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Prof. J. R.

Souza − UERJ − DETEL

za
ou
Governo do Estado do Rio de Janeiro
Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

UERJ Modelos I – Turma 1: Prof. J. R. Souza DETEL

.S
Capítulo 1 de Zill:
(Zill & Shanahan, Curso Introdutório À Análise Complexa - Com Aplicações - 2ª Ed, LTC, Rio de Janeiro, 2011.)

Ex.: Sejam z1 e z2 dois números complexos; calcular |z1z2|.

.R
|z1z2|2 = (z1z2)(z1z2)* = z1z2(z1)*(z2)* = z1(z1)*z2(z2)* = |z1|2|z2|2 → |z1z2| = |z1||z2|.
Aqui, foi usada diretamente a definição de módulo de um número complexo. O resultado mostra que o
módulo de um produto é o produto dos módulos!

.J
Se z1 = z2 = z → |z2| = |z|2.

z
Ex.: Com z2 ≠ 0, calcular | 1 |.
z 2
rof
z 2 z1 z1 ∗ |z1 |2 z |z1 |
|z1 | = ( )
z2 z2
= |z2 |2
. Logo: |z1 | = |z2 |
.
2 2

Mais uma vez, foi usada diretamente a definição de módulo de um número complexo. O resultado mostra
-P

que o módulo de um quociente é o quociente dos módulos!

Ex.: Mostrar que |z1 + z2|2 + |z1 − z2|2 = 2(|z1|2 + |z2|)2.


EL

|z1  z2|2 = (z1  z2)( z1  z2)* = z1z1*  z1z2*  z2z1* + z2z2* = |z1|2  (z1z2*)( z1z2*)* + |z2|
|z1  z2|2 = |z1|2  |z1z2*|2 + |z2| → |z1 + z2|2 + |z1 − z2|2 = 2(|z1|2 + |z2|)2.

Uso direto da definição de módulo de um número complexo.


ET

1
Ex.: Determinar um limitante superior para |z4 +(a+b)z2 +ab|, com a, b reais > 0.

1
Ou seja, determinar um número real M > 0 tal que | |≤ M.
z4 +(a+b)z2 +ab
-D

O máximo valor do módulo do quociente corresponde ao mínimo valor do módulo do denominador.


Mas z 4 + (a + b)z 2 + ab = (z2 + a)(z2 + b). Logo: |z 4 + (a + b)z 2 + ab| = |z2 + a||z2 + b|.
Porém, |z2 + a| ≥ ||z2| − |a|| = ||z2| − a|, pois a é real > 0.
Aqui, foi usada uma das variantes da desigualdade triangular, assim como na linha abaixo:
RJ

Da mesma forma: |z2 + b| ≥ ||z2| − |b|| = ||z2| − b|, pois b é real > 0.
Portanto: |z 4 + (a + b)z 2 + ab| ≥ ||z2| − a|||z2| − b|
O valor mínimo do módulo do denominador é, então: ||z2| − a|||z2| − b|.
UE

1 1 1
Logo, o limitante superior procurado é M = ||z2| − a|||z2| − b|: → |z4 +(a+b)z2 +ab| ≤ ||z2 | − a|||z2 | − b|

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Pavilhão Reitor João Lyra Filho − Rua São Francisco Xavier, 524, 5º andar, bloco E, sala 5001
Rio de Janeiro – RJ, CEP: 20550-900
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1 1 1
Ex.: Usando o resultado do exemplo anterior com a = 1, b = 3, |z| = 2 → | | ≤ = .
z4 +4z2 +3 |4 − 1||4 − 3| 3

za
|z| = 2 é o conjunto de números complexos com módulo igual a 2, ou seja, é o conjunto de pontos (x, y) no
plano complexo que distam 2 unidades da origem: circunferência de raio 2 e centro na origem → x2 + y2 = 4.

ou
Ex.: Determinar um limitante superior para |3z2 + 2z + 1| quando |z| ≤ 1.
Mas |3z2 + 2z + 1| ≤ |3z2| + |2z| + |1| ≤ 3 + 2 + 1 = 6 → |3z2 + 2z + 1| ≤ 6.
Uso direto da forma generalizada da desigualdade triangular.

.S
Ex.: Mostrar que, com |z| = 2, 8 ≤ |z + 6 + j8| ≤ 12
Desigualdades conhecidas: |z1 + z2| ≤ |z1| + |z2| e ||z1| − | z2|| ≤ |z1 + z2|

.R
Portanto: ||z1| − | z2|| ≤ |z1 + z2| ≤ |z1| + |z2|
Sejam: z1 = z, z2 = 6 + j8 → |z1| = 2, |z2| = √36 + 64 = 10, ||z1| − | z2|| = 8, |z1| + |z2| = 12
Logo: 8 ≤ |z1 + z2| = |z + 6 + j8| ≤ 12.
Esse resultado pode ser obtido graficamente: |z| = 2: circunferência de raio 2 e centro na origem.

.J
rof
O valor máximo da expressão ocorre
-P

quando z = a; o valor mínimo, quando z = b.


a


b
EL

Ex.: Sejam três números complexos: z1 = −2 − j8, z2 = j3, z3 = −6 − j5. No plano complexos, os pontos
correspondentes estão nos vértices de um triângulo retângulo?
ET

Seja, no plano complexo, um triângulo retângulo de vértices P1, P2 e P3.

Na figura: |P3 − P1|2 = |P1 − P2|2 + |P3 − P2|2


Calculando: z1 − z2 = −2 − j8 −j3 = −2 −j11 → |z1 − z2|2 = 22 + 112 = 125
-D

z1 − z3 = −2 − j8 −(−6 − j5) = 4 −j3 → |z1 − z3|2 = 42 + 32 = 25


z2 − z3 = j3 −(−6 − j5) = 6 + j8 → |z2 − z3|2 = 62 + 82 = 100
Logo: |z1 − z2|2 = |z1 − z3|2 + |z2 − z3|2

Ex.: Que conjunto de pontos no plano complexo satisfaz à relação z* = z−1?


RJ

Seja z = x + jy, com x, y   → Definição de complexo conjugado: z* = x − jy.


1 x−jy x−jy
Se z* = z−1 → x − jy = x+jy = (x+jy)(x−jy)= x2 + y2
x
Igualando as partes reais: x = x2 + y2 → x 2 + y 2 = 
UE

y
Igualando as partes imaginárias: y = x2 + y2 → x 2 + y 2 =  → Circunferência de raio 1 e centro na origem.

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Ex.: Sejam z1  z2 dois números complexos. Interpretar Re[z1(z2)*] = 0 em termos de vetores.
Sejam z1 = x1 + jy1 e z2 = x2 + jy2, com x1, y1, x2, y2  .

za
z1(z2)* = (x1 + jy1)( x2 − jy2) = x1x2 + y1y2 + j(x2y1 − x1y2)
Se Re[z1(z2)*] = 0 → x1x2 + y1y2.

ou
Sejam dois vetores z1 = (x1, y1) e z2 = (x2, y2). O produto escalar dos vetores é:
z1.z2 = (x1, y1).(x2, y2) = x1x2 + y1y2. Se x1x2 + y1y2 = 0 → z1.z2 = 0 → os vetores são perpendiculares.

Ex: Representar z = −1 + j √3 na forma polar.

.S
Primeiro, é necessário identificar em que quadrante reside este número complexo: Re(z) = −1 < 0,
Im(z) = √3 > 0 → Z reside no 2o quadrante; portanto seu argumento  satisfaz: /2    .
√3 𝜋
|z| = √1 + (√3)2 = √4= 2;  = tg−1(−1) = tg−1(−√3) = − 3 (= −60): 4o quadrante! Cuidado> a função tg−1()

.R
fornece resultados entre −π/2 e π/2, ou seja, apenas ângulos no 4o ou no 1o quadrante. Como z reside no 2o
quadrante, é necessário corrigir o valor de tg−1(−√3):

.J
Portanto, na forma polar, z = −1 + j √3 é
2π 2π
representado como z = 2[cos ( 3 ) + jsin ( 3 )]
π π 1 √3
ou z = 2[−cos ( 3 ) + jsin ( 3 )] = 2(− 2 + j ).
rof 2

Ex.: Escrever z = [cos(/9) + jsin(/9)]12{2[cos(/6) + jsin(/6)]}5 nas formas polar e retangular.


-P

Sejam z1 = cos(/9) + jsin(/9) e z2 = cos(/6) + jsin(/6).


Usando a fórmula de de Moivre: z = 25 (z1)12 (z2)5
Logo: z = 32[cos(12/9) + jsin(12/9)] [cos(5/6) + jsin(5/6)]
Ou z = 32[cos(12/9 + 5/6) + jsin(12/9 + 5/6)].
Mas 12/9 + 5/6 = ( + /3) + ( − /6) = 2 + /6
EL

Logo: cos(12/9 + 5/6) = cos(/6) = √3/2, e sin(12/9 + 5/6) = sin(/6) = 1/2.


Portanto: z = 32[cos(/6) + j (/6)] = 32( √3/2 + j 1/2) = 16(√3 + j)
|z| = 32 e arg(z) = Arg(z) = /6.
ET

Ex. Determinar um inteiro n tal que (1/2 + j √3/2)n = −1.

Seja z = 1/2 + j √3/2 = r(cos + jsin).


r2 = |z|2 = (1/4)(1 + 3) = 1; cos = 1/2, sin = √3/2 →  = /3
-D

zn = rn[cos() + jsin()]n = rn[cos(n) + jsin(n)] = cos(n/3) + jsin(n/3) = −1


O

u seja, n/3 =  e n = 3.
RJ

Ex. Sejam z = cos + j sin e n, um número inteiro. Calcular zn + (z*)n e zn − (z*)n.


A fórmula de de Moivre fornece: zn = cos(n) + jsin(n). Aplicando este resultado ao complexo conjugado de
z → (z*)n = cos(−n) + jsin(−n)
UE

Usando cos(−n) = cos(n) e sin(−n) = −sin(n) → zn + (z*)n = 2cos(n) e zn − (z*)n = j2sin(n).

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1 sin [(n+ 12)θ]
Ex.: Mostrar que q = 1 + cos + cos2 + cos3 + ... + cosn = + 1 .
2 2sin ( θ)
2

za
Sejam z = ejθ = cos + jsin e p = 1 + z + z2 + z3 + ... + zn.
p é uma PG de razão z. Multiplicando e dividindo p por 1 − z:
1−z 1− zn+1

ou
p = (1 + z + z2 + z3 + ... + zn) 1−z = 1−z
1− zn+1 1− ej(n+1) 1− ej(n+1)
Mas zn = ejnθ = cos(n) + jsin(n); logo: p = 1−z
= 1−ejθ
= θ θ θ .
j −j j
e 2 (e 2 − e 2)

.S
θ θ θ θ
Usando a fórmula de Euler para e− j2 e para e j2 → e− j2 − e j2 = −2jsin(/2).
θ
−j
1− ej(n+1) 1 e 2 − ej(n+1/2)
→p= θ = 2j θ
j θ sin ( )
(−2j)e 2 sin ( ) 2
2

.R
Aplicando a fórmula de Euler para cada exponencial e tomando a parte real do resultado:
θ 1
1 sin( 2)+ sin [(n+2)] 1 sin [(n+ 12)θ]
Re(p) = q = 2 θ =2+ 1 .
sin ( ) 2sin ( θ)
2 2

.J
Ex.: Mostrar que as n raízes n-ésimas da unidade são dadas por
2kπ 2kπ
(1)1/n = cos ( )+ jsin ( ), com k = 0, 1, 2, ..., n-1.
n n
rof
Seja z = 1 = re → r = 1 e  = 0.
j

θ+2kπ 2kπ
Seja (1)1/n = (rej)1/n = ej →  = r1/n = 1 e  = n
= n ,k = 0, 1, 2, ..., n-1, por aplicação direta da definição
de raiz n-ésima de um número complexo.
-P

2kπ 2kπ
Portanto, (1)1/n = cos ( ) + jsin ( ), com k = 0, 1, 2, ..., n-1.
n n

Ex.: Os vetores na figura abaixo representam as raízes quartas de um número complexo z. Qual deles
corresponde à raiz quarta principal de z?
EL

Seja  o argumento da raiz quarta principal de z. Como n = 4,


𝜋 𝜋
−4 ≤  ≤ → a raiz quarta principal de z é a que reside no 4o quadrante.
ET

4
-D

Ex.: Representar graficamente o conjunto a < |z – 2| < b, a, b  , com b > a > 0.

Como |z| = r define uma circunferência de raio r e centro na origem, esse conjunto corresponde ao anel
circular definido por duas circunferências concêntricas (centros em z = 2), sendo uma de raio a e outra, de
raio b.
RJ
UE

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Ex.: Representar graficamente o conjunto |z − ej/4| > √2.

za
1
|z − ej/4| = √2 define uma circunferência de raio √2 e centro em z = ej/4 = (1 + j).
√2
Portanto, a desigualdade proposta corresponde ao conjunto de pontos externos a esta
circunferência.

ou
Ex.: Determinar se o conjunto é aberto, fechado, domínio, limitado, conexo:

.S
(i): −1  Im(z) < 4. Seja z = x + jy; logo, −1  y < 4
Um desenho sempre ajuda:

Nem aberto nem fechado, pois a fronteira y = −1 faz parte do conjunto,

.R
enquanto a fronteira y = 4 não faz parte do conjunto. Como não é aberto, não
é um domínio. É conexo. É ilimitado, pois − < x < .

(ii) 2 < |z − j| < 3

.J
Um desenho sempre ajuda:
É aberto, pois as fronteiras |z − j| = 2 e |z − j| = 3 não fazem parte do conjunto.
Como é aberto, é um domínio. É limitado, pois z − j| < 3. É conexo.
rof
-P

Ex.: Descrever formalmente o conjunto S ilustrado na figura abaixo.


Esse conjunto tem fronteiras Arg(z) = π/2 + π/6 = 2π/3, que faz parte do conjunto,
EL

e Arg(z) = −2π/3, que não faz parte do conjunto.


S
Logo, S = {z   | −2π/3 < Arg(z) ≤ 2π/3}
ET

Ex.: Determinar z tal que |z − j| = 5, arg(z) = /4.


-D

Um desenho sempre ajuda:


|z − j| = 5 define uma circunferência de raio 5 e centro em z0 = j.
Seja z = x + jy → z − j = x + j(y − 1) e |z − j|2 = x2 + (y − 1)2 = 25.
Como arg(z) = /4 → x = y → x2 + (x − 1)2 = 25
RJ

Ou x2 + (x2 − 2x + 1) = 2x2 − 2x + 1 = 25 → 2x2 − 2x − 24 = 0.


1 ± √1+48
→ x2 − x − 12 = 0 → x = 2
. Como arg(z) = /4, x > 0.
1+ √49
Logo, x = = 4 → z = 4(1 + j). Conferindo: z − j = 4 + j3.
UE

Portanto, |z − j|2 = 16 + 9 = 25, ou seja: |z − j| = 5, com arg(z) = /4.


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Ex.: Resolver: z2 + (1 − j)z −3j = 0.
1/2

za
j−1+ [(1−j)2 +j12] j−1+ (j10)1/2
Usando a solução geral para a equação quadrática: z = 2
= 2
π
+kπ
Seja z0 = j = ejπ/2 → (z0 )1/2 = ej , com  = 2 2
, k = 0, 1

ou
π 1
k = 0 → 0 = 4 → (z0 )1/2 = ejπ/4 = (1 + j)
√2
3π 1
k = 1 → 0 = 4
→ (z0 )1/2 = ej3π/4 = − (1 + j)
√2
Portanto, as raízes da equação quadrática são:

.S
1 1 1
z1 = 2 [−1 + j + √5(1 + j)] = 2
(√5 − 1) + j 2 (√5 + 1) e
1 1 1
z2 = 2 [−1 + j − √5(1 + j)] = − 2 (√5 + 1) + j 2 (1 − √5)

.R
Ex. Circuito RLC: R, L, C: reais > 0: determinar a corrente na malha, i(t) para uma excitação e(t) harmônica do
tempo: e(t) = E0cos(t), sendo  a frequência angular. E0: real > 0.

.J
i(t No estado estacionário, a carga elétrica q(t) no capacitor é dada por:
d2 q dq 1
Prof. J. R. Souza UERJ DETEL L + R + q = E0 cos(ωt)
dt2 dt C
PAE 2020.1 dq di 1
A corrente na malha é: i(t) = dt . Logo: L dt + Ri + q = E0 cos(ωt)
rof C
i(t) e q(t) também são funções reais harmônicas no tempo.

Uma função harmônica no tempo, na forma f(t) = F0 cos(ωt), em que


F0 é uma amplitude real, pode ser representada por um fasor F() como: f(t) = Re[F()ejt]. Fasores são
-P

grandezas complexas e não dependem do tempo: a variação temporal é descrita por ejt.

Usando, então, o conceito de fasores, e admitindo variação temporal na forma ejt, sejam Q(), I() e E()
os fasores da carga, da corrente e da excitação, respectivamente: q(t) = Re[Q()ejt] etc.
EL

dq d d
Como i(t) = dt = dt
Re[Q()ejt ] = Re [Q() dt ejt ] = Re[Q()jejt ]. Logo, o fasor de i(t) é I() = jQ()
→ Q() = I()/j = −j I()/
Em termos dos fasores, a eq. diferencial para a corrente fica escrita como:
ET

E
jLI + RI + I/(jC) = E → I{R + j[L − 1/(C)]} = E → I = 1
R+j(L− )
C
1 E
Seja Z = R + j (L − C
)→ I= Z
→ Z é a impedância complexa vista pela fonte de tensão.
-D

1 E E(R−jX) EZ∗
Seja X = L − → Z = R + jX → |Z| = √R2 + X 2 → I = = =
C R+jX R2 +X2 |Z|2

A corrente na malha i(t) é, então, dada por:


1 E
i(t) = Re[I()ejt] = |𝑍|2 Re(EZ∗ ejωt ) = |𝑍|02 Re{(R − jX)[cos(ωt) + jsin(ωt)]}
RJ

E
Logo, i(t) = |𝑍|02 [Rcos(ωt) + Xsin(ωt)].
UE

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Exercícios das seções “Foco em Conceitos”:

za
#49, Seção 1.1: Assumindo que √1 + j faça sentido no sistema de números complexos, como você
1 1 1 1
demonstraria a validade da igualdade √1 + j = √2 + 2
√2 + j√− 2 + 2
√2?

ou
1 1 1 1
Seja z = √1 + j → z2 = 1 + j. Escrevendo z = x + jy, z2 = x2 − y2 + j2xy. Assim, x = √ + √2 e y √− + √2.
2 2 2 2

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Portanto, x2 = + √2, y2 =− + √2, xy = √( + √2) (− 2 + 2 √2) = √− + 2= √ = .

.S
2 2 2 2 2 2 4 4 4 2
1 1 1 1 1
Logo z = x + jy, z2 = x2 − y2 + j2xy = + √2 − (− + √2) + j2 = 1 + j.
2 2 2 2 2

# 52, Seção 1.1: Sem fazer muitas contas, explique por que z1 z2∗ + z1∗ z2 = 2Re(z1 z2∗ ).

.R
Se z = x + jy, o complexo conjugado de z é z* = x − jy. Logo, z + z* = 2x = 2Re(z).
O complexo conjugado de um produto é o produto dos complexos conjugados dos termos do produto:
z1∗ z2 = (z1 z2∗ )∗ → z1 z2∗ + z1∗ z2 = z1 z2∗ + (z1 z2∗ )∗ = 2Re(z1 z2∗ ).

.J
# 37, Seção 1.2: Em que situação |z1 +z2| = !z1| + |z2|?
Pela desigualdade triangular, |z1 +z2| ≤ !z1| + |z2| e a igualdade ocorre apenas quando, no plano complexo,
rof
z1 e z2 residem em uma reta, ou seja, quando forem representados por vetores paralelos.

# 40, Seção 1.2: Seja z = x + jy. Usando a notação complexa, obtenha uma equação para uma elipse com focos
-P

em (−2, 1), (2, 1) cujo eixo maior tenha 8 unidades de comprimento.


Uma elipse é o lugar geométrico de pontos cuja soma das distâncias aos focos é constante; o valor dessa
soma é o comprimento do eixo maior da elipse.
No plano complexo, a distância entre os pontos z e z0 é o módulo da diferença: |z − z0|.
Portanto, a equação da elipse proposta é |z − (−2, 1)| + |z − (2, 1)| = 8.
EL

Escrevendo z = x + jy, a equação passa a: |x + 2 +j(y −1)| + |x −2 +j(y − 1)| = 8.

# 40, Seção 1.3: Sejam z = cos + jsin e um inteiro n; calcule zn + (z*)n e zn − (z*)n.
ET

É sabido que (z*)n = (zn)*; logo: zn + (z*)n = zn + (zn)* = 2Re(zn) e zn − (z*)n = zn − (zn)* = 2jIm(zn).
Usando a fórmula de de Moivre: zn = cos(n) + jsin(n):
zn + (z*)n = zn + (zn)* = 2Re(zn) = 2cos(n) e zn − (z*)n = zn − (zn)* = 2jIm(zn) = j2sin(n).
-D

# 42, Seção 1.3: Há casos especiais em que Arg(z1z2) = Arg(z1) + Arg(z2)?


Dado que −π < Arg(z) ≤ π, Arg(z1z2) = Arg(z1) + Arg(z2) é possível apenas se −π < Arg(z1) + Arg(z2) ≤ π.
Casos garantidamente possíveis:
z1 e z2 no primeiro quadrante: 0 ≤ Arg(z1), Arg(z2) ≤ π/2 → 0 < Arg(z1) + Arg(z2) ≤ π: ok;
RJ

z1 e z2 no quarto quadrante: −π/2 < Arg(z1), Arg(z2) ≤ 0 → −π < Arg(z1) + Arg(z2) ≤ 0: ok


z1 no primeiro quadrante, 0 ≤ Arg(z1) ≤ π/2 e z2 no terceiro quadrante, −π < Arg(z2) ≤ −π/2
→ − π < Arg(z1) + Arg(z2) ≤ 0: ok
z1 no primeiro quadrante, 0 ≤ Arg(z1) ≤ π/2 e z2 no quarto quadrante, −π/2 ≤ Arg(z2) ≤ 0
UE

→ − π/2 ≤ Arg(z1) + Arg(z2) ≤ π/2: ok

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Prof. J. R. Souza − UERJ − DETEL
z1 no segundo quadrante, π/2 ≤ Arg(z1) ≤ π e z2 no terceiro quadrante, −π < Arg(z2) ≤ −π/2
→ − π/2 ≤ Arg(z1) + Arg(z2) ≤ 0 ok

za
z1 no segundo quadrante, π/2 ≤ Arg(z1) ≤ π e z2 no quarto quadrante, −π/2 ≤ Arg(z2) ≤ 0
→ 0 ≤ Arg(z1) + Arg(z2) ≤ π: ok
Outras combinações são parcialmente possíveis.

ou
A condição −π < Arg(z1) + Arg(z2) ≤ π jamais é satisfeita quanto z1 e z2 estão ambos no segundo quadrante ou
ambos no terceiro quadrante.
É mais fácil ver isto representando arg(z) em uma reta (Arg(z) ressaltado em vermelho):

.S
( | | | ] arg(z)
−π −π/2 0 π/2 π
3o Q 4o Q 1o Q 2o Q

# 27, Seção 1.4: O vetor na figura abaixo representa um dos valores de z1/n. Usando somente a figura e

.R
trigonometria − ou seja, sem utilizar a fórmula da raiz n-ésima de um número complexo − determinar os
outros valores de z1/n quando n = 3.
As raízes n-ésimas de z residem em uma circunferência de raio |z|1/n e duas raízes adjacentes formam um
setor angular de ângulo  = 2π/n.

.J
Se n = 3,  = 2π/3 ou  = 120. Portanto, as raízes cúbicas residem nos vértices de um
triângulo equilátero inscrito na circunferência mostrada na figura à direita:
rof
Sejam z1, z2 e z3 as raízes cúbicas.
Portanto, Arg(z1) = π; Arg(z2) = Arg(z1) − 2π/3 = π − 2π/3 = π/3 e Arg(z3) = Arg(z2) − 2π/3
= π/3 −2π/3 = −π/3.
-P

Da figura original, |z1| = |z2| = |z3| = 2 → z1 = 2e−jπ = −2; z2 = 2ejπ/3 = 2[cos(π/3) + jsin(π/3)] = 1 + j√3 e
z3 = 2e−jπ/3 = 2[cos(π/3) − jsin(π/3)] = 1 − j√3.

# 33, Seção 1.4: Seja z um número complexo que possui uma raiz quarta w que não é real nem puramente
imaginária. Explique por que as restantes raízes quartas também não são reais nem puramente imaginárias.
EL

As raízes quartas de z residem, no plano complexo, em uma circunferência de raio |z|1/4 e duas raízes
adjacentes formam um setor angular de ângulo  = 2π/4 = π/2. Seja w = arg(w). Como w não é real nem
puramente imaginária, w  mπ/2, em que m = 0, 1, 2, .... As raízes restantes terão w + iπ/2, com i = 1, 2,
3 → w + iπ/2, que tampouco é um múltiplo inteiro de π/2, dado que w não é. Logo, se w não está no eixo
ET

real nem no eixo imaginário, as outras raízes também não estarão em qualquer dos eixos.

# 33, Seção 1.5: Foi visto que, se 1 > 0, o conjunto de pontos que satisfaz 1 < |z − z0| é o exterior do círculo
de raio 1 e centro em z0. Em geral, descreva o conjunto se 1 = 0. Em particular, descreva o conjunto definido
por |z + 2 − j5| > 0.
-D

A condição 0 < |z − z0| simplesmente especifica que z  z0, ou seja, todo o plano
complexo do qual foi excluído o ponto z0.
A condição |z + 2 − j5| > 0 é |z − z0| > 0, com z0 = −2 + j5: plano complexo do qual foi
excluído o ponto z0 = −2 + j5.
RJ
UE

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# 37, Seção 1.5: Sejam z0 e z1 dois pontos distintos. Usando apenas o conceito de distância, descreva em
palavras o conjunto de pontos z no plano complexo que satisfaz à condição |z − z0| = |z − z1|.

za
A igualdade |z − z0| = |z − z1| implica que, no plano complexo, a distância entre os pontos z e z0 é igual à
distância entre os pontos z e z1. Portanto, o ponto z reside na reta que é perpendicular à reta que passa pelos
pontos z0 e z1 e a interseção das duas retas é o ponto médio entre z0 e z1.

ou
y

.S
x

.R
# 22, Seção 1.6: Seja z1 uma raiz de uma equação polinomial com coeficientes reais; então, o complexo
conjugado z2 = z1∗ também é uma raiz. Prove este resultado no caso de uma equação quadrática
az2 + bz + c = 0, em que a  0, b e c são reais. Comece com as propriedades do complexo conjugado.

.J
Foi visto que:
- O complexo conjugado de uma soma é a soma dos complexos conjugados dos termos,
- O complexo conjugado de um produto é o produto dos complexos conjugados dos termos,
rof
- O complexo conjugado de um número real é o próprio número.

Portanto, (az2 + bz + c)* = (az2)* + (bz)* + c* = a(z2)* + b(z)* + c = a(z*)2 + b(z)* + c = (0)* = 0 → z* é raiz.
1/2
−b ± (b2 − 4ac)
-P

As raízes da equação são: z = 2a


.
1/2
−b ± j(|b2 − 4ac|)
Como a, b, c são reais, as raízes serão complexas se b2 − 4ac < 0 → z = : uma raiz é o complexo
2a
conjugado da outra.

# 31, Seção 1.6: Determine uma equação diferencial de segunda ordem linear e homogênea para a qual
EL

y = e−5xcos2x seja uma solução.


1/2
−b ± (b2 − 4c)
A equação característica para a equação y” + by’ + cy = 0 é m2 + bm + c = 0, cuja solução é m = 2
.
−b
Como a solução indicada contém o termo em cosseno, isto significa que b2 − 4c < 0, e m =   j, com  =
ET

2
1/2
(!b2 − 4c!)
e= .
2
1/2
−b (!b2 − 4c!)
Portanto, para a solução dada:  = = −5 e  = = 2 → |b2 − 4c| = 16 → b2 − 4c = −16.
2 2
Então, b = 10 → b2 − 4c = 100 −4c = −16→ 4c = 116 → c = 116/4 = 29.
-D

Assim, a equação diferencial procurada é: y” + 10 y’ + 29 y = 0.


RJ
UE

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