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Síndrome de Horner secundária a

neoplasia de esôfago
Relato de caso
A síndrome de Horner

Ela é um resultado de lesões nas fibras simpáticas do corpo


Sistema Nervoso simpático ele possui:
-Fibras pré-ganglionares Curtas e realizam muitas sinapses
-Fibras pós-glanglionares Elas são longas e não fazem tanta
sinapse quando as pré ganglionares
O Sistema Nervoso Simpático
ou
Sistema toracolombar

O tronco simpático que vai possuír 22


gânglios
3 cervicais;
Região Lombar
torácica
11torácicos;
4 lombares;
4 sacrais.
Desde a Até L2(2°Vértebra
T1(1°Vértebra lombar)
torácica)
Sistema Nervoso
Simpático ou
Toracolombar

Neurônios Pré-ganglionares
Neurônios Pós-ganglionares
Sistema Nervoso Simpático

A-Corno Lateral da medula espinhal ASCENDETE


Que é por onde o axônio ele vai deixar a medula
espinhal,ou seja,pelo corno lateral.
B-Raíz Ventral da medula espinhal
Que é por onde o axônio vai sair da medula A C
C-Forma o nervo espinal B
Quando ocorre o encontro com a raíz dorsal D
D-Ramo comunicante
Que é quando a fibra pré-ganglionar ela abandona o nervo espinal
através desse ramo comunicante e então encontra o tronco
simpático. DESCENDET
E
Ao se afetar as fibras pré-ganglionares
Ms.Elevador
da pálpebra

Ms.Tarsal
Todo percurso será Superior
prejudicado,inclusive o Ou Ms.Muller
nervo oftálmico que é quem
inerva: Que possuí a função
de:manter elevada a
-O músculo tarsal superior ou pálpebra.
também chamado de músculo de
Muller;
-O músculo dilatador da pupila.
O nervo trigêmio Quinto nervo craniano

-Por possuir 3 ramos calibrosos


1-Nervo Oftálmico
1 2-Nervo Maxilar
2 3-Nervo Mandíbular

3
Nervo oftálmico Primeira divisão do trigêmio
Por
Comoonde
eleoatinge
n.oftálmico saí?
a órbita?
(Região superior do gânglio trigeminal) Fissura Orbital superior
1-Nervo Oftálmico
1
Nervo oftálmico

O nervo oftálmico ele então vai se dividir em 3


ramos logo após passar pela fissura orbital 3
superior

1-Nervo Nasociliar 11 3
2-Nervo Frontal
3-Nervo Lacrimal. 2
N.oftálmico

N.maxilar

N.mandíbular
N.trigêmio
INTRODUÇÃO

 Foi descoberta por Horner em 1869.


 Resulta de uma lesão das fibras simpáticas destinadas ao olho e classicamente se apresenta como ptose
palpebral parcial, miose e anidrose de uma hemiface ipsilateral ao local acometido.
 Pode estar localizada a nível central ou periférico. É mais comum o acometimento das fibras pré-
ganglionares e geralmente se associa a malignidade.
 As principais manifestações clinicas da neoplasia esofagiana são disfagia e perda ponderal. E se tumor for
extenso e invasivo pode aparecer, mas raramente, a síndrome de Horner.
RELATO DE CASO

 MGS (nome do paciente) de 62 anos, hipertensa, etilista e tabagista inveterada, chegou no Hospital Regional
Joao Penido de Juiz de Fora, em novembro de 2015, com quadro de emagrecimento, prostração, disfagia,
odinofagia há 4 meses e disfonia há 2 meses. Ao exame físico foi notado ptose palpebral à esquerda, miose,
anidrose e rubor malar ipsilateral, fechando diagnóstico de Síndrome de Horner.
 Realizou-se endoscopia, onde foi evidenciada tumoração em esôfago com laudo de carcinoma epidermóide
invasor bem diferenciado.
 A paciente foi submetida à ressonância magnética, onde o laudo concluiu discreta doença cérebro vascular
microangiopática e pequenos focos de hemorragia. Para melhor elucidação da tumoração esofágica a
paciente foi submetida à tomografia computadorizada (TC) do pescoço.
RELATO DE CASO

 O laudo comprovou lesão circunferencial condicionando importante espessamento e irregularidade da parede do


esôfago em seu terço médio, com acentuada redução de sua luz e rechaçando as estruturas adjacentes, altamente
suspeita para lesão de aspecto neoplásico. Evidenciando que a massa tumoral comprimia plexo simpático do
lado esquerdo e nervo laríngeo recorrente
 A disfonia foi causada por uma paralisia das cordas vocais
 Durante a internação, a paciente teve disfagia importante sem sucesso para passagem de sonda enteral via
endoscópica, necessitando de gastrostomia como via definitiva para nutrição. Foi transferida para a oncologia
mas faleceu antes de dar seguimento ao caso.
Ptose palpebral esquerda, miose e rubor
mala ipsilateral, Síndrome de Horner
DISCUSSÃO

 A Síndrome de Horner é composta pela tríade: ptose parcial, miose e anidrose, sendo ocasionada quando há
uma lesão da via oculosimpática.
 Ptose parcial: resultado da paralisia do músculo do Müller (inervado pela via simpática)
 Miose: diminuição do diâmetro da pupila resultante da paralisia do músculo dilatador da íris, que ocorre
devido à interrupção da inervação simpática
 Anidrose: menor produção de suor devido à falta de inervação simpática na glândula sudorípara
 Identificação da síndrome de Horner: anidrose unilateral apenas na face, pescoço ou corpo
DISCUSSÃO

 Rubor facial ipsilateral a lesão, hemiatrofia facial ipsilateral e heterocromia – são indícios menos comuns
que podem indicar que o paciente tenha síndrome de Horner.
 No relato do caso observado, a paciente apresentada a tríade clássica da síndrome.
 Com a utilização da tomografia computadorizada, foi possível visualizar com maior clareza que a lesão
ocorreu no nível pré-ganglionar.
 A afecção é central (do hipotálamo ao nível C8-T2 da medula espinhal).
 Quando a síndrome de Horner possui causa central, ela possui como etiologia o enfarte medular lateral,
AVC, tumores e lesões desmielinizantes que vão afetam o trato simpático no hipotálamo, mesencéfalo, ponte
e bulbo. Essas lesões do sistema nervoso simpático são geralmente associadas a outros sinais neurológicos:
fraqueza, déficit sensorial, hemianopsia, homónimo, diplopia ou ataxia.
 A causa pré-ganglionar mais comum da síndrome de Horner é o infarto do tronco cerebral. Neoplasias
esofagianas são incomuns, porque o tumor raramente atinge um tamanho suficiente para comprimir o plexo
simpático. E o sintoma mais comum é a disfonia que vai ser causada pela compressão do nervo laríngeo
recorrente, como no caso relatado.
 Quando há um acometimento pós-ganglionar geralmente representa uma lesão da artéria carótida interna,
como no caso de uma dissecção arterial, trombose ou aneurisma do seio cavernoso.
 O diagnóstico é clínico, porém exames complementares como a ressonância magnética e a tomografia
computadorizada e doppler de carótidas são úteis para detectar a etiologia e o local específico em que há a
compressão do plexo simpático.
CONCLUSÃO

 Quando há uma identificação de casos dessa síndrome, é possível que outras pessoas que também possam ser
acometidas pela doença tenham uma chance mais considerável, visto que estudos são feitos com
embasamento nesses relatos. Portanto, o tratamento precoce deve ser priorizado, buscando manter uma
melhor qualidade de vida para os pacientes.
 É necessário diferenciar entre pré-ganglionar e pós-ganglionar, visto que o primeiro possui anidrose
ipsilateral, ptose palpebral e a miose, já o pós-ganglionar não possui essas características.
 Exames complementares são importantes para determinar o local preciso e, com essa informação descobrir a
etiologia e como tratar adequadamente o paciente.

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