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Odontologia Absenteísmo
do
Trabalho
Prof.ª Larissa M C Fernandes de Queiroz
larissaccfernandes@gmail.com
“Ausência dos trabalhadores ao trabalho, naquelas
Perita Odontolegista – ITEP/RN
Doutora em Biologia Buco-Dental/Anatomia – FOP/UNICAMP
ocasiões em que seria de esperar a sua presença, por
Mestre em Perícias Forenses – FOP/UPE razões de ordem médica ou quaisquer outras”.
Especialista em Odontologia Legal – NEAO
(Associação Internacional de M edicina do Trabalho)
Graduada em Odontologia – UFPB
Professora do Curso de Especialização em Odontologia Legal - COESP
Professora do Curso de Graduação em Odontologia - UNIESP FERNANDES, L. C. C.
As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e Lista de doenças relacionadas ao trabalho
indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos
pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Erosão dentária
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do Alteração de cor dos dentes
trabalhador no local de trabalho. (Alterado pela Portaria SSM T n.º 33, de 27 de outubro de 1983)
Gengivite
Equipe formada por:
Estomatite
Médico do Trabalho Principal fator de risco: exposição prolongada a
Enfermeiro do Trabalho névoas ácidas ou
Auxiliar ou Técnico em Enfermagem do Trabalho
agentes químicos no Ex.: Trabalhadores que lidam com galvanoplastia –
Engenheiro de Segurança do Trabalho processo para recobrimento metálico de objetos.
Técnico de Segurança do Trabalho ambiente ocupacional.
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FERNANDES, L. C. C.
FERNANDES, L. C. C. Fonte: SCHOUR; SARNAT, 1942. FERNANDES, L. C. C. Fonte: SCHOUR; SARNAT, 1942.
Manifestações bucais de doenças ocupacionais 100 (ENADE – 2007) As condições de trabalho são de importância significativa para as estruturas bucais, sendo possível
ocorrer patologias decorrentes de exposições de natureza ocupacional. É de especial interesse para a Odontologia o estudo
sobre a exposição a névoas ácidas, não só pela gravidade e diversidade dos efeitos potenciais, mas também pela sua
AGENTES MANIFESTAÇÕES BUCAIS OCUPAÇÕES presença freqüente em inúmeros processos industriais, incluindo a extração, fabricação e acabamento de metais, a
produção de fertilizantes e de detergentes, a manufatura de baterias, bem como em vários segmentos das indústrias
Gravadores, Fabricantes de química e petroquímica. Observe os resultados de estudos sobre os efeitos bucais em conseqüência de exposições Em
Linha de Burton (acinzentada), hálito fétido, gosto
inseticidas, Acumuladores relação aos dados apresentados acima, e considerando a etiologia das doenças bucais, analise as afirmativas a seguir.
Chumbo metálico, gengivoestomatite, sialorréia, aumento de
elétricos, Refinadores de chumbo,
volume das glândulas salivares, parotidite.
Impressores.
Bronzeadores (cano de arma),
Sialorréia, gengivoestomatite, osteomielite, dentes
Fabricantes de tintas e baterias,
Mercúrio enegrecidos, parotidite, afrouxamento dental, gosto
DENTISTAS, detonadores,
metálico, orla azul escura (colo dos dentes).
Trabalhadores com explosivos.
Gengivoestomatite, halitose, descalcificação, cárie e Fundidores de latão, Trabalhadores
perda gradual dos dentes, ulceração dos tecidos em fábrica de fósforo, em bronze
Fósforo
bucais, osteomielites (supuração alvéolo-dentário fosforoso, Fabr. de fertilizante e
com exsudato purulenta fosforecente). fogos de artifício.
Gengivite, halitose, sialorréia, gengiva com orla
Prata Indústria química
empardecida, pigmentação da pele e mucosa.
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I – A erosão dentária (perda mineral de origem não bacteriana) não está associada à exposição a névoas ácidas. Mercúrio
II – Exposição a ácidos se associa positivamente com alterações da mucosa bucal, em consequência da sua ação
irritante sobre os tecidos.
III – Existe associação positiva entre a exposição a névoas ácidas e os sintomas ardor e gosto metálico. Tipo de trabalho:
IV – Alguns problemas de saúde bucal podem ser causados por fatores ocupacionais.
Mercúrio Mercúrio
Mercúrio Mercúrio
Cirurgiões-dentistas e demais profissionais ligados à Odontologia podem se contaminar quando o
amálgama de mercúrio é preparado sem proteção adequada ou em equipamentos malconservados. Além Um perigo silencioso . . .
disso, o contágio pode dar-se a partir das restaurações de seus próprios dentes.
A absorção do mercúrio inalado ocorre
lentamente e de forma acumulativa no
organismo do cirurgião-dentista,
ficando alojado nos sistemas nervoso
central (SNC) e urinário e podendo
causar patologia irreparáveis: doença de
Exposição contínua ao Parkinson e deficiência renal aguda.
mercúrio presente no
amálgama.
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Mercúrio Mercúrio
Mercúrio Mercúrio
Como saber se o ambiente de trabalho está Fatores que determinam a contaminação do meio:
infectado por vapor de mercúrio? • Descuido.
• Perda acidental (derramamento).
• Utilização de carpetes permeáveis e existência de fendas e
orifícios no piso.
A • Hábito de espremer o excesso de mercúrio sobre carpetes
Secar material em ambiente
isento de mercúrio
ou assoalho.
umedecer • Uso, sem devidos cuidados, de amalgamadores mecânicos.
B • Emprego de fonte de calor próxima ao mercúrio (volátil).
• Resíduos de amálgama removidos, ou de seu excesso,
Papel filtro com cloreto de paládio deixado nas cuspideiras, lixeiras, etc.
não revelado (A) e revelado (B)
Solução de cloreto de paládio a 1% Papel-filtro pelo valor de mercúrio.
Mercúrio Mercúrio
Medidas para diminuir os riscos de intoxicação Medidas para diminuir os riscos de intoxicação
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Mercúrio Mercúrio
Medidas para diminuir os riscos de intoxicação Medidas para diminuir os riscos de intoxicação
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Observar as condições de saúde oral do trabalhador e se a Observar se há ou não a incidência de
1 mesma está de acordo com a função que ele assumirá. danos ocupacionais sobre o trabalhador.
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Detectar morbidades que não qualifiquem o candidato,
temporária ou permanentemente, à função pleiteada.
3 na admissão foram executados e se
estão dentro das normas científicas.
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Objetivo do mapa
Conscientizar sobre os
riscos e contribuir para
eliminá-los, reduzi-los ou
controlá-los.
Os círculos mudam de
tamanho, desaparecem
ou surgem.
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Hepatite B Hepatite B
A hepatite é uma inflamação do fígado. Os vírus das hepatites B e C representam maior importância para o dentista e a
equipe de saúde bucal. Estes vírus podem ser transmitidos através do contato
A hepatite A é de transmissão oral-fecal.
com sangue infectado ou fluidos corporais.
As hepatites B e C são uma questão de saúde pública no Brasil.
Para o controle de infecções são necessárias diretrizes rígidas:
Causada por agentes químicos (hepatite medicamentosa), físicos ou biológicos Esterilizar instrumentos e equipamentos odontológicos (utilizar autoclave);
(hepatites virais A, B, C, D e E).
Limpeza e desinfecção regular e eficiente de superfícies e equipamentos;
Utilizar EPIs;
Muitas vezes assintomática e, por esse motivo, muitas pessoas não sabem que
estão infectadas. Manuseio, descarte e armazenamento adequados e seguros de objetos
perfurocortantes (agulhas, seringas, etc.);
Sintomas: febre, mal-estar, enjoo, tontura, vômitos, cansaço, dor abdominal,
urina escura, fezes claras e olhos, pele amarelados (icterícia). Higiene das mãos (lavagem com água e sabão/desinfetantes à base de álcool).
Larissa Fernandes Larissa Fernandes
101 (ENADE – 2010) A hepatite é uma inflamação do fígado causada por agentes químicos, físicos ou
biológicos. Os vírus estão entre os diversos agentes biológicos envolvidos na etiologia da hepatite. Os
HIV / AIDS cirurgiões-dentistas estão, pela natureza de seu trabalho, constantemente expondo esses agentes virais e
sendo exposto a eles, incluindo o da hepatite B.
Capacitação educativa quanto às condutas clínicas com pacientes soropositivos. Como a prevenção contra a hepatite B pode ser otimizada entre os profissionais da Odontologia?
(A) Pela vacinação dos cirurgiões-dentista para a hepatite B e pelo uso dos equipamentos de proteção
individuais (EPIs).
Trabalhar como se todo paciente fosse soropositivo: usar EPI e cuidado com o (B) Pela triagem sorológica prévia para hepatite dos pacientes que serão submetidos ao tratamento
descarte do lixo. odontológico.
(C) Pela vacinação em massa da população contra a hepatite B, como forma de erradicação da doença.
(D) Pela administração preventiva de antibióticos a pacientes com comportamento de risco, uma semana
antes do tratamento odontológico.
O CD soropositivo não é obrigado a revelar sua condição clínica ao paciente. (E) Pelo incentivo ao uso de máscaras de proteção durante os procedimentos odontológicos, minimizando
o risco de contaminação por inalação.
Larissa Fernandes
Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS)
São 5 grupos de RSS:
RSS são aqueles resultantes de atividades exercidas em
estabelecimentos que prestam serviços de saúde e que, por suas ◦ Grupo A: resíduos biológicos;
características, geram resíduos que necessitam de processos ◦ Grupo B: resíduos químicos;
específicos de gerenciamento, que podem, ou não, exigir tratamento
◦ Grupo C: rejeitos radioativos;
prévio à sua disposição final.
◦ Grupo D: resíduos comuns;
◦ Grupo E: resíduos perfurocortantes
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Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS)
Grupo A: resíduos biológicos Grupo B: resíduos químicos
Resíduos de manipulação de
Medicamentos, cosméticos, reagentes de
microorganismos, peças anatômicas, laboratório, produtos saneantes sanitários,
produtos de fecundação sem sinais produtos usados em revelação de exames.
vitais, fezes, urina e secreções,
órgãos, tecidos, fluidos, bolsas de Medicamentos para tratamento de câncer, reagentes para
sangue. laboratório e substâncias para revelação de filmes de Raio-X.
Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS) Resíduos dos Serviços de Saúde (RSS)
Grupo C: resíduos radioativos Grupo D: resíduos comuns
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Compete ao gerador de RSS elaborar seu Plano de Gerenciamento Segregação: separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas,
químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.
de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), que consiste em um
Acondicionamento: embalar os resíduos segregados em sacos/recipientes.
documento que descreve as ações relativas ao manejo dos RSS,
Identificação: reconhecimento dos resíduos.
devendo contemplar as etapas referentes à geração, segregação,
acondicionamento, identificação, coleta interna, armazenamento, Coleta interna: translado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário ou
armazenamento externo com a finalidade de apresentação para a coleta.
tratamento, coleta e transporte externos, disposição final e ações de Armazenamento temporário/externo: guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados,
proteção ao ambiente em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta.
99 (ENADE – 2007) De acordo com a Resolução RDC ANVISA no 306/04 e a Resolução 102 (ENADE – 2010) O gerenciamento dos resíduos produzidos como resultado do atendimento
CONAMA no 358/05, os Resíduos do Serviço de Saúde (RSS) são classificados em 5 grupos: A, odontológico tem sido muito discutido, face às exigências mercadológicas e legais atuais que impõem o
B, C, D e E. O grupo B engloba as substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde exercício profissional sustentável. A forma de lidar com os resíduos depende do seu grau de
pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, periculosidade e, nesse aspecto, a percepção do cirurgião-dentista definirá o correto manejo dos mesmos
corrosividade, reatividade e toxicidade. Esses resíduos merecem atenção especial em todas as (reciclagem, descarte ou tratamento). Uma pesquisa sobre a geração de resíduos odontológicos no
suas fases de manejo (segregação, condicionamento, armazenamento, coleta, transporte, município de Caxias do Sul (RS), no ano de 2000, apresentou a tabela abaixo em seus resultados:
tratamento e disposição final). Fazem parte do grupo B:
I – resíduos de alginato;
II – resíduos de agentes cimentantes;
III – resíduos de amálgama;
IV – revelador e fixador radiográficos.
Os dados da pesquisa apontaram que 18,6% dos resíduos considerados pelos cirurgiões-dentistas como
infectantes eram, na realidade, comuns e sujeitos a reciclagem. E, ainda, que 6,2% dos resíduos
considerados infectantes eram, entretanto, de alta periculosidade e considerados especiais. Diante desse
quadro, que medidas a prefeitura desse município poderia propor para minimizar os custos e riscos no 103 (ENADE – 2013) Grande quantidade de lixo está acumulada nos fundos de um hospital. Sacos
gerenciamento dos resíduos odontológicos no município? plásticos de cor branca leitosa, padronizados, com o símbolo de risco biológico foram fotografados.
Procurado pela reportagem, o gestor de resíduos de saúde da instituição confirmou que o lixo estava
(A) Reduzir o número de procedimentos invasivos para diminuir a geração de resíduos infectantes dos acumulado na parte dos fundos do hospital, mas disse que não era material contaminado, porque o
atuais 91,948 kg/dia. descarte seguia normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Há alguns
dias, parte do material coletado pela empresa voltou do aterro sanitário por ordem da Superintendência
(B) Capacitar os cirurgiões-dentistas para a correta segregação e gerenciamento dos resíduos, Municipal de Limpeza Urbana, que entendeu que havia a mistura de lixo comum com o hospitalar”,
minimizando custos e riscos da coleta e tratamento inadequados. informou o responsável.
(C) Impor a lei aos cirurgiões-dentistas, responsabilizando-se pela classificação e coleta inadequada dos A situação descrita na reportagem demonstra irregularidades no manejo dos resíduos gerados no serviço
resíduos gerados em seus consultórios. de saúde (RSS). Por tratar-se de resíduos com potencial de causar danos à saúde e ao meio ambiente, qual
é a recomendação básica, regulamentada pelos órgãos competentes, para o manejo desses resíduos?
(D) Racionalizar a cota de atendimento por cirurgião-dentista, para reduzir a geração dos resíduos
odontológicos per capita semanal dos atuais 1,206 kg.
(E) Realizar maiores investimentos na coleta e destinação dos resíduos odontológicos, frente à
necessidade de coletar 612,648 kg de resíduos por semana.
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(A) As autoridades municipais são legalmente responsáveis pelo gerenciamento dos RSS, desde que estes
estejam devidamente acondicionados.
(B) Os resíduos biológicos devem ser acondicionados em recipiente metálico, com tampa vedável,
rotulados com o símbolo de risco biológico, para que a saúde pública e o meio ambiente sejam
preservados.
(C) Os RSS são descartados nos aterros sanitários juntamente com o lixo comum, porém devidamente
acondicionados e rotulados, para que a saúde pública e o meio ambiente sejam preservados.
(D) O gerador dos resíduos é responsável pela segregação e acondicionamento dos RSS gerados por ele,
até à destinação final.
(E) A Anvisa é o órgão responsável pela elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços
de Saúde (PGRSS) dos serviços geradores de RSS.
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