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COMITÊ BRASILEIRO DE BARRAGENS

REVISTA BRASILEIRA DE ENGENHARIA DE BARRAGENS DO CBDB


TEMA: INSTRUMENTAÇÃO DE BARRAGENS
DATA (10 DE MAIO DE 2022)

1Classificação: Público
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DATA (10 DE MAIO DE 2022)

BARRAGEM DO RIO DESCOBERTO: ACOMPANHAMENTO DAS VAZÕES DE


PERCOLAÇÃO COM INFORME DAS MELHORIAS PREVISTAS

LÚCIO EDUARDO LIMA DE SOUZA |


– Analista de Sistemas de Saneamento -
CAESB

RESUMO
A barragem de concreto do tipo gravidade Rio Descoberto foi construída entre 1971 e
1973 pelas empresas Servienge e CAESB. Desde a sua inauguração, várias
intervenções foram feitas no intuito de minimizar os problemas de percolação que
foram detectados, resultantes de infiltrações pela fundação e pelo maciço de concreto,
além de diversas surgências no paramento de jusante. Esse trabalho apresenta o
resultado do monitoramento das percolações de água pelo barramento e apresenta o
gráfico temporal dessas percolações em relação ao nível do reservatório. Mostra
também que essas percolações vêm aumentando ao longo do tempo e, finalmente,
descreve as alternativas apreciadas pela CAESB para mitigação e correção delas.

ABSTRACT

The gravity-type concrete dam Descoberto river was built between 1971 and 1973 by
Servienge and CAESB. Since it has been put on stream, several interventions have
been made to minimize the percolation issues, that were detected, resulting from
infiltrations by the foundation and through the concrete monolith, in addition to several
surgencies in the downstream face. This work presents the result of monitoring water
percolations and displays the time chart of those flow measurements, along with the
reservoir levels. It also shows that such percolating flow have been increasing over
time. Finally, it describes the alternatives assessed by CAESB, to mitigate and correct
them.

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1. INTRODUÇÃO

A barragem Rio Descoberto foi construída entre 1971 e 1973 pelas empresas
Servienge e CAESB. O enchimento do reservatório ocorreu em 1974, com o objetivo
de ser parte integrante do sistema de abastecimento de água, responsável por cerca
de 60% do abastecimento do Distrito Federal. A b arragem Rio Descoberto está
localizada no km 65 do rio homônimo, afluente pela margem esquerda do rio Corumbá,
implantada nas coordenadas UTM 153.680 m / 8.252.920 m DATUM SIRGAS 2000,
23 S”, na divisa DF/GO, a aproximadamente 45 km da rodoviária do Plano Piloto de
Brasília.
A barragem é constituída de 17 blocos de 15,00 m e um de 10,00 m, separados por
juntas de dilatação, tendo um comprimento total de 265,00 m. A crista, com 3,00 m de
largura, está situada na cota 1034,00 manm. A soleira do vertedouro está na cota
1030,00 manm. A altura máxima sobre a fundação é de 32,50 m. O volume de
concreto é de 54.000 m³, conforme apresentado nas Figuras 1, 2 e 3.

Figura 1 - Barragem Rio Descoberto - Arranjo Geral – Planta

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Figura 2 - Barragem Rio Descoberto – Vista de Montante e Cortes

Figura 3 - Barragem Rio Descoberto – Vista de Jusante e Cortes

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Desde a sua inauguração, várias intervenções foram feitas no intuito de minimizar as


infiltrações detectadas, oriundas de percolações pela fundação e pelo maciço de
concreto, além de diversas surgências no paramento jusante. A principal dessas
intervenções ocorreu entre os anos de 2000 e 2002, quando foi executada uma parede
diafragma, seccionando o barramento em toda sua extensão, com exceção do bloco
H, a partir da crista e penetrando até 5,00 m nas fundações rochosas, a uma distância
de 0,70 m da face de montante, por meio da abertura de furos secantes preenchidos
com argamassa. Apesar do resultado inicialmente satisfatório, a barragem nunca se
apresentou totalmente estanque, até mesmo porque, especificamente no b loco H,
por motivo da presença das tubulações de tomada d'água e de descarga de fundo,
não foi possível executar a diafragma de furos secantes. E sse bloco recebeu,
posteriormente, injeções de poliuretano, conforme estabelecido por uma junta de
consultores contratada pela CAESB para fazer uma avaliação do comportamento da
barragem, pós-intervenção.

2. MONITORAMENTO DAS PERCOLAÇÕES

O histórico da barragem demonstra que desde a sua inauguração, seu corpo vem
sendo degradado. O fechamento de caminhos de percolação apenas adia o
aparecimento de outros pontos de surgências, pois o fato de não haver surgência a
jusante de alguns blocos não significa que não haja caminhos de percolação pelo
interior desses mesmos blocos, ou em outros monólitos, que apresentam
infiltrações, por se constituírem em caminhos mais imediatos.
A percolação se refere ao carreamento de componentes solúveis devido à passagem
de um solvente (no caso, a água do reservatório, agressiva devido a alta
concentração de CO2, que induz à formação de ácido carbônico) por materiais porosos
(no caso, o concreto do barramento). Originalmente, a dissolução era suspeita de ser
na p irita do agregado (CORREA et al, 2002). Posteriormente, foi considerado como
estando no agregado de calcário. De forma geral, as vazões que percolam através
do barramento, previstas ou não, são um valioso indicador das condições e
performance da barragem. Alterações abruptas nas vazões podem ser indicativo de
problemas no paramento ou nas camadas do corpo da barragem, tais como
deficiências de concretagem, deficiências do método construtivo adotado, etc. A
quantidade de água entrando em um sistema de drenos pode estar relacionada com
o nível do reservatório e sua sazonalidade. Essa relação fica mais evidente quando
plotada em gráfico temporal, com as datas de monitoramento formando uma série
histórica - a mais extensa possível. O uso de gráfico relacional permite evidenciar
com maior confiabilidade as relações de causa e efeito das diversas variáveis atuando
na barragem.
Atualmente, a instrumentação instalada na barragem consiste em medidores de vazão
na galeria de drenagem instalados nos blocos “D”, “H”, “I” e “N”, sendo que há um
medidor de vazão tipo soleira livre, e os demais medidores operam com utilização de
mangueira acoplada na canaleta para cronometragem de enchimento do recipiente.
A contribuição da vazão dos drenos do paramento montante e dos drenos de
fundação, além de eventuais percolações que saem na galeria de drenagem, são
medidas em conjunto na saída da galeria. Visualmente, a maior contribuição parece

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ser oriunda dos drenos do paramento montante. A leitura do nível de água do


reservatório é feita nas réguas instaladas na face montante da barragem, diariamente,
as 7:00 h.
Encontra-se em execução, com previsão de conclusão para junho de 2022, a
instrumentação da barragem, consistindo na instalação de: Terminais em TEE de PVC
nos Drenos de fundação-DR para medição de vazão individualizada; Extensômetros
de haste-EH; Medidores Triortogonais de juntas-MT; Medidores de Vazão tipo Calha
Parshall-MV e Piezômetros de Tubo-PZ. É apresentado na Tabela 1 um resumo dos
instrumentos previstos.

Instrumento Quantidade
DR – TEE de PVC para os terminais em Dreno de fundação 101
EH - Extensômetro de Haste 12
MT - Medidor Triortogonal 17
MV - Medidor de Vazão do tipo Calha Parshall 6
PZ - Piezômetro de Tubo 22
Tabela 1 – Instrumentos de auscultação previstos

3. ACOMPANHAMENTO DA PERCOLAÇÃO NA BARRAGEM

A medição regular das vazões de percolação da barragem Rio Descoberto é feita com
regularidade desde o ano de 2009, quando foram instalados os instrumentos
anteriormente citados. Com tais medições, e a observação do nível de água do
reservatório, foi possível plotar o gráfico temporal abaixo:

Figura 2 – Gráfico temporal duplo, nível x tempo, vazão x tempo

As vazões totais na saída da galeria de drenagem correspondem aos volumes


provenientes dos drenos de paramento, drenos de fundação e eventuais infiltrações
pelas juntas construtivas. Tais medições de vazões são realizadas no canal externo,

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de restituição das vazões à bacia de dissipação do vertedor, com auxílio de micro


molinete.
Foi constatado que as percolações se mostram crescentes, de cerca de 2,000 l/s em
2009 (com NA Montante 1030,20 manm), atingindo o valor de 34,000 l/s em medida
de vazão realizada no dia 04/02/2022 com o nível do reservatório em 1030,17 manm.
Esta é a maior da série histórica do monitoramento da barragem. Pode-se notar,
também, uma tendência de aceleração do crescimento dessas vazões a partir de
2018/2019. Interessante notar que no ano de 2017 aconteceu o pico da crise hídrica
no Distrito Federal, ocasionando um deplecionamento quase total do reservatório do
Descoberto, que chegou a um volume útil de apenas 9% em outubro de 2017, quando
aventou-se, inclusive, o aproveitamento do volume morto da barragem. No mesmo
ano, em março, foi observado o aparecimento de novas percolações no paramento
jusante (MAGNA, 2019). Pode-se imaginar que a exposição às intempéries na face
montante (acima do nível d’água) e sua ação sazonal, com consequente alívio do
empuxo d’água, prejudicou ainda mais a estanqueidade do maciço, permitindo a
formação de novos condutos internos de água de montante para jusante (Figuras 3 e
4). Também é possível imaginar que o aumento significativo da vazão total dos drenos
pode estar relacionado com as perfurações no maciço da barragem para instalação
dos instrumentos, criando caminhos preferenciais. Isso ficou bem evidenciado com o
carreamento de material de revestimento dos piezômetros e extensômetros para os
drenos cegos (Figuras 5 e 6). Finalmente, a partir do ano 2020, foram feitas diversas
ações de desobstrução dos drenos de fundação I nicialmente, internamente
com a equipe de manutenção da CAESB e, posteriormente, a partir de junho de 2021,
com uma empresa contratada para este fim. Esse serviço foi concluído em 29/10/2021
e claramente contribuiu para o aumento da vazão contabilizada na saída da galeria.

Figura 3 - Paramento Montante - b loco Figura 4 - Paramento Montante – b loco


“E” - “H” -
Junta de concretagem com fenda Trincas na torre da tomada d’água (NA do
provocada por processo de lixiviação reservatório 1.027,10 manm)
(NA do reservatório 1.027,10 manm)

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Figura 5 - Galeria de drenagem - Figura 6 - Galeria de drenagem -


Material proveniente do revestimento do e Material proveniente do revestimento do e
xtensômetro, escoado por deficiências no xtensômetro, escoado por deficiências no
concreto através dos d renos de concreto através dos d renos de
paramento paramento

4. SOLUÇÕES PARA RECUPERAR OS NÍVEIS DE SEGURANÇA,


DESEMPENHO E ESTABILIDADE DA BARRAGEM RIO DESCOBERTO

Conforme relatado nas inspeções regulares na barragem, realizadas pela Comissão


Permanente de Inspeção de Segurança Regular das Barragens da CAESB, não há
risco imediato à integridade da barragem, apesar das percolações existentes.
Porém, é sabido que a remoção de material do interior de barragens de concreto forma
caminhos preferenciais e vazios que podem vir a crescer e até provocar o colapso
de partes do material não suportado, possibilitando a falha de seções e da barragem.
Com base na observação do comportamento crescente das vazões de percolação, a
CAESB contratou estudos para a elaboração de um projeto que viesse a mitigar e
solucionar a questão da percolação através do barramento. As premissas
estabelecidas pela CAESB para a orientação dos estudos foram:
- Não há previsão de desativação do reservatório e da barragem Rio
Descoberto, conforme as diretrizes do Plano Distrital de Saneamento Básico;
- A recuperação da barragem deverá ser feita com o reservatório em operação;
- Caso seja necessário fazer um deplecionamento do reservatório, deverá ser
calculada uma cota que garanta o abastecimento por 1 ano;
- O abastecimento de água a partir do reservatório da b arragem Rio
Descoberto poderá ser interrompido por poucas horas por dia, em caso de
necessidade, desde que previamente programado junto com a operação da CAESB.
Para intervenções mais longas será necessário comunicar a falta de água para a
população e aos clientes abastecidos pelo reservatório Descoberto;
- Não será tolerado o aumento de turbidez nas águas do reservatório em
decorrência de eventuais obras de melhoria da barragem;
- A recuperação dos equipamentos hidromecânicos deverá ser considerada no
estudo de alternativas de recuperação da barragem Rio Descoberto;

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- Preferencialmente, deverá ser considerado o período de seca para as ações


remediais na barragem. P orém, isso vai depender da alternativa a ser escolhida
para as obras de recuperação; e
- Existe um projeto de E ngenharia para alteamento da soleira do vertedouro
até a cota 1031,50 manm. Não há previsão para execução.
Assim, estudaram-se várias alternativas de recuperação, que foram avaliadas em uma
matriz de decisão onde foram levados em consideração os métodos e riscos
construtivos, a duração das obras, a necessidade de interrupção de abastecimento, a
durabilidade e manutenção, além dos custos de implantação. Desta forma, foram
selecionadas, para detalhamento, as seguintes intervenções, divididas por etapas :
● Etapa 1:
Injeção com Resina Sintética (elastômero em gel de poliuretano de baixa viscosidade)
a partir da galeria com posterior execução de Cortina de Drenos no paramento, a
jusante da parede diafragma, através de furos verticais e lineares justapostos,
equidistantes de 3 em 3 metros, executados a partir da crista da barragem, até o
teto da galeria de drenagem;
● Etapa 2:
Recuperação do vertedouro no corpo, no perfil vertente e na bacia de dissipação;
● Etapa 3:
Substituição das comportas da tomada de água.
Os projetos das etapas 1 e 2 estão em fase final e detalhamento, com conclusão
prevista para o 1º semestre de 2022 e licitação das obras prevista para o 2º semestre
de 2022. A etapa 3 está na programação de projetos, com conclusão e licitação
para contratação das obras prevista s para o 2º semestre de 2023.

5. CONCLUSÕES

A barragem de concreto do tipo gravidade Rio Descoberto está prestes a completar


50 anos de operação ininterrupta, sendo a principal fonte de abastecimento do Distrito
Federal.
Durante a construção da barragem ocorreram problemas na execução da
concretagem dos primeiros blocos de concreto massa. Por esta razão, após os
primeiros anos de operação, apareceram anomalias, principalmente de percolação de
água pelo maciço de concreto, que acarretaram dissolução de agregados (com p irita
e/ou c alcári o), aumentando a porosidade, e resultando em vazões acentuadas
na galeria de drenagem e face jusante. Apesar das várias intervenções de
recuperação, as vazões se mostraram recorrentes.
A vazão dos drenos de fundação e dos drenos cegos (paramento montante, dentro da
galeria) já há algum tempo vem sendo monitorada , com o intuito de se entender o
comportamento dessas percolações, com a variação do nível do reservatório, de
modo a saber se estão aumentando e a que velocidade.
O monitoramento regular das percolações mostra um quadro de crescimento, de cerca
de 2,000 l/s em 2009, atingindo cerca de 34,000 l/s na última medição, em março de
2022.
Quando plotada a série histórica de vazões, é possível notar uma aceleração no
aumento das mesmas, sendo que o ponto de inflexão se dá em algum momento do

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ano 2017, quando houve a crise hídrica no Distrito Federal, ocasionando o


deplecionamento quase total do reservatório. Além disso, neste ano (2022) foram
executados vários furos trespassando o barramento, para instalação da
instrumentação da barragem, o que se acredita tenha formado novos caminhos
preferenciais de escoamento. Também deve ser atribuído tal aumento às ações de
desobstrução dos drenos de fundação, concluídas em 29/10/2021.
Após a conclusão dos estudos de alternativas para a recuperação da barragem,
iniciou-se a elaboração do projeto executivo. As etapas de execução de cortina de
drenos no paramento e de aplicação de injeção com resina sintética, a partir da
galeria, reestabelecimento dos fatores de segurança com aumento do peso e massa,
pelo alteamento da crista, além de recuperação do vertedouro e da bacia de
dissipação, estão com os projetos executivos em fase final de detalhamento. A
conclusão está prevista para o 1º semestre de 2022 e a licitação das obras prevista
para o 2º semestre de 2022.
O monitoramento, com os novos instrumentos, irá permitir a verificação da efetividade
das medidas corretivas programadas. Caso o resultado não seja eficaz e eficiente, na
prevenção da dissolução de agregados e do aumento da percolação, poderá ser
necessária a impermeabilização da face montante para evitar/reduzir o contato das
águas percoladas com o concreto

6. PALAVRAS-CHAVE

Barragem, Concreto, Descoberto, Instrumentação, Percolação, Alternativas,


Recuperação.

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAESB - Companhia de Água e Esgotos de Brasília. Barragem do Rio Descoberto.


Relatório de Inspeção de Segurança da Barragem de Concreto Tipo Gravidade
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KFFURI, M. V, "A Recuperação da Barragem do Rio Descoberto", in Revista
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2003;
LEAL, U, "Vazamento Controlado", in Revista Téchne, Ano 10 n. 66, PINI, São Paulo,
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SOARES, A. M; VIANA, M; CORREA, N. L de A; CORREA, S. F; CORREA, M. F; &
ANDRIOLO, F. R, " Rio Descoberto Dam - Water Suplly System For Brasília
City- Brazil Rehabilitation And Performance", in Congresso Internacional de
Grandes Barragens, ICOLD, Montreal, CA, 2003;

Lúcio Eduardo Lima de Souza é Engenheiro Civil ( UnB/ 1987), Mestre


em Engenharia de Recursos Hídricos ( The Birmingham University/
1994) e Especialista em Reabilitação Ambiental ( UnB/ 2014). Atua como
Coordenador da Comissão de Inspeção Regular das Barragens da CAESB
( Companhia de Saneamento do Distrito Federal). Desempenhou funções
de diretoria em órgãos do g overno do Distrito Federal e foi P rofessor
do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da UnB ( Universidade
de Brasília).

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