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TEMA: Desafios para o enfrentamento da invisibilidade

do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil

De muitos modos, como nos atesta a história, a


mulher inferiorizada frente à valorização da pessoa
masculina, é invisibilizada no cotidiano da sociedade
ou, quando vista, é em função de atividades a elas
atribuídas e tidas como “naturais” à sua existência.
Assim, por exemplo, podemos mencionar a sociedade
Grega, na qual, apesar da política e a democracia serem
oriundas daí, a mulher nem se quer era considerada
cidadã e, por isso mesmo, não participava das decisões
da “pólis”. Sob esta perspectiva, Platão, em seu livro
sobre a República, tutela a superioridade do homem à
mulher, afirmando que àquele cabe governar e a esta,
ser governada.

No contexto brasileiro, por sua colonização


patriarcalista, a mulher padece de igual destino, ainda
que muitas mudanças tenham sucedido e a mulher
tenha melhor se emancipado na sociedade. Contudo,
num país majoritariamente feminino, como nos revela
os últimos censos do IBGE, as desigualdades
estruturais ainda condicionam às mulheres ao
desprestígio social, à subserviência e à desvalorização
de seu labor em prol do cuidado.

Ponderando toda a conjuntura, deduz-se que


uma mudança completa de mentalidade e
comportamento para uma valorização do trabalho de
cuidado exercido pelas mulheres ainda é uma
dificuldade que está sendo superada com a
consolidação de políticas públicas e uma maior
mobilização das mulheres em torno de causas de
igualdade de gênero que, ao que se observa, cada vez
mais incorpora à luta mulheres de todas as idades que,
tomando consciência da realidade de sua existência,
busca torna-la mais digna e justa, buscando não
somente a visibilidade social que lhe cabe, como
também o bem-estar que lhe é devido.

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