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20/04/2023

Prof. Rodrigo Scattone


Formação Acadêmica
- Fisioterapeuta, graduado pela Universidade

Terapia Manual Federal de São Carlos (UFSCar)


- Aprimoramento em Fisioterapia em Ortopedia

Baseada em Evidências
e Traumatologia (UNICAMP)
- Especialista em Fisioterapia Esportiva
(SONAFE/COFFITO)
- Mestre em Fisioterapia pela UFSCar
Coluna Vertebral - Doutor em Fisioterapia pela UFSCar, com
período no Australian Institute of Sport
(Canberra, Austrália)
Prof. Rodrigo Scattone
-Professor Adjunto – Curso de Fisioterapia e
Ft. Esp. MSc. PhD Mestrado e Doutorado em Fisioterapia e
Natal
Ciências da Reabilitação na UFRN
2023

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Por que a Austrália? Por que a Austrália?


Pesquisadores Referência em Tendinopatia

Ebonie
Rio
James
Jill Ebonie Craig
Gaida
Purdam
Cook Rio

Häkan Sean
Docking
Alfredson

Craig
Australian Institute of Sport Purdam

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Formação em Terapia Manual Prof. Rodrigo Scattone


Método Método Certificate in
Neurodinâmica Atualmente
Spinal Manual
Maitland Mulligan Minas
Therapy Tênis
UFC UFMG Clube UFRN Uniderp
Geoffrey Maitland Brian Mulligan Michael Shacklock
Toby Hall e Kim
Robinson
Gordon Cummings
Curtin University
Dan Pilderwasser e
Palmiro Torrieri (Perth, Austrália)
Marcelo Viana
Rubens Corrêa Araujo

UNICID

Prof. Toby Hall Prof. Kim Robinson


Prof. Brian Mulligan

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Prof. Rodrigo Scattone Introdução à Terapia


Pós-Doutorado – EUA
Manual para a Coluna
Vertebral

Pós-Doutorado com a
Profª Karin Silbernagel

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Introdução Mobilização Articular


Conceito:
“Manipulação não é, como muitos acreditam,
um tratamento empírico” Técnica de terapia manual utilizada para modular a
Geoff Maitland, 2005 dor e tratar as disfunções articulares que limitam a
amplitude de movimento.
Existem muitas evidências científicas sobre o uso de
mobilizações e manipulações articulares no tratamento de
desordens músculo-esqueléticas Mobilizações passivas das superfícies articulares
realizada de forma oscilatória rítmica para
• Avaliação clínica abrangente restauração da artrocinemática.
• Selecionar as técnicas mais adequadas para o tratamento Kisner e Colby, 2007
das disfunções, possuindo conhecimento sobre os
mecanismos envolvidos na conduta empregada Direciona-se às alterações mecânicas da articulação, mas cada
vez mais a literatura vem encontrando outros mecanismos
• Desenvolvimento de senso crítico
de ação das mobilizações e manipulações articulares.

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Histórico Histórico
Terapia Manual não é uma invenção do século XX.
Possui raízes em tradições médicas antigas,
sendo citada por Hipócrates (460-377 a.C) em seu
Corpus Hippocrateum.

Técnicas de terapia manual vêm sendo utilizadas


O médico Claudius Galeno (131-202 a.C) é considerado o criador do para tratamento de desordens músculo-
conceito de Terapia Manual (TM). O primeiro método registrado de TM é esqueléticas há milênios, embora fossem um
de sua autoria, com comentários sobre o trabalho de Hipócrates. tanto quanto diferentes das utilizadas atualmente
Kaltenborn FM. Manual Mobilization of the Joints - The Kaltenborn Method of Joint Brockbank e Griffiths. Orthopaedic Surgery in the Sixteenth and Seventeenth Centuries.
Examination and Treatment Vol. II The Spine. Oslo, Norway, Norli. 4th Ed. 2003; 336 p. Journal of Bone and Joint Surgery. 1948; 30(3): 556-559

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Histórico Histórico
Uso Histórico de Técnicas Manuais
para Redução de Luxações Precursores da Terapia Manual

Hipócrates (460 a.C)


Claudius Galeno (131 a.C)
Vidius Vidio (1544)
Ambroise Paré (1550)
Sculteus (1700)
A. Taylor Still (1828-1917)

Brockbank e Griffiths,1948; Brockbank e Griffiths,1950 Brockbank e Griffiths,1948; Kaltenborn FM, 2003

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Terapia Manual – Tempos Atuais Amplitude de Movimento


Pensadores da Terapia Manual na Atualidade Causas para a Perda de Movimento Articular

Geoff Maitland James Cyriax Efusão Articular Não necessariamente


há uma causa única
para a perda de ADM
Vladimir Janda e
Freddy Kaltenborn
Shirley Sahrmann
Irritação Espasmo
Brian Mulligan Gwendolen Jull, Carolyn Neural
ADM Muscular
Richardson e Paul Hodges
Robin McKenzie
Philippe Souchard
Robert Elvey Mau-Alinhamento Restrições
Fred Mitchell das Superfícies Capsulares e/ou
David Butler e Leon Chaitow e Articulares Ligamentares
Michael Shacklock Thomas Myers Kisner e Colby, 2007

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“Não consigo esticar o joelho” Perda de Amplitude de


Onde e como é essa dor
Movimento Articular
Não consegue por que sente dor? Sim

Conduta de tratamento deve der traçada de


Não
Quando usar acordo com o tecido acometido
a mobilização Sinto repuxar Sinto queimar atrás do
articular? atrás do joelho joelho e da perna, até • Tecido Contrátil: Fortalecimentos, Alongamentos;
um pouco do lado do pé

Se eu ajudar, você Ou • Tecido Neural: Mobilizações Neurais (Técnicas de


consegue?
Dói atrás da perna e Deslizamento e Tensionamento Neural);
Não Sim Tecido formiga o meu pé
Contrátil • Tecido Inerte: Mobilizações Articulares, Alongamentos
Capsulares, etc;
Mobilização Tecido Neural
Tecido Inerte Articular
Magee e Zachazewski, 2007 Magee e Zachazewski, 2007

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Geoffrey Douglas Maitland


Nasceu em 27 de agosto de 1924 em Adelaide na Austrália

Graduou-se em Fisioterapia em 1949 pela Universidade de


Adelaide.

Obteve formação em diversos métodos de terapia


manipulativa, tendo sido influenciado por James Cyriax,
Alan Stoddard, James Mennell, dentre outros.

Publicou em 1964 a 1a Edição do Livro Vertebral


Manipulation, que atualmente encontra-se na 7a Edição.

Publicou em 1970 a 1a Edição do Livro Peripheral


Manipulation, que atualmente encontra-se na 4a Edição.

Influenciou gerações de profissionais da saúde com seu método único de


avaliação e tratamento das desordens músculo-esqueléticas.
Geoff Maitland faleceu em 22 de janeiro de 2010.
Maitland G, 2005; Trott e Grant, 2010

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Método Maitland Método Maitland


O Conceito Maitland de Fisioterapia Manipulativa Método de Avaliação e Tratamento
enfatiza um caminho específico de pensamento, de
avaliação contínua, da arte de manipular articulações “A ênfase de Maitland em uma muito cuidadosa e
e do comprometimento absoluto ao paciente; abrangente avaliação, levando a aplicação precisa
de tratamento por movimento, seguida da
avaliação dos efeitos da técnica no paciente,
Nesse sentido, vai muito além de um simples forma a base da abordagem clínica moderna.
método de mobilização passiva das articulações; Essa é provavelmente a maneira mais científica
de se realizar a clínica fisioterapêutica ...”
Nessa abordagem enfatiza-se saber quando, como e Refshauge K e Gass E. Musculoskeletal Physiotherapy: Its Clinical Science and
porque realizar uma técnica, adaptando-a às Evidence-Based Practice. Oxford: Butterworth Heinemann; 1995
características idiossincráticas de cada indivíduo.
Maitland G, 2005

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Avaliação do Paciente - Maitland A Importância da Avaliação


A Importância da Comunicação Abordagem de Maitland
“Os terapeutas devem sempre lembrar que o melhor tratamento não tem
Eu sei que você Saiba conduzir a entrevista fazendo como ser aplicado efetivamente sem uma avaliação perfeitamente realizada”

Acredita que você perguntas diretas e direcionando o


paciente para respostas objetivas;
Entende o que você
Avaliação Técnica
Pensa que eu disse As palavras e a entonação do
Mas, não estou bem certo se paciente devem ser cuidadosamente
ouvidas e interpretadas;
Você percebeu que
O que você ouviu Escute o seu paciente. Ele está tentando
Exame Físico
Não é o que dizer o que há de errado com ele. Saiba
extrair tudo o que é necessário para
Eu quis dizer tratá-lo adequadamente.

Maitland G, 2005 Maitland G, 2005

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Propósito do Exame Clínico Ortopédico Propósito do Exame Clínico Ortopédico


Identificar e verificar os fatores que podem afetar o nosso tratamento Identificar e verificar os fatores que podem afetar o nosso tratamento

1. Determinar a existência de contra-indicações ao tratamento 5. Encontrar os “Sinais Comparáveis”


• Ex. Uso de calor em inflamação aguda, estimulação elétrica em gravidez; • Reproduzir os sinais e sintomas Ponto-chave da Abordagem
• Questões Especiais Mobilização e Manipulação Articular;
6. Determinar a Linha de Base Objetiva
2. Determinar precauções do tratamento • Arco de Movimento (primeira restrição e restrição máxima).
• Irritabilidade. Perfil do Paciente. • Área, Comportamento e Intensidade da Dor.

3. Determinar etiologia e características do problema • Qualidade do Movimento (dissinergias).


• Dor? Rigidez? Dissinergia?
O Exame Clínico deve ser abrangente e sempre que possível devemos buscar:
• Inflamação Aguda ou Crônica?
• Ver as Alterações nos Padrões de Movimento (meio e final do arco);
4. Localizar a lesão • Sentir as Alterações na Posição das Vértebras e nos Tecidos Adjacentes;
• Lesão Traumática ou Secundária?
• Mapear a Área e Comportamento da Dor (Tecido acometido);
• Dor Local ou Referida?
• Identificar os Sinais Comparáveis (Reproduzir sinais e sintomas);
Maitland G, 2005

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Graus de Mobilização Articular Graus de Mobilização Articular


Efeitos Fisiológicos das Mobilizações Articulares
I
II Grau I: Tratamento de dor inflamatória. Efeitos analgésicos periféricos;
III
IV V Grau II: Tratamento de dor inflamatória. Efeitos analgésicos periféricos e
medulares;
Arco Fisiológico
Grau III: Tratamento de dor e rigidez. Efeitos periféricos, medulares e supra-
Qual a direção da mobilização? medulares;

Grau IV: Tratamento de rigidez. Efeito ‘creep’;


Graus I, II e III: Realizadas à favor do desvio em casos de alterações de
alinhamento. Ao tratar dores com técnicas unilaterais, mobilize na direção Grau V: Quebra de aderências e inibição autogênica (relaxamento muscular);
da dor ou sobre a dor; Efeitos periféricos, medulares e supra-medulares;
Grau IV: Realizada contra o desvio. Com técnica Grau IV- pode-se tratar
dores, também (mobilização no sentido da dor);
Escolher a técnica de acordo com o mecanismo
Grau V: Não deve ser realizada em direção que produza dor. fisiológico desejado
Maitland G, 2005
Maitland G, 2005

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Efeitos da Terapia Manual


Como e por que isso funciona?

Efeitos Mecânicos
Apesar de as técnicas de terapia manual apresentarem ótimos
resultados no tratamento de lesões músculo-esqueléticas (Akalin et al, 2002;  Restauração da Artocinemática
Childs et al, 2004; McDonald et al, 2006; Cleland et al, 2006), os mecanismos pelos
 Redução de Subluxações Persistentes
quais isso ocorre ainda não são claros.
 Correção de Falhas Posicionais
A falta de mecanismos de ação identificáveis
pode limitar a aceitabilidade dessas técnicas, Tradicionalmente acreditava-se que esses eram os principais efeitos
que podem ser consideradas empíricas pelos quais a terapia manual era eficiente

Mecanismos de Ação da Terapia Manual: Melhora de sinais e sintomas distantes do local de aplicação indicam que os
1 - Efeitos Mecânicos efeitos mecânicos não são os únicos responsáveis pela melhora observada.
2 - Efeitos Periféricos
3 - Efeitos Medulares Atualmente acredita-se que o estímulo mecânico das técnicas de terapia
4 - Efeitos Supra-medulares manual resulte também em uma cadeia de respostas neurofisiológicas.
5 - Efeitos Não-específicos
Bialosky et al, 2009

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Efeitos da Terapia Manual Efeitos da Terapia Manual


Efeitos Neurofisiológicos Efeitos Medulares

Estímulos mecânicos iniciam efeitos neurofisiológicos potenciais que


produzem os resultados clínicos associados à terapia manual. As mobilizações oscilatórias
bombardeiam o SNC com inputs
Esses efeitos incluem tanto o SNP quanto o SNC e aferentes ao resultar em estimulação
envolvem tanto a medula espinhal quanto o encéfalo. de componentes com função
proprioceptiva presentes na cápsula
Respostas de hipoalgesia e articular e músculos adjacentes
redução na atividade
simpática sugerem um
mecanismo de ação mediado
pela substância cinzenta
periaquedutal. Efeito de modulação do estímulo doloroso
ao atuar sobre o Mecanismo das
Comportas Medulares

‘Portão da Dor’ Bialosky et al, 2009 Pickar & Wheeler, 2001

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Efeitos da Terapia Manual Efeitos da Terapia Manual


Modelo Abrangente do Mecanismo de Ação Efeitos Neurofisiológicos

Bialosky et al. The Mechanisms of Manual Therapy in the Treatment of Musculoskeletal Níveis de Modulação da Dor
Pain: A Comprehensive Model. Manual Therapy. 2009;14:1531-1538. Souza, 2009

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Mas por que essa


ênfase em prática
baseada em evidência?

.
37 38

Pra que isso, meu velho?

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É o que,
homi?!

Tratamentos sem nenhum embasamento científico, infelizmente,


ainda são muito utilizados mesmo em esporte de alto rendimento

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‘Aquele que ama a prática sem teoria é


como um velejador que entra em seu
barco sem leme e sem bússola. Ele nunca
sabe aonde vai chegar.’
Leonardo da Vinci
(1452-1519)

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Prática Baseada em Evidências


Pilares do Modelo

O tempo médio para que o


resultado de pesquisas passe a
ser aplicado na prática clínica é
de 17 anos!
Sackett et al. Evidence Based Medicine: What It Is And What It Isn't.
British Medical Journal 1996;312:71

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Exame Físico da Coluna Lombar


Coluna Lombar e
Articulação Sacroilíaca

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Coluna Lombar Vértebras Lombares


Anatomia Vertebral
Anatomia Vertebral
• Corpo vertebral
• Pedículo
• Processos articulares
• Istmo ou par intraarticular
• Processo transverso
• Lâmina
• Processo espinhoso

49 50

Coluna Lombar Coluna Lombar


Anatomia e Biomecânica das Articulações Zigoapofisárias Anatomia e Biomecânica das Articulações Zigoapofisárias

• Articulação sinovial;
• Unidade funcional vertebral: 3 articulações;

• Em indivíduos normais, em torno de 70% do


• Possui membrana sinovial;
peso corporal é sustentado pelos corpos
vertebrais, sendo o restante sustentado pelas
• Superfícies articulares com cartilagem facetas (aumento com a degeneração discal);
hialina;
• A flexão é limitada principalmente por
estruturas ligamentares e capsulares;

• Cápsula articular fibrosa; • Durante a extensão com rotação, aumenta


a carga facetária de 10 a 30% da pré-carga;

• Espaço articular com 1-1,5 ml de líquido


sinovial
Kapandji, 2000

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Coluna Lombar
Anatomia e Biomecânica das Articulações Zigoapofisárias

Facetas articulares superiores Facetas articulares inferiores


Orientação póstero-medial Orientação ântero-lateral
Sagital Menor

Coronal Maior

Aumento da capacidade
Vista superior Vista inferior
para conter forças
compressivas

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Coluna Lombar
Anatomia e Biomecânica das Articulações Zigoapofisárias

Quais movimentos são Porção orientada no plano sagital Porção orientada no plano coronal

facilitados e quais são


limitados em decorrência
da orientação facetária? • Permite movimentos de flexão-
extensão, assim como, translações
• Impede a translação anterior da
vértebra
anteriores e posteriores
• Permite movimentos de inclinação
• Restringe movimentos rotacionais
(plano coronal)
(plano transversal)

Kapandji, 2000

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Coluna Lombar Coluna Lombar


Amplitude de Movimento da Lombar – Flexão e Extensão Amplitude de Movimento da Lombar – Inclinação Lateral

Kapandji, 2000 Kapandji, 2000

57 58

Coluna Lombar Coluna Lombar


Amplitude de Movimento da Lombar – Rotação Forame Intervertebral*

• Região de saída do nervo


espinhal

• Espaço que possui um


comportamento dinâmico

Reduz com compressão,


1º de Rotação em cada segmento extensão e inclinação para o
mesmo lado

Kapandji, 2000 * Formado pelo corpo vertebral, pedículo, lâmina e par intraarticular

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Coluna Lombar Exame Físico


Ligamentos da Coluna Vertebral Palpação dos Processos Espinhosos

Identificação de L5 através da
Identificação das EIPS (S2 descida da convexidade do sacro
estará entre as EIPS) (Palpação das lâminas de L5).
Identificação de L4 na altura das
cristas ilíacas

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Exame Físico
Palpação dos Processos Espinhosos

Na maioria dos sujeitos, entre as EIPSs estava S1 / S1-S2.


II e III dedos da mão caudal abduzidos e relaxados. I e II dedos da
mão cefálica realiza uma pinça e aduz os dedos da mão caudal.
Determinação do PE pela identificação da altura das cristas
foi observada corretamente em apenas 36% dos casos

63 64

Exame Físico
Palpação dos Processos Espinhosos
Objetivos:
• Identificar alterações do posicionamento como desvios médio- Cinco terapeutas experientes realizaram a palpação do processo
laterais, ântero-posteriores e crânio-caudais espinhoso das vértebras lombares de 15 pacientes com dor lombar

• Pontos doloridos
• Espasmo muscular

Em 72% dos casos, os terapeutas acertaram a palpação do


segmento ou erraram por apenas 1 nível
Melhor acurácia de palpação  Maior altura do PE e menor
quantidade de tecidos moles sobre o PE.

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Exame Físico Exame Físico


Palpação dos Processos Transversos
Palpação dos Processos Transversos

Objetivos:
• Identificar se um lado está
mais posterior ou anterior do
que o outro
• O lado mais posterior indica
rotação da vértebra para esse
Localizados lateralmente Polegares unidos lado
(2cm) e no mesmo nível do posteriormente (técnica dos
processo espinhoso pilares ósseos)

Palpar o processo transverso de L5 mais próximo ao processo espinhoso de L5

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Essa Palpação é Confiável?


Confiabilidade em Avaliações – Valores de Kappa

O índice de Kappa, mesmo após 4 meses de treinamento, foi abaixo do


clinicamente aceitável tanto para a palpação dos PTs

69 70

Osso Inominado Exame Físico


Anatomia Vertebral Palpação da Crista Ilíaca – Linha de Tuffier

Ílio

Púbis
Com o paciente em pé, o terapeuta se posiciona anteriormente a
ele. Com a borda radial do II dedo, o terapeuta palpa a cintura do
Ísquio paciente e deprime suas mãos até sentir uma consistência óssea.
Comparar a altura entre as cristas.

71 72
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Exame Físico Exame Físico


Palpação da Espinha Ilíaca Ântero-Superior (EIAS) Palpação da Espinha Ilíaca Póstero-Superior (EIPS)

EIAS superior sugere ilíaco EIPS superior sugere ilíaco


posterior e vice-versa anterior e vice-versa

Com o paciente em pé, o terapeuta se posiciona ao seu lado e utiliza o seu Os posicionamentos do terapeuta e paciente são similares aos descritos
antebraço (apoiado posteriormente na altura das EIPS) para estabilizar o anteriormente. Com o membro superior contralateral, o terapeuta acessa a
tronco do mesmo. Com o membro superior contralateral, o terapeuta acessa região mais posterior da crista ilíaca, realizando movimentos crânio-caudais e
a região mais anterior da crista ilíaca, realizando movimentos crânio-caudais médio-laterais para identificar a EIPS. Tal estrutura encontra-se próxima as
e médio-laterais para identificar a EIAS. Em seguida se compara a altura depressões circulares. Em seguida compara-se a altura entre as EIPSs
entre as EIAS posicionando-se à frente do paciente posicionando-se atrás do paciente

73 74

Exame Físico Exame Físico


Palpação da Espinha Ilíaca Póstero-Superior (EIPS) Palpação da Base do Sacro

A confiabilidade inter-avaliador da palpação da EIPS foi superior à


confiabilidade da palpação da crista ilíaca.
Palpar medialmente à EIPS com a técnica dos pilares ósseos e
Kim et al. Interexaminer reliability and accuracy of posterior superior iliac spine and iliac
comparar bilateralmente a profundidade da base do sacro. O lado
crest palpation for spinal level estimations. J Manipulative Physiol Ther. 2007;30(5):386-9. mais posterior sugere rotação do sacro para esse lado

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Exame Físico Exame Físico


Palpação do Sulco do Sacro Palpação do Ângulo Ínfero-Lateral do Sacro

Localiza-se o topo da EIPS e com o III dedo faz um movimento vertical,


escorregando da EIPS à base do sacro. Esse dedo permanece semi- Localiza-se a base do sacro e move-se os dedos no sentido do cóccix.
flexionado e o mesmo dedo da mão contra-lateral faz um apoio sobre ele. Palpar o ângulo ínfero-lateral lateralmente ao hiato sacral bilateralmente
Compara-se a diferença de profundidade entre os lados. O lado mais procurando identificar assimetrias de profundidade. Lado mais posterior
profundo sugere ilíaco posterior. indica sacro rodado para o mesmo lado.

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Exame Físico
Confiabilidade da Palpação das Estruturas da Pelve

Vinte e cinco sujeitos com dor lombar e/ou sacroilíaca foram A confiabilidade de todas essas palpações entre os
avaliados por 2 examinadores quanto à posição do PT L5, Sulco do examinadores foi abaixo dos valores clinicamente aceitáveis
Sacro e Ângulo Infero-lateral do Sacro

79 80

Exame Físico Exame Físico


Palpação do Púbis
Ligamentos Sacrotuberoso e Sacroilíaco Posterior Longo

Estruturas relevantes como


fontes de dor ou indicadores de
alteração de posicionamento

Sacroilíaco posterior longo


Com os antebraços pronados e paralelos ao corpo do paciente, os
polegares do terapeuta são unidos como na técnica dos pilares ósseos,
porém, com uma pequena abertura entre as falanges distais. Em seguida, Sacrotuberoso
as mãos são afundadas na região inferior à cicatriz umbilical, iniciando o
deslizamento caudal até encontrar uma resistência óssea (púbis). Verificar
se existe assimetria na altura dos tubérculos púbicos. Tubérculo mais alto
indica ilíaco rodado posteriormente.

81 82

Exame Físico Exame Físico


Palpação do Ligamento Sacrotuberoso Palpação do Ligamento Sacroilíaco Posterior Longo

O ligamento encontra-se entre a tuberosidade isquiática e a margem O ligamento encontra-se entre a EIPS e a margem lateral do sacro,
lateral do sacro e cóccix. Iniciar a palpação a partir da tuberosidade misturando-se também com as fibras do ligamento sacrotuberoso.
isquiática. Um ligamento mais tenso e dolorido sugere ilíaco rodado Iniciar a palpação a partir da EIPS. Um ligamento mais tenso e
posteriormente. dolorido sugere ilíaco rodado anteriormente.

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Avaliação de Movimentos Acessórios


Testes do Movimento Acessório Pressão Póstero-Anterior Central e Pressão Transversa

Mobilidade Passiva Intervertebral

Técnicas de Avaliação e Tratamento • Identificação de segmentos com hipomobilidade


• Identificação de ‘sinais comparáveis’

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Pressão Póstero-Anterior Central Indicações e Aplicabilidade da Técnica


Movimento Oscilatório com Utilizar o Grau III para
o Tronco do Terapeuta
PAC Avaliar a Mobilidade
Pressão Póstero-Anterior Central

Paciente em decúbito ventral com - Quando a dor é igual nos dois lados;
os polegares sob a pelve.
Terapeuta posiciona-se ao lado - Dor central na coluna;
do paciente de maneira que o
manúbrio do esterno fique sobre - Hipomobilidade nos segmentos lombares evidenciada na avaliação;
o nível a ser mobilizado

Posicionamento das Mãos

Mão de contato com o punho em extensão


e desvio radial. Mão de suporte
posicionada de modo que o III, IV e V
dedos fiquem na palma da mão cranial e o
I e II dedos fiquem no dorso da mesma. A
mão de suporte sustenta a mão de contato
que permanece relaxada com o pisiforme
sobre o processo espinhoso a ser
mobilizado
Maitland G, 2005

87 88

Efeito da Pressão Póstero-Anterior Central

Avaliação por
Ressonância Magnética
Nuclear Dinâmica do
Deslocamento das
Vértebras Lombares
durante a Pressão
Póstero-anterior Central

Mobilização realizada
em Grau IV de
Maitland no Processo
Espinhoso de L1-L5 Kulig et al. Assessment of Lumbar Spine Kinematics Using Dynamic MRI: Mechanism of Sagittal Plane
Motion Induced by Manual Posterior-Anterior Mobilization. J Orthop Sports Phys Ther. 2004; 34: 57-64

89 90
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Efeito da Pressão Póstero-Anterior Central Efeito da Pressão Póstero-Anterior Central


Propagação das Forças nas Vértebras Lombares

Pressão no PE de
L3 aproxima a
superfície A cápsula articular
articular inferior da articulação
de L3 com a zigapofisária de
superfície L2-L3 se tensiona,
articular superior também gerando
de L4 gerando extensão desse
extensão desse segmento (L2-L3)
segmento (L3-L4)
Pressão Póstero-anterior Central (PAC) em L5, L4 ou L3 gera
movimento de extensão em todas as vértebras lombares, mas
A técnica não é isolada e a mobilização de um nível afeta
PAC em L1 ou L2 gera movimento de flexão em L4 e L5
diretamente os demais
Kulig et al, 2004 Kulig et al, 2004

91 92

Efeito da Pressão Póstero-Anterior Central


Efeitos na Redução da Rigidez Lombar

Uma única sessão de mobilizações


foi suficiente para reduzir a rigidez
das vértebras tanto nos sujeitos
Vinte sujeitos assintomáticos e 19 sujeitos com dor lombar assintomáticos quanto nos com DL
receberam 3 séries de 60’’ de PAC GIII em L4
Observou-se ainda redução na dor
e correlação fortemente positiva
Avaliou-se dor em repouso, ADM entre dor e rigidez lombar
ativa, rigidez das vértebras
lombares, dentre outras variáveis

A mobilização realmente é capaz de


reduzir a rigidez das vértebras
lombares?

93 94

Pressão Transversa - Lombar


Utilizar o Grau III para Testar o Movimento de
Avaliar a Mobilidade PT Ambos os Lados

Paciente em decúbito ventral com


os polegares sob a pelve. Terapeuta
Dezoito mulheres assintomáticas foram mobilizadas com PAC posiciona-se ao lado do paciente
GIV em L3 em 2 séries de 1 minuto. com os joelhos semi-flexionados
para que o antebraço caudal
permaneça paralelo ao solo e
Avaliou-se a ADM de flexão e extensão do tronco antes e
alinhado ao nível mobilizado
após a realização das mobilizações Posicionamento das Mãos
Antebraço cranial no eixo longitudinal da
Não houve diferença
coluna, polegar da mão cranial contra o
significativa na ADM após processo espinhoso a ser mobilizado,
as mobilizações realizando tensionamento da pele adjacente.
A ponta do polegar caudal é colocada
perpendicular à unha do polegar cranial e os
Qual será a causa para a
demais dedos permanecem relaxados sobre
redução da rigidez observada o dorso da mão cranial. O movimento é
no estudo anterior? gerado empurrando-se o polegar da mão
caudal sobre o outro polegar

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20/04/2023

Quick-Scan da Coluna Lombar Indicações e Aplicabilidade


Técnica de Avaliação Pressão Transversa
- Quando a dor é unilateral (empurre na direção da dor);
- Desvios laterais nos PE (Graus I-III a favor do desvio);
- Hipomobilidade evidenciada na avaliação;

Paciente em decúbito ventral com os polegares sob a pelve. Terapeuta posiciona-se


ao lado do paciente e utiliza ambos os polegares para realizar pressões póstero-
anteriores sobre os processos transversos alternadamente. Avaliar presença de
posterioridade de um processo transverso e/ou hipomobilidade do segmento.
Maitland G, 2005

97 98

Pressão Póstero-Anterior Unilateral


Técnica de Avaliação e Tratamento
Método de
Avaliação Subjetiva
A Abordagem de Maitland

Posicionamentos das mãos da PAC ou dos pilares ósses  Pressão


PA no processo articular/transverso das vértebras lombares.

Realizar no lado acometido (com dor e espasmo muscular) Graus I-II


Realizar do lado da posterioridade (Graus III-IV)

99 100

Seqüência da Avaliação Analítica Avaliação Subjetiva


Abordagem de Maitland Histórico do Paciente e da Lesão Atual
Permite melhor compreensão dos aspectos envolvidos no quadro,
da cronologia da lesão e dos fatores contribuintes para a mesma;
1. Área da Dor;
Histórico Atual Quando e como isso começou?
2. Caracterização e Comportamento da Dor;
Início Traumático Início Insidioso
3. Contra-indicações ao Tratamento; Como foi essa lesão? Quando começou a
notar os sintomas?
4. História (Pode ser o primeiro passo) Extensão dos Fatores associados
sintomas iniciais e predisponentes
5. Exame Objetivo;
Como progrediu desde então?
6. Estabelecimento de um Plano de Tratamento;
Histórico prévio de lesões, incluindo também histórico médico
7. Registro do Tratamento. de doenças sistêmicas, medicações, etc. Verificar a realização
Maitland G, 2005 de tratamentos prévios!

101 102
20/04/2023

Avaliação Subjetiva Avaliação Subjetiva


Contra-indicações e Precauções ao Tratamento Contra-indicações e Precauções ao Tratamento
São sinais e sintomas que indicam a presença de uma doença grave em
Questionário Clínico Objetivo
curso, necessitando o encaminhamento do paciente para outro profissional
1º) Qual a sua idade? Qual o esporte praticado? Possui origem traumática ou não?
da área da saúde
R: Adolescente (10 – 15 anos); Esporte que envolve constante extensão e
Tratamento Tratamento Encaminhamento rotação do tronco; Início insidioso dos sintomas
Fisioterapêutico Combinado para outro profissional

Verificação da Médico
competência profissional Psicólogo
para atender determinada Assistente Social
doença Terapeuta Ocupacional

Questionário Clínico Objetivo; Escalas de Dor; Questionários Funcionais

Delitto et al, 1995

103 104

Avaliação Subjetiva Avaliação Subjetiva


Contra-indicações e Precauções ao Tratamento Contra-indicações e Precauções ao Tratamento

Questionário Clínico Objetivo


2º) Possui perda de peso inexplicável? A intensidade da sua dor diminui com algum
movimento e postura? Possui história prévia de câncer?

R: Sim, em torno de 10% sem causa conhecida; A dor não altera de intensidade
nem em repouso no leito; Sim, tive câncer de próstata.

Embora a dor lombar causada por


neoplasia vertebral ocorra em menos
de 1% dos casos (Deyo & Diehl, 1988) é
Prevenção do agravamento da lesão, como falha na
necessário descartar completamente
consolidação da fratura e comprometimento neural
essa doença em algumas situações
Delitto et al, 1995

105 106

Avaliação Subjetiva Avaliação Subjetiva do Paciente


Contra-indicações e Precauções ao Tratamento Contra-indicações e Precauções ao Tratamento

Questionário Clínico Objetivo Questionário Clínico Objetivo


3º) Possui fraqueza e/ou anestesia nos dois membros inferiores? Possui anestesia na
região do períneo? Possui disfunção da bexiga urinária e/ou intestino, como retenção 4º) Seu membro inferior dói como um todo? Você sente sua perna completamente
ou incontinência? anestesiada? Em algum momento do passado você sentiu diminuição ou melhora da
R: Sim. Sinto fraqueza e formigamento na região posterior das minhas duas sua dor? Algum tipo de tratamento conseguiu aliviar seus sintomas?
pernas; Atualmente quando vou a banheiro não sinto o papel higiênico quando R: Minha perna dói como um todo e sinto ela completamente anestesiada. Há
vou me limpar; Tenho perdido urina constantemente. mais de um ano não sei o que é viver sem dor. Nunca notei melhora dos meus
sintomas com nenhuma forma de tratamento. Ao contrário, todos eles só
pioraram meus sintomas

Kostiuk et al, 1986 Waddell et al, 1980

107 108
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Avaliação Subjetiva do Paciente


Contra-indicações e Precauções ao Tratamento

Escalas de dor
1) Dor atual (presente)
2) Maior dor nas últimas 48 horas
3) Menor dor nas últimas 48 horas

As 3 com pontuação > 8 


Indicativo de doença severa

Minimal Clinically Important Difference (MCID) = 20 – 35 mm


(VAS) e 2 pontos (NRS)
Vigatto et al. Development of a Brazilian Portuguese Version of the Oswestry Disability
Delitto et al, 1995; Ostelo & Vet, 2005; Ostelo et al, 2008 Index: Cross-cultural Adaptation, Reliability, and Validity. Spine. 2007; 32(4): 481-486

109 110

Avaliação Subjetiva do Paciente


Contra-indicações e Precauções ao Tratamento

Questionários Funcionais
Fear Avoidance Beliefs Questionnaire
• Questionário específico para avaliar medo e cinesiofobia

• Verifica o grau de adaptabilidade do paciente à sua dor lombar durante atividades


no trabalho e em atividades físicas gerais

• A pontuação da sub-escala do trabalho varia de 0 – 42 e da sub-escala de


atividades físicas gerais varia de 0 - 24

• Utilizado para classificação de 1º Nível (comprometimento psicológico), para


avaliação dos resultados da intervenção terapêutica e para classificar os pacientes
em subgrupos (manipulação)

Quanto maior a pontuação no questionário pior o quadro clínico


Waddell et al, 1993 Abreu et al. Versão Brasileira do Fear Avoidance Beliefs Questionnaire. Cad Saúde Pública. 2008; 24(3): 615-623

111 112

Avaliação Subjetiva – Red Flags Bandeiras Vermelhas – Sintomas


Contra-indicações à Mobilização Articular
Contra-indicações à Mobilização Articular
• Dor constante e severa;
• Fratura recente;
• Dor não responsiva a medicação ou posicionamento;
• Compressão da Medula Espinhal e/ou Cauda Eqüina; Red
Flags • Dor noturna severa;
• Doença óssea ativa (tuberculose, infecções, neoplasias);
• Osteoporose avançada;
• Espasmo severo;

• Síndrome de Down • Dor severa sem histórico de lesão;

Outros aspectos a se considerar:


Outras inúmeras bandeiras vermelhas já foram descritas e
são atualmente utilizadas na literatura, mas é necessário • Dor torácica;
um olhar crítico para as mesmas, uma vez que, por
• História prévia de neoplasia, uso de corticoesteróides
definição, Red Flags são características que contra- sistêmicos, HIV, uso abusivo de drogas;
indicam o tratamento fisioterapêutico e requerem
encaminhamento para avaliação de um especialista • Perda de peso inexplicada;
Magee DJ, 2005

113 114
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Avaliação Subjetiva – Yellow Flags Avaliação Subjetiva – Yellow Flags


Fatores de Risco e de Cronicidade em Dor Lombar Inespecífica
Fatores de Risco e de Cronicidade em Dor Lombar Inespecífica

• Dor não diagnosticada, não explicada e não proveniente de incidentes;


• Suspeita de Osteoporose em indivíduos jovens;
• Espondilte Anquilosante ou Artrite Reumatóide ativas;
• Instabilidade vertebral;
• Primeiro ou último trimestre da gestação;
• Irritação aguda ou compressão de raiz nervosa;
Yellow
• Envolvimento psicológico significativo com a queixa; Flags

Precauções para mobilizações e contra-


indicações à manipulações
Rubinstein SM. A Best-evidence Review of Diagnostic Procedures for Neck and Low-back
Pain. Best Pract Res Clin Rheumatol. 2008; 22(3): 471-482

115 116

PRIMEIRA QUESTÃO: NESSE EXATO MOMENTO, QUAL É Avaliação Subjetiva do Paciente


O SEU MAIOR PROBLEMA? Área da Dor
Área da Dor
Terapeuta (T): Onde é a sua dor? T: Até onde essa dor vai para cima? T: Essa é a dor do senhor!
Paciente (P): É aqui! (lombar baixa) P: Até aqui.
T: A sua dor é aqui! (afirmação) T: Até aqui (afirme e toque a região).
P: Sim (confirmação). P: Sim.
Área da Dor
T: Até onde essa dor vai para baixo? T: Essa dor de trás do joelho é a mesma
que você sente nas costas?
P: Até atrás do joelho. Aqui.
P: Acho que sim.
T: Até aqui (afirme e toque a região). P: Sim. Essa é minha dor.
T: Sempre que dói aqui (coluna), dói
P: Sim.
também aqui (joelho)?
T: Nada nas panturrilhas ou nos pés?
Obs: Se a resposta for ‘sim’ continue.
P: Não
Se for ‘não’ trata-se de outra dor (D2),
que será demarcada posteriormente.

117 118

Avaliação Subjetiva do Paciente Avaliação Subjetiva do Paciente


Dermátomos Miótomos e Esclerótmos

119 120
20/04/2023

Avaliação Subjetiva do Paciente Avaliação Subjetiva do Paciente


Características da Dor Comportamento da Dor
T: Essa queimação é constante? T: A queimação varia em intensidade?
P: Sim. P: Sim
T: Esta dor é profunda ou superficial? Onde você acha que é esta dor? T: Ela nunca desaparece completamente? T: Quando é que ela piora?
P: Profunda. Dói lá no nervo. P: Ah, desaparece dependendo da posição. P: Quando eu fico muito sentado.
T: E como é essa dor no nervo? Descreva o que você sente.
T: A partir de quanto tempo sentado a dor do senhor começa a piorar?
P: Ah, parece uma queimação.
P: Mais ou menos 1 hora (definimos esse primeiro tempo como T1).
T: Quanto tempo o senhor consegue permanecer sentado até que a
dor se torne insuportável?
P: Mais uns 30 minutos (definimos esse segundo tempo como T2).
T: Sente dormência, choques ou formigamentos?
T: Há alguma coisa que o senhor faça que alivie a dor?
P: Não.
P: Quando eu levanto, a dor melhora.
T: Nada nos pés?
T: Quanto tempo o senhor precisa ficar em pé até a dor desaparecer?
P: Não. P: Uns 5 minutos (definimos esse terceiro tempo como T3).

Características temporais da dor nos informarão sobre a irritabilidade do caso

121 122

Avaliação Subjetiva –Maitland Avaliação Subjetiva do Paciente


Características da Dor – Irritabilidade do Quadro Características da Dor Mecânica

T1: Se breve pode indicar um quadro irritável; • Dor com comportamento cíclico;
T2: Permite que façamos uma estimativa da gravidade do caso;
• Dor lombar referida para os glúteos e coxas;
T3: Indicativo da irritabilidade. Quanto maior, mais irritável.
• Dor e rigidez matinal são comuns;
Procurar uma atividade ou posição que o paciente faça • A dor é desencadeada por movimentos (flexão, extensão
rotineiramente e por um certo tempo e as estratégias comumente exacerbam os sintomas);
compensatórias de que ele faz uso para evitar os sintomas;
• A dor usualmente se exacerba durante o dia;
• A dor é aliviada com mudanças de posição;
É importante estabelecer as características de cada dor e
coletar o histórico e a progressão do quadro.

Magee DJ, 2005

123 124

Avaliação Subjetiva do Paciente Avaliação Subjetiva - Maitland


Características da Dor Inflamatória Características da Dor – Ficha de Avaliação
Inflamação Aguda
• Resposta a trauma, com exacerbação inicial e alívio gradual; Caracterização da Dor
(Queimação, Pontada, Peso,
• Sinais flogísticos evidentes (Calor, Rubor, Tumor, Dor e Perda Funcional);
Cansaço, Choque, etc.)
• Dor em pontada ou latejamento;
• Sensibilidade exacerbada e área da dor facilmente localizável (trauma);

Inflamação Crônica
• Trauma inicial de menor intensidade. Fator irritante crônico;
• Sinais flogísticos pouco evidentes. Dor e redução da função presentes;
• Dor em espasmo e rigidez após repouso são principais queixas;
• Área da dor com limites mal definidos. Dores referidas. Compensações;

125 126
20/04/2023

Avaliação Objetiva do Paciente


Avaliação Objetiva do Abordagem de Maitland
1ª Parte: Determinar as possíveis estruturas responsáveis pelos sintomas,

Paciente assim como, os movimentos que são anormais e reproduzem e/ou aliviam os
sintomas dos pacientes

2ª Parte: Determinar os fatores responsáveis pela manifestação dos sintomas


nas estruturas estabelecidas na primeira parte
A Abordagem de Maitland
Após a avaliação Subjetiva . . .

QUAIS ESTRUTURAS PRECISAM SER EXAMINADAS PARA DETERMINAR


A(S) CAUSA(S) DOS SINTOMAS DOS PACIENTES?

EXISTE ALGUMA LIMITAÇÃO DA AVALIAÇÃO OBJETIVA DEVIDO A


IRRITABILIDADE OU SEVERIDADE DA DISFUNÇÃO?

127 128

Avaliação Objetiva do Paciente Avaliação Objetiva do Paciente


Abordagem de Maitland Abordagem de Maitland
• Inspeção da Região Acometida e Tecidos Adjacentes;
• Exame Neurológico/Neurodinâmico
• Avaliação dos Movimentos Ativos do Tronco;
• Palpação eTestes de Posicionamento Anatômico;
• Testes de Mobilidade Articular (Movimento Acessório);
• Articulações sobre a área de dor e • Testes Especiais (Manobras Irritativas) e Testes de
articulações que podem causar dor Diferenciação
referida
AVALIAÇÃO SUBJETIVA • Músculos sobre a área da dor e que
Dor que se espalha de C6 até T6 podem causar dor referida
centralmente e lateralmente na região
posterior torácica direita, descendo para o • Tecido neural responsável pela
aspecto posterior do braço e antebraço inervação da área da dor

129 130

Avaliação Objetiva do Paciente Avaliação Objetiva do Paciente


Inspeção Avaliação Neurológica

Deve ser realizada com o paciente em pé, com traje adequado


para permitir a visualização do tronco, cintura pélvica e
membros inferiores. O terapeuta deve avaliar o paciente em
vista anterior, em perfil e vista posterior, buscando observar:

• Assimetrias das cinturas pélvicas;


• Altura das pregas glúteas;
• Presença de espasmos musculares em repouso;
• Sinais de processo inflamatório exacerbado (hiperemia, edema);
Hoppenfeld S, 1976
• Alterações posturais e diferenças de comprimento de membros; - Avaliar os miótomos (força muscular);
• Assimetrias visíveis de estruturas ósseas e tecidos moles adjacentes; - Avaliar os reflexos profundos;
- Avaliar os dermátomos/esclerótomos;

131 132
20/04/2023

Avaliação Objetiva do Paciente Avaliação dos Movimentos Ativos


Componente essencial da avaliação terapêutica. É o ponto onde se
Testes Neurodinâmicos observam dissinergias, estratégias compensatórias, restrições/excessos de
amplitude de movimento e reprodução da queixa do paciente (‘sinais
Slump Test comparáveis’). Não deve ser apressada.

Auxilia na escolha da técnica de tratamento e deve ser repetida (linha de


base) após a aplicação da mesma para registro da efetividade do tratamento

O terapeuta deve orientar o paciente a realizar o movimento desejado objetivamente:


Straight Leg Raise Test Prone Knee Bend Test
“Quando eu disser ‘já’ você vai realizar esse movimento (demonstrar) e vai
parar quando sentir alguma dor ou desconforto”.

O terapeuta posiciona-se de modo a observar a qualidade do movimento e


registrar a amplitude do mesmo no ponto do desconforto inicial
(denominamos essa primeira interrupção do movimento ativo de P1)
O terapeuta, então, orienta o paciente: “Até o fim”.
Teste para o Nervo
Teste para o Nervo Cutâneo Lateral da Coxa O terapeuta observa a qualidade do final do movimento e registra a
Obturatório amplitude (a segunda interrupção do movimento ativo é denominada P2)
Shacklock, 2005

133 134

Avaliação dos Movimentos Ativos Avaliação dos Movimentos Ativos


Movimentos Geradores dos Sintomas Flexão do Tronco
Paciente em pé com os braços a frente das
coxas. O terapeuta posiciona-se atrás do
paciente. Solicitar que o paciente escorregue
as mãos pelas coxas, dobrando o tronco até
sentir algum desconforto.

Pontos a se Observar:
• Lordose lombar de repouso substituída por
discreta cifose;
• Envolvimento das 5 vértebras no movimento;
• Distância dos dedos aos solo e à tíbia;
• Amplitude de movimento esperada de 75-90°;
• Presença de Espasmos;

Maitland G, 2005 • Amplitude e Qualidade do Movimento;

135 136

Avaliação dos Movimentos Ativos Avaliação dos Movimentos Ativos


Extensão do Tronco Inclinação do Tronco
Paciente em pé com os braços ao lado do corpo. Paciente em pé com os braços ao lado do corpo.
O terapeuta posiciona-se atrás do paciente, de O terapeuta posiciona-se atrás do paciente e
maneira a impedir que o mesmo desequilibre-se e solicita que o mesmo incline o tronco para um dos
caia. Solicitar que o paciente olhe para o teto e lados deslizando a mão pela coxa. Repetir a
mova o tronco para trás. avaliação do outro lado.
Pontos a se Observar: Pontos a se Observar:
• O aumento da lordose lombar de repouso; • Se a coluna lombar apresenta curva suave e com
concavidade para o lado da inclinação;
• Se ocorrem bloqueios e compensações;
• Se os 5 níveis lombares participam do movimento;
• Se ocorrem espasmos musculares (‘bigode’);
• A amplitude de movimento esperada é de 25-30°;
• Amplitude de movimento esperada é de 20-30°;
• Amplitude e Qualidade do Movimento;
• Amplitude e Qualidade do Movimento;

137 138
20/04/2023

Avaliação dos Movimentos Ativos Avaliação dos Movimentos Ativos


Rotação do Tronco Movimentos Combinados – Padrão de abertura
O paciente é avaliado sentado, com ombros
abduzidos e cotovelos fletidos. O terapeuta
posiciona-se à frente do paciente e solicita que o
mesmo realize o movimento de rotação do tronco
para um dos lados. E em seguida para o outro.

Pontos a se Observar:
• Movimento ocorrendo na coluna torácica e MMSS;
• Curva da região infra-umbilical (considerar T12-L1 Realização de movimentos em uma ordem determinada que favorece o
no nível da cicatriz umbilical e dividir a distância da afastamento máximo das superfícies articulares (aumento do forame
mesma até o púbis em 4 níveis vertebrais – L2 a L5);
intervertebral) e alongamento dos tecidos neurais e moles (músculos,
• A amplitude de movimento esperada é de 60-80°;
ligamentos, cápsula e disco intervertebral) unilateralmente
• Amplitude e Qualidade do Movimento;

139 140

Avaliação dos Movimentos Ativos Palpação e Testes de Mobilidade


Movimentos Combinados – Padrão de Fechamento Reprodução dos Sinais e Sintomas
Realização de movimentos em uma ordem determinada que favorece o
Palpação
fechamento máximo das superfícies articulares (redução do forame
intervertebral) e compressão dos tecidos neurais e moles (cápsula e disco • Verificar Desvios Vertebrais
intervertebral) unilateralmente • Espasmos Musculares
• Reprodução da Queixa

Avaliação da Artocinemática

• Hipomobilidades
• Hipermobilidades
• Espasmos Musculares
• Reprodução da Queixa

141 142

Avaliação da Coluna Lombar - Maitland Avaliação da Coluna Lombar - Maitland

143 144
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Abordagem de Maitland Seqüência da Avaliação Analítica


Estabelecimento da Linha de Base Raciocínio Clínico

Avaliação do movimento ativo, registro do observado e Avaliações Subjetiva e Escolha e Aplicação


Objetiva da Técnica Correta
da resposta ao tratamento empregado

Flx P1=J, P2=2d↓J, L4↑, Dis, D1=6


Caracterização do Re-avaliação da
PAC GIII L5 1’ Flx P1=P2=2d↓J, ↓Dis, L4↑, D1=4 Problema Linha da Base

PAC GIII L5 1’ Flx P1=4d↓J, P2=1/2T, ↓Dis, L5↑, D1=3

II + Dist GIII 1’ Flx P1=1/2T, P2=T, s/Dis, L5↑, D1=1 Determinação da Ajuste da Técnica
Linha de Base Avaliação Contínua ou Incrementação
dos Sinais e Sintomas
Maitland G, 2005 Maitland G, 2005

145 146

Rotação Lombar
Considerações Gerais

Rotação Lombar • Considerada a técnica mais importante


para o tratamento dos acometimentos da
coluna lombar

• Técnica mais indicada para


acometimentos unilaterais

• O lado mais doloroso é posicionado


para cima

• Quando a rotação de baixo para cima


reproduzir a dor, realiza-se a técnica no
sentido oposto
Maitland G, 2005

147 148

Rotação Lombar Rotação Lombar


Posicionamento e Execução
Posicionamento para Execução

Palpação do nível acometido e realização de flexão do quadril até sentir-se


Verificação da Distância do Estabelecimento do ‘Bom tensão sob os dedos (‘tissue pull’)
Paciente em Relação ao Terapeuta Quadrado’
Extensão do ombro e flexão do cotovelo do membro superior de cima.

149 150
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Rotação Lombar Rotação Lombar


Rotação Lombar – Grau I Rotação Lombar – Grau II

Rotação do tronco superior por meio do membro superior em contato


O sentido da força pode favorecer a flexão ou a com a maca até sentir-se tensão sob os dedos (‘tissue pull’)
extensão da coluna lombar

151 152

Rotação Lombar Rotação Lombar


Rotação Lombar – Grau III Rotação Lombar – Grau III

Estende-se o quadril do membro inferior em contato com a maca. Pode-se


ainda estabilizar o ombro com a mão cranial

153 154

Rotação Lombar Rotação Lombar


Rotação Lombar – Grau IV Rotação Lombar – Grau V – Posicionamento

Iniciar estabelecendo o ‘Bom Quadrado’

Correção da Obliqüidade
Estabilizar o ombro e deixar o membro inferior de cima pendente fora da Pélvica
maca com o joelho próximo da extensão
Construção da Alavanca
Distal

155 156
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Rotação Lombar Rotação Lombar


Rotação Lombar – Grau V – Posicionamento Rotação Lombar – Grau V

Construção da Alavanca
Proximal

Rotação em Bloco
Posicionamento Final e Direção da Força para Manipulação

157 158

Rotação Lombar
Rotação Lombar – Grau V (Lumbar Roll Thrust)
Tração Lombar
Alto
Custo

Alta velocidade e pequena amplitude no fim do arco Resultados


de movimento Eficazes?
159 160

Tração Lombar Tração Lombar


Aumento do espaço do forame Técnica e Indicações da Tração Lombar
intervertebral

Diminuição da geração de
impulsos nociceptivos Efeitos Aumento da mobilidade
ectópicos, normalização Fisiológicos
da condução neural e intervertebral
modulação da dor

Redução da protusão discal

Maior separação ocorre quando os quadris estão fletidos


Diferenças mínimas entre altas e baixas cargas (20% do peso corporal) Pacientes com déficit neurológico e comprometimento radicular evidente
(mobilização e manipulação são contra-indicadas)
Tração mantida ou intermitente de 20-30 minutos Dores bilaterais e rigidez generalizada

Krause M, et al. Lumbar Spine Traction: Evaluation of Effects and Recommended Krause M, et al. Lumbar Spine Traction: Evaluation of Effects and Recommended
Application for Treatment. Man Ther 2000;5(2):72-81. Application for Treatment. Man Ther 2000;5(2):72-81.

161 162
20/04/2023

Abertura de Forame
Técnicas de Abertura em Progressão

Posição de Abertura Sustentada (Static Opener)

Progressão 2

Ao posicionar as pernas para fora da


maca, promove-se uma inclinação do
tronco contra-lateral ao lado que está
Progressão 1
posicionado em cima (sintomático)

163 164

Abertura de Forame Abertura de Forame


Técnicas de Abertura em Progressão Técnicas de Abertura em Progressão

• Técnica sustentada por 1 minuto realizada até 3 vezes na mesma sessão Mobilizar gentilmente no sentido de
abertura, retornando a posição inicial
• Reavaliar o paciente após cada uma das aplicações
• Não recomendar o uso dessa postura em casa na 1a sessão Recomenda-se iniciar com 10
mobilizações e reavaliar
• Mobilizações ainda não são aplicadas nessa fase

Pacientes com sintomas neurológicos como redução da


sensibilidade e formigamentos, que ocorrem nos segmentos Progredir para até 50
mobilizações por aplicação
mais distais, são mais susceptíveis à melhora

Técnica não indicada em casos em que a abertura resulta em Efeito de bombeamento no local da raiz nervosa, podendo, dessa
reprodução dos sintomas. Porém, o terapeuta deve realizar a técnica forma, favorecer o fluxo sangüíneo
adequadamente e na progressão correta, antes de procurar outra
técnica para o tratamento inicial Fase Intermediária do Tratamento – Abertura Dinâmica
Shacklock, 2005 Shacklock, 2005

165 166

Fechamento de Forame Fechamento de Forame


Técnicas de Fechamento em Progressão Técnicas de Fechamento em Progressão
Paciente em um estado mais avançado, em Técnica de Fechamento no Final do Arco
que o fechamento já é tolerado
Mão caudal realiza movimento
Terapeuta posiciona a mão caudal entre o
elevando os dois pés do paciente e
trocânter maior e a tuberosidade isquiática. mão cranial mobiliza o trocânter maior
Mão cranial pode palpar o segmento na direção cranial buscando realizar
vertebral acometido, para verificar se a inclinação do tronco do paciente.
manobra está atingindo o local.
Cuidado para realizar inclinação pura
do tronco, com o mínimo de movimento
Mobilizar com a mão caudal no sentido cranial, buscando realizar o de flexão/extensão associado.
fechamento do segmento a ser tratado.
A técnica pode ser realizada mesmo com sintomas, contanto que esses
Manobra não deve reproduzir sintomas e recomenda-se 10-20 oscilações por série, sejam de baixa intensidade e duração. São recomendadas 10-15
podendo ser realizadas várias repetições por sessão. oscilações várias vezes por sessão.

Fechamento Dinâmico Fechamento Dinâmico  Progressão


Shacklock, 2005 Shacklock, 2005

167 168
20/04/2023

Introdução
Aspectos Introdutórios Conceito Mulligan de Terapia Manual

do Conceito Mulligan

169 170

Conceito Mulligan Conceito Mulligan


Avaliação Continuada de Maitland Falha Posicional e Mobilização Sustentada

Restrições do movimento resultariam em dor

Reposicionamento da articulação
(sustentação da mobilização) com
movimento ativo = MWM
(Mobilization with Movement)

Restauração do alinhamento normal da articulação permitirá a


realização de movimentos livres de dor

171 172

Mulligan – Conceitos Chave Mulligan - Conceitos Chaves


Descarga de Peso, Ausência de Dor e Sobrepressão Respeito ao Plano Facetário
Técnicas sempre que possíveis são realizadas em posições funcionais
e com descarga de peso
A técnica tem que ser sempre realizada sem dor. Trocar sentido e/ou
direção do glide, nível tratado e intensidade da conduta
Realização de sobrepressão no fim do arco de movimento:
OVERPRESSURE

173 174
20/04/2023

Conceito Mulligan - Técnicas Conceito Mulligan - Técnicas


NAGs, SNAGs e SMWLMs SNAGs Central e Unilateral

• NAGs (Natural Apophyseal Glides): Única técnica oscilatória  É


O cinto deve ser posicionado a
realizada paralelamente ao plano facetário na coluna cervical e torácica frente das EIAS. O contato
• SNAGS (Sustained Natural Apophyseal Glides): Glide sustentado pode ser no processo
paralelamente ao plano facetário associado à movimentos ativos da coluna espinhoso da vértebra
- MWM realizado na coluna)
superior ao nível acometido
(dor central) ou no processo
• SMWLMs (Spinal Mobilization with Limb Movements): Execução de articular do lado doloroso (dor
glide transverso sustentado sobre o processo espinhoso associado a unilateral)
movimentos ativos ou passivos das articulações periféricas
Indicação: Presença de dor
SNAG em Flexão
3-10 movimentos na primeira sessão se houver melhora e/ou rigidez para o
nos sintomas movimento de flexão

175 176

Conceito Mulligan - Técnicas Conceito Mulligan - Técnicas


SNAGs Central e Unilateral SNAGs Lateral

O cinto deve ser posicionado a


frente das EIAS. O contato O cinto deve ser posicionado
pode ser no processo a frente das EIAS. O contato
espinhoso da vértebra deve ser no processo articular
superior ao nível acometido
do lado doloroso (dor
(dor central) ou no processo
articular do lado doloroso (dor unilateral)
unilateral)

Indicação: Presença de dor Indicação: Presença de dor


SNAG em Extensão e/ou rigidez para o SNAG em Inclinação e/ou rigidez para o
movimento de extensão; movimento de Inclinação
Centralização com extensão

177 178

Conceito Mulligan - Técnicas


SNAGs Central e Unilateral

O cinto deve ser posicionado a Articulações Sacro-ilíacas


frente das EIAS. O contato deve
ser no processo articular do lado
doloroso (dor unilateral) Anatomia e Biomecânica do
Complexo Articular

Indicação: Presença de dor


SNAG em Rotação e/ou rigidez para o
movimento de rotação

179 180
20/04/2023

Anatomia – Osso Inominado Anatomia – Sacro


Anatomia Óssea
Ílio

Púbis

Ísquio
Netter FH, 2002 Netter FH, 2002

181 182

Anatomia - Cintura Pélvica Articulações Sacroilíacas


Anatomia
Articulação sinovial diartrodial, com superfícies articulares
similares separadas por um espaço articular preenchido por
líquido sinovial e envolvidas por uma cápsula articular
(cartilagem articular hialina e fibrosa)

Articulação tradicionalmente
considerada imóvel, porém
atualmente se sabe que sua
mobilidade é essencial para
adequadas transmissões de
força entre os diferentes
segmentos
Anatomia da Cintura Pélvica e Diferenças Anatômicas
entre os Gêneros
Vleeming et al, 1990; Fortin JD, 1993; Kapandji IA, 2000; Cohen SP, 2005

183 184

Sínfise Púbica Estabilidade Sacroilíaca


Superfícies articulares alongadas e Mecanismo de Form Closure
ovais, interpostas por um disco Mecanismo de estabilidade articular em que a proximidade das
fibrocartilaginoso e unidas por estruturas articulares congruentes é tal, que nenhuma outra força
cartilagem hialina firmemente aderida externa é necessária para manutenção do estado do sistema
Vleeming R, 1990, Snijders et al, 1993; Pool-Godzwaard et al, 1998

A sínfise púbica é estressada


principalmente em movimentos Além disso a ASI é protegida de forças de cisalhamento
assimétricos das articulações sacroilíacas, por mecanismos que incluem principalmente as
como os que ocorrem no apoio unipodal irregularidades existentes na cartilagem articular do
complexo articular
Sizer et al, 2002 Vleeming R, 1990

185 186
20/04/2023

Estabilidade Sacroilíaca Biomecânica Sacro-ilíaca


Mecanismo de Force Closure Mecanismo de Auto-Travamento
Componentes ligamentares e musculares gerando forças
compressivas atuam no sentido de evitar forças de cisalhamento
no complexo articular sacroilíaco;

Forças agindo para a ocorrência do ‘Form Closure’ e do


Esse mecanismo de compressão das articulações sacroilíacas ‘Force Closure’ resultam no mecanismo de auto-travamento
decorrente de forças externas para manutenção do equilíbrio é da articulação sacroilíaca.
denominado ‘Force Closure’. Cusi MF. Paradigms for Assessment and Treatment of Sacroiliac Joint Mechanical
Vleeming R, 1990, Snijders et al, 1993; Pool-Godzwaard et al, 1998 Dysfunction. J Bodyw Mov Ther. 2010; 14: 152-161

187 188

Biomecânica Sacroilíaca Biomecânica Sacroilíaca


Cinemática Sacroilíaca Mecanismo de Auto-Travamento
A contra-nutação ocorre em
A nutação do sacro aumenta a tensão de vários ligamentos,
decúbito supino, postura sentada
desleixada, no 3° trimestre de incluindo os ligamentos sacroilíacos dorsais curtos, os
gravidez, dentre outras ligamentos interósseos, o ligamento iliolombar, o ligamento
sacrotuberoso, etc

A maior tensão fascial e ligamentar


observada na nutação aumenta a
Nutação do Sacro fricção entre as superfícies
articulares e, conseqüentemente, a
A nutação ocorre em
posição ortostática, postura
estabilidade sacrilíaca
sentada, flexão do tronco e
posturas lordóticas em geral Contra-Nutação do Sacro
Lavignolle et al, 1983; Sizer et al, 2002 Lavignolle et al, 1983; Sturesson et al, 1989; Pool-Godzwaard et al, 2003

189 190

Biomecânica Sacroilíaca Biomecânica Sacroilíaca


Cinemática Sacroilíaca
As articulações SI são
Os movimentos de nutação e contra-nutação do sacro são
consideradas um complexo
acompanhados de movimentos dos inominados
articular bastante forte,
Nutação do Contra-Nutação do caracterizada por restrita
Sacro Sacro mobilidade, servindo
mecanicamente como transdutor
de forças e absorvedor de
choques;

Adução do Ílio, Abdução do Ílio,


Abdução do Ísquio e Adução do Ísquio e
Rotação Posterior do Rotação Anterior do
As articulações sacroilíacas, em atividades em CCF, servem
Inominado Inominado de componente a três diferentes cadeias cinéticas, com
enormes forças sendo transmitidas à diferentes direções
Kapandji IA. Physiology of the Joints: The Trunk and the Vertebral Column.
Churchill Livinstone. 2nd Edit. 251 p. 2000 Zheng et al, 1997, Kapandji IA, 2000; Sizer et al, 2002

191 192
20/04/2023

Ligamentos Articulação Sacroilíaca Anatomia Ligamentar


Fortes ligamentos reforçam Ligamento Sacroilíaco Dorsal Longo
a ASI posteriormente
Tensiona-se durante a
contra-nutação do sacro.
Considerado um dos
únicos estabilizadores
ligamentares desse
movimento

Pode apresentar-se tensionado


e sensível à palpação em
situações de ilíaco bloqueado
Existe um recesso na cápsula articular em rotação anterior
posterior da ASI, de modo que somente a
porção ventral da mesma é considerada
Vleeming et al. The Function of the Long Dorsal Sacroiliac Ligament: Its Implication for
uma articulação sinovial verdadeira Bowen e Cassidy, 1981; Netter FH, 2002 Understanding Low Back Pain. Spine.1996; 21(5): 556-562

193 194

Anatomia Ligamentar
Ligamento Sacrotuberoso
Disfunções Sacro-ilíacas
Aspectos de Avaliação e
Tensiona-se durante a
nutação do sacro, sendo
Considerações Patomecânicas
considerado importante
limitador desse movimento

Deve ser avaliado quanto à


sensibilidade e tensionamento
em situações de ilíaco
bloqueado em rotação posterior

Vleeming et al. The Sacrotuberous Ligament: A Conceptual Approach to its Dynamic Role in
Stabilizing the Sacroiliac Joint. Clin Biomech. 1989; 4(4): 201-203

195 196

Disfunção Sacroilíaca Mecanismos de Lesão


A articulação sacroilíaca era considerada a principal causa de Pressões excessivas ou insuficiente atuando na articulação
dor lombar no início do séc. XX (Goldthwaite e Osgood, 1905), mas sacroilíaca podem ser identificadas como causas de função
passou a ser considerada menos relevante do que a herniação articular deficitária;
do núcleo pulposo após uma publicação de meados da década
de 30 (Mixter e Barr, 1934); O mecanismo relacionado com o
episódio inicial do distúrbio
sacroilíaco pode incluir queda de
A articulação sacroilíaca é uma
altura, acidente automobilístico,
causa de dor lombar em 15-25%
mecanismos de ‘esmagamento
da população
compressivo’, gravidez, etc.
Dreyfuss et al, 1996
Cohen, 2005
Trabalhos que envolvam forças
Novas evidências descobertas à partir da década de 90 (Fortin e Tolchin de cisalhamento assimétricas
1993; Slipman et al, 1996; Ebraheim et al, 1997; Fortin et al, 1999) sugerem que também podem favorecer a DSI
a articulação deve novamente ser considerada como potencial causa
Cusi MF. Paradigms for Assessment and Treatment of Sacroiliac Joint Mechanical
de dor lombar (Forst et al, 2006) Dysfunction. Journal of Bodywork Movement Therapy. 2010; 14: 152-161

197 198
20/04/2023

Insuficiência: Auto-Travamento Disfunção Sacroilíaca


Diminuição de força ou desequilíbrio entre músculos (glúteo máximo, Alterações de Posicionamento
eretores da coluna, oblíquos, latíssimo dorsal) e insuficiência de tensão
ligamentar podem reduzir o ‘Force Closure’. Essa insuficiência
ligamentar pode ocorrer por alterações no posicionamento dos • Ilíaco Posterior
segmentos articulares. Isso pode influenciar as aferências capsulares e
tem sido sugerido que essas alterações podem prejudicar a ação de • Ilíaco Anterior
músculos estabilizadores, como os multífidos e o transverso abdominal
(Hides et al, 1994; Hodges e Richardson, 1996)
• Ilíaco em Rotação Interna
• Ilíaco em Rotação Externa Ilíaco Posterior
Com insuficiência do auto-travamento há sobrecarga da ASI em
contra-nutação, posição em que a articulação é mais vulnerável à • Ilíaco em ‘Up-slip’
estresse de cisalhamento.
Pool-Goudzwaard et al. Insufficient Lumbopelvic Stability: A Clinical, Anatomical and
• Torção Ilíaca
Biomechanical Approach to 'a-specific' Low Back Pain. Manual Therapy. 1998; 3(1): 12-20
• Ilíaco em In-flare
Nesse contexto a mobilização e manipulação articular podem • Ilíaco em Out-flare
atuar restaurando a mecânica articular e, dessa forma,
quebrando o ciclo de alteração do padrão de estabilização Ilíaco Anterior

199 200

Disfunção Sacroilíaca Disfunção Sacroilíaca


Alterações de Posicionamento Alterações de Posicionamento

Em Ilíaco Posterior observa-se: Em Ilíaco Anterior observa-se:


Músculos em Espasmo:

Glúteo Máximo, Isquiotibiais, Reto Abdominal e Músculos em Espasmo:


Psoas Maior
Ilíaco, Reto Femoral, Sartório, Adutores e
Eretores da Coluna
Músculos em Hiperatividade:

Ilíaco, Reto Femoral, Sartório, Adutores e


Eretores da Coluna Músculos em Hiperatividade:

Glúteo Máximo, Isquiotibiais, Reto Abdominal e


Psoas Maior

Lippert LS, 2006 Lippert LS, 2006

201 202

Dor em Disfunção Sacroilíaca Dor em Disfunção Sacroilíaca


Padrões de Dor Referida Características da Disfunção Sacroilíaca
50 pacientes (20-75 anos) com disfunção SI foram solicitados a
mapear sua área de dor e em seguida receberam injeções intra-
articulares de anestésicos • Dor unilateral (a menos que haja lesão bilateral) abaixo de L5;
• Dor imediata ao sentar;
• Dor em situações de apoio unipodal;
• Flexão e rotação do tronco tendem a reproduzir os sintomas;
• Dor ao levantar-se de posição sentada que alivia após alguns
passos;
• Dor nos glúteos e lombar baixa podendo irradiar para a coxa;
• Dispareunia e incontinência urinária associadas não são incomuns;
• Ciatalgia pode ocorrer especialmente com Síndrome do Piriforme.
Slipman et al. Sacroiliac Joint Pain Referral Zones. Arch Phys Med Rehabil. 2000; 81: 334-338 Slipman et al, 2000; Cohen SP, 2005; Cusi MF, 2010

203 204
20/04/2023

Avaliação da Articulação Avaliação Sacroilíaca


Testes de Mobilidade
Sacroilíaca
Avalia a mobilidade do ilíaco
em relação ao sacro
“Não existem testes provocativos ou que produzam alívio
de sintomas que sejam exclusivos de dor sacroilíaca, o
que faz com que o diagnóstico clínico desse distúrbio Se com a flexão do tronco do paciente,
continue problemático” ocorrer deslocamento superior da EIPS
incapaz de dissociar-se do movimento do
sacro o teste é positivo
A confiabilidade dos testes para identificação de
distúrbios sacroilíacos aumenta quando os
Sugere-se que para consideração do
mesmos são realizados em conjunto, embora
teste positivo a EIPS deve mover-se
ainda haja muita controvérsia sobre o assunto cranialmente no mínimo 2.5 cm com a
flexão do tronco
Laslett et al. Diagnosis of Sacroiliac Joint Pain: Validity of Individual Provocation Tests and
Composites of Tests. Manual Therapy. 2005; 10: 207-218 Cibulka e Koldehoff, 1999; Gross JM, 2009

205 206

Avaliação Sacroilíaca Avaliação Sacroilíaca


Testes de Mobilidade – Teste de Gillet Testes Provocativos

Avalia a mobilidade do ilíaco


em relação ao sacro

Distração das
Se com a flexão do estruturas articulares
quadril do paciente, não gerando reprodução
ocorrer movimento da dos sintomas indica
EIPS ou se ocorrer um teste positivo
elevação da mesma o
teste é positivo

Também conhecido como Teste da Cegonha (Stork Test) Teste de Distração

Meijne et al, 1999; Flynn et al, 2002; Gross JM, 2009 Huijbregts P, 2004

207 208

Avaliação Sacroilíaca Avaliação Sacroilíaca


Testes Provocativos Testes Provocativos

Compressão do
inominado em direção
ao sacro pode reproduzir
os sintomas em caso de
disfunção sacroilíaca

Teste de Compressão
Teste de Patrick ou Teste FABERE
Laslett et al, 2005 Laslett et al, 2005

209 210
20/04/2023

Avaliação Sacroilíaca Avaliação Sacroilíaca


Testes Provocativos Testes Provocativos

Sobrepressão em extensão
de um quadril, mantendo-se
o outro quadril em flexão Com o quadril a 90°
passiva reproduz os flexão, compressão do
sintomas de dor sacroilíaca fêmur em sentido ao
indica um teste positivo inominado estando o
sacro estabilizado pode
reproduzir os sintomas
Tem sido demonstrado que os em caso de disfunção
testes de Gaeslen e Patrick são sacroilíaca
úteis para identificar DSI Thrust da Coxa
Teste de Gaeslen quando utilizados em conjunto

Laslett et al, 2005 Laslett et al, 2005

211 212

Avaliação Sacroilíaca Avaliação Sacroilíaca


Testes Provocativos Testes Provocativos

Pressão na base do Promovendo uma força


sacro forçando-se um compressiva
movimento de nutação inferiormente à EIPS,
em prono também pode realiza-se o
resultar em sintomas deslizamento lateral e
quando uma disfunção superior do polegar
sacroilíaca estiver sobre a EIPS
ocorrendo

Thrust do Sacro
Teste de Distração da EIPS
Laslett et al, 2005

213 214

Avaliação Sacroilíaca Avaliação Sacroilíaca


Algoritmo para Diagnóstico de Disfunção Sacroilíaca Algoritmo para Diagnóstico de Disfunção Sacroilíaca

Como usar esses testes para


um diagnóstico acurado de
Disfunção Sacroilíaca?

Laslett et al, 2005

215 216
20/04/2023

Técnicas de Tratamento Volantes do Ilíaco


das Articulações
Sacroilíacas
Aplicação, Indicações e Evidências

217 218

Tratamento: Sacroilíaca Tratamento: Sacroilíaca


Volante Posterior do Ilíaco Volante Anterior do Ilíaco

Paciente em decúbito lateral com o lado a Paciente em decúbito lateral com o lado a
ser mobilizado por cima e com almofada ser mobilizado por cima e com almofada
entre os joelhos. Terapeuta posiciona-se entre os joelhos. Terapeuta posiciona-se em
atrás do paciente. frente ao paciente.

Grau III para Ilíaco Rodado Posteriormente Grau III para Ilíaco Rodado Anteriormente

Grau IV para Ilíaco Rodado Anteriormente Grau IV para Ilíaco Rodado Posteriormente

A mão cefálica posiciona-se na EIAS, de modo A mão cefálica posiciona-se na EIPS,


que os dedos fiquem apontando para o de modo que os dedos fiquem
terapeuta. A mão caudal deve estar com a apontando para o terapeuta. A mão
região hipotenar apoiada sobre a tuberosidade caudal deve estar com a região
isquiática tensionando a pele. Cotovelos e hipotenar apoiada sobre a tuberosidade
antebraços devem estar alinhados e o esterno isquiática tensionando a pele.
do terapeuta deve estar em contato com o Cotovelos e antebraços devem estar
paciente. O movimento é gerado por rotação alinhados e o esterno do terapeuta
de tronco do terapeuta. deve estar em contato com o paciente.

219 220

Tratamento: Sacroilíaca
Volante Sacral
Volante Sacral Paciente em decúbito ventral com os
braços ao lado do corpo. Terapeuta
posiciona-se ao lado do paciente do
mesmo lado em que S1 apresentar-se
mais rasa.
Sacro Rodado em Eixo Oblíquo (S1D mais
raso e AIL E mais profundo ou vice-versa)

A mão cefálica apóia-se sobre S1 do lado


proeminente com os dedos apontando
para os pés do paciente. A mão caudal
apóia-se sobre o ângulo inferior do sacro
do lado oposto com os dedos apontando
para a cabeça do paciente e cotovelo entre
as coxas do mesmo. Movimento em ‘leme
de navio’ com a mão cranial empurrando
para baixo e a mão caudal empurrando no
sentido do antebraço

221 222
20/04/2023

Tratamento: Sacroilíaca Tratamento: Sacroilíaca


Pressão Póstero-Anterior Unilateral (PAU) Sacral Pressão Póstero-Anterior Central (PAC) Sacro Superior

Posicionamento das mãos idêntico ao


da Pressão Póstero-Anterior Central
Posicionamento das mãos idêntico ao da Pressão
(PAC) aplicada na coluna lombar
Póstero-Anterior Central (PAC) aplicada na coluna lombar
Sacro Bloqueado em Contra-nutação

Técnica direta em Grau IV


aplicada no lado em que S1
apresentar-se mais raso com o Técnica direta em Grau IV
pisiforme apoiado no meio do aplicada proximalmente no
sacro pressionando para sacro pressionando para baixo.
baixo.

223 224

Tratamento: Sacroilíaca Manipulação


Pressão Póstero-Anterior Central (PAC) Sacro Inferior

Posicionamento das mãos idêntico ao


da Pressão Póstero-Anterior Central
Sacroilíaca
(PAC) aplicada na coluna lombar

Sacro Bloqueado em Nutação

Técnica direta em Grau IV


aplicada distalmente no sacro
pressionando para baixo.

225 226

Manipulação Sacroilíaca Manipulação Sacroilíaca


Posicionamento e Execução Técnica em Grau V
Paciente em decúbito dorsal com os dedos
entrelaçados atrás da cabeça. Terapeuta
posicionado no lado contrário ao que será
manipulado realiza uma inclinação do tronco
do paciente para o lado oposto.

Terapeuta roda o tronco do paciente


em sua direção, sem perder a
inclinação para o lado oposto.

Indicações: Ilíaco Bloqueado, Dor Lombar Não Específica


Sustentando o paciente na posição com
a mão cranial, o terapeuta utiliza a mão
(casos que satisfazem a RPC), Síndrome da Dor Patelofemoral
caudal para realizar a manipulação. (RPC), Lesões Musculares (RF e IQT), etc.

227 228
20/04/2023

É necessária a ocorrência do estalido audível para Sacroilíaca e Dor Lombar


que a manipulação seja eficiente?
Manipulação Sacroilíaca x Rotação Lombar x PAC
71 Sujeitos com LBP Tratados com
Manipulação Sacroilíaca
Estalido ocorreu em
50 indivíduos (70%)

Avaliou-se Dor, Comparação entre


Incapacidade e Grupo Estalido x
ADM Flx Tronco Grupo sem Estalido

Flynn et al. The Audible Pop Is Not Necessary for Successful Spinal High-Velocity Thrust Cleland et al. Comparison of the Effectiveness of Three Manual Physical Therapy Techniques in a
Manipulation in Individuals With Low Back Pain. Arch Phys Med Rehabil. 2003; 84: 1057-1060 Subgroup of Patients With Low Back Pain Who Satisfy a Clinical Prediction Rule. Spine. 2009; 34: 2720-9

229 230

Sacroilíaca e Lesões Musculares Sacroilíaca e Dor Patelofemoral


Manipulação Sacroilíaca Efeitos da Manipulação Sacroilíaca na Dor no Joelho
20 Pacientes com Lesão Aguda de Isquiotibiais 50 Sujeitos com Diagnóstico de SDPF

10 Tratados com calor 10 Receberam mesmo Avaliação de dor em subida e descida de


úmido seguido tratamento + degrau (20cm) e agachamento
X
alongamentos passivos Manipulação SI
Manipulação Sacroilíaca

Reavaliação das Atividades

Sucesso no Tratamento =
Redução > 50% Dor EVA

Cibulka et al. Hamstring Muscle Strain Treated by Mobilizing the Sacroiliac Joint. Physical Iverson et al. Lumbopelvic Manipulation for the Treatment of Patients With Patellofemoral
Therapy. 1986; 66(8): 1220 -1223 Pain Syndrome. J Orthop Sports Phys Ther. 2008; 38(6): 297-312

231 232

Manipulação do Púbis
Utilização da Contração Muscular Isométrica

Técnicas de Energia Paciente em decúbito dorsal com


os quadris e joelhos fletidos.
Indicada em casos de
assimetria do púbis.

Muscular Terapeuta com o antebraço entre


os joelhos do paciente resiste à
adução do quadril.

Manipulação do Púbis e Contração isométrica vigorosa


dos adutores pode resultar em

Tesouras manipulação da origem dos


músculos na sínfise púbica.

233 234
20/04/2023

Sacroilíaca e Dor no Joelho Articulação Sacroilíaca


Manipulação Púbis e Articulação Sacroilíaca Técnicas Associando Contração Muscular Ativa
Paciente de 25 anos, Sexo Dor Intensa na Região Tesouras
Feminino, Corredora de Medial do Joelho Direito
Longa Distância de Início Insidioso (6/10)
Orientar o paciente quanto
ao auto-tratamento em casa

Resolução completa dos sintomas após 1 sessão de Rotação Posterior do Ilíaco


manipulações das articulações sacroilíacas
Direito e Rotação Anterior
Vaughn DW. Isolated Knee Pain: A Case Report Highlighting Regional Interdependence. do Ilíaco Esquerdo
J Orthop Sports Phys Ther. 2008; 38(10): 616-623

235 236

Articulação Sacroilíaca
Mobilizações com Movimento – Mulligan Tratamento de Dor Lombar
com Base em Subgrupos
Prática Baseada em Evidência

237 238

Dor Lombar
Prevalência e Causas

Estima-se que 80% população vai apresentar ao menos 1 episódio


de dor lombar na vida
Nachemsom & Jonsson, 2000 Busca de estudos
Hérnia Discal incluindo avaliação
com exame de
Síndrome da Faceta Síndrome do Piriforme imagem da CV em
indivíduos
Fraturas Vertebrais assintomáticos
Radiculopatia

Espondilólise Espondilolistese Trinta e três estudos


com 3.110 indivíduos
Nódulo de Schmorl Disfunção Sacroilíaca foram incluídos na
Compressão de análise
Nervos Periféricos

239 240
20/04/2023

Grande proporção
dos indivíduos
assintomáticos
apresentava algum
achado anormal
importante.

É necessário cuidado ao atribuir a esses achados os sintomas


dos pacientes

241 242

243 244

Mas exames de
imagem podem piorar 3.264 casos de Dor Lombar
relacionada ao trabalho
21% fizeram RMN nas
primeiras 2 semanas

o prognóstico do Sem RMN Com RMN


Duração da
paciente? Incapacidade
22 dias 133 dias

Custo Total do $2.779,00 $21.921,00


Tratamento
Cirurgia 0,8% 22%

Exames de imagem deveriam ser solicitados quando há suspeita de


Webster & Cifuentes. Relationship of Early MRI for Work-related Acute Low Back Pain with algo grave. Solicitadas em casos rotineiros, podem piorar o quadro
Disability and Medical Utilization Outcomes. J Occup Environ Med. 2010;52(9):900-7.

245 246
20/04/2023

Dor Lombar Dor Lombar Inespecífica


Modelo Patoanatômico de Avaliação-Conduta Definições e Caracterização

Conhecimento Tratamento Somente em 10-15% casos de dor lombar sabe-se qual


Origem
da estrutura direcionado a a estrutura acometida e diagnostica-se a fonte da dor
lesionada da dor fonte de dor
Dor Lombar Inespecífica
Quanto mais preciso o diagnóstico mais eficiente será o tratamento

AVALIAÇÃO ABRANGENTE E APLICAÇÃO DE UM


Porém em poucos casos de dor lombar sabe-se qual
MESMO TRATAMENTO EM TODOS
é a exata fonte da dor
Subgrupos de pacientes com Treatment-Based
“Lombalgia”, “Lombociatalgia” características clínicas Classification (TBC)
similares que respondem a
Abenhamin et al, 1995; Dreisinger & Nelson, 1996; Fritz et al, 2007; Delitto et al, 2012
certos tipos de tratamento Regras de Predição Clínica
Mas então como vou saber como proceder quanto ao tratamento?
Abenhamin et al, 1995; Dreisinger & Nelson, 1996; Fritz et al, 2007; Delitto et al, 2012

247 248

Regra de Predição Clínica


Definições e Caracterização

Ferramenta desenvolvida para ajudar no processo de avaliação do


paciente, objetivando aumentar a probabilidade de acerto na
tomada de decisão clínica. Inclusão dos pacientes em subgrupos que apresentam características
similares (história clínica; observação da postura em pé e sentada; exame
Fritz J. Clinical Prediction Rules in Physical Therapy: Coming of Age? J Orthop Sports Phys
Ther. 2009;39(3):159-161. físico da coluna lombar e sacroilíaca; exame da movimentação ativa, etc.)
Delitto et al, 1995

Desenvolvidas a partir de evidência científicas que


determinam quais características (sinais e sintomas) um
Realização de uma avaliação ortopédica/neurológica em pacientes com
paciente necessita apresentar para se beneficiar de um características de envolvimento neural (exames da sensibilidade, força
determinado tratamento específico. muscular, reflexo miotático, tensão neural, etc)

Laupacis A. Clinical Prediction Rules. A Review and Suggested Modifications of Mobilização/ Exercícios
Methodological Standards. JAMA. 1997;277(6):488-494. Estabilização Tração
Manipulação Preferenciais

249 250

Regras de Predição Clínica


Uso de RPC no Tratamento de Dor Lombar Regra de Predição Clínica
Manipulação
Manipulação Articular TBC
Direção Preferencial

Estabilização Segmentar Tração Lombar


Fritz et al. Subgrouping Patients With Low Back Pain: Evolution of a Classification
Approach to Physical Therapy. J Orthop Sports Phys Ther. 2007;37(6):290-302.

251 252
20/04/2023

Regra de Predição Clínica CINESIOFOBIA

Características Clínicas que Predizem o Sucesso – Manipulação


1. Sintomas há menos de 16 dias;
2. Sintomas que não ultrapassem a articulação do joelho;
3. Hipomobilidade em pelo menos 1 vértebra lombar;
4. Rotação Interna > 35° em ao menos 1 dos quadris;
5. Pontuação no FABQ < 19 pontos.

Presença de 4 das 5 variáveis da RPC aumenta a probabilidade de


sucesso com a manipulação sacroilíaca de 46% para 95%
Flynn et al. A Clinical Prediction Rule for Classifying Patients with Low Back Pain Who
Demonstrate Short-Term Improvement With Spinal Manipulation. Spine. 2002; 27: 2835-43 Abreu et al. Versão Brasileira do Fear Avoidance Beliefs Questionnaire. Cad Saúde Pública. 2008; 24(3): 615-623

253 254

Regra de Predição Clínica


Questionário para Avaliação de Cinesiofobia
Manipulação
Fear Avoidance Beliefs Questionnaire Sacroilíaca
• Questionário específico para avaliar medo e cinesiofobia

• Verifica o grau de adaptabilidade do paciente à sua dor lombar durante atividades


no trabalho e em atividades físicas gerais

• A pontuação da sub-escala do trabalho varia de 0-42 e da sub-escala de


atividades físicas gerais varia de 0-24

Quanto maior a pontuação no questionário, maior a


cinesiofobia (pior o prognóstico)

Waddell et al, 1993

255 256

Manipulação Sacroilíaca
Execução da Técnica
A manipulação precisa
ser sacroilíaca ou pode
ser lombar?

257 258
20/04/2023

Manipulação e Dor Lombar Manipulação Lombar


Manipulação Sacroilíaca x Rotação Lombar x PAC Rotação Lombar – Grau V

Cleland et al. Comparison of the Effectiveness of Three Manual Physical Therapy Techniques in a
Subgroup of Patients With Low Back Pain Who Satisfy a Clinical Prediction Rule. Spine. 2009; 34: 2720-9

259 260

É necessária a Manipulação Sacroilíaca


É necessária a cavitação para um resultado positivo
ocorrência do estalido 71 Sujeitos com LBP Tratados com
Manipulação Sacroilíaca

audível para que a Estalido ocorreu em 50


indivíduos (70%)

manipulação seja Avaliou-se Dor,


Incapacidade e
Comparação entre
Grupo Estalido x

eficiente?
ADM Flx Tronco Grupo sem Estalido

Flynn et al. The Audible Pop Is Not Necessary for Successful Spinal High-Velocity Thrust
Manipulation in Individuals With Low Back Pain. Arch Phys Med Rehabil. 2003; 84: 1057-1060

261 262

É necessário que a
manipulação seja
específica para termos
efeitos positivos?

Vigatto et al. Development of a Brazilian Portuguese Version of the Oswestry Disability


Index: Cross-cultural Adaptation, Reliability, and Validity. Spine. 2007; 32(4): 481-486

263 264
20/04/2023

Regra de Predição Clínica


Direção Preferencial

vs

265 266

Regra de Predição Clínica Conceito McKenzie


Regra de Predição Clínica – Direção Preferencial Centralização e Periferilização dos Sintomas

Fenômeno em que uma dor distal


1. Idade > 50 anos
oriunda da coluna é progressivamente
1. Sintomas distais aos Glúteos
2. Centralização com Flexão abolida da região distal em direção
2. Centralização com Extensão proximal como resposta a cargas
3. Periferilização com Extensão mecânicas aplicadas.
3. Periferilização com Flexão
4. Estenose Vertebral em Imagem

Dor oriunda da coluna se espalha


distalmente como resultado de uma
carga mecânica aplicada. Se há dor nos
membros e esta aumenta de intensidade
a carga mecânica deve ser evitada.

Exercícios de Flexão Exercícios de Extensão


Delitto et al, 1995; Fritz et al, 2007 McKenzie R, 1980

267 268

Direção Preferencial Conceito McKenzie


Centralização e Periferilização dos Sintomas Desvio Lateral em Pacientes com Herniações Discais

Movimento de Extensão Movimento de Extensão


Centralizando os Sintomas Periferilizando os Sintomas Essa postura de escoliose
antálgica está associada a
presença de hérnias discais
póstero-laterais em estágio agudo

McKenzie R, 1980 McKenzie R, 1980

269 270
20/04/2023

Conceito McKenzie Conceito McKenzie


Direção Preferencial – Definição Características da Avaliação
• Avaliação de movimentos ativos de forma repetitiva
Conceito de Direção Preferencial
• Avaliação de movimentos ativos de forma sustentada, se não tiver
Padrão de movimento determinado na avaliação ativa que ocorrido centralização dos sintomas em nenhum movimento
promove a centralização dos sintomas.
Observar durante a aplicação Observar após a aplicação da
da carga se os sintomas: carga se os sintomas:
A Direção Preferencial pode ser em:
• Aparecem • Pioraram

• Desaparecem • Não pioraram


Extensão Flexão Shift Lateral • Melhoraram
• Aumentam
• Diminuem • Não melhoraram

Esses serão os movimentos preferencialmente realizados na fase • Centralizam • Centralizaram


aguda do tratamento dos pacientes • Periferilizam • Periferilizaram

• Não sofrem efeito • Não sofreram efeito


McKenzie R, 1980

271 272

Conceito McKenzie Conceito McKenzie


Características de Pacientes com Dores Lombares Direção Preferencial em Extensão

Melhor prognóstico para pacientes com dor lombar que apresentavam


o fenômeno da centralização e pontuação baixa no FABq
Wernecke et al, 2009

Muitos outros estudos corroboram com a questão de que o fenômeno


da Centralização está associado a um melhor prognóstico.
Dolson et al, 1990; Sufka et al, 1998; Wernecke & Hart, 2001; Broetz et al, 2010

Fenômeno de centralização  Bastante comum

Centralização completa em > 80% sujeitos com dor aguda, > 70%
sujeitos com dor subaguda e em 60% sujeitos com dor crônica
Sufka et al. Centralization of Low Back Pain and Perceived Functional Outcome.
J Orthop Spots Phys Ther. 1998;27(3):205-12.
McKenzie R, 1980

273 274

Regra de Predição Clínica Regra de Predição Clínica


Direção Preferencial em Extensão Direção Preferencial em Extensão

Mobilização com Movimento Pressão Póstero-Anterior Central

Volante Anterior
McKenzie R, 1980; Browder et al, 2007

275 276
20/04/2023

Regra de Predição Clínica Regra de Predição Clínica


Direção Preferencial em Flexão Direção Preferencial em Flexão

Série de
Williams

Williams P, 1937; McKenzie R, 1980; Long & Donelson, 2004 Williams P, 1937

277 278

Conceito McKenzie Regra de Predição Clínica


Direção Preferencial em Flexão Direção Preferencial em Flexão

Volante Posterior Posturas Mantidas


e Exercícios de
Flexão do Tronco
Mobilização com Movimento

Maitland G, 1964; Mulligan B, 1995 McKenzie R, 1980

279 280

• Tratamento respeitando a direção preferencial


Sujeitos com dor lombar irradiada para os MMII que centralizava com o
movimento de extensão (n=48) foram divididos em 2 grupos: Exercícios • Tratamento desrespeitando a direção preferencial
Preferenciais em Extensão (n=26) ou Exercícios de Estabilização (n=22) • Tratamento convencional

281 282
20/04/2023

Regra de Predição Clínica


Regra de Predição Clínica Regra de Predição Clínica – Estabilização Segmentar

Estabilização 1. Idade < 40 anos

2. Flexibilidade aumentada (SLR > 91º) ou Hipermobilidade Clínica*

3. Presença de movimento anormal da coluna durante a movimentação


ativa de flexo-extensão (arco doloroso, inversão do ritmo lombo-pélvico,
“instability catch”, “thigh climbing”)

4. Teste da instabilidade em prono positivo

Presença de 3 das 4 variáveis Probabilidade de sucesso com a


estabilização de 33% para 67%. Além disso, aumentou a probabilidade
de ter alguma melhora de 72% para 97%
Hicks et al. Preliminary Development of a CPR for Determining which Patients with LBP will
Respond to a Stabilization Exercise Program. Arch Phys Med Rehabil. 2005;86:1753-62.

283 284

Regra de Predição Clínica Regra de Predição Clínica


Straight Leg Raise Test (SLR) Regra de Predição Clínica – Estabilização Segmentar

Presença de Arco
Sinal de Gower
Doloroso Inversão do Ritmo
Mais do que 91° no Teste da Elevação da Perna Reta (Thigh Climbing)
Lombo-Pélvico
Hicks et al, 2005 Hicks et al, 2005; Fritz et al, 2007

285 286

Regra de Predição Clínica Regra de Predição Clínica


Regra de Predição Clínica – Estabilização Prone Instability Test

Teste da Provocação de Dor à Palpação da


Dor Pélvica Posterior Sínfise Púbica

Dor à Palpação do Lig.


Teste de Trendelemburg Sacroilíaco Dorsal Longo
Modificado + Teste da Instabilidade em Prono
Hicks et al, 2005; Fritz et al, 2007 Positivo

287 288
20/04/2023

Estabilização Segmentar Tratamento por Subgrupos


Fatores Contra a Intervenção Dor Lombar Inespecífica - Fluxograma de Escolha do Tratamento

Centralização com um movimento e


Menos de 3 episódios de Dor Lombar SIM Direção Preferencial do
periferilização com um movimento no
sentido oposto Movimento
Diferença maior do que 10° no teste de SLR
Teste de Instabilidade em Prono Negativo NÃO

Pacientes com Idade Avançada Duração da dor menor que 16 dias SIM
Manipulação
Ausência de sintomas distais ao joelho
Cinesiofobia FABQ
NÃO
Pacientes que não se encaixam na RPC SLR maior que 90º

Teste de instabilidade em prono positivo SIM


Nesses casos, outras condutas de tratamento devem ser Estabilização Segmentar
Presença de movimentos aberrantes
consideradas
Idade inferior a 40 anos
Hicks et al, 2005; Fritz et al, 2007 Fritz et al, 2007

289 290

Estabilização da Coluna
Estabilização Segmentar Estabilizadores Dinâmicos da Coluna Vertebral

Transverso Abdominal
Lippert LS, 2006; Acland RD, 2007

291 292

Estabilização da Coluna Estabilização da Coluna


Estabilizadores Dinâmicos da Coluna Vertebral Estabilizadores Dinâmicos da Coluna Vertebral

• Controlam movimentos de translação AP


(Goel et al, 1993)

• Controle da flexão anterior da vértebra


(McGill et al, 2000)

• Maior concentração de fibras do tipo I


(Sirca & Kostevc, 1985)

• Íntima relação com a articulação


zigoapofisária (função proprioceptiva)
Pequeno braço de alavanca. (Macintosh et al, 1986)
Quase não geram torque

Músculos Intertransversários e ESTABILIZAÇÂO


Interespinhais Bergmark, 1989; Lippert LS, 2006

293 294
20/04/2023

Estabilização da Coluna Estabilização da Coluna


O Cilindro Rígido Pressão Intra-Abdominal

Aumento da pressão intra-abdominal por contração muscular


e tensão na FTL aumenta a estabilidade intervertebral
Janda V, 1979; McGill et al, 2003; Page et al, 2010 Hodges et al, 2001; 2003

295 296

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Músculos que Estabilizam o Tronco – Transverso Abdominal Músculos que Estabilizam o Tronco – Transverso Abdominal
TA contrai-se antes dos
demais músculos TA também se
ativa antes dos
músculos dos
MMII durante
Estabilidade do tronco para movimentos do
o movimento do ombro quadril
independente da
direção
Independente da direção
Hodges & Richardson. Contraction of the Abdominal Muscles Associated with
do movimento a contração Movement of the Lower Limb. Phys Ther. 1997;77(2):132-42
do TA precede a
contração do deltóide Músculo importante para estabilização antecipatória (feedforward)
Hodges & Richardson. Feedforward Contraction of Transversus Abdominis is not
do tronco precedendo movimentos das extremidades.
Influenced by the Direction of Arm Movement. Exp Brain Res. 1997;114:362-70.

297 298

Disfunção de Controle Motor Estabilização da Coluna


Alterações Musculares em Situações de “Descarga” Fáscia Tóraco-Lombar

Postura sentada fletida prolongada produz adaptações


similares à situações de micro-gravidade

Diminuição da ação estabilizadora e atrofia da


musculatura anti-gravitária ocorre em pessoas com
hábitos sedentários prolongados

Richardson et al, 2004

299 300
20/04/2023

A estabilização muscular
está alterada em pessoas
com dor lombar?

Parece haver atrofia de


Multífidos Lombares e Psoas
e retardo de ativação no
Transverso Abdominal em
pessoas com dor lombar

301 302

Treino com Estabilização Segmentar

Ocorrência e severidade de recidivas de dor lombar

303 304

Estabilização Segmentar
Fase I – Controle Segmentar Local

Richardson C, Hodges P, Hides J. Therapeutic Exercise for Lumbopelvic Stabilization: A


Motor Control Approach for the Treatment and Prevention of Low Back Pain. 2nd ed.
London: Churchill Livingstone; 2004.

305 306
20/04/2023

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase I – Controle Segmentar Local
Fase I – Controle Segmentar Local
Transverso Abdominal

Manguito acima das EIAS

Decúbito Ventral Insuflar o manguito até 70 mmHg


Redução de 6-10 mmHg

“Leve suavemente o umbigo em direção a sua coluna e mantenha essa


contração com o resto do corpo relaxado. Respire normalmente”
Transverso Abdominal 25% da CVM
Richardson & Jull, 1995; Richardson et al, 2004

307 308

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase I – Controle Segmentar Local
Fase I – Controle Segmentar Local
Transverso Abdominal

Pelve em Posição Neutra

Richardson & Jull, 1995; Richardson et al, 2004

309 310

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase I – Controle Segmentar Local Fase I – Controle Segmentar Local
Transverso Abdominal

Compensações comuns que devem


ser evitadas:

Vista Anterior • Elevação das Costelas


Vista Lateral
• Interrupção da Respiração
Contração do Transverso Abdominal em Pé
Richardson et al, 2004

311 312
20/04/2023

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase I – Controle Segmentar Local Fase I – Controle Segmentar Local

Multífidos Lombares

“Suavemente (25% da CIVM) tonifique seus músculos sob meus


Multífidos Lombares dedos sem movimentar a coluna e a pelve”
Richardson et al, 2004

313 314

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase I – Controle Segmentar Local Fase II – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Fechada
Multífidos Lombares

Contração sustentada em
diferentes posições com ou
sem biofeedback

315 316

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase II – Ganho de Flexibilidade nos Músculos Mobilizadores Fase II – Fortalecimento Isométrico de Músculos Anti-Gravitários

Glúteo Máximo

Contrações Sustentadas com Propósito de Resistência


Alongamento de Músculos Mobilizadores
com Origem na Pelve Co-contração do Transverso Abdominal e Multífidos Lombares
Richardson et al, 2004

317 318
20/04/2023

Desequilíbrios Musculares Estabilização Segmentar


Glúteo Máximo e os Demais Extensores do Quadril
Fase II – Fortalecimento Isométrico de Músculos Anti-Gravitários

Recrutamento
alterado ou padrões
aberrantes aparecem
em caso de fraqueza
do glúteo máximo

Glúteo Médio
Correct firing pattern of
hip joint extension
Contrações Sustentadas com Propósito de Resistência

Co-contração do Transverso Abdominal e Multífidos Lombares


Janda, 1983; Sahrmann, 2001

319 320

Desequilíbrios Musculares Estabilização Segmentar


Glúteo Médio x Tensor da Fáscia Lata x Quadrado Lombar
Fase II – Fortalecimento Isométrico de Músculos Anti-Gravitários

Abdução com flexão


e rotação medial
indica excesso de
atividade do TFL

Queda pélvica posterior também


não é incomum!

Elevação da pelve Iliopsoas


predominante indica
hiperatividade do Contrações Sustentadas com Propósito de Resistência
quadrado lombar
Co-contração do Transverso Abdominal e Multífidos Lombares
Janda V, 1979; Page et al, 2010

321 322

Desequilíbrios Musculares Estabilização Segmentar


Iliopsoas x Reto Abdominal Fase II – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Fechada

Retroversão pélvica
predominante indica
hiperatividade do reto abdominal
Kneeling Rock-Back

Luque-Suárez et al, 2012

323 324
20/04/2023

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase II – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Fechada Fase II – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Fechada

Ponte Lateral – De Iniciante à Avançado Ponte Ventral – De Iniciante à Avançado

325 326

Estabilização Segmentar
Fase II – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Fechada

Atletas com DLI (n=30) e


assintomáticos (n=25) foram
avaliados quanto à endurance
dos músculos do ‘core’

Ponte Dorsal – De Iniciante à Avançado Diminuição da resistência da musculatura estabilizadora do tronco


em todos os testes em indivíduos com dor lombar

327 328

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Critérios para Progressão Fase II – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Fechada

Sendo músculos importantes para estabilização, a resistência é


enfatizada na reabilitação
Avanços e Agachamentos com
Hicks et al. Preliminary Development of a CPR for Determining which Patients with LBP will Maior Grau de Dificuldade
Respond to a Stabilization Exercise Program. Arch Phys Med Rehabil. 2005;86:1753-62.

329 330
20/04/2023

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase II – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Fechada
Fase II – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Fechada

Ponte Dorsal Avançada, com Superfícies Instáveis

Notar que músculos superficiais fortes não são


suficientes para a adequada estabilização!

331 332

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase II – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Fechada Fase II – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Fechada

Ponte Ventral
Ponte Lateral
Avançada, com
Avançada, com
Superfície Instável
Superfície Instável

333 334

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase II – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Fechada Fase II – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Fechada

Marcha Lateral – Marcha de Monstro

335 336
20/04/2023

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase III – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Aberta Fase III – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Aberta

Multífidos com Movimento de Membro Inferior – Inicial

337 338

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase III – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Aberta Fase III – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Aberta

Multífidos com Movimento


de Membro Inferior –
Avançado
Dead Bug Exercise

339 340

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase III – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Aberta Fase III – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Aberta

Co-ativação Glúteo Máximo e


Extensão do Quadril em 4 Apoios Perdigueiro
Latíssimo Dorsal
Extensores do Quadril Tyler & Slattery, 2010

341 342
20/04/2023

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase III – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Aberta
Fase III – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Aberta

Extensores do Tronco Abdutores e Rotadores


Laterais do Quadril

343 344

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase III – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Aberta Fase III – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Aberta

Postura Sentada com Postura Sentada em Superfície Instável com


Exercícios de Extremidades Exercícios de Extremidades

345 346

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase III – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Aberta Fase III – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Aberta

347 348
20/04/2023

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase III – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Aberta Fase III – Controle Segmentar em Cadeia Cinética Aberta

Exercícios de Membros Superiores e


Spider Man Exercise Inferiores em Postura em Pé

349 350

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase III – Controle Multi-Segmentar Integrado Fase III – Controle Multi-Segmentar Integrado

Superfície Instável na Base de Apoio

351 352

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase III – Controle Multi-Segmentar Integrado Fase III – Demanda Funcional Laboral Específica

353 354
20/04/2023

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase III – Demanda Esportiva Específica - Futebol Fase III – Demanda Esportiva Específica - Futebol

FIFA 11+ Bizzini et al, 2012

355 356

Estabilização Segmentar Estabilização Segmentar


Fase III – Demanda Esportiva Específica - Basquetebol Fase III – Demanda Funcional Específica e Gestos Esportivos

Análise do gesto
esportivo

Potencial fator
causador de
sobrecarga

Du et al. Three-Dimensional Torso Motion in Tethered Front Crawl Stroke and its
Waters E, 2012 Implications on Low Back Pain. J Appl Biomech. 2016;32(1):50-8.

357 358

Dor Lombar Inespecífica


Análise dos Gestos Esportivos Regra de Predição Clínica
Tração

359 360
20/04/2023

Regra de Predição Clínica Tração Lombar


Regra de Predição Clínica – Tração Lombar Técnicas de Tração de Uso Clínico

1. Sinais de compressão do nervo espinhal


2. Ausência de centralização dos sintomas com qualquer movimento
3. Periferização dos sintomas com extensão
4. SLR cruzado positivo

Tração mantida
ou intermitente de
12-30 minutos

40-60% PC
Fritz et al, 2007 Fritz et al, 2007

361 362

Tratamento por Subgrupos Considerações Finais


Tração Lombar – Efeitos Fisiológicos Existem subgrupos de pacientes com dor lombar que apresentam
significativa melhora com determinados tratamentos
Aumento do espaço do forame (Classificação Baseada no Tratamento)

intervertebral Pacientes com centralização dos sintomas com movimentos


em uma direção respondem bem a tratamentos com exercícios
em Direção Preferencial
Diminuição de impulsos
nociceptivos ectópicos, Aumento da Pacientes com dor aguda (<2sem), hipomobilidade lombar e
Efeitos mobilidade
normalização da sintomas que não sejam distais ao joelho apresentam bons
condução neural e Fisiológicos intervertebral resultados com tratamento com Manipulações
modulação da dor
Pacientes com instabilidades diagnosticadas, que se encaixam
na RPC e/ou que não apresentam cinesiofobia são bons
Redução de Protusão Discal candidatos a serem tratados com Estabilização

Em pacientes mais velhos (>50 anos), com sinais de estenose


Krause et al. Lumbar Spine Traction: Evaluation of Effects and Recommended Application vertebral e sintomas radiculares, recomenda-se o uso de Tração
for Treatment. Man Ther 2000;5(2):72-81.

363 364

Pratiquem! @ufrnfacisa @ppgfis.ufrn @ppgcreab_ufrn

Obrigado

rodrigo.scattone@ufrn.br
@rscattone www.docente.ufrn.br/rodrigo.scattone

365 366

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