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UBERABA – MG
2016
RESENHA
Na terceira e última parte, com título Por uma geografia crítica, Milton Santos
coloca-se como profeta e inicia a defensoria da ideia Paradigmática da Natureza e sua
relação Ideológica com a geografia, reserva ainda a discussão sobre a Geografia Crítica
e exora a criação de um espaço como banjo vital e não uma mercadoria trabalhada por
outra, o homem artificializado. Milton Santos comenta que toda a teoria revolucionária
traz a condição de paradigma e a natureza de seus paradigmas, comenta ainda sobre
espaço total de nossos dias, onde a produção do espaço necessário a universalidade da
economia de espaço. Toda a sua inter-relação com a perversa universalização, o papel
da estrutura interna totalizando a dialética do espaço.
Santos denota o espaço como fato social sendo exclusivamente produto da ação
humana, mas também como fator, através de suas rugosidades. As rugosidades são o
espaço construído, o tempo da historicidade que se demudou em paisagem,
incorporando-se ao espaço. Contudo, esse prosélito torna-se testemunho de um
momento no mundo, o que leva o autor a reafirmar que o espaço não pode ser apenas
um reflexo dos fatos atuais mas a soma dos fatos decorridos pelo tempo. Milton Santos
traz então para a geografia o extrato da ideia de espaço tempo onde o espaço é
modificado através do tempo. Esta estrutura de interpretação do espaço, proposta por
ele, pretende desmistificar o espaço e encará-lo como uma condição social, portadora de
autorresolução no interior do todo e coparticipando de um desenrolar independente,
combinado e desigual com as outras estruturas. Para o autor, a Geografia tal como é
hoje, ajuda a reproduzir e a manter um saber ideológico, não presidido pelo interesse
social. Dessa forma, resta aos geógrafos apenas duas alternativas “Justificar a ordem
existente através do ocultamento das reais relações sociais no espaço ou analisar essas
relações, as contradições que elas encobrem, e as possibilidades de destruí-las”. É
notório que as condições atuais exigem a criação de novas bases de reconstrução de um
espaço geográfico que seja realmente espaço do homem e não o espaço a serviço do
capital e de alguns. Não obstante, essa nova proposta para ser aceita demanda coragem
para desvencilhar de velhos hábitos, conceitos e paradigmas incrustados pelo tempo,
que ainda são descontinuamente reproduzidos na atual Geografia. É visto que a cada
mudança tecnológica profunda, há uma mudança organizacional e social, surgem novas
percepções da realidade e novos desafios que exigem a formulação de novas teorias. Por
subsecutivo, cabe ressalvar que não é a teoria nova que renova os fatos, mas é a
ordenação dos fatos observados no espaço que juramenta a concepção de uma nova
conjetura. Assim sendo, na obra resenhada o espaço é adoto como objeto por
supremacia, sujeita a correlação espaço - tempo e a organização espacial desponta,
através dos andamentos fáticos, um circuito de estruturas espaciais no qual o valor
atinente de cada sito está sempre transformando no transcursar da historia.
Imediatamente, através do pensamento geográfico em tese evolutiva, o autor propôs
uma geografia nova, absorvida, principalmente com o cômodo da humanidade e de uma
ciência que seja influente em prol do restauro da decoro humano e da constituição de
um espaço fraterno.
Por fim, convém reforçar o mérito desse autor para a
ciência Geográfica em especial às suas profundas reflexões
sociais e à sua busca incessante em tentar transformar a
realidade cotidiana no mundo capitalista. A densidade das
análises presentes na obra “Por uma Geografia Nova” em
muito vem contribuir para os estudos geográficos e para um
novo perfil de pesquisador, mais preocupado com as
contradições socioespaciais. Não é por menos que Milton
Santos é considerado um dos fundadores da Geografia Crítica
(FÜHR, 2011).
O professor Milton Almeida dos Santos analisou, em sua obra Por Uma
Geografia Nova – da crítica da Geografia a uma Geografia Crítica, o andamento de
conflito por que passava a ciência geográfica, por meio do raciocínio crítico, numa
sugestão de uma percepção nova sobre como refletir e como desenrolar a Geografia
como ideia Por Uma Geografia Nova.
REFERÊNCIAS