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- Somática é originada de ossos, músculos, pele, articulações, ligamentos. Pode ser superficial ou
profunda, sendo a primeira de inicio imediato e a segunda uma dor silenciosa.
A dor não nociceptiva ocorre por disfunção das células nervosas. Pode ser classificada em neuropática
ou simpática
- Simpática: decorrente de uma hiperatividade da parte simpática do SN vegatativo que controla o fluxo
sanguíneo nos tecidos, apresentando hipersensibilidade cutânea em volta do local lesionado, sudação e
temperatura local aumentada.
Dor aguda: varia de 3 a 6 meses, depende da literatura. Tem função de alerta ou defesa do organismo.
Dor crônica: aquela com duração maior que 3 ou 6 meses, depende da literatura. Dor pode tornar-se
crônica por vários motivos; É a dor que acaba com a qualidade de vida, pois pode limitar a
movimentação, agilidade, atividades diárias e o bem-estar pessoal.
Fisiopatologia
Modulação
Percepção: atribui significado para o fenômeno da dor, ocorrendo pela interação dos mecanismos pró-
nociceptivos e antinociceptivos.
- Inibição segmentar/teoria do portão: a excitação das fibras Aalfa e Abeta excita interneurônios
inibitórios, impedindo a passagem do impulso doloroso (fecha o portão); ao contrário, a excitação das
fibras C e Adelta inibiria os interneurônios inibitórios, permitindo a passagem do impulso doloroso (abre
o portão). Ex: atrito na pele proporciona alivio da dor. OCORRE A NÍVEL MEDULAR E NÃO ENCEFÁLICO
- Sistema opioide endógeno: inibem a dor ligando-se a receptores opioides a nível da medula, os quais
estão na PAG, núcleo magno da rafe e no corno dorsal da medula.
Primeira origina-se na PAG no mesencefalo, faz sinapse no nucleo magno da rafe e se projeta
para a medula espinal, tendo como neurotransmissor a serotonina.
Segunda origina-se no nucleo ceruleus e se projeta para a medula espinal, tendo como
neurotransmissor a noradrenalina.
Sensibilização: é a percepção alterada da dor por conta da diminuição do limiar da dor (menor
intensidade de estímulo que permite ao paciente perceber a dor)
- Periférica: estímulos que não provocam dor começam a provocar. Isso ocorre por compostos químcos
liberados no local da lesão (bradicinina, histamina, prostaglandinas, acetilcolina, leucotrienos, serotonia
e subst A), diminuem o limiar de dor.
- Central: intensa estimulação das fibras C, liberando glutamato no corno posterior e ativando receptores
NMDA, os quais produzem alterações no potencial de membrana.
Neurotransmissores
- Ocorre potencial de ação -> influxo de íons cálcio -> vesícula sináptica se funde a membrana pré-
sináptica -> neurotransmissor é liberado no LEC na fenda sináptica -> vai até membrana pós-sináptica ->
eleva ou reduz o potencial de repouso da membrana pós-sináptica -> proteínas receptoras captam a
substância transmissora -> abre o canal iônico -> potencial pós-sináptico excitatório (PPSE) ou potencial
pós-sináptico inibitório.
- Glutamato secretado pelas fibras Adelta, duração rápida -> dor rápida/aguda.
- Específicos/seletivos: respondem a estímulos térmicos extremos (> 45 e < 5ºC) ou mecânicos, originam-
se das fibras Adelta (mielinizada, rápida).
AINEs
Inibem a ação da COX (enzima ciclo-oxigenase) -> inibição das prostaglandinas (derivados do ácido
araquidônico, principalr responsável pela regulação da inflamação - potencializa as ações
vasodilatadoras, edematogênica e hiperalgésica da bradicinina, leucotrieno). Cada antiinflamatório tem
alvos diferentes, inibindo um ou mais isoformas da COX:
Efeitos adversos: TGI (dispepsia, gastrite, hemorragia por ulcera perfurada), renal (lesão renal aguda),
respiratório (broncoconstrição), cardiovascular (risco de trombose cardíaco e cerebral, HIPERTENSÃO
ARTERIAL), hepatotoxicidade do paracetamol (geralmente ocorre apenas quando a dose é acima de
150mg/kg).
Dividem-se em
- Não seletivos (inibem COX1 e 2): bloqueia-os em diferentes graus e reversivelmente. Ex: AAS
(UTILIZADO COMO ANTIAGREGANTE PLAQUETÁRIO), Ibuprofeno, Naproxeno, Diclofenaco, Nimesulida.
Queimaduras
- Profundidade
Primeiro grau: ex - queimadura solar, afeta só epiderme, sem bolhas -> vermelhidão, dor, edema,
descama em 4 a 6 dias.
Segundo grau:
Superficial: afeta epiderme e a derme papilar. Forma bolhas, hiperemia, edema, dor e
hiperssensibilidade. Ferida com aspecto úmido, vermelho e brilhante. Epiderme recupera-se em até 2
semanas.
Terceiro grau: afeta epiderme, derme e outras estruturas. Não tem exsudação, lesão é seca, com
aspecto de couro (escara dura e inelástica). Pouca ou nenhuma dor e sensibilidade (terminações
nervosas foram destruídas). Possibilidade de infecção é alta se a escara não for removida em curto
período de tempo.
Adulto: cabeça (9%), tórax e abdome (36%), braço e antebraço (9%), perna e coxa (18%),
genital (1%)
Criança: cabeça (14%), tórax e abdome (36%), braço e antebraço (9%), perna e coxa
(16%)
Bebê: cabeça (18%), tórax e abdome (36%), braço e antebraço (9%), perna e coxa (14%)
- Tratamento: retirar a pessoa de perto do agente causador, resfriar a área queimada imediatamente
com água a temperatura ambiente ou soro fisiológico 0,9%, cobrir com lençol seco para evitar
hipotermia e alívio da dor.
Reposição volêmica (grandes queimdos, com lesão inalatória ou trauma): cálculo da hidratação -
fórmula de Parkland = 2 a 4 ml x % SCQ x peso (kg).
MINTI
Ecografia (US) é recomendado sempre que possível por ser econômica, rápida, confiável e não
invasiva.