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neoplasia de esôfago
Relato de caso
A síndrome de Horner
Neurônios Pré-ganglionares
Neurônios Pós-ganglionares
Sistema Nervoso Simpático
Ms.Tarsal
Todo percurso será Superior
prejudicado,inclusive o Ou Ms.Muller
nervo oftálmico que é quem
inerva: Que possuí a função
de:manter elevada a
-O músculo tarsal superior ou pálpebra.
também chamado de músculo de
Muller;
-O músculo dilatador da pupila.
O nervo trigêmio Quinto nervo craniano
3
Nervo oftálmico Primeira divisão do trigêmio
Por
Comoonde
eleoatinge
n.oftálmico saí?
a órbita?
(Região superior do gânglio trigeminal) Fissura Orbital superior
1-Nervo Oftálmico
1
Nervo oftálmico
1-Nervo Nasociliar 11 3
2-Nervo Frontal
3-Nervo Lacrimal. 2
N.oftálmico
N.maxilar
N.mandíbular
N.trigêmio
INTRODUÇÃO
MGS (nome do paciente) de 62 anos, hipertensa, etilista e tabagista inveterada, chegou no Hospital Regional
Joao Penido de Juiz de Fora, em novembro de 2015, com quadro de emagrecimento, prostração, disfagia,
odinofagia há 4 meses e disfonia há 2 meses. Ao exame físico foi notado ptose palpebral à esquerda, miose,
anidrose e rubor malar ipsilateral, fechando diagnóstico de Síndrome de Horner.
Realizou-se endoscopia, onde foi evidenciada tumoração em esôfago com laudo de carcinoma epidermóide
invasor bem diferenciado.
A paciente foi submetida à ressonância magnética, onde o laudo concluiu discreta doença cérebro vascular
microangiopática e pequenos focos de hemorragia. Para melhor elucidação da tumoração esofágica a
paciente foi submetida à tomografia computadorizada (TC) do pescoço.
RELATO DE CASO
A Síndrome de Horner é composta pela tríade: ptose parcial, miose e anidrose, sendo ocasionada quando há
uma lesão da via oculosimpática.
Ptose parcial: resultado da paralisia do músculo do Müller (inervado pela via simpática)
Miose: diminuição do diâmetro da pupila resultante da paralisia do músculo dilatador da íris, que ocorre
devido à interrupção da inervação simpática
Anidrose: menor produção de suor devido à falta de inervação simpática na glândula sudorípara
Identificação da síndrome de Horner: anidrose unilateral apenas na face, pescoço ou corpo
DISCUSSÃO
Rubor facial ipsilateral a lesão, hemiatrofia facial ipsilateral e heterocromia – são indícios menos comuns
que podem indicar que o paciente tenha síndrome de Horner.
No relato do caso observado, a paciente apresentada a tríade clássica da síndrome.
Com a utilização da tomografia computadorizada, foi possível visualizar com maior clareza que a lesão
ocorreu no nível pré-ganglionar.
A afecção é central (do hipotálamo ao nível C8-T2 da medula espinhal).
Quando a síndrome de Horner possui causa central, ela possui como etiologia o enfarte medular lateral,
AVC, tumores e lesões desmielinizantes que vão afetam o trato simpático no hipotálamo, mesencéfalo, ponte
e bulbo. Essas lesões do sistema nervoso simpático são geralmente associadas a outros sinais neurológicos:
fraqueza, déficit sensorial, hemianopsia, homónimo, diplopia ou ataxia.
A causa pré-ganglionar mais comum da síndrome de Horner é o infarto do tronco cerebral. Neoplasias
esofagianas são incomuns, porque o tumor raramente atinge um tamanho suficiente para comprimir o plexo
simpático. E o sintoma mais comum é a disfonia que vai ser causada pela compressão do nervo laríngeo
recorrente, como no caso relatado.
Quando há um acometimento pós-ganglionar geralmente representa uma lesão da artéria carótida interna,
como no caso de uma dissecção arterial, trombose ou aneurisma do seio cavernoso.
O diagnóstico é clínico, porém exames complementares como a ressonância magnética e a tomografia
computadorizada e doppler de carótidas são úteis para detectar a etiologia e o local específico em que há a
compressão do plexo simpático.
CONCLUSÃO
Quando há uma identificação de casos dessa síndrome, é possível que outras pessoas que também possam ser
acometidas pela doença tenham uma chance mais considerável, visto que estudos são feitos com
embasamento nesses relatos. Portanto, o tratamento precoce deve ser priorizado, buscando manter uma
melhor qualidade de vida para os pacientes.
É necessário diferenciar entre pré-ganglionar e pós-ganglionar, visto que o primeiro possui anidrose
ipsilateral, ptose palpebral e a miose, já o pós-ganglionar não possui essas características.
Exames complementares são importantes para determinar o local preciso e, com essa informação descobrir a
etiologia e como tratar adequadamente o paciente.