al- ria e juros dos dispêndios realizados (art. 159, §5º, da Lei 6.404/76).
gum(ns) deles; (II) tratando-se de companhia aberta, em princípio Assim, Na ação social ut singuli, o acionista que a promove o faz em
só são responsáveis os administradores cujo dever legal descum- nome próprio, na defesa dos direitos e interesses da companhia.
prido seja atribuição específica deles; (III) ainda em se tratando de Por outro lado, caso a demanda seja improcedente, o autor res-
companhia aberta, mesmo que um administrador não tivesse atri- ponde pessoalmente pelas despesas processuais.
buição específica de dar cumprimento ao dever legal descumprido, Destaca-se, ainda, que o juiz poderá reconhecer a exclusão da
ele responderá solidariamente se tomou conhecimento do fato e responsabilidade do administrador, se convencido de que este agiu
não o comunicou à assembleia geral”. de boa-fé e visando ao interesse da companhia (art. 159, §6º, da
Por fim, responderá solidariamente com o administrador Lei 6.404/76). Já que, como vimos, a obrigação é de meio e não de
quem, com o fim de obter vantagem para si ou para outrem, con- resultado.
correr para a prática de ato com violação da lei ou do estatuto (art.
158, §5º, da Lei 6.404/76).
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Também haverá exclusão da responsabilidade dos administra- Desta forma fica mais difícil que o bom funcionamento da com-
dores que tiverem suas contas e demonstrações financeiras apro- panhia seja atrapalhada pela instalação desnecessária do conselho
vadas sem reservas em assembleia geral, salvo erro, dolo, fraude fiscal.
ou simulação, conforme já estudado no artigo 134, §3º, da Lei Ressalte-se que o pedido de funcionamento do conselho fiscal,
6.404/76. ainda que a matéria não conste do anúncio de convocação (ordem
Assim, após a aprovação das contas pelos acionistas em assem- do dia), poderá ser formulado em qualquer assembleia geral, que
bleia geral, cessará qualquer responsabilidade dos administradores elegerá os seus membros (art. 161, §3º, da Lei 6.404/76).
sobre a realização da contabilidade da sociedade.
E caso seja constatada alguma irregularidade na assembleia ge- 1.8.3.1. Composição do conselho fiscal
ral, só uma decisão judicial terá o condão de anular suas decisões, Quanto a sua composição, o conselho fiscal será integrado por
em ação cujo prazo prescricional é de 02 anos, artigo 286 da Lei no mínimo 03, e no máximo 05 membros, além de suplentes em
6.404/76. igual número, acionistas ou não, eleitos pela assembleia geral (art.
Já a ação para responsabilização dos administradores prescre- 161, §1º, da Lei 6.404/76).
ve em 03 anos, contados da data da publicação da ata da assem-
bleia geral que votar o balanço referente ao exercício em que o ilíci- Na constituição do conselho fiscal, nos termos do parágrafo 4º
to ocorreu. O mesmo prazo conta-se, no entanto, da prescrição da do mesmo artigo, serão observadas as seguintes normas:
ação penal ou da sentença penal definitiva, caso o fato ensejador I – Os titulares de ações preferenciais sem direito a voto, ou
da ação de responsabilidade civil deva ser objeto de apuração na com voto restrito, terão direito de eleger, em votação em separado,
esfera criminal (arts. 287, II, b, 2 e 288 da Lei 6.404/76). 1 membro e respectivo suplente; igual direito terão os acionistas
Assim, caso a sociedade queira ingressar com uma ação de minoritários, desde que representem, em conjunto, 10% ou mais
responsabilidade contra os administradores após a aprovação de das ações com direito a voto;
suas contas e demonstrações financeiras, sem reservas, ela deve- II – Ressalvado o disposto na alínea anterior, os demais acio-
rá primeiro conseguir a anulação judicial da deliberação (ação que nistas com direito a voto poderão eleger os membros efetivos e
prescreve em 02 anos), para só depois poder deliberar em nova as- suplentes que, em qualquer caso, serão em número igual ao dos
sembleia a propositura de ação de responsabilidade em desfavor eleitos nos termos da alínea a (item I), mais um.
do administrador (ação que prescreve em 03 anos).
Por fim, a ação prevista neste artigo não exclui a que couber ao Assim, a constituição do conselho fiscal é bastante plural, com
acionista ou terceiro diretamente prejudicado por ato de adminis- o objetivo de atuar com mais independência e imparcialidade.
trador (ação individual) (art. 159, §7º, da Lei 6.404/76). Ressalte-se, ainda, que os membros do conselho fiscal e seus
Neste último caso, ao contrário do que ocorre nos parágrafos suplentes exercerão seus cargos até a primeira assembleia geral or-
anteriores (ação social), resultado desta ação (ação individual) be- dinária que se realizar após a sua eleição, e poderão ser reeleitos
neficia diretamente o acionista ou terceiro prejudicado. Os bene- (art. 161, §6º, da Lei 6.404/76).
fícios provenientes da ação serão revertidos em favor do autor da Por fim, a função de membro do conselho fiscal é indelegável (art.
ação e não em favor da companhia. 161, §7º, da Lei 6.404/76). Por serem atribuições típicas desse órgão.

1.8.3.2. Requisitos, impedimentos e remuneração


1.8.3. Conselho fiscal Somente podem ser eleitos para o conselho fiscal pessoas na-
O último órgão a ser tratado, para completar a lista dos quatro turais, residentes no País, diplomadas em curso de nível universitá-
órgãos de cúpula da sociedade anônima, é o conselho fiscal. rio, ou que tenham exercido por prazo mínimo de 3 anos, cargo de
Ele atua como órgão de suporte à assembleia geral no tocan- administrador de empresa ou de conselheiro fiscal (art. 162, caput,
te à votação para aprovação de atos dos administradores. Ela é de da Lei 6.404/76).
existência obrigatória na S.A., mas seu funcionamento é facultativo, E nas localidades em que não houver pessoas habilitadas, em
ou seja, todo sociedade precisa ter um conselho fiscal delimitado, número suficiente, para o exercício da função, caberá ao juiz dis-
com o número de membros e forma de eleição delimitados, porém, pensar a companhia da satisfação dos requisitos estabelecidos nes-
o funcionamento poderá ficar condicionado ao pedido de acionis- te artigo (art. 162, §1º, da Lei 6.404/76).
tas em determinados exercícios sociais. Quanto aos impedimentos legais, não podem ser eleitos para
Esse órgão colegiado (decide em conjunto) é encarregado pela o conselho fiscal, além das pessoas enumeradas nos parágrafos do
fiscalização da gestão das atividades da administração da compa- artigo 147, membros de órgãos de administração e empregados da
nhia e de assessoramento da assembleia geral. companhia ou de sociedade controlada ou do mesmo grupo, e o
A companhia terá um conselho fiscal e o estatuto disporá sobre cônjuge ou parente, até terceiro grau, de administrador da compa-
seu funcionamento, de modo permanente ou nos exercícios sociais nhia (art. 162, §2º, da Lei 6.404/76).
em que for instalado a pedido de acionistas (art. 161, caput, da Lei Assim como ocorre com os conselheiros e diretores da compa-
6.404/76). nhia (administradores), os membros do conselho fiscal também são
O conselho fiscal, quando o funcionamento não for permanen- remunerados, além de ter reembolso, obrigatório, das despesas de
te, será instalado pela assembleia geral a pedido de acionistas que locomoção e estada necessárias ao desempenho da função, será fi-
representem, no mínimo, 10% das ações com direito a voto, ou 5% xada pela assembleias geral que os eleger, e não poderá ser inferior,
das ações sem direito a voto, e cada período de seu funcionamento para cada membro em exercício, a 10% da que, em média, for atri-
terminará na primeira assembleia geral ordinária após a sua instala- buída a cada diretor, não computados benefícios, verbas de repre-
ção (art. 161, §2º, da Lei 6.404/76). sentação e participação nos lucros (art. 162, §3º, da Lei 6.404/76).

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1.8.3.3. Competência do conselho fiscal O conselho fiscal poderá, para apurar fato cujo esclarecimen-
Nos termos do artigo 163 da lei especial, compete ao conselho to seja necessário ao desempenho de suas funções, formular, com
fiscal: justificativa, questões a serem respondidas por perito e solicitar à
I – Fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos ad- diretoria que indique, para esse fim, no prazo máximo de 30 dias,
ministradores e verificar o cumprimento dos seus deveres legais e 3 peritos, que podem ser pessoas físicas ou jurídicas, de notório
estatutários; conhecimento na área em questão, entre os quais o conselho fiscal
II – Opinar sobre o relatório anual da administração, fazendo escolherá um, cujos honorários serão pagos pela companhia (art.
constar do seu parecer as informações complementares que julgar 163, §8º, da Lei 6.404/76).
necessárias ou úteis à deliberação da assembleia geral; Cabe destacar que essas atribuições e poderes conferidos pela
III – Opinar sobre as propostas dos órgãos da administração, a lei ao conselho fiscal não podem ser outorgados a outro órgão da
serem submetidas à assembleia geral, relativas a modificação do ca- companhia (art. 163, §7º, da Lei 6.404/76). Já que são prerrogati-
pital social, emissão de debêntures ou bônus de subscrição, planos vas típicas do conselho fiscal, constituídas em seu favor justamente
de investimento ou orçamentos de capital, distribuição de dividen- para que seus membros exerçam com eficiência seu papel de fisca-
dos, transformação, incorporação, fusão ou cisão; lização.
IV – Denunciar, por qualquer de seus membros, aos órgãos de Por fim, o conselho fiscal deverá fornecer ao acionista, ou gru-
administração e, se estes não tomarem as providências necessárias po de acionistas que representem, no mínimo 5% do capital social,
para a proteção dos interesses da companhia, à assembleias geral, sempre que solicitadas, informações sobre matérias de sua compe-
os erros, fraudes ou crimes que descobrirem, e sugerir providências tência (art. 163, §6º, da Lei 6.404/76).
úteis à companhia;
V – Convocar a assembleia geral ordinária, se os órgãos da ad- 1.8.3.4. Pareceres e representações
ministração retardarem por mais de 1 mês essa convocação, e a Os membros do conselho fiscal, ou ao menos um deles, de-
extraordinária, sempre que ocorrerem motivos graves ou urgentes, verão comparecer às reuniões da assembleia geral e responder
incluindo na agenda das assembleias as matérias que considerarem aos pedidos de informações formulados pelos acionistas (art. 164,
necessárias; caput, da Lei 6.404/76).
VI – Analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e demais Os pareceres e representações do conselho fiscal, ou de qual-
demonstrações financeiras elaboradas periodicamente pela com- quer um de seus membros, poderão ser apresentados e lidos na
panhia; assembleia geral, independentemente de publicação e ainda que a
VII – Examinar as demonstrações financeiras do exercício social matéria não conste da ordem do dia (art. 164, parágrafo único, da
e sobre elas opinar; Lei 6.404/76).
VIII – Exercer essas atribuições, durante a liquidação, tendo em Isso porque, os acionistas também possuem direito de acom-
vista as disposições especiais que a regulam. panhar tudo que está ocorrendo no conselho fiscal no que diz res-
peito à gestão dos negócios sociais.
Os órgãos de administração são obrigados, através de comuni-
cação por escrito, a colocar à disposição dos membros em exercício 1.8.3.5. Deveres e responsabilidades
do conselho fiscal, dentro de 10 dias, cópias das atas de suas reuni- Quando o assunto são os deveres e responsabilidades dos con-
ões e, dentro de 15 dias do seu recebimento, cópias dos balancetes selheiros fiscais, a Lei 6.404/76 estabelece regras muito parecidas
e demais demonstrações financeiras elaboradas periodicamente com as aplicáveis aos administradores da companhia.
e, quando houver, dos relatórios de execução de orçamentos (art. Nesse contexto, os membros do conselho fiscal têm os mesmos
163, §1º, da Lei 6.404/76). deveres dos administradores de que tratam os arts. 153 a 156 e
Esta medida possibilita que os fiscais possam exercer de manei- respondem pelos danos resultantes de omissão no cumprimento
ra eficiente suas atribuições. de seus deveres e de atos praticados com culpa ou dolo, ou com
O conselho fiscal, a pedido de qualquer dos seus membros, violação da lei ou do estatuto (art. 165, caput, da Lei 6.404/76).
solicitará aos órgãos de administração esclarecimentos ou informa- Da mesma forma, os membros do conselho fiscal deverão
ções, desde que relativas à sua função fiscalizadora, assim como exercer suas funções no exclusivo interesse da companhia; conside-
a elaboração de demonstrações financeiras ou contábeis especiais rar-se-á abusivo o exercício da função com o fim de causar dano à
(art. 163, §2º, da Lei 6.404/76). companhia, ou aos seus acionistas ou administradores, ou de obter,
Os membros do conselho fiscal assistirão às reuniões do conse- para si ou para outrem, vantagem a que não faz jus e de que resul-
lho de administração, se houver, ou da diretoria, em que se delibe- te, ou possa resultar, prejuízo para a companhia, seus acionistas ou
rar sobre os assuntos em que devam opinar (ns. II, III e VII) (art. 163, administradores (art. 165, §1º, da Lei 6.404/76).
§3º, da Lei 6.404/76). Quanto à responsabilidade de membro do conselho fiscal, ele
Se a companhia tiver auditores independentes, o conselho fis- não será responsável pelos atos ilícitos de outros membros, salvo se
cal, a pedido de qualquer de seus membros, poderá solicitar-lhes com eles foi conivente, ou se concorrer para a prática do ato. (art.
esclarecimentos ou informações, e a apuração de fatos específicos 165, §2º, da Lei 6.404/76).
(art. 163, §4º, da Lei 6.404/76). Já a responsabilidade dos membros do conselho fiscal por
Se a companhia não tiver auditores independentes, o conselho omissão no cumprimento de seus deveres é solidária, mas dela se
fiscal poderá, para melhor desempenho das suas funções, escolher exime o membro dissidente que fizer consignar sua divergência em
contador ou firma de auditoria e fixar-lhes os honorários, dentro de ata da reunião do órgão e a comunicar aos órgãos da administração
níveis razoáveis, vigentes na praça e compatíveis com a dimensão e à assembleia geral (art. 165, §3º, da Lei 6.404/76).
econômica da companhia, os quais serão pagos por esta (art. 163,
§5º, da Lei 6.404/76).
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Por fim, os membros do conselho fiscal da companhia aberta deverão informar imediatamente as modificações em suas posições
acionárias na companhia à CVM e às Bolsas de Valores ou entidades do mercado de balcão organizado nas quais os valores mobiliários
de emissão da companhia estejam admitidos à negociação, nas condições e na forma determinadas pela Comissão de Valores Mobiliários
(art. 165-A da Lei 6.404/76).

Órgãos societários
Assembleia geral Conselho de Administração Diretoria Conselho fiscal
Obrigatório para a sociedade de
capital aberto e de capital autorizado Existência obrigatória em todas
Obrigatório em todas
e sociedade de economia mista. E Obrigatório em todas as S.A. as S.A., mas de funcionamento
as S.A.
facultativo nas sociedades anônimas facultativo.
fechadas.
Delibera sobre as diretrizes da admi- Realiza a representação legal da
Exclusivamente Fiscaliza os órgãos da adminis-
nistração, além de agilizar as decisões companhia e executa as delibera-
deliberativo. tração.
da Cia. ções dos demais órgãos.
Composto por todos os Composto por mínimo de 3 e
Composto por no mínimo Composto por no mínimo 2
acionistas (com ou sem máximo de 5 membros acionis-
3 membros, acionistas ou não. membros, acionistas ou não.
direito a voto) tas ou não.

1.9. Demonstrações Financeiras


A LSA também estabelece o dever de a companhia levantar, ao término do exercício social, um conjunto de demonstrações contábeis,
com vistas a possibilitar o conhecimento, pelos acionistas e por terceiros, de sua situação patrimonial, econômica e financeira, bem como
dos resultados positivos ou negativos alcançados pela empresa[44].
Essas demonstrações não são úteis apenas para o direito societário comercial. Elas também servem para fins tributários, para a admi-
nistração da sociedade e o controle gerencial.
Ao fim de cada exercício social, nos termos do artigo 176 da Lei da S.A., a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil
da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as
mutações ocorridas no exercício:
I – Balanço patrimonial;
II – Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;
III – Demonstração do resultado do exercício; e
IV – Demonstração dos fluxos de caixa; e
V – Se companhia aberta, demonstração do valor adicionado (além dos outros quatro itens anteriores).

Conforme destaque dado pelo Prof. Fábio Ulhoa para o artigo supra:
Balanço Patrimonial: é a demonstração financeira que informa o ativo, o passivo e o patrimônio líquido da sociedade anônima. Tem
importância jurídica, por exemplo, no cômputo do reembolso pelo valor patrimonial das ações.
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados: informa as parcelas dos lucros aferidos pela companhia e não distribuídos aos
acionistas ou os prejuízos não absorvidos por sua receita. É instrumento de grande importância para a definição da política empresarial de
investimentos, a ser adotada na sociedade.
Demonstração do Resultado do Exercício: apresenta dados sobre o desempenho da companhia durante o último exercício e possibilita
ao acionista avaliar não somente o grau de retorno de seu investimento, como a eficiência dos atos da administração. Os seus elementos
contábeis básicos são a receita e a despesa, discriminadas de acordo com a respectiva natureza (receita bruta e líquida, despesa operacio-
nal e não operacional etc.).
Demonstração dos Fluxos de Caixa: visa a evidenciar os ingressos e desembolsos do caixa da sociedade anônima, isto é, suas dispo-
nibilidades líquidas. Quando a sociedade anônima é fechada e possui o patrimônio líquido inferior a R$ 2.000.000,00, a lei a dispensa de
levantar essa demonstração contábil (art. 176, §6º, da Lei 6.404/76).
Demonstração de Valor Adicionado: é a medida contábil da riqueza gerada pela companhia. Só as companhias abertas estão obrigadas
ao seu levantamento, e trata-se de instrumento de pouco interesse para os profissionais do direito.
Ademais, as demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis
necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício (art. 176, §4º, da Lei 6.404/76).
E conforme dispõe o parágrafo quinto do mesmo artigo, as notas explicativas devem:
I – Apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas seleciona-
das e aplicadas para negócios e eventos significativos;
II – Divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra
parte das demonstrações financeiras;

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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

III – Fornecer informações adicionais não indicadas nas pró- nos artigos 193 a 203 e no estatuto, proposta sobre a destinação
prias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para a ser dada ao lucro líquido do exercício (art. 192, caput, da Lei
uma apresentação adequada; e 6.404/76).
IV – Indicar: Desta forma, havendo lucro líquido gerado pela empresa du-
a) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimo- rante o último exercício, caberá a assembleia ordinária definir, atra-
niais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amor- vés de deliberação, qual será seu destino: (I) se ficará em mãos da
tização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou própria sociedade como reserva de lucros, (II) se será distribuído
riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização entre os acionistas, a título de dividendos ou, (III) aumento ao Capi-
de elementos do ativo; tal social (capitalização).
b) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes Uma parcela dos lucros permanecerá obrigatoriamente na
(art. 247, parágrafo único); companhia (por meio da reserva legal) e outra será necessariamen-
c) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de no- te distribuída aos acionistas (dividendo obrigatório), restando à As-
vas avaliações (art. 182, § 3º ); sembleia Geral Ordinária deliberar quanto à destinação do restante
d) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as ga- do resultado, aprovando ou rejeitando a proposta da diretoria (LSA,
rantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais art. 192).
ou contingentes;
e) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das 1.10.1. Categorias de reservas de lucro e reserva de capital
obrigações a longo prazo; Há seis categorias de reservas de lucro. São elas:
f) o número, espécies e classes das ações do capital social; Reserva legal: antes de qualquer outra destinação, pelo menos
g) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no 5% do lucro líquido, desde que não ultrapasse 20% do capital social,
exercício; será destinado para essa reserva (art. 193, caput, da Lei 6.404/76).
h) os ajustes de exercícios anteriores (art. 186, § 1º); e
i) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercí- A companhia deve obrigatoriamente manter esta reserva, to-
cio que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situa- davia, excepcionalmente, a ela poderá deixar de constituir a reser-
ção financeira e os resultados futuros da companhia. va legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do
montante das reservas de capital de que trata o § 1º do artigo 182,
1.10. Lucros, reservas e dividendos exceder de 30% do capital social (art. 193, §1º, da Lei 6.404/76).
Através das demonstrações contábeis, é possível definir o lucro Essa reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capi-
líquido da sociedade no fim de cada exercício social. tal social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos
O exercício social terá duração de 1 ano e a data do término ou aumentar o capital (art. 193, §2º, da Lei 6.404/76).
será fixada no estatuto. Mas no ano em que a companhia foi cons- Reserva estatutárias: além da reserva legal, à luz do artigo 194
tituída ou em que houve alteração estatutária, o exercício social da Lei 6.404/76, o estatuto poderá criar outras reservas desde que,
poderá ser menor ou maior que 1 ano (art. 175 da Lei 6.404/76). para cada uma:
Para a fixação do prazo do exercício social, pode-se optar por I – Indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade;
qualquer lapso anual, muito embora a grande maioria das compa- II – Fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros
nhias, por conveniência, seja definido o dia 31 de dezembro como líquidos que serão destinados à sua constituição; e
data do fim do exercício social. III – Estabeleça o limite máximo da reserva.
Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer Reserva para contingências: tem por finalidade compensar, em
participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda prová-
sobre a Renda (art. 189, caput, da Lei 6.404/76). vel, cujo valor possa ser estimado, como por exemplo, a condena-
Desta forma, nem sempre a sociedade terá lucro para repartir ção da sociedade anônima em demanda judicial (art. 195, caput, da
entre os acionistas. Em caso de prejuízo no exercício social, ele será Lei 6.404/76).
obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reser- Esta reserva será criada em assembleia geral, por proposta dos
vas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem (art. 189, parágrafo órgãos da administração, para que parte do lucro líquido da compa-
único, da Lei 6.404/76). nhia se destine para sua formação.
Quanto às participações estatutárias de empregados, admi- A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa
nistradores e partes beneficiárias, serão determinadas, sucessiva- da perda prevista e justificar, com as razões de prudência que a reco-
mente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem de- mendem, a constituição da reserva (art. 195, §1º, da Lei 6.404/76).
pois de deduzida a participação anteriormente calculada (art. 190, A reserva será revertida no exercício em que deixarem de exis-
caput, da Lei 6.404/76). tir as razões que justificaram a sua constituição ou em que ocorrer
Lucro líquido do exercício é o resultado do exercício que rema- a perda (art. 195, §2º, da Lei 6.404/76).
nescer depois de deduzidas as participações de que trata o artigo Reserva de incentivos fiscais: ela se destina a reservar parcela
190 (art. 191, caput, da Lei 6.404/76). do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governa-
Em suma, o lucro líquido é o resultado do exercício, depois de mentais para investimentos, para abater da base de cálculo do divi-
deduzidos (I) os prejuízos acumulados, (II) a provisão para o impos- dendo obrigatório (art. 195-A da Lei 6.404/76).
to de renda e (III) as participações estatutárias de empregados, ad- Essa reserva também será criada em assembleia geral, por pro-
ministradores e partes beneficiárias. posta dos órgãos da administração.
Definido o lucro líquido, juntamente com as demonstrações fi-
nanceiras do exercício, os órgãos da administração da companhia
apresentarão à assembleia geral ordinária, observado o disposto
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

Reserva de retenção de lucros: esta reserva tem o objetivo re- - O fato de que os valores comparativos entre os períodos apre-
ter parcela do lucro líquido para atender às despesas previstas em sentados para as demonstrações do resultado, das mutações do pa-
orçamento de capital previamente aprovado em assembleia geral trimônio líquido e dos fluxos de caixa (ou das origens e aplicações
(art. 196 da Lei 6.404/76). Normalmente é utilizada para prover re- de recursos), bem com as notas explicativas relacionadas a essas
cursos para investimentos em exercícios futuros. demonstrações, não são comparáveis.
Reserva de lucros a realizar: no exercício em que o montante do
dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. A legislação determina que, no balanço, as contas sejam classi-
202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a ficadas segundo os elementos do patrimônio que registram, agru-
assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administra- padas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação
ção, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar financeira da entidade.
(art. 197 da Lei 6.404/76). O balanço patrimonial é composto e representado graficamen-
Entretanto, a destinação dos lucros para constituição das re- te pelos seguintes grupos de contas:
servas de que trata o artigo 194 e a retenção nos termos do artigo Ativo: que compreende os bens, os direitos e as demais aplica-
196 não poderão ser aprovadas, em cada exercício, em prejuízo da ções de recursos controlados pela entidade, capazes de gerar bene-
distribuição do dividendo obrigatório (artigo 202) (art. 198 da Lei fícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos
6.404/76). Passivo: que compreende as origens de recursos representa-
Por fim, o saldo das reservas de lucros, exceto as para contin- dos pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos
gências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ul- ocorridos que exigirão ativos para sua liquidação
trapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assembleia deli-
berará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento Patrimônio Líquido: que compreende os recursos próprios da
do capital social ou na distribuição de dividendos (art. 199 da Lei Entidade, onde seu valor é a diferença positiva entre o valor do Ati-
6.404/76).26 vo e o valor do Passivo.

Ativo29
BALANÇO PATRIMONIAL Compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de re-
cursos controlados pela entidade, capazes de gerar benefícios eco-
nômicos futuros, originados de eventos ocorridos.
Balanço Patrimonial27 - Ativo Circulante: São todas as contas que espera-se que se-
O Balanço Patrimonial, dentre todas as demonstrações con- jam realizadas ou consumidas durante o curso do exercício social
tábeis, é uma das mais importantes para desvendar e evidenciar, seguinte a apresentação do Balanço Patrimonial.
quantitativa e qualitativamente o patrimônio de uma empresa, haja a) Disponibilidades (também chamada de Caixa e Equivalentes
vista que, todas as informações que são reveladas e as decisões es- de Caixa) - as principais contas que encontramos neste grupo são o
tratégicas que eventualmente são tomadas, advém dele. Contudo, Caixa (caixa físico, dinheiro, cédulas e moedas), os saldos de contas
trata-se de uma informação estática, e que pode ser modificada no correntes e as aplicações financeiras de liquidez imediata (àquelas
dia seguinte de sua divulgação, por ser elaborado de acordo com que possam ser convertidas em dinheiro e que estejam sujeitas a
determinado período. um risco insignificante, no prazo máximo de 90 dias);
b) Contas a Receber - neste grupo são reunidas, principalmen-
Dica: A Estática Patrimonial é o estudo do patrimônio quando te, as contas que representam direitos de receber por vendas ou
considerado sem movimento, em um determinado momento, ou serviços prestados relacionados ao Objeto Social da empresa, isto
seja, nos seus elementos, nos componentes e nos valores. Procura é, a atividade operacional da empresa. Suas contrapartidas são con-
ainda demonstrar num dado momento a estrutura e a composição tas de resultados, que são registradas não no Balanço Patrimonial,
patrimonial da empresa. mas encerradas na Demonstração de Resultados do Exercício. Tam-
bém é comum visualizarmos neste grupo a conta “provisão para
A legislação preconiza a elaboração e fechamento do balanço devedores duvidosos – uma conta redutora do ativo circulante”,
patrimonial no último dia do exercício da empresa, para atender que representam, grosso modo, aquelas duplicatas ou faturas que a
a legislação fiscal, instituição financeira ou terceiros. Porém pode empresa percebe que dificilmente conseguirá receber;
ser elaborado mensalmente ou semestralmente de acordo com sua c) Estoques - os estoques alocados no Ativo Circulante são es-
necessidade. sencialmente os estoques de mercadorias, materiais de uso e con-
Ressaltando que quando, em circunstâncias excepcionais, a sumo, matérias primas, produtos em fabricação e produtos acaba-
data do exercício social de uma entidade mudar e as demonstra- dos. Entretanto, nada impede que a empresa constitua outros tipos
ções contábeis forem apresentadas por um período mais longo ou de estoques;
mais curto que um ano, deve-se divulgar, além do período abrangi- d) Títulos, Valores Mobiliários e Bens - neste grupo devem ser
do pelas demonstrações contábeis, as seguintes informações: alocadas as aplicações financeiras não alocadas em Disponibilida-
- Livro Razão28 para um período diferente de um ano; e des e com prazos de vencimento/resgate até o fim do exercício se-
26 Fonte: www.voceconcursado.com.br / Por Arthur Lafayette
27 RODRIGUES, Adenir Ortiz; PROENÇA, André Eduardo de; BUSCH, legislação para empresas tributadas pelo Imposto de Renda. Este livro
Cleber Marcel; GARCIA, Edino Ribeiro; TODA, William Haruo – Plane- agrega as contas patrimoniais do Balanço Patrimonial e da Demons-
jamento Contábil e Reorganização Societária – 2ª ed. São Paulo: IOB, tração do Resultado do Exercício, contas de ativo, passivo e patrimônio
2013 líquido e também de receitas e despesas.
28 O Livro Razão é fundamental para processo contábil e exigido por 29 http://contadores.cnt.br/noticias/artigos/2016/07/11/classificacao-de-ativos.html
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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

guinte a data de apresentação do Balanço; e os ativos destinados à c) Obrigações Tributárias: inclusive parcelas a vencerem a cur-
venda, que não sejam estoques e espera-se que sejam realizados to prazo relativas a programas de refinanciamento de dívidas fiscais
no curso do exercício seguinte à apresentação do balanço; e previdenciárias (como o REFIS), FGTS e outros encargos de natu-
e) Despesas Antecipadas - aqui devem ser alocadas todas as reza tributária, incluindo multa e juros
contas que representam pagamentos efetuados por serviços ainda d) Fornecedores: (incluindo juros, multas e outras obrigações
não recebidos ou consumidos integralmente, e que o serão (pre- contratuais, pelo regime de competência)
sumidamente) pagas ao longo do próximo exercício, por exemplo: e) Instituições Financeiras: empréstimos, financiamentos e sal-
seguros pagos à vista, mas que ainda possui vigência por meses se- dos devedores bancários, incluindo cheques pré-datados e valores
guintes; dos limites de crédito de contas correntes utilizadas
f) Ativos Especiais - aqui se alocam aqueles ativos que geram ou f) Créditos: de sócios, acionistas, diretores e empresas coliga-
podem gerar benefícios econômicos para a empresa, como exem- das e controladas, quando sua liquidação estiver estipulada para o
plos deste tipo de ativo: os direitos de transmissão de um filme, os exercício seguinte
direitos de uso de um software, a seção de direitos autorais, etc.
- Passivo Não Circulante31: São escrituradas as obrigações da
- Ativo Não Circulante: São incluídos todos os bens de natureza entidade, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ati-
duradoura destinados ao funcionamento normal da sociedade e do vo não-circulante, quando se vencerem após o exercício seguinte.
seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa Normalmente tais obrigações correspondem a valores exigíveis a
finalidade. partir do 13º mês seguinte ao do exercício social.
a) Ativo Realizável a Longo Prazo - neste grupo são classifica- a) Instituições Financeiras: parcelas de empréstimos e finan-
dos os ativos com mesma natureza dos Ativos Circulantes, mas que, ciamentos, incluindo os respectivos juros e encargos contratuais
entretanto, serão realizados ou consumidos apenas após o término decorridos, vencíveis após o exercício seguinte ao do fechamento
do exercício seguinte à apresentação do Balanço. Vale ressaltar que de balanço (ou seja, a partir do 13º mês do encerramento do exer-
sua classificação é residual em relação aos demais grupos de contas cício);
do Ativo Não Circulante, ou seja, classificam-se aqui os ativos que b) Créditos: de sócios, acionistas, diretores e empresas coliga-
não puderem ser classificados nos demais grupos do Ativo Não Cir- das e controladas, quando sua liquidação estiver estipulada após o
culante (Investimentos, Imobilizado e Intangível) e apenas se não exercício seguinte;
puderem ser classificados neles; c) Obrigações Tributárias de Longo Prazo: incluindo parce-
b) Investimentos - neste grupo devem ser classificados os imó- las relativas a programas de refinanciamento de dívidas fiscais e
veis que a empresa eventualmente possua com a finalidade de lo- previdenciárias (como o REFIS), acrescidos dos encargos legais pre-
cação ou valorização e as participações em sociedades coligadas, vistos pelo regime de competência;
controladas e controladas em conjunto; d) Debêntures e outras obrigações: as contratuais exigíveis
c) Imobilizado - aqui devem ser alocadas todas as contas que após o exercício seguinte;
representem bens materiais (corpóreos, tangíveis) que sejam man- e) Receitas Diferidas: menos os custo e despesas relativas às
tidos pela empresa com a finalidade de produção ou fornecimento respectivas receitas (antigo agrupamento de Resultados de Exer-
de mercadorias e serviços, para locação, ou para fins administrati- cícios Futuros), incluindo as receitas à prazo ou em prestações de
vos, e que se espera utilizar para além do exercício seguinte à apre- unidades imobiliárias em construção.
sentação do balanço. São exemplos: terrenos, edifícios, máquinas
e equipamentos, móveis e utensílios, veículos, instalações, com- - Patrimônio Líquido: Corresponde à riqueza de uma organiza-
putadores, etc. Por determinação do (Comitê de Pronunciamentos ção, o que ela possui descontadas as contas que precisa pagar. Ele
Contábeis - CPC 06 (R2) – Operações de Arrendamento Mercantil, representa a fonte interna de recursos da empresa e o quanto seus
devem-se alocar aqui também os arrendamentos financeiros; proprietários têm investido na companhia.
d) Intangível - neste grupo devem ser alocados os direitos que a) Capital Social - discrimina o montante subscrito e a parcela
tenham por objeto bens incorpóreos ligados à manutenção da em- ainda não realizada por sócios e acionistas;
presa ou exercidos com esta finalidade, inclusive, o fundo de co- b) Reservas de Capital - são recursos obtidos pela empresa que
mércio. não possuem vínculo com a formação de lucro. São decorrentes,
por exemplo, do reembolso ou compra de ações, da incorporação
Passivo ao capital e do pagamento de dividendos a ações preferenciais,
Compreende os saldos das obrigações devidas pela empresa. dentro outros;
- Passivo Circulante30: São as obrigações da empresa, inclusive c) Ajustes de Avaliação Patrimonial - as contrapartidas de au-
financiamentos para aquisição de bens e direitos do Ativo Não mentos ou diminuições de elementos do ativo e do passivo que não
Circulante, cujo vencimento ocorrerá no exercício seguinte, foram computadas no exercício, em decorrência da sua reavaliação,
incluindo dívidas com fornecedores, matéria prima, tributos a desde que sigam as regras legais;
pagar, aluguel, água, energia elétrica, etc. d) Reservas de Lucros - valores da apropriação de parte dos lu-
a) Obrigações com funcionários: relativas a salários, participa- cros em decorrência da lei ou da vontade do proprietário;
ções nos resultados, férias a pagar, abonos pecuniários e outras ver- e) Ações em Tesouraria - é uma conta redutora do patrimônio
bas de natureza trabalhista líquido que registra o valor das ações da companhia adquiridas pela
b) Provisões: de Férias e 13º Salário, incluindo os respectivos própria empresa;
encargos sociais e adicional de 1/3 de férias
30 http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/passivo-circu- 31 http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/passivo-nao-
lante.htm -circulante.htm
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f) Prejuízos Acumulados - registros de prejuízos acumulados e - Mensuração: Como medir os elementos reconhecidos
ainda não cobertos. nas demonstrações contábeis.
- Divulgação: O que deve ser divulgado para garantir uma
Exemplo de Balanço Patrimonial: apresentação completa e compreensível.

ATIVO PASSIVO Principais Grupamentos nas Demonstrações Contábeis:


- Ativos:
ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE - Ativos Circulantes (ex: caixa, contas a receber).
ATIVO NÃO CIRCULANTE PASSIVO NÃO CIRCULANTE - Ativos Não Circulantes (ex: propriedade, planta e
equipamento).
Realizável a Longo Prazo Passivo Exigível a Longo Prazo
- Passivos:
Investimentos PATRIMÔNIO LIQUIDO - Passivos Circulantes (ex: contas a pagar).
Imobilizado Capital Social - Passivos Não Circulantes (ex: empréstimos de longo prazo).
- Patrimônio Líquido:
Intangível Reserva de Capital - Capital Social.
Ajuste de Avaliação Patrimonial - Reservas de Lucros.
Reserva de Lucros - Receitas:
- Vendas.
Ações em Tesouraria - Prestação de Serviços.
Prejuízos Acumulados - Despesas:
- Custos Operacionais.
DICA: O Balanço Patrimonial e sua estrutura está discriminado - Despesas Financeiras.
na Lei das S.A. - Lei 6404/76 Artigo 178 SEÇÃO III.
Exemplo de Estrutura (Resumido):

ESTRUTURA, FORMA DE EVIDENCIAÇÃO, CRITÉRIOS DE Balanço Patrimonial em 31 de Dezembro de 20XX:


ELABORAÇÃO E PRINCIPAIS GRUPAMENTOS ```
Ativos
Ativos Circulantes
Sua pergunta é bastante abrangente, então eu vou dividir as Caixa e Equivalentes de Caixa
informações em algumas partes para cobrir os aspectos que você Contas a Receber
mencionou. Ativos Não Circulantes
Propriedade, Planta e Equipamento
Estrutura das Demonstrações Contábeis: Intangíveis
As demonstrações contábeis geralmente incluem três
componentes principais: Passivos
- Balanço Patrimonial (BP): Apresenta a posição financeira Passivos Circulantes
da empresa em um determinado momento, destacando ativos, Contas a Pagar
passivos e o patrimônio líquido. Passivos Não Circulantes
- Demonstração do Resultado do Exercício (DRE): Mostra o Empréstimos de Longo Prazo
desempenho financeiro ao longo de um período, exibindo receitas,
despesas e o lucro líquido. Patrimônio Líquido
- Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC): Detalha os fluxos Capital Social
de entrada e saída de caixa ao longo de um período, classificados Reservas de Lucros
em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. ```

Forma de Evidenciação: Demonstração do Resultado do Exercício para o Ano Encerrado


- A evidenciação refere-se à apresentação clara e em 31 de Dezembro de 20XX:
transparente das informações nas demonstrações contábeis. Isso ```
inclui a utilização de notas explicativas, que detalham informações Receitas
adicionais, políticas contábeis, métodos de mensuração e outras Vendas
explicações que complementam os números nas demonstrações. Prestação de Serviços

Critérios de Elaboração: Despesas


- Os critérios de elaboração das demonstrações contábeis são Custos Operacionais
baseados em princípios contábeis geralmente aceitos (GAAP). Esses Despesas Financeiras
princípios incluem:
- Reconhecimento: Quando e como reconhecer elementos Lucro Líquido
nas demonstrações contábeis. ```

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Essa é uma estrutura geral e simplificada. As empresas podem Importante: Resultado do período é o total das receitas dedu-
ter seções adicionais nas demonstrações contábeis com base em zido das despesas, exceto os itens reconhecidos como outros resul-
suas características específicas e nas exigências regulatórias de tados abrangentes ao patrimônio líquido.
sua jurisdição. Além disso, as notas explicativas são fundamentais Operação descontinuada corresponde ao componente da enti-
para fornecer informações adicionais e detalhes sobre os itens dade que foi baixado ou está classificado como mantido para venda
apresentados nas demonstrações contábeis. e:
- Representa uma importante linha separada de negócios ou
área geográfica de operações
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO: CONTE- - É parte integrante de um único plano coordenado para venda
ÚDO E FORMA DE APRESENTAÇÃO de uma importante linha separada de negócios ou área geográfica
de operações
- É uma controlada adquirida exclusivamente com objetivo de
DRE - Demonstração do Resultado do Exercício32 revenda

É na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) que apare- Ou seja, são ativos imobilizados que a empresa de uma linha
cerão todas as contas de Receitas e Despesas do período, que são separada de negócios ou área geográfica de operações que ficaram
contas transitórias, ou seja, ao final do período de apuração estarão obsoletos ou descontinuados e foram colocados à venda ou um in-
com seus saldos zerados. vestimento em controlada adquirido com o objetivo de revenda.
A DRE tem por objetivo evidenciar a situação econômica da
entidade em um determinado período por meio da apuração do Receita operacional bruta
resultado do exercício (lucro ou prejuízo) A Receita Bruta de uma empresa é a somatória de todas as ven-
Além disso, a DRE é uma demonstração dedutiva e dinâmica, das ou serviços que foram efetuados e que tenham sido faturados,
mostrando o cálculo do resultado do exercício, enquanto o Balanço ou seja, que tenham gerado a emissão de uma nota fiscal em deter-
Patrimonial é uma é uma demonstração estática, pois mostra a si- minado período, obedecendo ao princípio da competência.
tuação patrimonial em um dado momento.
Portando, a demonstração do resultado destina-se a evidenciar Dedução da receita bruta
a composição do resultado formado em determinado período de As Deduções da Receita Bruta são representadas pelas contas
operações da entidade. de devolução (vendas canceladas), abatimentos, descontos comer-
De acordo com o pronunciamento CPC 26 (R1) – Apresenta- ciais e impostos incidentes sobre venda de produtos ou serviços.
ção das Demonstrações Contábeis, aprovado pela Resolução CPF nº Para efeito de análise, as receitas não são demonstradas de forma
1.185/2009, alterado pela Resolução CFC nº 1.376/2011, a demons- líquida, ou seja, registram-se as receitas na forma bruta e, em sepa-
tração do resultado do período deve, no mínimo, indicar as seguin- rado, suas respectivas deduções.
tes rubricas, obedecidas também as determinações legais. - Devolução ou vendas canceladas - correspondem à anulação
de valores registrados como receita, decorrentes do cancelamen-
- Receitas to de vendas, devoluções totais ou parciais, quebras ou avarias na
- Custos dos produtos, das mercadorias ou dos serviços ven- mercadoria vendida, pela não concretização da entrega dos produ-
didos tos ou pela má qualidade na prestação de serviços.
- Lucro bruto - Abatimentos - também conhecidos como descontos incon-
- Despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despe- dicionais, são concedidos aos clientes quando, após a entrega do
sas e receitas operacionais produto, este apresenta defeitos de qualidade, caracterizados por
- Parcela dos resultados da empresa investidas reconhecidas quebras ou avarias, por exemplo. Esses descontos não podem ser
por meio do método de equivalência patrimonial (ganho de equiva- confundidos com descontos financeiros, nem tampouco com des-
lência patrimonial e perda de equivalência patrimonial) contos de preço de venda (promoções).
- Resultado antes das receitas e despesas financeiras - Impostos incidentes sobre vendas de produtos e prestação de
- Despesas e receitas financeiras serviços - também serão deduzidos da receita bruta, pois são os que
- Resultados antes dos tributos sobre o lucro guardam proporcionalidade com o preço da venda efetuada ou do
- Despesa com tributo sobre o lucro serviço prestado. São exemplos de impostos incidentes sobre o fa-
- Resultado líquido das operações continuadas turamento:
- Valor líquido dos seguintes itens: IPI - Imposto sobre produtos Industrializados (União);
a) Resultado líquido após tributos das operações descontinua- PIS - Programa de Integração Social (União);
das COFINS - Contribuição para Financiamento da Seguridade So-
b) Resultado após os tributos decorrente da mensuração ao va- cial (União);
lor justo menos despesas de vendas ou na baixa dos ativos ou do ICMS - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mer-
grupo de ativo à disposição para venda que constituem a unidade cadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual
operacional descontinuada e Intermunicipal, de Comunicação e Energia Elétrica (Estado);
c) Resultado líquido do exercício ISSQN - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (Muni-
cípio).

32 MORAES, Júnior, José Jayme – Contabilidade Geral, Contabilidade Avançada


e Análise das Demonstrações Contábeis – 5ª ed – Rio de Janeiro – Impetus : 2016
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Receita operacional líquida cionadas a elas aquelas alocadas na fabricação de produtos ou na


Constitui a base de cálculo para a análise das receitas efetiva- prestação dos serviços, pois estas compõem os custos das merca-
mente realizadas pela empresa em determinado período. Evidencia dorias ou dos serviços.
o valor da venda líquida de bens e serviços, oriundos da atividade
da empresa, subtraindo as deduções incidentes sobre a receita bru- Despesas de Vendas
ta (faturamento). Têm a função de registrar as despesas com a comercialização
dos produtos, mercadorias ou serviços para atender aos objetivos
Custos da empresa. São alguns exemplos de despesas com vendas:
Os custos a serem atribuídos como CMV, CSP ou CPV no exercí- - Despesas com pessoal de vendas
cio devem ser correspondentes às receitas de vendas dos produtos - Marketing
e serviços reconhecidos como tal no mesmo período, obedecendo - Distribuição
ao princípio da competência. - Administrativo interno de vendas
- Comissões sobre vendas
Cálculo do Custo da Mercadoria Vendida – CMV - Propaganda e publicidade
CMV= EI + C – EF - Garantia de produtos
- Despesas com estimativas de perdas com duplicatas deriva-
Onde: das de vendas a prazo (provisão para devedores duvidosos), etc.
CMV = Custo das Mercadorias Vendidas
EI = Estoque Inicial Despesas administrativas
C = Compras Representam os gastos pagos ou incorridos necessários para
EF = Estoque Final (inventário final) arcar com despesas para a gestão ou direção da empresa. Sua fun-
ção é registrar, em cada conta específica, as despesas com a admi-
Cálculo do Custo do Serviço Prestado (CSP) nistração do negócio para atender aos objetivos da empresa. Den-
CSP = Sin + (MO + GDS + GIS) – Sfi tre as despesas administrativas mais comuns, temos;
- Honorários da administração
Onde: - Salários e encargos do pessoal administrativo
CSV = Custo dos Serviços Vendidos - Despesas legais e judiciais
Sin = Saldo Inicial dos Serviços em Andamento - Material de escritório
MO = Mão de Obra Direta aplicada nos serviços vendidos - Depreciação de móveis e utensílios
GDS = Gastos Diretos (locação de equipamentos, subcontrata- - Seguro do escritório
ções, etc.) aplicados nos serviços vendidos - Energia elétrica
GIS = Gastos Indiretos (luz, mão de obra indireta, depreciações - Telefone, etc.
de equipamentos, etc.) aplicados nos serviços vendidos
Sfi = Saldo Final dos Serviços em Andamento Resultados financeiros líquidos
O art. 187 da Lei das S.A. – Lei nº 6.404/76 define como despe-
Cálculo do Custo do Produto Vendido – (CPV) sas operacionais as despesas financeiras deduzidas das receitas, ou
CPV = EI + (In + MO + GGF) – EF seja, as receitas financeiras deverão ser compensadas das despesas
financeiras.
Onde: (=) Resultados Financeiros Líquidos
CPV = Custo dos Produtos Vendidos (+) Receitas Financeiras
EI = Estoque Inicial (-) Despesas Financeiras
In = Insumos (matérias primas, materiais de embalagem e ou-
tros materiais) aplicados nos produtos vendidos Receitas Financeiras
MO = Mão de Obra Direta aplicada nos produtos vendidos São receitas geradas em função de:
GGF = Gastos Gerais de Fabricação (aluguéis, energia, depre- - Descontos obtidos
ciações, mão de obra indireta, etc.) aplicada nos produtos vendidos - Juros recebidos
EF = Estoque Final (inventário final) - Rendimentos de aplicações financeiras (fundos de investi-
mentos, por exemplo).
Lucro bruto ou resultado bruto
De acordo com o artigo 187, item II, da Lei nº 6.404/76, deve Despesas Financeiras
ser computado na DRE o custo das mercadorias e serviços vendidos São caracterizadas por serem despesas decorrentes da necessi-
ou prestados no exercício, que deduzido das receitas corresponden- dade de Capital de Giro ou do financiamento do Ativo:
tes, gera o Lucro Bruto. - Juros pagos
- Descontos concedidos
Despesas operacionais - Despesas bancárias (IOF, manutenção da conta corrente, den-
Segundo a Lei das S.A. – Lei 6.404/76, as despesas operacionais tre outras, por exemplo)
correspondem ao esforço financeiro necessário para que a empresa
possa funcionar, ou seja, financiar suas atividades de vendas, pro-
dução e prestação de serviços. Constituem as despesas pagas ou
incorridas no período (princípio da competência). Não estão rela-
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Outras Receitas e Despesas Operacionais (=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO


São as chamadas atividades acessórias do objetivo social da
empresa. Compõem-se de itens que não são provenientes da ativi- (-) DESPESAS OPERACIONAIS
dade fim da empresa, tais como: Despesas Com Vendas
- Participação nos resultados de coligadas e controladas pelo
Despesas Administrativas
método de equivalência patrimonial
- Dividendos e rendimentos de outros investimentos (-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS
- Amortização de ágio ou deságio de investimentos Despesas Financeiras
- Vendas diversas que não correspondem à atividade fim da
empresa (venda de sucatas). (-) Receitas Financeiras
Variações Monetárias e Cambiais Passivas
Resultado operacional antes do Imposto de Renda (IR) e Con- (-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas
tribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) - lucro ou prejuízo
O resultado obtido até este ponto na DRE constitui base de cál- OUTRAS RECEITAS E DESPESAS
culo da Provisão para Imposto de Renda e da Provisão para Contri- Resultado da Equivalência Patrimonial
buição Social. Caso o resultado obtido seja negativo, caracterizando
Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante
prejuízo em sua movimentação, não haverá incidência de IR e CSLL.
Para o cálculo do imposto de renda a pagar, que deverá ser re- (-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circu-
colhido pela empresa, a base de cálculo (lucro tributável) é denomi- lante
nada Lucro Real, que será obtido mediante a escrituração do livro (=) RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE
fiscal denominado LALUR - Livro de apuração do Lucro Real. Nesse RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO
livro, registram-se os ajustes necessários (adições e exclusões ou
compensações) de acordo com a legislação vigente. (-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social
Sobre o Lucro
Participações e Contribuições (=) LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES
Após a apuração do “Resultado depois do IR e CSLL”, deve-se (-) Debêntures, Empregados, Participações de Administra-
calcular e deduzir outras participações do resultado, tais como dos dores, Partes Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdên-
empregados, administradores e de assistência ou previdência do cia para Empregados
empregado. Essas participações normalmente estão previstas no
estatuto da empresa. (=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Resultado líquido do exercício (lucro ou prejuízo)


O Resultado Líquido corresponde ao resultado final do exercício APURAÇÃO E PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PARA A IDEN-
“à disposição” dos proprietários (sócios ou acionistas) que, apoia- TIFICAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
dos em determinações legais e estatutárias, determinam a forma
como será feita a sua distribuição. O saldo remanescente integrará
o Patrimônio Líquido da empresa nas contas Reservas de Lucros - A apuração do resultado do exercício é um processo contábil
caso ocorra lucro - e Prejuízos Acumulados - caso ocorra prejuízo. fundamental que envolve a identificação e mensuração das receitas,
despesas, ganhos e perdas durante um determinado período. Aqui
Exemplo de DRE: estão os principais procedimentos contábeis envolvidos nesse
processo:
RECEITA OPERACIONAL BRUTA
Identificação de Receitas:
Vendas de Produtos - O primeiro passo é identificar todas as receitas geradas
Vendas de Mercadorias pela empresa durante o período. Isso inclui receitas de vendas de
produtos ou serviços, receitas financeiras, entre outras.
Prestação de Serviços
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Identificação de Despesas:
Devoluções de Vendas - Em seguida, é necessário identificar todas as despesas
incorridas pela empresa durante o período. Isso pode incluir
Abatimentos despesas operacionais, despesas financeiras, depreciação, entre
Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas outras.
(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA
Mensuração de Ativos e Passivos:
(-) CUSTOS DAS VENDAS - Mensurar os ativos e passivos ao final do período contábil
Custo dos Produtos Vendidos é importante para calcular o resultado. Isso envolve avaliar o valor
dos ativos (como estoques e propriedade) e passivos (como contas
Custo das Mercadorias a pagar e empréstimos).
Custo dos Serviços Prestados

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Reconhecimento de Ganhos e Perdas:


- Além das receitas e despesas operacionais, é preciso CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS, DOS SERVIÇOS PRES-
reconhecer ganhos e perdas não operacionais que podem ter TADOS E SISTEMAS DE CUSTEIO
ocorrido durante o período. Isso pode incluir ganhos ou perdas
com a venda de ativos não relacionados às atividades principais da
empresa. O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) e o Custo dos Serviços
Prestados (CSP) são conceitos essenciais na contabilidade de custos
Cálculo do Lucro Bruto: e estão relacionados às despesas incorridas para produzir bens
- O lucro bruto é calculado subtraindo o custo dos bens ou fornecer serviços. Além disso, diferentes sistemas de custeio
ou serviços vendidos das receitas de vendas. Essa etapa é são utilizados para atribuir esses custos aos produtos ou serviços.
especialmente relevante para empresas que lidam com a venda de Vamos explorar cada um desses elementos:
produtos físicos.
Custo dos Produtos Vendidos (CPV):
Cálculo do Lucro Operacional: O CPV é o custo associado à produção ou aquisição de produtos
- O lucro operacional é obtido subtraindo as despesas físicos que são vendidos pela empresa. Inclui todos os custos
operacionais do lucro bruto. Isso fornece uma visão do diretamente relacionados à fabricação ou compra de mercadorias.
desempenho operacional da empresa, excluindo ganhos e perdas Os componentes do CPV podem incluir:
não operacionais. - Matéria-prima: Custo dos materiais que entram na
fabricação do produto.
Consideração de Despesas Financeiras e Impostos: - Mão de Obra Direta: Salários e benefícios dos trabalhadores
- Despesas financeiras, como juros sobre empréstimos, são envolvidos diretamente na produção.
deduzidas do lucro operacional. Além disso, é considerada a carga - Custos Indiretos de Fabricação: Despesas gerais de
tributária para calcular o lucro líquido. fabricação, como aluguel da fábrica, energia elétrica, supervisão,
entre outros.
Cálculo do Lucro Líquido: - Custo dos Produtos em Processo e Acabados: Custo
- O lucro líquido é o resultado final da apuração e representa dos produtos que ainda estão em processo de fabricação e dos
o lucro ou prejuízo da empresa após todas as deduções. É obtido produtos finalizados.
subtraindo despesas financeiras, impostos e outras despesas não
operacionais do lucro operacional. Custo dos Serviços Prestados (CSP):
O CSP refere-se ao custo associado à prestação de serviços
Registro Contábil: pela empresa. Diferentemente do CPV, que está mais voltado para
- Todos os valores calculados são registrados nas contas a produção de bens tangíveis, o CSP está relacionado aos custos
contábeis correspondentes. Por exemplo, o lucro líquido é incorridos na entrega de serviços. Componentes do CSP podem
registrado na conta de resultado do exercício. incluir:
- Mão de Obra Direta: Custo dos funcionários diretamente
Divulgação nas Demonstrações Contábeis: envolvidos na prestação de serviços.
- O resultado do exercício é divulgado nas demonstrações - Custos Indiretos de Serviços: Despesas gerais associadas
contábeis, como a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), à prestação de serviços, como aluguel de instalações, utilities, entre
onde são apresentados os detalhes das receitas, despesas e do outros.
lucro líquido. - Custos de Materiais de Serviço: Custos de materiais
consumidos durante a prestação do serviço.
Análise e Interpretação:
- Após a apuração, a empresa realiza uma análise do Sistemas de Custeio:
resultado do exercício para entender seu desempenho financeiro. Os sistemas de custeio são métodos utilizados para alocar os
Isso pode envolver a comparação com períodos anteriores, metas custos aos produtos ou serviços. Dois sistemas comuns são:
estabelecidas e benchmarks do setor. - Custeio por Absorção: Atribui todos os custos diretos e
indiretos aos produtos ou serviços. É utilizado para fins contábeis
A apuração do resultado do exercício é um processo que segue externos e é exigido pelos princípios contábeis geralmente aceitos
princípios contábeis e requer precisão para garantir a confiabilidade (GAAP).
das informações financeiras apresentadas pela empresa. A correta - Custeio Variável ou Direto: Apenas os custos variáveis são
execução desses procedimentos é crucial para a elaboração de atribuídos aos produtos ou serviços. Os custos fixos são tratados
demonstrações contábeis precisas e úteis para os usuários externos como despesas do período. É útil para análises de margem de
e internos da empresa. contribuição e tomada de decisões internas.

Vantagens e Desvantagens do Custeio por Absorção e Custeio


Variável:
- Custeio por Absorção:
- Vantagens: Conformidade com as normas contábeis,
considera todos os custos na formação do preço.

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- Desvantagens: Pode distorcer os custos em períodos de Despesas Não Operacionais:


variação na produção. - Referem-se a despesas que não estão diretamente ligadas às
atividades principais da empresa.
- Custeio Variável: - Exemplos incluem perdas com investimentos, despesas
- Vantagens: Fácil de entender, útil para tomada de relacionadas a litígios, entre outros.
decisões a curto prazo.
- Desvantagens: Não está em conformidade com alguns Resultado Não Operacional:
princípios contábeis, não reflete todos os custos associados à - O resultado não operacional é obtido subtraindo as despesas
produção. não operacionais das receitas não operacionais.
- Esse resultado é isolado do resultado operacional para
Considerações Finais: oferecer uma visão separada dos efeitos não operacionais sobre o
A escolha entre CPV e CSP, bem como entre os diferentes desempenho financeiro.
sistemas de custeio, depende do tipo de operação da empresa e dos
objetivos de informação. Muitas empresas usam uma combinação Tratamento Contábil:
de abordagens para atender às suas necessidades específicas de
gestão e relatórios financeiros. Reconhecimento e Mensuração:
- Tanto os itens operacionais quanto os não operacionais são
reconhecidos e mensurados de acordo com os princípios contábeis
TRATAMENTO CONTÁBIL E APURAÇÃO DOS RESULTADOS aplicáveis.
DOS ITENS OPERACIONAIS E NÃO OPERACIONAIS - As receitas e despesas são registradas no momento em que
são realizadas ou incorridas.

O tratamento contábil e a apuração dos resultados dos itens Registro em Contas Contábeis:
operacionais e não operacionais são fundamentais para entender - As transações relacionadas aos itens operacionais e não
e comunicar o desempenho financeiro de uma empresa. Vamos operacionais são registradas em contas contábeis específicas.
abordar como esses resultados são tratados contabilmente: - Exemplos incluem contas de receitas operacionais,
custos operacionais, receitas não operacionais e despesas não
Itens Operacionais: operacionais.

Receitas Operacionais: Demonstrações Contábeis:


- As receitas operacionais referem-se àquelas geradas pelas - As demonstrações contábeis, como a Demonstração
atividades principais da empresa, ou seja, aquelas relacionadas à do Resultado do Exercício (DRE), destacam separadamente os
venda de produtos ou prestação de serviços. resultados operacionais e não operacionais.
- O registro contábil envolve o reconhecimento da receita - Essas demonstrações oferecem uma visão clara do
quando a empresa entrega os bens ou serviços ao cliente. desempenho global da empresa.
- Exemplos incluem vendas de produtos, prestação de
serviços, royalties, entre outros. Divulgações Notas Explicativas:
- Informações adicionais sobre itens não operacionais podem
Custos e Despesas Operacionais: ser fornecidas nas notas explicativas às demonstrações contábeis
- Os custos operacionais e despesas operacionais são deduzidos para uma compreensão mais completa.
das receitas operacionais para calcular o lucro operacional.
- Os custos operacionais incluem gastos diretamente Considerações Finais:
relacionados à produção ou aquisição de bens e serviços.
- As despesas operacionais incluem custos associados à A clara segregação e análise dos resultados operacionais e
administração, vendas e outras atividades operacionais. não operacionais são cruciais para os usuários das demonstrações
contábeis entenderem a fonte e a natureza do desempenho
Resultado Operacional: financeiro da empresa. O tratamento contábil apropriado e a
- O resultado operacional é obtido subtraindo os custos e divulgação transparente são essenciais para cumprir com as normas
despesas operacionais das receitas operacionais. contábeis e fornecer informações úteis aos stakeholders.
- Reflete o desempenho financeiro das atividades centrais da
empresa.
RESULTADO BRUTO, RESULTADO LÍQUIDO E RESULTADO
Itens Não Operacionais: ABRANGENTE

Receitas Não Operacionais:


- Envolve receitas que não fazem parte das atividades Os conceitos de resultado bruto, resultado líquido e resultado
principais da empresa. abrangente estão relacionados às demonstrações financeiras de
- Exemplos incluem ganhos com investimentos, venda de uma empresa e representam diferentes aspectos do desempenho
ativos não relacionados ao negócio principal, entre outros. financeiro. Vamos examinar cada um deles:

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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

Resultado Bruto:
O resultado bruto refere-se à diferença entre as receitas DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE
de vendas e o custo dos bens ou serviços vendidos. Em outras
palavras, é o lucro ou prejuízo obtido antes da dedução de despesas
operacionais e não operacionais. A fórmula básica para o resultado Demonstração do Resultado Abrangente (DRA)33
bruto é: Foi através do Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1) Apresen-
tação das Demonstrações Contábeis, onde surgiu a determinação
Resultado Bruto = Receitas de Vendas- Custo dos Bens ou para apresentação da demonstração de resultado abrangente.
Serviços Vendidos A entidade deve, apresentar as receitas e despesas do período
na demonstração do resultado do exercício, mas todas as outras
O resultado bruto é uma métrica importante para empresas variações ocorridas no patrimônio, como por exemplo ajustes de
que lidam com a produção ou venda de mercadorias, pois destaca a reavaliação, variações cambiais, alguns ajustes de instrumentos fi-
eficiência operacional na produção. nanceiros entre outros, que poderão alterar em determinado tem-
po o resultado do período ou diretamente os Lucros ou Prejuízos,
Resultado Líquido: deverão ser apresentados como Outros Resultados Abrangentes,
O resultado líquido, por sua vez, representa o lucro ou prejuízo dentro do DRA.
final da empresa após a dedução de todas as despesas, incluindo A DRA refere-se a soma do resultado do período com a soma
despesas operacionais, despesas financeiras, impostos e outras dos outros resultados abrangentes, não fazendo parte do conjunto
despesas não operacionais. A fórmula básica para o resultado de demonstrações contábeis exigidos pela Lei das S.A., sendo inclu-
líquido é: ída posteriormente pelo CPC, conforme já citado, e em decorrência
das mudanças na convergência às normas internacionais.
Resultado Líquido = Receitas Totais - Despesas Totais A DRA, deve incluir as seguintes rubricas:
- Resultado Líquido do Período;
O resultado líquido é uma métrica fundamental nas - Parcela dos outros resultados abrangentes de empresas inves-
demonstrações financeiras, como a Demonstração do Resultado tidas reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial;
do Exercício (DRE), pois reflete o desempenho financeiro global da - Cada item dos outros resultados abrangentes classificados
empresa. conforme sua natureza;
- Resultado abrangente do período;
Resultado Abrangente:
O resultado abrangente vai além do resultado líquido e Podemos dizer que o resultado abrangente é a mutação que
incorpora mudanças em outros elementos do patrimônio líquido ocorre no patrimônio líquido durante um determinado período,
que não são refletidos no resultado líquido tradicional. Ele inclui onde resulta de transações e outros eventos, os quais não são deri-
itens que, embora não afetem diretamente o caixa da empresa, vados de transações com os sócios, ou seja, é o resultado do exercí-
têm impacto no valor do patrimônio líquido. Exemplos de itens que cio adicionado de ganhos ou perdas que eram reconhecidas direta
podem ser incluídos no resultado abrangente são ganhos e perdas e temporariamente na DMPL.
não realizados em instrumentos financeiros, ajustes de conversão e A demonstração do resultado abrangente inicia com o resul-
certas mudanças em benefícios de planos de pensão. tado líquido e inclui os outros resultados abrangentes, dos quais
são correspondente às mutações do patrimônio líquido que não
A fórmula básica para o resultado abrangente é: representam receitas e despesas realizadas pelo princípio da com-
petência, dessa forma podendo causar variações em períodos sub-
Resultado Abrangente = Resultado Líquido + Outros Itens sequentes.
Abrangentes
Outros Resultados Abrangentes34
O resultado abrangente é apresentado na Demonstração O resultado abrangente total é composto do resultado líquido
do Resultado Abrangente, que é uma demonstração financeira do exercício, dos outros resultados abrangentes e dos ajustes de re-
adicional que fornece uma visão mais completa do desempenho classificação. Portanto, todas as modificações do patrimônio líquido
financeiro e das mudanças no patrimônio líquido da empresa. não provenientes de transações de capital com os sócios são consi-
deradas outros resultados abrangentes, exceto o resultado líquido
Considerações Finais: do exercício e os ajustes de reclassificação.
- O resultado bruto foca na eficiência operacional e na Dessa forma, resumidamente, compõem os outros resultados
rentabilidade da produção ou venda de mercadorias. abrangentes:
- O resultado líquido representa o lucro ou prejuízo final após - Reserva de reavaliação;
todas as deduções de despesas.
- O resultado abrangente vai além do resultado líquido,
incorporando mudanças em elementos do patrimônio líquido não 33 Moraes Junior, José Jayme – Contabilidade Geral, contabilidade
refletidos no resultado líquido tradicional. avançada e análise das demonstrações contábeis – 5 ed. Niterói-RJ –
Impetus – 2016.
34 SANTOS, J. L. [et al.]. Manual de Práticas Contábeis: Aspectos So-
cietários e Tributários: 2.ª Ed. Atualizada pela Lei n° 11.941/09 e pelas
normas do CPC. São Paulo: Atlas, 2011.
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215
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- Ganhos e perdas na conversão de demonstrações contábeis


de operações no exterior; DESTINAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DO RESULTADO DE EXERCÍ-
- Ganhos e perdas atuariais em planos de pensão; CIO
- Ajustes de avaliação patrimonial na mensuração a valor justo
de ativos financeiros disponíveis para venda;
- Ajustes de avaliação patrimonial referente à efetiva parcela A destinação e distribuição do resultado do exercício referem-
de ganhos ou perdas de instrumentos de hedge em hedge de fluxo se ao processo de decidir como utilizar o lucro ou lidar com o
de caixa. prejuízo que uma empresa obteve durante um determinado
período contábil. Essa é uma decisão estratégica e envolve
Na prática, o resultado abrangente35 visa apresentar os ajustes diferentes etapas, dependendo das políticas internas da empresa e
efetuados no Patrimônio Líquido como se fosse um lucro da empre- dos requisitos legais em sua jurisdição. Vamos explorar as principais
sa. Por exemplo, a conta ajuste da avaliação patrimonial registra as etapas desse processo:
modificações de ativos e passivos a valor justo, que pelo princípio
da competência não entram na DRE; no entanto, no lucro abrangen- Assembleia Geral de Acionistas ou Sócios:
te estas variações serão computadas, a fim de apresentar o lucro o - A destinação do resultado normalmente começa com
mais próximo da realidade econômica da empresa. uma decisão tomada em uma assembleia geral de acionistas
A entidade deve divulgar em notas explicativas os ajustes de (em empresas de capital aberto) ou uma reunião de sócios (em
reclassificação relativos aos componentes dos outros resultados empresas de capital fechado). Essa reunião é responsável por
abrangentes. aprovar a destinação do resultado.

Exemplo de DRA: Reserva Legal:


- Em muitas jurisdições, há uma obrigação legal de constituir
ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRAN- uma reserva legal. Uma porcentagem do lucro líquido é alocada
GENTE (DRA) para essa reserva até que atinja um determinado percentual do
capital social.
Resultado Líquido do Exercício
(+/-) Outros Resultados Abrangentes:
Dividendos ou Retenção de Lucros:
1 – Reservas de Reavaliação:
- Os acionistas ou sócios podem optar por distribuir parte do
(-) Realização de Reserva de Reavaliação
lucro como dividendos. Esse pagamento retorna parte dos ganhos
(+) Tributos Sobre Realização da Reserva de Reavaliação
aos investidores.
2 – Plano de Pensão – Benefícios a Empregados
- Outra opção é reter os lucros, reinvestindo-os na empresa
(+/-) Ganhos e Perdas Atuariais em Planos de Previdência
para financiar projetos de expansão, reduzir dívidas ou acumular
Complementar
(+/-) Tributos Sobre Ganhos e Perdas Atuariais recursos para necessidades futuras.
3 – Ajustes de Conversão das Demonstrações Contábeis
(+/-) Ganhos e Perdas de conversão das Demonstrações Distribuição de Dividendos:
Contábeis para o Exterior - Se a decisão for distribuir dividendos, a assembleia geral
(+/-) Tributos Sobre Ajustes de Conversão das Demonstra- determinará a quantia a ser paga a cada acionista ou sócio com
ções Contábeis para o Exterior base na sua participação no capital social.
4 – Ajustes de Avaliação Patrimonial – Ativos Financeiros
(+/-) Ganhos e Perdas na Remuneração de Ativos Financei- Reservas Estatutárias ou Específicas:
ros Disponíveis para Venda - A assembleia geral pode decidir criar outras reservas,
(+/-) Tributos Sobre Ajustes de Instrumentos Financeiros como reservas estatutárias ou reservas específicas para finalidades
5 – Ajustes de Avaliação Patrimonial – Instrumentos de determinadas.
Hedge
(+/-) Resultado Abrangente de Empresas Investidas Reco- Retenção de Lucros para Investimentos:
nhecidas pelo Método da Equivalência Patrimonial - Se a empresa pretende reinvestir os lucros, a destinação
(=) Resultado Abrangente do Período pode incluir a retenção de uma parte ou de todo o lucro para
Parcela dos Sócios da Controladora financiar projetos de expansão, pesquisa e desenvolvimento,
Parcela dos Sócios não Controladores aquisições, entre outros.

Destinação para Prejuízos Acumulados:


- Se a empresa apresentou prejuízos acumulados de exercícios
anteriores, parte do lucro do exercício atual pode ser destinada
para compensar essas perdas.

Políticas Internas da Empresa:


- Algumas empresas têm políticas internas específicas que
35 Conteúdo na Íntegra. LUNELLI, R. L. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTA- influenciam a destinação do resultado, alinhadas aos seus objetivos
DO ABRANGENTE - <http://www.portaldecontabilidade.com.br/tema- estratégicos.
ticas/demonstracaoresultadoabrangente.htm>.
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Divulgação nas Demonstrações Contábeis: b) Para cada componente do patrimônio líquido, os efeitos da
- A destinação do resultado é divulgada nas demonstrações aplicação retrospectiva ou da reapresentação retrospectiva, reco-
contábeis, geralmente na Demonstração do Resultado do Exercício nhecido de acordo com o CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de
(DRE) e na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Estimativa e Retificação de Erro;
(DMPL). c) Para cada componente do patrimônio líquido, a conciliação
do saldo no início e no final do período, demonstrando-se separa-
Considerações Finais: damente as mutações decorrentes:
A destinação do resultado é uma decisão importante que reflete - Do resultado líquido;
a estratégia de gestão da empresa, seus planos de investimento, a - De cada item dos outros resultados abrangentes;
relação com os acionistas ou sócios, e a busca por equilíbrio entre - De transações com os proprietários realizadas na condição de
o pagamento de dividendos e a retenção de recursos para futuras proprietário, demonstrando separadamente suas integralizações e
oportunidades ou contingências. Essa decisão impacta diretamente as distribuições realizadas, bem como modificações nas participa-
a saúde financeira e a capacidade de crescimento da empresa. ções em controladas que não implicaram perda do controle. Infor-
mação a ser apresentada na DMPL ou nas notas explicativas.

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUI- Para cada componente do patrimônio líquido, a entidade deve
DO: CONTEÚDO, ITENS EVIDENCIÁVEIS E FORMA DE APRE- apresentar, ou na DMPL ou nas notas explicativas, uma análise dos
SENTAÇÃO outros resultados abrangentes por item.
As contas que formam o Patrimônio Líquido podem apresentar
diversas variações:
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – DMPL36
É a demonstração destinada a evidenciar as mudanças, em na- Alteram o patrimônio líquido
tureza e valor, ocorridas no Patrimônio Líquido da entidade, num - Acréscimo pelo lucro ou redução pelo prejuízo líquido do
determinado período de tempo, ou seja, a DMPL não se limita ape- exercício;
nas a demonstrar as mutações da conta “Lucros Acumulados” ou - Redução por dividendos;
da conta “Prejuízos Acumulados”. Ela demonstra as mutações de - Acréscimo por integralização de capital;
todas as contas do patrimônio líquido, consequentemente a DLPA - Acréscimo pelo recebimento de valor que exceda o valor no-
(Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados) está contida na minal das ações integralizadas ou o preço de emissão das ações sem
DMPL. valor nominal;
- Acréscimo pelo valor da alienação de partes beneficiárias e
A DMPL discriminará: bônus de subscrição;
- Os saldos no início do período; - Redução por ações próprias adquiridas ou acréscimo por sua
- Os ajustes dos exercícios anteriores; venda;
- As revisões e transferências de reservas de lucro; - Acréscimo ou redução por ajuste de exercícios anteriores.
- Os aumentos de capital, discriminado sua natureza;
- A redução de capital; Não alteram o patrimônio líquido
- As destinações do lucro do período; - Aumento de capital com utilização de lucros ou reservas;
- As reavaliações de ativos e sua realização, líquida do efeito - Apropriação de lucro líquido do exercício reduzindo a conta
dos impostos correspondentes; Lucro Acumulados para formação de reservas, como Reserva Legal,
- O resultado líquido do período; Reserva de Lucros a Realizar, Reserva para Contingência e outras;
- As compensações de prejuízos; - Reversões de reservas patrimoniais para a conta de Lucros ou
- Os lucros distribuídos; Prejuízos Acumulados;
- Os saldos no final do período. - Compensação de Prejuízos com Reservas.

Apesar da Lei nº 6.404/76 não obrigar a divulgação da DMPL, Assim podemos destacar as seguintes destinações:
tornando-a apenas facultativa, esse demonstrativo passou a ser a) Reserva legal - tem a finalidade de garantir a integridade
obrigado para as empresas de capital aberto por exigência da CVM do Capital Social e somente poderá ser utilizada para compensar
nº 59 de 1986. prejuízos ou aumentar o Capital. Do Lucro Líquido do Exercício, 5%
De acordo com o CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstra- serão aplicados, antes de qualquer destinação, na constituição da
ções Contábeis – a entidade deve apresentar a DMPL, que incluem Reserva legal, que não excederá 20% do Capital Social.
as seguintes informações. A companhia poderá deixar de constituir reserva legal no exer-
a) O resultado abrangente do período, apresentando separa- cício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das re-
damente o montante total atribuível aos proprietários da entidade servas de capital, exceder 30% do Capital Social;
controladora e o montante correspondente à participação de não b) Reservas estatutárias - são criadas pelo estatuto da empresa
controladores; e possuem regras claras, que indicam, de modo preciso e completo,
a sua finalidade (destino) e fixam os critérios que determinam
a parcela anual dos lucros líquidos a serem destinados à sua
36 MORAES, Júnior, José Jayme – Contabilidade Geral, Contabilidade constituição. O estatuto também determina o limite máximo da
Avançada e Análise das Demonstrações Contábeis – 5ª ed – Rio de reserva;
Janeiro – Impetus : 2016.
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c) Reserva para contingência - a assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do Lucro Líquido à
formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a administração do lucro decorrente de perda julgada provável,
cujo valor possa ser estimado. Como exemplo, temos: geadas ou secas, cheias ou inundações, etc.
A constituição da Reserva é opcional, e a proposta da administração deverá indicar a causa da perda prevista e justificar, com as razões
de prudência, a sua constituição.
Essa Reserva deixará de ser constituída e será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram a sua cons-
tituição;
d) Reserva orçamentária - também conhecida como Reserva para Expansão, tem a finalidade de garantir o investimento em expansão
da empresa quando previsto no orçamento de capital; deverá ser aprovada em Assembleia geral;
e) Reserva de lucros a realizar - no exercício em que os lucros a realizar ultrapassarem o total deduzido dos valores destinados às
Reservas legal, estatutária, contingência e orçamentária, a Assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar o
excesso à constituição de Reserva de lucros a realizar;
f) Resultado Líquido do Exercício (atual) - resultado Líquido do Exercício apurado na DRE do exercício;
g) Proposta de destinação do lucro do período - a destinação do resultado do exercício atual nas reservas;
h) Saldo Final do Período - saldo de todas as contas do patrimônio líquido ao final do exercício atual.

Exemplo de DMPL:

RESERVAS DE LUCROS
Histórico Capital Reservas Reserva Para Reserva Reserva Reserva de Lucros Total
Realizado de Capital Contingência Estatutária Legal Lucros a Realizar Acumulados
Saldo em 31.12. Exercício
Anterior
Ajustes de Exercícios
Anteriores:
Efeitos de mudança de
critérios contábeis
Retificação de erros de
exercícios anteriores
Aumento de Capital:
Com lucros e reservas
Por subscrição realizada
Reversões de Reservas:
De contingências
De lucros a realizar
Lucro Líquido do Exercício:
Proposta de Destinação
do Exercício:
Reserva para contingência
Reserva legal
Reserva estatutária
Reserva de lucros para
expansão
Reserva de lucros a realizar
Outras reservas
Dividendos a distribuir (R$
por ação)
Saldo em 31.12.Exercício
Atual

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- políticas diversas: recursos humanos, exportação, etc.;


NOTAS EXPLICATIVAS: CONTEÚDO, EXIGÊNCIAS LEGAIS DE - expectativas com relação ao futuro;
INFORMAÇÕES E FORMA DE APRESENTAÇÃO - dados do orçamento de capital;
- projetos de expansão;
- desempenho em relação aos concorrentes, etc.
O Balanço Patrimonial e as demais demonstrações contábeis
serão complementados por notas explicativas e outros quadros ana- b) Mudanças futuras previstas
líticos ou demonstrações contábeis necessárias ao esclarecimento Os administradores da companhia aberta são obrigados a co-
da situação patrimonial e dos resultados do exercício. Portanto, as municar imediatamente à Bolsa de Valores e a divulgar pela im-
notas explicativas fazem parte das demonstrações contábeis e são prensa qualquer deliberação da assembleia geral ou dos órgãos
obrigatórias, devendo apresentar: de administração da companhia ou qualquer outro fato relevante
a) Apresentar informações sobre a base de preparação das de- ocorrido em seus negócios, que possa influir de modo ponderável
monstrações financeiras e das práticas contábeis específicas sele- na decisão dos investidores.
cionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos;
b) Divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis
adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma ou- CONSOLIDAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: CON-
tra parte das demonstrações financeiras; CEITOS E OBJETIVOS DA CONSOLIDAÇÃO, CRITÉRIOS,
c) Fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias OBRIGATORIEDADE, TRATAMENTO DOS RESULTADOS NÃO
demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma REALIZADOS E DAS PARTICIPAÇÕES DOS MINORITÁRIOS,
apresentação adequada; PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS PARA ELABORAÇÃO
d) Indicar:
- Os principais critérios de avaliação dos elementos patrimo-
niais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amor- APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
tização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou No contexto de fluxos de transações cada vez maiores de em-
riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização presas que se processam diariamente no mundo todo, a necessida-
de elementos do ativo; de de elaboração e divulgação de demonstrações contábeis conso-
- Os investimento em outras sociedades, quando relevantes; lidadas vem aumentando cada vez mais.
- O aumento de valor de elementos do ativo resultantes de no- Ademais, as demonstrações contábeis consolidadas apresen-
vas avaliações; tam uma informação mais útil aos seus usuários do que aquelas
- O ônus constituídos sobre elementos do ativo, as garantias proporcionadas pelas demonstrações individuais e separadas de
prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou con- uma companhia que detém participações em outras empresas
tingentes; por ela controlada. A consolidação das demonstrações contábeis
- A taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das consiste, basicamente, na soma das contas das demonstrações in-
obrigações a longo prazo; dividuais da controladora e de suas controladas, apresentando-as
- O número, espécie e classes das ações do capital social; como uma única entidade. Tais demonstrações são de fundamental
- As opções de compra de ações outorgadas e exercidas no importância para acionistas e gestores da companhia controladora,
exercício; pois esta se beneficia do lucro e do apoio financeiro, bem como
- Os ajustes de exercício anteriores; sofre com as perdas de suas subsidiárias.
- Os eventos subsequentes à data de encerramento do exercí- Os relatórios consolidados são relevantes não apenas para
cio que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevantes sobre a situa- usuários externos, como governo, bancos e acionistas, mas também
ção financeira e os resultados futuros da companhia. para os gestores, visto que estabelecem uma base para o controle
global e para a avaliação de desempenho. Além disso, a consolida-
Complementação às Demonstrações Financeiras ção é atualmente aceita, na maioria dos países, como a melhor prá-
No momento da publicação das Demonstrações Financeiras, as tica contábil para grupos e para as operações de combinações de
Sociedades por Ações deverão informar aos usuários desses relató- negócios, daí a importância de oferecer dados corretos, para que os
rios os seguintes dados adicionais: interessados possam se informar da realidade da empresa. Por isso,
- Relatório da diretoria (ou administração); as Demonstrações podem ser resumidas como sendo algo muito
- Mudanças futuras previstas. importante para a empresa, e é através destas que todos conhece-
rão a instituição, e a mesma poderá obter novos investimentos e ter
a) Relatório da diretoria (ou administração) um bom reconhecimento no mercado.
Após a identificação da empresa, na publicação das Demons-
trações Financeiras, destaca-se, em primeiro plano, o Relatório da Do ponto de vista do usuário interno de uma companhia, enfa-
Administração, em que a diretoria dará ênfase às informações nor- tiza-se a utilidade das demonstrações contábeis consolidadas para
malmente de caráter não financeiro (não monetário). As principais que os gestores exerçam suas funções de planejamento, coordena-
informações são: ção e controle em relação ao grupo como um todo.
- dados estatísticos diversos; Diante disso, constata-se a importância da apresentação das
- indicadores de produtividade; demonstrações contábeis a fim de que se possa fornecer informa-
- desenvolvimento tecnológico; ção mais relevante para os usuários das demonstrações contábeis,
- a empresa no contexto socioeconômico; finalidade primordial da contabilidade, bem como evitar viés na
informação em decorrência das possíveis manipulações dos re-
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sultados das empresas analisadas individualmente em função, ba- Importante: Conforme Instrução Normativa da Comissão de
sicamente, das operações realizadas entre as companhias de um Valores Mobiliários (CMV) nº 247/96 cabe destacar:
mesmo grupo econômico, que possibilitam a transferência de resul- Art. 2º - Consideram-se coligadas as sociedades quando uma
tados de uma entidade para a outra. participa com 10% (dez por cento) ou mais do capital social da ou-
tra, sem controlá-la.
Conceitos e Definições Parágrafo Único. Equiparam-se às coligadas, para os fins desta
Instrução:
As Demonstrações Contábeis são ferramentas que transmitem a) as sociedades quando uma participa indiretamente com 10%
as informações de um modo mais resumido e simplificado, mas (dez por cento) ou mais do capital votante da outra, sem controlá-la;
sem deixar de passar qualquer dado que se diz importante. Essas b) as sociedades quando uma participa diretamente com 10%
informações são de suma importância para a empresa, pois é (dez por cento) ou mais do capital votante da outra, sem controlá-la,
através destas, que é mostrada a “vida” da instituição. Seu estilo independentemente do percentual da participação no capital total.
de trabalho, seu comportamento social, seus resultados são
transmitidos através destas. Por isso que é necessário oferecer Demonstração Contábil Individual
dados corretos, para que o governo e interessados possam se
informar da realidade da empresa. As demonstrações contábeis individuais são a representação
As Demonstrações Contábeis, são o conjunto de informações estruturada da posição patrimonial e financeira e do desempenho
que devem ser obrigatoriamente divulgadas anualmente pela admi- da entidade. O objetivo das demonstrações contábeis individuais
nistração de uma empresa e representa a sua prestação de contas é o de proporcionar informação acerca da posição patrimonial e
para os sócios e acionistas e também os diversos usuários da con- financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que
tabilidade. São destinadas também a atender as necessidades dos seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e to-
usuários que não estejam em condições de exigir relatórios adap- mada de decisões econômicas. Do ponto de vista conceitual, quan-
tados para atender às suas necessidades específicas de informação. do tiver somente investimento em Coligada, a investidora elabora e
Podem ser apresentadas separadamente ou dentro de outro docu- publica a Demonstração Contábil Individual. Por outro lado, quando
mento público, como um relatório anual ou um prospecto. Apli- tiver investimento em Controladas, a investidora deverá elaborar e
ca-se igualmente às demonstrações contábeis individuais de uma publicar a Demonstração Contábil Consolidada, conforme estabele-
entidade componente de um grupo ou consolidadas. Os dados que cido nas normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB
constam nas demonstrações, são extraídos de relatórios da contabi- (ICPC 09/2009, item 4). Todavia em função da legislação societária
lidade após o registro de todos os documentos que fizeram parte do brasileira, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) esclarece que
sistema contábil de qualquer entidade em um determinado perío- será exigida a apresentação da Demonstração Individual de todas
do. Esses dados que expressam a situação patrimonial da empresa, as entidades, mesmo quando apresentadas as Demonstrações Con-
auxiliam os diversos usuários no processo de tomada de decisão.37 solidadas. Requer ainda que a Demonstração Individual das entida-
As demonstrações que constituem o conjunto completo das des que tem investimentos em controladas e joint ventures sejam
demonstrações contábeis requerido pelo Pronunciamento Técnico obrigatoriamente divulgadas em conjunto com as demonstrações
CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis) nº 26 – Apresentação consolidadas, sempre que requerido legalmente ou pelas disposi-
das Demonstrações Contábeis, compreendem: ções do CPC 36 – Demonstrações Consolidadas e do CPC 19 – In-
- Balanço Patrimonial; vestimento em Empreendimentos Controlado em Conjunto (joint
- Demonstração de Resultado; venture).
- Demonstração do Resultado Abrangente; As demonstrações contábeis em que o método de equivalência
- Demonstração de Mutação do Patrimônio Líquido; patrimonial é aplicado se dão ao nome de Demonstração Contábil
- Demonstração do Fluxo de Caixa; Individual; por conseguinte, não são consideradas demonstrações
- Demonstração do Valor Adicionado – se exigida regularmente contábeis separadas.38
por algum órgão regulador;
- Notas explicativas às Demonstrações Contábeis. Demonstração Contábil Consolidada

Essas demonstrações podem ser apresentadas, conforme cir- São as demonstrações consolidadas, às demonstrações contá-
cunstâncias, na forma de: beis de um conjunto de entidades (grupo econômico), apresenta-
- Demonstração Contábil Individual; das como se fossem as de uma única entidade econômica.
- Demonstração Contábil Consolidada; A Companhia Aberta que tiver mais de 30% do valor de seu
- Demonstração Contábil Separada. patrimônio líquido representado por investimentos em sociedades
controladas deverá elaborar e divulgar, juntamente com suas de-
Em relação ao nome dado às “demonstrações”, observamos monstrações contábeis, as Demonstrações Consolidadas. (arts 249
uma diferença entre o CPC nº 26 e a Lei das S.As. (Lei nº 6,404/1976, e 250 da Lei nº 6.404/1976 e CPC 36)
art 176): enquanto que a primeira chamou de “Demonstração Con- O CPC e as entidades reguladoras (CVM e CFC) estabeleceram
tábil”, a segunda de “Demonstração Financeira”. Pesquisas em di- que a controlada, companhia aberta ou fechada ou mesmo não
versos jornais mostram uma predominância pelo emprego da no- na forma de sociedade por ações (por ex. LTDA) deve apresentar
menclatura “Demonstração Financeira”. as Demonstrações Contábeis Consolidadas, para os investimentos
em controladas. As demonstrações contábeis consolidadas devem
38 AZEVEDO, Osmar Reis. Comentários às Novas Regras Contábeis/6ª ed –
37 http://www.crcba.org.br/submissaodetrabalhos/arquivos/be20c9abd0.pdf São Paulo IOB 2012
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incluir todas as controladas da controlada. Observe que o CPC 36 - Identificar a participação dos não controladores nos ativos lí-
não impôs limite de representatividade de participação como está quidos das controladas consolidadas, separadamente da parte per-
expresso na Lei das S.As, art 249.39 tencente à controladora. A participação dos não controladores dos
Presume-se que existe controle quando a controladora possui, ativos é composta:
direta ou indiretamente por meio de suas controladas, mais da me-
tade do poder de voto da entidade, a menos que, em circunstâncias a) Do montante da participação dos não controladores na data
excepcionais, possa ficar claramente demonstrado que tal relação da combinação inicial, calculada em conformidade com o CPC 15 –
de propriedade não constitui controle. Combinação de Negócios
A controladora que estiver dispensada da apresentação das de- b) Da participação dos não controladores nas variações patri-
monstrações contábeis consolidadas em conformidade com o dis- moniais das controladas consolidadas desde a data da combinação.
posto no item 10 do CPC 36 podem apresentar as demonstrações
contábeis separadas. Em relação à CVM, as normas de consolidação a serem obser-
vadas estão descritas na Instrução Normativa 247/96, artigo 24,
A controladora pode deixar de apresentar as demonstrações onde estabelece que, para a elaboração das demonstrações contá-
contábeis consolidadas, somente se, além de permitido legalmente: beis consolidadas, a investidora deverá observar os seguintes pro-
- A controlada é ela própria uma controlada (integral ou parcial) cedimentos:
de outra entidade, a qual, em conjunto com os demais proprietá- – Excluir os saldos de quaisquer contas ativas e passivas decor-
rios, incluindo aqueles sem direto a voto, forem consultados e não rentes de transações entre as sociedades incluídas na consolidação.
fizerem objeção quanto à não apresentação das demonstrações – Eliminar o lucro não realizado que esteja incluído no resulta-
contábeis consolidadas pela controladora. do ou no patrimônio líquido da controladora e correspondido por
- Os instrumentos de dividas ou patrimoniais da controlada não inclusão no balanço patrimonial da controlada.
são negociados em mercado aberto (bolsa de valores no País ou no – Eliminar do resultado os encargos de tributos corresponden-
exterior ou mercado de balcão - mercado descentralizado de títu- tes ao lucro não realizado, apresentando-os no ativo circulante/
los não listados em bolsa de valores ou cujas negociações ocorrem realizável a longo prazo – tributos diferidos, no balanço patrimonial
diretamente entre as partes incluindo mercados locais e regionais) consolidado.
- A controladora não registrou e não está em processo de regis-
tro de suas demonstrações contábeis na CVM ou outro órgão regu- A norma brasileira, especificamente o inciso II do artigo 24 da
lador, visando a emissão de algum tipo o classe de instrumento em Instrução CVM nº 247/96, determina que somente os lucros não
mercado aberto. realizados que estiverem incluídos no resultado ou no patrimônio
- A controladora final (ou intermediária) da controladora dis- líquido da controladora e correspondidos por inclusão no balanço
ponibiliza ao público suas demonstrações contábeis consolidadas patrimonial da controlada sejam eliminados. Sendo assim, a norma
em conformidade com as Normais Brasileiras de Contabilidade do brasileira não permite a eliminação do prejuízo não realizado para
Conselho Federal de Contabilidade. fins de consolidação.
- Define entidade de investimento e estabelece uma exceção
para a consolidação de controladas específicas de entidade de in- Importante: Conforme Instrução Normativa da CVM nº 247/96,
vestimento. (CPC 36 – R3) em relação aos procedimentos de Consolidação das Demonstrações
Contábeis cabe destacar:
Procedimentos de Consolidação Art. 21. Ao fim de cada exercício social, demonstrações contá-
As demonstrações contábeis da controladora e de suas contro- beis consolidadas devem ser elaboradas por:
ladas utilizadas na elaboração das demonstrações contábeis conso- I - companhia aberta que possuir investimento em sociedades
lidadas devem ser de mesma data. Quando a data for diferente da controladas, incluindo as sociedades controladas em conjunto;
data de encerramento das demonstrações da controladora, devem II - sociedade de comando de grupo de sociedades que inclua
ser feitos os ajustes relevantes, observando-se que as defasagens companhia aberta.
máxima entre as datas de encerramento das demonstrações da
controlada e da controladora é de até dois meses. Art. 22. Demonstrações contábeis consolidadas compreendem
Na elaboração de demonstrações contábeis consolidadas, a a) Balanço Patrimonial Consolidado
entidade controladora combina suas demonstrações contábeis com b) Demonstração Consolidada do Resultado do Exercício
as mesmas de suas controladas, linha a linha, ou seja, somando os c) Demonstração Consolidada das Origens e Aplicações de Re-
saldos de itens de mesma natureza: ativos, passivos, receitas e des- cursos, complementadas por notas explicativas
pesas. Para que as demonstrações contábeis consolidadas apresen- d) Outros quadros analíticos necessários para esclarecimento
tem informações sobre o grupo econômico como uma única enti- da situação patrimonial e dos resultados consolidados.
dade econômica, os seguintes procedimentos devem ser adotados.
- O valor contábil dos investimentos da controladora em cada Art. 23. Poderão ser excluídas das demonstrações contábeis
controlada e a parte dessa controladora no patrimônio líquido das consolidadas, sem prévia autorização da CVM, as sociedades con-
controladas devem ser eliminados. troladas que se encontrem nas seguintes condições:
- Identificar a participação dos não controladores do resultado I - com efetivas e claras evidências de perda de continuidade e
das controladas consolidadas para o período de apresentação das cujo patrimônio seja avaliado, ou não, a valores de liquidação
demonstrações contábeis e II - cuja venda por parte da investidora, em futuro próximo, te-
39 AZEVEDO, Osmar Reis. Comentários às Novas Regras Contábeis/6ª ed – nha efetiva e clara evidência de realização devidamente formaliza-
São Paulo IOB 2012 da
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221
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Parágrafo 1º Em casos especiais justificados, poderão ser ainda O procedimento CPC 35 (resolução CFC nº 1,239/2009) deve
excluídas da consolidação, mediante prévia autorização da Comis- ser aplicado na contabilização de investimentos em controladas,
são de Valores Mobiliários, as sociedades controladas cuja inclusão, entidades controladas em conjunto e coligadas, quando o investi-
a critério da CVM, não represente alteração relevante na unidade dor opta ou é requerido por regulamentação local, a apresentar as
econômica consolidada ou que venha distorcer essa unidade eco- Demonstrações Contábeis Separadas.
nômica Quando a entidade elabora sua Demonstração Contábil Sepa-
Parágrafo 2º No balanço patrimonial consolidado, o valor con- rada, ela deve contabilizar os investimentos em controladas, enti-
tábil do investimento na sociedade controlada excluída da consoli- dades controladas em conjunto e coligadas, por meio das seguintes
dação deverá ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial alternativas:
Parágrafo 3º Não será considerada justificável a exclusão, nas - Ao custo, ou
demonstrações contábeis consolidadas, de sociedade controlada - De acordo com os requisitos do CPC 38 – Instrumentos Finan-
cujas operações sejam de natureza diversa das operações da inves- ceiros: Reconhecimento e Mensuração.
tidora ou das demais controladas.
A entidade deve reconhecer os dividendos da controlada, enti-
Art. 27. A parcela correspondente à provisão para perdas cons- dade controlada em conjunto (joint venture) ou coligada no resulta-
tituída na investidora deve ser deduzida do saldo da conta da con- do do período em suas demonstrações contábeis separadas quando
trolada que tenha dado origem à constituição da provisão, ou apre- o direito ao recebimento desses dividendos estiver efetivado.
sentada como passivo exigível, quando representar expectativa de
conversão em exigibilidade.
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA: CONCEITOS, PRIN-
Entidade de Propósito Específico (EPE) – Demonstração Con- CIPAIS COMPONENTES, FORMAS DE APRESENTAÇÃO, CRI-
solidada TÉRIOS E MÉTODOS DE ELABORAÇÃO E INTERLIGAÇÃO
Uma entidade pode ser criada para cumprir um objetivo estrito COM O CONJUNTO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
e bem definido (por exemplo, efetuar arrendamento, atividades de OBRIGATÓRIAS
pesquisa e desenvolvimento ou securitização de ativos financeiros).
Essa Entidade de Propósito Específico (EPE) pode assumir a forma
de sociedade por ações, sociedade fiduciária, sociedade de pessoas Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC40
ou entidade sem personalidade jurídica. A partir de Janeiro de 2008, com as alterações da Lei das S.A.
A entidade que está envolvida em transações com uma EPE, (6.404/76), pela Lei nº 11.638/2007, a Demonstração de Fluxo de
frequentemente o criador ou patrocinador, pode em essência, con- Caixa (DFC) passou a ser obrigatória para as sociedades por ações
trolar a EPE. Consenso. A EPE é consolidada quando a essência do (abertas ou fechadas).
relacionamento entre a entidade e a EPE indicar que a EPE é contro- De acordo com o pronunciamento técnico CPC 26 (R1) – Apre-
lada por essa entidade. sentação das Demonstrações Contábeis – a informação sobre flu-
xos de caixa proporciona aos usuários das demonstrações contá-
Demonstração Contábil Separada beis uma base para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa
e equivalentes de caixa e as necessidades da entidade para utilizar
As demonstrações separadas são aquelas apresentadas por esses fluxos de caixa.
uma controladora, um investidor em coligada ou um empreende- A DFC controlará a variação do disponível da empresa em de-
dor em uma entidade controlada em conjunto, nas quais os inves- terminado período. Ela é a única demonstração contábil a ser ela-
timentos são contabilizados com base no valor do interesse direto borada pela entidade, sem a utilização do regime de competência.
no patrimônio em vez de nos resultados divulgados e nos valores A elaboração da DFC utiliza o regime de caixa.
contábeis dos ativos líquidos das investidas. Não se confundem com
as demonstrações contábeis individuais. Dentre os principais benefícios no uso da DFC, vale destacar:
As demonstrações contábeis separadas são apresentadas adi- a) Avaliação das opções de investimentos;
cionalmente às demonstrações contábeis consolidadas e às de- b) Avaliação dos saldos presentes e futuros do caixa;
monstrações contábeis individuais nas quais os investimentos em c) Analise da capacidade da empresa em gerar fluxo de caixa
controladas, coligadas e em empreendimentos controlados em con- positivo, como na situação de pagar dívidas, distribuir dividendos e
junto são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial. a necessidade de captações externas;
d) Verificar a razão das diferenças entre lucro líquido e geração
Sujeitam-se à Demonstração Separada, o investidor que optar de caixa.
ou for exigido por regulamento local e que se enquadre numa des-
sas situações:
- Investidor em controlada
- Investidor em coligada
- Empreendedor em entidade controlada em conjunto

40 MORAES, Júnior, José Jayme – Contabilidade Geral, Contabilidade


Avançada e Análise das Demonstrações Contábeis – 5ª ed – Rio de
Janeiro – Impetus : 2016.
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A DFC é dividida em três contas41:


1) Atividades Operacionais: é o caixa gerado nas operações REORGANIZAÇÃO E REESTRUTURAÇÃO DE EMPRESAS:
da empresa menos as despesas e gastos decorrentes da PROCESSOS DE INCORPORAÇÃO, FUSÃO, CISÃO E EXTIN-
industrialização, comercialização ou prestação de serviços da ÇÃO DE EMPRESAS - ASPECTOS CONTÁBEIS, FISCAIS E LE-
companhia. GAIS DA REESTRUTURAÇÃO SOCIAL. (OS ITENS ABORDA-
2) Atividades de Investimentos: onde examina a grande quanti- DOS NO PROGRAMA DEVEM ESTAR EM CONFORMIDADE
dade de dinheiro que a empresa dispende com despesas de capital, COM AS NORMAS ATUALIZADAS, EXARADAS PELO CFC
como por exemplo, aquisição de imóveis, automóveis ou qualquer (CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE), CVM (CO-
outro ativo que tenha o objetivo de manter o negócio funcionando. MISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS E LEGISLAÇÃO
Faz parte também o controle de outras empresas e de movimenta- SOCIETÁRIA)
ções em aplicações financeiras.
3) Atividades de financiamento: representa as entradas de
empréstimos e financiamentos de curto prazo e as saídas de paga- A reorganização e reestruturação de empresas envolvem
mentos destas dívidas e pagamentos dos proventos aos acionistas. mudanças significativas na estrutura e na forma jurídica da
Dessa maneira quando quitar um empréstimo bancário, deve apa- organização. As principais formas de reestruturação incluem
recer como saída do fluxo de caixa, sendo este negativo. O mesmo incorporação, fusão, cisão e extinção. Cada uma dessas operações
acontece com o pagamento de dividendos aos acionistas. Já quan- tem implicações contábeis, fiscais e legais específicas. Vamos
do ocorre a captação de dívida, o contador fica na obrigação de lan- explorar esses processos:
çar esses recursos na forma de um número positivo de entrada no
caixa da empresa. Incorporação:
Na incorporação, uma empresa é absorvida por outra, que
DICA: De acordo com o § 6. ° do art. 176 da Lei n° 11.638/07, a permanece como a entidade sobrevivente. Os acionistas da empresa
companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, não incorporada geralmente recebem ações da empresa incorporadora
superior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada em troca de suas participações.
à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa.
Aspectos Contábeis:
Exemplo de DFC: - Os ativos e passivos da empresa incorporada são transferidos
para a incorporadora pelos valores justos.
MÉTODO DIRETO MÉTODO INDIRETO - As demonstrações financeiras consolidadas refletem a
Atividades Operacionais Atividades Operacionais combinação dos resultados financeiros das duas empresas.
(+) Recebimento de clientes Lucro líquido do Exercício
(-) Pagamento de contas (+) Depreciação Aspectos Fiscais:
(-) Pagamento de despesas (+/-) Variação no Circulante - O tratamento fiscal pode variar de acordo com as leis fiscais
operacionais (Capital de Giro) Fluxo de locais.
(-) Pagamento de Impostos Caixa das Atividades Opera- - Ganhos e perdas de ativos podem ser reconhecidos para
Fluxo de Caixa das Ativida- cionais fins fiscais.
des Operacionais Atividades de Financiamento
Atividades de Financiamen- (+/-) Novos empréstimos de Aspectos Legais:
to curto e longo prazos - Documentação específica, como contrato de incorporação,
(+/-) Novos empréstimos de (+) Aumento de capital é necessária.
curto e longo prazos (-) Despesas financeiras - Aprovação dos acionistas e cumprimento de requisitos legais
(+) Aumento de capital (-) Pagamentos de dividendos são essenciais.
(-) Despesas financeiras Fluxo de Caixa das Atividades
(-) Pagamentos de Dividen- de Financiamento Fusão:
dos Atividades de Investimentos Na fusão, duas ou mais empresas se unem para formar uma
Fluxo de Caixa das Ativida- (+/-) Aquisição de Imobilizado nova entidade jurídica. Os acionistas das empresas envolvidas
des de Financiamento (+/-) Outros Investimentos recebem ações da nova empresa.
Atividades de Investimentos Fluxo de Caixa das Atividades
(+/-) Aquisição de Imobili- de Investimentos Aspectos Contábeis:
zado (+/-) Caixa inicial - Ativos, passivos e patrimônio das empresas fusionadas são
(+/-) Outros Investimentos Resultado do Caixa Final combinados nos valores justos.
Fluxo de Caixa das Ativida- - As demonstrações financeiras consolidadas refletem a nova
des de Investimentos estrutura.
(+/-) Caixa inicial
Resultado do Caixa Final Aspectos Fiscais:
- Os tratamentos fiscais podem variar dependendo da
legislação local.
- Ganhos e perdas de ativos podem ter implicações fiscais.
41 https://www.sunoresearch.com.br/artigos/demonstrativo-fluxo-de-
-caixa/
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Aspectos Legais:
- Documentação, como contrato de fusão, é necessária. QUESTÕES
- Aprovação dos acionistas e cumprimento de requisitos legais
são necessários.
1. (FGV - 2013 - CONDER - Contador) • O patrimônio líqui-
Cisão: do inicial de uma empresa de economia mista era composto por
Na cisão, uma empresa divide seus ativos e passivos e transfere $600.000 de Capital integralizado, $100.000 de Reserva Legal e $
parte deles para uma ou mais novas empresas. Os acionistas da 10.000 de Reserva para futuro aumento de capital, apresentando
empresa original recebem ações das novas entidades. uma situação líquida de propriedade total dos ativos onde todos os
valores estão concentrados no ativo de giro.
Aspectos Contábeis: • No final do ano foi apurado um lucro líquido do exercício
- Ativos, passivos e patrimônio são alocados às empresas de$500.000 gerado exclusivamente por operações de curto prazo a
resultantes. vencer no próximo exercício financeiro.
- A demonstração financeira consolidada reflete as alterações • Na assembléia geral ordinária foi decidido que a empresa
na estrutura. constituirá a reserva de lucro obrigatória destinando 50% de divi-
dendos declarados a distribuir no início do ano subsequente e o
Aspectos Fiscais: saldo remanescente do lucro seria transferido para a reserva para
- Implicações fiscais podem surgir dependendo das leis locais. futuro aumento de capital.
- Ganhos e perdas de ativos podem ter implicações fiscais. A variação dos saldos inicial e final do Patrimônio Líquido evi-
denciado na demonstração das mutações do patrimônio líquido do
Aspectos Legais: exercício findo é:
- Contratos de cisão e documentação específica são (A) $240.000.
necessários. (B) $250.000.
- Aprovação dos acionistas e conformidade com requisitos (C) $260.000.
legais são cruciais. (D) $262.500.
(E) $265.000.
Extinção de Empresas:
Na extinção, a empresa cessa suas atividades e liquida 2. (CESPE - 2014 - CADE - Contador) Com relação a princípios de
seus ativos para pagar passivos. Esse processo pode envolver a contabilidade sob a perspectiva do setor público, campo de aplica-
distribuição dos ativos remanescentes aos acionistas. ção, regime contábil, sistemas de contabilidade federal, patrimônio
e suas variações, julgue o item a seguir.
Aspectos Contábeis: As variações patrimoniais qualitativas são representadas por
- Ativos são vendidos ou distribuídos, e passivos são pagos. alterações do patrimônio público, sem que haja variação do patri-
- Demonstração financeira reflete a liquidação. mônio líquido.
( ) CERTO
Aspectos Fiscais: ( ) ERRADO
- Implicações fiscais podem ocorrer durante a liquidação.
- Ganho ou perda na venda de ativos pode ter tratamento 3. (IDECAN - 2016 - UERN - Contador) Na contabilidade os da-
fiscal específico. dos constantes do Balanço Patrimonial são melhor interpretados
por meio das demonstrações contábeis que explicam a realidade
Aspectos Legais: de suas contas. De acordo com o exposto correlacione, adequada-
- Processo de liquidação e distribuição de ativos devem seguir mente, as colunas de acordo com a função de cada demonstração
procedimentos legais. apresentada.
- Aprovação dos acionistas pode ser necessária. 1. DRE.
2. DMPL.
Considerações Finais: 3. DOAR.
Reorganizações e reestruturações são processos complexos que 4. DFC.
envolvem múltiplos aspectos contábeis, fiscais e legais. A orientação 5. DLPAC.
de profissionais especializados, como contadores, advogados e ( ) Variação da conta lucros acumulados.
consultores fiscais, é essencial para garantir a conformidade com as ( ) Aumento ou diminuição do Patrimônio Líquido.
regulamentações e a eficácia da operação. ( ) Variação das disponibilidades.
( ) Variação do capital circulante líquido.
( ) Variação das contas do patrimônio líquido.
A sequência está correta em:
(A) 1, 3, 2, 5, 4.
(B) 5, 1, 4, 3, 2.
(C) 4, 5, 3, 1, 2.
(D) 3, 1, 2, 4, 5.

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4. (CESGRANRIO - 2012 - TERMOBAHIA - Técnico de Suprimen- 9. (IBADE - 2019 - DEPASA - AC - Contador) Sobre os principais
to de Bens e Serviços - Júnior) No que diz respeito à variação do livros contábeis exigidos pelas Normas que estabelecem aos em-
patrimônio, o fato administrativo que envolve apenas as contas pa- presários e à sociedade empresária a obrigação de seguir um sis-
trimoniais e que não modifica o patrimônio líquido é o tema de contabilidade com base na escrituração uniforme de seus
(A) misto livros contábeis, indique a alternativa correta:
(B)quantitativo (A) Diário e Contas Correntes.
(C) modificativo (B) Razão e Contas Correntes.
(D) permissivo (C) Livro de Inventário e Razão.
(E) permutativo (D) Livro Caixa e Contas a Pagar.
(E) Livro Diário e Razão.
5. (CESPE - 2019 - SLU-DF - Analista de Gestão de Resíduos Sóli-
dos - Ciências Contábeis) Com relação ao reconhecimento, à avalia- 10. (CESPE - 2013 - BACEN - Técnico - Suporte Administrativo)
ção, à mensuração e à escrituração de itens patrimoniais passivos e A respeito de teoria contábil, livros e registros dos fatos contábeis e
do patrimônio líquido, julgue o item seguinte. método das partidas dobradas, julgue os itens a seguir.
A conta ajuste de avaliação patrimonial, integrante do patri- O livro de apuração do lucro real é um livro contábil auxiliar, no
mônio líquido, registra a variação de valor justo de instrumentos qual os fatos contábeis são registrados por tipo de conta.
patrimoniais designados ao valor justo em outros resultados abran- ( ) CERTO
gentes (VJORA) e será creditada quando ocorrer variação positiva ( ) ERRADO
desse valor justo.
( ) CERTO 11. (ESAF - 2004 - CGU - Analista de Finanças e Controle - Área
( ) ERRADO - Auditoria e Fiscalização - Prova 3) O nosso Ativo Imobilizado cons-
ta apenas de Equipamento adquirido por R$ 60.000,00, em abril
6. (VUNESP - 2014 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de de 2002, e Veículo comprado em julho do mesmo ano, por R$
Registros - Remoção) Ressalvadas as inexatidões materiais e as irre- 45.000,00, com utilização imediata.
gularidades constatáveis documentalmente, uma escritura pública Para fins de apropriar o desgaste físico, nós consideramos a
somente pode ser retificada vida útil de 10 anos e 5 anos, respectivamente, com valor residual
(A) mediante uma ordem judicial, tanto no âmbito administra- de 20%. O encargo de depreciação contabilizado no exercício social
tivo quanto no âmbito jurisdicional. de aquisição (2002) foi no valor de
(B) por outra escritura, com o comparecimento das mesmas (A) R$ 4.500,00
partes que, na primeira, manifestaram sua vontade e participa- (B) R$ 6.600,00
ram do negócio jurídico instrumentalizado. (C) R$ 7.200,00
(C) a escritura pública é um ato jurídico perfeito e acabado e, (D) R$ 8.400,00
portanto, não admite retificação (E) R$ 12.500,00
(D) mediante uma ordem judicial, desde que no âmbito juris-
dicional 12. (ESAF - 2004 - CGU - Analista de Finanças e Controle - Área
- Auditoria e Fiscalização - Prova 3) Sobre o Plano de Contas da Ad-
7. (VUNESP - 2014 - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de ministração Federal, não podemos afirmar que:
Registros - Remoção) Quanto à lavratura de escrituras públicas, de- (A) é composto também de uma tabela de eventos.
verá o Tabelião de Notas observar as normas a seguir, exceto: (B) desdobra-se em 9 (nove) níveis, relativos a 12 (doze) dígitos,
(A) manifestação clara da vontade das partes, excluída a dos indo desde “Classe” até “Conta Corrente”.
intervenientes. (C) na Tabela de Contas Correntes, constam campos específicos
(B) referência ao cumprimento das exigências legais e fiscais para “Nota de Empenho” e para “Fonte de Recursos”.
inerentes à legitimidade do ato (D) são classificadas como “Exigível a Longo Prazo” aquelas
(C) assinatura das partes e dos demais comparecentes ou, caso obrigações que são exigíveis após o término do exercício finan-
não possam ou não saibam escrever, de outras pessoas capa- ceiro seguinte.
zes, que assinarão a rogo e no lugar daqueles, cujas impressões (E) possui como conta do ativo a Conta Única do Tesouro Na-
digitais, no entanto, deverão ser colhidas mediante emprego cional.
de coletores de impressões digitais, vedada a utilização de tinta
para carimbo. 13. (ESAF - 2006 - CGU - Analista de Finanças e Controle - Área
(D) assinatura do Tabelião de Notas ou a de seu substituto legal - Correição - Prova 2) A respeito do Balanço Orçamentário é correto
afirmar, exceto que
8. (MS CONCURSOS - 2018 - Câmara de Cabixi - RO - Contador) (A) apresenta a receita prevista e a despesa fixada.
Nos livros contábeis é que são registrados os fatos contábeis. O livro (B) o confronto da receita realizada com a despesa realizada
diário apresenta as características apontadas em qual alternativa? demonstra o resultado orçamentário.
(A) Obrigatório, secundário e cronológico. (C) a receita e a despesa são apresentadas por categoria eco-
(B) Facultativo, principal e sistemático. nômica.
(C) Facultativo, secundário e sistemático. (D) não evidencia o fluxo financeiro da entidade no exercício.
(D) Obrigatório, principal e cronológico. (E) evidencia o resultado patrimonial da entidade.

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14. (FAU - 2019 - IF-PR - Professor - Ciências Contábeis) A Lei V - São dois: o de prudência para as despesas e o de competên-
Federal nº 11.638 de 28 de dezembro de 2007 instituiu modifica- cia para as receitas.
ções na Contabilidade das Companhias em consonância com as Assinale a alternativa correta.
normas internacionais de contabilidade. Assinale a única alterna- (A) Somente a proposição V está correta.
tiva que não apresenta uma alteração na legislação brasileira que (B) Somente as proposições II e III estão corretas.
versa sobre contabilidade: (C) Somente a proposição I, está correta.
(A) As aplicações em instrumentos financeiros destinadas à (D) Somente as proposições III e IV estão corretas.
negociação ou disponíveis para venda, inclusive derivativos, e (E) Somente as proposições II e IV estão corretas.
em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulan-
te ou no realizável a longo prazo serão avaliados pelo valor de 17. (FGV - 2013 - CONDER - Contador) Quanto aos efeitos dos
custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme regimes de caixa e de competência, analise as afirmativas a seguir.
disposições legais ou contratuais. I. O lucro ou prejuízo final apurado na demonstração do resul-
(B) A Demonstração do Valor Adicionado representa o valor tado do exercício por competência do período terá sempre o mes-
da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os mo valor da variação de caixa das atividades de operações eviden-
elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais ciado na demonstração do fluxo de caixa.
como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, II. Uma receita de prestação de serviço recebida antecipada-
bem como a parcela da riqueza não distribuída. mente altera o saldo de caixa sem alterar imediatamente o resulta-
(C) Dispensa da elaboração da Demonstração dos Fluxos de do do período em razão do fato gerador da receita por competên-
Caixa as companhias fechadas com patrimônio líquido inferior cia somente ocorrer quando da efetiva prestação do serviço.
a dois milhões de reais na data do balanço. III. Uma despesa paga antecipadamente envolve somente con-
(D) Divisão do patrimônio líquido em capital social, reservas tas patrimoniais sendo apropriada a conta de resultado somente no
de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, momento do consumo dessa transação.
ações em tesouraria e prejuízos acumulados. Assinale:
(E) Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, (A) se somente a afirmativa I estiver correta.
enquanto não computadas no resultado do exercício em obedi- (B) se somente a afirmativa II está correta.
ência ao regime de competência, as contrapartidas de aumen- (C) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
tos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do (D) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
passivo, em decorrência da sua avaliação a preço de mercado. (E) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

15. (FEMPERJ - 2012 - TCE-RJ - Analista de Controle Externo - 18. (IF-ES - 2019 - IF-ES - Técnico em Contabilidade) A empresa
Controle Externo) Os regimes de caixa e competência são também Cia. Sucesso vendeu no mês X1 $ 40.000, dos quais $ 22.000 rece-
conhecidos como regime financeiro e econômico, tendo em vista beu à vista e o restante receberá a prazo, no mês X2. As despesas
a abordagem com que cada um reconhece e apropria receitas e no mês X1 foram de $ 28.000, sendo que $ 14.000 foram pagos
despesas. A esse respeito, é correto afirmar que: à vista e o restante será pago no mês X2. Considerando as infor-
(A) no regime de caixa, as despesas devem ser apropriadas de mações apresentadas, assinale a alternativa que apresenta o Re-
acordo com a venda efetuada no período; sultado Líquido do mês X1 pelos Regimes de Caixa e Competência,
(B) no regime de competência, as receitas são reconhecidas respectivamente:
proporcionalmente às vendas do período; (A) $ 20.000 e $ 12.000
(C) no regime de caixa, as despesas incorridas, mas não pagas (B) $ 32.000 e $ 26.000
dentro do exercício, provocam um passivo menor e um lucro (C) $ 10.000 e $ 2.000
maior comparativamente ao que seria apresentado pelo regi- (D) $ 8.000 e $ 12.000
me de competência; (E) $ 8.000 e $ 6.000
(D) no regime de caixa, as despesas incorridas, mas não pagas
dentro do exercício, provocam um ativo maior e um passivo 19. (AL/CE – ANALISTA LEGISLATIVO/CIÊNCIAS CONTÁBEIS –
menor comparativamente ao que seria apresentado pelo regi- SUPERIOR – CESPE – 2021) De acordo com o Pronunciamento Téc-
me de competência; nico CPC 00(R2) – Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, a
(E) no regime de competência, as despesas devem ser apro- elaboração do relatório financeiro, para fins gerais, deve priorizar a
priadas de acordo com seu pagamento ou desembolso. prestação de informações financeiras que sejam úteis para a toma-
da de decisões de
16. (TJ-SC - 2011 - TJ-SC - Analista Administrativo) Analise as (A) investidores e credores, existentes e potenciais.
proposições abaixo sobre o regime contábil governamental adota- (B) administradores e membros de conselhos fiscais.
do no Brasil. (C) órgãos reguladores e fiscalizadores.
I - Utiliza-se o regime contábil misto: caixa para a arrecadação (D) profissionais da contabilidade e auditores independentes.
das receitas e competência para a realização das despesas. (E) pessoas do público em geral, sem distinção.
II - São três os regimes adotados no Brasil: caixa, competência
e prudência.
III - Utiliza-se somente o regime de competência.
IV - São dois: o de competência para a arrecadação das receitas
e o de caixa para a realização das despesas.

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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

20. (PREFEITURA DE SÃO JOÃO DEL REI/MG – TÉCNICO EM CON- 24. (TRT 10ª Região - Analista Judiciário - CESPE) O balanço pa-
TABILIDADE – MÉDIO – IBGP – 2021) O objeto da contabilidade é o trimonial e o de resultado econômico devem ser lançados no livro
patrimônio, que é definido como o conjunto de bens, direitos e obri- razão. Ambos têm de ser assinados por técnico em ciências contá-
gações, mensuráveis monetariamente e vinculados a uma entidade. beis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empre-
Nesse contexto, é CORRETO afirmar que o Balanço Patrimonial é sária.
a representação gráfica do patrimônio, e tecnicamente evidencia: ( ) CERTO
(A) A situação patrimonial da entidade em uma determinada ( ) ERRADO
data.
(B) O resultado econômico decorrente da gestão patrimonial 25. (TRE/BA - Técnico Judiciário - CESPE) A pessoa jurídica tri-
em um determinado período. butada com base no lucro real deverá manter o livro razão ou fi-
(C) O saldo da equação patrimonial da entidade em uma deter- chas utilizadas para resumir e totalizar, por conta ou subconta, os
minada data. lançamentos efetuados no livro diário. Com relação ao livro razão,
(D) Os aspectos estático e dinâmico do patrimônio da entidade. assinale a opção correta.
(A) É obrigatória a escrituração do livro razão por qualquer pes-
21. (PC/SE – ESCRIVÃO DE POLÍCIA – MÉDIO – CESPE – 2021) Com soa jurídica.
relação aos conceitos fundamentais da contabilidade e seu meca- (B) A escrituração do livro razão deverá ser individualizada,
nismo de registro de fatos administrativos, julgue o item que segue. obedecendo-se à ordem cronológica das operações.
Contabilidade é a ciência que estuda, interpreta e registra as va- (C) O livro razão, com escrituração sintética, é auxiliar do livro diário.
riações expressas na equação fundamental do patrimônio, as quais (D) São dispensados no livro razão os termos de abertura e de
afetam a situação líquida patrimonial. encerramento.
( ) CERTO (E) As entidades comerciais que adotem escrituração completa
( ) ERRADO estão obrigadas a autenticar o livro razão.

22. (FUNSAÚDE/CE – TÉCNICO EM CONTABILIDADE – MÉDIO – 26. (DPU - Contador - CESPE) A respeito dos componentes pa-
FGV – 2021) O campo de atuação da Contabilidade é muito amplo e trimoniais e dos fatos contábeis, julgue o item a seguir.
abrange diferentes segmentos. Com relação às finalidades de cada O recebimento de vendas a prazo é considerado um fato contá-
segmento, assinale a afirmativa correta. bil permutativo, visto que ele não provoca alterações no patrimônio
(A) A Contabilidade de Custos é utilizada exclusivamente pela líquido da entidade e modifica apenas a composição do ativo circu-
Contabilidade Gerencial. lante com o aumento das disponibilidades.
(B) A Contabilidade Gerencial abrange as informações a serem ( ) CERTO
fornecidas aos tomadores de decisão, isto é, às pessoas inter- ( ) ERRADO
nas à organização.
(C) A Contabilidade Fiscal tem como objetivo orientar investi- 27. (Prefeitura de Niterói/RJ - Contador - COSEA) Das operações
dores e credores na decisão de onde alocar seus recursos. que alteram a estrutura contábil do patrimônio líquido de uma em-
(D) A Contabilidade Financeira é utilizada internamente para presa, a que NÃO gera nem aumento nem diminuição do total do
decisões sobre a produção de novos produtos. patrimônio líquido é
(E) A Contabilidade Pública objetiva fornecer informação ao (A) constituição de dividendos a pagar
Governo, principalmente à Secretaria da Receita Federal do (B) aproveitamento de reserva de lucros para aumento de ca-
Brasil. pital social.
(C) encerramento de exercício com apuração de prejuízos.
23. (IMBEL – CONTADOR – SUPERIOR – FGV – 2021) Assinale a (D) aumento de capital por aporte.
opção que indica a situação em que a receita mensal contabilizada (E) encerramento de exercício com apuração de lucros.
pelo Regime de Competência e pelo Regime de Caixa é a mesma.  
(A) Venda a prazo de passagem aérea para ser utilizada ime- 28. (TJ/SP - Contador Judiciário - VUNESP) Passivo é:
diatamente. (A) uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos
(B) Venda de curso mensal de informática, cujo pagamento já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de
ocorre no último dia útil do mês das aulas. recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos.
(C) Venda à vista de plano trimestral em uma academia. (B) uma obrigação possível que resulta de eventos passados e
(D) Venda à vista de assinatura anual de revista. cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não
(E) Recebimento de dinheiro por encomenda de roupa que fi- de um ou mais eventos futuros incertos, mas que está total-
cará pronta em dois meses. mente sob controle da entidade.
(C) um evento futuro que cria uma coobrigação legal ou não
formalizada que faça com que a entidade não tenha nenhuma
alternativa realista senão liquidar ou postergar essa obrigação.
(D) uma obrigação presente ou passada da entidade, deriva-
da de eventos ocorridos ou a incorrer, cuja liquidação poderá
ocorrer por pagamento ou troca com ativos.

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CONTABILIDADE SOCIETÁRIA

(E) uma obrigação provável resultante de eventos presentes e 21 CERTO


cuja existência será confirmada apenas pela ocorrência ou não
de um ou mais eventos futuros certos e pela saída de recursos 22 B
da entidade ou mesmo pela troca por ativos. 23 B

29. (CEGAS – Assistente Técnico – Administrativo e Financeiro 24 ERRADO


– IESES) O lucro líquido de uma organização é apresentado em qual 25 B
demonstração contábil?
26 CERTO
(A) Demonstração do Resultado do Exercício.
(B) Demonstração de Fluxo de Caixa. 27 B
(C) Balanço Patrimonial. 28 A
(D) Inventário Periódico.
29 A
30. (UFG – Auditor – CS-UFG) A partir do conhecimento das 30 A
receitas e despesas, pode-se estruturar a Demonstração de Resul-
tado, que tem como objetivo principal apresentar, de forma vertical ANOTAÇÕES
resumida,
(A)O resultado apurado em relação ao conjunto de operações
realizadas num determinado período. ______________________________________________________
(B)A capacidade da entidade de pagar seus empregados e pro-
porcionar-lhes outros benefícios. ______________________________________________________
(C)O rendimento vinculado às políticas tributárias e de distri-
buição de lucros e dividendos. ______________________________________________________
(D)A decisão de manter ou vender um investimento em ações
______________________________________________________
resultantes de operações financeiras.
______________________________________________________
GABARITO ______________________________________________________

______________________________________________________
1 C ______________________________________________________
2 CERTO
______________________________________________________
3 B
4 E ______________________________________________________

5 CERTO ______________________________________________________
6 B
______________________________________________________
7 A
______________________________________________________
8 D
9 E ______________________________________________________
10 ERRADO ______________________________________________________
11 C
______________________________________________________
12 B
13 E ______________________________________________________

14 A ______________________________________________________
15 C ______________________________________________________
16 C
______________________________________________________
17 E
18 E ______________________________________________________
19 A ______________________________________________________
20 A
______________________________________________________

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

CAPÍTULO II
LEI MUNICIPAL Nº 2.415 DE 21/12/1970 DISPÕE SOBRE O DA APLICAÇÃO E VIGÊNCIA DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
SISTEMA TRIBUTÁRIO DO MUNICÍPIO
Art. 4º. A lei tributária tem aplicação em todo o território do
Município e estabelece a relação jurídico-tributária no momento
LEI Nº 2415 DE 21 DE DEZEMBRO DE 1970. em que tiver lugar o ato ou fato tributável, salvo disposição em con-
trário.
Dispõe sobre o sistema tributário do município e dá outras pro- Art. 5º. O termo inicial da vigência da lei tributária não poderá
vidências. ser anterior ao primeiro dia do exercício seguinte àquele em que
tenha sido promulgada, salvo disposição em contrário.
Art. 1º. Este Código regula os direitos e obrigações, que ema- Art. 6º. A lei tributária tem aplicação obrigatória pelas autori-
nam das relações jurídicas referentes a tributos de competência dades administrativas; o silêncio, a omissão ou obscuridade de seu
municipal, distribuição de receitas tributárias e de rendas que cons- texto não constituem motivo para deixar de aplicá-la.
tituem a receita do Município. Art. 7º. Quando ocorrer dúvida ao contribuinte, quanto à apli-
Art. 2º. O presente Código é constituído de 03 (três) livros, com cação de dispositivo da lei, poderá mediante petição, consultar em
a matéria assim distribuída: relação à hipótese concreta do fato.
a) LIVRO I - Dispõe sobre as normas gerais do direito tributário Art. 8º. Para sua aplicação, a lei tributária poderá ser regula-
estabelecidas pela legislação federal, aplicáveis aos Municípios, e as mentada por decreto, que tem seu conteúdo e alcance restrito aos
de interesse do Município para aplicação de sua lei tributária; termos da autorização legal.
b) LIVRO II - Regula a matéria tributária no que compete ao
Município, as limitações constitucionais e toda a matéria relativa à CAPÍTULO III
receita do Município, constituída de tributos, distribuição de recei- DA INTERPRETAÇÃO E INTEGRAÇÃO DA LEGISLAÇÃO
tas tributárias e rendas; TRIBUTÁRIA
c) LIVRO III - Determina o processo fiscal e normas da sua apli-
cação. Art. 9º. Na aplicação da legislação tributária são admissíveis
quaisquer métodos ou processos de interpretação, observado o
LIVRO I disposto neste capítulo.
DAS NORMAS GERAIS Art. 10. Interpreta-se literalmente esta lei sempre que ela dis-
puser sobre:
TÍTULO I I - suspensão ou exclusão de crédito tributário;
DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA II - outorga de isenção;
III - dispensa de cumprimento de obrigações tributárias aces-
CAPÍTULO I sórias.
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 11. Interpreta-se esta lei de maneira mais favorável ao in-
frator, no que respeita à definição de infrações e à cominação de
Art. 3º. A legislação tributária deste Município compreende as penalidades, nos casos de dúvida quanto:
leis, decretos e as normas complementares que versam, no todo I - à capitulação legal do fato;
ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a elas pertinentes. II - à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natu-
Parágrafo Único. São normas complementares das leis e dos reza ou extensão dos seus efeitos;
decretos: III - à autoria, imputabilidade ou punibilidade;
I - Os atos normativos expedidos pelas autoridades administra- IV - à natureza da penalidade aplicável ou à sua graduação.
tivas, tais como: Portarias, Circulares, Instruções, Avisos de Ordens
de Serviço, expedidas pelo Secretário Municipal da Fazenda e Dire-
tores dos Órgãos Administrativos, encarregados da aplicação da lei;
II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição
administrativa a que a lei atribua eficácia normativa;
III - os convênios que o Município celebre com a União, Estado,
Distrito Federal ou outros Municípios.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

TÍTULO II Art. 20. A expressão “Contribuinte”, inclui, para todos os efei-


DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA tos, o sujeito passivo da obrigação tributária.
Parágrafo Único. Considera-se também contribuinte o Micro-
CAPÍTULO I empreendedor Individual - MEI, assim definido de acordo com o
DISPOSIÇÕES GERAIS §1º, do artigo 18-A, da Lei Complementar Federal nº 123, de 14 de
dezembro de 2006. (NR)
Art. 12. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§1º. A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gera- SEÇÃO II
dor, tem por seu objeto o pagamento do tributo ou penalidade pe- DA SOLIDARIEDADE
cuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e Art. 21. São solidariamente obrigadas:
tem por objeto prestações positivas ou negativas nela prevista no I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que
interesse da arrecadação ou fiscalização dos tributos. constitua o fato da obrigação principal;
§3º A obrigação acessória, pelo simples fato de sua inobservân- II - as pessoas expressamente designadas por lei.
cia, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade §1º A solidariedade referida neste artigo não comporta bene-
pecuniária. fício de ordem.
Art. 13. Quando não for previsto prazo para o cumprimento da §2º A solidariedade subsiste em relação a cada um dos devedo-
obrigação tributária, far-se-á a intimação do contribuinte fixando- res solidários, até a extinção do crédito fiscal.
-lhe o prazo de 30 (trinta) dias, findo o qual serão adotadas as me- §3º Interessado é todo aquele que mantém relação pessoal
didas previstas neste Código. indireta, com a situação que constitua o respectivo fato gerador,
ainda que se trate de evento de caráter provisório ou não integral-
CAPÍTULO II mente presencial, quer por proporcionar condição de sua realiza-
DO FATO GERADOR ção, quer como beneficiário moral ou material.
§4º São eventos de caráter provisório aqueles de periodicidade
Art. 14. O fato gerador da obrigação principal é a situação defi- eventual e de duração breve e determinada. (NR)
nida nesta lei como necessária e suficiente à sua ocorrência. Art. 22. Salvo disposições em contrário, são os seguintes os
Art. 15. O fato gerador da obrigação acessória é qualquer si- efeitos da solidariedade:
tuação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a I - o pagamento efetuado por um dos obrigados aproveita aos
abstenção de ato que não configure obrigação principal. demais;
Art. 16. Salvo disposição em contrário, considera-se ocorrido o II - a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obriga-
fato gerador e existentes os seus efeitos: dos, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nes-
I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que te caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo;
se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produ- III - a interrupção da prescrição, em favor ou contra um dos
zam os efeitos que normalmente lhe são próprios; obrigados, favorece ou prejudica aos demais.
II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que
ela esteja definitivamente constituída, nos termos do direito apli- SEÇÃO III
cável. DA CAPACIDADE TRIBUTÁRIA

CAPÍTULO III Art. 23. A capacidade jurídica para cumprimento da obrigação


DO SUJEITO ATIVO tributária, decorre do fato de a pessoa física ou jurídica se encontrar
nas condições previstas em lei, dando lugar à referida obrigação.
Art. 17. Sujeito ativo da obrigação é o Município de Ribeirão Art. 24. A capacidade tributária passiva independe:
Preto, Estado de São Paulo. I - da capacidade civil das pessoas naturais;
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que impor-
CAPÍTULO IV tem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comer-
DO SUJEITO PASSIVO ciais ou profissionais ou, da administração direta de seus bens ou
negócios;
SEÇÃO I III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastan-
DISPOSIÇÕES GERAIS do que configure uma unidade econômica ou profissional.

Art. 18. Sujeito passivo da obrigação é a pessoa obrigada ao SEÇÃO IV


pagamento do tributo ou penalidade pecuniária. DO DOMICÍLIO TRIBUTÁRIO
Parágrafo Único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a Art. 25. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou responsável,
situação que constitua o respectivo fato gerador; de domicílio tributário, para os fins desta lei considera-se como tal:
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuin- I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual ou sen-
te, sua obrigação decorra de disposição expressa em lei. do esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de sua atividade,
Art. 19. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obri- no território do Município;
gada a prestações que constituam o seu objeto.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às firmas II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tribu-
individuais, o lugar de cada estabelecimento situado no território tos devidos pelo “de cujus”, até a data da partilha ou adjudicação,
do Município; limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão, do legado
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer de ou da meação;
suas repartições no território do Município. III - o espólio, pelos tributos devidos pelo “de cujus” até a data
§1º Quando o contribuinte eleger domicílio tributário fora do da abertura da sucessão.
Município, considerar-se-á notificado do lançamento com a remes- Art. 30. A pessoa jurídica de direito privado que resultar da fu-
sa do respectivo aviso, devidamente comprovado. são, transformação ou incorporação de outra ou em outra é respon-
§2º Na ocorrência do disposto no parágrafo anterior, conside- sável pelos tributos devidos até a data do ato pelas pessoas jurídi-
ra-se o contribuinte regularmente notificado ou intimado nos pra- cas de direito privado, fusionadas, transformadas ou incorporadas.
zos fixados por esta lei. (NR)
§3º Quando o contribuinte solicitar o envio de notificações ou Art. 31. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que ad-
intimações para fora do Município, correm a seu risco os efeitos quirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabe-
ocorrentes o não recebimento destas, salvo se a entrega for feita lecimento comercial, industrial ou profissional e continuar na res-
diretamente por funcionário da Prefeitura. pectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma
ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou
CAPÍTULO V estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato:
DA RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comér-
cio, indústria ou atividade;
SEÇÃO I II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na ex-
DISPOSIÇÃO GERAL ploração ou iniciar, dentro de seis meses a contar da data da alie-
nação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio,
Art. 26. Sem prejuízo do disposto neste capítulo à lei pode atri- indústria ou profissão.
buir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a
terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, SEÇÃO III
excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este DA RESPONSABILIDADE DE TERCEIROS
em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida
obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos le- Art. 32. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumpri-
gais. mento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solida-
§1º. Os responsáveis a que se refere este artigo estão obriga- riamente com este, nos atos em que intervierem ou pelas omissões
dos ao recolhimento integral do imposto devido, multa e acrésci- de que forem responsáveis:
mos legais, independentemente de ter sido efetuada sua retenção I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
na fonte; II - os tutores ou curadores, pelos tributos devidos pelos seus
§2º Sem prejuízo do disposto no caput e no §1º deste artigo, tutelados ou curatelados;
é responsável o tomador ou intermediário de serviço proveniente III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos de-
do exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior vidos por estes;
do País. (NR) IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa
SEÇÃO II falida ou pelo concordatário;
DA RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pe-
los tributos devidos pelos atos praticados por eles, ou perante eles,
Art. 27. O disposto nesta seção, aplica-se por igual aos créditos em razão de seu ofício;
tributários definitivamente constituídos ou em curso de constitui- VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
ção à data dos atos nela referidos, e aos constituídos posteriormen- Parágrafo Único. O disposto neste artigo só se aplica, em maté-
te aos mesmos atos, desde que relativos às obrigações tributárias ria de penalidade, às de caráter moratório.
surgidas até a referida data. Art. 33. São pessoalmente responsáveis pelos créditos corres-
Art. 28. Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato pondentes às obrigações tributárias resultantes de atos praticados
gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imó- com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou esta-
veis, ou bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços tutos:
referentes a tais bens ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se I - as pessoas referidas no artigo anterior;
na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do tí- II - os mandatários, prepostos e empregados;
tulo a prova de sua quitação. III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídi-
Parágrafo Único - No caso de arrematação em hasta pública, a cas de direito privado.
sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço.
Art. 29. São pessoalmente responsáveis: SEÇÃO IV
I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens DA RESPONSABILIDADE POR INFRAÇÃO
adquiridos ou remidos;
Art. 34. A responsabilidade por infrações desta lei independe
da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza
e extensão dos efeitos do ato.
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

Art. 35. A responsabilidade é excluída pela denúncia espon- Parágrafo Único. Considera-se o contribuinte notificado do
tânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do lançamento ou de qualquer alteração que ocorra posteriormente,
tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância decorridos 15 (quinze) dias da remessa ou notificação para o paga-
arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do mento do tributo, através da fixação de edital no quadro de editais
tributo dependa de apuração. da Secretaria da Fazenda da Prefeitura Municipal, e da publicação
Parágrafo Único. Não se considere espontânea a denúncia no Órgão de Imprensa Oficial do Município, daí se contando o prazo
apresentada após o início de qualquer procedimento administrati- para reclamação, relativamente às inscrições nele indicadas.
vo à medida de fiscalização, relacionados com a infração. Art. 42. A modificação introduzida, de ofício ou em consequ-
ência de decisão administrativa ou judicial, nos critérios jurídicos
TÍTULO III adotados pela autoridade administrativa no exercício do lançamen-
DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO to, somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito
passivo, quando o fato gerador ocorrido posteriormente à sua in-
CAPÍTULO I trodução.
DISPOSIÇÕES GERAIS
SEÇÃO II
Art. 36. O crédito tributário decorre da obrigação principal e DAS MODALIDADES DE LANÇAMENTO
tem a mesma natureza desta.
Art. 37. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, Art. 43. O lançamento é efetuado:
sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele I - por declaração do contribuinte, ou seu representante legal;
atribuídos, ou que excluam sua exigibilidade, não afetam a obriga- II - de ofício, nos casos previstos neste capítulo.
ção tributária que lhe deu origem. Art. 44. Far-se-á o lançamento com base na declaração do
Art. 38. O crédito tributário regularmente constituído somente contribuinte, quando este prestar à autoridade administrativa in-
se modifica ou extingue, ou tem a sua exigibilidade suspensa ou formações sobre a matéria de fato, indispensáveis à efetivação do
excluída, nos casos previstos nesta lei, fora dos quais não podem ser lançamento.
dispensados, sob pena de responsabilidade funcional na forma da §1º A retificação da declaração por iniciativa do próprio decla-
lei, a sua efetivação ou as respectivas garantias. rante quando vise a reduzir ou excluir tributo só é admissível, me-
diante comprovação do erro em que se funde, e antes de notificado
CAPÍTULO II do lançamento.
DA CONSTITUIÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO §2º Os erros, contidos na declaração e apuráveis pelo seu exa-
me, serão retificados de ofício pela autoridade administrativa a que
SEÇÃO I competir a revisão daquela.
DO LANÇAMENTO Art. 45. Quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tome
em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou
Art. 39. Compete privativamente à autoridade administrativa atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular,
constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não
procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria os documentos expedidos pelo contribuinte ou pelo terceiro le-
tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujei- galmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação
to passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. contraditória, administrativa ou judicial. (NR)
Parágrafo Único. A atividade administrativa de lançamento é Art. 46. Na atualização monetária de tributos, os valores serão
vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional. exibidos com duas casas de centavos com a unidade de centavo ar-
Art. 40. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato redondada para baixo, quando resultar igual ou menor que cinco e
gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que para cima quando maior que cinco. (NR)
posteriormente modificada ou revogada. Art. 47. O lançamento é efetuado ou revisto de ofício pelas au-
§1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente toridades administrativas, nos seguintes casos:
à ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos I - quando assim a lei o determine;
critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os po- II - quando a declaração não seja prestada por quem de direito,
deres de investigação das autoridades administrativas, ou outorga- no prazo e forma desta lei;
do ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha pres-
caso, para efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros. tado declaração, nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no
§2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados prazo, o pedido de esclarecimento formulado pela autoridade ad-
por períodos certos de tempo, desde que a lei fixa expressamente a ministrativa, recuse-se a prestá-lo ou não preste satisfatoriamente,
data em que o fato gerador se considera ocorrido. a juízo daquela autoridade;
Art. 41. O lançamento regularmente notificado ao sujeito pas- IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a
sivo somente pode ser alterado em virtude de: qualquer elemento definido na legislação tributária, como sendo de
I - impugnação do sujeito passivo; declaração obrigatória;
II - recurso de ofício; V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte de
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se re-
previstos no artigo 47. fere o artigo seguinte;

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo ou Parágrafo Único - A lei concessiva da moratória pode circuns-
de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de pena- crever expressamente a sua aplicabilidade a determinada área do
lidade pecuniária; Município ou a determinada classe ou categoria de sujeitos passi-
VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em vos.
benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação; Art. 52. A lei que concede a moratória especificará, sem preju-
VIII - quando deva ser apreciado fato não conhecido ou não ízo de outros requisitos:
provado quando do lançamento anterior; a) o prazo de duração do favor;
IX - quando se comprove que no lançamento anterior ocorreu b) as condições da concessão;
fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omissão, c) os tributos alcançados pela moratória;
pela mesma autoridade, de ato ou formalidade essencial; d) o número de prestações e seus vencimentos, dentro do pra-
X - quando se comprove, que no lançamento anterior, ocorreu zo estabelecido, podendo fixar-se prazo para cada um dos tributos
erro na apreciação dos fatos ou na aplicação da lei. considerados;
Parágrafo Único. A revisão do lançamento só pode ser iniciada, e) as garantias.
enquanto não extinto o direito da Fazenda Pública. Parágrafo Único. O disposto neste artigo, salvo o disposto na
Art. 48. O lançamento por homologação, que ocorre quanto letra “b” não se aplica a leis que concedam moratória de caráter
aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de geral.
antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade adminis- Art. 53. Salvo disposição de lei em contrário, a moratória so-
trativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando mente abrange os créditos definitivamente constituídos a data de
conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressa- lei ou de despacho que a conceder, ou cujo lançamento já tenha
mente o homologue. sido iniciado àquela data por ato regularmente notificado ao sujeito
§1º O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste passivo.
artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior ho- Parágrafo Único - A moratória não aproveita aos casos de dolo,
mologação do lançamento. fraude ou simulação do sujeito passivo ou de terceiro em benefício
§2º Não influem sobre a obrigação tributária quaisquer atos daquele.
anteriores à homologação, praticados pelo sujeito passivo ou por Art. 54. A concessão da moratória em caráter individual não
terceiro, visando à extinção total ou parcial do crédito. gera direito adquirido e será revogada de ofício, sempre que se
§3º Os atos a que se refere o parágrafo anterior serão, porém, apura que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as
considerados na apuração do saldo porventura devido e, sendo o condições ou não cumprira ou deixou de cumprir os requisitos para
caso, na imposição de penalidade ou sua graduação. concessão de favor, cobrando-se o crédito acrescido de juros de
§4º O prazo para a homologação, será de 05 (cinco) anos a con- mora e correção monetária:
tar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a I - com imposição de penalidade cabível, nos casos, de dolo
Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o ou simulação do beneficiado, ou de terceiro, em benefício daquele;
lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprova- II - sem imposição de penalidade, nos demais casos.
da a ocorrência de dolo, fraude ou simulação. Parágrafo Único. No caso do inciso I, deste artigo, o tempo de-
Art. 49. A declaração ou comunicação fora do prazo, para efei- corrido entre a concessão da moratória e a sua revogação não se
to de lançamento, não desobriga o contribuinte do pagamento das computa para efeito da prescrição do direito à cobrança do crédito;
multas, juros e correção monetária. no caso do inciso II, deste artigo, a renovação só pode ocorrer antes
de prescrito o referido direito.
CAPÍTULO III
DA SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO CAPÍTULO IV
DA EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 50. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - a moratória; Art. 55. Extinguem o crédito tributário:
II - o depósito do seu montante integral; I - o pagamento;
III - as reclamações e recursos nos termos deste Código. II - a compensação;
Parágrafo Único. O disposto neste artigo não dispensa o cum- III - a transação;
primento das obrigações acessórias dependentes da obrigação IV - a remissão;
principal cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes. V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão do depósito em renda;
SEÇÃO II VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento
DA MORATÓRIA nos termos do disposto no artigo 48;
VIII - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a
Art. 51. A moratória somente será concedida em caráter geral definitiva na órbita administrativa;
ou individual, por despacho da autoridade administrativa compe- IX - a decisão judicial passada em julgado;
tente, desde que autorizada por lei municipal. X - a consignação em pagamento julgada procedente.

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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

§1º Fica o Prefeito Municipal autorizado a conceder compensa- V - 1 (um) representante da Ordem dos Advogados do Brasil
ção de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos (Subseção de Ribeirão Preto).
ou vincendos, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, pró- §5º A Comissão a ser constituída nos termos do parágrafo ante-
prios do sujeito passivo contra a Fazenda Pública Municipal, obser- rior reunir-se-á quinzenalmente, sob a presidência do representan-
vados os seguintes critérios: te da Secretaria Municipal da Fazenda, a quem incumbirá a distri-
I - o sujeito passivo, após apurar o crédito líquido, certo e exigí- buição dos processos para pareceres;
vel, solicitará, mediante requerimento protocolizado junto ao Pro- §6º (REVOGADO)
tocolo Geral, a compensação deste com os créditos tributários da §7º O pedido de remissão de débito fiscal, a que alude o pará-
Fazenda Pública Municipal contra este; grafo 3º deste artigo, terá efeito suspensivo do crédito tributário,
II - sendo vincendo o crédito do sujeito passivo, a apuração do não incidindo durante o prazo de apreciação administrativa, multa,
seu montante, não poderá cominar redução maior que a correspon- juros moratórios e correção monetária.
dente ao juro de 1% (um por cento) ao mês pelo tempo a decorrer §8º A aplicação do disposto no parágrafo 7º não autoriza a de-
entre a data da compensação e a do vencimento do crédito; volução de pagamento já realizados anteriormente à vigência desta
III - é vedada a compensação mediante o aproveitamento de lei. (NR)
tributo, objeto de demanda judicial pelo sujeito passivo, antes do
trânsito em julgado da respectiva decisão judicial, bem como de SEÇÃO II
créditos de terceiros, de créditos relativos a títulos públicos, pre- DO PAGAMENTO
catórios e créditos de tributos que não sejam competência do Mu-
nicípio; Art. 56. O pagamento de tributos e rendas municipais é efetu-
IV - a compensação declarada no requerimento pelo sujeito ado em moeda corrente ou cheques, dentro dos prazos estabeleci-
passivo extingue o crédito tributário, sob condição resolutória de dos em lei ou fixados pela Administração.
sua ulterior homologação, implicando, ainda, em desistência con- §1º O crédito pago por cheque somente se considera extinto
fessa de eventuais defesas administrativas e judiciais pelo sujeito com o resgate deste pelo sacado.
passivo; §2º Se não for fixado o tempo do pagamento, o vencimento da
V - os pedidos de compensação pendentes de apreciação pela obrigação tributária ocorre 30 (trinta) dias após a data da apresen-
autoridade administrativa serão considerados declaração de com- tação da declaração do lançamento, ou da notificação do sujeito
pensação, desde o seu protocolo, para os efeitos previstos neste passivo.
artigo; §3º O pagamento é efetuado sempre no órgão arrecadador,
VI - o prazo para homologação da compensação declarada pelo sob pena de responsabilidade funcional, ressalvada a cobrança em
sujeito passivo será de 5 (cinco) anos, contado da data da entrega estabelecimento de crédito, autorizado por ato executivo.
da protocolização do requerimento de compensação; Art. 57. O pagamento de um crédito não importa em presunção
VII - a declaração de compensação constitui confissão de dívida de pagamento:
e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos débitos inde- I - quando parcial, das prestações em que se decomponha;
vidamente compensados; II - quando total, de outros créditos referentes ao mesmo ou a
VIII - não acolhido o requerimento de compensação, a autori- outros tributos.
dade administrativa deverá cientificar o sujeito passivo e intimá-lo a Art. 58. Nenhum pagamento intempestivo, de tributo, poderá
efetuar, no prazo de 30 (trinta) dias, contado da ciência do ato que ser efetuado sem que o infrator pague, no ato, o que for calculado
não a acolheu, o pagamento dos débitos declarados; sob a rubrica de penalidade.
IX - não efetuado o pagamento no prazo previsto no item ante- Art. 59. A imposição de penalidades, não ilide o pagamento in-
rior, a Fazenda Pública Municipal promoverá a sua cobrança. tegral do crédito tributário.
X - é facultado ao sujeito passivo, no prazo de 30 (trinta) dias a Art. 60. Existindo simultaneamente dois ou mais débitos ven-
partir da notificação do indeferimento da compensação, apresentar cidos do mesmo sujeito passivo para com o Município, relativos ao
o seu inconformismo, em uma única oportunidade. (NR) mesmo ou diferentes tributos, provenientes de penalidades pecu-
§2º Para que o Prefeito autorize a transação, é necessário a niárias, e de juros de mora, a autoridade administrativa competen-
justificação, em processo, do interesse da administração no fim da te para receber o pagamento determinará a respectiva imputação,
lide, não podendo a liberalidade atingir o principal no crédito tri- obedecidas as seguintes regras, na ordem em que vão enumeradas:
butário. I - em primeiro lugar os débitos por obrigação própria, e em
§3º O Prefeito pode, atendendo à situação econômica do con- segundo as decorrentes de responsabilidade tributária;
tribuinte e às peculiaridades do caso, conceder lhe a remissão total II - primeiramente as contribuições de melhoria e depois as ta-
ou parcial. xas e, por fim, os impostos;
§4º A remissão de que trata o parágrafo anterior somente po- III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;
derá ser concedida mediante regular processo administrativo com IV - na ordem decrescente dos montantes.
parecer favorável de uma Comissão constituída dos seguintes mem- Art. 61. Poderá o Secretário Municipal da Fazenda, ou a quem
bros: este delegar, autorizar o parcelamento de quaisquer débitos, com
I - 1 (um) representante do Tribunal de Impostos e Taxas Mu- os acréscimos legais, nas seguintes condições:
nicipais (TITAM); I - em até 36 (trinta e seis) parcelas mensais, não inferiores a R$
II - 1 (um) representante da Secretaria Municipal da Fazenda; 50,00 (cinquenta reais) cada parcela;
III - 1 (um) representante da Secretaria Municipal do Bem Estar II - em até 48 (quarenta e oito) parcelas mensais, não inferiores
Social; a R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) cada parcela;
IV - 1 (um) representante da Associação Comercial e Industrial;
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

III - em até 60 (sessenta) parcelas mensais, não inferiores a R$ I - 2% (dois por cento) até o último dia do mês subsequente ao
180,00 (cento e oitenta reais) cada parcela; do vencimento do tributo;
IV - em até 80 (oitenta) parcelas mensais, não inferiores a R$ II - 5% (cinco por cento) do primeiro até o último dia do segun-
700,00 (setecentos reais) cada parcela; do mês subsequente ao do vencimento do tributo;
V - em até 100 (cem) parcelas mensais, não inferiores a R$ III - 10% (dez por cento) a partir do primeiro dia do terceiro mês
900,00 (novecentos reais) cada parcela; subsequente ao do vencimento do tributo;
VI - em até 120 (cento e vinte) parcelas mensais, não inferiores IV - 20% (vinte por cento) a partir da inscrição do débito em
a R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais) cada parcela. Dívida Ativa.
§1º. O parcelamento deverá ser solicitado através dos meios §2º A atualização monetária e os juros serão computados men-
disponibilizados pela Secretaria Municipal da Fazenda. salmente a partir do 1º (primeiro) dia do mês subsequente ao do
§2º. O pedido de parcelamento implicará na aceitação das con- vencimento, com a utilização da Taxa SELIC. (NR)
dições estabelecidas pela legislação e terá efeito de confissão de Art. 63. (REVOGADO)
dívida líquida e certa, suspendendo a exigibilidade do crédito tribu- Art. 63-A. Não ocorrendo nenhuma das hipóteses legais de sus-
tário somente após a quitação da primeira parcela. pensão da exigibilidade do crédito tributário, observado o dispos-
§3º. A primeira parcela do débito consolidado deverá ser qui- to no art. 62-A, a inscrição em Dívida Ativa deverá ser procedida,
tada no ato do pedido de parcelamento, sendo as demais envia- estando expressamente comprovada a legalidade do lançamento
das por via postal ao interessado, devidamente atualizadas com os tributário.
acréscimos legais até a data assinalada para pagamento. §1º Distribuída a ação de Execução Fiscal, incidirão sobre o
§4º. Valores superiores a 2.800 (duas mil e oitocentas) UFESP’s, montante do débito atualizado, honorários advocatícios e custas
poderão ser parcelados nos termos do presente artigo, mediante judiciais na forma da lei aplicável.
concordância expressa da Administração Municipal e desde que, §2º As pessoas físicas e jurídicas responsáveis por obrigações
para os débitos ajuizados, se tenha efetivado a penhora de bens pecuniárias vencidas e não pagas, cujo débito, plenamente exigí-
para garantia integral do Juízo. vel, encontre-se regularmente inscrito em Dívida Ativa, poderão ser
§5º. Na hipótese de comprovada impossibilidade financeira inscritas no CADIN - Cadastro de Inadimplentes da Secretaria Mu-
para cumprimento do parcelamento originário e a pedido do inte- nicipal da Fazenda.
ressado, poderá ser concedido o reparcelamento de débito, desde §3º Os contribuintes ou responsáveis inscritos no CADIN não
que a primeira parcela comporte no mínimo o valor corresponden- poderão celebrar convênios, acordos, ajustes ou contratos que en-
te a 10% (dez por cento) do débito remanescente, aplicando-se este volvam desembolso, a qualquer título, de recursos públicos.
percentual a cada novo pedido de reparcelamento. §4º A Secretaria Municipal da Fazenda fica autorizada a enca-
§6º. Situações que envolvam parcelamento de débito, ou parte minhar para protesto extrajudicial as Certidões de Dívida Ativa, não
dele, não contempladas nas disposições deste artigo, serão decidi- configurando tal prerrogativa em qualquer condição de admissibi-
das pelo Secretário Municipal da Fazenda, em regular procedimen- lidade ou pré-requisito para a regular distribuição da Ação de Exe-
to administrativo. cução Fiscal. (ADI)
§7º. Verificada a inadimplência de qualquer das parcelas, o par- §5º Não será lançada penalidade pecuniária ao contribuinte
celamento será cancelado no prazo de 60 (sessenta) dias a contar que regularizar espontaneamente a infração, desde que o faça an-
da data assinalada para pagamento da parcela inadimplida, com tes do início de qualquer procedimento fiscal. (NR)
consequente exigência do débito remanescente na forma da lei.
§8º. Poderá ser admitido um segundo parcelamento de débito SEÇÃO IV
do mesmo tributo, relativo a período distinto de parcelamento já DO PAGAMENTO INDEVIDO
existente, desde que as parcelas deste estejam em dia, devendo o
valor do novo débito ser somado ao valor do débito remanescente Art. 64. O contribuinte terá direito à restituição total ou parcial
do parcelamento existente, aplicando-se ao débito consolidado os do tributo, seja qual for a modalidade de pagamento, nos seguintes
demais dispositivos deste artigo. casos:
§9º. A partir do terceiro pedido de parcelamento de débito I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributos indevidos
do mesmo tributo, este somente poderá ser deferido se quitado ou maior que o devido em face da legislação tributária municipal
o parcelamento anterior, ou sob a forma de reparcelamento, sub- ou de natureza e circunstâncias materiais do fato gerador efetiva-
sumindo-se a totalidade do débito às condições especificadas no mente ocorrido;
parágrafo 5º deste artigo. (NR) II - erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da
alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elabora-
SEÇÃO III ção ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento;
DA MORA, DOS JUROS E DA CORREÇÃO MONETÁRIA III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão con-
denatória.
Art. 62. (REVOGADO) Parágrafo Único. O pedido de restituição será instruído com os
Art. 62-A. Esgotado o prazo estipulado para o pagamento dos documentos originais que comprovem a ilegalidade ou irregularida-
créditos tributários, serão acrescidos de multa de mora, juros e atu- de do pagamento.
alização monetária. Art. 65. A restituição de tributos que comportem, por natureza,
§1º A multa de mora será calculada sobre o valor do tributo transferência do respectivo encargo financeiro, somente será feita a
devido, respeitado o seguinte escalonamento, a contar da data do quem prove haver assumido o referido encargo, ou no caso de tê-lo
vencimento: transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a
recebê-la.
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Art. 66. A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à resti- Art. 75. Considera-se reincidência a repetição de falta idêntica
tuição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades ou similar cometida pela mesma pessoa natural ou jurídica, inclusi-
pecuniárias, salvo as referentes a infração de caráter formal não ve condomínios e demais equiparadas a pessoa jurídica, dentro do
prejudicadas pela causa da restituição. prazo de 5 (cinco) anos contados do transito em julgado administra-
tivo da infração anterior.
CAPÍTULO V Parágrafo único. A reincidência caracteriza-se como contumaz
DA EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO quando praticada dentro do prazo de 90 (noventa) dias contados do
transito em julgado administrativo da infração anterior. (NR)
SEÇÃO I Art. 76. A sonegação configura-se pelo procedimento do con-
DISPOSIÇÕES GERAIS tribuinte em:
I - prestar declaração falsa ou omitir, total, ou parcialmente,
Art. 67. Excluem o crédito tributário: informação que deva ser produzida a agentes das pessoas jurídi-
I - a isenção; cas de Direito Público Interno, com a intenção de eximir-se, total
II - a anistia. ou parcialmente, do pagamento de tributos e quaisquer adicionais
Parágrafo Único. A exclusão do crédito tributário não dispensa devidos por lei;
o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obriga- II - inserir elementos inexatos ou omitir rendimentos ou opera-
ção principal cujo crédito seja excluído, ou dela consequentes. ções de qualquer natureza de documentos ou livros exigidos pelas
leis fiscais, com a intenção de exonerar-se do pagamento de tribu-
SEÇÃO II tos devidos à Fazenda Pública Municipal;
DA ISENÇÃO III - alterar faturas e quaisquer documentos relativos a opera-
ções mercantis com o propósito de fraudar a Fazenda Pública Mu-
Art. 68. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sem- nicipal;
pre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exi- IV - fornecer ou emitir documentos graciosos ou alterar des-
gidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo pesas, com o objetivo de obter dedução de tributos devidos à Fa-
caso, o prazo de sua duração. zenda Pública Municipal, sem prejuízo das sanções administrativas
Parágrafo Único - A isenção pode ser restrita a determinada cabíveis.
região do território do Município, em função de condições a ela pe-
culiares. CAPÍTULO II
Art. 69. Salvo disposições em contrário, a isenção só atingirá DAS PENALIDADES
os impostos.
Art. 70. A isenção, salvo se concedida por prazo certo ou em Art. 77. São penalidades tributárias previstas nesta lei, aplicá-
função de determinadas condições, pode ser revogada ou modifi- veis separadas ou cumulativamente, sem prejuízo das cominadas
cada por lei a qualquer tempo; porém, só terá eficácia a partir do pelo mesmo fato por lei criminal:
exercício seguinte àquele em que tenha sido modificada ou revoga- I - a multa;
da a isenção. II - a perda de desconto, abatimento ou deduções;
Art. 71. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é III - a cassação do benefício da isenção;
efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrati- IV - a revogação dos benefícios de anistia ou moratória.
va, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preen- Parágrafo Único. A aplicação de penalidades de qualquer na-
chimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos tureza, em caso algum, dispensa o pagamento do tributo, dos juros
em lei ou contrato para sua concessão. de mora, e correção monetária, nem isenta o infrator do dano resul-
§1º (REVOGADO) tante da infração, na forma da lei civil.
§2º O despacho referido neste artigo não gera direito adquiri- Art. 78. A penalidade, além de impor a obrigação de fazer ou
do, aplicando-se quando cabível, o disposto no artigo 54. deixar de fazer, será pecuniária, quando consista em multa, e deve-
rá ter em vista:
TÍTULO IV I - as circunstâncias atenuantes;
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES II - as circunstâncias agravantes.
§1º Nos casos do item I, deste artigo, reduzir-se-á a multa pre-
CAPÍTULO I vista em 50% (cinquenta por cento).
DA INFRAÇÃO §2º Nos casos do item II, deste artigo, aplicar-se-á:
a) na reincidência, o dobro da penalidade prevista;
Art. 72. Constitui infração toda ação ou omissão contrária às b) na sonegação, o valor do tributo sonegado, não podendo
disposições desta lei. este valor ser inferior a R$ 424,00 (quatrocentos e vinte e quatro
Art. 73. Constituem circunstâncias agravantes da infração: reais). (NR)
I - a circunstância da infração depender ou resultar de infração Art. 79. As infrações às disposições da presente lei, serão puni-
de outra lei, tributária ou não; das com as penalidades previstas nos capítulos próprios.
II - a reincidência;
III - a sonegação.
Art. 74. Constituem circunstâncias atenuantes da infração fiscal
com a respectiva redução de culpa, aquelas previstas na Lei Civil, a
critério da Administração.
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

CAPÍTULO III §3º Independentemente das cópias digitais de segurança, a


OUTRAS PENALIDADES cada edição do Diário Oficial do Município, o órgão responsável fará
imprimir pelo menos dois exemplares para arquivamento, em dois
Art. 80. Os comerciantes ou feirantes, encontrados sem a res- diferentes imóveis.
pectiva licença, além das penalidades previstas nos capítulos pró- §4º Considera-se assinatura eletrônica as seguintes formas de
prios, terão apreendidas suas mercadorias. identificação inequívoca do signatário:
§1º A apreensão será feita, também quando, embora licencia- I - Assinatura digital baseada em certificado emitido por Auto-
dos, as mercadorias apresentarem vestígios de deterioração, cons- ridade Certificadora credenciada.
tatada após exame pela repartição sanitária local, após o que serão II - Senha cadastrada, junto a administração, mediante identi-
inutilizados. ficação presencial.
§2º As mercadorias apreendidas serão removidas para o Depó- §5º A publicação e comunicação eletrônica substitui qualquer
sito Municipal e devolvidas após a regularização do licenciamento outro meio de publicação oficial, para todos os efeitos, exceto nos
e pagamento do preço decorrente da apreensão, depósito e con- casos em que a lei exija intimação, declaração ou vista pessoal.
dução, vedada a devolução sem o pagamento, inclusive, da multa §6º A intimação ou notificação considera-se feita no primeiro
respectiva. dia útil seguinte àquele em que o sistema certificar o recebimento
pelo contribuinte.
TÍTULO V §7º Inocorrendo, no prazo de 10 dias, a certificação do recebi-
DA INSCRIÇÃO E DO CADASTRO FISCAL mento eletrônico da intimação ou notificação, pelo contribuinte ou
seu preposto, esta será desconsiderada e a Prefeitura Municipal fica
CAPÍTULO ÚNICO obrigada a proceder nova notificação ou intimação pessoal colhen-
DISPOSIÇÕES GERAIS do, em recibo, a assinatura do contribuinte ou seu preposto.
§8º Em caráter informativo, poderá ser efetivada remessa de
Art. 81. Toda pessoa física ou jurídica, de direito público ou pri- correspondência eletrônica ou física, comunicando o envio de inti-
vado, deverá promover sua inscrição no cadastro fiscal da Prefeitu- mação, notificação ou outro.
ra, para cada um de seus estabelecimentos, seja matriz, filial, sucur- §9º Consideram-se tempestivos os atos praticados, eletronica-
sal, agência, depósito, escritório inclusive de contato, showroom, mente, até às vinte e quatro horas do último dia do prazo.
posto de atendimento de qualquer natureza, endereço de corres- §10. A certidão eletrônica relativa a tributo tem prazo de vali-
pondência, endereço de terceiro onde atua economicamente ain- dade de 30 dias.
da que temporariamente, inclusive condomínio edilício, obra de §11. A certidão eletrônica, emitida pela Prefeitura Municipal,
construção civil ou qualquer outra, independente da denominação permanecerá disponível, na internet, para efeito de legitimação,
que vier a ser adotada, mesmo que isenta ou imune de tributos, de pelo prazo mínimo de 90 dias.
acordo com as formalidades da legislação. §12. A Taxa de Expediente relativa a apresentação, tramitação
Parágrafo Único - Toda pessoa sujeita a inscrição municipal, e expedição de papeis, da Tabela 07, não incide sobre documento
empresária ou não, deverá escriturar a documentação fiscal relati- eletrônico, salvo quando requerida sua legitimação manual, confor-
va a serviços tomados no território do município, bem como prestar me instrução. (NR)
as informações de interesse do Fisco, na forma da instrução. (NR) Art. 81-B. Sem prejuízo da obrigação de informar, por quem
Art. 81-A. Documentos, de qualquer natureza, inclusive assina- assim deva proceder, a Prefeitura Municipal, poderá celebrar con-
turas, afetos ao poder público local, poderão ser produzidos, recep- vênio, ou termo, com os demais entes da federação, por sua ad-
cionados, transitados, destinados e certificados eletronicamente, ministração direta, indireta ou delegada, inclusive seus contratados
através da internet e intranet. ou autorizados, para fins de utilização de programas eletrônicos,
§1º Incluem-se dentre os documentos do caput: Requerimen- de transferência e certificação de documentos, assim como para
tos de Qualquer Natureza, Ficha de Inscrição Cadastral, Certidões, o acesso, recíproco ou não, à informações contidas em cadastros,
Autorizações, Alvarás, Habite-se, Declaração de Movimento Econô- públicos ou privados, de pessoas físicas, jurídicas, bens móveis ou
mico, Livros, Notas Fiscais, Guias de Recolhimento do Prestador, To- imóveis, atividade econômica, e outros de interesse da administra-
mador, Intermediário, Substituto Tributário, Responsável Supletivo, ção fazendária, indispensáveis a constituição do crédito tributário.
Declaração de Ajuste do ISSQN, Títulos Aquisitivos, Notas Fiscais de (NR)
Mercadorias e Produtos Industrializados, Livro Diário, Razão, Apu- Art. 81-C. As normas regulamentares, certidões e outros atos
ração de Receitas, Demonstração de Resultados, Balanços, Balan- expedidos pelos órgãos da administração, quando emitidos pela in-
cetes, Notificações, Intimações, Autos de Infração, Reclamações, ternet, terão as seguintes características:
Recursos, e congêneres, inclusive o Processo Administrativo, desde I - serão válidas independentemente de assinatura ou chancela
sua protocolização até final arquivamento. manual;
§2º A versão digital do Diário Oficial do Município poderá tra- II - serão instituídas pelo órgão emissor mediante extrato publi-
zer a publicação dos atos, da administração, na forma de extrato cado no Diário Oficial do Município;
desde que indicado o endereço eletrônico de sua versão integral, III - serão tal que sua legitimidade poderá ser aferida na pró-
exceto quanto a Leis, Decretos, Relatórios da Lei de Responsabilida- pria internet, pelo tempo de sua validade, observado o sigilo fiscal,
de Fiscal e outros atos para os quais a lei expressamente determine quando o caso. (NR)
integral publicação. Art. 81-D. Os serviços de certificação digital a serem prestados,
credenciados ou contratados pelos órgãos da administração direta
e indireta do município deverão ser providos nos termos da legis-
lação federal.
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§1º A transmissão de documentos, assinados eletronicamente c) do representante legal, quando além dos títulos ou docu-
ou não, far-se-á por sistema que lhes garanta segurança, autentici- mentos, apresentar o documento que o habilite;
dade e integridade de conteúdo, bem como a irretratabilidade ou d) da própria repartição, de ofício, quando não promovida pe-
irrecusabilidade de sua autoria e recebimento, mediante Aviso de las pessoas referidas nas alíneas “a”, “b” e “c”.
Recebimento Eletrônico. §3º Não será exigida a prova da letra “d” do parágrafo anterior,
§2º A comunicação dirigida ao contribuinte pode se dar de for- quando o terceiro, apresentar na repartição competente documen-
ma eletrônica quando do cadastro daquele constar tal endereço e tos, cujo ingresso independa de sua interferência ou responsabili-
seu recebimento seja certificável. dade.
§3º O ato de oferecimento na forma eletrônica da documenta- §4º A baixa efetivada de ofício, será precedida sempre das veri-
ção exigida pela administração não dispensa a guarda, pelo interes- ficações necessárias a resguardar os direitos da Fazenda Municipal.
sado, no prazo da lei, da via original em papel quando esta foi parte Art. 84. O cadastro fiscal da Prefeitura é composto:
da substância do ato. §1º Do cadastro das propriedades imobiliárias, abrangendo:
§4º A exigibilidade de remessa eletrônica de documento pelo a) propriedades imobiliárias urbanas;
contribuinte far-se-á, na forma do regulamento, por critérios de b) propriedades imobiliárias rurais.
movimentação econômica e tipificação da atividade e congêneres, §2º Do cadastro de atividades, abrangendo:
assegurando-se, sempre, a acessibilidade e orientação aos contri- a) atividades de produção;
buintes que delas necessitem. b) atividades de indústria;
§5º Havendo necessidade de emissão de reprodução de docu- c) atividades de comércio;
mento, na forma como constante do sistema eletrônico da admi- d) atividades de prestação de serviços.
nistração, o agente público certificará a cópia extraída, quando esta §3º Do cadastro de veículos e aparelhos automotores, abran-
não possa ser legitimada pelo próprio sistema. gendo os de:
§6º Havendo recepção de documento em papel, o agente pú- a) propulsão motora;
blico que o receba certificará a autenticidade da cópia eletrônica b) propulsão animal;
integrada ao sistema e o ato da assinatura manuscrita, que perante c) propulsão humana;
ele se produziu, fornecendo ao contribuinte o devido comprovante. d) elevadores.
(NR) §4º De outros cadastros não compreendidos nos parágrafos
Art. 82. O prazo de inscrição ou de suas alterações é de 30 (trin- anteriores, necessários a atender às exigências da Prefeitura, com
ta) dias, a contar do ato ou fato que a motivou, excetuados os casos relação ao poder de polícia administrativa ou à organização dos
em que a lei prever forma e prazos diferentes. seus serviços. (NR)
§1º Decorrido o prazo previsto neste artigo, será o contribuinte
notificado ou convocado por edital, assinalando novo prazo para LIVRO II
sua inscrição, sob pena das sanções cabíveis. DOS TRIBUTOS E RENDAS
§2º Far-se-á a inscrição:
I - por declaração do contribuinte ou de seu representante le- TÍTULO I
gal, mediante petição, preenchimento de ficha ou formulário mo- DOS TRIBUTOS
delo, na forma regulamentar;
II - de ofício, após o não cumprimento do disposto no parágrafo CAPÍTULO I
primeiro deste artigo, sem prejuízo da penalidade prevista. DISPOSIÇÕES GERAIS
§3º Apurada a qualquer tempo a inexatidão dos elementos de-
clarados, proceder-se-á de ofício a alteração da inscrição, aplican- Art. 85. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em
do-se as penalidades de lei. moeda ou cujo valor nela possa exprimir que não constitua sanção
§4º Servirão de base à inscrição de ofício os elementos cons- de ato ilícito, instituído em lei, nos limites da competência consti-
tantes do auto de infração e outros de que dispuser a Prefeitura. tucional e cobrado mediante atividade administrativa, plenamente
(NR) vinculada.
Art. 83. Os pedidos de alteração de inscrições serão de inicia- Art. 86. A natureza jurídica específica do tributo é determinada
tiva: pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevante para
§1º Nos casos de transferência ou alteração de dados de ins- qualificá-la:
crição: I - a denominação e demais características formais adotadas
a) do próprio contribuinte; pela lei;
b) do transmitente ou adquirente a qualquer título, quando II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.
apresentarem os títulos ou documentos hábeis; Art. 87. Os tributos são: Impostos, Taxas e Contribuição de Me-
c) do representante legal, quando além dos títulos apresentar o lhoria.
documento que o habilite; §1º Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador
d) de terceiro, quando apresentados os títulos, provar median- uma situação independente de qualquer atividade estatal específi-
te documento escrito que a ele fora cometido tal mister. ca, relativa ao contribuinte.
§2º Nos casos de baixa: §2º Taxa é o tributo que tem como fato gerador o exercício
a) do próprio contribuinte; regular do poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial de
b) do transmitente ou adquirente a qualquer título, quando serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou
apresentarem os títulos ou documentos hábeis; posto à sua disposição.

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§3º Contribuição de Melhoria é tributo instituído para fazer §4º O disposto na alínea “a” do inciso IV não se aplica aos servi-
face ao custo de obras públicas de que derive valorização imobi- ços públicos concedidos, cujo tratamento tributário é estabelecido
liária. pela Prefeitura no que se refere aos tributos de sua competência,
ressalvado o que dispõe o artigo seguinte.
CAPÍTULO II §5º O disposto na alínea “b” do inciso IV é subordinado à ob-
DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA servância pelas entidades nele referidas, dos requisitos seguintes:
a) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio e de
Art. 88. O Município de Ribeirão Preto, ressalvada as limitações suas rendas, a qualquer título que possa representar rendimento,
de competência tributária constitucional, da lei complementar e ganho ou lucro para os respectivos beneficiários;
desta lei, tem competência legislativa plena, quanto à incidência, b) aplicarem, integralmente, no país, os seus recursos na ma-
arrecadação e fiscalização dos tributos municipais. nutenção dos seus objetivos institucionais;
Art. 89. É atribuída, por delegação de poderes conferidos por c) manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros
esta lei, a ocupantes de cargos de função de arrecadar, fiscalizar revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.
tributo, executar leis, serviços e atos ou decisões administrativas §6º Na falta do cumprimento do disposto nos parágrafos 1º e
atinentes a matéria tributária a competência para a execução des- 5º deste artigo, a autoridade competente pode suspender a aplica-
ses atos, inerentes que é à pessoa de direito público, nos termos da ção do benefício.
constituição. §7º Os serviços a que se refere a alínea “a” do inciso IV são,
§1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios pro- exclusivamente, os diretamente relacionados com os objetivos ins-
cessuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a titucionais das entidades de que trata o parágrafo 5º, previstos nos
confere. respectivos estatutos ou atos constitutivos.
§2º A atribuição pode ser revogada a qualquer tempo, por ato §8º Todos os requerimentos e demonstrações a que o contri-
do Executivo, em sua qualidade de representante do Município e buinte está obrigado nas situações de imunidade relativa ao Impos-
que é quem, nos termos desta lei, a confere. to Sobre Serviços de Qualquer Natureza deverão ser produzidos no
§3º Não constitui delegação o cometimento, à pessoa de direi- ato da inscrição, ficando o beneficiário, obrigado a comunicar ao
to privado, do encargo da função de arrecadar os tributos. Fisco, anualmente, até o último dia útil de janeiro, qualquer altera-
ção relativa ao reconhecimento do benefício, independentemente
CAPÍTULO III da permanente fiscalização.
DAS LIMITAÇÕES DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA §9º Os contribuintes contemplados pelo artigo 150, VI, da
Constituição Federal, deverão requerer, nos termos do §8º, o reco-
Art. 90. É vedado ao Município: nhecimento da imunidade e do atendimento aos requisitos de lei,
I - instituir ou majorar tributos sem que a lei o estabeleça; apresentando certificação de sua condição, emanada dos órgãos
II - cobrar imposto sobre o patrimônio com base em lei poste- federais, estaduais e municipais competentes e documentação eco-
rior à data inicial do exercício financeiro a que corresponde; nômico-fiscal.
III - estabelecer limitações ao tráfego em seu território, de pes- §10. O reconhecimento da imunidade, para o primeiro exercí-
soas ou de mercadorias, por meio de tributos; cio, servirá para os seguintes, independentemente da permanente
IV - cobrar imposto sobre: fiscalização.
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; §11. A imunidade na forma prevista no inciso VI, do artigo 150
b) templos de qualquer culto; da Constituição Federal, será processada na forma do artigo 184.
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusi- §12. A imunidade cessa no momento que se dê o não cumpri-
ve suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das mento dos seus requisitos. (NR)
instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, Art. 91. Cessa o privilégio da imunidade para as pessoas de di-
atendidos os requisitos da lei; reito privado ou público, quanto aos imóveis prometidos à venda,
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impres- desde o momento em que se constituir o ato.
são; Parágrafo Único. Nos casos de transferência de domínio ou de
V) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido posse de imóvel, pertencentes à entidades referidas neste artigo, a
publicada a lei que os instituiu ou aumentou. imposição fiscal recairá sobre o promitente comprador enfiteuta,
§1º O disposto no inciso IV não exclui a atribuição por lei, às fiduciário, usuário, usufrutuário, concessionário, comodatário, per-
entidades nele referidas, da condição de responsável pelos tributos missionário ou possuidor a qualquer título.
que lhe caiba reter na fonte, e não as dispensa da prática de atos Art. 92. A imunidade, não abrangerá em caso algum as taxas
previstos em lei, assecuratórios do cumprimento de obrigações tri- devidas a qualquer título.
butárias por terceiros.
§2º O disposto na alínea “a” do inciso IV aplica-se, exclusiva- CAPÍTULO IV
mente, aos serviços próprios das pessoas jurídicas de direito públi- DOS IMPOSTOS
co a que se refere este artigo, e inerente aos seus objetivos.
§3º O disposto na alínea “a” do inciso IV observado o disposto SEÇÃO I
nos parágrafos 1º e 2º, supra, é extensivo às autarquias criadas pela DISPOSIÇÃO GERAL
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, tão
somente no que se refere ao patrimônio ou aos serviços vinculados Art. 93. Os impostos da competência privativa do Município
às suas finalidades essenciais, ou delas decorrentes. são os seguintes:
I - Sobre Serviços de Qualquer Natureza;
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II - Sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana; serão, obrigatoriamente, assinados pelo titular do estabelecimento,
III - Transmissão “Inter-vivos”; e sócio, gerente ou diretor credenciado contratualmente ou estatuta-
IV - Vendas a Varejo de Combustíveis Líquidos e Gasosos, exce- riamente, com poderes de gestão para movimentação de recursos,
to Óleo Diesel. (NR) ou, ainda, por procurador devidamente habilitado para o fim pre-
visto neste artigo.
SEÇÃO II §5º O contribuinte que, nas atividades exercidas fora do local
DO IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA de inscrição utiliza seu endereço apenas com finalidade de referên-
cia para recebimento de correspondência, terá sua inscrição conce-
SUBSEÇÃO I dida, desde que assine “TERMO DE COMPROMISSO”, comprome-
DA INCIDÊNCIA E FATO GERADOR tendo-se com tal finalidade, podendo referida inscrição ser cassada,
caso não seja cumprido o termo de compromisso, aplicando-se,
Art. 94. O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza tem nesse caso, as penalidades previstas no artigo 153 desta lei.
como fato gerador à prestação de serviços constantes da Lista de §6º É considerado prestador de serviços para efeito desta lei,
Serviços contida na Tabela 01, anexa a esta lei, ainda que esses não o portador de diploma devidamente registrado e inscrito no órgão
se constituam como atividade preponderante do prestador. que o habilite ao exercício da profissão.
§1º O imposto incide também sobre o serviço proveniente do §7º Ficam dispensados da promoção da referida inscrição, os
exterior do País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do contribuintes estabelecidos em outros municípios que vierem, no
País; município de Ribeirão Preto, prestar os serviços prestados nos subi-
§2º Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os ser- tens 4.22, 4.23, 5.09, 15.01 e 15.09 constantes da Lista de Serviços
viços nela mencionados ficam sujeitos apenas ao imposto previs- contida na Tabela 01, anexa a esta lei, ficando ainda, ressalvadas as
to neste artigo, ainda que sua prestação envolva fornecimento de hipóteses previstas nesta lei, vedada pelo município a imposição
mercadorias; de qualquer outra obrigação acessória, a estes contribuintes, com
§3º O imposto de que trata esta lei incide ainda sobre os ser- relação aos serviços mencionados neste parágrafo. (NR)
viços prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos Art. 97. A inscrição é intransferível e será renovada sempre que
explorados economicamente mediante autorização, permissão ou ocorrer modificações nas declarações constantes do formulário de
concessão, com o pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usu- inscrição, dentro de 15 (quinze) dias contados da ocorrência da mo-
ário final do serviço. (NR) dificação.
Art. 95. A incidência do imposto independe: Art. 98. A transferência, a venda, o encerramento e demais al-
a) do cumprimento de quaisquer exigências legais regulamen- terações, serão comunicadas à repartição fiscal competente no pra-
tares ou administrativas, relativas à atividade, sendo devido o im- zo de 15 (quinze) dias, contados da data da ocorrência. (NR)
posto, sem prejuízo das cominações cabíveis; Art. 99. O profissional responsável pelos serviços a que se re-
b) do resultado financeiro ou do pagamento do serviço pres- ferem os itens 7.02, 7.04 e 7.05 da Lista de Serviços, preencherá,
tado. independentemente da inscrição pelo proprietário da obra, o for-
c) da denominação dada ao serviço prestado. (NR) mulário aprovado pela Prefeitura com os dados exigidos em Regu-
lamento. (NR)
SUBSEÇÃO II Art. 100. Além da inscrição, os prestadores, intermediários, in-
DA INSCRIÇÃO teressados e tomadores de serviços apresentarão declaração con-
tendo informes no interesse do controle da arrecadação tributária,
Art. 96. As pessoas sujeitas ao imposto devem promover a sua conforme instrução, sob pena das condições legais.
inscrição como contribuintes, uma para cada um de seus estabele- Parágrafo Único. Tanto na declaração a que se refere este artigo
cimentos, na repartição fiscal competente, considerando-se esta- como na inscrição prevista no artigo 97, quando se tratar de pesso-
belecimento o local da obra, no caso de construtor ou empreiteiro as sujeitas a escrita comercial ou fiscal, far-se-á necessária a assina-
sediado ou domiciliado em outro Município. tura do contabilista, devidamente registrado no Conselho Regional
§1º A inscrição será feita em formulário próprio no qual o con- de Contabilidade, o qual será responsável solidário pela veracidade
tribuinte ou responsável declarará sob sua exclusiva responsabilida- e acerto das informações e dados constantes de tais documentos.
de, na forma, prazo e condições regulamentares, todos os elemen- (NR)
tos exigidos pela legislação municipal. Art. 101. Feita a inscrição, a repartição irá numerar a FIC - Ficha
§2º Como complemento dos dados para inscrição, o contri- de Inscrição Cadastral, devolvendo-a ao contribuinte ou responsá-
buinte ou responsável é obrigado a anexar ao formulário a docu- vel. (NR)
mentação exigida pelo Regulamento e a fornecer, por escrito ou Art. 102. O número de inscrição aposto na FIC referida no arti-
verbalmente, a critério do Fisco, quaisquer informações que lhe go anterior será impresso em todos os documentos fiscais emitidos
forem solicitadas. pelo contribuinte ou responsável.
§3º Quando o contribuinte ou responsável não puder apresen- Parágrafo Único. No caso de extravio será fornecida segunda
tar no ato da inscrição, a documentação exigida, ser-lhe-á conce- via ao interessado. (NR)
dida inscrição condicional, fixando-lhe, a repartição competente o
prazo de 30 (trinta) dias para que satisfaça às exigências da legisla-
ção municipal.
§4º As declarações para abertura, encerramento, alterações
e indicação da receita bruta, as fichas de inscrição e as guias de
recolhimento, bem como outros documentos, a critério do Fisco,
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SUBSEÇÃO III §9º Para os serviços descritos no subitem 22.01, da Lista de


DO LANÇAMENTO Serviços, a base de cálculo será proporcional à extensão da rodovia
no território do município.
Art. 103. O imposto é de lançamento mensal, quando a base §10. Nos serviços intermediados por cooperativas, entre coo-
de cálculo for o preço do serviço e anual, quando a base de cálculo perados e não cooperados, a apuração do imposto corresponde aos
não compreender a importância paga a título de remuneração do valores integrados ao seu patrimônio, resultantes do confronto de
trabalho pessoal do próprio contribuinte, nos termos do art. 104, contas de receitas e despesas operacionais, observada a legislação
§3º. (NR) federal de constituição, funcionamento, tributos sobre faturamento
Art. 103-A. A emissão de notas fiscais eletrônicas de prestação e de demonstrações contábeis, na forma do regulamento especifi-
de serviços e a escrituração eletrônica de serviços tomados pos- co.
suem valor probante para todos os efeitos judiciais e extrajudiciais, §11. Relativamente à prestação dos serviços a que se referem
constituindo instrumento hábil e suficiente para exigência do ISS os subitens 4.22 e 4.23 da Lista de Serviços, o imposto será calcu-
gerado na operação, sem a necessidade do lançamento via auto de lado sobre a diferença entre os valores cobrados e os repasses em
infração. (NR) decorrência desses planos, a hospitais, clínicas, laboratórios de aná-
lises, de patologia, de eletricidade médica, ambulatórios, prontos-
SUBSEÇÃO IV -socorros, casas de saúde e de recuperação, bancos de sangue, de
DA BASE DE CÁLCULO pele, de olhos, de sêmen e congêneres, bem como a profissionais
autônomos que prestem serviços descritos nos demais subitens do
Art. 104. (REVOGADO) “item 4” da Lista de Serviços.
Art. 104-A. A base de cálculo do imposto é o preço do serviço. §12. A base de cálculo do ISS relativo aos serviços enquadrados
§1º Considera-se preço do serviço, o valor total devido em de- no item 21.01, da Lista de Serviços, é a soma do valor dos emolu-
corrência da prestação de serviços, vedadas quaisquer deduções mentos definidos no artigo 19, da Lei Estadual nº 11.331, de 26 de
não autorizadas expressamente em lei municipal. dezembro de 2002, exceto os valores destinados:
§2º Incorporam-se à base de cálculo do imposto: I – Ao Estado, em decorrência do processamento da arrecada-
I - os valores acrescidos e os encargos de qualquer natureza; ção e respectiva fiscalização;
II - os descontos e abatimentos concedidos sob condição. II – À Carteira de Previdência das Serventias não Oficializadas
§3º Quando se tratar de profissional, que preste serviço sob da Justiça do Estado;
forma de trabalho pessoal, o imposto poderá ser lançado em valor III – À compensação dos atos gratuitos do registro civil das pes-
fixo, em função da natureza dos serviços ou de outros fatores per- soas naturais e de complementação da receita mínima das serven-
tinentes, neste caso não compreendida a importância paga a título tias deficitárias;
de remuneração do próprio trabalho, de acordo com a Tabela I-A, IV – Ao Fundo Especial de Despesa do Tribunal de Justiça, em
na forma do anexo. decorrência da fiscalização dos serviços. (NR)
§4º Quando os serviços a que se referem os itens 4.01, 4.02, Art. 105. O valor do imposto será lançado a partir de uma base
4.06, 4.08, 4.11, 4.12, 4.13, 4.14, 4.15, 4.16, 5.01, 7.01, 10.03, de cálculo arbitrada, sempre que se verificar quaisquer das seguin-
17.14, 17.16, 17.19 e 17.20 da Lista de Serviços de que trata o artigo tes hipóteses:
94 desta lei, forem prestadas por sociedades uniprofissionais, estas I - não possuir o sujeito passivo, ou deixar de exibir, os elemen-
poderão sujeitar-se ao imposto na forma do parágrafo 3º deste ar- tos necessários à fiscalização das operações realizadas inclusive nos
tigo, calculado em relação a cada profissional habilitado que preste casos de perda, extravio ou inutilização de livros ou documentos
serviço em nome da sociedade. fiscais;
§5º O direito ao enquadramento tributário na forma do pará- II - serem omissos, ou, pela inobservância de formalidades le-
grafo anterior deverá ser reconhecido em processo administrativo gais, não merecerem fé os livros ou documentos exibidos pelo su-
de Regime Especial de Recolhimento, em que se comprove, com jeito passivo;
elementos de fato e de direito a serem definidos em norma com- III - existência de atos qualificados em lei como crimes ou con-
plementar, que a sociedade não possui caráter empresarial, desde travenções ou que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados
que o direito ainda não tenha sido ou esteja sendo discutido judi- com dolo, fraude ou simulação, atos esses evidenciados pelo exame
cialmente. de livros e documentos do sujeito passivo, ou apurados por quais-
§6º O imposto incidente na atividade de contabilidade das mi- quer meios diretos ou indiretos;
cro e pequenas empresas, optantes pelo Simples Nacional, passa IV - não prestar o sujeito passivo, após regularmente intimado
a ser fixo e de valor mensal, de acordo com a Tabela I-A anexa, na ou notificado, os esclarecimentos exigidos pela fiscalização, prestar
forma do §§3º e 4º, do artigo 104-A, na forma estabelecida no §22- esclarecimentos insuficientes ou que não merecem fé, por inveros-
A, do artigo 18, da Lei Complementar Federal nº 123, de 24 de de- símeis ou falsos;
zembro de 2006. V - exercício de qualquer atividade que constitua fato gerador
§7º Quando os serviços descritos no subitem 3.04, da Lista de do imposto, sem se encontrar o sujeito passivo devidamente inscri-
Serviços, forem prestados no território de mais de um Município, a to no órgão competente;
base de cálculo será proporcional, conforme o caso, à extensão da VI - prática de subfaturamento ou contratação de serviços por
ferrovia, rodovia, dutos, condutos e cabos de qualquer natureza ou valores abaixo dos preços de mercado;
ao número de postes, existentes em cada Município. VII - flagrante insuficiência do imposto pago em face do volume
§8º Não se inclui na base de cálculo do Imposto Sobre Serviços dos serviços prestados;
de Qualquer Natureza, o valor dos materiais fornecidos pelo presta- VIII - serviços prestados sem a determinação do preço ou a tí-
dor dos serviços previstos nos itens 7.02 e 7.05 da Lista de Serviços. tulo de cortesia.
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§1º O arbitramento referir-se-á exclusivamente aos fatos ocor- §2º O imposto será retido na fonte quando ocorrer as seguintes
ridos no período em que se verificarem os pressupostos menciona- hipóteses:
dos nos incisos deste artigo. I - falta de emissão de documento fiscal pelo prestador ou;
§2º Nas hipóteses previstas neste artigo, o arbitramento será II - o documento emitido é originário de outro município, nos
fixado por despacho da autoridade fiscal competente, que conside- casos de serviços tomados na forma dos itens I a XX do §1º, artigo
rará conforme o caso: 113, devendo ser exigido pelo tomador o destaque do tributo reti-
1 - os pagamentos de impostos efetuados pelo mesmo ou por do.
outros contribuintes de mesma atividade, em condições semelhan- §3º Desonera-se da responsabilidade tributária o proprietário,
tes; possuidor locador ou cedente do imóvel onde é realizada, transito-
2 - peculiaridades inerentes à atividade exercida; riamente, atividade econômica empresarial, inclusive prestação de
3 - fatos ou aspectos que exteriorizem a situação econômico-fi- serviço de evento, quando o interessado ou prestador faz prova do
nanceira do sujeito passivo; efetivo pagamento, mediante guia de recolhimento:
4 - preço corrente dos serviços oferecidos à época a que se re- I – A Guia de Recolhimento previamente emitida, recolhida e
ferir a apuração; e homologada pela fiscalização fazendária, ainda que por estimativa,
5 - valor dos materiais empregados na prestação de serviços desonera o responsável supletivo.
e outras despesas, tais como salários e encargos, aluguéis, instala- §4º Desonera-se da responsabilidade tributária o proprietário,
ções, energia, comunicações e assemelhados. possuidor, locador ou cedente do imóvel, ou de sua unidade autô-
§3º Do imposto resultante do arbitramento serão deduzidos os noma, onde é realizada, de forma permanente e regular, atividade
pagamentos realizados no período. econômica, com cobrança, direta ou indireta, de ingresso, de uso
§4º O arbitramento não exclui a incidência de correção mone- de equipamento individual ou pela participação em ato coletivo, de
tária, acréscimos moratórios e multa sobre o débito de imposto que sorteios, jogos de habilidade ou entretenimento, em que o saldo
venha a ser apurado, nem da penalidade por descumprimento da credor do consumidor possa ser convertido em créditos de qual-
obrigação acessória que lhe sirva de pressuposto. (NR) quer espécie, quando o prestador, intermediário ou interessado faz
Art. 106. (REVOGADO) prova do efetivo pagamento do tributo.
Art. 107. (REVOGADO) §5º Inclui-se no caput o proprietário de obra, inclusive loteador
Art. 108. Quando o volume ou a modalidade da prestação de ou incorporador, quanto aos serviços de construção civil.
serviços aconselhar, a critério da Prefeitura, tratamento fiscal mais §6º Nos serviços tomados pela Administração Direta ou Indire-
adequado, o imposto poderá ser calculado por estimativa, para ta do Município, o ISS será retido na fonte quando ocorrer o paga-
efeito do pagamento por verba, observadas as condições seguintes: mento pelo serviço prestado.
I - com base em informações do contribuinte ou responsável §7º Enquadram-se na responsabilidade prevista neste artigo as
e em outros elementos informativos, parcelando-se mensalmente imobiliárias, incorporadoras e construtoras em relação ao ISS inci-
o respectivo montante, para recolhimento em local, prazo e forma dente nas operações de intermediação e corretagem de imóveis.
previstos em regulamento; §8º Não se aplica a responsabilidade prevista no caput pelo
II - findo o exercício, ou suspensa, por qualquer motivo, a apli- crédito tributário relativo aos serviços referidos nos subitens 4.22,
cação do sistema de que trata este artigo, serão apurados o preço 4.23, 5.09, 15.01 e 15.09 constantes da Lista de Serviços contida na
real dos serviços e o montante do tributo efetivamente devido pelo Tabela 01, anexa a esta lei. (NR)
contribuinte ou responsável, respondendo este pela diferença aca- Art. 110-A. Os estabelecimentos comerciais do Município, na
so verificada ou tendo direito à restituição do excesso pago, confor- condição de fornecedores de bens vinculados a contratos de lea-
me o caso; sing, são responsáveis solidários em relação ao ISS incidente nesta
III - independentemente de qualquer procedimento fiscal, e operação.
sempre que verificar que o preço total dos serviços excedeu a es- Parágrafo Único. Exime-se da responsabilidade prevista no
timativa, o contribuinte ou responsável recolherá no prazo regula- caput o estabelecimento que apresentar a declaração das vendas
mentar, o imposto devido sobre a diferença. vinculadas à operação de leasing, na forma do regulamento. (NR)
§1º O enquadramento do contribuinte ou responsável no re- Art. 111. Não são contribuintes do imposto de pessoas que
gime de estimativa poderá, a critério da autoridade competente, prestam serviços em relação de emprego, os trabalhos avulsos dos
ser feito individualmente, por categoria de estabelecimento ou por diretores e membros de conselhos consultivo ou fiscal de socieda-
grupos de atividades. des.
§2º A autoridade competente poderá, a seu critério, suspen- Artigo 112. O imposto não incide sobre:
der, a qualquer tempo, a aplicação do sistema previsto neste artigo, I - as exportações de serviços para o exterior do País;
de modo geral, individualmente, ou quanto a qualquer categoria de II - a prestação de serviços em relação de emprego, dos traba-
estabelecimento ou grupo de atividades. lhadores avulsos, dos diretores e membros de conselho consultivo
Art. 109. Contribuinte do imposto é o prestador de serviços. ou de conselho fiscal de sociedades e fundações, bem como dos
Art. 110. As pessoas jurídicas e condomínios, contratantes de sócios-gerentes e dos gerentes-delegados;
serviços executados no âmbito territorial do Município, ainda que III - o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobi-
imunes ou isentos, são responsáveis tributários pelo Imposto Sobre liários, o valor dos depósitos bancários, o principal, os juros e acrés-
Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN - gerado pelo prestador. cimos moratórios relativos a operações de crédito realizadas por
§1º A responsabilidade prevista neste artigo é constituída sem instituições financeiras.
prejuízo das demais estabelecidas no Título II, Capítulo V, Livro I, Parágrafo Único. Não se enquadram no disposto do inciso I, os
desta lei. serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se verifique,
ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior. (NR)
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Art. 113. Cada estabelecimento do mesmo contribuinte é con- XVIII - do estabelecimento do tomador da mão-de-obra ou, na
siderado autônomo, para efeito de emissão de documentos fiscais e falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, no caso dos
para recolhimento do imposto relativo aos serviços nele prestados, serviços descritos pelo subitem 17.05 da Lista de Serviços;
respondendo a empresa pelos débitos, acrescidos de multas refe- XIX - da feira, exposição, congresso ou congênere a que se refe-
rentes a qualquer deles, podendo a escrita fiscal ser centralizada a rir o planejamento, organização e administração, no caso dos servi-
pedido do sujeito passivo. ços descritos pelo subitem 17.10 da Lista de Serviços;
§1º O serviço considera-se prestado e o imposto devido no lo- XX - do porto, aeroporto, ferroporto, terminal rodoviário, fer-
cal do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento, roviário ou metroviário, no caso dos serviços descritos pelo item 20
no local do domicílio do prestador, exceto nas hipóteses previstas da Lista de Serviços.
nos incisos I a XXIII, quando o imposto será devido no local: XXI - do domicílio do tomador dos serviços dos subitens 4.22,
I - do estabelecimento do tomador ou intermediário do serviço 4.23 e 5.09;
ou, na falta de estabelecimento, onde ele estiver domiciliado, na XXII - do domicílio do tomador do serviço no caso dos serviços
hipótese desta Lei; art. 94, §1º; prestados pelas administradoras de cartão de crédito ou débito e
II - da instalação dos andaimes, palcos, coberturas e outras es- demais descritos no subitem 15.01;
truturas, no caso dos serviços descritos no subitem 3.05 da Lista de XXIII - do domicílio do tomador dos serviços dos subitens 10.04
Serviços; e 15.09.
III - da execução da obra, no caso dos serviços descritos no su- §2º No caso dos serviços a que se refere o subitem 3.04 da Lista
bitem 7.02 e 7.19 da Lista de Serviços; de Serviços, considera-se ocorrido o fato gerador e devido o impos-
IV - da demolição, no caso dos serviços descritos no subitem to em cada Município em cujo território haja extensão de ferrovia,
7.04 da Lista de Serviços; rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza, ob-
V - das edificações em geral, estradas, pontes, portos e congê- jetos de locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem
neres, no caso dos serviços descritos no subitem 7.05 da Lista de ou permissão de uso, compartilhado ou não;
Serviços; §3º No caso dos serviços a que se refere o subitem 22.01 da
VI - da execução da varrição, coleta, remoção, incineração, tra- Lista de Serviços, considera-se ocorrido o fato gerador e devido o
tamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos imposto em cada Município em cujo território haja extensão de ro-
e outros resíduos quaisquer, no caso dos serviços descritos no subi- dovia explorada;
tem 7.09 da Lista de Serviços; §4º Considera-se estabelecimento prestador o local onde o
VII - da execução da limpeza, manutenção e conservação de contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo
vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou
jardins e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denomina-
7.10 da Lista de Serviços; ções de sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escri-
VIII - da execução da decoração e jardinagem, do corte e poda tório de representação ou contato ou quaisquer outras que venham
de árvores, no caso dos serviços descritos no subitem 7.11 da Lista a ser utilizadas.
de Serviços; §4º Considera-se estabelecimento prestador o local onde o
IX - do controle e tratamento do efluente de qualquer nature- contribuinte desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo
za e de agentes físicos, químicos e biológicos, no caso dos serviços permanente ou temporário, e que configure unidade econômica ou
descritos no subitem 7.12 da Lista de Serviços; profissional, sendo irrelevantes para caracterizá-lo as denomina-
X - do florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação, ções de sede, filial, agência, posto de atendimento, sucursal, escri-
reparação de solo, plantio, silagem, colheita, corte, descascamento tório de representação ou contato ou quaisquer outras que venham
de árvores, silvicultura, exploração florestal e serviços congêneres a ser utilizadas.
indissociáveis da formação, manutenção e colheita de florestas para §5º No caso dos serviços prestados pelas administradoras de
quaisquer fins e por quaisquer meios; cartão de crédito e débito, descritos no subitem 15.01, os terminais
XI - da execução dos serviços de escoramento, contenção de eletrônicos ou as máquinas das operações efetivadas deverão ser
encostas e congêneres, no caso dos serviços descritos no subitem registrados no local do domicílio do tomador do serviço.
7.17 da Lista de Serviços; §6º (REVOGADO)
XII - da limpeza e dragagem, no caso dos serviços descritos no §7º Ressalvadas as exceções e especificações estabelecidas nos
subitem 7.18 da Lista de Serviços; §§8º ao 14 deste artigo, considera-se tomador dos serviços referi-
XIII - do domicílio do tomador dos serviços do subitem 15.09; dos nos incisos XXI, XXII e XXIII do caput deste artigo o contratante
XIV - dos bens, dos semoventes ou do domicílio das pessoas do serviço e, no caso de negócio jurídico que envolva estipulação
vigiados, segurados ou monitorados, no caso dos serviços descritos em favor de unidade da pessoa jurídica contratante, a unidade em
no subitem 11.02 da lista de serviços; favor da qual o serviço foi estipulado, sendo irrelevantes para carac-
XV - do armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação terizá-la as denominações de sede, filial, agência, posto de atendi-
e guarda do bem, no caso dos serviços descritos no subitem 11.04 mento, sucursal, escritório de representação ou contato ou quais-
da Lista de Serviços; quer outras que venham a ser utilizadas.
XVI - da execução dos serviços de diversão, lazer, entreteni- §8º No caso dos serviços de planos de saúde ou de medicina e
mento e congêneres, no caso dos serviços descritos nos subitens do congêneres, referidos nos subitens 4.22 e 4.23 constantes da Lista
item 12, exceto o 12.13, da Lista de Serviços; de Serviços contida na Tabela 01, anexa a esta lei, o tomador do ser-
XVII - do Município onde está sendo executado o transporte, no viço é a pessoa física beneficiária vinculada à operadora por meio
caso dos serviços descritos pelo item 16 da lista de serviços; de convênio ou contrato de plano de saúde individual, familiar, co-
letivo empresarial ou coletivo por adesão.
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§9º Nos casos em que houver dependentes vinculados ao ti- SUBSEÇÃO V


tular do plano, será considerado apenas o domicílio do titular para DAS ALÍQUOTAS
fins do disposto no §8º deste artigo.
§10 No caso dos serviços de administração de cartão de crédito Art. 115. O imposto é devido de conformidade com a Tabela 01,
ou débito e congêneres, referidos no subitem 15.01 constante da anexa à presente lei.
Lista de Serviços contida na Tabela 01, anexa a esta lei, prestados Parágrafo Único - As alíquotas fixas, com base na UFM instituí-
diretamente aos portadores de cartões de crédito ou débito e con- da pela Lei Complementar nº 94/91, só se aplicam às prestações de
gêneres, o tomados é o primeiro titular do cartão. serviços, sob a forma de trabalho pessoal do próprio contribuinte.
§11 O local do estabelecimento credenciado é considerado o (NR)
domicílio do tomador dos demais serviços referidos no subitem
15.01 constante da Lista de Serviços contida na Tabela 01, anexa a SUBSEÇÃO VI
esta lei, relativos às transferências realizadas por meio de cartão de DA ARRECADAÇÃO
crédito ou débito, ou a ele conexos, que sejam prestados ao toma-
dor, direta ou indiretamente, por: Art. 116. O vencimento do pagamento do imposto correspon-
I - bandeiras; dente aos serviços prestados, bem como a informação de inexistên-
II - credenciadoras; ou cia de imposto a recolher será:
III - emissoras de cartões de crédito e débito. I – aos contribuintes sujeitos ao ISS fixo, nas datas estipuladas
§12 No caso dos serviços de administração de carteira de valo- nos lançamentos;
res mobiliários e dos serviços de administração e gestão de fundos II – aos sujeitos ao ISS variável, o dia 15 (quinze) do mês subse-
e clubes de investimento, referidos no subitem 15.01 constante da quente ao da ocorrência dos fatos geradores.
Lista de Serviços contida na Tabela 01, anexa a esta lei, o tomador §1º A repartição arrecadadora declarará, na guia, a importân-
é o cotista. cia recolhida, fará necessária autenticação e devolverá uma das
§13 No caso dos serviços de administração de consórcios, o to- guias ao contribuinte ou responsável, para que a conserve em seu
mador de serviço é o consorciado. estabelecimento pelo prazo regulamentar.
§14 No caso dos serviços de arrendamento mercantil, o toma- §2º A guia obedecerá a modelo aprovado pela Prefeitura.
dor de serviço é o arrendatário, pessoa física ou a unidade benefici- §3º Os recolhimentos serão escriturados pelo contribuinte ou
ária da pessoa jurídica, domiciliado no país, e, no caso de arrenda- responsável, na forma e condições regulamentares.
tário não domiciliado no país, o tomador é o beneficiário do serviço §4º As guias de recolhimento serão objeto de instrução. (NR)
no país. (NR) Art. 117. É facultado ao Executivo, tendo em vista as peculiari-
Art. 114. São pessoalmente responsáveis: dades de cada atividade, adotar outra forma de recolhimento, de-
I - o adquirente ou remitente do estabelecimento, pelo impos- terminando que este se faça antecipadamente, operação por ope-
to relativo aos bens adquiridos ou remidos, nos casos de concor- ração, ou por estimativa em relação aos serviços de determinado
data ou falência, sem a prova de quitação dos tributos municipais; período.
II - a pessoa jurídica resultante da fusão, transformação ou in- Parágrafo Único. O imposto lançado e notificado pela autorida-
corporação, pelos débitos da sociedade fusionada, transformada ou de fiscal, será inscrito em Dívida Ativa, decorridos 30 (trinta) dias da
incorporada, existentes à data daqueles atos; notificação. (NR)
III - a pessoa natural ou jurídica que adquirir de outra, por qual- Art. 118. Os profissionais referidos no parágrafo 3º, do artigo
quer título, fundo de comércio ou estabelecimento, e continuar a 104, deverão recolher o imposto, anualmente, em parcelas confor-
respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob me o Regulamento.
firma ou nome individual, pelos débitos relativos ao fundo ou ao Parágrafo Único. No ato da inscrição e encerramento, o recolhi-
estabelecimento adquirido, devidos até a data do ato, da seguinte mento da prestação será proporcional à data da respectiva efetiva-
forma: ção da inscrição ou encerramento. (NR)
a) integralmente, se o alienante cessar a exploração da ativi-
dade; SUBSEÇÃO VII
b) subsidiariamente como alienante, se este prosseguir na ati- DA ESCRITURAÇÃO FISCAL
vidade ou iniciar, dentro de 06 (seis) meses, a contar da data da
alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo. Art. 119. Todos os prestadores de serviços, pessoas físicas ou
Parágrafo Único. O disposto no inciso II, aplica-se ao caso de jurídicas, mesmo que isentas do pagamento do tributo ou imunes,
pessoas jurídicas, quando a exploração da respectiva atividade seja obrigados à inscrição no Cadastro Mobiliário, deverão manter em
continuada por qualquer sócio remanescente ou seu espólio, sob a cada um de seus estabelecimentos os livros e documentos fiscais,
mesma ou outra razão social ou sob firma individual. de acordo com as operações que realizam ou na forma pela qual se
constituem.
§1º A falta de cumprimento do disposto neste artigo, ocasiona-
rá a perda do benefício da isenção ou da imunidade.
§2º O regulamento estabelecerá os modelos de livros fiscais
e documentos fiscais, a forma e os prazos para sua escrituração
podendo, ainda, dispor sobre dispensa ou obrigatoriedade da ma-
nutenção de determinados livros e documentos, tendo em vista a
natureza dos serviços ou o ramo de atividades dos estabelecimen-
tos. (NR)
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Art. 120. Os livros e documentos fiscais não poderão ser re- I - quando encontrados ou transportados sem as vias dos docu-
tirados do estabelecimento, a não ser nos casos expressamente mentos fiscais que deveriam, obrigatoriamente, acompanhá-los ou
previstos em lei, presumindo-se retirados os livros que não forem ainda, quando encontrados em local diverso do indicado na docu-
exibidos ao Fisco, quando solicitados. mentação fiscal;
Parágrafo Único. Os agentes fiscais arrecadarão, mediante ter- II - havendo evidência de fraude relativamente aos documen-
mo, todos os livros fiscais encontrados fora do estabelecimento, e tos que os acompanharem;
os devolverão ao contribuinte ou responsável, após lavratura de III - quando em poder de contribuintes ou responsável que não
auto de infração cabível. (NR) provem, quando lhes for exigida, a regularidade de sua situação pe-
Art. 121. Os livros fiscais serão impressos, com folhas numera- rante o Fisco.
das tipograficamente, costuradas e encadernadas, e somente pode- Parágrafo Único. Havendo prova ou suspeita fundada de que os
rão ser usados depois de vistados pela repartição fiscal competen- bens do infrator se encontram em residência particular ou em esta-
te, mediante termo de abertura. belecimentos de terceiros, serão promovidas buscas e apreensões
Parágrafo Único. Salvo na hipótese de início de atividade os judiciais, sem prejuízo das medidas necessárias para evitar remoção
livros novos somente serão visados mediante a apresentação dos clandestina.
livros correspondentes a serem encerrados. (NR) Art. 128. Poderão ser apreendidas as mercadorias em poder de
Art. 122. Os livros fiscais e comerciais, os comprovantes da es- ambulantes prestadores do serviço que não provem a regularidade
crita e documentos estabelecidos pela legislação tributária, são de de sua situação perante o Fisco.
exibição obrigatória ao Fisco, devendo ser conservados, por quem Parágrafo Único - A prova de regularidade será feita mediante a
deles tiver feito uso, durante o prazo de 5 (cinco) anos, contados do apresentação de documento comprobatório da regularidade de sua
encerramento do exercício. situação perante o Fisco.
§1º Para os efeitos deste artigo, não tem aplicação quaisquer Art. 129. Poderão também ser apreendidos os livros, documen-
disposições legais excludentes ou limitativas do direito do Fisco de tos e papéis que constituam prova de infração à legislação tributá-
examinar os livros, arquivos, documentos, papéis e efeitos comer- ria.
ciais ou fiscais, ainda que para serem analisados na repartição. Art. 130. Da apreensão administrativa será lavrado termo, assi-
§2º Os contabilistas serão responsabilizados, juntamente com nado pelo detentor da coisa apreendida ou, na sua ausência ou re-
os contribuintes, por quaisquer falsidade de documentos que assi- cusa, por duas testemunhas e, ainda, sendo o caso, pelo depositário
naram e pelas irregularidades de escrituração praticadas com o fito designado pela autoridade que fizer a apreensão.
de fraudar a Fazenda Municipal. (NR) §1º O termo será lavrado em 4 (quatro) vias, sendo as duas pri-
Art. 123. Nenhum prestador de serviços, ainda que imune ou meiras destinadas à repartição fiscal, e as demais entregues, uma
isento, deixará de emitir Nota Fiscal, ou documento equivalente au- ao detentor da coisa apreendida e outra ao depositário, se houver.
torizado ou reconhecido pela administração fazendária, com tempo §2º Quando se tratar de objetos de fácil deterioração, essa cir-
e indicações neles exigidos, conforme instrução. (NR) cunstância será expressamente mencionada no termo.
Art. 124. A impressão de notas fiscais, faturas ou documentos Art. 131. As coisas apreendidas serão depositadas em repar-
substitutivos destas, só poderá ser efetuada mediante prévia auto- tição pública ou, a juízo da autoridade que fizer a apreensão, em
rização da repartição municipal competente, atendidas as normas mãos do próprio detentor, se for idôneo, ou de terceiros.
fixadas em regulamento. Art. 132. A devolução das coisas apreendidas poderá ser feita
Parágrafo Único. Os estabelecimentos que confeccionarem e quando, a critério do Fisco, não houver inconveniente para a com-
realizarem a impressão de documentos fiscais, são obrigados a es- provação da infração.
criturar o Livro de Registro de Impressão de Documentos. (NR) Parágrafo Único. Quando se tratar de documentos fiscais e
Art. 125. O regulamento poderá dispensar as emissões de “No- livros, deles será extraído, a critério do Prefeito, cópia autêntica,
tas Fiscais” para estabelecimentos que utilizam sistemas de contro- parcial ou total.
le de seu movimento diário baseado em máquinas registradoras, Art. 133. A devolução de objetos apreendidos somente será au-
que expeçam cupons numerados seguidamente para cada opera- torizada se o interessado, dentro de 10 (dez) dias contados da apre-
ção e disponha de totalizadoras. ensão, exibir elementos que facultem a verificação do pagamento
Parágrafo Único. A autoridade fiscal poderá estabelecer a exi- do imposto porventura devido ou, se for o caso, de elementos que
gência de autenticação das fitas e da lacração dos totalizadores e provem a regularidade da situação do sujeito passivo ou do objeto,
somadores. perante o Fisco, e após o pagamento, em qualquer caso, das despe-
sas da apreensão.
SUBSEÇÃO VIII §1º Se o objeto for de rápida deterioração, o prazo será de 48
DA APREENSÃO DE BENS E DOCUMENTOS (quarenta e oito) horas, salvo outro menor for fixado no termo de
apreensão, tendo em vista o estado ou natureza do mesmo.
Art. 126. Ficam sujeitos à apreensão os bens móveis existen- §2º É de exclusiva responsabilidade do proprietário ou do de-
tes no estabelecimento do contribuinte ou em trânsito desde que tentor do objeto apreendido o risco pelo seu perecimento natural
constituam prova material de infração à legislação do Imposto So- ou pela perda do valor do mesmo.
bre Serviços de Qualquer Natureza. Art. 134. Findo o prazo previsto para devolução dos objetos
Art. 127. Tratando-se de bens ou mercadorias, objeto de ope- apreendidos, será iniciado o processo destinado a levá-los à venda
ração mista, a sua apreensão poderá ser feita, ainda, nos seguintes em leilão público, para o pagamento do imposto devido, multas e
casos: despesas de apreensão.

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Parágrafo Único - Tratando-se de objetos sujeitos a fácil dete- §3º A recusa do autuado em receber a terceira via do auto de
rioração, findo o prazo previsto no §1º do artigo anterior, sem que infração não invalidará o processo fiscal.
o seu proprietário ou detentor os libere, serão eles avaliados pela §4º Incorreções ou omissões não acarretarão a nulidade do
repartição fiscal e distribuídos à casas ou instituições de beneficên- auto de infração, quando deste constatarem elementos suficientes
cia do Município. para determinar com segurança a natureza da infração e a pessoa
Art. 135. A liberação dos objetos apreendidos pode ser pro- do infrator.
movida até o momento da realização do leilão ou da distribuição Art. 140. Ressalvados os casos expressamente previstos a ação
referida no parágrafo único, do artigo anterior, desde que o interes- do Fisco na cobrança do imposto não recolhido tempestivamente
sado deposite importância equivalente ao valor do imposto e/ou da será iniciada com a lavratura do auto de infração a imposição de
multa devidos. penalidade. A decisão sobre a procedência da autuação da aplica-
§1º Se o interessado na liberação, for prestador de serviços no ção da multa ou outra penalidade cabível, será obrigatoriamente
Município, o depósito previsto neste artigo poderá ser substituído proferida no processo originário.
por garantia idônea, real ou fidejussória, correspondente ao mes- §1º A fim de que o interessado apresente defesa, o processo
mo valor. permanecerá à sua disposição na repartição competente da Secre-
§2º O objeto apreendido poderá ainda ser liberado se o pro- taria Municipal da Fazenda, pelo prazo de 30 (trinta) dias, contados
prietário ou detentor efetuar o pagamento na importância total da data da intimação.
reclamada no auto de infração e da multa, lavrado em decorrência §2º Os erros porventura existentes no auto de infração, inclu-
da apreensão. sive aqueles decorrentes da soma, de cálculos, ou de capitulação
§3º Os objetos devolvidos ou liberados somente serão entre- da infração ou da multa, poderão ser corrigidos pelo próprio agen-
gues mediante recibo passado pela pessoa cujo nome figurar no te fiscal autuante ou por seu chefe imediato, sendo o interessado
“Termo de Apreensão” como proprietário ou detentor daqueles no cientificado por escrito, da correção havida, devolvendo-lhe o prazo
momento da apreensão, ressalvados os casos do mandato por es- de defesa.
crito e de prova inequívoca de propriedade feita a outrem. Art. 141. Nenhum auto de infração será arquivado sem desfe-
Art. 136. A importância depositada para a liberação dos objetos cho fundamentado da autoridade competente, no próprio proces-
apreendidos ou o produto de sua venda em leilão, ficarão em poder so.
do Fisco até o término do processo administrativo. Findo este, da Art. 142. As notificações, intimações e avisos sobre material
referida importância serão deduzidos a multa aplicada, o imposto fiscal serão feitos aos interessados por um dos seguintes modos:
acaso devido e as despesas de apreensão, devolvendo-se o saldo, I - no próprio auto de infração, mediante entrega de cópia ao
ao interessado, se houver. Se o saldo for desfavorável a este, o paga- autuado, seu representante ou preposto, contra recibo datado no
mento da diferença apurada deverá ser efetuado dentro de 10 (dez) original;
dias contados da notificação. II - no próprio processo, mediante o “ciente” datado e assinado
pelo interessado, seu representante ou preposto;
SUBSEÇÃO IX III - nos livros fiscais, na presença do interessado ou seu repre-
DO PROCESSO FISCAL sentante, preposto ou empregado;
IV - por meio de comunicação expedida sob registro postal com
Art. 137. O processo fiscal referente ao tributo terá por base o aviso de recepção mediante recibo ao interessado, seu represen-
auto de infração e imposição de multa, como também a notificação, tante, preposto ou empregado;
a intimação ou a petição do contribuinte ou interessado. V - através de publicação na imprensa ou mediante edital afixa-
Art. 138. Para o fim de excluir a espontaneidade da iniciativa do do no prédio da Prefeitura;
infrator, considera-se iniciado o procedimento fiscal: VI - por meio eletrônico, através do Domicílio Tributário Eletrô-
I - com a lavratura do auto de infração e imposição de multa, nico - DTe. (NR)
com a notificação, intimação ou termo de início de fiscalização; §1º A comunicação a que se refere este artigo será remetida
II - com a lavratura do termo de apreensão de mercadorias, para o endereço marcado pelo interessado, presumindo-se entre-
livros ou documentos ou, ainda com a notificação para a apresen- gue aquela expedida nos termos deste artigo.
tação dos mesmos; §2º O agente fiscal autuante sempre que não entregar pessoal-
III - com qualquer outro ato escrito, lavrado por agente fiscal mente ao interessado a cópia do auto de infração, deverá justificar
da Prefeitura. no processo as razões desse procedimento.
Parágrafo Único. O início do procedimento alcança todos aque- Art. 143. Os prazos para interposição de defesa, recursos e re-
les que estejam envolvidos nas infrações porventura apuradas no clamações ou para o cumprimento de exigência em relação às quais
decorrer da ação fiscal. não caiba recurso, contar-se-ão conforme o caso:
Art. 139. Verificada qualquer infração aos dispositivos deste I - da data da assinatura, do interessado ou de seu represen-
título, será lavrado o respectivo auto de infração e imposta a pe- tante, preposto ou empregado, no auto de infração ou no processo;
nalidade que couber e que não se invalidará pela ausência de tes- II - da data da lavratura do respectivo termo no livro fiscal;
temunhas. III - da data posta no aviso de recepção ou da entrega direta da
§1º A fiscalização do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natu- comunicação;
reza compete privativamente aos Fiscais de Renda, que no exercício IV - - por meio eletrônico, na data em que efetivada a consulta
de suas funções deverão obrigatoriamente exibir ao contribuinte eletrônica ao teor da comunicação efetuada por meio do Domicílio
sua carteira funcional, fornecida pela Prefeitura. Tributário Eletrônico DTe ou quando decorridos 10 (dez) dias do en-
§2º Os autos serão lavrados em 4 (quatro) vias, das quais a ter- vio da comunicação. (NR)
ceira será entregue ou remetida ao autuado.
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Art. 144. O Secretário Municipal da Fazenda, independente- VI - Os profissionais autônomos, que sob forma de trabalho
mente de qualquer pedido escrito, dará vista dos processos às par- pessoal, prestem os serviços de : açougueiro, afinador de pianos,
tes interessadas ou seus representantes legais, durante a fluência ajudante de caminhão, alfaiate, amolador de ferramentas, artesão,
dos prazos, quer para a apresentação de reclamações ou defesa, atende de enfermagem, bordadeira, camareira, carregador, carro-
que serão dirigidas ao Prefeito, quer para interposição de recursos, ceiro, cerzideira, copeiro, costureira, cozinheiro, crocheteira, dati-
ficando expressamente proibida a retirada de processos das repar- lógrafo, doceira, embalsamador, empalhador, encerador de móveis,
tições. entalhador, envernizador, faxineiro, forrador de botões, garçom,
Parágrafo Único - O pedido por escrito de vista será feito dire- guarda noturno, jardineiro, lavadeira, lustrador, mordomo, passa-
tamente a repartição competente e nela deverá ser apresentada, deira, professor particular, salgadeira, vigilante, zelador, médico
para despacho imediato, de que, para os efeitos legais, será notifi- residente, engraxates ambulantes, vendedores ambulantes de bi-
cado, no ato, o interessado. lhetes de loterias manicuro(a) e pedicuro;
Art. 145. No processo iniciado pelo auto de infração e impo- VIII - sapateiros remendões que trabalham por conta própria
sição de multa, será o infrator, desde logo, intimado a pagar o im- individualmente e sem empregados;
posto devido e a multa correspondente, ou apresentar defesa por §1º - Quando se tratar de pessoa fisica enquadrada no §3º do
escrito dentro do prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de cobrança art. 104, ficam concedidos os seguintes descontos, em função do
executiva. tempo, a partir da data de sua formação:
Parágrafo Único. No caso de não ser apresentada defesa por I - no exercício da inscrição - 80%;
escrito no prazo estipulado neste artigo, o autuado, será considera- II - no segundo exercício - 60%;
do revel e o Auto de Infração e imposição de multa será inscrito de III - no terceiro exercício - 40%;
imediato em Dívida Ativa. (NR) IV - no quarto exercício - 20%.
Art. 146. Apresentada a defesa no prazo, e nas condições es- §2º - O benefício será concedido de ofício, aos inscritos e aos
tabelecidas, o processo será encaminhado ao autor da peça fiscal, que venham a ser inscrever no Cadastro Mobiliário. (NR)
para manifestação sendo a seguir encaminhado ao Secretário Mu-
nicipal da Fazenda, que decidirá sobre a procedência da autuação e SUBSEÇÃO XI
da aplicação da multa. DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Parágrafo Único. Julgado procedente o auto, a multa imposta
não poderá ser relevada, nem reduzida, salvo aplicação do princípio Art. 152. A fiscalização municipal de posturas, inclusive nos
de equidade, segundo regras estabelecidas pelo C.T.N. (NR) aspectos cadastrais, uso do solo, sanitário, ambiental, segurança e
Art. 146-A. Fica estabelecido prazo de 30 dias, a partir da noti- de cumprimento de obrigações tributárias acessórias, efetivar-se-á
ficação, para que o contribuinte ou responsável ofereça reclamação pelo critério da dupla visita, com natureza prioritariamente orien-
ou defesa contra autuações e multas. (NR) tadora, admitida a oferta ou solicitação de prazo compatível ao sa-
Art. 147. Proferida a decisão, terá o autuado, o prazo de 30 neamento da irregularidade em Termo de Ajuste de Conduta - TAC,
(trinta) dias, contados da data da ciência da decisão, sob pena de nos termos da Lei Federal 7.347 de 24 de julho de 1985, quando
cobrança executiva, para efetuar o recolhimento do tributo, da mul- a situação, por sua natureza e repercussão social, comportar este
ta e acréscimos legais acaso não pagos. (NR) procedimento, conforme instrução.
Art. 148. (REVOGADO) §1. Excetuam-se dos benefícios do caput as situações de fla-
Art. 149. O valor da multa será reduzido de 30% (trinta por grante infração ao sossego, saúde, segurança da comunidade ou o
cento) e o processo respectivo considerar-se-á findo administrati- ato que importe em ação ou omissão dolosa, resistência, embaraço
vamente se o autuado, conformando-se com a decisão de primeira à fiscalização, recusa de identificação da pessoa física ou jurídica,
instância, efetuar o pagamento das importâncias exigidas na peça impedimento de acesso ao estabelecimento, não apresentação de
fiscal, no prazo assinalado para recurso em 2ª Instância. (NR) nota fiscal, ainda que perdida, extraviada ou inutilizada, reincidên-
Art. 150. Sendo provido o recurso, ordenar-se-á, no mesmo cia de qualquer infração, bem como a obrigação tributária principal
processo e sem mais formalidades, a imediata devolução da quan- e as acessórias no caso de sonegação.
tia depositada e, em caso contrário, converter-se-á o depósito em §2º O critério da dupla visita efetiva-se pela:
pagamento. I – Inicial Intimação ou Notificação acompanhada, ou não, de
um primeiro Auto de Infração, e da oferta ou solicitação de TAC;
SUBSEÇÃO X II – Autuação, dentro do prazo de até 90 dias contados da inicial
DAS ISENÇÕES Intimação ou Notificação, do trânsito em julgado do primeiro Auto
de Infração ou da data de assinatura do TAC, quando, qualquer um
Art. 151 - São isentos do imposto as prestações de serviços efe- destes, tenha restado não atendido ou não justificadamente pror-
tuados por: rogado.
I - (Revogado pela Lei Complementar nº 2844/2017) §3º O primeiro Auto de Infração, de que trata o inciso I, do §2º,
II - entidades de assistência social que eventualmente promo- poderá ter sua multa reduzida em 98% (noventa e oito por cento)
vam espetáculos com fins beneficentes; do valor, com pagamento mínimo, efetivado, de R$ 10,00 (dez re-
III - (Revogado pela Lei Complementar nº 2844/2017) ais), desde que observada:
IV - (Revogado pela Lei Complementar nº 2844/2017) a) prévia assinatura do TAC pelo infrator, no prazo de 15 dias;
V - as apresentações de música popular, concertos e receitas, b) regularização do ato infracional, no prazo constante da Inti-
espetáculos folclóricos e populares realizados em caráter temporá- mação, Notificação, Autuação ou TAC.
rio, por grupos amadores ou com fins exclusivamente beneficentes; §4º O processo de TAC é público, por certidão, a partir de sua
assinatura.
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§5º O descumprimento do TAC acarreta os mesmos efeitos pu- III - Aos que, indevidamente emitirem “Nota Fiscal” destinada
nitivos da reincidência, desconsiderada a redução do valor concedi- à operação não tributada ou isenta, e aos que, em proveito próprio
do na primeira autuação. ou alheio, se utilizaram dessas notas, para produção de qualquer
§6º Não se incluem nos benefícios deste artigo as infrações: efeito fiscal - multa igual ao valor do imposto devido, atualizado
I – Por armazenamento ou comércio de produto de ação cri- monetariamente, observada a imposição mínima de R$ 424,00
minosa, contrabando, descaminho, adulteração, ou, não registrado (quatrocentos e vinte e quatro reais);
junto a Autoridade Sanitária ou Metrológica, quando exigido em lei IV - Aos que, de qualquer forma embaraçarem, iludirem ou tu-
e as atividades econômicas sem inscrição, inclusive as realizadas multuarem a ação ou processo fiscal, não apresentarem ou apre-
por veículo. sentarem de forma incompleta livros, documentos fiscais ou co-
II – Penalizadas no artigo 153, inciso IV. (NR) merciais ou particulares, notas fiscais, cupons ou recibos relativos
Art. 153. As infrações serão puníveis com multas: a relações de consumo, de emissão manual ou eletrônica, arquivos
I - Aos que exercerem atividades sujeitas ao imposto sem a res- físicos ou eletrônicos ou equipamentos de registro regularmente
pectiva inscrição no cadastro fiscal - multa equivalente a R$ 424,00 requeridos pela Fiscalização Fazendária – multa de R$500,00 (qui-
(quatrocentos e vinte e quatro reais); nhentos reais);
II - Infrações relativas ao pagamento do imposto: a) Incluem-se na conformidade das autuações do inciso IV as
a) aos que, sujeitos ao pagamento do imposto por estimativa, pessoas jurídicas que admitam o exercício de atividade econômica,
deixarem de efetuar o respectivo recolhimento nos prazos regula- permanente ou temporária, em seu estabelecimento, desacompa-
mentares - multa igual a 30% (trinta por cento) do valor do imposto nhada da devida inscrição ou autorização do município, sem prejuí-
atualizado monetariamente, observada a imposição mínima de R$ zo de idêntica autuação ao estabelecimento.
50,00 (cinquenta reais); b) O valor da multa prevista no inciso IV, nos casos de serviços
b) aos que, embora tenham escriturado no livro próprio o im- bancários e financeiros, inclusive leasing, faturização e seguros, por
posto devido, não providenciaram o seu recolhimento - multa igual si ou por terceiro controlado pelo mesmo grupo econômico, será de
a 30% (trinta por cento) do valor do imposto atualizado moneta- R$10.000,00 (dez mil reais).
riamente, observada a imposição mínima de R$ 50,00 (cinquenta V - Infrações relacionadas com alteração cadastral, encerra-
reais); mento, recadastramento do contribuinte junto ao cadastro de pres-
c) aos que, sujeitos ao pagamento do imposto por arbitramen- tadores de serviços, ou qualquer outra alteração:
to, deixarem de efetuar o respectivo recolhimento nos prazos regu- a) pelo não atendimento à notificação fiscal ou intimação - mul-
lamentares - multa igual a 30% (trinta por cento) do valor do impos- ta equivalente a R$ 170,00 (cento e setenta reais);
to atualizado monetariamente, observada a imposição mínima de b) deixarem de comunicar, nos prazos regulamentares, a trans-
R$ 130,00 (cento e trinta reais); ferência, venda, encerramento ou quaisquer outras alterações que
d) falta do recolhimento do imposto, não estando a operação impliquem em modificações de fatos anteriormente declarados no
regularmente escriturada, apurada a infração através de levanta- documento de cadastro - multa equivalente a R$ 170,00 (cento e
mento fiscal - multa igual a 30% (trinta por cento) do valor do im- setenta reais);
posto atualizado monetariamente, observada a imposição mínima c) deixarem de recadastrar-se segundo as normas fixadas pela
de R$ 50,00 (cinquenta reais); Autoridade Administrativa- multa equivalente a R$ 170,00 (cento e
e) falta do recolhimento, total ou parcial, do imposto em virtu- setenta reais);
de de erro da base de cálculo, na aplicação da alíquota, ou conside- d) pelo atraso na escrituração dos livros fiscais ou uso do livro
rar a operação como isenta ou não tributada, estando a operação fiscal em desacordo com o Regulamento Fiscal - multa equivalente
regularmente escriturada e apurada a infração por procedimento a R$ 170,00 (cento e setenta reais);
fiscal multa igual a 30% (trinta por cento) do valor do imposto atua- e) pela não emissão de documentos fiscais exigidos pela legis-
lizado monetariamente, observada a imposição mínima de R$ 50,00 lação e não previstos nas infrações precedentes - multa equivalente
(cinquenta reais); a R$ 170,00 (cento e setenta reais);
f) aos que, por força da legislação municipal estiverem dispen- f) para os que cometerem infração para a qual não haja pe-
sados da escrituração fiscal, deixarem de recolher o imposto devido nalidade específica neste capítulo - multa equivalente a R$ 170,00
multa igual a 30% (trinta por cento) do valor do imposto atualizado (cento e setenta reais);
monetariamente, observada a imposição mínima de R$ 50,00 (cin- g) deixarem de colocar em lugar visível para o público e fiscali-
quenta reais); zação, os documentos e impressos exigidos pela legislação tributá-
g) falta de retenção ou recolhimento do imposto devido, quan- ria em vigor - multa equivalente a R$ 170,00 (cento e setenta reais);
do exigido este procedimento multa igual a 30% (trinta por cento) h) ao responsável solidariamente, conforme artigo 100, Pará-
do valor do imposto devido atualizado monetariamente, observada grafo Único do C.T.M., que de alguma forma sonegar informações
a imposição mínima de R$ 50,00 (cinquenta reais); ou ocultar receitas/despesas e documentos fiscais, com intuito de
h) aos que, deixarem de apresentar na Repartição Fiscal, no evasão fiscal - multa equivalente a R$ 424,00 (quatrocentos e vinte
mês seguinte, a guia negativa de movimento do mês anterior, no e quatro reais);
prazo regulamentar - multa equivalente a R$ 25,00 (vinte e cinco i) aos que ofertarem ou intermediarem para locação bem imó-
reais), por guia não apresentada; vel sem o devido HABITE-SE ou protocolo de sua regularização com
i) aos que, ao promoverem bailes, “shows”, festivais, recitais efetivo atendimento das exigências legais, no prazo que lhes sejam
e congêneres no Município, deixarem de efetuar o recolhimento assinalado – multa equivalente a R$ 170,00 (cento e setenta reais).
do imposto devido, nos prazos regulamentares - multa igual a 30%
(trinta por cento) do valor do imposto atualizado monetariamente,
observada a imposição mínima de R$ 50,00 (cinquenta reais);
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j) ao responsável por estabelecimento que detenha produto §1º Nas infrações previstas nos incisos II, III e IV, se resultarem
de ação criminosa, contrabando, descaminho, adulteração, ou, não de artifício doloso ou apresentarem evidente intuito de fraude, a
registrado junto a Autoridade Sanitária ou Metrológica, quando exi- multa será de 01 (uma) vez o valor do tributo, e nunca inferior a R$
gido em lei, multa de R$ 1.000,00 (um mil reais). 424,00 (quatrocentos e vinte e quatro reais).
VI - Infrações relativas a documentos e impressos fiscais: §2º As infrações e multas a que se referem as alíneas “d” e “e”
a) confecção para si ou para terceiro, bem como encomenda do inciso V, deste artigo quando se tratar de prestação de serviços,
para confecção, de impresso de documento fiscal sem autorização incidem somente sobre Pessoa Jurídica e Física sujeitas às normas
fiscal - multa equivalente ao valor de R$ 255,00 (duzentos e cin- tributárias, excluídos os profissionais liberais com firma individual.
quenta e cinco reais), aplicável tanto ao impressor como ao enco- (NR)
mendante; Art. 153–A. Na autuação por descumprimento de norma de
b) falta de emissão de notas fiscais, faturas de serviços ou ou- competência da Fiscalização de Posturas, inclusive Obras e Vigilân-
tros modelos de documentos fiscais adotados através de regime cia Sanitária, da Autoridade Sanitária, e, de competência e atuação
especial previsto em lei e regulamento - multa equivalente ao valor da Fiscalização Fazendária, a imposição mínima será de R$ 500,00
de R$ 255,00 (duzentos e cinquenta e cinco reais); (quinhentos reais), quando a somatória dos valores das infrações
c) confecção, para si ou para terceiro, ou encomenda para con- consignadas, no mesmo auto, for inferior a este valor.
fecção, de falso impresso de documento fiscal, ou de impresso de Parágrafo único. Não se inclui no caput as autuações por des-
documento fiscal em duplicidade - multa equivalente ao valor de R$ cumprimento de obrigação principal, de competência da Fiscaliza-
20,00 (vinte reais), por documento fiscal; ção Fazendária. (NR)
d) extravio, perda ou inutilização de documento fiscal ou im- Art. 153-B. O veículo utilizado no comércio, ou serviço, am-
presso de documento fiscal, bem como sua permanência fora do bulante, não vinculado a estabelecimento domiciliado e inscrito
estabelecimento em local não autorizado ou sua não exibição à au- no município, encontrado em trânsito ou estacionado em local de
toridade fiscalizadora - multa equivalente ao valor de R$ 5,00 (cinco acesso ao público consumidor, fica sujeito à apreensão e recolhi-
reais), por impresso de documento fiscal; mento, efetivando-se sua liberação, e dos bens nele encontrados,
e) confecção, para si ou para terceiro, bem como encomenda somente pela quitação de multa no valor de R$ 1.000,00 (um mil
para confecção, de impresso de documento fiscal, em desacordo reais), sem prejuízo das demais cominações previstas em lei.
com os modelos exigidos por Regulamento Fiscal - multa equivalen- Parágrafo único. A multa prevista no caput terá redução de 98%
te ao valor de R$ 255,00 (duzentos e cinquenta e cinco reais); (noventa e oito por cento) quando seja a primeira, de mesma natu-
f) fornecimento, posse, ou detenção de falso impresso de do- reza, aplicada ao mesmo proprietário ou possuidor. (NR)
cumento fiscal ou de impresso de documento fiscal que indicar es- Art. 154. (REVOGADO)
tabelecimento gráfico diverso do que o tiver confeccionado - multa Art. 154–A. Ocorrendo a reincidência o valor da multa infracio-
equivalente ao valor de R$ 20,00 (vinte reais), por impresso de do- nal será em dobro do valor integral da multa anterior, não conside-
cumento fiscal; rado qualquer desconto, e assim sucessivamente. (NR)
g) aos que, por ocasião dos eventos previstos no item 59 da Lis- Art. 154-B. A administração promoverá a cassação do Alvará
ta de Serviços (Lei nº 5.677/89), não providenciarem a emissão ou de Funcionamento e a lacração do estabelecimento, inclusive física
chancela de bilhetes de ingressos ou congêneres, de acordo com as quando violado seu Termo, sempre que se verifique situação pre-
normas estabelecidas em regulamento - multa equivalente ao valor vista no inciso I do artigo 152-B ou a contumácia da reincidência
de R$ 424,00 (quatrocentos e vinte e quatro reais); prevista no parágrafo único do artigo 75 – A, observado o devido
h) aos que não possuam notas fiscais, livros ou documentos processo administrativo. (NR)
exigidos pela legislação tributária - multa equivalente ao valor de Art. 155. O contribuinte ou responsável, que, reincidir em in-
R$ 170,00 (cento e setenta reais), por espécie de documento fiscal; fração a este capítulo, poderá ser submetido, por ato do Executivo,
i) aos que falsificarem ou viciarem documentos de interesse do a sistema especial de controle e fiscalização, disciplinado em Regu-
Fisco Municipal - multa equivalente ao valor de R$ 424,00 (quatro- lamento.
centos e vinte e quatro reais). Art. 156. O pagamento do imposto é sempre devido, indepen-
j) aos que emitirem notas fiscais em desacordo com a legis- dentemente da pena que houver de ser aplicada.
lação municipal - multa equivalente a R$ 49,00 (quarenta e nove
reais), por documento emitido; SUBSEÇÃO XII
k) aos que mantiverem no estabelecimento, documentos fis- DISPOSIÇÃO GERAL
cais ou substitutivos destes que não atendam às exigências da legis-
lação municipal - multa equivalente a R$ 25,00 (vinte e cinco reais), Art. 157. A prova de quitação deste imposto é indispensável:
por documento; I - à expedição do “Habite-se”, “Auto de Conclusão de Obras” e,
l) pela falta do destaque na nota fiscal de prestação de serviços “Auto de Conservação de Obras”.
ou documento equivalente do valor referente à retenção do impos- II - ao pagamento de obras contratadas com o Município que
to devido - multa de R$ 1.800,00 (um mil e oitocentos reais), ao não estejam exoneradas do imposto.
tomador por omissão verificada. Parágrafo único (ADI)
VII - Aos que infringirem a legislação tributária e para a qual
não haja penalidade específica nesta lei - multa equivalente ao va-
lor de R$ 170,00 (cento e setenta reais).

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SEÇÃO III Parágrafo Único. O disposto no item IV aplica-se aos casos de


DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRI- extinção de pessoas jurídicas, quando a exploração da respectiva
TORIAL URBANA atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente ou seu
espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou até, sob firma indi-
SUBSEÇÃO I vidual.
DA INCIDÊNCIA E FATO GERADOR Art. 162. (REVOGADO)

Art. 158. O imposto sobre a propriedade predial e territorial SUBSEÇÃO II


urbana - IPTU tem como fato gerador à propriedade, o domínio útil DA INSCRIÇÃO
ou a posse de bem imóvel, por natureza ou por acessão física como
definido na lei civil, construído ou não, localizado na zona urbana Art. 163. A inscrição será feita em formulário próprio, segundo
do Município. modelo aprovado pela Prefeitura, no qual o responsável, declarará,
§1º Para efeitos desse imposto, entende-se como zona urbana sob sua exclusiva responsabilidade, e sem prejuízo de outros ele-
a definida em Lei Municipal, observado o requisito mínimo da exis- mentos que lhe sejam exigidos:
tência de pelo menos dois dos seguintes incisos, constituídos ou I - nome e qualificação;
mantidos pelo Poder Público: II - endereço para entrega do aviso;
I - meio-fio ou calçamento com canalização de águas pluviais; III - localização do imóvel especialmente:
II - abastecimento d’água; a) bairro ou vila;
III - sistema de esgotos sanitários; b) avenida, praça, rua ou estrada em que estiver situada a res-
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para pectiva numeração;
distribuição domiciliar; c) número da quadra e do lote, em caso de área em loteamen-
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima to;
de 3 (três) quilômetros do imóvel. d) croquis em anexo, indicando o número e distância do imóvel
§2º Poderão, também, ser consideradas urbanas, as áreas construído mais próximo ou distância da esquina;
urbanizáveis ou de expansão urbana, constantes de loteamentos IV - valor venal do imóvel (terreno ou construção);
aprovados pela Prefeitura, destinados à habitação, à indústria ou V - dados do título de aquisição da propriedade ou do domínio
ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos útil e do respectivo registro;
termos do parágrafo anterior. VI - qualidade em que a posse é exercida;
§3º O disposto no “caput” deste artigo não aplicar-se-á aos VII - características do terreno:
imóveis que, por destinação devidamente comprovada em proces- a) dimensões e área;
so administrativo, estiver enquadrado no disposto no art. 15 do De- b) confrontações;
creto Lei nº 57/66. VIII - características de edificação:
§4º O Executivo fixará, periodicamente, o perímetro da zona a) área do pavimento térreo;
definida neste artigo, podendo ela abranger, desde as áreas que se b) número de pavimentos;
refere o parágrafo 2º. (NR) c) número e especificação dos cômodos;
Art. 159. A incidência do imposto independe do cumprimento d) área total da edificação;
de quaisquer exigências legais, regulamentares ou administrativas, IX - data do alvará ou da comunicação da construção, com apre-
correndo sem prejuízo das penalidades cabíveis. sentação de planta aprovada;
Art. 160. Contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel X - data do auto de vistoria ou de conclusão do prédio, com
titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. apresentação de Habite-se;
Art. 161. São pessoalmente responsáveis pelo imposto: XI - outros dados julgados necessários pelo Cadastro Imobili-
I - o adquirente do imóvel, pelos débitos do alienante, existente ário.
à data do título de transferência, salvo quando conste deste a prova §1º A entrega das fichas de inscrição será feita contra recibo, o
de sua quitação, limitada esta responsabilidade, nos casos de arre- qual não faz presumir a aceitação dos dados apresentados.
matação em hasta pública, ao montante do respectivo preço; §2º Por ocasião da entrega da ficha de inscrição, devidamente
II - o espólio, pelos débitos do “de cujus”, existentes à data da preenchida, deverá ser juntada a matrícula do imóvel. (NR)
abertura da sucessão; Art. 164. Deverão ser obedecidas as seguintes normas espe-
III - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos dé- ciais para cada um dos casos referidos:
bitos do espólio, existentes à data da partilha ou adjudicação, limi- I - no caso de prédios com entrada para mais de um logradouro,
tada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou deverá ser promovida a inscrição pela via em que se situar a entra-
da meação; da principal; havendo mais de uma entrada de igual importância,
IV - a pessoa jurídica que resultar de fusão, transformação ou pela via onde o prédio apresentar maior testada;
incorporação de outra ou em outra, pelos débitos das sociedades II - em se tratando de prédio em condomínio, deverão ser ins-
fusionadas, transformadas ou incorporadas, existentes à data da- critas isoladamente as unidades que, nos termos da legislação civil,
queles atos. constituam propriedade autônoma, e somente serão individualiza-
das junto ao cadastro imobiliário municipal, com a apresentação
da matrícula instituindo o condomínio na forma da lei, bem como
a quitação total dos débitos inscritos, sendo a individualização con-
cretizada para o exercício seguinte;

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III – (REVOGADO) c) o remanescente de 5 (cinco) vezes da área ocupada pelas


§1º Em caso de litígio sobre o domínio do imóvel, o declarante edificações propriamente ditas, e computada no lançamento do
deverá mencionar tal circunstância, bem como os nomes dos liti- Imposto Predial, observado o disposto no inciso II do §2º, exceto se
gantes e dos possuidores do imóvel, a natureza do feito e indicação a parte não edificada atender a função social da propriedade, pela
do cartório e o juízo por onde corre a ação. sua essencialidade aos fins a que se destina o imóvel.
§2º Incluem-se também na situação prevista no parágrafo an- d) o remanescente de 10 (dez) vezes a área ocupada pelas edi-
terior o espólio, a massa falida e as sociedades em liquidação. (NR) ficações propriamente ditas, e computada no lançamento do Im-
Art. 165. A inscrição deverá ser feita dentro de: posto Predial, quando se tratar de imóvel ocupado por indústria em
I - 30 (trinta) dias, contados da convocação por edital baixado atividade, exceto se a parte não edificada atender a função social
pela Prefeitura; da propriedade, pela sua essencialidade ao exercício da atividade a
II - 60 (sessenta) dias, contados da data da escritura definitiva que se destina o imóvel.
ou da promessa de compra e venda do imóvel, ou, ainda, da cessão §1º No cálculo do excesso de área de que trata a alínea “c” des-
desta, quando for o caso. te artigo, a área ocupada pelas edificações será medida pelo total
Parágrafo Único. Não sendo feita a inscrição no prazo estabele- da superfície coberta apresentada, compreendendo neste não só a
cido neste artigo, o Cadastro Imobiliário, valendo-se dos elementos edificação principal, como as edículas e dependências.
de que dispuser, preencherá a ficha de inscrição e expedirá edital §2º - Serão consideradas para cálculo do Imposto Predial Ur-
convocando o responsável para, no prazo de 30 (trinta) dias, cum- bano:
prir as exigências deste artigo, sob pena das cominações previstas. I - a área de terreno correspondente ao quíntuplo da superfície
Art. 166. O contribuinte ou responsável deverá encaminhar a coberta pelas edificações existentes no imóvel;
Diretoria do Departamento de Tributos Imobiliários, os documen- II - a área do terreno até 500 (quinhentos) metros quadrados,
tos comprobatórios, mediante regular protocolo de procedimento quando nela existir construção residencial;
administrativo, 30 (trinta) dias contados da respectiva ocorrência: III - a área de terreno correspondente a 10 (dez) vezes a superfí-
I - a aquisição do imóvel, com a apresentação do registro; cie coberta pelas edificações existentes, quando se tratar de imóvel
II - compromisso de compra e venda de imóveis e suas cessões, ocupado por indústria em atividade.
com a apresentação dos referidos instrumentos; §3º- A função social da propriedade será observada nos casos
III - as reformas, ampliações ou modificações de uso, com apre- nos quais o imóvel, na interpretação do termo hospedado nas alí-
sentação de planta; neas “c” e “d” do inciso II do artigo 168, mesmo se tratando de ter-
IV - outros fatos ou circunstâncias que possam afetar a incidên- reno, tenha função recreativa, residencial, produtiva, ambiental ou
cia ou o cálculo do imposto. qualquer outra que retire a condição do imóvel de simples terreno
Parágrafo Único. O não cumprimento do estabelecido neste nu, aplicando-se, nestes casos, a alíquota prevista no inciso I do ar-
artigo implicará em multa de 20% (vinte por cento) no “quantum” tigo 168.
do imposto devido, com desconto de 50% (cinquenta por cento) no §4º A alíquota do inciso Il do artigo 168 será aplicada para o
valor da penalidade se o recolhimento for efetuado até o último dia excedente de terreno nu ou de terreno que não tenha indicação
do mês subsequente ao do lançamento. (NR) de elementos que demonstrem não se tratar de terrenos que se
Art. 167 - Consideram-se sonegados à inscrição os imóveis destinem a funções recreativa, residencial, produtiva, ambiental ou
construídos não inscritos no prazo e na forma regulares, bem como qualquer outra que retire a condição do imóvel de simples terreno
aqueles que apresentem, na ficha de inscrição, erro, falsidade ou nu. (NR)
omissão quanto a qualquer elemento de declaração obrigatória. Art. 169. O imposto é de lançamento anual, respeitada a situ-
ação do imóvel no início do exercício a que se referir a tributação.
SUBSEÇÃO III Parágrafo Único - Ocorrendo uma das situações abaixo previs-
DO LANÇAMENTO tas que determinará o enquadramento nos incisos I e II, do artigo
precedente, a atualização cadastral e a incidência tributária serão
Art. 168. Será lançado, Imposto Predial Urbano, ou Territorial praticadas no exercício seguinte:
Urbano, considerando: a) conclusão de obras durante o exercício quando o imposto
I - Predial Urbano, quando o imóvel ou parte dele, for constituí- será devido a partir da data do despacho que conceder o Habite-se,
do do solo com o que lhe seja incorporado permanentemente inclu- ou o Auto de Vistoria, ou de sua efetiva ocupação;
sive os edifícios e as construções que possam servir para habitação b) ocupação parcial de prédios não concluídos, ou ocupação de
ou para o exercício de quaisquer atividades; partes autônomas de edifícios ou condomínios já concluídos, quan-
II - Territorial Urbano, quando o imóvel, for constituído unica- do o imposto será devido a partir do mês seguinte ao da ocupação,
mente do solo com exclusão de quaisquer benfeitorias ou acessões. inclusive;
a) os imóveis com construção, sem ocupação e destinação e c) destruição ou demolição de prédios no decorrer do exercí-
que estas possam ser retiradas sem destruição, modificação ou fra- cio, quando o imposto será devido, a partir do mês seguinte, in-
tura; clusive, ao de sua destruição ou demolição, quando regularmente
b) os imóveis com construções paralisadas ou em andamento, comunicado o fato à Prefeitura e apurada a impossibilidade de sua
bem como as condenadas ou em ruínas, ou quando consideradas a utilização;
critério da Administração, inadequadas, seja pela situação, dimen- d) os imóveis que tenham frente para mais de uma via pública,
são, destino ou utilidade das mesmas. lançar-se-ão por aquela que possua mais melhoramentos ou sendo
estes iguais, por aquela em que tenha maior testada;

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e) os imóveis construídos, com entradas para mais de uma via SUBSEÇÃO IV


pública, lançar-se-ão por aquela em que houver a entrada principal, DA BASE DE CÁLCULO
ou por aquela em que tiver maior frente, se possuir entradas princi-
pais para mais de uma via pública; Art. 174. A base de cálculo do imposto é o valor venal do imó-
f) parcelamento do solo através de instituição de condomínio vel, observado o disposto na Planta Genérica de Valores – PGV.
a partir do exercício seguinte da alteração do registro do mesmo, Parágrafo único. A Planta Genérica de Valores – PGV deve ser
desde que quitados os lançamentos anteriores ou débitos inscritos revista de forma geral e homogênea em relação a todos os imóveis
em dívida ativa. (NR) do Município, no mínimo, uma vez a cada mandato do Poder Exe-
Art. 170. (REVOGADO) cutivo. (NR)
Art. 171. O imposto será lançado em nome do contribuinte de Art. 175. O valor venal do imóvel será determinado consoante
acordo com os dados constantes do cadastro fiscal. parâmetros fixados na Planta Genérica de Valores – PGV. (NR)
§1º Tratando-se de imóvel, objeto de compromisso de venda e Art. 176. (REVOGADO)
compra, o lançamento do imposto será procedido em nome do pro- Art. 177. (REVOGADO)
mitente vendedor e do compromissário comprador, respondendo
solidariamente pelos lançamentos tributários. SUBSEÇÃO V
§2º O lançamento do imóvel, objeto de enfiteuse, usufruto ou DA ALÍQUOTA DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE
fideicomisso, será efetuado em nome do enfiteuta, usufrutuário ou PREDIAL URBANA
fiduciário.
§3º Na hipótese de existência no condomínio, de unidade in- Art. 178. O Imposto sobre a Propriedade Predial Urbana, ob-
dependente, de propriedade de mais de uma pessoa, o lançamento servado o valor venal do imóvel, será exigido à razão de 0,6 % (seis
do imposto será procedido, a critério da repartição competente em décimos por cento):
nome de um, alguns, ou de todos os coproprietários, sem prejuízo I - fica instituído o desconto de 33% (trinta e três por cento)
da responsabilidade solidária de todos os demais pelo ônus fiscal. para imóveis com valor venal até R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil
§4º Fica excluída a responsabilidade tributária do promitente reais);
vendedor de imóvel a partir da data em que este comunicar a ven- II - fica instituído o desconto de 16% (dezesseis por cento), para
da à Prefeitura Municipal, através do pedido de alteração cadastral. imóveis com valor venal superior a R$ 35.000,01 (trinta e cinco mil
(NR) reais e um centavo) até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais).
Art. 172. O lançamento do imposto será distinto, para cada (NR)
imóvel, como unidade autônoma ou subunidade, ainda que imóveis
contíguos ou vizinhos pertençam ao mesmo contribuinte ou grupo SUBSEÇÃO VI
de contribuintes, quando desmembrados pela Prefeitura. DA ALÍQUOTA DO IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TER-
§1º As áreas de ruas, vielas e espaços livres, nos loteamentos RITORIAL URBANA
aprovados ou não, quando não doados serão considerados unida-
des autônomas ou subunidades. Art. 179. O Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana, ob-
§2º Para efeitos deste imposto, considera-se: servado o valor venal do imóvel, será exigido à razão de 2,2 % (dois
I - UNIDADE AUTÔNOMA - todo o imóvel ou parcela deste edifi- inteiros e dois décimos por cento).
cado ou não, que possa ser considerado como um só todo, distinto Parágrafo Único. Fica instituído desconto de 27% (vinte e sete
dos demais, mesmo que ligado a outros ou com outros assentados por cento), para imóveis com valor venal até R$ 25.000,00 (vinte e
em mesma propriedade; cinco mil reais). (NR)
II - SUB-UNIDADE - quando no imóvel considerado unidade au- Art. 180. (REVOGADO)
tônoma, hajam áreas susceptíveis de delimitação física ou jurídica,
independente, e como tal, possam ser considerados separadamen- SUBSEÇÃO VII
te, tais como: DA ARRECADAÇÃO
a) os apartamentos, em prédios de condomínios;
b) as edículas, garagens, depósitos, quando de uso isolado. Art. 181. O pagamento do imposto poderá ser efetuado em até
(NR) 12 (doze) parcelas mensais, fixas e consecutivas, observada a data
§3º (REVOGADO) de vencimento constante na notificação fiscal de lançamento.
§4º (REVOGADO) Parágrafo Primeiro - O pagamento do imposto em parcela única
Art. 173. Para efeitos desta lei, a definição de unidade autô- ou na forma de antecipação de parcelas vincendas, terá desconto
noma ou subunidade é interpretada, abstraindo-se da natureza do de 10% (dez por cento), observados os seguintes critérios:
título aquisitivo da propriedade, posse, domínio ou ocupação da I - O imposto quitado pelo contribuinte até a data do venci-
parcela que nesse mesmo título se fez constar como pertencente mento da primeira parcela sofrerá desconto de 10% (dez por cento)
ao herdeiro, coproprietário, compromissário, condômino locatário sobre a totalidade de imposto cobrado pelo Município no exercício
ou sublocador. fiscal;
II - O contribuinte que optar pelo parcelamento do imposto
previsto no caput será beneficiado com o desconto progressivo, a
ser calculado sobre as parcelas vincendas no momento da quitação
total e desde que esteja em dia com o parcelamento do imposto do
imóvel no exercício fiscal;

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III - Para aplicação do desconto progressivo deverá ser observa- declaração formal do preenchimento dos requisitos, sob pena de
da a seguinte faixa de desconto: aplicação do §1º, do art. 184, sem prejuízo da sanção penal e civil
a) Para quitação efetuada após o vencimento da parcela única e correspondente;
até o mês de abril, será devido o desconto proporcional de 7% (sete h) de entidades culturais ou artísticas, sem finalidade lucrativa;
por cento) aplicada sobre o total das parcelas vincendas; i) concede aos pensionistas ou aposentados e aos integrantes
b) Para quitação efetuada após o vencimento da parcela única da LOAS isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), es-
e até o mês de junho, será devido o desconto proporcional de 4% tabelecido o mesmo cálculo a que se refere a Lei Complementar nº
(quatro por cento) aplicada sobre o total das parcelas vincendas; 54, de 16 de maio de 1991;
c) Para quitação efetuada após o vencimento da parcela única j) de associações de classes e das associações dos moradores
e até o mês de agosto, será devido o desconto proporcional de 2% de bairros, desde que utilizados para as finalidades pelas quais fo-
(dois por cento) aplicada sobre o total das parcelas vincendas; ram criadas.
IV - Para a hipótese dos incisos II e III, o desconto será apurado II - Os edifícios destinados a:
utilizando como base de cálculo o valor total das parcelas vincendas a) residências episcopais e paróquias e prédios gratuitamente
do imposto no respectivo exercício fiscal, e não sobre o seu valor cedidos a instituições de assistência social, bem como os que, cons-
global. (NR) tituindo patrimônio das confissões ou cultos religiosos, destinem-
Art. 182. O pagamento do imposto não confere a quem o fizer, -se, gratuitamente, à residência dos respectivos ministros, pastores
presunção de título legítimo à propriedade, ao domínio útil ou a e presidentes;
posse do imóvel. b) de propriedade e residência daqueles que tenham participa-
do efetivamente de operações bélicas, na Segunda Guerra Mundial,
SUBSEÇÃO VIII como integrantes da Força do Exército, da Força Expedicionária Bra-
DAS ISENÇÕES E REDUÇÕES sileira, da Força Área Brasileira, da Marinha de Guerra e da Marinha
Mercante, mediante comprovação de acordo com a Lei Federal nº.
Art. 183. (REVOGADO) 5.315, de 12 de setembro de 1.967.
Art. 183-A. São isentos do imposto: Parágrafo Único - A isenção de que trata a alínea “b”, do inciso
I - os imóveis pertencentes ao patrimônio: II, será transferida para a viúva, menores órfãos ou herdeiros inca-
a) das empresas concessionárias de serviço público municipal, pazes, em caso de falecimento do beneficiado.
nos termos determinados em lei ou dos respectivos contratos; III - Não haverá lançamento do IPTU, pelo prazo de dois exer-
b) de particulares, quando cedidos com comodato: cícios fiscais consecutivos, para imóveis em regime de loteamento,
1) ao Município, ao Estado ou à União, para qualquer fim; mediante requerimento do proprietário ou loteador, instruído com
2) para entidades provadas com a finalidade exclusiva de seu documentos que comprovem esta condição, atendido o abaixo dis-
uso como praça esportiva, e enquanto perdurar o respectivo co- posto:
modato, que não poderá ser por tempo inferior a 05 (cinco) anos a) O prazo da exclusão da incidência referido no caput terá iní-
consecutivos. cio no exercício seguinte à data de publicação do decreto de apro-
c) vação.
1) de associações beneficentes ou de caridade; b) Na hipótese de comercialização do lote, o IPTU será lançado
2) associações beneficentes ou de caridade, por 5 (cinco) anos, para o adquirente, no exercício fiscal seguinte.
que tenham recebido imóvel em doação, a contar da data de re- c) O loteador deverá apresentar anualmente, no prazo do
gistro da escritura de doação, e desde que a associação tenha no caput, declaração dos imóveis, não comercializados e dos alienados
máximo quatro propriedades no Município, incluindo a doada. com a respectiva data de comercialização e cópias dos contratos de
d) de associações esportivas, regularmente constituídas e se- alienação, sob pena de incidência da exação em todos os imóveis do
diadas no Município, filiadas, direta ou indiretamente, ao Conselho loteamento no exercício seguinte. (NR)
Nacional de Desportos, desde que para uso exclusivo das entidades Art. 184. As isenções do imposto deverão ser requeridas pelos
beneficiadas, excetuados os imóveis sem destinação e locados a contribuintes que se encontrem nas condições previstas neste có-
terceiro. digo, no prazo estabelecido para a impugnação do lançamento, sob
e) de sindicatos e delegacias locais, devidamente reconhecidas pena de preclusão do direito.
e mediante atestado de regular funcionamento expedido pela re- Parágrafo único. Na hipótese do Fisco ser induzido a erro, por
partição competente do Ministério do Trabalho; ato omissivo ou comissivo e ainda através de informações inverídi-
f) de viúvas, viúvos, aposentados, menores órfãos e pessoas cas prestadas pelo contribuinte, será atribuída penalidade pecuni-
definitivamente incapacitadas para o trabalho, que sejam proprie- ária no montante de 20% (vinte por cento), do valor do respectivo
tários de um único imóvel, servindo este como sua residência, ainda lançamento tributário. (NR)
que usufrutuários, e que não percebam, juntamente com os demais Art. 185. O deferimento do pedido de isenção, para o primeiro
ocupantes do imóvel, importâncias superiores, em valores fixados exercício servirá para os seguintes, ficando o beneficiário, para re-
por ato do Poder Executivo, mediante declaração formal do preen- novação do favor fiscal, obrigado a comunicar ao Fisco, anualmen-
chimento dos requisitos, sob pena de aplicação do §1º, do art. 184, te, até o último dia útil de janeiro, qualquer alteração quanto ao
sem prejuízo da sanção penal e civil correspondente; preenchimento dos requisitos e condições para o gozo da isenção,
g) aos internados e egressos de leprosários e aos portadores independentemente da permanente fiscalização.
do vírus HIV, que sejam proprietários de prédio único que sirva §1º A inobservância do disposto neste artigo implicará a perda
de sua residência, ainda que usufrutuários, e que não percebam, do benefício.
juntamente com os demais ocupantes do imóvel, importâncias su-
periores aos valores fixados por ato do Poder Executivo, mediante
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§2º No caso de comunicação falsa, ficará o beneficiário sujeito IV - do resultado financeiro da atividade exercida;
ao lançamento do imposto com o acréscimo de 20% (vinte por cen- V - do cumprimento de qualquer exigência legal ou regulamen-
to), sem prejuízo das demais cominações cabíveis. tar relativa ao exercício da atividade.
§3º As diferentes classes de contribuintes serão convocadas a Art. 194. As taxas serão calculadas de conformidade com a pre-
demonstrar o atendimento aos requisitos de concessão da isenção sente a lei.
na conformidade do regulamento. Parágrafo Único - Não incorre em qualquer pagamento de taxa,
§4º A isenção cessa no momento que se dê o não cumprimento a apresentação e processamento de pedido de Inscrição Municipal,
dos seus requisitos. (NR) alteração, encerramento, Autorização para Emissão de Notas Fis-
Art. 186. Os proprietários de um único imóvel que lhes sirva de cais ou protocolização de reclamação ou recurso. (NR)
residência, e que estejam amortizando o financiamento do mesmo Art. 195. As taxas classificam-se:
junto ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH) ou que possuam I - pelo Exercício Regular do Poder de Polícia;
título devidamente registrado do imóvel, com área construída não II - pela Utilização de Serviços Públicos.
superior a 60 m² (sessenta metros quadrados) e cujo valor venal
não ultrapasse a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), ficam isentos do CAPÍTULO VI
imposto respectivo. (NR) DAS TAXAS PELO EXERCÍCIO REGULAR DO PODER DE
POLÍCIA
SUBSEÇÃO IX DISPOSIÇÕES GERAIS
DAS RECLAMAÇÕES E RECURSOS
Art. 196. As Taxas de Licença são compreendidas como taxas
Art. 187. Dentro de 30 (trinta) dias contados da entrega do avi- pelo Exercício Regular do Poder de Polícia.
so ou da publicação do edital de lançamento poderá o contribuinte §1º Considera-se poder de polícia a atividade da administração
impugnar os valores ou quaisquer inexatidões daqueles constantes. pública municipal que, limitando ou disciplinando direito, interesse
§1º As impugnações deverão ser formuladas através de pro- ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão
cedimento administrativo, mencionando com clareza os objetivos de interesse público, concernente à segurança, à higiene, à ordem,
visados, as razões em que se fundou, a identificação do imóvel aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício
acompanhadas pelos documentos que comprovem o alegado, sob de atividades econômicas, dependentes de concessão ou autori-
pena de preclusão. zação do poder público, à tranquilidade pública ou ao respeito à
§2º Cada impugnação referir-se-á a um imóvel, somente admi- propriedade e aos direitos individuais ou coletivos, no território do
tindo-se vários imóveis em uma única impugnação, no caso de lote- Município.
amentos novos, com identidade de proprietário e razões de pedido. §2º O HABITE-SE é documento essencial para fins de concessão
§3º Nos casos em que a impugnação necessitar de diligência do Alvará de Funcionamento Permanente, admitida a suspensão de
fiscal para constatação da veracidade das alegações do contribuinte sua exigibilidade pela protocolização de seu requerimento e no pra-
e esta for embaraçada por qualquer motivo pelo mesmo, não se zo concedido para sua regularização.
concretizando a diligência, será mantido o lançamento fiscal, sendo §3º O veículo utilizado no comércio ou serviço ambulante, não
devida à exação com os acréscimos legais, lavrando-se termo cir- vinculado a estabelecimento domiciliado e inscrito no município,
cunstanciado colhendo a assinatura de 2 (duas) testemunhas. (NR) configura, por si, estabelecimento e como tal sujeito à inscrição e
Art. 188. A decisão em primeira instância administrativa deverá alvará de funcionamento. (NR)
ser fundamentada e notificada ao reclamante. (NR) Art. 197. São Taxas de Licenças as:
Art. 189. (REVOGADO) I - de Localização de Estabelecimentos Comerciais, Industriais,
Civis e Similares - TABELA 02 e 02-A;
CAPÍTULO V II - de Funcionamento de Estabelecimentos Comerciais, Indus-
DAS TAXAS triais, Civis e Similares - TABELAS 02 e 02-A;
DISPOSIÇÕES GERAIS III - para o exercício do Comércio de Feirante, Ambulante ou
Eventual - TABELA 2;
Art. 190. As taxas cobradas pelo Município, tem como fato ge- IV - para Exploração dos Meios de Publicidade - TABELA 3;
rador o exercício regular do poder de polícia ou a utilização, efetiva V - para Execução de Obras Particulares - TABELA 4;
ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao VI - para Estacionamento em Vias e Próprios Públicos Munici-
contribuinte ou posto à sua disposição. pais - TABELA 5;
Art. 191. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador VII - para Abate de Gado Fora do Matadouro Municipal -TABELA
idênticos aos que correspondam a imposto, nem ser calculada em 6;
função do capital das empresas. VIII - para Exploração de Pedreiras, Barreiras ou Saibreiras e
Art. 192. A inscrição, o lançamento e aplicação de penalidades para Extração de Areia.
referentes às taxas reger-se-ão pelas normas gerais, salvo se houver IX – para Análise e Licenciamento Ambiental. (NR)
disposição especial, em contrário.
Art. 193. A incidência da taxa e sua cobrança independem:
I - da existência do estabelecimento fixo;
II - do efetivo ou contínuo exercício da atividade para a qual
tenha sido requerido o licenciamento;
III - da expedição da autorização, desde que seja efetivo o exer-
cício da atividade, para a qual tenha sido aquela requerida;
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SEÇÃO I SUBSEÇÃO II
DAS TAXAS DE LICENÇA DE LOCALIZAÇÃO E DE FUNCIO- DA INSCRIÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE ATIVIDADE EM
NAMENTO DE ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS, INDUS- ESTABELECIMENTOS
TRIAIS, CIVIS E SIMILARES
Art. 200. Os estabelecimentos sujeitos à Taxa de Licença de Lo-
SUBSEÇÃO I calização e à Taxa de Funcionamento, deverão promover suas inscri-
DA INCIDÊNCIA E FATO GERADOR ções como contribuintes, sendo uma para cada local, com os dados,
informações e esclarecimentos necessários à correta fiscalização,
Art. 198. Toda prática, no território do Município, de qualquer na forma regulamentar.
atividade comercial, industrial, agropecuária, de prestação de ser- Parágrafo Único. Os estabelecimentos de prestação de serviços
viços de qualquer natureza profissional, ou atividade decorrente referidos neste artigo apresentarão, ainda, anualmente até o dia 31
de profissão, arte, ofício ou função, exercida por pessoa física ou (trinta e um) de março de cada exercício, declaração de movimento
jurídica, está sujeita à Taxa de Licença de Localização e à Taxa de econômico do exercício anterior, com dados, informações e escla-
Funcionamento. recimentos à correta fiscalização de tributos e fins estatísticos. (NR)
§1º A Taxa de Licença de Localização, tem como fato gerador o Art. 201. Para os efeitos do artigo anterior, consideram-se esta-
exercício do poder de polícia administrativa do Município sobre as belecimentos distintos:
atividades econômicas exercidas em seu território, dependentes de I - os que, embora no mesmo local, ainda que com idêntico
concessão ou autorização do Poder Público. ramo de negócios, pertençam a diferentes pessoas físicas ou jurí-
§2º A Taxa de Funcionamento, tem como fato gerador o exer- dicas;
cício do poder de polícia administrativa do Município, mediante a II - os que, embora sob as mesmas responsabilidades e ramo de
realização de diligências, exames, vistorias e outros atos administra- negócios, estejam situados em prédios distintos ou locais diversos.
tivos, vinculados às atividades econômicas exercidas em seu territó- Art. 202. A inscrição é promovida mediante o preenchimento
rio, dependentes de concessão ou de autorização do Poder Público. de formulário próprio, com a exibição de documentos previstos na
§3º Incidem, ainda, as taxas: forma regulamentar.
a) quando a atividade for exercida como comércio ambulante §1º Procedendo o pedido de inscrição, deverá ser requerida a
ou feirante, independentemente de preço público cobrado pela uti- vistoria do local para o exercício da atividade, excetuadas as ativida-
lização de áreas de domínio público; des exercidas sem estabelecimento fixo.
b) quando a atividade for exercida de forma eventual, periódica §2º Da exibição prevista neste artigo será fornecido compro-
ou não. vante ao contribuinte.
§4º Considera-se estabelecimento ou local do exercício de Art. 203. A inscrição somente se completará após concedido o
quaisquer atividades referidas neste artigo, ainda que exercida no Alvará de Licença de Localização.
interior de residência. Parágrafo Único. Nenhum alvará será expedido sem que o local
§5º Ficam isentas do pagamento da Taxa de Funcionamento as do exercício da atividade esteja de acordo com as exigências míni-
casas de caridade e estabelecimentos de fins humanitários. mas de funcionamento constantes das posturas municipais e ates-
§6º Ficam isentas da Taxa de Funcionamento as associações tadas pelo Departamento de Obras e Serviços Particulares através
assistenciais e filantrópicas, sem fins lucrativos, reconhecidas de do seu setor competente. (NR)
utilidade pública municipal, as associações e clubes esportivos em Art. 204. O alvará será sempre expedido a título precário, po-
atividade comprovada e os sindicatos que atendam as disposições dendo ser cassado a qualquer tempo, quando o local não atenda
desta lei: mais as exigências para o qual fôra expedido, inclusive, quando ao
I - Para fazer jus à isenção instituída, as associações e clubes estabelecimento seja dado destinação diversa.
esportivos, comprovarão as repartições fazendárias municipais: Parágrafo Único. (REVOGADO)
a) que são considerados como de Utilidade Pública Municipal; §1º - Nenhum alvará será expedido sem que o local do exer-
b) que se encontram filiados, direta ou indiretamente ao órgão cício da atividade esteja de acordo comas exigências mínimas de
estadual ou federal responsável pela coordenação dos desportos, funcionamento constantes das posturas municipais e atestadas
em âmbito regional ou nacional; pelo Departamento de Obras e Serviços Particulares através do seu
c) que observam os requisitos a que aludem os incisos I, II e III setor competente.
do art. 14 do Código Tributário Nacional; §2º - Excetua-se ao §1º os casos nos quais se concede para as
II - Na falta de cumprimento do disposto no inciso I deste pará- Microempresas e Empresas de Pequeno Porte o Alvará Provisório,
grafo poderá o benefício da isenção ser suspenso pela autoridade para as atividades de baixo risco especificadas em norma própria
competente. do Município, que poderá ter validade de até 180 (cento e oitenta)
§7º Fica isento do pagamento da Taxa de Licença de Locali- dias.
zação o Microempreendedor Individual - MEI, assim definido de §3º - Na falta de norma própria do Município de Ribeirão Preto
acordo com o §1º, do artigo 18-A, da Lei Complementar Federal nº para definir quais as atividades de baixo risco, deverá ser utilizada
123/2006. (NR) a Resolução CGSIM nº 22/2010, ou outra que vier substituí-la, até
Art. 199. Os estabelecimentos de pequeno comércio, indústria, que haja a referida classificação própria.
profissão, arte ou ofício, tais como: barracas, balcões e boxes nos §4º - Quando se tratar do Microempreendedor Individual - MEI,
mercados, além da taxa prevista nesta seção, estão sujeitos ao pre- não se aplica a regra do §1º, pois a inscrição e o Alvará de Licença
ço público para uso de área de propriedade ou domínio público, e Localização serão instantâneos nos casos em que o MEI estiver
quando localizados nestas áreas. dispensado de vistoria prévia (ou do Alvará da Saúde e do BIPE).

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§5º - Fica dispensado de vistoria prévia e da exigência de ou- §2º No caso de comércio eventual a atividade a ser exercida
tros documentos (habite-se, vistoria dos bombeiros, entre outros) deve ser requerida, dispensada a apresentação dos documentos
e certidões, o MEI, quando o mesmo obedeça ao parágrafo 3º em referidos neste artigo.
atividades de baixo impacto ambiental e quando o mesmo atender §3º Para o exercício de comércio eventual exigir-se-á a vistoria
a um dos seguintes requisitos: do local, se para a sua prática houver montagem e desmontagem
I - a atividade seja desenvolvida em um cômodo da própria resi- de construções, mesmo que provisória, ou equipamentos que im-
dência na qual reside o microempreendedor individual, aglutinado pliquem em segurança ou comodidade dos usuários, dispensando-a
ou não ao imóvel principal; se:
II - a atividade seja desenvolvida em uma área de até 50 m² a) for exercida em estabelecimento já licenciado e vistoriado;
(cinquenta metros quadrados), independente da natureza do imó- b) seu exercício independer ou não ter conexão, embora exer-
vel ou da existência de outros cômodos; cida no mesmo local, com atividade que dela dependa conforme
III - em atividades ambulantes, desde que atendidas as exigên- disposto neste artigo.
cias da Lei de Zoneamento municipal; Art. 211. Quando o exercício do comércio ambulante ou feiran-
IV - em atividades nas quais o endereço do MEI seja utilizado te depender de fiscalização sanitária, será exigida também a prova
somente como endereço para correspondência. (NR) de registro na repartição competente e de vistoria do veículo ou
Art. 205. Se houver mudança dos titulares do estabelecimento, outro meio de condução ou de exposição do produto.
sem que haja alteração de atividade ou de endereço, ou mudança Art. 212. Não será feito, em hipótese alguma o licenciamento
de razão social, substituir-se-á o Alvará de Licença de Localização de atividade a menores de 18 (dezoito) anos, sendo, porém, permi-
por ocasião da transferência, sem necessidade de nova vistoria. tido o trabalho destes como empregado ou preposto de ambulante
Parágrafo Único. É obrigatório o pedido de Certidão de Ativi- ou feirante, devidamente autorizado, devendo neste caso, apresen-
dade e expedição de novo alvará, sempre que houver alteração do tar, além dos documentos a que se refere o parágrafo primeiro do
ramo de atividade, alteração de endereço ou mudança de razão so- artigo 210, a autorização dos pais, tutores ou autoridades judiciá-
cial, e inclusive, a adoção do exercício de outro ramo concomitante- rias a que estiver sujeito.
mente com aquele já permitido. (NR) Art. 213. Promovida a inscrição será fornecida ao interessado
Art. 206. O alvará será expedido pela Secretaria Municipal da documento comprobatório desta, mediante recibo ou talão de li-
Fazenda, e conterá: cença pessoal, que só terá validade para os períodos a que se refe-
a) denominação de Alvará de Licença de Localização; rir, se quitados.
b) nome da pessoa física ou jurídica a que foi concedido; Parágrafo Único - Além do nome e endereço do licenciado,
c) local do estabelecimento; constarão do talão de licença:
d) ramo do negócio ou atividade; I - os gêneros ou mercadorias que constituem o objetivo do
e) prazo de validade; comércio;
f) número da inscrição e número do processo de vistoria; II - o período de licença, o horário e as condições especiais do
g) horário de funcionamento requerido; exercício do comércio;
h) data da emissão e assinatura do responsável. (NR) III - o nome do empregado ou preposto, quando o comércio
Art. 207. A renovação do alvará, sempre que houver alteração não for exercido pelo próprio licenciado.
do ramo de atividade, alteração de endereço ou mudança de razão Art. 214. O Cartão de Licença do ambulante e o Alvará de Licen-
social, e inclusive, a adoção do exercício de outro ramo concomi- ça de Localização do feirante deverão estar sempre em poder dos
tantemente com aquele já permitido, deverá ser feita através de mesmos, para serem apresentados aos encarregados da fiscaliza-
apresentação da Certidão de Atividade, acompanhada do alvará ex- ção, quando solicitados. (NR)
pedido anteriormente, dentro de 30 (trinta) dias da efetivação da Art. 215. Os ambulantes deverão renovar a Licença anualmen-
alteração processada pelo contribuinte. (NR) te, até o dia 31 (trinta e um) de janeiro de cada exercício. (NR)
Art. 208. O alvará deve ser colocado em lugar visível para o pú- Art. 216. A licença de ambulante só será válida para o período
blico e fiscalização. normal de funcionamento dos estabelecimentos comerciais em ge-
ral, com exceção de artigos, que por suas características sejam de
SUBSEÇÃO III venda normal fora deste horário, tais como: leite, pão e congêneres.
DA INSCRIÇÃO PARA O EXERCÍCIO DO COMÉRCIO DE Art. 217. A licença de feirante obedecerá os horários estabele-
FEIRANTE, AMBULANTE OU EVENTUAL cidos pela Prefeitura.
Art. 218. Não será permitido o comércio ambulante ou feirante
Art. 209. Nenhuma atividade de comércio ambulante, feirante a varejo dos seguintes artigos:
ou eventual é permitida sem prévia inscrição da pessoa que a exer- I - medicamentos ou quaisquer outros produtos farmacêuticos;
cer, na repartição competente da Prefeitura. II - aguardentes ou quaisquer bebidas alcoólicas;
Art. 210. A inscrição é promovida mediante o preenchimento III - gasolina, querosene ou quaisquer substâncias inflamáveis
de formulário próprio, com a exibição de documentos previstos na ou explosivas;
forma regulamentar. IV - armas e munições;
§1º Caso o comércio seja exercido por empregado ou preposto V - folhetos, panfletos, livros ou gravuras de caráter obsceno
do licenciado, tal fato deverá constar da inscrição, sendo então com ou subversivo;
relação a este, exigida a apresentação dos mesmos documentos VI - pastéis, doces, balas ou outras guloseimas, desde que não
pessoais exigíveis para o licenciado. estejam protegidas por envoltórios rigorosamente impermeáveis.
Art. 219. Os ambulantes não poderão, salvo licença especial,
fixar-se nas ruas, praças, ou qualquer logradouro público.
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Art. 220. A licença especial para estacionamento em via públi- SUBSEÇÃO VI


ca só será concedida pela Administração quando não prejudique o DA BASE DE CÁLCULO PARA O EXERCÍCIO DO COMÉRCIO
trânsito e o interesse público, sendo cobrados, neste caso, as taxas DE FEIRANTE, AMBULANTE OU EVENTUAL
em dobro.
Art. 226. A taxa é calculada de acordo com a Tabela nº 02 (dois)
SUBSEÇÃO IV anexa.
DO LANÇAMENTO
SUBSEÇÃO VII
Art. 221. O lançamento da Taxa de Funcionamento é anual ou DA ARRECADAÇÃO
trimestral, conforme a atividade exercida.
Parágrafo Único. A Taxa de Funcionamento de estabelecimen- Art. 227. A taxa é arrecadada:
tos independe do cumprimento de quaisquer exigências legais, ad- I – (REVOGADO)
ministrativas ou regulamentares. (NR) II - para feirantes; primeira parcela à boca do cofre no ato da
Art. 222. A Taxa de Funcionamento é devida a partir do dia 1º inscrição, e as demais até o último dia do primeiro mês de cada
de janeiro de cada exercício, prevalecendo o seu lançamento por trimestre;
todo o exercício a que se referir, exceto se: (NR) III - para ambulantes:
a) a atividade for iniciada a meio de exercício, quando será pro- a) em única parcela anual à boca do cofre, no ato da inscrição,
porcional ao número de meses faltantes para o seu término, consi- se anual a licença solicitada;
derando por inteiro qualquer fração do mês; b) em parcelas trimestrais, à boca do cofre no ato da inscrição
b) a atividade for encerrada a meio de exercício, quando preva- ou renovação, se trimestral a licença solicitada;
lecerá até o mês do encerramento, considerando por inteiro qual- IV - para a atividade ou comércio eventual, em única parcela à
quer fração do mês. boca do cofre, pelo período da licença concedida. (NR)
Art. 223. A Taxa de Funcionamento é exigida:
I - para os estabelecimentos; em única parcela anual; SUBSEÇÃO VIII
II - para os feirantes; lançamento anual dividido em 04 (quatro) DAS INFRAÇÕES
parcelas trimestrais;
III - para os ambulantes; lançamento anual ou trimestral quan- Art. 228. As infrações ao disposto quanto à Taxa de Funciona-
do a licença se referir a determinado período; mento dos estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços,
IV - atividades eventuais; lançado pelo período de exercício da industriais, civis e similares, serão punidas com multa de 200 (du-
atividade. (NR) zentas) UFMs e, em dobro na reincidência. (NR)

SUBSEÇÃO V SEÇÃO II
DA BASE DE CÁLCULO PARA OS ESTABELECIMENTOS DA TAXA DE LICENÇA PARA EXPLORAÇÃO DOS MEIOS DE
PUBLICIDADE
Art. 224. A Taxa de Localização e Taxa de Funcionamento serão
calculadas de acordo com as Tabelas 02 e 02-A, anexas. SUBSEÇÃO I
§1º No caso de estabelecimento exclusivamente comercial, DA INCIDÊNCIA E FATO GERADOR
com mais de uma das atividades previstas na Tabela 02-A, será de-
vida a contribuição mais elevada. Art. 229. A Taxa de Licença para Publicidade tem como fato ge-
§2º Quando um mesmo estabelecimento for de indústria e co- rador a exploração e utilização dos meios de publicidade nas vias e
mércio, não havendo no local instalações próprias para atendimen- logradouros do Município, bem como nos locais de acesso ao pú-
to do público consumidor final ou intermediário, praticando-se, tão blico.
somente, os atos jurídicos relativos a venda da própria produção, Parágrafo Único - Incide, ainda, a Taxa de Licença para Publici-
será considerada apenas a atividade industrial; dade, quando para sua utilização ou exploração, o contribuinte se
§3º No caso de estabelecimento não enquadrado nos demais servir de propriedade pública ou particular, desde que visível da via
parágrafos deste artigo mas praticamente de mais de um item das pública.
atividades previstas nas Tabelas 02 e 02-A, será devida a soma dos
valores correspondentes ao item principal, mais 50% (cinquenta SUBSEÇÃO II
por cento) do valor correspondente a cada um dos demais. (NR) DA INSCRIÇÃO
Art. 225. Para funcionar fora do horário normal é devida nova
licença de valor igual à prevista na tabela cujo lançamento se fará na Art. 230. A exploração ou utilização dos meios de publicidade
mesma época e na forma desta. depende sempre de prévia autorização da Prefeitura e pagamento
da taxa respectiva.
§1º O recibo de pagamento da taxa valerá como inscrição para
exploração ou utilização da publicidade.
§2º A publicidade feita nos estabelecimentos produtores, in-
dustriais, comerciais ou de prestação de serviços, assim como todos
os tipos de pintura, não estão obrigados ao pedido de renovação
anual, sendo lançados automaticamente em cada exercício.

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Art. 231. O pedido de Licença para Publicidade deve ser instru- II - tabuletas indicativas de hospitais, casas de saúde e ambu-
ído com a descrição talhada do meio de publicidade, de sua situa- latórios;
ção, posição e todas as demais características da mesma. III - cartazes ou letreiros destinados a fins patrióticos, religio-
§1º A utilização da publicidade somente será concedida após sos, culturais, esportivos ou estudantis;
a autorização, com a expedição do alvará competente, pelo Depar- IV - tabuletas indicativas de rumo ou direção de estradas;
tamento de Obras e Serviços Particulares, por seu setor respectivo, V - os dísticos ou denominações de estabelecimentos comer-
que informará de acordo com as Posturas Municipais, quanto à se- ciais e industriais, apostos nas paredes e vitrines internas;
gurança, localização, posição e demais características necessárias à VI - os anúncios publicados em jornais, revistas ou catálogos e
utilização do meio de publicidade requerido. os irradiados em estações de radiodifusão;
§2º Quando o local em que se pretender colocar o anúncio não VII - os cartazes indicativos ou de propaganda colocados no in-
for de propriedade do requerente, deverá este juntar ao requeri- terior dos estabelecimentos, inclusive faixas de qualquer natureza;
mento a autorização do proprietário. VIII - tabuletas indicativas, cartazes, letreiros, dísticos ou deno-
Art. 232. A publicidade por meio de painéis, deve ser mantida minações de atividades, profissões e serviços, referentes às seguin-
em perfeito estado de conservação sob pena da retirada e inutiliza- tes atividades:
da pela Prefeitura, correndo por conta do contribuinte as despesas a) barbeiros, cabeleireiros, manicuros, pedicuros, tratamento
respectivas. de pele, depilação e congêneres;
b) aula particular, instrução, treinamento, avaliação de conhe-
SUBSEÇÃO III cimento de qualquer grau ou natureza;
DO LANÇAMENTO c) alfaiataria e costura;
d) sapateiro-remendão;
Art. 233. O lançamento é diário ou mensal, conforme o tipo de e) fabrico de balas, doces, bolos e salgados.
publicidade utilizada, e será válido para o período a que se referir. IX – (REVOGADO)
(NR) X - Placas e letreiros de profissionais liberais autônomos ou
Art. 234. São contribuintes da taxa: assemelhados, na fachada onde se exerce a atividade profissional,
I - a pessoa promotora de publicidade; desde que contenham apenas o nome, a profissão, os títulos de
II - a pessoa que explore ou utilize a publicidade de terceiros; especialização e número de inscrição no Conselho Regional, por exi-
III - a pessoa a quem a publicidade aproveite. gência legal, sem qualquer dado de caráter publicitário, obedecido
o Plano Diretor do Município de Ribeirão Preto. (NR)
SUBSEÇÃO IV Art. 240. Ficam os anunciantes obrigados a colocar nos painéis
DA BASE DE CÁLCULO e anúncios, sujeitos à taxa, um número de identificação fornecido
pela repartição competente.
Art. 235. A taxa será calculada de conformidade com a Tabela
nº 03 (três) anexa. SEÇÃO III
§1º As licenças anuais serão válidas para o exercício em que DA TAXA DE LICENÇA PARA EXECUÇÃO DE OBRAS PARTI-
forem concedidas, desprezados os trimestres já decorridos. CULARES
§2º O período de validade das licenças mensais ou diárias cons-
tará do recibo de pagamento da taxa, recolhida por antecipação. SUBSEÇÃO I
§3º Os cartazes ou os anúncios destinados à afixação, expo- DA INCIDÊNCIA E FATO GERADOR
sição ou distribuição por quantidade, conterão em cada unidade,
mediante carimbo ou qualquer processo mecânico adotado pela Art. 241. A taxa de aprovação dos projetos arquitetônicos, dos
Prefeitura, a declaração do pagamento da taxa. projetos de urbanização de terrenos e de reagrupamento e des-
membramento de lotes, bem como a taxa de licença para edificar,
SUBSEÇÃO V e a taxa de licença para urbanização de terrenos tem como fato ge-
DA ARRECADAÇÃO rador o exame dos respectivos projetos para a aprovação e o licen-
ciamento obrigatório, assim como a fiscalização relativa à legislação
Art. 236. A taxa será arrecadada por antecipação, mediante municipal pertinente.
guia fornecida pela Prefeitura, com vencimento até o dia 10 (dez) Art. 242. A aprovação dos projetos e as licenças para sua exe-
de cada mês. (NR) cução deverão ser previamente solicitadas, mediante requerimento
Art. 237. A publicidade efetuada sem licença, quando passível instruído com os elementos e documentos exigidos pela legislação
de permissão, ou o não pagamento da taxa no prazo estabelecido municipal pertinente a cada caso.
no artigo anterior, determinará o lançamento de ofício, vencível em Parágrafo Único - Não será fornecida licença para construção,
30 (trinta) dias da sua entrega ao sujeito passivo, preposto ou em- reforma ou obras de qualquer natureza, nem aprovar-se-ão plantas
pregado, e após o vencimento incidirá multa de mora e juros esta- de loteamentos, sem que os engenheiros, construtoras ou emprei-
belecidos na legislação vigente. (NR) teiros responsáveis pelas obras, apresentem à seção competente,
Art. 238. Não havendo na tabela especificação própria para a ficha de inscrição de contribuinte do Imposto de Serviços de Qual-
publicidade, a taxa será lançada e arrecadada pela rubrica mais se- quer Natureza, fornecida pela seção competente da Prefeitura.
melhante à espécie, a juízo da repartição municipal competente.
Art. 239. São isentas da taxa:
I - tabuletas indicativas de sítios, granjas, chácaras e fazendas;

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SUBSEÇÃO II SEÇÃO IV
DA INSCRIÇÃO DA TAXA DE LICENÇA PARA ESTACIONAMENTO EM VIAS E
PRÓPRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS
Art. 243. O recibo de pagamento da Taxa de Licença servirá
como inscrição para cada obra requerida. SUBSEÇÃO I
Parágrafo Único - O protocolo do pedido de aprovação dos pro- DA INCIDÊNCIA E FATO GERADOR
jetos servirá como inscrição para as pessoas jurídicas enunciadas no
§2º do artigo 244. (NR) Art. 247. Estão sujeitos ao pagamento da Taxa de Licença para
Estacionamento em Vias e Próprios Públicos Municipais de todos os
SUBSEÇÃO III veículos de aluguel ou a frete, destinados ao transporte de passa-
DO LANÇAMENTO geiros ou de cargas, e que aguardam serviços estacionados nas vias
públicas ou próprios públicos municipais.
Art. 244. A taxa será lançada por meio de guia expedida em Parágrafo Único - Estão excluídos da taxa de licença para circu-
nome do contribuinte ou responsável, no ato do pedido de aprova- lação de veículos não motorizados:
ção ou de licença. I - os veículos de propulsão humana que se destinam ao trans-
§1º A expedição do Alvará, visto ou Habite-se em que dela porte de pessoas inválidas;
conste a comprovação do pagamento dos tributos exigidos por lei, II - os veículos de tração animal, pertencentes aos pequenos
vincula o funcionário à responsabilidade por tal procedimento. lavradores, quando se destinarem exclusivamente aos serviços de
§2º Ficam isentas do pagamento da Taxa de Licença para Obras suas lavouras e ao transporte de seus produtos;
Particulares as casas de caridade e estabelecimentos de fins huma- III - os veículos destinados aos serviços agrícolas, usados uni-
nitários. (NR) camente dentro das propriedades rurais de seus possuidores. (NR)

SUBSEÇÃO IV SUBSEÇÃO II
DA BASE DE CÁLCULO DA INSCRIÇÃO

Art. 245. A taxa é devida pelo interessado direto ou indireto na Art. 248. O contribuinte deve fazer sua inscrição preenchendo
obra, de conformidade com a Tabela nº 04 (quatro) anexa. guia própria, no ato do licenciamento.
Art. 246. A taxa será cobrada:
I - em dobro, quando as obras tenham sido executadas em de- SUBSEÇÃO III
sacordo com a planta aprovada; DO LANÇAMENTO
II - em quíntuplo, quando as obras tenham sido executadas sem
licenças e possa ser conservadas. Art. 249. O lançamento e a arrecadação da taxa serão feitos si-
§1º Pelas infrações das disposições legais abaixo enumeradas, multaneamente com o licenciamento inicial ou sua renovação anu-
ficam estabelecidas as seguintes multas: al, entre os dias 1º (primeiro) de abril a 30 (trinta) de maio.
I - por falta de comunicação para efeito de “Habite-se” ou “Vis-
to de Conclusão”: 16,00% do Valor de Referência; SUBSEÇÃO IV
II - por utilização de edificação sem o competente “auto de vis- DA BASE DE CÁLCULO
toria”: 23,00% do Valor de Referência;
III - por prosseguimento de obra embargada: Art. 250. A Taxa de Licença para Estacionamento em Vias e Pró-
a) construção para fins residenciais até 50 m², 0,15% por metro prios Públicos Municipais será devida de acordo com a Tabela nº 05
quadrado no primeiro dia e em dobro nos dias subsequentes, do (cinco) anexa.
Valor de Referência; Parágrafo Único - Os veículos sujeitos ao licenciamento para es-
b) construção para fins residenciais com mais de 50 m², 0,32% tacionar serão obrigados a manter visível o respectivo alvará. (NR)
por metro quadrado no primeiro dia e em dobro nos dias subse-
quentes, do Valor de Referência; SEÇÃO V
c) construção para fins comerciais, industriais e outros fins, DA TAXA DE LICENÇA PARA ABATE DE GADO FORA DO
0,65% por metro quadrado no primeiro dia e em dobro nos dias MATADOURO MUNICIPAL
subsequentes, do Valor de Referência;
IV - por abertura de arruamento clandestino ou infração deste, SUBSEÇÃO I
multa de 163,00% por infração cometida, além da multa de 0,32% DA INCIDÊNCIA E FATO GERADOR
por metro quadrado no primeiro dia e em dobro nos dias subse-
quentes, do Valor de Referência; Art. 251. A Taxa de Licença para Abate de Gado fora do Mata-
V - por ocupação de passeio além do tapume, após o recebi- douro Municipal, tem como fato gerador o abate de gado para o
mento da intimação, multa de 6,24% no primeiro dia e em dobro consumo público, quando não for feito no Matadouro Municipal.
nos dias subsequentes, do Valor de Referência. Parágrafo Único. A exigência da taxa não atinge o abate em
§2º Na hipótese do inciso V deste artigo, sem prejuízo da multa charqueadas, frigoríficos ou outros estabelecimentos semelhantes
cabível, será o material apreendido e leiloado, facultada, porém, a fiscalizados pelo serviço federal competente, salvo quanto ao gado
sua liberação dentro do prazo de 15 (quinze) dias da sua apreensão, cuja carne fresca se destinar ao consumo local, ficando o abate,
mediante o pagamento do custo da remoção. (NR) neste caso, sujeito ao tributo.

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SUBSEÇÃO II I - no caso de falta de licença, em multa no montante de 1 (um)


DA INSCRIÇÃO Valor de Referência a que se refere o artigo anterior, sem prejuízo
da apreensão e remoção do aparelhamento, paralisação do serviço
Art. 252. O contribuinte deve fazer sua inscrição, preenchendo e outras medidas administrativas ou judiciais para compelir o infra-
guia própria, em nome do contribuinte ou responsável. tor a repor o terreno no estado primitivo;
II - no caso do não cumprimento da notificação para reposição
SUBSEÇÃO III do terreno ao nível e no prazo fixado pela Prefeitura, com multa no
DO LANÇAMENTO montante de 1/2 Valor de Referência a que se refere o artigo ante-
rior, por dia de retardamento;
Art. 253. A taxa é lançada no ato da concessão da respectiva III - nos demais casos, com multa no montante de 1/2 Valor de
licença. Referência a que se refere o artigo anterior. (NR)
Parágrafo Único - O lançamento “ex officio” será procedido
com acréscimo de 100% (cem por cento) do valor da taxa, sem pre- SUBSEÇÃO V
juízo das cominações cabíveis. DA ARRECADAÇÃO

SUBSEÇÃO IV Art. 260. A taxa é arrecadada adiantadamente à boca do cofre,


DA BASE DE CÁLCULO de conformidade com o artigo 245.

Art. 254. A taxa calcula-se de acordo com a Tabela nº 06 (seis) CAPÍTULO VII
anexa. DAS TAXAS PELA UTILIZAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS

SEÇÃO VI Art. 261. As Taxas pela Utilização de Serviços Públicos compre-


DA TAXA DE LICENÇA PARA EXPLORAÇÃO DE PEDREIRAS, endem:
BARREIRAS OU SAIBREIRAS E PARA EXTRAÇÃO DE AREIA I - Taxa de Expediente - TABELA 07;
II - Taxa de Extensão da Rede de Energia Elétrica Domiciliar;
SUBSEÇÃO I III - Taxa de Execução de Muros e Passeios;
DA INCIDÊNCIA E FATO GERADOR IV - Taxa de Pavimentação e Serviços Preparatórios. (NR)

Art. 255. Constitui fato gerador da Taxa de Licença para Ex- SEÇÃO I
ploração de Pedreiras, Barreiras ou Saibreiras e para a Extração de DA TAXA DE EXPEDIENTE
Areia o licenciamento obrigatório desses atos, em razão do interes-
se público concernente à higiene, saúde e segurança pública. SUBSEÇÃO I
Parágrafo Único. A licença referida neste artigo não se aplica às DA INCIDÊNCIA E FATO GERADOR
explorações de jazidas que dependam de autorização do Governo
Federal, na forma da legislação aplicável. Art. 262. A Taxa de Expediente tem como fato gerador o ingres-
so de requerimentos, papéis, ou documentos em quaisquer reparti-
SUBSEÇÃO II ções da Prefeitura para exame, apreciação ou despacho, bem como
DA INSCRIÇÃO a expedição de quaisquer atos emanados do Poder Municipal, tais
como: certidões, atestados, certificados, alvarás, averbações, au-
Art. 256. A exploração e a extração dos minerais referidos no tenticações, busca, registros e anotações, e, ainda, a extração de
artigo anterior, somente poderão fazer-se mediante prévia licença cópias reprográficas de documentos e papéis por quaisquer meios,
da Prefeitura. e outros de qualquer natureza.
§1º Não incide a taxa de apresentação ou expedição de atos em
SUBSEÇÃO III que o interessado direto sejam pessoas jurídicas de direito público
DO LANÇAMENTO ou seus órgãos e, ainda, o funcionário público municipal, desde que
o assunto seja referente a seu cargo, para instruir processo.
Art. 257. O lançamento da taxa efetuar-se-á no nome do contri- §2º Fica isento do pagamento da Taxa de Expediente bem
buinte ou responsável, na seguinte conformidade: como das demais taxas, emolumentos e custos relativos à abertura,
I - o primeiro, no ato da expedição do alvará de licença, pagos alterações cadastrais e encerramento o Microempreendedor Indivi-
os emolumentos deste e da vistoria; dual - MEI, assim definido de acordo com o §1º, do artigo 18-A, da
II - os demais, de ofício, com prazo de pagamento até 15 (quin- Lei Complementar Federal nº 123/2006. (NR)
ze) dias de janeiro de cada ano.
SUBSEÇÃO II
SUBSEÇÃO IV DA BASE DE CÁLCULO
DA BASE DE CÁLCULO
Art. 263. A taxa é exigida do requerente ou o interessado no
Art. 258. A taxa calcular-se-á à razão de 1 (um) Valor de Refe- ato municipal, de conformidade com a Tabela nº 07 (sete), anexa.
rência a que se refere o artigo 2º da Lei Federal nº 6.205/75, por
ano ou fração deste. (NR)
Art. 259. A inobservância do disposto quanto à taxa punir-se-á:
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SUBSEÇÃO III SUBSEÇÃO III


DA ARRECADAÇÃO DO LANÇAMENTO

Art. 264. A arrecadação da Taxa de Expediente é feita à boca Art. 279. O lançamento é efetuado para cada obra ou serviço
do cofre: de extensão da rede de energia elétrica.
I - por antecipação, no momento em que o pedido seja proto- Art. 280. A taxa é devida pelo proprietário, o titular do domínio
colado; útil ou possuidor a qualquer título do imóvel beneficiado, a partir
II - posteriormente, no momento em que o ato municipal seja do término da obra.
praticado, ou do recebimento pelo interessado do respectivo papel
ou documento. SUBSEÇÃO IV
§1º A taxa referente à busca, sem indicação do ano do fato é DA BASE DE CÁLCULO
exigida no ato do pedido com base em um ano, sendo a diferença
apurada cobrada por ocasião do fornecimento da respectiva certi- Art. 281. O custo da extensão será suportado integralmente
dão. pelos contribuintes lindeiros à via, na proporção da metragem cor-
§2º Nenhuma taxa será inferior ao mínimo estabelecido na ta- respondente à testada ou testadas de cada imóvel, com o acrésci-
bela anexa, mesmo no caso do documento solicitado não ter sido mo de 20% (vinte por cento) a título de administração, fiscalização,
encontrado. obedecido o seguinte critério:
I - nos imóveis intermediários será proporcional ao número de
SEÇÃO II metro de frente para a via;
DA TAXA DE LIMPEZA PÚBLICA II - nos imóveis de esquina, quando a extensão for feita somen-
te pela via fronteiriça à testada principal do imóvel, será proporcio-
Art. 265. (REVOGADO) nal aos metros lineares de testada;
Art. 266. (REVOGADO) III - nos imóveis de esquina, quando a extensão for feita somen-
Art. 267. (REVOGADO) te pela via paralela ao lado do imóvel:
Art. 268. (REVOGADO) a) proporcional a 10 (dez) metros, quando essa testada for infe-
Art. 269. (REVOGADO) rior ou igual a 30 (trinta) metros;
Art. 270. (REVOGADO) b) proporcional aos metros de que trata a alínea anterior e
mais os metros de testada que excederem a 30 (trinta) metros;
SEÇÃO III IV - nos imóveis de esquina, quando a extensão for simultane-
DA TAXA DE CONSERVAÇÃO DE VIAS E LOGRADOUROS amente, por mais de uma via fronteiriça, aplica-se o disposto nos
incisos II e III. (NR)
Art. 271. (REVOGADO)
Art. 272. (REVOGADO) SUBSEÇÃO V
Art. 273. (REVOGADO) DA ARRECADAÇÃO
Art. 274. (REVOGADO)
Art. 275. (REVOGADO) Art. 282. A Taxa de Extensão da Rede de Energia Elétrica Domi-
Art. 276. (REVOGADO) ciliar será arrecadada pelo DURSARP, em até 10 (dez) prestações de
igual valor, mensais e consecutivas, com acréscimo de 1% (um por
SEÇÃO IV cento) ao mês.
DA TAXA DE EXTENSÃO DA REDE DE ENERGIA ELÉTRICA §1º O valor de cada prestação não poderá ser inferior a 4,53%
DOMICILIAR do Valor de Referência, reduzindo-se o número de prestações em
tantas quantas forem necessárias para que seja atingido ou supe-
SUBSEÇÃO I rado esse valor.
DA INCIDÊNCIA E FATO GERADOR §2º Se o valor total apurado for inferior a 6,24% do Valor de
Referência, será pago em uma única vez. (NR)
Art. 277. A Taxa de Extensão da Rede de Energia Elétrica Domi-
ciliar tem como fato gerador a execução, pelo Município, de obras SEÇÃO V
da rede de energia elétrica em via, trecho de via ou logradouros. DA TAXA DE EXECUÇÃO DE MUROS E PASSEIOS

SUBSEÇÃO II SUBSEÇÃO I
DA INSCRIÇÃO DA INCIDÊNCIA E FATO GERADOR

Art. 278. Aproveita para o lançamento da taxa prevista nesta Art. 283. A Taxa de Execução de Muros e Passeios tem como
seção, a inscrição efetuada para lançamento da propriedade imo- fato gerador, a construção ou reconstrução, pelo Município, de pas-
biliária. seios, muros de fecho, ou ambos, no alinhamento dos imóveis, em
via ou logradouro pavimentado, após 90 (noventa) dias da intima-
ção.
§1º Não se incluem no conceito deste artigo, os muros de ar-
rimo construídos pela Prefeitura, atendendo ao interesse público
concernente à segurança.
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§2º Ficará a cargo da Prefeitura a reconstrução dos muros ou b) por complementação, quando a nova pavimentação abranja
passeios, total ou parcialmente, quando por ela danificados para parte da caixa ainda não pavimentada;
execução de serviços públicos ou ocasionados pela arborização pú- c) por substituição e complementação, quando a nova pavi-
blica. mentação abranja a totalidade da caixa, já parcialmente pavimen-
Art. 284. A incidência da Taxa de Execução de Muros e Passeios, tada por qualquer tipo de pavimentação.
não elide a cobrança da Taxa de Expediente correspondente ao for- §2º O disposto nas alíneas “b” e “c” do parágrafo anterior, apli-
necimento do alvará de alinhamento, nem o Preço Público referen- ca-se, também, no caso de alargamento de vias.
te aos demais custos para a execução do serviço. Art. 292. Considera-se obra de pavimentação:
I - a pavimentação propriamente dita da caixa das vias e logra-
SUBSEÇÃO II douros;
DA INSCRIÇÃO II - os trabalhos preparatórios, tais como:
a) terraplanagem superficial;
Art. 285. Aproveita para o lançamento da taxa a inscrição efetu- b) cortes e aterros até a altura máxima de 50 (cinquenta) cen-
ada para o lançamento da propriedade imobiliária. tímetros;
c) preparo e consolidação da base.
SUBSEÇÃO III Parágrafo Único - Considera-se serviços preparatórios da pavi-
DO LANÇAMENTO mentação:
I - a colocação de guias e feitura das sarjetas;
Art. 286. O lançamento é efetuado para cada obra executada e II - os trabalhos preparatórios, tais como:
a taxa será exigida em até 03 (três) parcelas iguais, mensais e con- a) terraplanagem superficial;
secutivas, não podendo o seu valor ser inferior a 16,00% do Valor de b) cortes e aterros até a altura máxima de 50 (cinquenta) cen-
Referência, reduzindo- se o número de parcelas em quantas forem tímetros;
necessárias para atingir ou superar esse valor. (NR) c) preparo e consolidação da base;
Art. 287. A taxa é devida pelo proprietário, o titular do domínio d) bocas de lobo e grade.
útil ou possuidor a qualquer título de imóvel beneficiado.
Art. 288. Concluídos os serviços, a Prefeitura apurará a quota SUBSEÇÃO II
de responsabilidade de cada contribuinte. DA INSCRIÇÃO

SUBSEÇÃO IV Art. 293. Aproveita para o lançamento da taxa prevista nesta


DA BASE DE CÁLCULO seção a inscrição efetuada para lançamento da propriedade imo-
biliária.
Art. 289. A base de cálculo é o custo total da obra, sendo devida
por todos os contribuintes referidos no artigo 288, proporcional- SUBSEÇÃO III
mente às metragens dos serviços executados. DO LANÇAMENTO
Parágrafo Único - Acrescentar-se-á ao custo referido neste ar-
tigo, a percentagem de 20% (vinte por cento) a título de adminis- Art. 294. O lançamento é efetuado para cada obra de pavimen-
tração. tação ou serviço preparatório executado.
Parágrafo Único - No caso de simultaneidade de execução de
SUBSEÇÃO V obra de pavimentação e serviços preparatórios, o lançamento é efe-
DA ARRECADAÇÃO tuado englobadamente.
Art. 295. A taxa é devida pelo proprietário, titular do domínio
Art. 290. A arrecadação se fará na forma e prazos fixados. útil ou o possuidor a qualquer título, de imóvel beneficiado, a partir
do término da obra de pavimentação ou de serviço preparatório.
SEÇÃO VI
DA TAXA DE PAVIMENTAÇÃO E SERVIÇOS PREPARATÓ- SUBSEÇÃO IV
RIOS DA BASE DE CÁLCULO

SUBSEÇÃO I Art. 296. O custo do serviço preparatório será suportado inte-


DA INCIDÊNCIA E FATO GERADOR gralmente pelos contribuintes lindeiros à via, trecho de via ou logra-
douros beneficiados, na proporção da metragem correspondente à
Art. 291. A Taxa de Pavimentação e Serviços Preparatórios tem testada ou testadas de cada imóvel.
como fato gerador a execução, pelo Município, de obras ou serviços Parágrafo Único - Não se incluirá no custo do serviço prepara-
de pavimentação, em vias, trechos de vias ou logradouros, no todo tório, o das guias colocadas no centro das vias e destinadas a guar-
ou em parte ainda não pavimentadas. necer canteiros, ou contornando, praças, canais e outras obras de
§1º O disposto neste artigo abrange ainda, a obra de pavimen- interesse geral.
tação executada em substituição ou complementação, ou ambos, a Art. 297. O custo da obra da pavimentação será dividido entre
outra já existente, entendendo-se: os contribuintes lindeiros à via, trecho ou logradouros beneficiados,
a) por substituição, quando a nova pavimentação abranja a to- na proporção das testadas dos respectivos imóveis, com acréscimo
talidade da caixa já totalmente pavimentada, por qualquer tipo de de 20% (vinte por cento) a título de administração.
pavimentação;
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Art. 298. O custo do serviço preparatório, será suportado inte- SUBSEÇÃO II


gralmente pelos contribuintes lindeiros à via, trecho de via ou logra- DA INSCRIÇÃO
douro beneficiados, na proporção da metragem correspondente à
testada ou testadas de cada imóvel. Art. 307. (REVOGADO)
Parágrafo Único - Não se incluirá no custo do serviço prepara-
tório, o das guias colocadas no centro das vias e destinadas a guar- SUBSEÇÃO III
necer canteiros, ou contornando, praças, canais e outras obras de DO LANÇAMENTO
interesse geral. (NR)
Art. 299. O custo da obra da pavimentação será dividido entre Art. 308. (REVOGADO)
os contribuintes lindeiros à via, trecho ou logradouro beneficiados, Art. 309. (REVOGADO)
na proporção das testadas dos respectivos imóveis, com o acrésci- Art. 310. (REVOGADO)
mo de 20% (vinte por cento) a título de administração. (NR) Art. 311. (REVOGADO)
Art. 300. Na substituição de pavimentação como definida no Art. 312. (REVOGADO)
artigo 293, parágrafo primeiro, alínea “a”, o custo da pavimentação
nova será suportado pelos contribuintes lindeiros, na forma do ar- SUBSEÇÃO IV
tigo anterior, deduzido o custo já lançado da pavimentação antiga DA BASE DE CÁLCULO
qualquer que seja o seu tipo.
Parágrafo único – Não obsta o lançamento utilização da pavi- Art. 313. (REVOGADO)
mentação anterior como base. (NR)
Art. 301. Na complementação de pavimentação como definida
no artigo 293, parágrafo primeiro, alínea “b”, o custo da pavimenta- SUBSEÇÃO V
ção nova será suportado pelos contribuintes lindeiros na proporção DA ARRECADAÇÃO
das testadas de seus imóveis. (NR)
Art. 302. Na substituição e complementação, como definida no Art. 314. (REVOGADO)
artigo 293, parágrafo primeiro, alínea “c”, o custo da pavimentação
nova será suportado pelos contribuintes lindeiros, deduzido o custo SEÇÃO VIII
já lançado pela pavimentação parcial anterior qualquer que seja o DA TAXA DE ILUMINAÇÃO DE LOGRADOUROS PÚBLICOS
seu tipo.
Parágrafo único – Não obsta o lançamento a utilização da pavi- SUBSEÇÃO I
mentação anterior, qualquer que seja o seu tipo, como base. (NR) DO FATO GERADOR E DA INCIDÊNCIA
Art. 303. Na execução de pavimentação em apenas um lado da
via, trecho da via ou logradouro, ou ainda, quando se tratar de pista Art. 315. (REVOGADO)
dupla, e, a pavimentação abranja apenas uma das pistas, o custo
será suportado pelos contribuintes lindeiros à via, de acordo com o SUBSEÇÃO II
disposto nesta seção. (NR) DA INSCRIÇÃO

SUBSEÇÃO V Art. 316. (REVOGADO)


DA ARRECADAÇÃO
SUBSEÇÃO III
Art. 304. Não será considerada obra de pavimentação, para DO LANÇAMENTO E ISENÇÕES
qualquer efeito desta lei, os serviços executados com material síli-
co-argiloso ou simples apedregulhamento. (NR) Art. 317. (REVOGADO)
Parágrafo Único. O valor de cada parcela não poderá ser infe- Art. 318. (REVOGADO)
rior a 6,24% do Valor de Referência, reduzindo-se o número de par-
celas, se necessário, para manter esse valor mínimo. (NR) SUBSEÇÃO IV
Art. 305. Da apuração dos custos da pavimentação ou do ser- DA BASE DE CÁLCULO E ARRECADAÇÃO
viço preparatório, ou ambos, será afixado Edital contendo o custo
total da obra, os nomes dos contribuintes lindeiros sujeitos à tribu- Art. 319. (REVOGADO)
tação, as metragens de frente, o valor médio por metro linear e o Art. 320. (REVOGADO)
total de cada unidade beneficiada. (NR)
SEÇÃO IX
SEÇÃO VII DA TAXA DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIO E SALVAMENTO
DA TAXA DE CONSERVAÇÃO DE ESTRADAS MUNICIPAIS
SUBSEÇÃO II
SUBSEÇÃO I DO FATO GERADOR E DA INCIDÊNCIA
DA INCIDÊNCIA E FATO GERADOR
Art. 321. (REVOGADO)
Art. 306. (REVOGADO)

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SUBSEÇÃO II e) supressão de vegetação nativa necessária para a construção


DA INSCRIÇÃO ou ampliação das residências unifamiliares populares de que trata a
alínea anterior, não podendo a supressão exceder a 125,00m² (cen-
Art. 322. (REVOGADO) to e vinte e cinco metros quadrados);
f) projetos e planos habitacionais de interesse social realizados
SUBSEÇÃO III por companhias habitacionais cujo controle acionário pertença ao
DO LANÇAMENTO E ISENÇÕES poder público. (NR)

Art. 323. (REVOGADO) SUBSEÇÃO II


Art. 324. (REVOGADO) DO LANÇAMENTO E DA BASE DE CÁLCULO

SUBSEÇÃO IV Art. 326-B. A Taxa de Análise e Licenciamento Ambiental será


DA BASE DE CÁLCULO fixada pelo órgão ambiental competente, em razão dos custos des-
Art. 325. (REVOGADO) pendidos para sua manifestação;
§1º A Taxa de Análise e Licenciamento Ambiental para expedi-
SUBSEÇÃO V ção das licenças ambientais prévias, de instalação e de operação e
DA ARRECADAÇÃO das licenças específicas serão cobradas separadamente.
Art. 326. (REVOGADO) §2º O requerente efetuará o recolhimento do valor apurado
previamente à obtenção dos serviços requeridos, anexando o res-
SEÇÃO X pectivo comprovante ao pedido de licença ou de serviços.
DA TAXA DE ANÁLISE E LICENCIAMENTO AMBIENTAL (NR) §3º Nos casos em que, após o protocolo do pedido, verificar-
-se que o tipo, porte ou complexidade do empreendimento não foi
SUBSEÇÃO I auferido corretamente, será exigida a diferença do valor apurado,
DA INCIDÊNCIA E FATO GERADOR (NR) antes da emissão do documento solicitado.
§4º A Taxa de Análise e Licenciamento Ambiental deverá ser
Art. 326-A. Todos os requerimentos que tiverem por objeto a recolhida para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, atendido
análise e manifestações técnicas, a concessão de autorização e de o disposto no artigo 11, da Lei Complementar 101, de 04 de maio
licença ambiental, em qualquer de suas modalidades, ficam sujeitas de 2000. (NR)
ao pagamento da Taxa de Análise e Licenciamento Ambiental. Art. 326-C. Nos casos de licenciamentos cuja competência es-
Parágrafo Único - O pagamento da Taxa de que trata o “caput” teja afeta ao Estado ou à União, em que o Município deva emitir
deste artigo será dispensado, atendido o disposto no artigo 14, da análise e parecer técnicos, cabe ao empreendedor arcar com a Taxa
Lei Complementar 101, de 04 de maio de 2000, nas seguintes hi- de Análise e Licenciamento Ambiental. (NR)
póteses: Art. 326-D. O arquivamento do procedimento de licenciamento
1. quando forem executadas por: ambiental, bem como o indeferimento por ausência de pressupos-
a) a administração pública direta, autarquias e fundações públi- tos legais, não implica a devolução dos valores recolhidos. (NR)
cas da União, dos Estados e dos Municípios; Art. 326-E. A Taxa de Análise e Licenciamento Ambiental será
b) as entidades sem fins lucrativos que tenham por finalidade a calculada conforme a fórmula a seguir:
promoção da saúde, da educação, da promoção ou assistência so- I - A Taxa de Análise referente ao Licenciamento das atividades
cial ou da proteção ambiental, desde que reconhecidas de utilidade relacionadas no Quadro I, é estabelecida com a seguinte fórmula:
pública pelo município; T = N x IC x QHA x HT
2. quando tiverem por objeto os seguintes empreendimentos, T = Taxa cobrada em reais
obras ou atividades: N = Número de Técnicos envolvidos na Análise
a) recomposição de vegetação em áreas de preservação per- QHA - Quantidade Mínima prevista de Horas Despendidas para
manente e em áreas degradadas, desde que executados voluntaria- Análise, conforme Quadro I
mente, sem vinculação com processo de licenciamento, nem decor- IC = Índice de Complexidade - Quadro I
rentes de imposição administrativa; HT - Valor Hora Técnica - conforme Portaria 09/2009.
b) obras para proteção de recursos hídricos e para desocupa- II – (REVOGADO)
ção e recuperação de áreas degradadas e de áreas de risco; III – (REVOGADO)
c) corte e queima de culturas agrícolas para fins de controle IV – (REVOGADO)
fitossanitário, desde que a necessidade esteja atestada pela Secre- V - O custo da análise será calculado conforme fórmula mencio-
taria de Agricultura e Abastecimento ou decorra de exigência legal nada no item I, considerando a quantidade de horas técnicas.
específica; VI – (REVOGADO)
d) construção, ampliação ou regularização de residência uni- VII - O valor da Taxa de Análise e Licenciamento Ambiental para
familiar popular, com área construída total de até 60m² (sessenta a Licença de Instalação corresponde a 40% do valor da análise do
metros quadrados), decorrente de projeto elaborado sob responsa- documento que possibilitou a concessão da Licença Prévia, sendo
bilidade técnica de órgão municipal, desde que o interessado não o mesmo percentual aplicado para a Licença de Operação. Nos ca-
possua outro imóvel, não tenha licença similar nos últimos 5 (cinco) sos de LI ou LO fracionadas, este valor incidirá sobre cada licença
anos e sua renda familiar não exceda a 5 (cinco) salários mínimos; solicitada.

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VIII - A Taxa de Análise e Licenciamento Ambiental a ser exi- CD = Complexidade Definida a ser apresentada e fundamenta-
gida para as concessões de renovações de licenças, autorizações, da pela equipe multidisciplinar
certidões e demais documentos emitidos, será fixada com base na QHP - Quantidade de Horas Previstas
seguinte fórmula: HT - Valor Hora Técnica - conforme Portaria 09/2009. (NR)
T = 0,5 x L onde:
L = Valor da Taxa de Análise e Licenciamento Ambiental do do- QUADRO I (NR)
cumento a ser renovado. (NR)
Art. 326-F. A Taxa de Análise referente a pareceres técnicos e LISTA DE ATIVIDA- ÍNDICE DE COM- QUANTIDADE MÍ-
certidões expedidas, relacionadas no Quadro II, é estabelecida com DES PLEXIDADE NIMA DE HORAS
a seguinte fórmula: PREVISTAS PARA
T = N x NC x QHA x HT ANÁLISE
T = Taxa cobrada em reais
N = Número de Técnicos envolvidos na Análise 1 - Alimentos:
QHA - Quantidade Mínima prevista de Horas Despendidas para 1.1 - Fabricação 2,0 10,0
Análise, conforme Quadro II de sorvetes
NC = Nível de Complexidade - Quadro II
1.2 - Fabricação 1,5 6,0
HT - Valor Hora Técnica - conforme Portaria 09/2009. (NR)
de biscoitos e bola-
Art. 326-G. A Taxa de Análise Técnica e emissão de autorização
chas
de supressão de vegetação, intervenção em área de preservação
permanente e intervenção em área de várzea, é estabelecida com 1.3 - Fabricação 1,5 6,0
a seguinte fórmula: de massas alimentí-
T = N x NC x QHA x HT cias
T = Taxa cobrada em reais 2 - Têxteis:
N = Número de Técnicos envolvidos na Análise
QHA - Quantidade Mínima prevista de Horas Despendidas para 2.1- Fabricação 1,5 6,0
Análise, conforme Quadro III de artefatos têxteis
NC = Nível de Complexidade - Quadro III a partir de tecidos,
HT - Valor Hora Técnica - conforme Portaria 09/2009. (NR) exclusive vestiários
Art. 326-H. A Taxa de Análise e emissão de autorização para 2.2 - Fabricação 2,0 10,0
corte de árvores isoladas em área urbana e de expansão urbana, é de tecidos de ma-
estabelecida conforme a seguinte fórmula: lha.
T = N x NC x QHA x HT 2.3 - Fabricação 1,0 6,0
T = Taxa cobrada em reais de acessórios do
N = Número de Técnicos envolvidos na Análise vestuário
NC = Nível de Complexidade - Quadro IV
QHA - Quantidade Mínima prevista de Horas Despendidas para 3 - Calçados:
Análise, conforme Quadro IV 3.1- Fabricação 2,0 10,0
HT - Valor Hora Técnica - conforme Portaria 09/2009. (NR) de tênis de qual-
Art. 326-I. A Taxa de Análise e Licenciamento Ambiental refe- quer material
rente às atividades para as quais seja exigida a apresentação de
3.2 - Fabricação 2,0 10,0
RARAM - Relatório de Análise de Riscos Ambientais, nos moldes da
de calçados de plás-
Lei Complementar nº 1616/04 é estabelecida conforme a seguinte
tico
fórmula:
T = N x CD x QHP x HT 3.3 - Fabricação 2,0 10,0
T = Taxa cobrada em reais de calçados de ou-
N = Número de Técnicos envolvidos na Análise tros materiais
CD = Complexidade Definida a ser apresentada e fundamenta- 4 - Madeira:
da pela equipe multidisciplinar
QHP - Quantidade de Horas Previstas 4.1 - Fabricação 2,0 10,0
HT - Valor Hora Técnica - conforme Portaria 09/2009. de esquadrias de
Parágrafo Único - Na definição do nível de complexidade, de- madeira, venezia-
nominada como CD - Complexidade Definida, serão observados os nas e de peças de
riscos potenciais ou efetivos aos meios físico, biológico e antrópico. madeira para insta-
(NR) lações industriais e
Art. 326-J. A Taxa de Análise e Licenciamento Ambiental refe- comerciais
rente às atividades para atividades não relacionadas na presente Lei 4.2 - Fabricação 2,0 10,0
é estabelecida conforme a seguinte fórmula: de outros artigos de
T = N x CD x QHP x HT carpintaria
T = Taxa cobrada em reais
N = Número de Técnicos envolvidos na Análise
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4.3 - Fabrica- 2,0 10,0 7.1 - Fabricação 2,0 10,0


ção de artefatos de de embalagens de
tanoaria e embala- plásticos
gens de madeira 7.2 - Fabricação 2,0 10,0
4.4 - Fabrica- 1,5 6,0 de artefatos diver-
ção de artefatos sos de material plás-
diversos de madei- tico. (ver 3.2)
ra, palha, cortiça e 8 - Metais /Ser-
material trançado, ralheria:
exclusive móveis
8.1 - Fabricação 2,0 10,0
5 - Móveis: de esquadrias de
5.1 - Fabrica- 2,0 10,0 metal, não associa-
ção de móveis com da ao tratamento
predominância de superficial de me-
madeira tais
5.2 - Fabrica- 2,0 10,0 8.2 - Produção 2,0 10,0
ção de móveis com de artefatos estam-
predominância de pados de metal, não
metal associada à fundi-
5.3 - Fabricação 2,0 10,0 ção de metal
de móveis de outros 8.3 - Fabrica- 2,0 10,0
materiais ção de artigos de
5.4 - Fabricação 1,5 6,0 serralheria, exclusi-
de colchões, sem ve esquadrias, não
espumação associadas ao tra-
tamento superficial
6 - Papel, Pape- de metais
lão, Impressão
9 - Borracha:
6.1 - Fabrica- 2,0 10,0
ção de artefatos de 9.1 - Fabricação 2,0 10,0
papel, papelão, car- de artefatos diver-
tolina e cartão para sos de borracha,
escritório exceto pneumáticos

6.2 - Fabricação 2,0 10,0 9.2 - Recon- 2,0 10,0


de fitas e formulá- dicionamento de
rios contínuos im- pneumáticos
pressos ou não 10 - Construção
6.3 - Fabricação 2,0 10,0 Civil:
de outros artefatos 10.1 - Fabrica- 2,0 10,0
de pasta, papel, pa- ção de artefatos de
pelão, cartolina e cimento para uso na
cartão construção civil.
6.4 - Edição, 2,0 10,0 10.2 - Apare- 2,0 10,0
edição e impressão lhamento e outros
de produtos, exceto trabalhos em pe-
jornais, revistas e dras (não associado
livros à extração).
6.5 - Impressão 2,0 10,0 11 - Máquinas e
de material para Computadores:
uso escolar e de
material para usos
industrial, comercial
e publicitário
7 - Plásticos.

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11.1 - Fabrica- 14.3 - Fabrica- 2,0 10,0


ção de máquinas de ção de escovas, pin-
escrever e calcular, céis e vassouras
copiadoras e outros 14.4 - Lavande- 2,0 10,0
equipamentos não rias, tinturarias, ho-
eletrônicos, inclusi- téis e similares que
ve peças para escri- queimem combustí-
tórios vel sólido ou líquido
1,5 6,0 14.5 - Reemba- 1,5 6,0
11.2 - Fabrica- lagem de produtos
ção de máquinas de acabados, exceto
escrever e calcular, produtos químicos
copiadoras e outros 15 - Transpor-
equipamentos ele- tes
trônicos destinados
à automação ge- 15.1 - Constru- 2,5 10,0
rencial e comercial ção e Ampliação de
inclusive peças Pontes
1,5 6,0 15.2 - Recupe- 3,0 15,0
ração de aterros e
11-3 - Fabrica- 1,5 6,0 contenção de en-
ção de computado- costas
res.
15.3 - Rodo- 4,0 20,0
11.4 - Fabrica- 1,5 6,0 via intramunicipal
ção de equipamen- quando se tratar de
tos periféricos para duplicação
máquinas eletrôni-
cas para tratamento 15.4 - Abertura 4,0 20,0
de informações e prolongamento de
vias intramunicipais
12 - Joalheria e
Pedras Preciosas: 15.5 - Prolonga- 3,0 15,0
mento de avenidas
12.1 - Lapida- 1,5 6,0
ção de pedras pre- 15.6 - Pavimen- 2,0 10,0
ciosas e semiprecio- tação de estradas
sas vicinais existentes,
de ocupação urbana
12.2 - Fabrica- 1,5 6,0 consolidada
ção de artefatos de
joalheria e ourive- 15.7 - Recupe- 2,5 10,0
saria ração de estradas
vicinais e obras de
13 - Edição de 1,5 6,0 arte
Disco, Fitas e outros
Materiais Gravados 15.8 - Ramal 3,0 15,0
ferroviário intramu-
14 - Outros: nicipal
14.1 - Fabrica- 2,0 10,0 15.9 – Corredor 3,0 15,0
ção de geradores de de transporte urba-
corrente contínua no
ou alternada, inclu-
sive peças 15.10 - Termi- 4,0 20,0
nal rodoviário
14.2 - Fabrica- 2,0 10,0
ção de aparelhos e 15.11 - Aeró- 2,5 12,0
utensílios para cor- dromo civil privado
reção de defeitos fí- ou heliponto
sicos e aparelhos or- 16 - Dutos
topédicos em geral

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16.1 - Oleodu- 4,0 20,0 17.12 – Unida- 2,0 10,0


tos/gasodutos intra- de de reciclagem de
municipal resíduos sólidos do-
16.2 - Estação 2,0 10,0 mésticos
de compressão e 17.13 - Ecopon- 2,0 10,0
descompressão de to (ponto de recebi-
gás mento de resíduos
17 - Obras de sólidos inertes e re-
Saneamento cicláveis)

17.1 - Reserva- 2,0 10,0 18 - Projetos de


tórios, estações ele- Lazer
vatórias e estações 18.1 - Parques 4,0 20,0
de tratamento de temáticos e de lazer,
água complexos turísti-
17.2 - Adutoras 2,0 10,0 cos, hoteleiros e au-
de água tódromos

17.3 - Coletores 2,0 10,0 19 - Atividades


tronco e linhas de diversas
recalque de siste- 19.1 - Parcela- 1,5 6,0
mas de esgotos sa- mentos do solo para
nitários fins de empreendi-
17.4 - Estações 2,0 10,0 mentos industriais,
elevatórias de es- residenciais e resi-
gotos denciais mistos (Di-
retrizes)
17.5 – Canali- 3,0 15,0
zação de córregos, 19.2 - Linhas 2,0 10,0
com extensão infe- de transmissão de
rior a 05 km energia elétrica in-
tramunicipais
17.6 - Projetos 3,0 15,0
de macro e micro- 19.3 – subesta- 2,0 10,0
drenagem ções de energia elé-
trica, de pequeno
17.7 - Aterros 4,0 20,0 porte e área inferior
de resíduos sólidos a 10.000 m2
inertes
19.4 - Desmon- 2,0 10,0
17.8 – Barra- 3,0 15,0 te de Rochas com
mentos, com área uso de explosivos,
inundada inferior a exceto pedreiras
20 ha
20 - Atividades
17.9 – Desas- 2,0 10,0 previstas no artigo
soreamento de cór- 45 da Lei Comple-
regos e lagos, com mentar nº 1616/04
volume de sedimen-
to inferior a 500.000 20.1 - Transpor- 3,0 15,0
m3 te, armazenamento
e comércio de pro-
17.10 - Estação 2,0 10,0 dutos tóxicos e pe-
de separação, trans- rigosos.
bordo e reciclagem
de resíduos da cons- 20.2 - Clubes e 2,0 10,0
trução civil afins.

17.11 - Usina de 2,0 10,0 20.3 - Poços tu- 2,0 10,0


reciclagem de resí- bulares profundos
duos da construção e demais formas de
civil; exploração de re-
cursos hídricos.

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20.4 - Escava- 2,0 10,0 ANÁLISE TÉCNICA NÍVEL DE COM- QUANTIDADE MÍ-
ção e desmonte de OU CERTIDÃO DE PLEXIDADE NIMA DE HORAS
rocha. ANUÊNCIA PARA PREVISTAS PARA
20.5 - Movi- 2,0 10,0 AUTORIZAÇÃO DE ANÁLISE
mentação de terra SUPRESSÃO DE
em áreas superiores VEGETAÇÃO; PARA
a 1.000 m2 e/ou vo- INTERVENÇÃO EM
lume superior a 50 ÁREA DE PRESER-
m3 por dia. VAÇÃO PERMA-
NENTE E PARA
20.6 - Projetos 4,0 20,0 INTERVENÇÃO EM
de implantação e VÁRZEA
operação de cemi-
térios e/ou crema- Área da pro- 1,0 4,0
tórios priedade menor
que 1.000 m²
QUADRO II (NR) Área da pro- 1,0 8,0
priedade entre
1.000 a 5.000 m²
ANÁLISES DIVER- NÍVEL DE COM- QUANTIDADE MÍ-
SAS PLEXIDADE NIMA DE HORAS Área da pro- 1,0 12,0
PREVISTAS PARA priedade entre
ANÁLISE 5.000 a 10.000 m²
Certidão de Ati- 1,0 6,0 Área da pro- 1,0 16,0
vidade/Ambiental priedade acima de
10.000 m²
Certidão de 1,0 4,0
Anuência
QUADRO IV (NR)
Análise Técnica 1,0 6,0
de eventos festivos Taxa para Análise para corte de árvores isoladas
Análise Técni- 1,0 4,0
ca para isenção de ANÁLISE TÉCNICA NÍVEL DE COM- QUANTIDADE MÍ-
IPTU PARA AUTORIZA- PLEXIDADE NIMA DE HORAS
Parecer técnico 1,0 2,0 ÇÃO DE EXTRA- PREVISTAS PARA
quanto a pedidos de ÇÃO DE EXEMPLA- ANÁLISE
uso de espaços pú- RES ARBÓREOS
blicos em parques ISOLADOS
municipais, praças e Acima de 05 ár- 1,5 2,0
jardins vores até 15 árvores
Certificado de 1,0 4,0 Acima de 15 ár- 1,5 4,0
Destinação de Resí- vores até 30 árvores
duos Sólidos
Acima de 30 ár- 1,5 6,0
QUADRO III (NR) vores
Taxa para Análise de Atividades e emissão de autorização em
Empreendimentos que impliquem em Supressão de Vegetação em CAPÍTULO VIII
área urbana e de expansão urbana e Intervenção em Áreas dentro DA CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
e fora de APP.
SEÇÃO ÚNICA
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 327. (REVOGADO)


Art. 328. (REVOGADO)
Art. 329. (REVOGADO)
Art. 330. (REVOGADO)
Art. 331. (REVOGADO)
Art. 332. (REVOGADO)
Art. 333. (REVOGADO)
Art. 334. (REVOGADO)
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Art. 335. (REVOGADO) V - De receitas diversas, provenientes de:


Art. 336. (REVOGADO) a) multas por infrações à lei, regulamentos, contratos, convê-
Art. 337. (REVOGADO) nios, multas de mora, correção monetária e juros;
Art. 338. (REVOGADO) b) receita de exercício anterior;
Art. 339. (REVOGADO) c) dívida ativa;
Art. 340. (REVOGADO) d) outras receitas diversas. (NR)
Art. 341. (REVOGADO) Art. 351. Na efetivação das receitas referidas neste Capítulo,
Art. 342. (REVOGADO) quando dependam da atividade do Poder Público para a sua conse-
Art. 343. (REVOGADO) cução, aplica-se, quando couber, as mesmas regras estipuladas para
Art. 344. (REVOGADO) os tributos, no que concerne à apuração, lançamento, cobrança e
Art. 345. (REVOGADO) arrecadação.
Art. 346. (REVOGADO)
Art. 347. (REVOGADO) CAPÍTULO II
Art. 348. (REVOGADO) DOS PREÇOS PÚBLICOS

TÍTULO II Art. 352. Os preços públicos serão cobrados pelos serviços de


DAS RENDAS qualquer natureza, prestados pelo Município, pelo uso de bens pú-
blicos, ou pelo fornecimento de utilidades produzidas ou não por
Art. 349. As rendas se constituem de receitas que dependem este, e não especificamente incluídos nesta lei como taxas.
ou não da atividade do Poder Público Municipal. §1º Para a fixação de preços, observar-se-á:
§1º A expressão “rendas” referida neste artigo é termo gené- a) quando em regime de monopólio, o custo unitário;
rico e abrange: b) quando em regime de livre concorrência, os preços de mer-
a) outras receitas; cado.
b) preços públicos. Art. 353. Quando não for possível a obtenção do custo unitário
§2º A expressão “outras receitas” referida na alínea “a” do pa- para a fixação do preço, será considerado o custo total do serviço
rágrafo anterior, independem da classificação específica prevista na verificado no último exercício, a flutuação nos preços de aquisição,
lei reguladora dos orçamentos públicos. dos fatores de produção do serviço e, o volume de serviço prestado
e a prestar.
CAPÍTULO I §1º O volume do serviço será medido conforme o caso, pelo
DAS OUTRAS RECEITAS número de utilidades produzidas ou fornecidas, pela média de usu-
ários atendidos e outros elementos pelos quais se possa apurá-los.
Art. 350. Outras receitas se constituem: §2º O custo total compreenderá custo de produção, manuten-
I - Da receita patrimonial provenientes de: ção e administração do serviço e bem assim as reservas para recu-
a) receita imobiliária, tais como: condomínio, foros, arrenda- peração do equipamento e expansão do serviço.
mento e aluguéis; Art. 354. Fica o Poder Executivo autorizado a fixar os preços
b) receita de capitais; dos serviços até o limite da recuperação do custo total; além deste
c) outras receitas patrimoniais; limite a fixação dependerá de lei.
II - De receita industrial proveniente de: Art. 355. Os serviços públicos municipais quando concedidos,
a) receitas de serviços públicos; terão os critérios de fixação de preços estabelecidos no ato da con-
III - De transferências correntes provenientes de: cessão.
a) cota-parte do Imposto Sobre a Propriedade Rural; Art. 356. Os preços públicos se constituem:
b) produto de Arrecadação do Imposto sobre Rendas e proven- §1º Dos serviços de natureza industrial, comercial e civil, pres-
tos de qualquer natureza que de acordo com a Lei Federal o Mu- tados pelo Município, em caráter de empresa e susceptíveis de se-
nicípio é obrigado a reter como fonte pagadora de rendimento do rem explorados por empresas privadas:
trabalho e dos títulos de sua dívida pública; a) (REVOGADA)
c) cota-parte do Fundo de Participação dos Municípios; b) roçagem e limpeza, inclusive extinção de formigueiros e reti-
d) cota-parte dos impostos relativos a combustíveis, lubrifican- rada de entulhos de terreno;
tes, energia elétrica e operações sobre minerais do país; c) escavações, aterro, terraplanagem, inclusive os destinados à
e) cota-parte de impostos estaduais ou da União provenientes regularização de loteamentos.
de transferências de encargos de arrecadação, para assegurar pro- §2º Da utilização de serviço público municipal, como contra-
gramas de investimentos e serviços públicos; prestação de caráter individual, ou de unidade de fornecimento:
f) cota-parte ou reembolso proveniente ou não de convênio a) fornecimento de plantas, projetos, placas, cópias fotográfi-
com o Estado ou a União, para assegurar programas de investimen- cas, heliográficas, mimeografadas e semelhantes;
tos e serviços públicos e de contribuições diversas; b) fornecimento de alimentação ou vacinas a animais apreen-
g) participação no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e didos ou não;
Serviços; c) prestação de serviços técnicos, tais como: demarcação e
IV - De receitas de capital, provenientes de: marcação de áreas de terreno, avaliação de propriedade imobiliária
a) alienação de seu patrimônio; e vacinação de animais.
b) transferência de capital; §3º Do uso de bem ou serviço público, a qualquer título os que:
c) auxílios diversos; a) utilizarem áreas pertencentes ao Município;
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b) utilizarem áreas de domicílio público; TÍTULO II


c) utilizarem espaços próprios municipais a título de débito ou DO PROCESSO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA ADMINISTRATI-
guarda de animais, objetos, mercadorias, veículos apreendidos. VA
(NR)
Art. 357. A enumeração referida nos parágrafos ao artigo ante- CAPÍTULO I
rior é meramente exemplificativa, podendo ser incluída ao sistema DO INÍCIO DO PROCESSO
de preços, serviços de natureza semelhantes, prestados pelo Mu-
nicípio. Art. 362. O Processo Fiscal será iniciado:
Art. 358. O não pagamento dos débitos resultantes do forneci- I - por auto de infração ou procedimento de ofício da Adminis-
mento de utilidades produzidas ou do uso das instalações de bens tração, quando dispensada àquele;
públicos, em razão da exploração direta de serviços municipais acar- II - por petição do contribuinte ou interessado, reclamando
retará, decorridos os prazos regulamentares, a suspensão do uso. contra lançamento do tributo ou do ato administrativo dele decor-
Parágrafo Único - A suspensão do uso de que trata este artigo é rente.
aplicável, também, nos casos de infrações outras, praticadas pelos
usuários, previstos em normas de polícia administrativa, ou regula- CAPÍTULO II
mento específico. DO AUTO DE INFRAÇÃO
Art. 359. Aplicam-se aos preços, no tocante a lançamento, co-
brança, pagamento, restituição, fiscalização, domicílio, obrigações Art. 363. Verificada a infração de dispositivo desta lei ou regu-
acessórias, dos usuários, dívida ativa, penalidades e processo fiscal, lamento, lavrar-se-á auto de infração.
as mesmas disposições da presente lei com relação aos tributos. §1º A lavratura do auto será fundamentado com o termo de
início de ação fiscal ou apreensão, quando estes forem exigidos na
LIVRO III forma regulamentar.
DO PROCESSO FISCAL §2º O auto conterá todos os elementos indispensáveis à iden-
tificação do contribuinte, discriminação clara e precisa do fato e
TÍTULO I indicação dos dispositivos infringidos, dele fornecendo cópia ao
DISPOSIÇÕES GERAIS contribuinte.
§3º As omissões ou irregularidades no auto não importarão em
Art. 360. Este livro regula o Processo Fiscal Administrativo em nulidade do processo, quando deste constarem elementos suficien-
questão de interesse da Fazenda Municipal. tes para determinar com segurança, a infração, o infrator e as falhas
§1º No processo fiscal, devem ser observados os trâmites pre- não constituírem vício insanável.
vistos nesta lei e não fica sujeito a custas de qualquer natureza Art. 364. Da lavratura do auto, intimar-se-á o autuado para to-
exceto a taxa de expediente e preços públicos previstos nesta lei, dos os atos do processo, inclusos os tendentes à regularização da
quando couber. situação fiscal, que deverá ser efetivada no prazo de 30 (trinta) dias,
§2º Considerada definitiva a decisão ou julgamento, o prazo se não previsto por esta lei prazo diverso.
para pagamento do tributo devido, ou da quantia da condenação Parágrafo Único. A intimação prevista neste artigo, é feita pela
é de 30 (trinta) dias, contados na notificação direta ao contribuinte repartição competente, quando:
ou da data em que a lei considera esta notificação, observado o a) o auto for lavrado em decorrência de diligência fiscal fora do
disposto no artigo 41, parágrafo único, findo o qual o débito será estabelecimento do autuado;
inscrito em Dívida Ativa. b) o auto for lavrado em decorrência de iniciativa de ofício da
§3º No caso de decisão ou julgamento antes de decorrido o repartição competente ou quando dispensado este na forma do ar-
prazo fixado para pagamento do tributo, observar-se-á o disposto tigo seguinte.
no parágrafo anterior, se o período entre a data da notificação e o Art. 365. Poderá ser dispensado o auto de infração, quando os
prazo fixado for inferior a 30 (trinta) dias, caso contrário, não será elementos desta, puderem ser apurados por procedimento regular
concedido novo prazo devendo o tributo ser pago no prazo fixado ou ato próprio da Administração com base nos elementos que pos-
originariamente. suir os quais evidenciam a infração.
Art. 361. Se o contribuinte, conformando-se com o processo Parágrafo Único - Se dispensado o auto, o próprio aviso-recibo
fiscal, solicitar parcelamento de débito ou efetuar o recolhimento de cobrança de multa terá o efeito de intimação.
dentro do prazo assinalado para defesa em 1ª Instância, será a res- Art. 366. A documentação para regularização da situação fis-
pectiva multa reduzida de 50% (cinquenta por cento). cal, apresentada fora do prazo, somente será aceita após prova pelo
Parágrafo Único. Apresentada, no prazo legal, a defesa em 1ª contribuinte do pagamento de multa a que tenha incorrido, dispen-
Instância, a multa sofrerá redução de 30% (trinta por cento) a partir sado o auto de infração na forma do artigo anterior.
do 31º (trigésimo primeiro) dia, contados da data da notificação do
Auto de Infração e imposição de multa, até o prazo estabelecido no
artigo 147. (NR)

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CAPÍTULO III
DA RECLAMAÇÃO CONTRA LANÇAMENTO

Art. 367. (REVOGADO)

TÍTULO III
DO PROCESSO EM SEGUNDA INSTÂNCIA ADMINISTRATIVA

CAPÍTULO ÚNICO

Art. 368. (REVOGADO)

TÍTULO IV
DO PROCESSO RELATIVO ÀS DEMAIS QUESTÕES TRIBUTÁRIAS

Art. 369. As reclamações e recursos sobre as demais questões tributárias, seguirão o mesmo trâmite disposto neste livro obedecidos
os mesmos prazos e regras nele estabelecidos.

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 370. Salvo disposição em contrário, todos os prazos fixados nesta lei, contam-se por dias decorridos, excluído o do início e incluído
o do vencimento, mas se o término recair em dia considerado não útil para o Órgão Administrativo, será o vencimento prorrogado para o
primeiro dia útil que se seguir.
Art. 371. O exercício para os efeitos desta lei, corresponderá ao ano civil.
Art. 372. Ficam aprovadas as Tabelas de nºs 01 a 07, anexas à presente lei, da qual passam a fazer parte integrante para os efeitos
nela previstos.
Art. 373. O aviso-recibo de débito terá efeito de notificação de lançamento, exceto no caso previsto no parágrafo único do artigo 305.
Art. 374. (REVOGADO)
Art. 375. (REVOGADO)
Art. 376. O lançamento de tributos ou preços públicos efetuados por exercício, e, referentes, a exercícios anteriores, ou oriundos de
revisão de lançamentos já efetivados se fará em única parcela.
Art. 377. Na execução de obras públicas susceptíveis de cobrança de tributo a título de Contribuição de Melhoria para a sua arrecada-
ção, o Executivo regulamentará as disposições contidas no Capítulo VIII, Título I, do Livro II, não estando sujeitas à tributação àquele título,
as obras cujos lançamentos são previstos nesta lei como taxas.
Art. 378. Das certidões relativas à situação de qualquer imóvel constarão sempre os débitos referentes a taxas ainda que não exigível,
circunstância essa que também deverá ser declarada na certidão.
Art. 379. Verificando-se a alienação de imóvel já lançado, a responsabilidade pelo débito fiscal transferir-se-á para o adquirente, salvo
se este for a União, Estado ou Município, inclusive este, caso em que se vencerão antecipadamente todas as prestações respondendo por
elas o alienante.
Art. 380. Os contribuintes que tenham interesse no esclarecimento de dúvidas matéria tributária, poderão submetê-la à Prefeitura,
mediante requerimento protocolado e pagamento da taxa de expediente relativa à consulta.
Parágrafo Único - Durante o período em que o contribuinte estiver amparado por consulta, não poderá ser instaurado procedimento
fiscal contra o mesmo, relativamente à hipótese consultada.
Art. 381. As respostas às consultas:
I - dar-se-ão dentro do prazo de 60 (sessenta) dias da sua entrada no Protocolo, prorrogáveis a critério da Administração, por igual
prazo;
II - não terão caráter normativo, vinculando-se apenas ao caso específico do consultante.
Art. 382. Para efeito de cobrança de tributos entender-se-á como Valor de Referência aplicável aquele a que se refere o artigo 2º da
Lei Federal nº 6.205/75, vigente em 31 de dezembro do exercício anterior ao da incidência tributária. (NR)
Art. 383. Nos casos omissos do presente Código serão aplicados supletivamente, as disposições constitucionais e legais dispostas pela
União para os casos da espécie.
Art. 384. O Executivo expedirá decretos regulamentando a aplicação deste Código e disciplinando as incidências tributárias, nos casos
em que necessária a alteração dos regulamentos vigentes. (NR)
Art. 385. Revogam-se todas as isenções não constantes desta lei.
Art. 386. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, especialmente a Lei nº 1.874, de
30 de dezembro de 1.966.

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LISTA DE SERVIÇOS

1995 - 2003 LC 415 LC 727/98 LC 1.428/02 -


2004 - 2005 LC 1.611/03
2006 LC 1.887/05 DEC 306/05
2007 - DEC 349/06
2008 - 2017 - DEC 325/07
2018 Art. 6º da LC 2.832/17 -
2019 adiante Revogação da LC 1887/05 que insti-
tuiu o mecanismo de redução do ISS ao
longo do tempo pela LC 3012/19.

ITENS SUBITENS SUB-SUBITENS 2004 2006 2007 2008 2018 2019


2005 2010 2023
1 SERVIÇOS DE INFORMÁTI-
CA E CONGÊNERES
1.01 Análise e desenvolvimento 01.01.00 Análise e desenvolvi- 5 2 2 2 2
de sistemas. mento de sistemas.
1.02 Programação. 01.02.00 Programação. 5 2 2 2 2
1.03 Processamento, arma- 01.03.00 Processamento, 5 2 2 2 2 2
zenamento ou hospeda- armazenamento ou
gem de dados, textos, hospedagem de dados,
imagens, vídeos, páginas textos, imagens, víde-
eletrônicas, aplicativos e os, páginas eletrônicas,
sistemas de informação, aplicativos e sistemas
entre outros formatos, e de informação, entre
congêneres. outros formatos, e
congêneres.
1.04 Elaboração de programas 01.04.00 Elaboração de progra- 5 2 2 2 2 2
de computadores, inclu- mas de computadores,
sive de jogos eletrônicos, inclusive de jogos ele-
independentemente da trônicos, independen-
arquitetura construtiva temente da arquitetura
da máquina em que o construtiva da máquina
programa será executado, em que o programa
incluindo tablets, smar- será executado, incluin-
tphones e congêneres. do tablets, smartpho-
nes e congêneres.
1.05 Licenciamento ou cessão 01.05.00 Licenciamento ou 5 2 2 2 2
de direito de uso de pro- cessão de direito de
gramas de computação. uso de programas de
computação.
1.06 Assessoria e consultoria 01.06.00 Assessoria e consulto- 5 2 2 2 2
em informática. ria em informática.
1.07 Suporte técnico em 01.07.00 Suporte técnico em 5 2 2 2 2
informática, inclusive informática, inclusive
instalação, configuração e instalação, configura-
manutenção de programas ção e manutenção de
de computação e bancos programas de com-
de dados. putação e bancos de
dados.

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1.08 Planejamento, confecção, 01.08.01 Planejamento, con- 5 2 2 2 2


manutenção e atualização fecção, manutenção e
de páginas eletrônicas. atualização de páginas
eletrônicas.
1.08 x 01.08.02 Provedor de Internet 5 2 2 2 2
1.09 Disponibilização, sem 01.09.00 Disponibilização, sem 2 2
cessão definitiva, de con- cessão definitiva, de
teúdos de áudio, vídeo, conteúdos de áudio,
imagem e texto por meio vídeo, imagem e texto
da internet, respeitada a por meio da internet,
imunidade de livros, jor- respeitada a imunida-
nais e periódicos (exceto a de de livros, jornais e
distribuição de conteúdos periódicos (exceto a
pelas prestadoras de Ser- distribuição de conte-
viço de Acesso Condicio- údos pelas prestadoras
nado, de que trata a Lei de Serviço de Acesso
2011, sujeita ao ICMS). Condicionado, de que
trata a Lei 2011, sujeita
ao ICMS).
2. SERVIÇOS DE PESQUISAS
E DESENVOLVIMENTO DE
QUALQUER NATUREZA
2.01 Serviços de pesquisas e 02.01.00 Serviços de pesquisas 5 4,5 4 3,5 3,5
desenvolvimento de qual- e desenvolvimento de
quer natureza. qualquer natureza.
3. SERVIÇOS PRESTADOS
MEDIANTE LOCAÇÃO, CES-
SÃO DE DIREITO DE USO E
CONGENERES.
3.01 (VETADO) 3.01.00 0 - - - - -
3.02 Cessão de direito de uso 03.02.00 Cessão de direito de 3 2,5 2 2 2
de marcas e de sinais de uso de marcas e de
propaganda. sinais de propaganda.
3.03 Exploração de salões de 03.03.01 Exploração de salões 5 5 4,5 4 4
festas, centro de conven- de festas, para reali-
ções, escritórios virtuais, zação de eventos ou
stands, quadras espor- negócios de qualquer
tivas, estádios, ginásios, natureza.
auditórios, casas de
espetáculos, parques de
diversões, canchas e con-
gêneres, para realização
de eventos ou negócios de
qualquer natureza.
3.03 x 03.03.02 Exploração de centro 5 5 4,5 4 4
de convenções, escri-
tórios virtuais, stands,
para realização de
eventos ou negócios de
qualquer natureza.

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3.03 x 03.03.03 Exploração de quadras 5 5 4,5 4 4


esportivas, estádios,
ginásios, canchas e
congêneres, para rea-
lização de eventos ou
negócios de qualquer
natureza.
3.03 x 03.03.04 Exploração de auditó- 5 5 4,5 4 4
rios, casas de espetácu-
los, para realização de
eventos ou negócios de
qualquer natureza.
3.03 x 03.03.05 Exploração de parques 5 5 4,5 4 4
de diversões, para re-
alização de eventos ou
negócios de qualquer
natureza.
3.04 Locação, sublocação, 03.04.00 Locação, subloca- 5 4,5 4 3,5 3,5
arrendamento, direito de ção, arrendamento,
passagem ou permissão direito de passagem
de uso, compartilhado ou ou permissão de uso,
não, de ferrovia, rodovia, compartilhado ou não,
postes, cabos, dutos e de ferrovia, rodovia,
condutos de qualquer postes, cabos, dutos e
natureza. condutos de qualquer
natureza.
4. SERVIÇOS DE SAUDE,
ASSISTENCIA MÉDICA E
CONGENERES.
4.01 Medicina e biomedicina. 04.01.01 Medicina 2 2 2 2 2
4.01 x 04.01.02 Médico residente 2 2 2 2 2
4.01 x 04.01.03 Biomedicina 2 2 2 2 2
4.02 Análises clínicas, patolo- 04.02.01 Análises clínicas, pato- 2 2 2 2 2
gia, eletricidade médica, logia.
radioterapia, quimiote-
rapia, ultra-sonografia,
ressonância magnética,
radiologia, tomografia e
congêneres.
4.02 x 04.02.02 Técnicos em análises 2 2 2 2 2
clínicas, eletricidade
médica, radioterapia,
radiologia.
4.02 x 04.02.03 Eletricidade médica 2 2 2 2 2
4.02 x 04.02.04 Radioterapia, quimio- 2 2 2 2 2
terapia, ultra-sono-
grafia, ressonância
magnética, radiologia,
tomografia e congê-
neres.

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4.03 Hospitais, clínicas, labo- 04.03.01 Hospitais 2 2 2 2 2


ratórios, sanatórios, ma-
nicômios, casas de saúde,
prontos-socorros, ambula-
tórios e congêneres.
4.03 x 04.03.02 Clínicas 2 2 2 2 2
4.03 x 04.03.03 Laboratórios 2 2 2 2 2
4.03 x 04.03.04 Sanatórios 2 2 2 2 2
4.03 x 04.03.05 Manicômios 2 2 2 2 2
4.03 x 04.03.06 Casas de saúde 2 2 2 2 2
4.03 x 04.03.07 Prontos-socorros 2 2 2 2 2
4.03 x 04.03.08 Ambulatórios e congê- 2 2 2 2 2
neres....
4.04 Instrumentação cirúrgica. 04.04.00 Instrumentação cirúr- 2 2 2 2 2
gica.
4.05 Acupuntura. 04.05.00 Acupuntura. 2 2 2 2 2
4.06 Enfermagem, inclusive 04.06.01 Enfermagem 2 2 2 2 2
serviços auxiliares.
04.06.02 Atendente de enferma- 2 2 2 2 2
gem.
04.06.03 Técnico em enferma- 2 2 2 2 2
gem.
4.06 x 04.06.04 Outros serviços auxi- 2 2 2 2 2
liares.
4.07 Serviços farmacêuticos. 04.07.00 Serviços farmacêuticos. 2 2 2 2
4.08 Terapia ocupacional, fisio- 04.08.01 Terapia ocupacional, 2 2 2 2 2
terapia e fonoaudiologia.
4.08 x 04.08.02 Fisioterapia 2 2 2 2 2
4.08 x 04.08.03 Fonoaudiologia 2 2 2 2 2
4.09 Terapias de qualquer 04.09.00 Terapias de qualquer 2 2 2 2 2
espécie destinadas ao espécie destinadas
tratamento físico, orgânico ao tratamento físico,
e mental. orgânico e mental.
4.10 Nutrição. 04.10.00 Nutrição. 2 2 2 2 2
4.11 Obstetrícia. 04.11.00 Obstetrícia. 2 2 2 2 2
4.12 Odontologia. 04.12.00 Odontologia. 2 2 2 2 2
4.13 Ortóptica. 04.13.00 Ortóptica. 2 2 2 2 2
4.14 Próteses sob encomenda. 04.14.01 Prótese dentária. 2 2 2 2 2
4.14 x 04.14.02 Prótese ortopédica. 2 2 2 2 2
4.14 x 04.14.03 Outras próteses. 2 2 2 2 2
4.15 Psicanálise. 04.15.00 Psicanálise. 2 2 2 2 2
4.16 Psicologia. 04.16.00 Psicologia. 2 2 2 2 2
4.17 Casas de repouso e de re- 04.17.01 Casas de repouso e de 2 2 2 2 2
cuperação, creches, asilos recuperação e congê-
e congêneres. neres.
4.17 x 04.17.02 Creches. 2 2 2 2 2
4.17 x 04.17.03 Asilos 2 2 2 2 2

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4.18 Inseminação artificial, 04.18.00 Inseminação artificial, 2 2 2 2 2


fertilização in vitro e con- fertilização in vitro e
gêneres. congêneres.
4.19 Bancos de sangue, leite, 04.19.01 Bancos de sangue 2 2 2 2 2
pele, olhos, óvulos, sêmen
e congêneres
4.19 x 04.19.02 Banco de leite 2 2 2 2 2
4.19 x 04.19.03 Banco de pele 2 2 2 2 2
4.19 x 04.19.04 Banco de olhos 2 2 2 2 2
4.19 x 04.19.05 Banco de óvulos e 2 2 2 2 2
sêmen
4.19 x 04.19.06 Banco de órgãos e 2 2 2 2 2
materiais biológicos de
qualquer espécie.
4.20 Coleta de sangue, leite, 04.20.01 Coleta de sangue 2 2 2 2 2
tecidos, sêmen, órgãos e
materiais biológicos de
qualquer espécie.
4.20 x 04.20.02 Coleta de leite 2 2 2 2 2
4.20 x 04.20.03 Coleta de tecidos 2 2 2 2 2
4.20 x 04.20.04 Coleta de óvulos e 2 2 2 2 2
sêmen
4.20 x 04.20.05 Coleta de órgãos e 2 2 2 2 2
materiais biológicos de
qualquer espécie.
4.21 Unidade de atendimento, 04.21.00 Unidade de atendi- 2 2 2 2 2
assistência ou tratamento mento, assistência ou
móvel e congêneres. tratamento móvel e
congêneres.
4.22 Planos de medicina de 04.22.00 Planos de medicina 2 2 2 2 2
grupo ou individual e de grupo ou individu-
convênios para prestação al e convênios para
de assistência médica, prestação de assistên-
hospitalar, odontológica e cia médica, hospitalar,
congêneres. odontológica e congê-
neres.
4.23 Outros planos de saúde 04.23.00 Outros planos de 5 5 2 2 2
que se cumpram através saúde que se cumpram
de serviços de terceiros através de serviços de
contratados, credencia- terceiros contratados,
dos, cooperados ou ape- credenciados, coope-
nas pagos pelo operador rados ou apenas pagos
do plano mediante indica- pelo operador do plano
ção do beneficiário. mediante indicação do
beneficiário.
5. SERVIÇOS DE MEDICINA E 2
ASSISTÊNCIA VETERINARIA
E CONGENERES
5.01 Medicina veterinária e 05.01.01 Medicina veterinária 2 2 2 2 2
zootecnia.
5.01 x 05.01.02 Zootecnia. 2 2 2 2 2

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5.02 Hospitais, clínicas, ambu- 05.02.00 Hospitais, clínicas, am- 4 4 3,5 3 3


latórios, prontos-socorros bulatórios, prontos-so-
e congêneres, na área corros e congêneres,
veterinária. na área veterinária.
5.03 Laboratórios de análise na 05.03.00 Laboratórios de análise 4 3,5 3 2,5 2,5
área veterinária. na área veterinária.
5.04 Inseminação artificial, 05.04.00 Inseminação artificial, 4 3,5 3 2,5 2,5
fertilização in vitro e con- fertilização in vitro e
gêneres. congêneres, na área
veterinária.
5.05 Bancos de sangue e de 05.05.00 Bancos de sangue e de 4 3,5 3 2,5 2,5
órgãos e congêneres. órgãos e congêneres,
na área veterinária.
5.06 Coleta de sangue, leite, 05.06.00 Coleta de sangue, leite, 4 3,5 3 2,5 2,5
tecidos, sêmen, órgãos e tecidos, sêmen, órgãos
materiais biológicos de e materiais biológicos
qualquer espécie. de qualquer espécie,
na área veterinária.
5.07 Unidade de atendimento, 05.07.00 Unidade de atendi- 4 3,5 3 2,5 2,5
assistência ou tratamento mento, assistência ou
móvel e congêneres. tratamento móvel e
congêneres, na área
veterinária.
5.08 Guarda, tratamento, 05.08.01 Guarda, alojamento e 4 3,5 3 2,5 2,5
amestramento, embele- congêneres.
zamento, alojamento e
congêneres.
05.08.02 Tratamento de animais 4 3,5 3 2,5 2,5
05.08.03 Amestramento 4 3,5 3 2,5 2,5
05.08.04 Embelezamento de 4 3,5 3 2,5 2,5
animais
5.09 Planos de atendimento e 05.09.00 Planos de atendimento 4 3,5 3 2,5 2,5
assistência médico-vete- e assistência médico-
rinária. -veterinária.
6. SERVIÇOS DE CUIDADOS
PESSOAIS, ESTETICA,
ATIVIDADES FÍSICAS E
CONGENERES.
6.01 Barbearia, cabeleireiros, 06.01.01 Barbearia 2 2 2 2 2
manicuros, pedicuros e
congêneres.
6.01 x 06.01.02 Cabeleireiros 2 2 2 2 2
6.01 x 06.01.03 Manicuros (Isento) 2 2 2 2 2
6.01 x 06.01.04 Manicuros 2 2 2 2 2
6.01 x 06.01.05 Pedicuros (Isento) 2 2 2 2 2
6.01 x 06.01.06 Pedicuros 2 2 2 2 2
6.02 Esteticistas, tratamento de 06.02.01 Esteticistas, tratamento 4 3,5 3 2,5 2
pele, depilação e congê- de pele.
neres.
6.02 x 06.02.02 Depilação, embeleza- 4 3,5 3 2,5 2,5
mento e congêneres.

Editora
280
280
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

6.02 x 06.02.03 Aplicação de Tatuagem, 4 3,5 3 2,5 2,5


Piercing e congêneres.
6.03 Banhos, duchas, sauna, 06.03.01 Banhos, duchas, sauna 4 3,5 3 2,5 2,5
massagens e congêneres. e congêneres.
6.03 x 06.03.02 Massagens. 4 3,5 3 2,5 2,5
6.04 Ginástica, dança, esportes, 06.04.01 Ginástica e demais 4 4 3,5 3 3
natação, artes marciais e atividades físicas.
demais atividades físicas.
6.04 x 06.04.02 Dança 4 4 3,5 3 3
6.04 x 06.04.03 Outros Esportes. 4 4 3,5 3 3
6.04 x 06.04.04 Natação 4 4 3,5 3 3
6.04 x 06.04.05 Artes Marciais 4 4 3,5 3 3
6.04 x 06.04.06 Futebol 4 4 3,5 3 3
6.04 x 06.04.07 Tênis 4 4 3,5 3 3
6.04 x 06.04.08 Personal Trainer 4 4 3,5 3 3
6.05 Centros de emagrecimen- 06.05.00 Centros de emagreci- 4 3,5 3 2,5 2,5
to, spa e congêneres. mento, spa e congê-
neres.
7. SERVIÇOS RELATIVOS À
ENGENHARIA, ARQUITE-
TURA, GEOLOGIA, URBA-
NISMO, CONSTRUÇÃO
CIVIL, MANUTENÇAO, LIM-
PEZA, MEIO AMBIENTE,
SANEAMENTO E CONGE-
NERES.
7.01 Engenharia, agronomia, 07.01.01 Engenharia Civil 2 2 2 2 2
agrimensura, arquitetura,
geologia, urbanismo, pai-
sagismo e congêneres.
7.01 x 07.01.02 Agronomia e agrimen- 2 2 2 2 2
sura
7.01 x 07.01.03 Arquitetura 2 2 2 2 2
7.01 x 07.01.04 Geologia 2 2 2 2 2
7.01 x 07.01.05 Urbanismo 2 2 2 2 2
7.01 x 07.01.06 Paisagismo e congê- 2 2 2 2 2
neres
7.01 x 07.01.07 Outras Engenharias 2 2 2 2 2

Editora
281
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

7.02 Execução, por admi- 07.02.01 Execução, por admi- 2 2 2 2 2


nistração, empreitada nistração, empreitada
ou subempreitada, de ou subempreitada, de
obras de construção civil, obras de construção
hidráulica ou elétrica e de civil, (exceto o forneci-
outras obras semelhan- mento de mercadorias
tes, inclusive sondagem, produzidas pelo pres-
perfuração de poços, tador de serviços, fora
escavação, drenagem e do local da prestação
irrigação, terraplanagem, serviços, que fica sujei-
pavimentação, concreta- to ao ICMS).
gem e a instalação e mon-
tagem de produtos, peças
e equipamentos (exceto o
fornecimento de merca-
dorias produzidas pelo
prestador de serviços fora
do local da prestação dos
serviços, que fica sujeito
ao ICMS).
7.02 x 07.02.02 Execução de Obras 2 2 2 2 2
Hidráulicas e de outras
obras semelhantes
7.02 x 07.02.03 Execução de Obras Elé- 2 2 2 2 2
tricas e de outras obras
semelhantes
7.02 x 07.02.04 Sondagem, perfuração 2 2 2 2 2
de poços, escavação,
drenagem e irrigação,
7.02 x 07.02.05 Execução de Obras de 2 2 2 2 2
Terraplanagem, pavi-
mentação.
7.02 x 07.02.06 Instalação e Montagem 2 2 2 2 2
de produtos, peças e
equipamentos (cons-
trução civil).
7.02 x 07.02.07 Execução de Obras de 2 2 2 2 2
Telecomunicações
7.02 x 07.02.08 Execução de Edifica- 2 2 2 2 2
ções em geral
7.02 x 07.02.09 Execução de pré-mol- 2 2 2 2 2
dados, obras com
pré-moldados qualquer
natureza.
7.02 x 07.02.10 Concretagem 2 2 2 2 2
7.02 x 07.02.11 Execução de Obras de 2 2 2 2 2
arte especiais (pontes,
viadutos, túneis).
7.02 x 07.02.12 Execução de Estruturas 2 2 2 2 2
em geral
7.02 x 07.02.13 Serviços complementa- 2 2 2 2 2
res, execução de alam-
brados, cercas, redes
de proteção, telas etc.

Editora
282
282
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

7.02 x 07.02.14 Impermeabilizações e 2 2 2 2 2


isolamentos
7.02 x 07.02.15 Serviços de Pedreiro 2 2 2 2 2
7.02 x 07.02.16 Serviços de Encanador 2 2 2 2 2
7.02 x 07.02.17 Serviços de Eletricista 2 2 2 2 2
7.02 x 07.02.18 Serviços de Pintor 2 2 2 2 2
7.02 x 07.02.19 Serviços de Calheiro 2 2 2 2 2
7.02 x 07.02.20 Serviços de Armador 2 2 2 2 2
(ferreiro)
7.02 x 07.02.21 Serviços de Instalação 2 2 2 2 2
ou Montagem de an-
tena externa, cabo ou
satélite para televisão,
internet ou congêne-
res.
7.02 x 07.02.22 Serviços de Instala- 2 2 2 2 2
ção ou Montagem de
toldos ou congêneres,
fixos ou provisórios).
7.02 x 07.02.23 Serviços de Instala- 2 2 2 2 2
ção ou Montagem de
Ar-Condicionado ou
congeneres
7.02 x 07.02.24 Serviços de Eletricista 2 2 2 2 2
(alarmes e sistemas de
segurança)
7.02 x 07.02.25 Montagem de elevado- 2 2 2 2 2
res, escadas e esteiras
rolantes.
7.02 x 07.02.26 Instalação e montagem 2 2 2 2 2
de aparelhos e centrais
de ar-condicionado,
refrigeração ou venti-
lação.
7.02 x 07.02.27 Execução de cozinhas 2 2 2 2 2
planejadas ou outros
ambientes, moduladas
ou não.
7.02 x 07.02.28 Execução de consul- 2 2 2 2 2
tórios planejados,
modulados ou não.
7.02 x 07.02.29 Instalação e monta- 2 2 2 2 2
gem de mobiliário
para estabelecimentos
(aparelhados ou não
de equipamentos tais
como balcões refrigera-
dos ou aquecidos).

Editora
283
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

7.03 Elaboração de planos dire- 07.03.00 Elaboração de planos 4 4 3,5 3 3


tores, estudos de viabili- diretores, estudos de
dade, estudos organizacio- viabilidade, estudos
nais e outros, relacionados organizacionais e ou-
com obras e serviços de tros, relacionados com
engenharia; elaboração obras e serviços de
de anteprojetos, projetos engenharia; elaboração
básicos e projetos execu- de anteprojetos, proje-
tivos para trabalhos de tos básicos e projetos
engenharia. executivos para traba-
lhos de engenharia.
7.04 Demolição. 07.04.00 Demolição. 2 2 3,5 2 2
7.05 Reparação, conservação 07.05.01 Reparação, conser- 2 2 2 2 2
e reforma de edifícios, vação e reforma de
estradas, pontes, portos e edifícios, (exceto o for-
congêneres (exceto o for- necimento de merca-
necimento de mercadorias dorias produzidas pelo
produzidas pelo prestador prestador de serviços,
dos serviços, fora do local fora do local da presta-
da prestação dos serviços, ção dos serviços, que
que fica sujeito ao ICMS). fica sujeito ao ICMS).
7.05 x 07.05.02 Reparação, conserva- 2 2 2 2 2
ção e reforma de es-
tradas, pontes, portos
e congêneres (exceto
o fornecimento de
mercadorias produzi-
das pelo prestador de
serviços, fora do local
da prestação dos servi-
ços, que fica sujeito ao
ICMS).
7.05 x 07.05.03 Execução de Obras 2 2 2 2 2
para sinalização e
complementação para
sistemas viários.
7.06 Colocação e instalação de 07.06.01 Colocação e instala- 4 3,5 2 2,5 2,5
tapetes, carpetes, assoa- ção de Tapetes, com
lhos, cortinas, revestimen- material fornecido pelo
tos de parede, vidros, di- tomador do serviço.
visórias, placas de gesso e
congêneres, com material
fornecido pelo tomador
do serviço.
7.06 x 07.06.02 Colocação e instalação 4 3,5 3 2,5 2,5
de Carpetes, assoalhos,
revestimentos de pa-
rede, pedras e outros
revestimentos com
material fornecido pelo
tomador do serviço.
7.06 x 07.06.03 Colocação e instala- 4 3,5 3 2,5 2,5
ção de Cortinas, com
material fornecido pelo
tomador do serviço.

Editora
284
284
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

7.06 x 07.06.04 Colocação e instala- 4 3,5 3 2,5 2,5


ção de Vidros, com
material fornecido pelo
tomador do serviço.
7.06 x 07.06.05 Colocação e instalação 4 3,5 3 2,5 2,5
de divisórias, forros,
com material forneci-
do pelo tomador do
serviço.
7.06 x 07.06.06 Colocação e instalação 4 3,5 3 2,5 2,5
de placas de gesso
e congêneres, com
material fornecido pelo
tomador do serviço.
7.06 x 07.06.07 Serviço de Marmo- 4 3,5 3 2,5 2,5
reiro.
7.07 Recuperação, raspagem, 07.07.01 Recuperação, raspa- 4 4 3 3 3
polimento e lustração de gem de pisos e congê-
pisos e congêneres. neres.
7.07 x 07.07.02 Polimento de pisos e 4 4 3,5 3 3
congêneres.
7.07 x 07.07.03 Lustração de pisos e 4 4 3,5 3 3
congêneres.
7.08 Calafetação. 07.08.00 Calafetação. 4 3,5 3 2,5 2,5
7.09 Varrição, coleta, remoção, 07.09.01 Varrição de lixo, rejei- 5 4,5 4 3,5 3,5
incineração, tratamento, tos e outros resíduos
reciclagem, separação e quaisquer.
destinação final de lixo,
rejeitos e outros resíduos
quaisquer.
7.09 x 07.09.02 Coleta de lixo, rejei- 5 4,5 4 3,5 3,5
tos e outros resíduos
quaisquer.
7.09 x 07.09.03 Coleta de entulhos - 5 4,5 4 3,5 3,5
Caçamba
7.09 x 07.09.04 Remoção, incinera- 5 4,5 4 3,5 3,5
ção de lixo, rejeitos
e outros resíduos
quaisquer.
7.09 x 07.09.05 Tratamento, recicla- 5 4,5 4 3,5 3,5
gem, separação e
destinação final de
lixo, rejeitos e outros
resíduos quaisquer.
7.10 Limpeza, manutenção 07.10.01 Limpeza, manutenção 2 2 2 2 2
e conservação de vias e conservação de vias e
e logradouros públicos, logradouros públicos.
imóveis, chaminés, pis-
cinas, parques, jardins e
congêneres.
7.10 x 07.10.02 Limpeza, manuten- 2 2 2 2 2
ção e conservação de
piscinas.

Editora
285
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

7.10 x 07.10.03 Limpeza, manuten- 2 2 2 2 2


ção e conservação de
imóveis, estruturas,
tanques, chaminés,
dutos e congêneres,
por método mecânico,
químico, abrasivo ou
outro.
7.10 x 07.10.04 Desentupidora de 2 2 2 2 2
esgotos, fossas e con-
gêneres.
7.11 Decoração e jardinagem, 07.11.01 Decoração 2 2 2 2 2
inclusive corte e poda de
árvores.
7.11 x 07.11.02 Jardinagem, inclusi- 2 2 2 2 2
ve corte e poda de
árvores.
7.11 x 07.11.03 Jardineiro 2 2 2 2 2
7.12 Controle e tratamento de 07.12.00 Controle e tratamen- 5 5 4,5 4 4
efluentes de qualquer na- to de efluentes de
tureza e de agentes físicos, qualquer natureza e de
químicos e biológicos. agentes físicos, quími-
cos e biológicos.
7.13 Dedetização, desinfec- 07.13.01 Dedetização, desinse- 2 2 2 2 2
ção, desinsetização, tização, imunização,
imunização, higienização, desratização, pulveriza-
desratização, pulverização ção e congêneres.
e congêneres.
7.13 x 07.13.02 Desinfecção 2 2 2 2 2
7.13 x 07.13.03 Higienização 2 2 2 2 2
7.13 x 07.13.04 Pulverização Aérea 2 2 2 2 2
7.14 (VETADO) 0 x - - - - -
7.15 (VETADO) 0 x - - - - -
7.16 Florestamento, refloresta- 07.16.01 Florestamento 4 4 3,5 3 3 3
mento, semeadura, adu-
bação, reparação de solo,
plantio, silagem, colheita,
corte e descascamento
de árvores, silvicultura,
exploração florestal e dos
serviços congêneres in-
dissociáveis da formação,
manutenção e colheita
de florestas, para quais-
quer fins e por quaisquer
meios.

Editora
286
286
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

7.16 x 07.16.02 Reflorestamento, 4 4 3,5 3 3 3


semeadura, adubação,
reparação de solo,
plantio, silagem, co-
lheita, corte e descas-
camento de árvores,
silvicultura, exploração
florestal e dos serviços
congêneres indisso-
ciáveis da formação,
manutenção e colheita
de florestas, para
quaisquer fins e por
quaisquer meios.
7.16 x 07.16.03 Mecanização Agrícola 4 4 3,5 3 3 3
7.16 x 07.16.04 Aviação Agrícola 4 3,5 3,5 2,5 3 3
7.17 Escoramento, contenção 07.17.00 Escoramento, con- 4 3,5 3 2,5 2,5
de encostas e serviços tenção de encostas e
congêneres. serviços congêneres.
7.18 Limpeza e dragagem de 07.18.00 Limpeza e dragagem 4 3,5 3 2 2,5
rios, portos, canais, baías, de rios, portos, canais,
lagos, lagoas, represas, baías, lagos, lagoas,
açudes e congêneres. represas, açudes e
congêneres.
7.19 Acompanhamento e 07.19.00 Acompanhamen- 2 2 2 2 2
fiscalização da execução to e fiscalização da
de obras de engenharia, execução de obras de
arquitetura e urbanismo. engenharia, arquitetu-
ra e urbanismo.
7.20 Aerofotogrametria 07.20.01 Aerofotogrametria (in- 4 3,5 3 2,5 2,5
(inclusive interpretação), clusive interpretação).
cartografia, mapeamento,
levantamentos topo-
gráficos, batimétricos,
geográficos, geodésicos,
geológicos, geofísicos e
congêneres.
7.20 x 07.20.02 Cartografia, Mapea- 4 3,5 3 2,5 2,5
mento.
7.20 x 07.20.03 Levantamentos Topo- 4 3,5 3 2,5 2,5
gráficos, batimétricos,
geográficos, geodési-
cos, geológicos, geofísi-
cos e congêneres.
7.21 Pesquisa, perfuração, 07.21.00 Pesquisa, perfuração, 4 4 3,5 3 3
cimentação, mergulho, cimentação, mergulho,
perfilagem, concretação, perfilagem, concreta-
testemunhagem, pesca- ção, testemunhagem,
ria, estimulação e outros pescaria, estimulação e
serviços relacionados com outros serviços relacio-
a exploração e explotação nados com a explora-
de petróleo, gás natural ção e explotação de
e de outros recursos petróleo, gás natural
minerais. e de outros recursos
minerais.

Editora
287
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

7.22 Nucleação e bombar- 07.22.00 Nucleação e bombar- 4 4 3,5 3 3


deamento de nuvens e deamento de nuvens e
congêneres. congêneres.
8. SERVIÇOS DE EDUCAÇÃO,
ENSINO, ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA E EDUCA-
CIONAL, INSTRUÇÃO, TREI-
NAMENTO E AVALIAÇÃO
PESSOAL DE QUALQUER
GRAU OU NATUREZA.
8.01 Ensino regular pré-escolar, 08.01.01 Ensino fundamental. 2 2 2 2 2
fundamental, médio e
superior.
8.01 x 08.01.02 Ensino regular pré-es- 2 2 2 2 2
colar.
8.01 x 08.01.03 Professor Particular 2 2 2 2 2
8.01 x 08.01.04 Ensino médio. 2 2 2 2 2
8.01 x 08.01.05 Ensino superior, 2 2 2 2 2
seqüencial, pós-gradu-
ação.
8.02 Instrução, treinamento, 08.02.01 Instrução, treinamento, 2 2 2 2 2
orientação pedagógica e avaliação de conheci-
educacional, avaliação de mentos de qualquer
conhecimentos de qual- natureza.
quer natureza.
8.02 x 08.02.02 Escola, Preparação 2 2 2 2 2
p/cursos superiores,
cursinhos.
8.02 x 08.02.03 Ensino de Escola de 2 2 2 2 2
Cabeleireiros e congê-
neres
8.02 x 08.02.04 Ensino de Línguas. 2 2 2 2 2
8.02 x 08.02.05 Ensino de Música, 2 2 2 2 2
violão, piano, etc.
8.02 x 08.02.06 Ensino de Arte culiná- 2 2 2 2 2
ria, costura, educação
artística, artesanato,
etc.
8.02 x 08.02.07 Treinamento, Instrução 2 2 2 2 2
na área de Informática.
8.02 x 08.02.08 Orientação Pedagógica 2 2 2 2 2
e educacional
8.02 x 08.02.09 Auto Escola 2 2 2 2 2
8.02 x 08.02.10 Moto Escola 2 2 2 2 2
9. SERVIÇOS RELATIVOS À
HOSPEDAGEM, TURISMO,
VIAGENS E CONGENERES.

Editora
288
288
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

9.01 Hospedagem de qualquer 09.01.01 Hospedagem de 5 5 4,5 4 4


natureza em hotéis, apart- qualquer natureza
-service condominiais, flat, em Hotéis, (o valor da
apart-hotéis, hotéis resi- alimentação e gorjeta,
dência, residence-service, quando incluído no
suite service, hotelaria preço da diária, fica
marítima, motéis, pensões sujeito ao ISS).
e congêneres; ocupa-
ção por temporada com
fornecimento de serviço
(o valor da alimentação e
gorjeta, quando incluído
no preço da diária, fica
sujeito ao Imposto Sobre
Serviços).
9.01 x 09.01.02 Hospedagem em 5 5 4,5 4 4
apart-service condo-
miniais, flat, apart-ho-
téis, hotéis residência,
residence-service, suite
service, (o valor da ali-
mentação e gorjeta).
9.01 x 09.01.03 Hotelaria Marítima 5 5 4,5 4 4
9.01 x 09.01.04 Motéis 5 5 4,5 4 4
9.01 x 09.01.05 Hospedagem em 5 5 4,5 4 4
pensões, albergues,
pousadas, hospedarias
e congêneres.
9.01 x 09.01.06 Ocupação por tempo- 5 5 4,5 4 4
rada com fornecimento
de serviço.
9.01 x 09.01.07 Hospedagem Infantil 5 5 4,5 4 4
9.02 Agenciamento, organiza- 09.02.00 Agenciamento, 3 2,5 2 2 2
ção, promoção, inter- organização, promo-
mediação e execução de ção, intermediação e
programas de turismo, execução de programas
passeios, viagens, ex- de turismo, passeios,
cursões, hospedagens e viagens, excursões,
congêneres. hospedagem e congê-
neres.
9.03 Guias de turismo. 09.03.00 Guias de turismo. 3 2,5 2 2 2
10. SERVIÇOS DE INTERME-
DIAÇÃO E CONGENERES
10.01 Agenciamento, correta- 10.01.01 Agenciamento, correta- 3 3 2,5 2 2
gem ou intermediação de gem ou intermediação
câmbio, de seguros, de de câmbio.
cartões de crédito, de pla-
nos de saúde e de planos
de previdência privada.
10.01 x 10.01.02 Agenciamento, correta- 3 3 2,5 2 2
gem ou intermediação
de seguros.

Editora
289
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

10.01 x 10.01.03 Agenciamento, correta- 3 3 2,5 2 2


gem ou intermediação
de cartões de crédito.
10.01 x 10.01.04 Agenciamento, correta- 3 3 2,5 2 2
gem ou intermediação
de planos de saúde.
10.01 x 10.01.05 Agenciamento, correta- 3 3 2,5 2 2
gem ou intermediação
de planos de previdên-
cia privada.
10.02 Agenciamento, correta- 10.02.01 Agenciamento de títu- 3 2,5 2 2 2
gem ou intermediação de los em geral, valores
títulos em geral, valores mobiliários, contratos
mobiliários e contratos quaisquer e consórcios.
quaisquer.
10.02 x 10.02.02 Corretagem de títulos 3 3 2,5 2 2
em geral, valores
mobiliários, contratos
quaisquer e consórcios.
10.02 x 10.02.03 Intermediação de títu- 3 3 2,5 2 2
los em geral, valores
mobiliários, contratos
quaisquer e consórcios.
10.03 Agenciamento, correta- 10.03.01 Agenciamento, cor- 3 3 2,5 2 2
gem ou intermediação de retagem ou interme-
direitos de propriedade diação de direitos de
industrial, artística ou propriedade industrial
literária. (inclusive marcas e
patentes).
10.03 x 10.03.02 Agenciamento, correta- 3 3 2,5 2 2
gem ou intermediação
de direitos de proprie-
dade artística.
10.03 x 10.03.03 Agenciamento, correta- 3 3 2,5 2 2
gem ou intermediação
de direitos de proprie-
dade literária.
10.04 Agenciamento, correta- 10.04.01 Agenciamento, correta- 3 3 2,5 2 2
gem ou intermediação de gem ou intermediação
contratos de arrendamen- de contratos de arren-
to mercantil (leasing), de damento mercantil
franquia (franchising) e de (leasing).
faturização (factoring).
10.04 x 10.04.02 Agenciamento, correta- 3 3 2,5 2 2
gem ou intermediação
de contratos de fran-
quia (franchising).
10.04 x 10.04.03 Agenciamento, correta- 3 3 2,5 2 2
gem ou intermediação
de contratos de faturi-
zação (factoring).

Editora
290
290
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

10.05 Agenciamento, correta- 10.05.01 Agenciamento, correta- 2 2 2 2 2


gem ou intermediação de gem ou intermediação
bens móveis ou imóveis, de veículos automo-
não abrangidos em outros tores.
itens ou subitens, inclusive
aqueles realizados no
âmbito de Bolsas de Mer-
cadorias e Futuros, por
quaisquer meios.
10.05 x 10.05.02 Agenciamento, correta- 2 2 2 2 2
gem ou intermediação
de imóveis.
10.05 x 10.05.03 Agenciamento, correta- 2 2 2 2 2
gem ou intermediação
de insumos ou pro-
dutos agropecuários
(comodites).
10.05 x 10.05.04 Agenciamento, correta- 2 2 2 2
gem ou intermediação
de outros bens móveis
ou imóveis, não abran-
gidos em outros itens
ou subitens, inclusive
aqueles realizados no
âmbito de Bolsas de
Mercadorias e Futuros,
por quaisquer meios.
10.06 Agenciamento marítimo. 10.06.00 Agenciamento marí- 3 2,5 2 2 2
timo.
10.07 Agenciamento de notícias. 10.07.00 Agenciamento de 3 2,5 2 2 2
notícias.
10.08 Agenciamento de publici- 10.08.00 Agenciamento de pu- 3 2,5 2 2 2
dade e propaganda, inclu- blicidade e propagan-
sive o agenciamento de da, inclusive o agencia-
veiculação por quaisquer mento de veiculação
meios. por quaisquer meios.
10.09 Representação de qual- 10.09.01 Representação de 2 2 2 2 2
quer natureza, inclusive qualquer natureza,
comercial. inclusive comercial.
10.09 x 10.09.02 Representante Comer- 2 2 2 2 2
cial Autônomo
10.09 x 10.09.03 Telemarketing, Telea- 2 2 2 2 2
tendimento, Televen-
das e congêneres.
10.10 Distribuição de bens de 10.10.00 Distribuição de bens de 2 2 2 2 2
terceiros. terceiros.
11. SERVIÇOS DE GUARDA, ES-
TACIONAMENTO, ARMA-
ZENAMENTO, VIGILANCIA
E CONGENERES.
11.01 Guarda e estacionamento 11.01.01 Guarda e estaciona- 5 5 4,5 4 4
de veículos terrestres au- mento de veículos
tomotores, de aeronaves e terrestres automotores
de embarcações. (Estabelecimento).

Editora
291
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

11.01 x 11.01.02 Guardadores de veícu- 5 5 4,5 4 4


los em vias públicas
11.01 x 11.01.03 Guarda e estaciona- 5 5 4,5 4 4
mento tipo “valet
service”.
11.01 x 11.01.04 Guarda e estaciona- 5 5 4,5 4 4
mento de aeronaves.
11.01 x 11.01.05 Guarda e estaciona- 5 5 4,5 4 4
mento de embarca-
ções.
11.02 Vigilância, segurança ou 11.02.01 Vigilância, segurança 2 2 2 2 2 2
monitoramento de bens, de bens, pessoas e
pessoas e semoventes. semoventes.
11.02 x 11.02.02 Guarda Noturno, 2 2 2 2 2 2
vigilante.
11.02 x 11.02.03 Monitoramento de 2 2 2 2 2 2
bens, pessoas e semo-
ventes.
11.03 Escolta, inclusive de veícu- 11.03.00 Escolta, inclusive de 2 2 2 2 2
los e cargas. veículos e cargas.
11.04 Armazenamento, depósi- 11.04.01 Armazenamento de 5 2 2 2 2
to, carga, descarga, arru- bens de qualquer
mação e guarda de bens espécie.
de qualquer espécie.
11.04 x 11.04.02 Armazenamento (Fri- 5 2 2 2 2
goríficos).
11.04 x 11.04.03 Depósito de bens de 5 2 2 2 2
qualquer espécie (ex-
ceto Banco)
11.04 x 11.04.04 Carga, descarga de 5 2 2 2 2
bens de qualquer
espécie.
11.04 x 11.04.05 Arrumação e guarda 5 2 2 2 2
de bens de qualquer
espécie.
11.05
Serviços relacionados ao 11.05.01
monitoramento e rastre-
amento a distância, em
qualquer via ou local, de
veículos, cargas, pessoas e
semoventes em circulação
ou movimento, realizados
por meio de telefonia
móvel, transmissão de sa-
télites, rádio ou qualquer
outro meio, inclusive pelas
empresas de Tecnologia
da Informação Veicular,
independentemente de o
prestador de serviços ser
proprietário ou não da
infraestrutura de teleco-
municações que utiliza.
Editora
292
292
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

Serviços relacionados ao 2
monitoramento e rastre-
amento a distância, em
qualquer via ou local, de
veículos, cargas, pessoas e
semoventes em circulação
ou movimento, realizados
por meio de telefonia
móvel, transmissão de sa-
télites, rádio ou qualquer
outro meio, inclusive pelas
empresas de Tecnologia
da Informação Veicular,
independentemente de o
prestador de serviços ser
proprietário ou não da
infraestrutura de teleco-
municações que utiliza.
(NR*)
12. SERVIÇOS DE DIVERSÕES,
LAZER, ENTRETENIMENTO
E CONGENERES.
12.01 Espetáculos teatrais. 12.01.00 Espetáculos teatrais. 5 4,5 4 3,5 3,5
12.02 Exibições cinematográfi- 12.02.00 Exibições cinematográ- 2 2 2 2 2
cas. ficas.
12.03 Espetáculos circenses. 12.03.00 Espetáculos circenses. 5 4,5 4 3,5 3,5
12.04 Programas de auditório. 12.04.00 Programas de auditó- 5 4,5 4 3,5 3,5
rio.
12.05 Parques de diversões, cen- 12.05.00 Parques de diversões, 5 4,5 4 3,5 3,5
tros de lazer e congêneres. centros de lazer e con-
gêneres.
12.06 Boates, taxi-dancing e con- 12.06.01 Boates, Night clube. 5 5 4,5 4 4
gêneres.
12.06 x 12.06.02 Taxi-dancing, drive-in e 5 5 4,5 4 4
congêneres.
12.07 Shows, ballet, danças, 12.07.01 Shows, óperas, concer- 5 2 2 2 2
desfiles, bailes, óperas, tos, recitais, festivais e
concertos, recitais, festi- congêneres.
vais e congêneres.
12.07 x 12.07.02 Ballet, danças, desfiles. 5 2 2 2 2
12.07 x 12.07.03 Bailes 5 2 2 2 2
12.08 Feiras, exposições, con- 12.08.01 Feiras, exposições, con- 5 5 4,5 4 4
gressos e congêneres. gressos e congêneres.
12.08 x 12.08.02 Exposições com co- 5 5 4,5 4 4
brança de ingressos
12.09 Bilhares, boliches e diver- 12.09.01 Bilhares 5 4,5 4 3,5 3,5
sões eletrônicas ou não.
12.09 x 12.09.02 Boliches 5 4,5 4 3,5 3,5
12.09 x 12.09.03 Diversões eletrônicas 5 4,5 4 3,5 3,5
ou não.
12.09 x 12.09.04 Futebol de mesa (pe- 5 4,5 4 3,5 3,5
bolim)

Editora
293
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

12.09 x 12.09.05 Carteado, dominó, 5 4,5 4 3,5 3,5


víspora e outros tipos
de diversões.
12.10 Corridas e competições de 12.10.00 Corridas e competições 5 4,5 4 3,5 3,5
animais. de animais.
12.11 Competições esportivas 12.11.00 Competições esporti- 5 4,5 4 3,5 3,5
ou de destreza física ou vas ou de destreza físi-
intelectual, com ou sem ca ou intelectual, com
a participação do espec- ou sem a participação
tador. do espectador.
12.12 Execução de música. 12.12.00 Execução de música. 5 5 4,5 4 4
(individual ou por
conjunto).
12.13 Produção, mediante ou 12.13.00 Produção, mediante 5 5 4,5 4 4
sem encomenda prévia, ou sem encomenda
de eventos, espetáculos, prévia, de eventos, es-
entrevistas, shows, ballet, petáculos, entrevistas,
danças, desfiles, bailes, shows, ballet, danças,
teatros, óperas, concertos, desfiles, bailes, teatros,
recitais, festivais e congê- óperas, concertos,
neres. recitais, festivais e
congêneres, inclusive
programas de televi-
são, matérias jornalísti-
cas ou publicitárias.
12.14 Fornecimento de música 12.14.00 Fornecimento de 5 4,5 4 3,5 3,5
para ambientes fecha- música para ambientes
dos ou não, mediante fechados ou não, me-
transmissão por qualquer diante transmissão por
processo. qualquer processo.
12.15 Desfiles de blocos carnava- 12.15.00 Desfiles de blocos car- 5 4,5 4 3,5 3,5
lescos ou folclóricos, trios navalescos ou folcló-
elétricos e congêneres. ricos, trios elétricos e
congêneres.
12.16 Exibição de filmes, entre- 12.16.00 Exibição de filmes, 5 4,5 4 3,5 3,5
vistas, musicais, espetácu- entrevistas, musicais,
los, shows, concertos, des- espetáculos, shows,
files, óperas, competições concertos, desfiles,
esportivas, de destreza óperas, competições
intelectual ou congêneres. esportivas, destreza
intelectual ou congê-
neres.
12.17 Recreação e animação, 12.17.00 Recreação e animação, 5 5 4,5 4 4
inclusive em festas e even- inclusive em festas e
tos de qualquer natureza. eventos de qualquer
natureza.
13. SERVIÇOS RELATIVOS À
FONOGRAFIA, FOTOGRA-
FIA, CINEMATOGRAFIA E
REPROGRAFIA.
13.01 (VETADO) 0 0 - - - - -
13.02 Fonografia ou gravação de 13.02.00 Fonografia ou grava- 4 4 3,5 3 3
sons, inclusive trucagem, ção de sons, inclusive
dublagem, mixagem e trucagem, dublagem,
congêneres. mixagem e congêneres.
Editora
294
294
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

13.03 Fotografia e cinematogra- 13.03.01 Fotografia. 4 4 3,5 3 3


fia, inclusive revelação,
ampliação, cópia, reprodu-
ção, trucagem e congê-
neres.
13.03 x 13.03.02 Produção audiovisual 4 4 3,5 3 3
13.03 x 13.03.03 Revelação, ampliação, 4 4 3,5 3 3
cópia, reprodução, tru-
cagem e congêneres.
13.03 x 13.03.04 Fotografia, Cinema- 4 4 3,5 3 3
tografia ou outros, de
registro de eventos
(casamentos, formatu-
ras, festas, recepções,
solenidades e congê-
neres).
13.04 Reprografia, microfilma- 13.04.01 Reprografia, (cópia de 4 2 2 2 2
gem e digitalização. documentos).
13.04 x 13.04.02 Microfilmagem e digi- 4 2 2 2
talização.
13.05 Composição gráfica, inclu- 13.05.01 Composição gráfica, 4 2 2 2 2 2
sive confecção de impres- inclusive confecção
sos gráficos, fotocomposi- de impressos gráficos,
ção, clicheria, zincografia, exceto se destinados
litografia e fotolitografia, a posterior operação
exceto se destinados de comercialização ou
a posterior operação industrialização, ainda
de comercialização ou que incorporados,
industrialização, ainda que de qualquer forma, a
incorporados, de qualquer outra mercadoria que
forma, a outra mercadoria deva ser objeto de
que deva ser objeto de posterior circulação,
posterior circulação, tais tais como bulas, rótu-
como bulas, rótulos, eti- los, etiquetas, caixas,
quetas, caixas, cartuchos, cartuchos, embalagens
embalagens e manuais e manuais técnicos e
técnicos e de instrução, de instrução, quando
quando ficarão sujeitos ao ficarão sujeitos ao
ICMS. ICMS.
13.05 x 13.05.02 Fotocomposição 4 2 2 2 2
13.05 x 13.05.03 Clicheria, zincografia, 4 2 2 2 2
litografia e fotolito-
grafia.
13.05 x 13.05.04 Artes gráficas, Tipo- 4 2 2 2 2
grafia.
13.05 x 13.05.05 Serigrafia (Silk Screen) 4 2 2 2 2
14. SERVIÇOS RELATIVOS A
BENS DE TERCEIROS

Editora
295
a solução para o seu concurso!
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14.01 Lubrificação, limpeza, 14.01.01 Lubrificação de 4 3,5 3 2,5 2,5


lustração, revisão, carga máquinas, aparelhos
e recarga, conserto, e equipamentos,
restauração, blindagem, (exceto peças e partes
manutenção e conserva- empregadas, que ficam
ção de máquinas, veículos, sujeitas ao ICMS).
aparelhos, equipamentos,
motores, elevadores ou de
qualquer objeto (exceto
peças e partes emprega-
das, que ficam sujeitas ao
ICMS).
14.01 x 14.01.02 Limpeza de máquinas, 4 3,5 3 2,5 2,5
aparelhos e equipa-
mentos.
14.01 x 14.01.03 Lustração de máquinas, 4 3,5 3 2,5 2,5
aparelhos e equipa-
mentos.
14.01 x 14.01.04 Lustrador 4 3,5 3 2,5 2,5
14.01 x 14.01.05 Revisão, carga e recar- 4 3,5 3 2,5 2,5
ga de máquinas, apare-
lhos e equipamentos.
14.01 x 14.01.06 Restauração de quais- 4 3,5 3 2,5 2,5
quer objetos
14.01 x 14.01.07 Conserto, manuten- 4 3,5 3 2,5 2,5
ção e conservação de
quaisquer objetos.
14.01 x 14.01.08 Conserto, restauração 4 3,5 3 2,5 2,5
de sapatos.
14.01 x 14.01.09 Conserto, restauração 4 3,5 3 2,5 2,5
de jóias, relógios e
congêneres.
14.01 x 14.01.10 Conserto, restauração 4 3,5 3 2,5 2,5
de Óculos (Óticas).
14.01 x 14.01.11 Conserto, restauração 4 3,5 3 2,5 2,5
de Aparelhos elétricos,
eletrônicos......
14.01 x 14.01.12 Conserto, restauração 4 3,5 3 2,5 2,5
de Eletrodomésticos.
14.01 x 14.01.13 Conserto, restaura- 4 3,5 3 2,5 2,5
ção de Instrumentos
Musicais.
14.01 x 14.01.14 Conserto, restauração 4 3,5 3 2,5 2,5
de Máquinas Agrícolas
e congêneres.
14.01 x 14.01.15 Conserto, restauração 4 3,5 3 2,5 2,5
de Aparelhos Odonto-
lógicos, Hospitalares,
Ortopédicos, Labora-
toriais.
14.01 x 14.01.16 Conserto, restauração 4 3,5 3 2,5 2,5
de Máquinas e Equipa-
mentos para Escritório.

Editora
296
296
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

14.01 x 14.01.17 Conserto por Soldagem 4 3,5 3 2,5 2,5


14.01 x 14.01.18 Conserto, restauração 4 3,5 3 2,5 2,5
de Computadores e
similares.
14.01 x 14.01.19 Conserto, restauração 4 3,5 3 2,5 2,5
de Brinquedos em
geral.
14.01 x 14.01.20 Conserto, restauração 4 3,5 3 2,5 2,5
de Aparelhos equipa-
mentos Industriais,
gráficos etc.
14.01 x 14.01.21 Conserto, restauração 4 3,5 3 2,5 2,5
de Elevadores.
14.01 x 14.01.22 Conserto, restauração 4 3,5 3 2,5 2,5
de Ar-Condicionado,
refrigeração ou venti-
lação.
14.01 x 14.01.23 Conserto, restauração 4 3,5 3 2,5 2,5
de Letreiros, luminosos
em geral.
14.01 x 14.01.24 Conserto, restauração 4 3,5 3 2,5 2,5
de Móveis em geral.
14.01 x 14.01.25 Conserto, restauração 4 3,5 3 2,5 2,5
de Bicicletas, peças e
similares.
14.01 x 14.01.26 Conserto de Veículos 4 3,5 3 2,5 2,5
(parte elétrica)
14.01 x 14.01.27 Conserto de Motocicle- 4 3,5 3 2,5 2,5
tas e similares
14.01 x 14.01.28 Oficina Mecânica. 4 3,5 3 2,5 2,5
14.01 x 14.01.29 Lubrificação, revisão 4 3,5 3 2,5 2,5
e lavagem de veículos
(POSTOS).
14.01 x 14.01.30 Lavagem, lubrificação 4 3,5 3 2,5 2,5
em veículos (OUTROS).
14.01 x 14.01.31 Alinhamento e Balan- 4 3,5 3 2,5 2,5
ceamento de Veículos
Automotores.
14.01 x 14.01.32 Borracharia 4 3,5 3 2,5 2,5
14.01 x 14.01.33 Blindagens em geral 4 3,5 3 2,5 2,5
14.01 x 14.01.34 Conserto de radiadores 4 3,5 3 2,5 2,5
de Veículos Automo-
tores.
14.01 x 14.01.35 Conserto de direção de 4 3,5 3 2,5 2,5
Veículos Automotores.
14.01 x 14.01.36 Conserto de câmbio de 4 3,5 3 2,5 2,5
Veículos Automotores.
14.01 x 14.01.37 Conserto de vidros 4 3,5 3 2,5 2,5
elétricos de Veículos
Automotores.

Editora
297
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

14.01 x 14.01.38 Conserto de tapeçaria 4 3,5 3 2,5 2,5


de Veículos Automo-
tores.
14.01 x 14.01.39 Conserto de aeronaves 4 3,5 3 2,5 2,5
ou suas partes
14.02 Assistência técnica. 14.02.01 Assistência Técnica. 4 3,5 3 2,5 2,5
14.02 x 14.02.02 Contrato de Garantia 4 3,5 3 2,5 2,5
de Assistência Técnica,
exceto pelo fabricante.
14.03 Recondicionamento de 14.03.00 Retífica e recondicio- 4 3,5 3 2,5 2,5
motores (exceto peças e namento de motores
partes empregadas, que (exceto peças e partes
ficam sujeitas ao ICMS). empregadas, que ficam
sujeitas ao ICMS).
14.04 Recauchutagem ou rege- 14.04.00 Recauchutagem ou 4 2 2 2 2
neração de pneus. regeneração de pneus.
14.05 Restauração, recondi- 14.05.01 Recondicionamento 4 3,5 3 2,5 2,5
cionamento, acondi- de objetos quaisquer,
cionamento, pintura, afiação.
beneficiamento, lavagem,
secagem, tingimento, gal-
vanoplastia, anodização,
corte, recorte, polimento,
plastificação e congêneres,
de objetos quaisquer.
14.05 x 14.05.02 Acondicionamento de 4 3,5 3 2,5 2,5
objetos quaisquer
14.05 x 14.05.03 Pintura de objetos 4 3,5 3 2,5 2,5
quaisquer (placas, pai-
néis, quadros, etc).
14.05 x 14.05.04 Pintura de veículos 4 3,5 3 2,5 2,5
14.05 x 14.05.05 Beneficiamento de 4 3,5 3 2,5 2,5
objetos quaisquer
14.05 x 14.05.06 Lavagem de objetos 4 3,5 3 2,5 2,5
quaisquer
14.05 x 14.05.07 Secagem de objetos 4 3,5 3 2,5 2,5
quaisquer
14.05 x 14.05.08 Tingimento de objetos 4 3,5 3 2,5 2,5
quaisquer
14.05 x 14.05.09 Galvanoplastia de obje- 4 3,5 3 2,5 2,5
tos quaisquer
14.05 x 14.05.10 Anodização de objetos 4 3,5 3 2,5 2,5
quaisquer
14.05 x 14.05.11 Corte, recorte, de obje- 4 3,5 3 2,5 2,5
tos quaisquer.
14.05 x 14.05.12 Polimento ou Cris- 4 3,5 3 2,5 2,5
talização de objetos
quaisquer
14.05 x 14.05.13 Plastificação e con- 4 3,5 3 2,5 2,5
gêneres, de objetos
quaisquer.
14.05 x 14.05.14 Tornearia e Usinagem 4 3,5 3 2,5 2,5
Editora
298
298
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

14.05 x 14.05.15 Jateamento 4 3,5 3 2,5 2,5


14.05 x 14.05.16 Instalação de aces- 4 3,5 3 2,5 2,5
sórios em veículos
automotores
14.05.17 Costura, acabamento 2,5 2,5
de objetos quaisquer.
14.05 x 14.05.99 Outros 4 3,5 3 2,5 2,5
14.06 Instalação e montagem 14.06.01 Instalação e montagem 4 3,5 3 2,5 2,5
de aparelhos, máquinas de aparelhos, máqui-
e equipamentos, inclusi- nas e equipamentos,
ve montagem industrial, prestados ao usuário
prestados ao usuário final, final, exclusivamente
exclusivamente com mate- com material por ele
rial por ele fornecido. fornecido.
14.06 x 14.06.02 Montagem industrial, 4 3,5 3 2,5 2,5
prestados ao usuário
final, exclusivamente
com material por ele
fornecido.
14.06 x 14.06.03 Montagem de óculos 4 3,5 3 2,5 2,5
para o usuário final
(ótica)
14.07 Colocação de molduras e 14.07.00 Colocação de molduras 4 2,5 2 2 2
congêneres. e congêneres.
14.08 Encadernação, gravação e 14.08.00 Encadernação, 4 2 2 2 2
douração de livros, revis- gravação e douração
tas e congêneres. de livros, revistas e
congêneres.
14.09 Alfaiataria e costura, 14.09.01 Alfaiataria, quando o 4 3,5 3 2,5 2,5
quando o material for for- material for fornecido
necido pelo usuário final, pelo usuário final,
exceto aviamento. exceto aviamento
14.09 x 14.09.02 Costura (costureiras 4 3,5 3 2,5 2,5
etc) quando o mate-
rial for fornecido pelo
usuário final, exceto
aviamento.
14.09 x 14.09.03 Modista 4 3,5 3 2,5 2,5
14.10 Tinturaria e lavanderia. 14.10.01 Tinturaria 4 3,5 3 2,5 2,5
14.10 x 14.10.02 Lavanderia. 4 3,5 3 2,5 2,5
14.11 Tapeçaria e reforma de 14.11.00 Tapeçaria e reforma de 4 4 3,5 3 3
estofamentos em geral. estofamentos em geral.
14.12 Funilaria e lanternagem. 14.12.00 Funilaria e lanterna- 4 3,5 3 2,5 2,5
gem.
14.13 Carpintaria e serralheria. 14.13.01 Carpintaria (Instalação, 4 3,5 3 2,5 2,5
montagem ou conserto
de bens móveis).
14.13 x 14.13.02 Serralheria (Instalação, 4 3,5 3 2,5 2,5
montagem ou conserto
de bens móveis).

Editora
299
a solução para o seu concurso!
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

14.13.03 Marcenaria (Instalação, 4 3,5 3 2,5 2,5


montagem ou conserto
de bens móveis).
14.14 Guincho intramunicipal, 14.14.01 Guincho intramunici- 3 3
guindaste e içamento. pal.
14.14.02 Guindaste e içamento. 3 3
15. SERVIÇOS RELACIONADOS
AO SETOR BANCARIO OU
FINANCEIRO, INCLUSIVE
AQUELES PRESTADOS POR
INSTITUIÇOES FINANCEI-
RAS AUTORIZADAS A FUN-
CIONAR PELA UNIÃO OU
POR QUEM DE DIREITO.
15.01 Administração de fundos 15.01.01 Administração de fun- 5 5 5 5 5
quaisquer, de consórcio, dos quaisquer.
de cartão de crédito ou
débito e congêneres, de
carteira de clientes, de
cheques pré-datados e
congêneres.
15.01 x 15.01.02 Organização e adminis- 5 5 5 5 5
tração de consórcio.
15.01 x 15.01.03 Administração de car- 5 5 5 5 5
tões de crédito, débito
e congêneres.
15.01 x 15.01.04 Administração de 5 5 5 5 5
carteiras de clientes,
de cheques pré-datado
e congêneres.
15.02 Abertura de contas em ge- 15.02.00 Abertura de contas 5 5 5 5 5
ral, inclusive conta-corren- em geral, inclusive
te, conta de investimentos conta-corrente, conta
e aplicação e caderneta de investimentos e
de poupança, no País e aplicação e caderneta
no exterior, bem como a de poupança, no País e
manutenção das referidas no exterior, bem como
contas ativas e inativas. a manutenção das
referidas contas ativas
e inativas.
15.03 Locação e manutenção 15.03.00 Locação e manutenção 5 5 5 5 5
de cofres particulares, de de cofres particulares,
terminais eletrônicos, de de terminais eletrôni-
terminais de atendimento cos, de terminais de
e de bens e equipamentos atendimento e de bens
em geral. e equipamentos em
geral.
15.04 Fornecimento ou emissão 15.04.00 Fornecimento ou 5 5 5 5 5
de atestados em geral, emissão de atestados
inclusive atestado de em geral, inclusive
idoneidade, atestado de atestado de idonei-
capacidade financeira e dade, atestado de
congêneres. capacidade financeira e
congêneres.

Editora
300
300
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

15.05 Cadastro, elaboração de 15.05.00 Cadastro, elaboração 5 5 5 5 5


ficha cadastral, renovação de ficha cadastral,
cadastral e congêneres, renovação cadastral e
inclusão ou exclusão no congêneres, inclusão
Cadastro de Emitentes ou exclusão no Cadas-
de Cheques sem Fundos tro de Emitentes de
– CCF ou em quaisquer Cheques sem Fundos
outros bancos cadastrais. – CCF ou em quaisquer
outros bancos cadas-
trais.
15.06 Emissão, reemissão e 15.06.00 Emissão, reemissão 5 5 5 5 5
fornecimento de avisos, e fornecimento de
comprovantes e documen- avisos, comprovantes
tos em geral; abono de e documentos em
firmas; coleta e entrega geral; abono de firmas;
de documentos, bens e coleta e entrega de
valores; comunicação com documentos, bens e
outra agência ou com a valores; comunicação
administração central; com outra agência ou
licenciamento eletrônico com a administração
de veículos; transferência central; licenciamento
de veículos; agenciamento eletrônico de veícu-
fiduciário ou depositário; los; transferência de
devolução de bens em veículos; agenciamento
custódia. fiduciário ou depositá-
rio; devolução de bens
em custódia.
15.07 Acesso, movimentação, 15.07.00 Acesso, movimentação, 5 5 5 5 5
atendimento e consulta atendimento e consul-
a contas em geral, por ta a contas em geral,
qualquer meio ou proces- por qualquer meio ou
so, inclusive por telefone, processo, inclusive
fac-símile, internet e por telefone, fac-sí-
telex, acesso a terminais mile, internet e telex,
de atendimento, inclusi- acesso a terminais de
ve vinte e quatro horas; atendimento, inclusive
acesso a outro banco e vinte e quatro horas;
a rede compartilhada; acesso a outro banco
fornecimento de saldo, e a rede compartilha-
extrato e demais informa- da; fornecimento de
ções relativas a contas em saldo, extrato e demais
geral, por qualquer meio informações relativas
ou processo. a contas em geral,
por qualquer meio ou
processo.

Editora
301
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

15.08 Emissão, reemissão, alte- 15.08.00 Emissão, reemissão, 5 5 5 5 5


ração, cessão, substitui- alteração, cessão, subs-
ção, cancelamento e regis- tituição, cancelamento
tro de contrato de crédito; e registro de contrato
estudo, análise e avaliação de crédito; estudo,
de operações de crédi- análise e avaliação de
to; emissão, concessão, operações de crédito;
alteração ou contratação emissão, concessão,
de aval, fiança, anuência alteração ou contra-
e congêneres; serviços tação de aval, fiança,
relativos à abertura de anuência e congêne-
crédito, para quaisquer res; serviços relativos
fins. à abertura de crédito,
para quaisquer fins.
15.09 Arrendamento mercantil 15.09.00 Arrendamento mercan- 5 5 5 5 5
(leasing) de quaisquer til (leasing) de quais-
bens, inclusive cessão quer bens, inclusive
de direitos e obrigações, cessão de direitos e
substituição de garantia, obrigações, substitui-
alteração, cancelamento ção de garantia, alte-
e registro de contrato, e ração, cancelamento
demais serviços relacio- e registro de contrato,
nados ao arrendamento e demais serviços
mercantil (leasing). relacionados ao ar-
rendamento mercantil
(leasing).
15.10 Serviços relacionados a 15.10.00 Serviços relacionados 5 5 5 5 5
cobranças, recebimentos a cobranças, recebi-
ou pagamentos em geral, mentos ou pagamentos
de títulos quaisquer, de em geral, de títulos
contas ou carnês, de quaisquer, de contas
câmbio, de tributos e por ou carnês, de câmbio,
conta de terceiros, inclusi- de tributos e por conta
ve os efetuados por meio de terceiros, inclusive
eletrônico, automático ou os efetuados por meio
por máquinas de aten- eletrônico, automático
dimento; fornecimento ou por máquinas de
de posição de cobrança, atendimento; forneci-
recebimento ou pagamen- mento de posição de
to; emissão de carnês, cobrança, recebimento
fichas de compensação, ou pagamento; emis-
impressos e documentos são de carnês, fichas
em geral. de compensação, im-
pressos e documentos
em geral.
15.11 Devolução de títulos, pro- 15.11.00 Devolução de títulos, 5 5 5 5 5
testo de títulos, sustação protesto de títulos,
de protesto, manutenção sustação de protesto,
de títulos, reapresentação manutenção de títulos,
de títulos, e demais servi- reapresentação de títu-
ços a eles relacionados. los, e demais serviços a
eles relacionados.
15.12 Custódia em geral, inclu- 15.12.00 Custódia em geral, 5 5 5 5 5
sive de títulos e valores inclusive de títulos e
mobiliários. valores mobiliários.

Editora
302
302
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

15.13 Serviços relacionados a 15.13.00 Serviços relacionados a 5 5 5 5 5


operações de câmbio em operações de câm-
geral, edição, alteração, bio em geral, edição,
prorrogação, cancelamen- alteração, prorrogação,
to e baixa de contrato cancelamento e baixa
de câmbio; emissão de de contrato de câmbio;
registro de exportação emissão de registro
ou de crédito; cobrança de exportação ou de
ou depósito no exterior; crédito; cobrança ou
emissão, fornecimento e depósito no exterior;
cancelamento de cheques emissão, fornecimento
de viagem; fornecimento, e cancelamento de
transferência, cancela- cheques de viagem;
mento e demais serviços fornecimento, transfe-
relativos à carta de crédito rência, cancelamento
de importação, exporta- e demais serviços
ção e garantias recebidas; relativos à carta de
envio e recebimento crédito de importação,
de mensagens em geral exportação e garantias
relacionadas a operações recebidas; envio e re-
de câmbio. cebimento de mensa-
gens em geral relacio-
nadas a operações de
câmbio.
15.14 Fornecimento, emissão, 15.14.00 Fornecimento, emis- 5 5 5 5 5
reemissão, renovação e são, reemissão, renova-
manutenção de cartão ção e manutenção
magnético, cartão de de cartão magnético,
crédito, cartão de débito, cartão de crédito, car-
cartão salário e congêne- tão de débito, cartão
res. salário e congêneres.
15.15 Compensação de che- 15.15.00 Compensação de 5 5 5 5 5
ques e títulos quaisquer; cheques e títulos
serviços relacionados quaisquer; serviços
a depósito, inclusive relacionados a depósi-
depósito identificado, a to, inclusive depósito
saque de contas quais- identificado, a saque
quer, por qualquer meio de contas quaisquer,
ou processo, inclusive em por qualquer meio ou
terminais eletrônicos e de processo, inclusive em
atendimento. terminais eletrônicos e
de atendimento.
15.16 Emissão, reemissão, liqui- 15.16.00 Emissão, reemissão, 5 5 5 5 5
dação, alteração, cancela- liquidação, alteração,
mento e baixa de ordens cancelamento e baixa
de pagamento, ordens de de ordens de pagamen-
crédito e similares, por to, ordens de crédito e
qualquer meio ou proces- similares, por qualquer
so; serviços relacionados meio ou processo;
à transferência de valores, serviços relacionados
dados, fundos, pagamen- à transferência de
tos e similares, inclusive valores, dados, fundos,
entre contas em geral. pagamentos e simi-
lares, inclusive entre
contas em geral.

Editora
303
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15.17 Emissão, fornecimento, 15.17.00 Emissão, fornecimen- 5 5 5 5 5


devolução, sustação, can- to, devolução, susta-
celamento e oposição de ção, cancelamento e
cheques quaisquer, avulso oposição de cheques
ou por talão. quaisquer, avulso ou
por talão.
15.18 Serviços relacionados a 15.18.00 Serviços relacionados 5 5 5 5 5
crédito imobiliário, avalia- a crédito imobiliário,
ção e vistoria de imóvel ou avaliação e vistoria de
obra, análise técnica e ju- imóvel ou obra, aná-
rídica, emissão, reemissão, lise técnica e jurídica,
alteração, transferência e emissão, reemissão,
renegociação de contrato, alteração, transferên-
emissão e reemissão do cia e renegociação de
termo de quitação e de- contrato, emissão e
mais serviços relacionados reemissão do termo
a crédito imobiliário. de quitação e demais
serviços relacionados a
crédito imobiliário.
16. SERVIÇOS DE TRANSPORTE
DE NATUREZA MUNICIPAL
16.01 Outros serviços de 16.01.01 Transporte de natureza 2,5 2 2 2 2 2
transporte de natureza municipal.
municipal.
16.01.02 Transporte por Taxi 2,5 2 2 2 2 2
(sem empregados)
16.01.03 Transporte por Taxi. 2,5 2 2 2 2 2
16.01.04 Outros serviços de 2,5 2 2 2 2 2
Transporte de pessoas
e passageiros
16.01.05 Transporte de Veículos 2,5 2 2 2 2 2
e Auto Socorro
16.01.06 Transporte de Mudan- 2,5 2 2 2 2 2
ças
16.01.07 Transporte de Cargas 2,5 2 2 2 2 2
16.01.08 Transporte por Ônibus 2,5 2 2 2 2 2
16.01.09 Transporte de peque- 2,5 2 2 2 2 2
nas cargas - carretos
16.01.10 Transporte de Passagei- 2,5 2 2 2 2 2
ros (Condutor Escolar).
16.01.11 Transporte de Passa- 2,5 2 2 2 2 2
geiros (Moto-Taxi).
16.01.12 Transporte de Cargas 2,5 2 2 2 2 2
(Ponto de Caminhão)
16.02 Serviços de transpor- 16.02.01 Serviços de transporte 2 2
te coletivo municipal coletivo municipal ro-
rodoviário, metroviário, doviário, metroviário,
ferroviário e aquaviário de ferroviário e aquaviário
passageiros. de passageiros.
17. SERVIÇOS DE APOIO TEC-
NICO, ADMINISTRATIVO,
JURÍDICO, CONTÁBIL, CO-
MERCILA E CONGENERES.

Editora
304
304
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17.01 Assessoria ou consultoria 17.01.01 Assessoria de qualquer 5 5 4,5 4 4


de qualquer natureza, não natureza, não contida
contida em outros itens em outros itens desta
desta lista; análise, exame, lista; análise, exame,
pesquisa, coleta, compi- pesquisa, coleta, com-
lação e fornecimento de pilação e fornecimento
dados e informações de de dados e informa-
qualquer natureza, inclusi- ções de qualquer
ve cadastro e similares. natureza.
17.01 x 17.01.02 Consultoria de qual- 5 5 4,5 4 4
quer natureza, não
contida em outros
itens desta lista; aná-
lise, exame, pesquisa,
coleta, compilação
e fornecimento de
dados.
17.01 x 17.01.03 Escrituração. cadastro 5 5 4,5 4 4
e congêneres
17.02 Datilografia, digitação, 17.02.01 Datilografia 4 3,5 3 2,5 2,5
estenografia, expedien-
te, secretaria em geral,
resposta audível, redação,
edição, interpretação,
revisão, tradução, apoio e
infra-estrutura administra-
tiva e congêneres.
17.02 x 17.02.02 Digitação 4 3,5 3 2,5 2,5
17.02 x 17.02.03 Estenografia 4 3,5 3 2,5 2,5
17.02 x 17.02.04 Expediente 4 3,5 3 2,5 2,5
17.02 x 17.02.05 Secretaria em geral 4 3,5 3 2,5 2,5
17.02 x 17.02.06 Resposta audível (Tele- 4 3,5 3 2,5 2,5
mensagem)
17.02 x 17.02.07 Tradução e interpre- 4 3,5 3 2,5 2,5
tação
17.02 x 17.02.08 Redação, edição, revi- 4 3,5 3 2,5 2,5
são, apoio e infra-es-
trutura administrativa
e congêneres.
17.03 Planejamento, coordena- 17.03.01 Planejamento, Co- 5 4,5 4 3,5 3,5
ção, programação ou orga- ordenação Técnica,
nização técnica, financeira financeira ou adminis-
ou administrativa. trativa.
17.03 x 17.03.02 Programação, Organi- 5 4,5 4 3,5 3,5
zação Técnica, financei-
ra ou administrativa.
17.04 Recrutamento, agencia- 17.04.01 Recrutamento de mão- 4 4 3,5 3 3
mento, seleção e coloca- -de-obra.
ção de mão-de-obra.
17.04.02 Agenciamento, Seleção 4 4 3,5 3 3
de mão-de-obra.
17.04.03 Colocação de mão-de- 4 4 3,5 3 3
-obra.

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305
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17.05 Fornecimento de mão-de- 17.05.01 Fornecimento de 4 3,5 3 2,5 2,5


-obra, mesmo em caráter mão-de-obra, mesmo
temporário, inclusive de em caráter temporário,
empregados ou trabalha- inclusive de emprega-
dores, avulsos ou tempo- dos ou trabalhadores,
rários, contratados pelo avulsos ou temporá-
prestador de serviço. rios, contratados pelo
prestador de serviço.
17.05.02 Agências de recruta- 4 3,5 3 2,5 2,5
mento, coloc., forneci-
mento de mão de obra.
17.06 Propaganda e publicidade, 17.06.01 Propaganda e publici- 3 2,5 2 2 2
inclusive promoção de dade.
vendas, planejamento de
campanhas ou sistemas
de publicidade, elabora-
ção de desenhos, textos e
demais materiais publici-
tários.
17.06 x 17.06.02 Promoção de vendas e 3 2,5 2 2 2
negócios
17.06 x 17.06.03 Planejamento de cam- 3 2,5 2 2 2
panhas ou sistemas de
publicidade
17.06 x 17.06.04 Elaboração de dese- 3 2,5 2 2 2
nhos, textos e demais
materiais publicitários.
17.06 x 17.06.05 Pesquisa de mercado 3 2,5 2 2 2
17.07 (VETADO) Veiculação e di- - - - - -
vulgação de textos, dese-
nhos e outros materiais de
propaganda e publicidade,
por qualquer meio
17.08 Franquia (franchising). 17.08.00 Franquia (franchising). 5 5 4,5 4 4
17.09 Perícias, laudos, exames
técnicos e análises técni-
cas.
17.09 x 17.09.01 Perícias, laudos, exa- 2 2 2 2 2
mes técnicos.
17.09 x 17.09.02 Análises técnicas. 2 2 2 2 2
17.09 x 17.09.03 Exames Psicotécnicos 2 2 2 2 2
17.10 Planejamento, organização 17.10.01 Planejamento, organi- 4 2 2 2 2
e administração de feiras, zação e administração
exposições, congressos e de feiras e congêneres.
congêneres.
17.10 x 17.10.02 Planejamento, organi- 4 2 2 2 2
zação e administração
de exposições, con-
gressos e congêneres.

Editora
306
306
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

17.11 Organização de festas e 17.11.01 Organização de festas 4 4 3,5 3 3


recepções; bufê (exceto o e recepções; (exceto
fornecimento de alimen- o fornecimento de
tação e bebidas, que fica alimentação e bebidas
sujeito ao ICMS). que fica sujeito ao
ICMS).
17.11 x 17.11.02 Bufê (exceto o forneci- 4 4 3,5 3 3
mento de alimentação
e bebidas que fica
sujeito ao ICMS).
17.12 Administração em geral, 17.12.01 Administração em ge- 4 3,5 3 2,5 2,5
inclusive de bens e negó- ral, inclusive de bens e
cios de terceiros. negócios de terceiros.
17.12 x 17.12.02 Administração de 4 3,5 3 2,5 2,5
imóveis
17.12 x 17.12.03 Administração de 4 3,5 3 2,5 2,5
empresas
17.12 x 17.12.04 Administração de 4 3,5 3 2,5 2,5
distribuição de co-se-
guros.
17.13 Leilão e congêneres. 17.13.00 Leilão e congêneres. 4 3,5 3 2,5 2,5
17.14 Advocacia. 17.14.00 Advocacia. 2 2 2 2 2
17.15 Arbitragem de qualquer 17.15.00 Arbitragem de qual- 2 2 2 2 2
espécie, inclusive jurídica. quer espécie, inclusive
jurídica.
17.16 Auditoria. 17.16.00 Auditoria. 2 2 2 2 2
17.17 Análise de Organização e 17.17.00 Análise de Organização 4 3,5 3 2,5 2,5
Métodos. e Métodos.
17.18 Atuária e cálculos técnicos 17.18.00 Atuária e cálculos 4 3,5 3 2,5 2,5
de qualquer natureza. técnicos de qualquer
natureza.
17.19 Contabilidade, inclusive 17.19.01 Contabilidade. 2 2 2 2 2
serviços técnicos e auxi-
liares.
17.19 x 17.19.02 Técnico em Contabili- 2 2 2 2 2
dade
17.20 Consultoria e assessoria 17.20.01 Consultoria econômica 5 4,5 4 3,5 3,5
econômica ou financeira. ou financeira.
17.20 x 17.20.02 Assessoria econômica 5 4,5 4 3,5 3,5
ou financeira.
17.20 x 17.20.03 Economista 5 4,5 4 3,5 3,5
17.21 Estatística. 17.21.00 Estatística. 5 4,5 4 3,5 3,5
17.22 Cobrança em geral. 17.22.01 Cobrança em geral. 5 4,5 4 3,5 3,5
(cobrador).
17.22 x 17.22.02 Cobranças (outras 5 4,5 4 3,5 3,5
instituições).

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307
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17.23 Assessoria, análise, 17.23.00 Factoring - Assessoria, 5 4,5 4 3,5 3,5


avaliação, atendimen- análise, avaliação,
to, consulta, cadastro, atendimento, consulta,
seleção, gerenciamento cadastro, seleção, ge-
de informações, adminis- renciamento de infor-
tração de contas a receber mações, administração
ou a pagar e em geral, de contas a receber ou
relacionados a operações a pagar e em geral, re-
de faturização (factoring). lacionadas a operações
de faturização.
17.24 Apresentação de pales- 17.24.00 Apresentação de 2 2 2 2 2
tras, conferências, seminá- palestras, conferências,
rios e congêneres. seminários e congê-
neres.
17.25 Inserção de textos, dese- 17.25.00 Inserção de textos, 2 2
nhos e outros materiais de desenhos e outros ma-
propaganda e publicidade, teriais de propaganda
em qualquer meio (exceto e publicidade, em qual-
em livros, jornais, perió- quer meio (exceto em
dicos e nas modalidades livros, jornais, periódi-
de serviços de radiodifu- cos e nas modalidades
são sonora e de sons e de serviços de radiodi-
imagens de recepção livre fusão sonora e de sons
e gratuita). e imagens de recepção
livre e gratuita).
18. SERVIÇOS DE REGULAÇÃO
DE SINISTROS VINCULA-
DOS A CONTRATOS DE
SEGUROS; INSPECÇÃO E
AVALIAÇÃO DE RISCOS
PARA COBERTURA DE
CONTRATOS DE SEGUROS;
PREVENÇÃO E GERÊNCIA
DE RISCOS SEGURÁVEIS E
CONGENERES.
18.01 Serviços de regulação 18.01.01 Regulação de sinistros 4 3,5 3 2,5 2,5
de sinistros vinculados vinculados a contratos
a contratos de seguros; de seguros; inspeção e
inspeção e avaliação de avaliação de riscos p/
riscos para cobertura de cobertura de contratos
contratos de seguros; de seguros.
prevenção e gerência de
riscos seguráveis e congê-
neres.
18.01 x 18.01.02 Prevenção e gerência 4 3,5 3 2,5 2,5
de riscos seguráveis e
congêneres.
19. SERVIÇOS DE DISTRIBUI-
ÇÃO E VENDA DE BILHETES
E DEMAIS PRODUTOS DE
LOTERIA, BINGOS, CAR-
TÕES, PULES OU CUPONS
DE APOSTAS, SORTEIOS,
PREMIOS, INCLUSIVE OS
DECORRENTES DE TÍTULOS
DE CAPITALIZAÇÃO E CON-
GENERES.
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308
308
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19.01 Serviços de distribuição 19.01.01 Serviços de distribuição 5 5 4,5 4 4


e venda de bilhetes e de- e venda de bilhetes e
mais produtos de loteria, demais produtos de
bingos, cartões, pules ou loteria, bingos, cartões,
cupons de apostas, sor- pules ou cupons de
teios, prêmios, inclusive os apostas, sorteios,
decorrentes de títulos de prêmios, inclusive os
capitalização e congêne- decorrentes de títulos
res. de capitalização e con-
gêneres.
19.01 x 19.01.02 Distribuição e venda 5 5 4,5 4 4
de cartelas, sorteios
ou prêmios em bingos,
telebingos e asseme-
lhados.
20. SERVIÇOS PORTUÁRIOS,
AEROPORTUÁRIOS,
FERROPORTUÁ-RIOS, DE
TERMINAIS RODOVIÁRIOS,
FERROVIÁRIOS E METRO-
VIÁRIOS.
20.01 Serviços portuários, 20.01.00 Serviços portuários, 5 2 2 2 5
ferroportuários, utilização ferroportuários,
de porto, movimentação utilização de porto,
de passageiros, reboque movimentação de
de embarcações, reboca- passageiros, reboque
dor escoteiro, atracação, de embarcações,
desatracação, serviços rebocador escoteiro,
de praticagem, capatazia, atracação, desatra-
armazenagem de qual- cação, serviços de
quer natureza, serviços praticagem, capatazia,
acessórios, movimentação armazenagem de qual-
de mercadorias, serviços quer natureza, serviços
de apoio marítimo, de acessórios, movimen-
movimentação ao largo, tação de mercadorias,
serviços de armadores, es- serviços de apoio
tiva, conferência, logística marítimo, de movimen-
e congêneres. tação ao largo, serviços
de armadores, estiva,
conferência, logística e
congêneres.
20.02 Serviços aeroportuários, 20.02.00 Serviços aeroportu- 5 2 2 2 5
utilização de aeroporto, ários, utilização de
movimentação de passa- aeroporto, movimen-
geiros, armazenagem de tação de passageiros,
qualquer natureza, capata- armazenagem de
zia, movimentação de ae- qualquer natureza, ca-
ronaves, serviços de apoio patazia, movimentação
aeroportuários, serviços de aeronaves, serviços
acessórios, movimentação de apoio aeroportuá-
de mercadorias, logística e rios, serviços acessó-
congêneres. rios, movimentação de
mercadorias, logística e
congêneres.

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309
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20.03 Serviços de terminais 20.03.00 Serviços de terminais 5 2 2 2 5


rodoviários, ferroviários, rodoviários, ferrovi-
metroviários, movimen- ários, metroviários,
tação de passageiros, movimentação de
mercadorias, inclusive passageiros, merca-
suas operações, logística e dorias, inclusive suas
congêneres. operações, logística e
congêneres.
21 SERVIÇOS DE REGISTROS
PÚBLICOS, CARTÓRIOS E
NOTARIAIS.
21.01 Serviços de registros 21.01.00 Serviços de registros 2 2 2 2 2
públicos, cartorários e públicos, cartorários e
notariais. notariais.
22. SERVIÇOS DE EXPLORA-
ÇÃO DE RODOVIA
22.01 Serviços de exploração de 22.01.01 Serviços de exploração 5 5 5 5 5
rodovia mediante cobran- de rodovia mediante
ça de preço ou pedágio cobrança de preço ou
dos usuários, envolvendo pedágio dos usuários,
execução de serviços de envolvendo execução
conservação, manuten- de serviços de conser-
ção, melhoramentos para vação, manutenção,
adequação de capacidade melhoramentos para
e segurança de trânsito, adequação de capaci-
operação, monitoração, dade e segurança de
assistência aos usuários e trânsito, operação, mo-
outros serviços definidos nitoração, assistência
em contratos, atos de con- aos usuários e outros
cessão ou de permissão serviços definidos em
ou em normas oficiais contratos, atos de
concessão ou de per-
missão ou em normas
oficiais.
22.01 x 22.01.02 Serviços definidos em 5 5 5 5 5
contrato - operação,
manutenção, coorde-
nação, fornecimento,
fiscalização e instalação
de equipamentos está-
ticos ou portáteis, fixos
ou não, de registro das
infrações de excesso de
velocidade, ou de pas-
sagem, em rodovias.
23 SERVIÇOS DE PROGRA-
MAÇÃO E COMUNICAÇÃO
VISUAL, DESENHO INDUS-
TRIAL E CONGENERES.
23.01 Serviços de programação 23.01.00 Serviços de progra- 3 2,5 2 2 2
e comunicação visual, mação e comunicação
desenho industrial e con- visual, desenho indus-
gêneres. trial e congêneres.

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310
310
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24. SERVIÇOS DE CHAVEIRO,


CONFECÇÃO DE CARIM-
BOS, PLACAS, SINALIZA-
ÇÃO VISUAL, BANNERS,
ADESIVOS E CONGENERES.
24.01 Serviços de chaveiros, 24.01.01 Serviços de chaveiros. 4 3,5 3 2,5 2,5
confecção de carimbos,
placas, sinalização visual,
banners, adesivos e con-
gêneres.
24.01 x 24.01.02 Serviços de confecção 4 3,5 3 2,5 2,5
de carimbos.
24.01 x 24.01.03 Serviços de confecção 4 3,5 3 2,5 2,5
de placas, sinalização
visual, banners, adesi-
vos e congêneres.
25. SERVIÇOS FUNERÁRIOS
25.01 Funerais, inclusive forne- 25.01.00 Funerais, inclusive 5 5 4,5 4 4
cimento de caixão, urna fornecimento de cai-
ou esquifes; aluguel de ca- xão, urna ou esquifes;
pela; transporte do corpo aluguel de capela;
cadavérico; fornecimento transporte do corpo ca-
de flores, coroas e outros davérico; fornecimento
paramentos; desembara- de flores, coroas e
ço de certidão de óbito; outros paramentos; de-
fornecimento de véu, essa sembaraço de certidão
e outros adornos; embal- de óbito; fornecimento
samento, embelezamento, de véu, essa e outros
conservação ou restaura- adornos; embalsamen-
ção de cadáveres. to, embelezamento,
conservação ou restau-
ração de cadáveres.
25.02 Translado intramunicipal 25.02.00 Translado intramuni- 5 4,5 4 3,5 4 4
e cremação de corpos e cipal e cremação de
partes de corpos cadavé- corpos e partes de
ricos. corpos cadavéricos.
25.03 Planos ou convênio fune- 25.03.00 Planos ou convênio 5 5 4,5 4 4
rários. funerários.
25.04 Manutenção e conserva- 25.04.00 Manutenção e con- 2 2 2 2 2
ção de jazigos e cemité- servação de jazigos e
rios. cemitérios.
25.05 Cessão de uso de espaços 25.05.00 Cessão de uso de espa- 4 4
em cemitérios para sepul- ços em cemitérios para
tamento. sepultamento.
26. SERVIÇOS DE COLETA,
REMESSA OU ENTREGA
DE CORRESPONDENCIA,
DOCUMENTOS, OBJETOS,
BENS OU VALORES, INCLU-
SIVE PELOS CORREIOS E
SUAS AGENCIAS FRAN-
QUEADAS; COURRIER E
CONGENERES.

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26.01 Serviços de coleta, remes- 26.01.01 Serviços de coleta, 5 5 4,5 4 4


sa ou entrega de corres- remessa ou entrega
pondências, documentos, de correspondências,
objetos, bens ou valores, documentos, objetos
inclusive pelos correios e ou bens, pelos correios
suas agências franquea- e suas agências fran-
das; courrier e congêne- queadas.
res.
26.01.02 Transporte de valores, 5 5 4,5 4 4
dentro do território do
município.
26.01.03 Serviços de coleta, 5 5 4,5 4
remessa ou entrega
de correspondências,
documentos, objetos,
bens ou valores, por
courrier, moto-boy ou
congêneres.
27. SERVIÇOS DE ASSISTENCIA
SOCIAL
27.01 Serviços de assistência 27.01.00 Serviços de assistência 2 2 2 2
social. social.
28. SERVIÇOS DE AVALIAÇÃO
DE BENS E SERVIÇOS DE
QUALQUER NATUREZA
28.01 Serviços de avaliação de 28.01.00 Serviços de avaliação 2 2 2 2 2
bens e serviços de qual- de bens e serviços de
quer natureza. qualquer natureza.
29. SERVIÇOS DE BIBLIOTECO-
NOMIA
29.01 Serviços de bibliotecono- 29.01.00 Serviços de biblioteco- 2 2 2 2 2
mia. nomia.
30. SERVIÇOS DE BIOLOGIA,
BIOTECNOLOGIA E QUI-
MICA.
30.01 Serviços de biologia, bio- 30.01.01 Serviços de biologia. 2 2 2 2 2
tecnologia e química.
30.01 x 30.01.02 Serviços de biotecno- 2 2 2 2 2
logia
30.01 x 30.01.03 Serviços de química 2 2 2 2 2
31. SERVIÇOS TECNICOS EM
EDIFICAÇÕES, ELETRÔNI-
CA, MECANICA, TELECO-
MUNICAÇÕES E CONGE-
NERES.

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31.01 Serviços técnicos em 31.01.01 Serviços técnicos em 3 2,5 2 2 2


edificações, eletrônica, edificações
eletrotécnica, mecânica,
telecomunicações e con-
gêneres.
31.01 x 31.01.02 Serviços técnicos em 3 2,5 2 2 2
eletrônica.
31.01 x 31.01.03 Serviços técnicos em 3 2,5 2 2 2
eletrotécnica.
31.01 x 31.01.04 Serviços técnicos em 3 2,5 2 2 2
mecânica.
31.01 x 31.01.05 Serviços técnicos em 3 2,5 2 2 2
telecomunicações e
congêneres.
32. SERVIÇOS DE DESENHOS
TECNICOS
32.01 Serviços de desenhos 32.01.00 Serviços de desenhos 4 4 3,5 3 3
técnicos. técnicos.
33. SERVIÇOS DE DESEMBA-
RAÇO ADUANEIRO, CO-
MISSÁRIOS, DESPACHAN-
TES E CONGENERES.
33.01 Serviços de desembaraço 33.01.00 Serviços de desemba- 3 3 2,5 2 2
aduaneiro, comissários, raço aduaneiro, comis-
despachantes e congêne- sários, despachantes e
res. congêneres.
34 SERVIÇOS DE INVESTIGA-
ÇÕES PARTICULARES, DE-
TETIVES E CONGENERES.
34.01 Serviços de investigações 34.01.00 Serviços de investiga- 4 3,5 3 2,5 2,5
particulares, detetives e ções particulares, dete-
congêneres. tives e congêneres.
35. SERVIÇOS DE REPORTA-
GEM, ASSESSORIA DE
IMPRENSA, JORNALISMO
E RELAÇÕES PÚBLICAS.
35.01 Serviços de reportagem, 35.01.01 Serviços de reporta- 2 2 2 2 2
assessoria de imprensa, gem.
jornalismo e relações
públicas.
35.01 x 35.01.02 Assessoria de imprensa 2 2 2 2 2
35.01 x 35.01.03 Jornalismo. 2 2 2 2 2
35.01 x 35.01.04 Relações públicas. 2 2 2 2 2
35.01 x 35.01.05 Locutor, apresentador 2 2 2 2 2
36. SERVIÇOS DE METEORO-
LOGIA
36.01 Serviços de meteorologia. 36.01.00 Serviços de meteoro- 4 3,5 3 2,5 2,5
logia.
37. SERVIÇOS DE ARTISTAS,
ATLETAS, MODELOS E
MANEQUINS.

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37.01 Serviços de artistas, atle- 37.01.01 Serviços de artistas. 2 2 2 2 2


tas, modelos e manequins.
37.01 x 37.01.02 Serviços de atletas. 2 2 2 2 2
37.01 x 37.01.03 Serviços de modelos e 2 2 2 2 2
manequins.
38. SERVIÇOS DE MUSEOLO-
GIA
38.01 Serviços de museologia. 38.01.00 Serviços de museolo- 2 2 2 2 2
gia.
39. SERVIÇOS DE OURIVESA-
RIA E LAPIDAÇÃO
39.01 Serviços de ourivesaria 39.01.00 Serviços de ourivesaria 4 3,5 3 2,5 2,5
e lapidação (quando o e lapidação (quando
material for fornecido pelo o material for forne-
tomador do serviço). cido pelo tomador do
serviço).
40. SERVIÇOS RELATIVOS A
OBRAS DE ARTE SOB EN-
COMENDA
40.01 Obras de arte sob enco- 40.01.00 Obras de arte sob 4 3,5 3 2,5 2,5
menda. encomenda.

LEI MUNICIPAL Nº 5.430 DE 27/3/1989 INSTITUI O IMPOSTO DE TRANSMISSÃO “INTER VIVOS” (ITBI)

LEI 5.430/89

Institui o Imposto de Transmissão “Inter Vivos” e dá outras providências

I - DA INSTITUIÇÃO

Art. 1º. Passa a integrar o Sistema Tributário do Município o IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO “INTER VIVOS” DE BENS IMÓVEIS.
Art. 2º. São contribuintes do imposto:
I - nas transmissões de direitos decorrentes do compromisso de compra e venda: os transmitentes;
II - nas permutas: ambos os permutantes, cada um relativamente ao bem adquirido;
III - nas demais hipóteses: os adquirentes dos bens ou direitos transmitidos.

II - DOS QUE ESTÃO SUJEITOS À FISCALIZAÇÃO

Art. 3º. São obrigados a exibir os impressos, os documentos e os livros relacionados com o imposto, a prestar as informações solicita-
das pelo Fisco e a não embaraçar a ação fiscalizadora:
I - os contribuintes do imposto;
II - as pessoas inscritas no cadastro de contribuintes do imposto;
III - os serventuários de justiça;
IV - os funcionários e servidores públicos, da administração Direta e das Autarquias, bem como empregados das empresas públicas e
de economia mista e de fundações;
V - os bancos, instituições financeiras, estabelecimentos de crédito e empresas seguradoras;
VI - os síndicos, comissários e inventariantes;
VII - os leiloeiros e os corretores;
VIII - os administradores de bens.
Parágrafo Único. A obrigação, prevista neste artigo, não abrange a prestação de informações quanto a fatos ou atos sobre os quais o
informante esteja legalmente obrigado a manter segredo em razão do cargo, ofício, função, atividade ou profissão.
Art. 4º. Ficam sujeitos a arrecadação pelo Fisco dos livros, documentos, papéis e demais efeitos comerciais e fiscais que constituam
ou possam constituir prova de infração à legislação do imposto.
Parágrafo Único - Feita a prova, ou desde que não haja prejuízo para ela, os documentos poderão ser restituídos a requerimento de
quem de direito, facultado ao Fisco a retirada e retenção de cópias.
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314
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III - DOS ATOS NOTARIAIS IV - nas transmissões em que o contribuinte seja autarquia e
fundação, instituídas e mantidas pelo Poder Público, desde que o
Art. 5º. Os escrivães, tabeliães, oficiais de nota, de registro de bem ou direito transmitido esteja vinculado às suas finalidades es-
imóveis e de registro de títulos e documentos e quaisquer outros senciais ou delas decorrentes;
serventuários da Justiça deverão, quando da prática de quaisquer V - nas transmissões em que o objeto seja incorporado ao pa-
atos que importem transmissão de bens imóveis ou de direitos a trimônio de pessoas jurídicas em realização de capital, nem sobre a
eles relativos, bem como suas cessões, exigir que os interessados transmissão decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção
apresentem comprovantes original do pagamento do imposto, o de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponde-
qual será transcrito, em seu inteiro teor, no instrumento respectivo. rante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos,
Art. 6º. Os escrivães, tabeliães, oficiais de notas, de registros de locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.
imóveis e de registro de títulos e documentos, facilitarão à fiscaliza- §1º. As não incidências:
ção da Fazenda Municipal, exame, em cartório, dos livros, registros 1) previstas no inciso I, não se aplicam às transmissões rela-
e outros documentos e a lhes fornecer, quando solicitados, certi- cionadas com a exploração de atividades econômicas regidas por
dões de atos que forem lavrados, transcritos, averbados ou inscritos normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja
e concernentes a imóveis ou direitos a eles relativos. contra-prestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário,
Art. 7º. Nas transações em que figurarem como adquirentes, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar im-
ou cessionários, pessoas imunes ou isentas, a comprovação do pa- posto relativamente ao bem imóvel;
gamento será substituída por certidão, expedida pela autoridade 2) previstas nos incisos II, III e IV, compreendem somente as
fiscal do Município. transmissões relacionadas com as finalidades essenciais das enti-
dades mencionadas.
IV - DOS FATOS GERADORES §2º. Considera-se caracterizada a atividade preponderante, re-
ferida no inciso V, quando mais de 50% (cinquenta por cento) da
Art. 8º. São fatos geradores do imposto: receita operacional da pessoa jurídica adquirente, nos 2 (dois) últi-
I - a transmissão “inter vivos”, a qualquer título oneroso, da mos anos anteriores e nos 2 (dois) anos subsequentes à aquisição,
propriedade ou do domínio útil de bens imóveis, por natureza ou decorrer de transações mencionadas neste artigo.
por acessão física, como definidos na lei civil; §3º. Se a pessoa jurídica adquirente iniciar suas atividades após
II - a transmissão “inter vivos”, a qualquer título oneroso, de a aquisição, ou menos de 2 (dois) anos antes dela, apurar-se-á a
direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia; preponderância, referida no inciso V e no §2º, levando em conta os
III - a cessão de direitos relativos às transmissões referidas nos 3 (três) primeiros anos seguintes a data da aquisição.
incisos I e II. §4º. Verificada a preponderância, de que tratam o inciso V e os
§1º. Estão compreendidos nas hipóteses definidas neste artigo: §§2º e 3º, tornar-se-á devido o imposto, nos termos da legislação
1) a venda e compra; vigente à data da aquisição, sobre o valor do bem ou direito nessa
2) a dação em pagamento; data.
3) a permuta, inclusive nos casos em que a co-propriedade se §5º. O disposto nos §§2º e 4º não se aplica à transmissão de
tenha estabelecido pelo mesmo título ou em bens contíguos; bens ou direitos, quando realizada em conjunto com a da totalidade
4) a arrematação, a adjudicação e a remissão; do patrimônio da pessoa jurídica alienante.
5) (REVOGADO) Art. 10. Quando a isenção do imposto depender de condição a
6) a transmissão do domínio útil; ser satisfeita ou cumprida posteriormente, não sendo esta imple-
7) os mandatos em causa própria ou com poderes equivalentes mentada, o imposto será considerado devido no momento em que
para a transmissão e seus substabelecimentos; ocorreu a operação ou fato gerador.
8) a cessão ou transmissão de direitos do arrematante ou adju- Parágrafo Único. Nessa hipótese, o pagamento do imposto será
dicatário, após a assinatura do ato de arrematação ou adjudicação; feito com todos os acréscimos legais, devidos e calculados a partir
9) a cessão de benfeitorias e construções em imóvel, exceto a do vencimento do prazo em que o imposto deveria ter sido reco-
indenização de benfeitorias pelo proprietário do solo; lhido caso a operação não fosse beneficiada com a isenção, obser-
10) todos os demais casos compreendidos nas hipóteses de- vadas, quanto ao tempo de incidência, as normas reguladoras da
finidas neste artigo e que não se compreendam na competência matéria.
tributária do Estado. Art. 11. É isenta do imposto a primeira aquisição de imóvel,
para residência própria, feita por ex-participante da Força Expedi-
V - DA NÃO INCIDÊNCIA cionária Brasileira, desde que não exceda o valor venal do imóvel.

Art. 9º. O imposto não incide: VI - DA BASE DE CÁLCULO


I - nas transmissões em que o contribuinte seja a União, Esta-
dos, Distrito Federal, Territórios e Municípios; Art. 12. A base de cálculo do imposto é o valor do imóvel, apu-
II - nas transmissões cujo objeto seja templo de qualquer culto rado na data da transmissão do mesmo.
e desde que mantida essa destinação; Parágrafo único. Entende-se por valor do imóvel, o valor de
III - nas transmissões em que o contribuinte seja: comercialização do mesmo, com desconto de 10% (dez por cento)
1) partido político e sua fundação; Art. 13. O valor comercial poderá ser previamente fixado pelo
2) entidade sindical de trabalhadores; Poder Executivo, em função dos seguintes dados ou elementos:
3) instituição de educação e de assistência social sem fim lucra- I - valor histórico, monetariamente corrigido;
tivo, observados os requisitos da legislação;
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II - preços correntes, das operações da espécie, no mercado II – se for instrumento particular 30 (trinta) dias a partir de sua
imobiliário; data;
III - índice econômicos representativos das oscilações do valor III – se for instrumento público, realizado fora do município,
da moeda; até o 1º dia útil subsequente de efetivar-se o ato ou contrato so-
IV - decisões judiciais recentes, transitadas em julgado, em ex- bre o qual incide. (NR) (Segunda redação integral do art. 19, da Lei
propriatórias, renovatórias de locação ou arrendamento, ações re- 5.430/89, dada pelo art. 1º da LC 2.282/08)
visionais ou de arbitramento de aluguéis ou arrecadamentos; Art. 20. O imposto será pago:
V - localização, benfeitorias, padrão de terra, equipamentos ur- I – Se a transmissão se der por instrumento público ou senten-
banos e/ou rurais e demais características do bem. ça judicial, até o 1º dia útil subsequente ao ato ou do trânsito em
Parágrafo único. Na hipótese de não poder ser apurado o va- julgado da decisão, respectivamente;
lor comercial do imóvel, poderá ser aproveitado como base cálculo II – Se for por instrumento particular 30 (trinta) dias de sua
mínima do ITBI, o valor do imóvel determinado para o seu IPTU, data.
do exercício da transmissão, atualizado monetariamente por índice III – REVOGADO.
oficial federal, desde a sua última valorização ocorrida por lei. (NR) Art. 20. (REVOGADO)(Revogação do art. 20, da Lei 5.430/89,
Art. 14. Quando se tratar de imóveis compromissados à venda dada pelo art. 6º da LC 2.496/11)
pelo “de cujus”, a base de cálculo será o valor do crédito existente à Art. 21. Na arrematação, adjudicação ou remissão, o imposto
data da abertura da sucessão. será calculado sobre o valor do instrumento:
Art. 15. Nas seguintes hipóteses, a base de cálculo será: Art. 22. Nas transmissões realizadas por termo judicial, o im-
I - nos direitos reais de usufruto, uso e habitação: equivalente a posto será pago dentro de 60 (sessenta) dias, contados da data da
1/3 (um terço) do valor venal da propriedade; assinatura do termo, do trânsito em julgado da celebração do ato
II - na nua-propriedade: 2/3 (dois terços) do valor venal do imó- ou contrato. (NR)
vel; Art. 23. Nos pagamentos fora do prazo, para fins de acréscimos
III - na constituição de enfiteuse e transmissão de domínio útil: moratórios, aplica-se a legislação pertinente prevista no Código Tri-
4/5 (quatro quintos) do valor venal da propriedade; butário Municipal.
IV - no domínio direto: 1/5 (um quinto) do valor venal da pro- Art. 24. O imposto será arrecadado do contribuinte e pago, me-
priedade. diante recolhimentos aos cofres municipais, pelos serventuários de
Art. 16. Não será abatida, da base de cálculo, nenhuma dívida justiça, relativamente aos fatos geradores cuja formalização se dê
que onere o bem transmitido. por escritura pública.
Parágrafo Único - Nas demais hipóteses, sob responsabilidade
VII - DA ALÍQUOTA do próprio contribuinte.
Art. 25. O recolhimento do imposto far-se-á por meio de docu-
Art. 17. O imposto será calculado e lançado pela alíquota: mento de arrecadação aprovado pelo Fisco.
I – nas transmissões compreendidas no Sistema Financeiro da Parágrafo Único - O Fisco poderá exigir que o recolhimento se
Habitação, para imóveis prediais com valor até R$ 65.000,00 (ses- faça em impresso por ele fornecido, facultada a exigência de inde-
senta e cinco mil reais): nização pelo custo.
1. sobre o valor efetivamente financiado; 0,5% (meio por cen- Art. 26. Nos casos não previstos nesta lei, o imposto será pago
to); dentro de 30 (trinta) dias contados do fato gerador.
2. sobre o valor restante: 2% (dois por cento);
II - nas demais transmissões: 2% (dois por cento). (NR) X - DAS MULTAS

VIII - DO LANÇAMENTO DO IMPOSTO Art. 27. As infrações à legislação do imposto serão punidas com
as seguintes multas:
Art. 18. O lançamento tributário do imposto é o “por homolo- I - Falta de pagamento do imposto: multa equivalente a 30%
gação”, e: (trinta por cento) do valor não pago; (NR)
I - será iniciado pelo contribuinte, ou por aqueles que a legisla- II – No descumprimento dos artigos 5º, 6º e 7º pelos escrivães,
ção determinar, em seus registros, documentos e outros elementos tabeliães, oficiais de notas, de registro de imóveis e de registro de
nos termos da legislação; títulos e documentos e quaisquer outros serventuários da justiça,
II - o imposto lançado será recolhido espontânea e antecipada- multa de R$ 500,00 por ato, físico ou eletrônico; (NR)
mente por quem de direito; III - Não atendimento de notificação para prestar informações,
III - o lançamento será completado, finalmente, pela homologa- ou embaraço, por qualquer modo ou forma, à ação fiscalizadora do
ção pelo Fisco, nos termos da legislação. imposto: multa equivalente a 0,5% (meio ponto percentual) do va-
lor venal do imóvel, conforme notificação da Secretaria da Fazenda,
IX - DO PAGAMENTO DO IMPOSTO no exercício da infração, com multa mínima de R$ 500,00 (quinhen-
tos reais); (NR)
Art. 19. Excetuadas as hipóteses previstas nos artigos 21, 22 e IV - (REVOGADO)
23, o imposto será pago: §1º. A aplicação das penalidades previstas neste artigo será
I – se for instrumento público, realizado no município, até o 1º feita sem prejuízo da exigência do imposto no auto de infração e
dia útil subsequente de efetivar-se o ato ou contrato sobre o qual imposição de multa e das providências necessárias à instauração,
incide; quando for o caso, da ação penal cabível por crime, especialmente
o de sonegação, desobediência e desacato.
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LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MUNICIPAL

§2º. Ressalvados os casos expressamente previstos, a aplica- Art. 36. (REVOGADO)


ção de multa por uma infração não impede a aplicação por outras Art. 37. Poderá o autuado pagar a multa com desconto:
infrações. I - de 50% (cinquenta por cento), dentro do prazo de 30 (trinta)
§3º. Na apuração de falta de pagamento do imposto, o valor da dias contados da notificação da lavratura do Auto de Infração e Im-
multa é dobrado nos casos de dolo. (NR) posição de Multa;
§4º. (REVOGADO) II - de 30% (trinta por cento), até 30 (trinta) dias contados da
§5º. Para o cálculo das multas, adotar-se-ão os valores do mês intimação da decisão de primeiro grau administrativo;
da lavratura do respectivo auto de infração e imposição de multa. III - (REVOGADO)
§6º. As multas previstas neste artigo, serão calculadas sobre os §1º. Condiciona-se o benefício ao pagamento, integral e no
respectivos valores básicos monetariamente atualizados, para isso mesmo ato, do imposto acaso devido.
utilizando-se o I. P. C. ou outro índice previsto na legislação tributá- §2º. O pagamento efetuado nos termos deste artigo:
ria federal, se for o caso. 1 - implica renúncia à defesa ou recurso previsto na legislação;
§7º. (REVOGADO) 2 - não elide a aplicação das disposições pertinentes à atualiza-
Art. 28. A previsão de penalidade para a prática, ou para a ção monetária e juros.
omissão, de determinado ato significa que:
I - essa prática é vedada e que, portanto, se constitui em ilícito; XI - DAS RECLAMAÇÕES E DOS RECURSOS
II - essa omissão constitui ilícito, pois a prática do ato é obriga-
tória; Art. 38. Dentro de 30 (trinta) dias, contados da do ato ou fato,
III - dispensa que outro dispositivo da legislação determine a ou do pagamento, cabe reclamação contra qualquer dos dados do
prática ou a omissão do ato. lançamento.
Art. 29. O pagamento da multa não exime o infrator da obriga- Parágrafo Único. A reclamação deverá ser deduzida por escrito
ção de reparar os danos resultantes da obrigação, nem o libera do e:
cumprimento das exigências previstas na legislação que a tiveram I - será instruída com a prova do pagamento do imposto, se for
determinado. o caso;
Art. 30. Para efeito de excluir a espontaneidade da iniciativa do II - será protocolada na repartição própria da Prefeitura.
infrator, considera-se iniciado o procedimento fiscal: Art. 39. (REVOGADO)
I - com a lavratura de auto de infração, notificação, intimação
ou termo de início de fiscalização; XII - DAS NOTIFICAÇÕES, INTIMAÇÕES E AVISOS
II - com a lavratura de termo de apreensão de documentos ou
livros de notificação para a sua apresentação. Art. 40. As notificações, intimações, avisos e demais comuni-
Parágrafo Único. O início do procedimento alcança todos aque- cações aos contribuintes, e demais pessoas relacionadas com o im-
les que estejam envolvidos nas infrações apuradas pela ação fiscal. posto, far-se-ão por uma das seguintes formas:
Art. 31. Os contribuintes que procurarem a repartição fiscal, I - no próprio instrumento, mediante entrega de cópia, contra
antes de qualquer procedimento do Fisco, para sanar irregularida- recibo assinado no original;
des relacionadas com o cumprimento de obrigações pertinente ao II - no processo respectivo, mediante termo de ciência datado
imposto, ficarão a salvo das penalidades prevista no artigo, desde e assinado;
que as irregularidades sejam sanadas no prazo que lhes for comi- III - por via postal, para o endereço indicado à repartição fiscal;
nado. IV - por meio de publicação no Diário Oficial do Município e
Parágrafo Único - Tratando-se de infração que implicam em fal- comunicação, sobre a publicação, remetida por via postal, ressal-
ta de pagamento do imposto, aplicar-se-ão as disposições do artigo vando-se que o não-recebimento, desta não prejudicará os efeitos
24. da publicação.
Art. 32. Verificada qualquer infração à legislação tributária, §1º. (REVOGADO)
será lavrado Auto de Infração e Imposição de Multa que não se in- §2º. O preposto e o empregado também são competentes para
validará pela ausência de testemunhas. o recebimento da notificação, da intimação, do aviso e das demais
§1º. No processo iniciado pelo auto, será o infrator, desde logo, comunicações.
notificado a pagar o débito fiscal ou apresentar defesa, por escrito,
no prazo de 30 (trinta) dias. XIII - DISPOSIÇÕES GERAIS
§2º. Findo o prazo referido no parágrafo anterior será o proces-
so, com ou sem defesa, submetido à apreciação do órgão julgador Art. 41. A fiscalização do imposto compete privativamente aos
de primeiro grau administrativo. servidores titulares do cargo de fiscal, lotados na Secretaria Muni-
§3º. As incorreções ou omissões do auto não acarretarão a sua cipal da Fazenda. (NR)
nulidade, quando dele constarem elementos suficientes para deter- Art. 42. Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar convênios,
minar com segurança a natureza da infração e a pessoa do infrator. com o Estado e outros Municípios, com objetivo de assegurar a efi-
Art. 33. Nenhum auto será arquivado sem despacho funda- ciência da fiscalização e arrecadação do imposto, podendo, inclu-
mentado de autoridade competente. sive, estabelecer a arrecadação dos tributos de uma entidade pela
Art. 34. O Auto de Infração e Imposição de Multa poderá deixar outra.
de ser lavrado, nos termos de instruções a serem baixadas pela Se- Art. 43. (REVOGADO)Art. 44. Aplicam-se a este imposto todas
cretaria da Fazenda, desde que a infração não implique em falta ou as normas tributárias de caráter geral, a saber:
atraso de pagamento de imposto. I - as de hierarquia superior, sempre;
Art. 35. (REVOGADO)
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II - as de igual hierarquia, quando não colidirem com as desta ______________________________________________________


lei, especialmente as contidas:
a) na Lei nº. 2.415, de 21 de dezembro de 1.970, que “Dispõe ______________________________________________________
Sobre o Sistema Tributário do Município e Dá Outras Providências”;
b) na Lei nº. 4.653, de 31 de julho de 1.985, que “Dispõe Sobre ______________________________________________________
a Correção Monetária, a Multa de Mora e Dá outras Providências
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Correlatas”, no que couber, aplicando-se como índice de correção o
I. P. C. ou outro fator de correção, previsto na legislação tributária ______________________________________________________
federal.
Art. 45. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, ______________________________________________________
revogadas as disposições em contrário.
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ANOTAÇÕES
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