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O que pesquisaram?
Pesquisamos sobre as tradições arqueológicas no Nordeste, como a tradição Nordeste,
a tradição geométrica, a tradição Agreste, a tradição do Planalto e a tradição São Francisco.
No entanto, focamos especialmente nas tradições Nordeste e Agreste, pois são as duas
maiores da região e possuem uma maior concentração de sítios arqueológicos. Buscamos
sobre o estudo da arte parietal, incluindo técnicas de estudo e tecnologias utilizadas e sobre
o grafismo rupestre, analisando imagens de registros e interpretações arqueológicas.
Encontramos o dado abaixo sobre sítios arqueológicos no Brasil e criamos um quadro com
informações sobre a região nordeste e além disso estamos desenvolvendo e adaptando
imagens e mapas sobre os conteúdos.
O reconhecimento de bens arqueológicos deve seguir uma metodologia e legislação
específica em cada país. No Brasil, segundo as informações apresentadas no site do IPHAN
(Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), desde 1963 foram reconhecidos
36.950 sítios arqueológicos distribuídos em todas as regiões brasileiras, sendo 9.980 sítios
cadastrados na região nordeste, onde destacamos os seguintes dados no Quadro 1.
QUANTIDADE 9980
TOTAL REGIÃO
Fonte: Criado por Carlos Galon a partir do IPHAN (2024)
Quais questões estudadas foram importantes sobre a arte rupestre no Nordeste do
Brasil? Qual a importância do assunto para vocês como futuros professores?
Definir o que seria mais importante sobre arte rupestre Nordeste, pois são várias
camadas de estudos interconectados e relevantes. Mas como estudantes de arte visuais,
acredito que há um consenso sobre a importância da diversidade simbólica do grafismo
rupestre do Nordeste, isso nos permite compreender sobre as técnicas utilizadas, os estilos
empregados, interpretações e construir conexões com a cultura e história local. E como
futuros professores de Artes é importante para valorização do nosso patrimônio cultural,
estímulo à criatividade e a integração interdisciplinar. Na nossa pesquisa, percebemos que
não existia um mapa destacando os principais sítios arqueológicos da região nordeste do
Brasil. Então, a partir de dados do IPHAN, criamos nosso levantamento para ilustrar a
localização destes lugares (Figura 01). Abaixo, segue link Arte Rupestre no Nordeste do
Brasil:
https://padlet.com/sandrajanuario/grupo-embolada-arte-rupestre-no-nordeste-do-brasil-
zjlq4qu2nzu75xod
Além disso, tal estudo aborda a Lei 10.639/03, que modifica a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (Lei 9.394/96) para incluir no currículo oficial da rede de ensino a
obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira" na Educação Básica.
Boaz Recife
1
Fonte: Disponível online em: <https://projetoafro.com/>. Acesso em 11 mar. 2024.
Izidorio Cavalcanti Gameleira
Ué Prazeres Recife
Fonte: Elaborado por Jean Brito a partir do Projeto Afro (2024)
se revelou como uma experiência significativa para todos deste grupo. Ao destacar e promover a
diversidade desses artistas, a iniciativa não apenas enriqueceu nossa compreensão da expressão
artística afro-brasileira, mas também contribuiu para a construção enquanto futuros professores
de Artes Visuais.
3. ARTE ÍNDIGENA
Bahia 229.103
Pernambuco 106.634
Maranhão 57.214
Ceará 56.353
Paraíba 30.140
Alagoas 25.725
Sergipe 4.708
Fonte: IBGE
Com 57 grupos indígenas espalhados pela região, três grupos dominam habitando em
mais de um estado, são eles: os Pataxós (BA e PB), Potiguaras (PB e CE) e os Xucurus (PE:
Ororubá e AL: Cariris).
A arte indígena é conhecida por sua conexão com a ancestralidade, com os elementos
da natureza e a espiritualidade, explorando assim, não só matéria prima de suas
territorialidades, mas como a sua cultura. Descobrimos em nossas pesquisas que a arte de
Kanela (Maranhão) tem sua arte marcada por desenhos geométricos em jóias produzidas
com miçangas e sementes. Os povos Kambiwá, no sertão de Pernambuco, traçam fibra de
caroá e transformando-os em cestos em sua tradição secular, advinda de seus antepassados
que utilizam a palha do coqueiro ouricuri para fazer esteiras. Já em Sergipe, a festa dos
Lambe Sujo e Caboclinho. O folguedo é a representação da batalha de dois grupos: de
um lado os Lambe Sujos, que representam os povos escravizados e do outro os
Caboclinhos, representando os indígenas. Deste modo, em cada estado nordestino, os
povos indígenas apresentam seus artefatos de maneira única e peculiar a suas tradições.
A produção acadêmica também tem permitido a reinvenção desses povos, bem
como a afirmação de suas identidades e sua importância histórica brasileira. Em uma
breve pesquisa no Repositório da UFPE, descobrimos a publicação algumas teses e
dissertações nos últimos 4 anos (2020- 2024) em PE (UFPE) que tratam não só dos povos
originários no nordeste e suas lutas, mas da sua produção cultural e artística na região.
UFPE 2024 5
REFERÊNCIAS: