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Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

Departamento de Engenharia Mecânica

Termodinâmica Aplicada

Semestre de Inverno 2013/2014

Trabalho prático 3 - Central termoeléctrica com turbina a vapor

Professor:

- João Eduardo Monteiro Marques

Trabalho realizado por: Grupo D9

- David Rocha nº38289

- Ricardo Pereira nº 38490

- Ricardo Lima nº38493

- João França nº 38755

Data de entrega:
Índice

1. Introdução Página 3 – 7
a. Ciclo de Rankine Página 5 – 6
b. Ciclo de Rankine Regenerativo Página 6 – 7

2. Breve descrição dos equipamentos utilizados no simulador Página 7 – 8


3. Arranque de uma central termoelétrica Página 9
4. Caracterização dos pontos do ciclo Página 10 – 11
5. Caracterização termodinâmica dos pontos do ciclo Página 11
6. Diagrama T-s Página 12
7. Cálculos teóricos Página 13
8. Conclusão Página 14 – 19

2
 Introdução
Este trabalho tem como finalidade o estudo do circuito água-vapor, numa central
termoeléctrica, englobando todos os seus componentes. Visto que nos trabalhos anteriores
focamo-nos em constituintes do ciclo, enquanto que neste trabalho incluímos componentes
adicionais como a turbina, o condensador, pré aquecedores e caldeira.

Os combustíveis alimentam os componentes deste ciclo, aproveitando o seu poder


calorífico para transformar, na caldeira, líquido saturado em vapor sobreaquecido, este que
irá provocar energia suficiente para o movimento das pás da turbina. A turbina é uma
máquina exotérmica de circuito fechado, deste modo, existe apenas trocas de energia que
esta executa com a caldeira. Estas trocas são efectuadas pelos diferentes corpos
constituintes da turbina, corpos de alta, média e baixa pressões.

Componentes
1 Torre de refrigeração
2 Bomba
3 Gerador
4 Gerador
5 Gerador
6 Turbina a vapor
7 Bomba
8 Condensador
9 Turbina a vapor
10 Turbina a vapor
11 Turbina a vapor

3
12 Absorvedores de ar
13 Absorvedores de ar
14 Transporte de combustível
15 Combustível
16 Depósito
17 Tambores de vaporização
18 Colector de cinzas
19 Sobreaquecedor
20 Bomba
21 Reaquecedor
22 Chaminé
23 Economizador
24 Pré aquecedor de fluído (ar)
25 Condensador
26 Bomba
27 Chaminé

Frisando a turbina a vapor, esta é constituída por um corpo de alta, média e baixas pressões.
Sendo que estes três níveis são representados esquematicamente por três andares: o
primeiro é o corpo de alta pressão, o segundo é o corpo de média pressão e o terceiro é
o corpo de baixa pressão.

O ciclo estudado em aula possui 4 pré-aquecedores. A existência destes pré-aquecedores,


termicamente falando, contribui para um aquecimento regenerativo do fluído de trabalho.

O vapor anteriormente condensado no condensador retorna à caldeira, passando por


quatro pré- aquecedores (três fechados - aquecimento indirecto; um aberto/permutador
de mistura - aquecimento directo que na prática funciona como tanque de
alimentação). Nos pré-aquecedores fechados (IST, IIST e IVST) a transferência de
entalpia entre os fluidos é feita no cruzamento das tubagens, não existindo mistura entre os
fluídos. O pré-aquecedor aberto (IIIST) por norma desempenha três funções:

 1- Retirar o oxigénio e outros gases dissolvidos no fluido de trabalho para manter a


pureza do fluído com o objetivo da corrosão ser a menor possível

4
 2- Realizar o pré-aquecimento da mistura de fluídos com entalpias diferentes, que
no entanto estão à mesma pressão.

 3- Evitar o desgaste da bomba de água de alimentação provocado pelo fenómeno de


cavitação, uma vez que este trabalha a uma pressão superior à atmosférica e
encontra- se situado em altitude será criada uma coluna de água o que evita este
fenómeno.

Com um pré-aquecedor aberto a água de alimentação entra agora na caldeira á temperatura


média do ponto 1 ( Entrada de liquido na caldeira) com uma temperatura superior,e logo
isso implica um aumento do rendimento do ciclo.

Usando mais do que um Pré-Aquecedor consegue-se ainda mais aumentar ainda mais o
rendimento, por isso é que centrais modernas utilizam uns 5 ou 6 pré-aquecedores que pode
significar um aumento no rendimento de 10 %, sendo um deles de tipo aberto, projetado
para funcionar com uma pressão ligeiramente superior à atmosférica e servindo assim de
desaerificador (Aparelho utilizado para extrair ar infiltrado que se dissolveu no circuito de
vapor/água).

Ciclo de Rankine

O ciclo de Rankine é o ciclo termodinâmico ideal para uma central térmica. Como outros
ciclos termodinâmicos, sua eficiência máxima é obtida através da eficiência de um ciclo de
Carnot.

Considere um ciclo baseado em quatro processos que ocorre em regime permanente (fig.3).
Admitindo que o estado 1 apresenta-se em líquido saturado e o 3 em vapor saturado ou
sobreaquecido. Este ciclo recebe a denominação de ciclo de Rankine e é o ideal para uma
unidade motora simples a vapor. A fig. 3 apresenta o diagrama (T,s) referente ao ciclo e os
processos que compõem o ciclo são:

1-2: Processo de bombeamento adiabático reversível na bomba;

2-3: Transferência de calor a pressão constante na caldeira;

3-4: Expansão adiabática reversível na turbina

4-1: Transferência de calor a pressão constante no condensador.

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Fig. 3- Esquema representativo de um ciclo de Rankine

Fig.4- Diagrama (T,s) representativo de um ciclo de Rankine com


sobreaquecimento

Para se fazer subir o rendimento do ciclo de Rankine simples,deve aumentar-se a


temperatura média de entrada de calor. Para se fazer isto, mantendo-se a pressão de
evaporação constante, deve sobreaquecer-se o vapor à saida da caldeira. Isso acaba por
tornar-se vantajoso porque isso provoca um aumento do titulo de vapor à saida da turbina,
com melhoria no seu desempenho e um aumento do trabalho útil, logo um menor consumo
de vapor.

Ciclo de Rankine Regenerativo

A característica principal deste ciclo é a presença de pré aquecedores no ciclo. A função


destes componentes é, tal como o nome indica, pré-aquecer a massa condensada antes de
esta ser admitida na caldeira. O Ciclo de Rankine regenerativo é nomeado desta forma
devido ao facto do fluído (água) ser reaquecido após sair do condensador até a entrada na
caldeira, aproveitando parte do calor contido no fluído (vapor) libertado pela turbina. Isto
aumenta a temperatura média do fluído em circulação, aumentando consequentemente, a
eficiência termodinâmica do ciclo.

O ciclo regenerativo, é constituído por dois tipos de permutadores. Nestes permutadores


ocorrem as trocas de calor sensível (quantidade de calor que não causa mudança de estado
físico, apenas de temperatura), para o circuito água – vapor. Os permutadores utilizados no
ciclo são do tipo mistura (3º Pré-Aquecedor) ou do tipo tube and shell(1º, 2º e 4º Pré-
Aquecedor).

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O reaquecimento do vapor sobreaquecido, ocorre após a saída do vapor da turbina de alta
pressão. O vapor é conduzido à caldeira onde sofre um aumento de temperatura a uma
pressão mais baixa. Após esse aumento da temperatura o vapor sofre uma nova expansão,
desta vez, na turbina de média e baixa pressão.

 Breve descrição dos equipamentos utilizados no simulador

(A,B,C) Turbina – Numa turbina dá se a expansão de um vapor ou gás a alta pressão, ao


longo de andares munidos de pás aerodinâmicas de, de forma a produzir trabalho por
rotação de um veio. No caso da turbina de vapor, a condição de fluido de trabalho na saida,
ao deixar o corpo de baixa pressão, pode ser de vapor húmido ( mistura de vapor com gotas
de água liquida) ou vapor ainda ligeiramente sobreaquecido.

(D) Condensador – O condensador tem uma função inversa à da caldeira, destinando-se a


condensar vapor de água, transformando-o em água liquida. Para isso é necessário rejeitar
algum calor pela fronteira do sistema. O arrefecimento do vapor é feito através de um
circuito exterior de água fria, proveniente de um rio ou do mar, ou ligado a uma torre de
arrefecimento de tipo convectivo. Este equipamento, por questões de rendimento, funciona
a pressões de vácuo.

(E) Caldeira – A função da caldeira é transformar água liquida em vapor de água, recendo
calor de uma fonte térmica “externa”. Normalmente a energia térmica resulta de um
processo de combustão que permite obter gases a alta temperatura, sendo o calor desses
gases transferido para as tubagens, onde circulam a água liquida e o vapor.

Economizador - O economizador aproveita a energia térmica proveniente dos gases


da combustão de modo a pré-aquecer o fluido de trabalho. Deste modo há um aumento da
temperatura do líquido sub-arrefecido fazendo este aproximar-se da temperatura de líquido
saturado, com um aumento da eficiência térmica do sistema.

Painéis de Vaporização - Os painéis de vaporização têm como finalidade oferecer


um espaço físico onde ocorre a transformação da água no estado líquido para o estado
gasoso. Nestes painéis existe um componente auxiliar, denominado barrilete, que tem como
função separar a água do vapor gerado nos painéis.

7
Reaquecedor - Recebe o vapor proveniente da turbina de Alta Pressão e
reencaminha-o para a turbina de Baixa Pressão. A sua função é aumentar a temperatura do
vapor, de modo a que à saída da turbina de baixa pressão tenha um valor igual ou superior a
0,85.

Sobreaquecedor - É um dos permutadores da caldeira. No sobreaquecedor a


temperatura do vapor saturado é aumentada para a temperatura de trabalho. O fluído recebe
calor sensível( nao provoca mudança de estado) proveniente dos gases da queima do
combustível.

Desaerificador - O desaerificador é responsável por retirar ar que eventualmente tenha


entrado do circuito água - vapor. Por vezes, é necessário adicionar agentes químicos para
retirar ar que o desearificador não conseguiu. Estes cuidados são necessários para impedir a
corrosão dos equipamentos.

8
 Arranque de uma central termoeléctrica

1- Acciona-se a caldeira, seguidamente, acciona-se o ventilador para garantir a existência


de boas condições de oxigénio (comburente) propícias à combustão na fornalha.

2- Activa-se a bomba de combustível para garantir a existência de fluído de trabalho


(combustível) na fornalha.

3- Posteriormente liga-se a bomba de alimentação de água (19), de modo a que a água entre
na caldeira no estado líquido subarrefecido.

4- Havendo presença de água na caldeira, acciona-se o queimador de modo a iniciar a


queima do combustível. E através deste processo irá gerar-se calor que proporcionará a
transformação física da água (passagem do estado líquido para o estado gasoso).

5- Seguidamente é necessário controlar os níveis de pressão na caldeira e estar alerta para


detectar eventuais erros que possam ocorrer. E controlar, simultaneamente, os caudais de ar
e combustível introduzidos na caldeira.

6- Quando a caldeira apresenta valores de pressão na ordem dos 90 bar (pressão relativa) o
sistema permite o seu controlo através do modo automático.

7- Antes de enviar o vapor sobreaquecido na caldeira para a turbina, é necessário é


necessário accionar primeiro a bomba de água de refrigeração do condensador, a bomba de
vácuo e a bomba de extração de água (14).

8- Inicia-se agora uma abertura gradual dos injectores do sector II podendo variar o seu
caudal e de seguida a abertura dos restantes sectores I, III e IV, respectivamente.

Caracterização dos Pontos do ciclo

9
A – Corpo de alta pressão da turbina 11- Picagem no corpo de média pressão da
Turbina para o 2º Pré – Aquecedor
B – Corpo de média pressão da turbina 12- Picagem no corpo de alta pressão da
Turbina para o desaerificador (3º Pré –
Aquecedor)
C – Corpo de baixa pressão da turbina 13 - Picagem no corpo de alta pressão da
Turbina para o 4º Pré - Aquecedor
D – Condensador 14 - Bomba de extração do condensado
E – Caldeira 15 – Saída do 1º Pré – Aquecedor para o
condensador
– Válvulas de controlo do circuito 16 – Saída do 2º Pré – Aquecedor para o 1º
regenerativo Pré - Aquecedor
1 – Saida de liquido do 4º Pré – Aquecedor e 17- Saída do 1º Pré - aquecedor para o 2º Pré
entrada na caldeira Aquecedor
2 – Saída do vapor sobreaquecido dos painéis 18- Saída do 2º Pré – Aquecedor para o
de vaporização desaerificador
3 – Entrada do vapor sobreaquecido no corpo 19 – Bomba de Alimentação de Água
de alta pressão da turbina
4 - Saída do vapor sobreaquecido do corpo de 20 – Saída do Desaerificador para o 4º Pré -
alta pressão da turbina Aquecedor
5 - Entrada do vapor sobreaquecido no 21 – Entrada de água de refrigeração
economizador
6 - Saída do vapor sobreaquecido dos painéis 22 - Saída da água de refrigeração
de vaporização
7 - Entrada do vapor sobreaquecido no corpo
de média pressão da turbina
8 – Saida do corpo da turbina de média
pressão/ Entrada no corpo de baixa pressão
9 – Saida do corpo de baixa pressão da
turbina / Entrada no condensador
10 – Picagem no corpo de baixa pressão da
Turbina para o 1º Pré – aquecedor

Os pontos de 2 a 13 (nao contabilizando o 9, que á saida do corpo de baixa pressão, o vapor


já pode vir com vestigios de saturação), são caracterizados pelas propriedades
termodinâmicas (Pressões e Temperaturas), que nos são facultadas.

Nestes pontos o estado do fluído é vapor sobreaquecido. Caracterizamo-los facilmente por


intermédio da pressão e temperatura verificadas (dados do simulador). As pressões dadas
pelo simulador são pressões relativas, que terão de ser convertidas para valores de pressão
absoluta.

Tivemos em consideração que o ponto 8 (Saida do corpo da turbina de média pressão/


Entrada no corpo de baixa pressão) está a mesma pressão do ponto 11(Picagem no corpo de
10
média pressão). Conclui-se que a picagem (ponto 11) e a saída do vapor da turbina de
média pressão (ponto 8), encontram-se no mesmo nível de expansão da turbina, o que
implica estarem à mesma pressão. Desta forma, conhecendo a temperatura e a pressão do
ponto 11, caracterizamos o ponto 8.

No caso do ponto 9, como se encontra já numa fase de mistura,neste caso a temperatura e a


Pressão sao constantes, assim nao definem um ponto,(mas sim uma linha horizontal) para
caracterizar esse ponto precisamos de conhecer o titulo de vapor na mistura, que nos é dado
pelo simulador que neste caso tem um valor de 0.918.

Caracterização Termodinâmica dos Pontos do ciclo

Estado Dados do Simulador Valores calculados pelo programa STEAM


Temperatura Pressão Entalpia Entropia Volume
Titulo
(˚C) (KPa) (KJ/Kg) (KJ/(Kg.K)) Especifico
1 Liquido Subarrefecido 258 * 1124.876 2.864692 0.001270 -
2 Vapor Sobreaquecido 520 9120 3434.718 6.7144 0.037452 -
3 Vapor Sobreaquecido 515 8910 3424.698 6.711752 0.038086 -
4 Vapor Sobreaquecido 306 1510 3050.852 6.938008 0.170577 -
5 Vapor Sobreaquecido 300 1460 3038.897 6.932233 0.174545 -
6 Vapor Sobreaquecido 520 1280 3516.279 7.697132 0.283328 -
7 Vapor Sobreaquecido 510 1240 3494.997 7.684644 0.288732 -
8 Vapor Sobreaquecido 341 3130 3091.597 6.68609 0.084956 -
9 Mistura 26 4.7 2349.508 7.868999 37.683781 0.918
10 Vapor Sobreaquecido 133 61.3 2746.445 7.765656 3.038753 -
11 Vapor Sobreaquecido 341 3130 3091.597 6.68609 0.084956 -
12 Vapor Sobreaquecido 301 1510 3039.763 6.918778 0.168876 -
13 Vapor Sobreaquecido 417 4220 3250.323 6.799693 0.071485 -
14 Liquido Saturado 36 * 150.6794 0.5184103 0.001006 -
15 Liquido Subarrefecido 82 * 343.1123 1.098119 0.001030 -
16 Liquido Subarrefecido 85 * 355.7127 1.133452 0.001032 -
17 Liquido Subarrefecido 139 * 584.5573 1.728045 0.001079 -
18 Liquido Subarrefecido 143 * 601.7261 1.769366 0.001083 -
19 Liquido Subarrefecido 200 * 852.116 2.32904 0.001156 -
20 Liquido Subarrefecido 249 * 1080.786 2.782552 0.001248 -
21 Liquido Subarrefecido 11 * -

11
Diagrama T - s

De 3 para 4 dá-se a expansão do vapor sobreaquecido na turbina de alta pressão;

Depois de 4 para 7 ocorre a entrada de calor adicional proveniente do vapor sobreaquecido vindo
do corpo de alta pressão da turbina, na caldeira devida ao reaquecimento;

Depois de 7 para 9 dá se a expansão isentrópica do vapor na turbina de baixa pressão;

O reaquecimento é feito a pressão constante. A função essencial do reaquecimento é aumentar o


titulo de vapor à saida da turbina, se isso nao acontecesse o titulo seria mais baixo e o ponto 9
estaria mais à esquerda (com entropias menores) o que poderia provocar erosão nas pás da
turbina.

12
Cálculos teóricos:

𝑚̇𝐼𝑉 𝑚̇𝐼𝐼𝐼
𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑜 (𝑄𝐵 ) = ℎ2 − ℎ13 + (ℎ7 − ℎ5 ) × (1 − ( + ))
𝑚̇𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 𝑚̇𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟
= 3434.718 − 3250.323 + (3494.997 − 3038.897) × 0.8138 = 555.57

𝑊𝑇 1212.22658
𝐸𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑀𝑒𝑐â𝑛𝑖𝑐𝑎 = = = 2.18
𝐶𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑜 555.57

𝑚̇𝐼𝑉 2.811
 1ª Picagem (1P) = = = 0.1100
𝑚̇𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 25.55
𝑚̇𝐼𝐼𝐼 1.9472
 2ª Picagem (2P) = ̇
= = 0.0762
𝑚𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 25.55
𝑚̇𝐼𝐼 1.9694
 3ª Picagem (3P) = 𝑚̇𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟
= 25.55
= 0.0771
𝑚̇𝐼 1.580
 4ª Picagem (4P) = 𝑚̇𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟
= 25.55
= 0.0618

𝑾𝑻 = (ℎ3 − ℎ13 ) + (ℎ13 − ℎ12 ) × (1 − 𝟏𝑷) + (ℎ7 − ℎ11 ) × (1 − (𝟏𝑷 + 𝟐𝑷)) + (ℎ11
− ℎ10 ) × (1 − (𝟏𝑷 + 𝟐𝑷 + 𝟑𝑷)) + (ℎ10 − ℎ9 )
× (1 − (𝟏𝑷 + 𝟐𝑷 + 𝟑𝑷 + 𝟒𝑷))
= (3424.698 − 3250.323) + (3250.323 − 3039.763) × (1 − 0.1100)
+ (3494.997 − 3091.597) × (1 − (0.1100 + 0.0762)) + (3091.597
− 2746.445) × (1 − (0.1100 + 0.0762 + 0.0771)) + (2746.445
− 2349.508) × (1 − (0.1100 + 0.0762 + 0.0771 + 0.0618))
= 1212.22658 kJ/Kg

Através da multiplicação da energia que passa pela turbina pelo caudal mássico de vapor que
entra na turbina obtemos a potência mecânica produzida na turbina.
̇
𝑊̇̇ 𝑇 = 𝑾 ̇ 1212.22658 × 25,55 = 30972.389 𝑘𝑊
𝑻 ×𝑚 𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 =

13
Balanço Mássico

Permutador de Mistura (III)

𝑀𝐼𝐼𝐼 = 95.98 𝑚3 /ℎ = 95123.88 Kg/h = 26.4233 Kg/s

𝑀𝐼𝐼𝐼 = 𝑚̇𝐼𝐼𝐼 + 𝑀𝐼𝐼 + 𝑚̇𝐼𝑉 ≡ 𝑀𝐼𝐼 = 𝑀𝐼𝐼𝐼 − 𝑚̇𝐼𝐼𝐼 − 𝑚̇𝐼𝑉 = 26.4233 − 1.9472 − 2.811
= 21.6651 𝐾𝑔/𝑠

Permutador Tube and Shell (I,II,IV)

𝑀𝐼𝐼 = 𝑀𝐼 = 𝑀𝐵𝑜𝑚𝑏𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑒𝑛𝑠𝑎𝑑𝑜𝑟 = 21.6651 𝐾𝑔/𝑠

𝑚̇𝐼𝐼 = 𝑚̇𝐼𝐼′ = 1.9694 𝐾𝑔/𝑠

- Balanço energético ao condensador:

- O Caudal mássico no ponto 14 será o mesmo que entra na turbina subtraindo o da 1ª e 2ª


picagem pois ainda terá de se misturar com esses no tanque de água de alimentação;

𝒎̇𝟏𝟒 = 𝒎̇𝒗𝒂𝒑𝒐𝒓 − (𝑚̇𝐼𝑉 + 𝑚̇𝐼𝐼𝐼 )

- O Caudal mássico no ponto 9 será o mesmo que sai da turbina de baixa pressão e entra no
condensador;

𝒎̇𝟗 = 𝒎̇𝒗𝒂𝒑𝒐𝒓 − (𝑚̇𝐼𝑉 + 𝑚̇𝐼𝐼𝐼 + 𝑚̇𝐼𝐼 + 𝑚̇𝐼 )

- Caudal mássico no ponto 15 será referente à da 3ª com a 4ª picagem;

𝒎̇𝟏𝟓 = 𝑚̇𝐼𝐼 + 𝑚̇𝐼

- Como o caudal mássico que entra da fonte fria não se mistura com o fluido de trabalho
podemos assumir que;

𝒎̇𝑭𝑭(𝒊𝒏) = 𝒎̇𝑭𝑭(𝒐𝒖𝒕)

14
Substituindo na expressão

𝒎̇𝟖 + 𝒎̇𝑭𝑭(𝒐𝒖𝒕) = 𝒎̇𝟗 + 𝒎̇𝟏𝟓 + 𝒎̇𝑭𝑭(𝒊𝒏)

ΔhFF= Cp*ΔT= 4.184 ∗ (17.3 − 11) = 𝟐𝟔. 𝟑𝟓𝟗𝟐 𝐤𝐉/𝐤𝐠

𝑽̇FF= 5152.5 𝑚3 /h= 5152.5/3600 𝑚3 /s= 1.43125 𝒎𝟑 /s

𝒎̇FF= ρ água ∗ 𝑽̇FF= 997 ∗ 1.43125= 1426.956 kg/s

- Ar:

𝑽̇ar= 76516/3600 𝑚3 /𝑠 = 21.254 𝒎𝟑 /𝒔

𝒎̇ar= ρ ar ∗ 𝑉̇ar = 1.225 ∗ 21.254 = 26.036 kg/s

𝑡 91980 𝑘𝑔
𝒎̇ vapor= 91.98 ℎ = 3600 𝑠
= 𝟐𝟓. 𝟓𝟓 𝒌𝒈/𝒔

r razão entre o caudal mássico da fonte fria e do vapor r = 1426.956/25.55 =


55.849

h9 * (1 - (1P + 2P + 3P + 4P)) + h15 * (3P + 4P) = h14 * (1 - (1P + 2P)) + ΔhFF * r

𝐡𝟏𝟒 ∗ (𝟏 − (𝐚 + 𝐛))−𝐡𝟏𝟓 ∗ (𝐜 + 𝐝)+ 𝚫𝐡𝐅𝐅 ∗ 𝐫


Então, h9 = (𝟏 − (𝐚 + 𝐛 + 𝐜 + 𝐝))
=
𝟏𝟓𝟎.𝟔𝟕𝟗𝟒∗(𝟏−(𝟎.𝟏𝟏𝟎𝟎+𝟎.𝟎𝟕𝟔𝟐))− 𝟑𝟒𝟑.𝟏𝟏𝟐𝟑∗(𝟎.𝟎𝟕𝟕𝟏+𝟎.𝟎𝟔𝟏𝟖)+𝟐𝟔.𝟑𝟓𝟗𝟐∗𝟓𝟓.𝟖𝟒𝟗
= 𝟐𝟐𝟗𝟐. 𝟕𝟏 𝒌𝑱/𝒌𝒈
(𝟏−(𝟎.𝟏𝟏𝟎𝟎+𝟎.𝟎𝟕𝟔𝟐+𝟎.𝟎𝟕𝟕𝟏+𝟎.𝟎𝟔𝟏𝟖)

 hf e hg (ambos líquido subarrefecido) e através da tabela A-4:

T (ºC) hf hg
25 104.89 2547.2
26 hf hg
30 125.79 2556.3

Através de duas interpolações lineares, obtivemos os valores de h f e hg:

hf = 109.07 kJ/kg

15
hg = 2549.02 kJ/kg

𝒉𝟗−𝒉𝒇
x= ≈ 0.894
𝒉𝒈−𝒉𝒇

Este valor de título é aproximadamente igual ao valor prático do simulador que é igual a
0.918

O valor do título calculado a partir dos cálculos está muito próximo do dado pelo
simulador, diferença de 2,4 %.

Estas diferenças entre valores nos balanços energéticos e na consequente descida do título à
saída da Turbina e entrada no Condensador devem-se a perdas por condução ou
viscosidade.

Conclusão:

Sem aquecimento regenerativo Com aquecimento regenerativo

16
Rendimento do ciclo teórico (com e sem ciclo regenerativo)

𝑄𝑢𝑡𝑖𝑙 𝑄𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 𝑚̇𝑐𝑜𝑛𝑑 × (ℎ9 − ℎ9𝑠 )


𝜂𝑟𝑒𝑔𝑒𝑛 = =1− =1−
𝑄𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑄𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑚̇𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 × (ℎ2 − ℎ1 ) + 𝑚̇𝑟𝑒𝑎𝑞 × (ℎ6 − ℎ5 )
17.243 × (2349.508 − 150.6794)
=1−
25.55 × (3434.718 − 1124.876) + 20.793 × (3516.279 − 3038.897)
= 45%

ℎ9𝑠 = ℎ14 = Entalpia do caudal proveniente da turbina de baixa pressão, depois de condensado.

𝑚̇𝑐𝑜𝑛𝑑 = 𝑚̇𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 − (𝑚̇10 + 𝑚̇11 + 𝑚̇12 + 𝑚̇13 ) = 𝑚̇𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 − (𝑚̇𝐼 + 𝑚̇𝐼𝐼 + 𝑚̇𝐼𝐼𝐼 + 𝑚̇𝐼𝑉 )
= 25.55 − (1.58 + 1.97 + 1.947 + 2.81) = 17.243 𝑘𝑔/𝑠

𝑚̇𝑟𝑒𝑎𝑞 = 𝑚̇𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 − (𝑚̇12 + 𝑚̇13 ) = 𝑚̇𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 − (𝑚̇𝐼𝐼𝐼 + 𝑚̇𝐼𝑉 ) = 25.55 − (1.947 + 2.81)
= 20.793 𝑘𝑔/𝑠

𝑄𝑢𝑡𝑖𝑙 𝑄𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 𝑚̇𝑐𝑜𝑛𝑑 ′ × (ℎ9 − ℎ9𝑠 )


𝜂𝑛ã𝑜 𝑟𝑒𝑔𝑒𝑛 = =1− =1−
𝑄𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑄𝑓𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑖𝑑𝑜 𝑚̇𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 ′ × 2 − ℎ1 ′) + 𝑚̇𝑟𝑒𝑎𝑞 ′ × (ℎ6 − ℎ5 )
(ℎ
= 39.6%
′ ′ ′
𝑚̇𝑐𝑜𝑛𝑑 = 𝑚̇𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 − 𝑚̇12
′ ′ ′
𝑚̇𝑟𝑒𝑎𝑞 = 𝑚̇𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 − 𝑚̇12

17
Potências térmicas dadas pelo fornecedor, no ciclo regenerativo e não regenerativo

Ciclo regenerativo Ciclo não regenerativo Diferenças


Potência Térmica 75566,11 64595,83 10970,28
combustível (kW)
Potência produzida na 28854,16 23140,27 5713,89
Turbina (kW)
Potência dissipada nos 4411,39 3771,11 640,28
fumos (kW)
Potência dissipada no 37761,39 34182,78 3578,61
Condensador (kW
Outras Perdas (kW) 4539,17 3501,944 1037,226
Eficiência 0,382 0,352 0,03
Consumo específico 6.2*10-5 6,63*10-5 4,3*10-6
de vapor (kg/(kW*s))
Consumo específico 8.861*10-4 1,03*10-3 1.439*10-4
de fuel (kg/(kW*s))
Potência elétrica 28925 23140 5785
produzida (kW)

Com o trabalho realizado, podemos concluir que é necessário mais potência elétrica com o
sistema regenerativo desligado do que ligado como mostram os seguintes valores.

Potência elétrica 28925 23140 5785


produzida (kW)

Esta conclusão já era assim prevista, pois parte do caudal mássico do vapor é extraído nas
picagens no aquecimento regenerativo, havendo assim um menor rendimento da turbina.
Explicando melhor: na turbina dá-se a expansão do vapor, que está a alta pressão, de forma a
fazer girar as pás aerodinâmicas, produzindo trabalho por rotação no veio das mesmas. Se a fonte
dessa produção de energia é o vapor, e se for retirado parte do caudal do mesmo, haverá uma
menor produção de potência elétrica. Para uma explicação mais matemática, analisemos a
seguinte expressão:

𝑊̇𝑇𝑢𝑟𝑏𝑖𝑛𝑎 = 𝑚̇𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 × (∆ℎ)

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Como a expressão demonstra, a potência gerada na turbina depende apenas de o caudal de vapor
e a variação de entalpias (entrada e saída da turbina). Como a entalpia neste caso é constante, o
único parâmetro que pode variar é o caudal de vapor influenciando a potência gerada pela
turbina. Ou seja, quanto maior 𝑚̇ 𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 maior será 𝑊̇ 𝑇𝑢𝑟𝑏𝑖𝑛𝑎 .

Rendimentos (regen/não regen) teóricos vs Rendimentos (regen/não regen) simulador

Rendimentos teóricos %
Ciclo regenerativo 45,0
Ciclo não regenerativo 39,6

Rendimentos do simulador %
Ciclo regenerativo 38,2
Ciclo não regenerativo 35,8

As conclusões que se seguem têm como base a comparação entre os rendimentos


calculados teoricamente e os rendimentos calculados na simulação, visto que os
rendimentos teóricos calculados, não contabilizam perdas por radiação, fumos e outras
perdas.

É de destacar que o ciclo com aquecimento regenerativo provoca um aumento de


aproximadamente 6% em relação ao ciclo sem aquecimento regenerativo. Este aumento de
rendimento é significativo, no contexto de uma central termoelétrica.

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