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Exame clínico

Desmite, Tendinite e Osteoartrite

Amira Sarah Eleuterio 12100365


Ana Carolina Correa F. Pacheco 12112243
Andressa Cristiane de S Matias12100565
Arthur Miguel de M. Teixeira 12100540
Bianca Oliveira Pires 12100368
Bruno Martínez Marinho 11010433
Importância de um bom Exame Clínico
Desmite
Desmite do Ligamento Suspensório do
Boleto
• Alta incidência, especialmente em
cavalos atletas;

• Caracterizada por uma inflamação que


pode estar relacionada a trauma ou
sobrecarga mecânica;

• Pode ser secundária a lesões de


outras estruturas adjacentes.
Revisão Anatômica
LSB

O LSB faz parte do aparelho


suspensor.

https://urlty.co/zDg

https://urlty.co/DeX
Biomecânica

LSB + outras estruturas do


aparelho suspensor

A absorção de choque, a qual


ocorre quando o membro está
no solo e o boleto afunda, é
Suporte ao boleto controlada pelo LSB, tendões
flexores e ligamentos acessórios
Biomecânica

https://urlty.co/fPu
Etiopatologia da Desmite

As lesões geralmente são causadas por movimento


descoordenado, dano acumulado por repetidos traumas
subclínicos, sobrecarga por hiperextensão do boleto ou
influências mecânicas externas, como o solo;

O período para retornar a força tênsil varia entre 8 e 14


meses;

As desmites do LSB podem ser divididas de acordo com


a região em desmite proximal do suspensório, desmite do
corpo do suspensório e desmite dos ramos do
suspensório.
Sinais clínicos
Desmite proximal Desmites do corpo do LSB
• Claudicação repentina de grau leve a • Animal pode ou não apresentar sinais;
moderado; • Tende a demonstrar sinais com a progressão da
• Claudicação severa em lesões muito lesão pelo uso contínuo;
extensas e após exercício, tendendo a piorar • Normalmente observa-se calor localizado;
em solo macio e com o membro para fora do • edema;
círculo. • Dor a palpação quando aguda.
• Aguda: Edema na região palmar lateral,
medial, no metacarpo proximal, com calor
localizado, e a claudicação pode ser
Desmites nos ramos do LSB
• Calor local e dor à palpação na fase aguda;
transitória
• Edema;
• Crônica: a claudicação persiste por mais
• Possível concomitante distensão da cápsula
tempo e há poucas alterações locais.
articular metacarpofalangeana;
• O animal pode reagir à flexão passiva do boleto e
apresentar claudicação.
Lesões dos ramos dorsais do LSB são raras, mas
quando ocorrem observa se há calor, edema e dor
local.
Exame Clínico

Suspensão dos
Visual e palpação Animal em movimento
Membros
Examinada de duas formas • Observar se há calor e Presença e o grau de claudicação:
simultaneamente: edema na região palmar • Em linha reta e em círculo;
a) Comparação da altura do Mc III (pode haver • Quando presente, varia entre 1-3;
do boleto entre os lesão sem a presença de • Normalmente intermitente ou transitória;
membros (esquerdo e edema); • Acentua em solos macios e no círculo;
direito); • Dor à palpação; • Podem haver variações dependendo da
b) Relação na angulação • Devido a presença de região afetada;
do casco com a ramos nervosos Flexão positiva do boleto pode sugerir
quartela. adjacentes à origem do lesão de ramo do LSB;
LSB, a palpação desta Flexão positiva do carpo pode ocorrer por
estrutura pode dar falsos lesão da porção mais proximal do
positivos. ligamento.
Exame Clínico

• Nem sempre dor à palpação do LSB


pode ser associada com a lesão, por
poder ocorrer em animais que foram
submetidos a dias de competição;

• Durante o exame clínico, é muito


importante respeitar a biomecânica da
suspensão.
Tendinite
Tendinite

• É uma inflamação do tendão ou das junções


tendão-musculo.
• No equino, ela se aplica em especial a
inflamação dos tendões flexores consequentes
a um estiramento excessivo.
• Um tendão é uma faixa espessa de tecido
conjuntivo fibroso que age como intermediário
na ligação do musculo ao osso;
https://tinyurl.com/3sedsyjd
Hiperextensão do boleto, ligamento
suspensório e dos tendões dos
músculos flexores do membro anterior
(MA) esquerdo
Tendinite dos Flexores
• São causas comuns de claudicação em
equinos, principalmente atletas.
• As lesões podem variar de pequenas
separações a uma completa ruptura.
• O TFDS é o local afetado com maior frequência.
• As lesões, em geral, estão localizadas na região
central da porção metacárpica media do TFDS
do membro anterior.
Causas
Doença multifatorial
O mais comum é o esforço exagerado e
repetitivo sobre as estruturas do tendão.

Também pode ocorrer devido ao


hiperaquecimento resultante de exercícios
físicos (hipertermia).

Ataduras ou bandagens muito


apertadas.

E outras causas como, formato dos cascos,


ferrageamento inadequado, cavalos
obesos, idade, intensidade e velocidade do
exercício e perda de coordenação de
animais cansados.
Sinais clínicos

Os principais sintomas da tendinite são:


• Claudicação;
• Aumento de temperatura da região
lesionada;
• Inchaço;
• Dor.
Obs.: Podem variar devido a fatores
como gravidade, localização e tipo da
lesão.
O animal pode apresentar
relutância ou estar fisicamente
inapto para exercer suas
atividades típicas.
Exame Clínico

O exame clínico para essa patogenia e dividido em:


• Exame estático e dinâmico;
• Palpação;
• Avaliação dos cascos;
• Teste de flexão.

https://tinyurl.com/2yd5eye5

Ao palpar a região do tendão afetado:


• Identificar se há deformações assimétricas;
• Engrossamento;
• Aumento de temperatura.
É comum observar, em casos agudos, o animal mantendo o
membro lesionado em flexão passiva, apoiando o casco no
chão, como maneira de reduzir a tensão sobre os tendões e,
consequentemente, a dor.
Osteoartrite

https://tinyurl.com/37z9x6yn
Revisão Anatômica

A articulação é uma estrutura composta por uma cápsula


articular na qual está contido o líquido sinovial, cartilagem
articular e osso subcondral, com uma circulação sanguínea
local, inervação que, em conjunto, contribuem para manter a
homeostasia e produzir mobilidade.
Osteoartrite

• Muito comum em cavalos de competição;


• É uma afecção das articulações sinoviais
que engloba a destruição da cartilagem
articular;
• Caracterizada por uma esclerose do osso
subcondral e formação de osteófitos
marginais;
• Principal causa de claudicação no cavalo de
esporte e lazer;
• Tem grandes repercussões econômicas.
Classificação da OA
1. A primária define-se como uma OA de origem
desconhecida, está associada a sinovite e capsulite,
sendo este tipo de afecção encontrado ao nível da
articulação do carpo, da articulação metacarpofalângea.

2. Envolve as articulações de grande apoio e pouca


mobilidade como a articulação interfalangiana
(sobreosso) e intertarsica (esparavão ósseo).

3. O terceiro tipo está associado a uma serie de


alterações na cartilagem durante a necropsia de rotina.

4. Casos que desenvolvem secundariamente a outros


problemas articulares primários como um exemplo a
osteocondrose se não for resolvida.
Exame Clínico
Observação com o cavalo parado:
• Alterações de postura (zonas assimétricas como
atrofia ou hipertrofia);
• Avaliar conformidade do casco; Exame dinâmico, observar o animal a passo e trote
• Ângulo da ferradura; (ou marcha) em linha reta e em circulo.
• Palpação nos sentidos proximal e distal para
detectar algum aumento de tamanho devido a
sinovite ou temperatura e, sensibilidade ao toque.

A anamnese é muito importante


para o exame pois permite obter
informações da idade, sexo, raça e
o tipo de alimentação e manejo
que é dado ao cavalo além dos
sintomas apresentados.
https://tinyurl.com/3tuwd2n8
Exame clínico
Graus de avaliação da claudicação segundo a Manipulação do casco: Este exame e efetuado por meio de
AAEP uma pinça de cascos para verificar se existem zonas de
sensibilidade durante os testes de pressão que lhe são
0. Claudicação difícil se de observar em qualquer aplicados.
circunstancia. Normal. Teste de flexão: Os testes de flexão servem para colocar sobre
1. Claudicação ligeira, difícil de se observar a passo pressão ou stress uma determinada região anatómica do
ou trote. membro durante um certo período de tempo, devendo logo
2. Claudicação moderada, visível no trote após, o cavalo sair de imediato a trote.
3. Claudicação severa, com mancadas assimétricas
4. Supressão do apoio, apoio mínimo em movimento
ou repouso
Referências
Gomes, Luiza Ferreira de. Almeida, Desmite do Ligamento
Suspensório do Boleto do Membro Torácico em Equinos / Luiza
Brasilia, 2020. 54 p.

PEDROSO, NATÁLIA BOTEGA; MAPELE, RILARY DE OLIVEIRA SIQUEIRA;


IVAN DE SOUZA. Tendinite em Equinos - Aspectos Anatômicos, Fisiológicos e
terapêuticos. ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer – Jandaia-
GO, v.18 n.36; p. 344 2021

Tendinite em Equinos. Syntec, 2020. Disponível em:


https://syntec.com.br/news/tendinite-em-equinos/. Acesso em: 01 de abril de 2022.

CÁRDENAS, Jairo Jaramillo. Avaliação Clínica da Suspensão. Equarter.


Disponível em: https://equarter.com.br/blog/avaliacao-clinica-da-suspensao.
Acesso em: 01 de abril de 2022.

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