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INTRODUÇÃO
Apesar dos inúmeros casos de pesquisas já realizadas sob tal temática, foi
levado em consideração um caso de estudo, ou seja, foi estudada essa interação entre
espaço geográfico, meio natural e ocupação de uma localidade, levando em
consideração a temática diante dos estudos da Geografia Clássica, além de se apoiar,
mesmo que por pouco, na Geografia Crítica, sendo essa última apenas para mostrar a
importância do fator econômico entre uma localidade e outra. Assim, em Batatais, São
Paulo, ocorreu o fato da transferência do povoado criado para outra localidade, em
decorrência da geografia, como clima, geomorfologia, pedologia, hidrografia e
paisagem, além de fatores ligados à transformação e ônus que a ocupação do território e
produção do espaço tende a erarem.
A localidade passou a ser cobiçada por sesmeiros e pela igreja, que além do
“amparo espiritual” aos habitantes de tão longínquas terras, era de interesse, sobretudo,
ligado ao fator terras; ou seja, o fator de exploração econômica como lembrado por
Santos e o fator de “supremacia e determinismo” colonizador, como alentava Ratzel.
Assim, os habitantes dos Campos dos Batatais, juntamente com os moradores do Arraial
de Casa Branca (ambas localizadas atualmente no interior de São Paulo), passaram a
emitir petições ao governo central na tentativa de pressionar o mesmo para atenderem
aos seus anseios de elevação à freguesia, que se intensificariam com a atual cidade de
Franca se desprendendo da Vila de Mogi Mirim. Os ofícios surtiram efeito e Casa
Branca fora elevada a freguesia em 1814, enquanto os Batatais em 1815, pelo alvará
régio de Dom João IV, nas terras doadas por Manuel Bernardes do Nascimento e pelo
Alferes Antônio José Dias Chaves, tendo como vigário da freguesia o padre Manoel
Pompeo de Arruda, deixando clara a importância dos interesses, tanto dos proprietários
de terras quanto os da Igreja.
Com a inesperada morte do padre Manoel Pampeo de Arruga, é nomeado
para ser vigário da freguesia, então fundada dentro da Fazenda Batataes, Padre Bento
Jozé Pereira. O então jovem padre, vindo da capital, logo de início não gostou da
localidade e em seguida passou a movimentar a freguesia com o intuito de fazerem
mudanças ao seu agrado, e, como dizia, para o bem da Santa Igreja e de Nosso Senhor
Jesus Cristo.
Com isso, Padre Bento passa a sondar a região denominada Campo Lindo
das Araras, onde o mesmo descrevia por lugar de clima ameno, vegetação verde e
rasteira, circundado de riachos, córregos e cachoeiras, onde a terra era branca e havia
um morro ao centro da localidade, que seria local perfeito para se erigir uma igreja ao
qual se poderia ver de toda a cidade, além de largas terras para chácaras e casas maiores
ao redor da igreja (meio topográfico e natural ditando a identificação e aspiração para a
formação de um espaço).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CHIACHIRI Fº, José. Do Sertão do Rio Pardo à Vila Franca do Imperador. Ribeirão
Preto, Ribeirão Editora, 1989.
MORAES, Antonio Carlos Robert (Org). RATZEL: geografia. São Paulo: Ática, 1990.