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DOR – Sensorial discriminativo (como é a dor), afetivo emocional (pode causar depressão),
cognitivo (o que representa) e comportamental (sudorese, palidez... maneiras de reagir ao
estímulo doloroso)
Estimulo --- despolarização --- potássio sai, sódio entra, +40mV. Membrana possui fibras
nervosas, como a mielina. Se um nervo for de grosso calibre, o estimulo passa mais rápido.
Transmite das vias periférias, às vias centrais, chegando ao córtex frontal e causando dor.
Fibras que conduzem estímulos dolorosos: 3 tipos ---- Tipo A, B e C. Estímulo aferente. Sai da
periferia até córtex frontal.
Delta (grosso calibre, dor rápida) e C conduzem dor. Eles entram na medula, fazem sinapse.
NOCICEPTOR
Substâncias algogenas – prostaglandinas (são liberadas quando tem lesão tecidual e ativa os
neurotransmissores), citocinas, norepinefrina, glutamato, substância P
Dor pode ser classificada de acordo com a intensidade. Dor leve – 1-4. Dor moderada 5-7.
Dor grave – 8-10.
Dor tipo choque, queimando – dor neuropática – lesão do nervo que provoca a dor
NEURALGIA DO TRIGÊMEO
Não há uma causa estabelecida para a neuralgia sendo a sua etiologia desconhecida e a
maioria dos casos idiopáticos são causadas por compressão do nervo trigêmeo. Outras
causas são tumores, anormalidade da base craniana, malformação arteriovenosa e esclerose
múltipla. É caracterizado por uma dor paroxística facial de um ou mais ramos do nervo,
limitada à distribuição de uma ou mais divisões do nervo trigêmeo, intensa, do tipo choque,
de curta duração e mais frequentemente envolve o ramo maxilar. Geralmente, é unilateral
sendo o lado direito o mais acometido, provavelmente devido ao estreitamento dos forames
redondo e oval deste lado. O quadro álgico geralmente é desencadeado devido ao estímulo
sensorial em determinadas áreas específicas do rosto (zona de gatilho ou trigger).
Nos casos idiopáticos, pode haver associação da neuralgia do trigêmeo com a neuralgia do
nervo glossofaríngeo e ao espasmo hemifacial. As manifestações atípicas são: idade menor
que 40 anos, sintomas bilaterais, lipotimia e vertigem, disturbio da audição ou acusia,
alterações visuais, dor com duração maior que 2 minutos ou fora da distribuição nervosa
trigeminal, associando a causas secundárias que levam à neuralgia.
O tratamento varia entre clínico e cirúrgico, sendo a clínica a primeira escolha. Em primeiro
lugar a carbamazepina e oxicarbazepina devem ser administradas em doses mais baixas, mas
se necessário, as doses podem ser aumentadas de forma gradual. Por se tratar de uma dor
de natureza neuropática e não nociceptiva, o uso de analgésicos, anti-inflamatórios não
esteroidais e dos opióides não é recomendado no manejo da neuralgia do trigêmeo.
Diversos estudos demonstraram a eficácia da carbamazepina no tratamento da dor. Sua
ação bloqueadora dos canais de sódio suprime as descargas ectópicas e estabiliza
membranas neuronais, aumentando assim a atividade inibitória em várias estruturas, como
o núcleo sensitivo principal do trigêmeo. Sua ação ocorre através do bloqueio dos canais de
sódio voltagem dependentes nos níveis pós e pré-sinápticos e como resultado observa-se a
estabilização da membrana no nervo hiperexcitado, suprimindo a atividade espontânea
ectópica das fibras nervosas tipo A-delta e C, entretando, isso ocorre sem afetar a condução
nervosa normal.