Você está na página 1de 5

01/08/2020

Conceito
Espondilólise • A espondilólise é caracterizada por

espondilolistese um defeito na porção interarticular do


istmo, chamada parte interarticular, que
separa o arco neural em dois segmentos,
sendo o segmento anterossuperior
formado pelo pedículo, pelo processo
Prof. Eduardo Miranda transverso e pela faceta superior, e o
segmento posteroinferior formado pela
faceta inferior, pela lâmina e pelo processo
espinhoso.

1 2

Causas conceito
• Traumas, levando à fratura de caráter agudo da parte intervertebral; • O termo espondilolistese é usado para descrever a enfermidade em que
uma vértebra escorrega, saindo do alinhamento normal com outra vértebra,
• Caráter congênito; ou seja, quando há a perda do alinhamento natural e normal da coluna.
• Fratura por estresse (trauma mínimo repetido), comum nas ginastas.
• Esta perda do alinhamento pode ocorrer em situações como:
• A maior incidência de espondilólise é na vértebra L5 (em aproximadamente • Traumas;
90% dos casos) e na L4 (em menos de 10%), sendo rara em outros níveis. • Malformações congênitas;
• Degeneração.

3 4

espondilolistese
• O deslizamento anterior de uma vértebra em
relação à outra é a ocorrência mais
frequente e pode causar sintomatologia, que
vai desde uma dor lombar localizada no
espaço do deslizamento até sintomatologia
radicular, com irradiação para o dermátomo
correspondente à irritação de raiz nervosa;
porém, a queixa mais comum é de dor na
região paravertebral lombossacra,
acompanhada de limitação dos movimentos.

5 6

1
01/08/2020

epidemiologia Classificação da Espondilolistese


• A prevalência do defeito na parte interarticular ocorre em 5% da população • Dentre as classificações para espondilolistese, a mais aceita é a de Wiltse e
geral. Para pacientes com antecedentes familiares à espondilolistese, a Bradford, que a divide em cinco tipos:
ocorrência entre parentes de primeiro grau é de 15 a 70%.
• displásico;
• ístmico;
• O gênero também apresenta incidência diferente na espondilolistese, visto
que a lise da parte articular é 3 vezes mais frequente em homens do que em • degenerativo;
meninas; porém, o deslizamento é mais frequente em mulheres do que nos • traumático;
homens. Em relação à raça, a espondilolistese é 2 a 3 vezes mais comum na
• patológico.
raça branca do que na negra.

7 8

Classificação da Espondilolistese Classificação da Espondilolistese


• O tipo displásico é uma verdadeira espondilolistese congênita, que ocorre por uma • A espondilolistese do tipo traumático, como o próprio nome diz, é causada
alteração congênita nas facetas articulares, o que favorece o deslizamento entre elas,
embora rara. por trauma que leva à fratura dos elementos posteriores.

• No tipo ístmico da espondilolistese, a região vertebral acometida é a parte articular (pars


articularis). É a apresentação mais comum dentre os demais tipos. • A espondilolistese do tipo patológico é causada por uma lesão tumoral
primária ou metastática que leva à instabilidade e ao deslizamento de uma
• O tipo degenerativo acontece em decorrência da osteoartrose causada pela vértebra em relação à outra.
degeneração discal, levando à incompetência facetária. A espondilolistese degenerativa é
encontrada em adultos na 4ª e na 5ª décadas de vida, são assintomáticas em sua maioria.

9 10

Classificação da Espondilolistese
Classficação de meyerding
• Pela classificação de Marchetti e Bartolozzi, os tipos displásico e ístmico
passam a ser classificados como congênitos, enquanto os tipos • Existe, ainda, a classificação radiográfica de
degenerativo, traumático e patológico podem ser classificados Meyerding, que é a mensuração do grau
pela porcentagem de deslizamento, o que
como degenerativos. corresponde à gravidade da
• Dentre todos os tipos de espondilolistese, os congênitos são mais comuns. espondilolistese.

Marchetti PG, Bartolozzi P. Classification of spondylolisthesis as a guideline for treatment. In: Bridwell KH, DeWald RL, editors. The
textbook of spinal surgery. Philadelphia: Lippincott-Raven; 1997. p. 1211- 54.

11 12

2
01/08/2020

graus
• Grau I – deslocamento ou translação de até 25%.

• Grau II – deslocamento ou translação de 26 a 50%.


• Grau III – deslocamento ou translação de 51 a 75%.
• Grau IV – deslocamento ou translação de 76 a 100%.
diagnóstico
• Grau V – deslocamento ou translação acima de 100%, ou a chamada Prof. Eduardo Miranda
espondiloptose vertebral.

13 14

diagnóstico diagnóstico
• Como na maioria das enfermidades, a história clínica é uma das melhores • Os sintomas de parestesia (formigamento) estão correlacionados com o tipo
ferramentas para o diagnóstico; sendo assim, é importante levar em displásico.
consideração:
• o início dos sintomas, A queixa principal das
espondilolisteses é dor • O deslizamento promoveria a compressão das raízes posteriores, podendo
• os fatores predisponentes,
na coluna lombar baixa causar sintomas mais brandos, como a parestesia, até sintomas mais graves,
• os antecedentes de trauma, como a perda de força e de coordenação dos movimentos ou mesmo
• a acentuação da clínica com esforços, principalmente a flexão do tronco e a incapacidade de andar, sintoma este caracterizado pela estenose de canal.
• melhora dos sintomas com a extensão da coluna.

15 16

diagnóstico diagnóstico
• Parece haver utilidade na palpação do
processo espinhoso lombar para o diagnóstico
de espondilolistese lombar.
• No quadro de espondilolistese, o exame físico, normalmente, não é o fator
principal para se chegar ao diagnóstico, pois as queixas de dor lombar podem
aparecer de maneira inespecífica, podendo ser simplesmente na região
central ou mesmo na musculatura paravertebral.

• Na espondilolistese de grau de Meyerding, com deslizamento superior a 50%,


pode ser observado um degrau à palpação lombossacra.

17 18

3
01/08/2020

Exame complementar
• O diagnóstico de espondilólise e de espondilolistese pode ser confirmado em
Scottie dog
exame de radiografias simples da região lombossacra nas posições
anterolateral, perfil e, principalmente, oblíqua. • Ao exame de raio X na posição
oblíqua é que se encontra a
famosa imagem do “cachorro de
• O processo de lise e a avaliação do grau de deslizamento de acordo com a Lachapelle”, também chamada
de scottie dog, sendo o sinal
classificação de Meyerding podem ser mais bem evidenciados nas patognomônico da espondilólise
radiografias perfil da região lombossacra. onde se vê o sinal da “coleira no
pescoço do cachorro”

19 20

tratamento
RNM Prof. Eduardo Miranda

21 22

Cirúrgico – quando?
• Persistência ou recorrência da dor, apesar da modificação da atividade e da
fisioterapia.
• Deformidades posturais, persistência de marcha anormal, sem alívio dos sintomas
com fisioterapia.
• Déficit neurológico progressivo.
• Progressivo deslizamento superior a 25 a 50%, mesmo quando assintomático.
• Ângulo de deslizamento (40º a 50º) em criança crescendo, com provável
associação da progressão e deformidade.

23 24

4
01/08/2020

Cirúrgico –
quando?

25 26

Fisioterapia
• Na maioria dos casos sintomáticos de espondilólise e espondilolistese, o
tratamento não operatório é recomendado. A fisioterapia é o método mais
comum usado para aplicar o tratamento não operatório.

• Recomenda-se o tratamento fisioterapêutico para reduzir a dor, restaurar


a amplitude de movimento e função e fortalecer e estabilizar a coluna
vertebral.

27 28

intervenções
• O estudo recomenda:

Exercício terapêutico (cinesioterapia),

Exercícios gerais e de estabilização,

Pilates,

McKenzie (preferência direcional)

29

Você também pode gostar