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03/04/2018

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE


CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA
DISCIPLINA: FISIOTERAPIA ORTOPÉDICA E TRAUMATOLÓGICA ÍNDICE DE ASSUNTOS

• Aspectos anatômicos e biomecânicos da articulação tornozelo


BIOMECÂNICA DAS LESÕES
DO TORNOZELO E PÉ: • Entorse aguda e instabilidade crônica de tornozelo
Entorse e instabilidade – Aspectos clínicos
– Avaliação
– Reabilitação
PROF. DR. Wouber Hérickson de B. Vieira
DEPARTAMENTO DE FISIOTERAPIA - UFRN
hericksonfisio@yahoo.com.br

ENTORSE DE TORNOZELO
 Lesão comun em alguns esportes: basquetebol, voleibol, futebol,

LESÕES dança moderna e ballet.


 A maioria dos pacientes recuperam-se completamente, mas
LIGAMENTARES sintomas crônicos de DOR E INSTABILIDADE desenvolvem-se em
20% a 40% dos casos (Stephenson, 2007).
 A predisposição mais comum para sofrer uma entorse lateral do
tornozelo é a história de pelo menos uma entorse prévia (Bahr &
Bahr, 1997)
 Envolvem os fracos ligamentos laterais em 85% dos casos, e
somente 3-5% são entorses isoladas do ligamento deltóide (Nyanzi et
al., 1999)

ENTORSE EM INVERSÃO

• Lesão do LTFA: 66% dos casos;


• Lesão combinada: LTFA + LCF: 20 a 25% dos casos;
• MECANISMO DE LESÃO: MECANISMO DE LESÃO
– Esforço repentino: INVERSÃO + FLEXÃO PLANTAR.
• GRAU DA LESÃO: As entorses dos ligamentos colaterais
– GRAU I: distensão do ligamento sem rupturas microscópicas; sem laterais ocorrem quando o pé é forçado a
instabilidade mecânica na articulação;
– GRAU II: ruptura microscópica parcial do ligamento; instabilidade articular inverter enquanto está em posição de
leve ou moderada; flexão plantar (Mann et al., 2002)
– GRAU III: ruptura completa; grave instabilidade articular + dificuldade para
suportar o peso corporal.
• ESPORTES:
– Todos os esportes com bola e de salto.

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ENTORSE EM EVERSÃO ENTORSE

• Lesão do Ligamento Deltóide: rara (3-5%). • QUADRO CLÍNICO:


– Normalmente a ruptura é parcial e atinge a região anterior do
ligamento. – DOR

• LESÃO DA SINDESMOSE: normalmente associadas com lesão do – EDEMA / DERRAME


Deltóide + Fraturas do Maléolo Medial.
– FRAQUEZA MUSCULAR
• MECANISMO DE LESÃO:
– RIGIDEZ ARTICULAR
– Esforço repentino: EVERSÃO + FLEXÃO DORSAL.
– INSTABILIDADE ARTICULAR*
• GRAU DA LESÃO E ESPORTES SEMELHANTE A LESÃO
LATERAL
– IMPOTÊNCIA FUNCIONAL

AVALIAÇÃO
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Avaliação do Derrame Articular

Avaliação Estabilidade – Gaveta Anterior / Posterior / Inclinação Talar

Avaliação Força Muscular

Avaliação do equilíbrio (senso de posição articular)

Paradigma das insuficiências mecânicas e funcionais


- Frouxidão nas AA.
talocrural e subtalar - Déficit na cinestesia →
senso de posição articular
- Maléolo fibular anterior e
- Retardo no tempo de
distal
resposta dos fibulares à
- dorsiflexão - Tálus perturbação em inversão
deslocado anteriormente
-  força em eversão e
- Hipertrofia e compressão inversão
sinovial -  força em abdução do
- Lesões articulares quadril
degenerativas
-  instabilidade postural durante o apoio unipodal

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Reabilitação
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FASE 1 - AGUDA / MOVIMENTO PROTEGIDO

CONTROLE DO DERRAME ARTICULAR E EDEMA


P - rotection
REABILITAÇÃO CONSERVADORA NAS O - ptimal
ENTORSES EM INVERSÃO DO TORNOZELO L - load
I - ce
C - ompression
E – levation

- LASER / US
- ÓRTESES / BANDAGENS

Reabilitação
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Reabilitação
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AVALIAÇÃO DA ADM DE DORSIFLEXÃO


FASE 2 - CARGA PROGRESSIVA / TREINO SENSÓRIO
MOTOR

AMPLITUDE DE MOVIMENTO

 Aumento da ADM de dorsiflexão

Reabilitação
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Bandagem para
AMPLITUDE DE MOVIMENTO Mobilização com manutenção do
movimento deslizamento posterior
 Mobilização articular

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Reabilitação
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Reabilitação
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AMPLITUDE DE MOVIMENTO TERAPIA MANUAL

 Alongamento de gastrocnêmio

Reabilitação
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FORTALECIMENTO DOS DORSIFLEXORES E EVERSORES


CONTROLE NEUROMUSCULAR
(EXCÊNTRICO) E ABDUTORES DO QUADRIL

Distefano et al, 2009

Reabilitação
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RUPTURA DO
GESTO ESPORTIVO TENDÃO
CALCÂNEO

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CARACTERIZAÇÃO DA SÍNDROME
• “Ruptura completa do Tendão Calcâneo”.
– Lesão comum no esporte, afetando 1 em cada 10.000 praticantes;
– Maior incidência em homens: 6:1 → idade entre 35 a 40 anos.

• MECANISMO DE LESÃO:
– Esforço repetitivo em flexão plantar e ações antigravitacionais.

• SINTOMAS:
– Dor repentina no tendão, diminuindo após a fase aguda;
– Prejuízo Funcional: Andar e Impulsionar para saltar
– Teste de Thompson (+)

• ESPORTES:
– Saltadores, Futebol, Basquete, vôlei, tênis, etc.

TESTE DE
THOMPSON PERNA DE
TENISTA
“Ruptura do
Gastrocnêmio”
• OBJETIVO: verificar rupturas do Tendão Aquiliano.
• TESTE:
– PACIENTE: em DV, com Tornozelo em posição neutra.
– TERAPEUTA: coloca as mãos sobre o Tríceps Sural.
– TESTE: pressionar suavemente o ventre muscular do Tríceps Sural.
• POSITIVO: NÃO ocorrência da Flexão Plantar.
• FUNDAMENTO: o “aperto” do ventre muscular estimula a contração do músculo,
que deve proporcionar a flexão plantar. A força gerada pela contração muscular
não é transmitida pela ocorrência da ruptura.

CARACTERIZAÇÃO DA SÍNDROME

• “Ruptura do Gastrocnêmio (síndrome da pedrada)”.


– Ocorre no ponto de intersecção entre o tendão calcâneo e o ventre do músculo;

• MECANISMO DE LESÃO:
– Esforço repentino do músculo em atividades de explosão;

• SINTOMAS:
– Dor repentina na panturrilha, parecendo ser uma “pedrada”;
– Abertura na junção músculo-tendínea;
– Edema.

• ESPORTES:
– Tênis, vôlei, basquete, handebol, futebol.

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