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O Empregador
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO: 240105399118
MARIA RAFAELA
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PDF SINTÉTICO
O Empregador
Maria Rafaela
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
O Empregador. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. O Empregador Rural. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2. O Grupo Econômico e a Solidariedade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3. Sucessão de Empregadores. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4. O Sócio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
5. O Empregador Doméstico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6. Terceirização Trabalhista. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
7. Responsabilidade do Subempreiteiro e do Dono da Obra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
8. Poderes Diretivos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
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O Empregador
Maria Rafaela
APRESENTAÇÃO
Escrever um livro é algo desafiador. Porém, escrever para o público concurseiro torna
a tarefa ainda mais árdua.
Afinal, há candidatos com diferentes níveis de conhecimento, estudando para seleções
de áreas variadas.
No entanto, existe algo em comum entre aqueles que se preparam para um concurso
público: todos querem a aprovação o mais rápido possível e não têm tempo a perder!
Foi pensando nisso que esta obra nasceu.
Você tem em suas mãos um material sintético!
Isso porque ele não é extenso, para não desperdiçar o seu tempo, que é escasso. De
igual modo, não foge da batalha, trazendo tudo o que é preciso para fazer uma boa prova
e garantir a aprovação que tanto busca!
Também identificará alguns sinais visuais, para facilitar a assimilação do conteúdo. Por
exemplo, afirmações importantes aparecerão grifadas em azul. Já exceções, restrições ou
proibições surgirão em vermelho. Há ainda destaques em marca-texto. Além disso, abusei
de quadros esquemáticos para organizar melhor os conteúdos.
Tudo foi feito com muita objetividade, por alguém que foi concurseiro durante
muito tempo.
Para você me conhecer melhor, comecei a estudar para concursos ainda na adolescência,
e sempre senti falta de ler um material que fosse direto ao ponto, que me ensinasse de um
jeito mais fácil, mais didático.
Enfrentei concursos de nível médio e superior. Fiz desde provas simples, como recenseador
do IBGE, até as mais desafiadoras, sendo aprovado para defensor público, promotor de
justiça e juiz de direito.
Usei toda essa experiência, de 16 anos como concurseiro, e de outros tantos ensinando
centenas de milhares de alunos de todo o país para entregar um material que possa
efetivamente te atender.
A Coleção PDF Sintético era o material que faltava para a sua aprovação!
Professor Aragonê Fernandes
APRESENTAÇÃO DA PROFESSORA
Olá, futuro (a) aprovado (a)!
Meu nome é Maria Rafaela de Castro. Atualmente, sou Juíza do Trabalho Substituta
no TRT 7a Região. Já fui Promotora de Justiça, Analista, Professora Concursada de duas
universidades públicas e sempre laborando e estudando...eu nunca desisti dos meus sonhos
e você vai ter sucesso profissional!
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O Empregador
Maria Rafaela
Nesta aula, meu objetivo é tornar a sua preparação mais eficiente. Primeiramente, estou
considerando os assuntos essenciais em um edital padrão de direito do trabalho.
Você observará que o conteúdo programático de Direito do Trabalho é extenso, abrangendo
muitos tópicos. De modo a extrair os conteúdos mais relevantes, analiso as provas mais
recentes de diversas bancas que atuam na área jurídica, pois é importante saber como a
comissão de direito do trabalho da própria banca vem selecionando os artigos da CLT e a
jurisprudência do TST.
Dessa análise, extraio os pontos mais recorrentes, direcionando a sua preparação para o
que é mais importante, indo direto ao ponto, fazendo uma análise dos aspectos substanciais
de toda a nossa disciplina de direito do trabalho, numa sinopse para você ter uma melhor
preparação de seus estudos e gabaritar as provas que estarão por vir.
Utilize esses instrumentos de estudo que fazemos com muito carinho pensando na
sua posse!
Nosso objetivo é tratar dos temas centrais, esgotando o máximo de nossa disciplina
de direito do trabalho com a abordagem dos aspectos essenciais que são cobrados por
diversas bancas atuantes em concursos públicos.
Partimos da abordagem mais ampla dos conteúdos (abarcando todos os tópicos do
edital) para, aqui, otimizarmos ao máximo sua preparação, direcionando as suas forças
para os conteúdos mais avaliados pela banca.
Você vai conseguir. Acredite em si mesmo (a) e estude! A qualidade vale mais que a
quantidade de horas estudada. Se você pode estudar 12 horas por dia, que sonho! Mas se
não pode, continue firme com o que você tem, pois eu sempre trabalhei e estudei muito e
deu certo comigo. Vai dar certo com você também!
Vamos ao trabalho? Estou esperando as dúvidas no Fórum do aluno! Preparado? Sempre
acredite em si mesmo e lute pelo que você sonha (Professora Maria Rafaela de Castro @
juizamariarafaela @mrafaela_castro)
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O EMPREGADOR
Vamos começar pelo conceito de empregador com o disposto na CLT? Memorize o art. 2:
1. O EMPREGADOR RURAL
Considera-se empregador rural, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que
explore atividade agro econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente
ou através de prepostos e com auxílio de empregados.
RESUMO DA ÓPERA: O ENQUADRAMENTO RURAL DO OBREIRO É PELO ENQUADRAMENTO
DO EMPREGADOR RURAL.
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Por exemplo, o TST entende que as usinas de produção de álcool ou açúcar situadas na
zona rural são consideradas indústria rural.
Em suma, alguém é empregado rural se o seu empregador é proprietário rural. Sendo
rural a empresa, rurícolas serão seus empregados que trabalhem no campo.
Nesse caso, por exemplo, o administrador, a cozinheira, o almoxarife que ficam na
estrutura da fazenda são empregados rurais.
O TST tem aqui uma peculiaridade de que são rurais também aqueles que laboram em
empresas de florestamento e reflorestamento.
Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica
própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo
guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão
responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego.
Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica que, habitualmente, em
caráter profissional, e por conta de terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante
utilização do trabalho de outrem.
O Consórcio de empregadores rurais está previsto no artigo 25-A da Lei 8.212/91,
legislação previdenciária e referido artigo despenca em provas objetivas: Art. 25-A.
Equipara-se ao empregador rural pessoa física o consórcio simplificado de produtores
rurais, formado pela união de produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um
deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores para prestação de serviços,
exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento registrado em cartório de
títulos e documentos.
§ 1º O documento de que trata o caput deverá conter a identificação de cada produtor, seu
endereço pessoal e o de sua propriedade rural, bem como o respectivo registro no Instituto Nacional
de Colonização e Reforma Agrária – INCRA ou informações relativas a parceria, arrendamento
ou equivalente e a matrícula no Instituto Nacional do Seguro Social – INSS de cada um dos
produtores rurais.
§ 2º O consórcio deverá ser matriculado no INSS em nome do empregador a quem hajam sido
outorgados os poderes, na forma do regulamento.
§ 3º Os produtores rurais integrantes do consórcio de que trata o caput serão responsáveis
solidários em relação às obrigações previdenciárias.
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JURISPRUDÊNCIA
CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO A prestação de serviços a mais de
uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho,
não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em
contrário.
3. SUCESSÃO DE EMPREGADORES
Temos que tratar de três artigos na CLT: 10, 448 e 448-A da CLT que são muito cobrados
nas provas objetivas.
No caso quando existe sucessão ou transferência da figura do empregador, a empresa
continua responsável pelos débitos trabalhistas. Observa-se que quando se transfere
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4. O SÓCIO
É importante que, nas questões de prova, o candidato fique atento para as premissas
de que o sócio retirante regular só responde pelos débitos trabalhistas nos dois últimos
contados da alteração social arquivada na Junta comercial.
Nesse caso, ele também só responde pelos trabalhadores na época em que era sócio.
Não pode ser imputado a ele responsabilidade de terceiros do qual não se beneficiou
diretamente quando se afastou da sociedade.
O sócio retirante tem que AVERBAR sua saída. Se ele não averba, continua responsável.
É o conhecido contrato de gaveta. Pouco importa para o Direito do Trabalho se ele
realmente saiu de fato. A situação precisa obrigatoriamente estar documentada.
Podemos aqui trazer o exemplo do sócio Antônio se retirar da empresa, fazendo as
devidas averbações na Junta Comercial.
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Vamos imaginar que ele faça todas as averbações no dia 01.03.2018. Logo, ele responderá
por débitos trabalhistas até 01.03.2018.
Júlia era empregada na época em que Antônio ainda era sócio. Antônio responderá pelos
débitos trabalhistas quanto à Júlia nesse período de dois anos que averbou.
No entanto, se Maria Clara começou a trabalhar na empresa após a saída de Antônio, ele
não responde pelos débitos relacionados a ela, muito embora, nessa margem de dois anos.
Importante tratar aqui do tema na CLT primeiramente até porque houve mudança pela
Reforma Trabalhista sobre o artigo 10-A da CLT.
Veja-se que o sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas
da sociedade relativa ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas
até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem
de preferência:
EMPRESA DEVEDORA
SÓCIOS ATUAIS
SÓCIOS RETIRANTES
Nesse ponto, é importante que, na prova, você fique atento para as premissas de
que o sócio retirante regular só responde pelos débitos trabalhistas nos dois últimos
contados da alteração social arquivada na Junta comercial.
Nesse caso, ele também só responde pelos trabalhadores na época em que era sócio.
Não pode ser imputado a ele responsabilidade de terceiros do qual não se beneficiou
diretamente quando se afastou da sociedade.
5. O EMPREGADOR DOMÉSTICO
O empregador doméstico é sempre uma pessoa física que utiliza a mão de obra do
trabalhador doméstico para seu uso residencial, sem fins lucrativos. Ou seja, empregador
doméstico não pode ser pessoa jurídica, bem como, apesar de pessoa física, tiver lucro
com o trabalho da empregada doméstica.
Também se aplica a LC 150/2015.
Sobre essa peculiaridade, deve-se destacar que é devida a inclusão do empregado
doméstico no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), na forma do regulamento
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a ser editado pelo Conselho Curador e pelo agente operador do FGTS, no âmbito de
suas competências, inclusive no que tange aos aspectos técnicos de depósitos, saques,
devolução de valores e emissão de extratos, entre outros determinados na forma da lei.
O empregador doméstico somente passará a ter obrigação de promover a inscrição
e de efetuar os recolhimentos referentes a seu empregado após a entrada em vigor do
regulamento.
O empregador doméstico depositará a importância de 3,2% (três inteiros e dois décimos
por cento) sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada empregado, destinada ao
pagamento da indenização compensatória da perda do emprego, sem justa causa ou por
culpa do empregador.
Nas hipóteses de dispensa por justa causa ou a pedido, de término do contrato de trabalho
por prazo determinado, de aposentadoria e de falecimento do empregado doméstico, os
valores previstos no caput serão movimentados pelo empregador.
É instituído o regime unificado de pagamento de tributos, de contribuições e dos
demais encargos do empregador doméstico (Simples Doméstico), que deverá ser
regulamentado no prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data de entrada em
vigor da LC 150/2015.
O Simples Doméstico será disciplinado por ato conjunto dos Ministros de Estado da
Fazenda, da Previdência Social e do Trabalho e Emprego que disporá sobre a apuração, o
recolhimento e a distribuição dos recursos recolhidos por meio do Simples Doméstico.
Há limites dos poderes do empregador doméstico, nos termos da LC 150/2015.
Em suma, é vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do
empregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, bem como
por despesas com transporte, hospedagem e alimentação em caso de acompanhamento
em viagem.
É facultado ao empregador efetuar descontos no salário do empregado em caso de
adiantamento salarial e, mediante acordo escrito entre as partes, para a inclusão do
empregado em planos de assistência médico-hospitalar e odontológica, de seguro e de
previdência privada, não podendo a dedução ultrapassar 20% (vinte por cento) do salário.
Poderão ser descontadas as despesas com moradia quando essa se referir a local diverso
da residência em que ocorrer a prestação de serviço, desde que essa possibilidade tenha
sido expressamente acordada entre as partes.
O fornecimento de moradia ao empregado doméstico na própria residência ou em
morada anexa, de qualquer natureza, não gera ao empregado qualquer direito de posse
ou de propriedade sobre a referida moradia.
O empregador doméstico não pode utilizar o labor desempenhado para fins
econômicos ou que tenha fins lucrativos.
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Nesse azo, deve-se considerar que se houver desvirtuamento desse âmbito residencial,
descaracteriza-se a relação doméstica. E, passa a ser ou empregado urbano ou rural,
a depender da atividade econômica do empregador.
6. TERCEIRIZAÇÃO TRABALHISTA
Na terceirização, o empregado se insere no processo produtivo de uma empresa
diferente daquela que assinou sua CTPS. É o que chamamos de trabalhador terceirizado.
É o caso, por exemplo, do serviço de call center.
Há uma empresa que tem em seu quadro profissional do telemarketing. Essa empresa
assina contratos comerciais com outras empresas, fornecendo sua mão de obra para elas.
Logo, o pessoal de telemarketing é terceirizado, pois são empregados de uma
empresa mas trabalharão em outra. Outros exemplos: porteiros, pessoal de vigilância
armada, pessoal dos serviços em geral etc. São pessoas que foram contratadas por uma
empresa (empregador) mas terão sua mão de obra a serviço de terceiros.
Quando a terceirização é considerada ilícita, nos termos do TST, temos a situação
de possibilidade de criação de vínculo direto do tomador de serviços com o empregado,
bem como a responsabilização solidária, ou seja, qualquer empresa pode pagar as verbas
inadimplentes do trabalhador.
Mas a regra é a RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. E, em situações específicas,
SOLIDÁRIA.
Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa
de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços,
para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à
demanda complementar de serviços.
Observa-se que o contrato de trabalho temporário TEM QUE SER ESCRITO,
FORMALIZADO. Em suma, não se admite trabalho temporário tácito, verbal. Tudo em
conformidade com o princípio da continuidade das relações de trabalho.
Se faltar um dos requisitos do artigo 9 da Lei mencionada (Lei do trabalho temporário
é a Lei 6.019/74, com as alterações) haverá descaracterização desse contrato temporário,
sendo, portanto, considerada a declaração direta com quem está recebendo a mão de obra
do trabalhador. Faz-se o reconhecimento direto se ausentes um dos requisitos formais.
Importante destacar os prazos para fins de contrato temporário vigente atualmente
no país, após tantas alterações legislativas. Sendo assim, temos os seguintes prazos:
a) O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não
poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não;
b) O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não,
quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram;
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O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder
ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não. Observe bem: CONSECUTIVOS OU NÃO!
O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, quando
comprovada a manutenção das condições que o ensejaram.
Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora de serviços, o
contrato de experiência previsto no parágrafo único do art. 445 da Consolidação das Leis
do Trabalho (CLT).
Observe que tanto a contagem inicial como a prorrogação são PRAZOS CONTÍNUOS OU
NÃO. Isso costuma ser um “ímã” para as bancas, bem com os respectivos prazos de duração
de um contrato temporário no Brasil.
No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente
é solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no
tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência
ao mesmo período, pela remuneração e indenização previstas na lei.
Competência dessa relação de emprego: Competirá à Justiça do Trabalho dirimir os
litígios entre as empresas de serviço temporário e seus trabalhadores.
Nessa temática, surgiu, antes mesmo da legislação, a “famosa” Súmula 331 do TST,
AINDA VIGENTE, que transcrevo a seguir:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 331 do TST CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE. I A
contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo
diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei
n. 6.019, de 03.01.1974). II A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa
interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta,
indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). III Não forma vínculo de emprego com
o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei n. 7.102, de 20.06.1983) e de
conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-
meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. IV
O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a
responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto àquelas obrigações,
desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo
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JURISPRUDÊNCIA
RESPONSABILIDADE CONTRATUAL. Subsidiária. Contrato com a administração pública.
Inadimplência negocial do outro contraente. Transferência consequente e automática
dos seus encargos trabalhistas, fiscais e comerciais, resultantes da execução do
contrato, à administração. Impossibilidade jurídica. Consequência proibida pelo art.,
71, § 1º, da Lei federal n. 8.666/93. Constitucionalidade reconhecida dessa norma.
Ação direta de constitucionalidade julgada, nesse sentido, procedente. Voto vencido. É
constitucional a norma inscrita no art. 71, § 1º, da Lei federal n. 8.666, de 26 de junho
de 1993, com a redação dada pela Lei n. 9.032, de 1995. (ADC 16, Relator(a): CEZAR
PELUSO, Tribunal Pleno, PUBLIC 09-09-2011)
Sobre essa temática aplicada à Administração Pública Direta e Indireta, o STF firmou
Repercussão Geral no Recurso Extraordinário (RE) 760931 e três Reclamações (Rcls 36958,
40652 e 40759) em que deliberou sobre a inadimplência da prestadora de serviço não
transfere automaticamente a responsabilidade para a administração pública.
E, com isso, há a Tese do Tema 246 da Lista de Repercussão Geral do Supremo Tribunal
Federal de 1988:
JURISPRUDÊNCIA
O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não
transfere automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo
seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º,
da Lei n. 8.666/93.
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A Súmula 331 do TST não foi cancelada. O que ocorre é o seguinte: sobre essa temática, o
STF firmou Repercussão Geral no Recurso Extraordinário (RE) 760931 e três Reclamações
(Rcls 36958, 40652 e 40759) em que deliberou sobre a inadimplência da prestadora de
serviço não transfere automaticamente a responsabilidade para
JURISPRUDÊNCIA
(…) No julgamento do RE n. 760.931, o Supremo Tribunal Federal firmou a seguinte tese
para o Tema 246 de repercussão geral: O inadimplemento dos encargos trabalhistas
dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao Poder Público
contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou
subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei n. 8.666/93.
Em sede de embargos de declaração, ao rejeitar a solução proposta pelo Relator, deixou
claro que não fixou tese quanto à definição do ônus da prova referente à efetiva
fiscalização do cumprimento das obrigações decorrentes do contrato de trabalho,
por se tratar de matéria infraconstitucional, na linha de sua pacífica jurisprudência,
(…) (E-Ag-RR-1000570-94.2018.5.02.0312, Subseção I Especializada em Dissídios
Individuais, Rel. Ministro Claudio Mascarenhas Brandao, DEJT 27/11/2020).
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Por fim, é preciso memorizar as teses firmadas pelo TST aprovadas no julgamento
do incidente de recurso de revista repetitivo IRR-190-53.2015.5.03.0090 foram as
seguintes:
I – A exclusão de responsabilidade solidária ou subsidiária por obrigação trabalhista a
que se refere a Orientação Jurisprudencial 191 da SDI-1 do TST não se restringe à pessoa
física ou micro e pequenas empresas, compreende igualmente empresas de médio e grande
porte e entes públicos (decidido por unanimidade).
Obs.: Nota-se que não só a pessoa física pode ser excluída da responsabilidade. Veja que
houve uma exclusão de pessoas jurídicas independentemente do porte naquele
raciocínio de que se não terão vantagens financeiras e econômicas com a obra, não
seriam responsabilizadas pela mão de obra que laborou nela.
II – A excepcional responsabilidade por obrigações trabalhistas prevista na parte final
da Orientação Jurisprudencial 191, por aplicação analógica do artigo 455 da CLT, alcança os
casos em que o dono da obra de construção civil é construtor ou incorporador e, portanto,
desenvolve a mesma atividade econômica do empreiteiro (decidido por unanimidade).
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Obs.: Obviamente que se a pessoa tem proveito com as obras de natureza econômica, não
poderá ser excluída de responsabilidade pelos encargos trabalhistas e previdenciários.
III – Não é compatível com a diretriz sufragada na Orientação Jurisprudencial 191 da
SDI-1 do TST jurisprudência de Tribunal Regional do Trabalho que amplia a responsabilidade
trabalhista do dono da obra, excepcionando apenas “a pessoa física ou micro e pequenas
empresas, na forma da lei, que não exerçam atividade econômica vinculada ao objeto
contratado” (decidido por unanimidade).
Obs.: O TST na decisão buscou apenas delimitar as pessoas e condições que poderiam se
isentar da responsabilização seja solidária ou subsidiária pelos créditos trabalhistas
e previdenciários.
IV – Exceto ente público da Administração Direta e Indireta, se houver inadimplemento
das obrigações trabalhistas contraídas por empreiteiro que contratar, sem idoneidade
econômico-financeira, o dono da obra responderá subsidiariamente por tais obrigações,
em face de aplicação analógica do artigo 455 da CLT e culpa in eligendo.
Obs.: Aqui temos uma identificação com a ideia do STF no sentido de que o Estado ficaria
isento do pagamento das verbas trabalhistas e previdenciárias, independentemente
da idoneidade econômico – financeira da empresa que contratou os trabalhadores.
8. PODERES DIRETIVOS
O poder diretivo é exercido pelo empregador seja diretamente ou, quando este delega,
aos seus prepostos, gerentes e supervisores na hierarquia da cadeia produtiva.
Também é bom ressaltar dispositivo interessante da CLT no que se refere às regras
limitativas na admissão.
O empregador deve ter cautela com os requisitos em relação às regras de admissão
como não exigir exames, atestados de gravidez, esterilização etc.
Nesse ponto, destaca-se o artigo Art. 442-A: “para fins de contratação, o empregador
não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior
a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade.”
No aspecto regulamentar, o empregador tem como expedir o regulamento empresarial e,
ainda, editar normas contratuais, cláusulas contratuais E GERAIS em relação à organização
empresarial.
Os regulamentos empresariais não criam normas jurídicas, mas sim meras cláusulas
contratuais com obrigações dentro do contrato e contexto de trabalho. São cláusulas
obrigacionais, conforme o teor da Súmula 51 do TST.
Em relação ao poder fiscalizatório, tem-se o poder do empregador de fiscalizar as
atividades produtivas.
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Percebe-se que até mesmo na aplicação da justa causa, no caso do dirigente sindical,
é preciso que o empregador instaure o procedimento de inquérito para apuração de falta
grave. O fundamento está no art. 543, § 3º, da CLT.
Em complemento às garantias acima listadas, a garantia provisória de emprego
do dirigente sindical elimina o poder de resilição do contrato de trabalho por parte do
empregador, de modo que somente por falta grave do empregado (resolução contratual),
apurada em inquérito para apuração de falta grave, é que poderá se consumar a extinção
contratual do dirigente sindical (súmula 197 do STF e súmula 379 do TST).
O artigo 4º da Lei 9.029/95 estabelece que o rompimento da relação de trabalho por
ato discriminatório, nos moldes desta legislação, faculta ao empregado, além do direito à
reparação pelo dano moral, optar entre:
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