Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Eduardo Miranda
❖ Graduado em Fisioterapia – CEUCLAR (2000);
❖ Especialista em Quiropraxia pelo Coffito;
❖ Osteopata CO – Escuela de Osteopatia de Madrid;
❖ MCMT – Mastery Certification Manual Therapy – Hand’s On
Seminars (NY);
❖ Formação Internacional nos Métodos Mulligan, Mobilização Neural e
MDT (McKenzie);
❖ Professor de cursos desde 2008;
❖ Palestrante em Congressos Nacionais e Internacionais;
❖ Proprietário do ITC Vertebral / Instituto Trata (Franca S.P);
❖ Sócio Proprietário da FIRST – Fisioterapia Especializada (Ribeirão
Preto S.P).
Global Burden of the Disease
Número de anos perdidos com incapacidade
www.healthdata.org/gbd
Global Burden of the Disease
Anos vividos com incapacidade
www.healthdata.org/gbd
Brasil
Número de anos perdidos com incapacidade
Brasil
Anos vividos com incapacidade
www.healthdata.org/gbd
Fatores Epidemiológicos Associados
com a Dor Lombar
• Há dados disponíveis na literatura sobre as
estimativas de prevalência pontual (prevalência
coletada em um único momento), nos últimos 30
dias, nos últimos 12 meses, e, por fim, em algum
momento da vida.
➢ Objetivos:
Manter a tensão ligamentar
(Bogduk, 2005)
Disco Intervertebral
Tecido conectivo
especializado
Formato trapezóide no
plano sagital
(Bogduk, 2005)
Disco Intervertebral
O DIV é uma estrutura heterogênea que contribui
para flexibilidade e suporte de carga na coluna
➢ Consistência semelhante a
uma pasta dental
➢ A água é o maior
componente do DIV (70% a
90% wet weight)
Núcleo Pulposo
Constituído por elementos que fazem parte da
chamada Matriz Nuclear:
✓ Fibras de colágeno (2º maior componente do disco
intervertebral)
✓ Substância fundamental
✓ Condrócitos
✓ Fibroblastos
Colágeno
Colágeno Tipo II
Comumente encontrado em
tecidos habitualmente
expostos a pressão
✓ Água.
Glicosaminoglicanas
GAGs são longas
cadeias de
polissacarídeos (açúcar e
amina)
GAGs presentes no DIV:
❖ Sulfato de condroitina 4
e6
❖ Sulfato de queratan
❖ Ácido hialurônico
Proteoglicanas
Proteoglicanas (proteína nuclear) são grandes moléculas
formadas por uma proteína central ao longo da qual se ligam
várias moléculas de glicosaminoglicanas (GAGs)
Proteoglicanas
A maior proteoglicana, que compõe 70% do núcleo pulposo, é a
aggrecan. Ela fornece as propriedades osmóticas necessárias para
resistir à cargas de compressão. Como uma esponja, podem
absorver e reter 500x seu peso em água.
GAGs e Proteoglicanas
GAGs e as Proteoglicanas são
hidrofílicas. Sua função
principal é absorver e reter a
agúa no núcleo, dando a ele sua
resitência.
Análogo a capacidade de
absorção de um chumaço de
algodão.
Salvatierra JC, Yuan TY, Fernando H, Castillo A, Gu WY, Cheung HS, Huant CY. Difference in
Energy Metabolism of Annulus Fibrosus and Nucleus Pulposus Cells of the Intervertebral
Disc. Cell Mol Bioeng. 2011 Jun 1;4(2):302-310
Anel Fibroso
Anel Fibroso
➢ Constituído:
✓ Água (60-70%)
✓ Colágeno (50-60% dry weight)
▪ Colágeno Tipo I (maior quantidade): da resistência e força ao
tecido
▪ Colágeno Tipo II: tensão e pressão
✓ Proteoglicanas (20%)
▪ Maior porcentagem nas fibras internas
✓ Condrócitos e Fibroblastos
▪ Responsáveis pela síntese de colágeno e proteoglicanas do
anel fibroso
Anel Fibroso
Fibrocartilaginoso
Anisotrópico
Fibras de colágeno
tem um padrão
ordenado
Estão organizadas em
lâminas chamadas
lamelas
Latim “pequena folha”
(Bogduk, 2005; Setton e Chen, 2004)
Lamelas – Anel Fibroso
Anel Fibroso
10 a 20 lamelas
40 feixes de fibras de colágeno
Direção alternada em cada lamela
Orientação Cruzada das Fibras do
Anel Fibroso
Anel Fibroso
Em cada lamela, as fibras de colágeno permanecem
paralelas uma com a outra, da vértebra acima até a
vértebra abaixo.
A orientação das fibras é a mesma em uma dada
lamela.
Anel Fibroso
Orientação das fibras:
✓ 30-40º com a horizontal ou 60-70º com a vertical
Anel Fibroso
❑ 40-50% das lamelas são incompletas a um dado
quadrante do ânulo fibroso.
Anel Fibroso
O anel fibroso também contém uma notável
quantidade de fibras elásticas (10%)
➢ Diferem na organização do
colágeno
➢ Fibrocartilagem
Discos mais velhos
Placa Terminal Cartilaginosa
❑ Parte interna do ânulo fibroso e placas terminais se
fundem para formar um envelope elíptico (cápsula)
ao redor do núcleo pulposo.
(Bogduk, 2005)
Placa Terminal Cartilaginosa
Envelope nuclear
Placa Terminal Cartilaginosa
Penetrada parcialmente por
vasos sanguíneos ramificados
no corpo vertebral
O transporte de nutrientes
através da matriz do DIV é
realizado por difusão (fluxo
de fluido).
São 2 caminhos possíveis: a
rota pela placa terminal
cartilaginosa ou a rota
perianular (Huang and Gu, 2008).
Placa Terminal Cartilaginosa
Nutrientes essenciais como oxigênio, glicose, aminoácidos e
sulfatos são difundidos para o disco através de capilares presentes
na PTC
Estímulos perigosos
Informação dolorosa
lenta
1.8 a 7.2km/h
Pele , músculo, Fibra A
articulação, tendão,
DIV, osso, periósteo,
fáscia.
Estímulos perigosos
Informação dolorosa
rápida
43.2 a 108km/h
Inervação
Na ocorrência de lesão
tecidual, o número de
terminações nervosas
livres, passam a
penetrar mais
profundamente nas
lamelas do disco e em
alguns casos podem
atingir o núcleo
(Coppes et al, 1990; Freemont et al, 1997)
Inervação
❑ Nociceptores são ativados por 2 mecanismos
Kapandji, 2000.
Absorção de Carga
Sujeito a pressão,
deforma-se e
transmite a pressão
aplicada em todas
as direções (força
centrípeda)
Transferência de Carga
Em discos saudáveis a expansão radial do
núcleo é mínima
✓ Concêntricas
(Circunferenciais)
✓ Radiais
Fardon DF, Williams AL, Dohring EJ, Murtagh FR, Gabriel Rothman SL, Sze
G. Lumbar Disc Nomenclature: Version 2.0. Spine J. 2014 Apr 23.
Ruptura Radial
❖ Vaga e difusa
❖ Não segue padrão dermatomal
❖ Pode irradiar para o membro inferior
❖ Atividades que aumentam a pressão intra-discal pode
acentuar os sintomas
❖ Sinais e sintomas neurológicos frequentemente
ausentes
Dor Discogênica
No distúrbio interno do disco, a dor profunda referida (não segue
dermátomo) irradiada para membros inferiores ocorre devido ao
tensionamento das fibras externas do anel, que por tempo
prolongado ativa os nociceptores do “tipo C” e este, por sua vez,
transmite os impulsos dolorosos.
Bogduk N, Aprill C, Derby R. Lumbar discogenic pain: state-of-the-art review. Pain Med. 2013
Jun;14(6)
Dor Radicular Versus Radiculopatia
Trabalhos realizados em modelos animais (Bogduk et al, 2013),
mostrou que quando se aplicou o material nuclear na raiz,
ocorreram mudanças inflamatórias na forma de aumento da
permeabilidade vascular, edema e coagulação intravascular. Essa
inflamação causa prejuízos à raiz, os quais levam a bloqueio da
condução nervosa (neural), produção de hiperalgesia e
comportamento doloroso.
Bogduk N, Aprill C, Derby R. Lumbar discogenic pain: state-of-the-art review. Pain Med. 2013
Jun;14(6)
Radiculopatia
Causada por compressão acarretando
em isquemia dos axônios afetados.
(Bogduk, 2002)
Dor Radicular Versus Radiculopatia