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Prof. J. R.

Souza − UERJ − DETEL

za
Governo do Estado do Rio de Janeiro
Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia

ou
Universidade do Estado do Rio de Janeiro

UERJ Modelos I – Turmas 1 & 2: Prof. J. R. Souza DETEL

.S
Capítulo 2 de Zill:
(Zill & Shanahan, Curso Introdutório À Análise Complexa - Com Aplicações - 2ª Ed, LTC, Rio de Janeiro, 2011.)

z
Ex.: Determinar o domínio e o contradomínio (range) de f(z) = |z|.

.R
Domínio: f(z) requer z  0 → Dom(f) = {z  C | z  0}
z rej
Seja z = rej → f(z) = |z| = r
= ej, pois |z| = r → w = f(z) = ej, 0 ≤  ≤ 2π → Range(f) = {w  C | |w| = 1}, pois
|ej| = 1. Logo, Range(f) é o conjunto de números complexos com módulo unitário → circunferência de raio

.J
unitário e centro na origem.

Ex.: Determinar o contradomínio de f(z) = Im(z), sendo f(z) definida no disco fechado |z| ≤ 2.
rof
Dom(f) = {z  C | |z| ≤ 2}

Seja z = rej, 0 ≤  ≤ 2π. Se |z| ≤ 2 → r ≤ 2


-P

Usando a fórmula de Euler para ej: Im(z) = rsin   → como |sin| ≤ 1, |Im(z)| ≤ r ≤ 2
→ Range(f) = {u   | −2 ≤ u ≤ 2}.
Um desenho sempre ajuda:
EL

Prof. J. R. Souza

z∗
ET

Ex.: Determinar as partes real e imaginária de f(z) = z+1.

Multiplicando e dividindo a fração pelo conjugado do denominador:


z∗ 𝑧 ∗ +1 (z∗ )2 + z∗
f(z) = z+1 ∙ 𝑧 ∗ +1 = ; (z ∗ )2 = (x − jy)2 = x2 − j2xy − y2; (z ∗ )2 + z* = x2 − j2xy − y2 + x − jy
-D

|z+1|2
(z ∗ )2 + z* = x2 + x − y2 − j(y + 2xy)
|z + 1|2 = |(z + 1)(z* + 1)| = |zz* + z + z* + 1| = ||z|2 + 2Re(z) + 1|: aqui, foi usada a definição de módulo de
um número complexo.
x(x+1)− y2 −jy(y+2x)
Portanto, f(z) =
RJ

||z|2 + 2Re(z) + 1|
x(x+1)− y2 Re(z)[Re(z)+1] −Im(z)2
→ Re[f(z)] = u(x,y) = ||z|2 + 2Re(z) + 1| = ||z|2 + 2Re(z) + 1|
y(y+2x) Im(z)[Im(z) + 2Re(z)]
→ Im[f(z)] = v(x,y) = − ||z|2 + 2Re(z) + 1| = − ||z|2 + 2Re(z) + 1|
UE

Ex.: Seja z = x + jy; expressar f(z) = x2 − y2 em termos de z e z*.


1 1
Como z = x + jy → z* = x − jy → z + z* = 2x e z − z* = j2y. Logo, x = 2(z + z*) ; y = j2(z − z*)
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Pavilhão Reitor João Lyra Filho − Rua São Francisco Xavier, 524, 5º andar, bloco E, sala 5001
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1 1 1
Portanto, f(z) = x2 − y2 = 4 (z + z ∗ )2 + 4
(z − z ∗ )2 = 2 (z 2 + z ∗ 2 ), depois de calcular os quadrados e efetuar
a soma.

za
Ex.: Calcular o valor de f(z) = r2cos2 − jrsin, com z = rej, para z = −j.

z = −j reside no lado negativo do eixo imaginário. Logo, com z = −j = rej → r = 1 e  = 3π/2

ou
→ f(z) = cos(3π) −jsin(3π/2) = −1 +j = √2ej3π/4

Ex.: Determinar as partes real e imaginária de f(z) = e2z + j.

.S
Seja z = x + jy; usando a definição da exponencial complexa:
f(z) = e2(x + jy) + j = e2x + j(2y + 1) = e2x[cos(2y+1) + jsin(2y+1)]
Re[f(z)] = e2xcos(2y+1) = e2Re(z)cos[2Im(z)+1] =, Im[f(z)] = e2xsin(2y+1) = e2Re(z)sin[2Im(z)+1]

.R
Ex.: O que pode ser dito de z se |e−z| ≤ 1?
Seja z = x + jy → e−z = e−x −jy → |e−z| = |e−x|, pois eja = 1 para  a real.
Se |e−z| ≤ 1, e−x ≤ 1, ou seja: ex  1 → x > 0. Logo, z é um complexo tal que

.J
Re(z)  1. A figura ao lado ilustra este conjunto.
1
Ex.: Sejam z = rej, 0 ≤  ≤ 2π e uma função complexa f(z). Determinar as partes
rof
real e imaginária da função em termos de r e .
1 1 z∗ re−jθ
(i) f(z) = z + → f(z) = z + = z+ |z|2
= rejθ +
z z r2
-P

Usando a fórmula de Euler → Re[f(z)] = rcos + r−1cos = r−cos(r2 +1) ,

Im[f(z)] = rsin − = r−1sin = r−sin(r2 − 1)


(ii) f(z) = x2 + y2 – jy, com z = x + jy, x, y  .
z = x + jy = rej, com r = (x2 + y2)1/2 e  = tg−1(y/x)
EL

→ x = r cos, y = rsin → f(z) = r2 −jrsin → Re[f(z)] = r2, Im[f(z)] = −rsin

Ex.: Determinar a imagem de f(z) = (1 + j)|z|, para z no quadrado 0 ≤ Re(z) ≤ 1, 0 ≤ Im(z) ≤ 1.


ET

Seja z = rej: determinar possíveis valores de r e 


Da figura à esquerda: 0 ≤  ≤ π2 e 0 ≤ |z| = r ≤ √2.

1 + j = √2ejπ/4 → f(z) = (1 + j)|z| = √2rejπ/4, com r ≤ √2


-D

|f(z)| ≤ 2 e Arg[f(z)] = π/4


→ Range(f) = {w  C | 0 ≤ |w| ≤ 2, Arg(w) = π/4}.
RJ

Ex.: Sejam S = {z  C | Re(z) ≥ a ≥ 0, a  } e w = f(z) = jz. Determinar a imagem de S sob f(z).


S é o semiplano complexo à direita da reta vertical x = a ≥ 0:
w = jz = j(x + jy) = −y + jx
UE

Fronteira de S: z = a + jy, a ≥ 0, − < y < , a, y  


f(z) transforma essa fronteira em: w = −y + ja = u + jv
→ reta horizontal v = a, − < u < , a, u  
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Portanto, a imagem de S sob f(z) = jz é:

za
ou
Ex.: Determinar a imagem da reta x = 1 sob a transformação complexa w = 1/z.
1 1 1−jy
A reta x = 1 é descrita, no plano complexo, por z = 1 + jy, − < y <  → w = z = = 1+ y2
= u + jv

.S
1+jy
1
u= 1+ y2
→ , −∞ < y < ∞
y
{v = −

.R
1+ y2

Aqui, uma tabela ajuda a entender o comportamento da transformação:

1
u=

.J
1 + y2
, −∞ < y < ∞
y
v= −
{ 1 + y2
rof
Quando y → , z → 0 pelo lado negativo do eixo imaginário; quando y → −, z → 0 pelo lado positivo do
eixo imaginário.
-P

1 𝑦2 1
Calculando u2 + v2: u2 + v2 = (1+ y2 )2
+ (1+ y2 )2
= =u
1+ y2
1 2 1
Logo: u2 + v2 = u → u2 + v2 − u = 0 → completando o quadrado: (u − 2) + v 2 = 4
1 1
→ circunferência de raio 2 e centro em (u, v) = (2, 0)
EL
ET

Prof. J. R. Souza UERJ


DETEL PAE 2020.1
-D

Ex.: Determinar a imagem da reta x = 1 sob w = z2.


Seja z = 1 + jy, com y   e − ≤ y ≤ .
w = z2 → w = (1 + jy)2 = 1 − y2 +j2y = u + jv
RJ

u = 1 − y2 , v = 2y
A imagem de S = {z  C | Re(z) = 1} no plano z é o conjunto de pontos (u, v) no plano w:
S = {w  C | Re(w) = 1 − (Im(z))2, Im(w) = 2Im(z), z  S  C}
UE

u e v são equações paramétricas do parâmetro real y e definem uma curva no plano


w = (u,v):
Como v = 2y → y = v/2; u = 1 − y2 = 1 − (v/2)2 = 1 − v2/4 → parábola.
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Se v = 2 → u = 0; se v = 0 → u = 1

za
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ou
Ex.: Parametrização de uma reta que passe pelos pontos z0 e z1 no plano complexo.

.S
Seja t uma variável real. Reta: polinômio do primeiro grau em t: z(t) = at + b, a, b  .
Arbitrando: t = 0 → z(t = 0) = z0 = b; t = 1 → z(t = 1) = z1 = a + b = a + z0 → a = z1 − z0
Portanto, a curva paramétrica procurada é: z(t) = (z1 − z0)t + z0 ou z(t) = z0(1 − t) + z1t,
− < t < .

.R
Ex. Sejam C a circunferência |z| = 2 e f(z) = z−1; determinar a imagem de C sob f(z).

.J
1 z∗ 1 −jt
|z| = 2 → z(t) = 2ejt, 0 ≤ t ≤ 2π → f(z) = z = |z|2
= 2
e , 0 ≤ t ≤ 2π
→ circunferência de raio 1/2 e centro na origem:
rof
-P

Ex.: Determinar a imagem do segmento de reta de 1 − j a 2 − 2j sob f(z) = z−1.

Segmento de reta: z(t) = (1 − j)(1 − t) + 2(1 − j)t, 0 ≤ t ≤ 1 ou z(t) = (1 − j)(1 + t)


1
1 − j = √2e−jπ/4 → z(t) = √2(1 + t)e−jπ/4 → f(z) = z−1 = f(z) = ejπ/4
√2(1 + t)
EL

Notar que arg(f) = π/4 → constante! A imagem do segmento de reta é outro segmento de reta!

1 jπ/4 1
t = 0 → z = 1 − j = √2e−jπ/4 e f(z(t)) =
ET

e = 2(1 + j)
√2
1 jπ/4 1
t = 1 → z = 2(1 − j) = 2√2e−jπ/4 e f(z(t)) = e = (1 + j) Prof. J. R.
2√2 4
-D

Ex.: Sejam C um raio que emana da origem e passa pelo ponto z0 = 1 + j√3 e f(z) = ez. Determinar a imagem
de C sob f(z).
z0 = 1 + j√3 = rej → r = √1 + 3 = 2;  = tg−1(√3) = π/3
Logo, z0 reside no primeiro quadrante.
RJ

O raio C pode ser parametrizado como: z(t) = 2tejπ/3, t  0.


jπ/3 1
Assim, f(z) = ez = e2te = e2t2(1+j√3) = et ejt√3 , t  0
A parametrização pode ser reescrita como:
UE

w = f(z(t)) = rej, com r = |w| = et,  = t√3, t  0.

Uma tabela é útil aqui:


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A curva é uma espiral que emana de z0 = 1,

za
com taxa de expansão √3 , no sentido
trigonométrico:

ou
.S
Ex.: Sejam g(z) = z* e f(z) = z−1? gf(z) = fg(z)? Em caso afirmativo, esta propriedade vale para quais f e g?

A composição fg(z) é dada por fg(z) = f(g(z)) = f(z*) = (z*)−1, e gf(z) = g(f(z)) = g(z−1) = (z−1)* = (z*)−1 = fg(z):

.R
sim, gf(z) = fg(z).

Seja, agora, g(z) = z − j → fg(z) = f(g(z)) = f(z − j) = (z − j)−1


E gf(z) = g(f(z)) = g(z−1) = z−1 − j  (z − j)−1 → gf(z)  fg(z).

.J
Ou seja, nem sempre gf(z) = fg(z)!
Quando gf(z) = fg(z) para todo z → f e g comutam. rof
Ex.: T1(z) = z + b1, b1  0; T2 = z + b2, b2  b1  0.
T1T2(z) = T1(T2(z)) = T1(z + b2) = z + b2 + b1
T2T1(z) = T2(T1(z)) = T2(z + b1) = z + b1 + b2 = z + b2 + b1 = T1T2(z) → translações comutam!
-P

Ex.: T(z) = z + b; M(z) = az, a  0.


TM(z) = T(az) = az + b; MT(z) = M(z + b) = a(z + b)  az + b → translação e dilatação não comutam!
EL

Ex.: Imagem de um retângulo sob transformação linear:


Sejam o retângulo com vértices em 1 + j, 1 + j2 + 4 + j, 4 + j2 e a transformação f(z) = −j2z −2 + j2 → dilatação
por 2, rotação por −π/2 e translação por −2 + j2
ET

f(z) = 2(−j)z − 2 + j2 = 2(e−jπ/2)z + (−2 + j2)


R(z) = e−jπ/2z → rotação por −π/2
M(z) = 2z → dilatação por 2
-D

T(z) = z + (−2 + j2)


Prof. J. R. Souza UERJ Por exemplo: vértice em z1 = 1 + j = √2ejπ/4
R(z1) = e−jπ/2√2ejπ/4 = √2e−jπ/4 = 1 − j
M(R(z1)) = 2(1 − j)
RJ

T(M(R(z1))) = 2(1 − j) + (−2 + j2) = 2 − j2 −2 + j2 = 0


O retângulo dado (verde) é transformado no retângulo vermelho.
UE

Transformações lineares preservam a forma de uma curva, figura, etc. no plano complexo.

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Ex.: Um triângulo retângulo com vértices em 1 + j, 3 + j, 1 + j3 é mapeado em um triângulo com vértices em
0, 4 + j4 e −4 + 4j; determinar a correspondente transformação linear.
Como o triângulo original é um triângulo retângulo, o triângulo final também deve ser um triângulo

za
retângulo!
Sejam: a = 1 + j; a = 0; b = 3 + j; b = 4 + j4; c = 1 + j3; c = −4 + j4

ou
a = √2ejπ/4 , a = 0 está no eixo y → houve rotação de π/4.
1
Seja R(z) = ejπ/4z = (1 + j)z
√2 Prof. J. R.
R(a) = ejπ/4a = ejπ/4√2ejπ/4 = √2ejπ/2 = j√2

.S
1 1 1 1
R(b) = ejπ/4b = (1 + j)b = (1 + j)(3 + j) = (3 − 1 + j4) = (2 + j4) = √2(1 + j2)
√2 √2 √2 √2
1 1 1 1
R(c) = ejπ/4c = 2(1 + j)c = 2(1 + j)(1 + j3) = 2(1 − 3 + j4) = 2(−2 + j4) = √2(−1 + j2)
√ √ √ √
|b − a| |c − a| |b − c|
|b − a| = |3 + j − 1 − j| = 2; |b − a| = |b| = 2√2 → |b − a| = 2√2 = |c − a| = |b − c|

.R
Ou seja, houve dilatação por 2√2 → M(z) = 2√2z → M(R(a)) = 2√2(j√2) = j4.
Como a = 0 → houve translação por −j4 → T(z) = z − j4.
Verificando: M(R(b)) = 4 + j8 → b = 4 + j4 = M(R(b)) − j4 e c = −4 + j4 = M(R(c)) − j4.

.J
Portanto, a transformação procurada é f(z) = TMR(z).

Ex.: Imagem de um arco circular sob w = z2.


rof
Seja o arco circular definido por |z| = x0, x0 > 0   0 ≤ arg(z) ≤ π/2
w= z2 → |w| = x02, 0 ≤ arg(w) ≤ π
-P

Usando parametrização: z(t) =x0ejt, 0 ≤ t ≤ π/2 Prof. J. R. Souza UERJ DETEL


w(t) = z(t)2 = (x0ejt)2 = x02ej2t , 0 ≤ t ≤ π/2 → ou w(t) = x02ejs , 0 ≤ s ≤ π 2020.1

Ex.: Imagem de um triângulo sob w = z2.


EL

Seja um triângulo com vértices em a = 0, b = 2 e c = 2 + j2.


O lado ac é um raio que emana da origem: arg (z) = π/4 → a imagem sob w = z2 é
Prof. J. R. Souza UERJ um raio que emana da origem com arg(w) = 2*π/4 = π/2 → eixo imaginário. O
DETEL PAE 2020.1 comprimento do raio ac é √4 + 4 = 2√2 → o comprimento da imagem é
ET

2
(2√2) = 8.
O lado bc é o segmento de reta vertical z = 2 + jy, com 0 ≤ y ≤ 2 → sua imagem é
w = z2 = (2 + jy)2 = 4 − y2 + j4y = u + jv → u = 4 − y2, v = 4y → u = 4 − (v/4)2 4 − v2/16,
-D

0 ≤ v ≤ 8, pois v = 4y e 0 ≤ y ≤ 2.
Se y = 0 → v = 0 → u = 4. Se y = 2 → v = 8 → u = 4 − (2)2 = 0.
O lado ab é o segmento de reta horizontal z = x, 0 ≤ x ≤ 2 → w = z2 = x2 = u, 0 ≤ u ≤ 4.
RJ
UE

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Ex. Imagem de um arco de disco circular sob w = z3.
→ w = |z|3ej3arg(z).

za
Seja o arco de disco circular definido por |z| ≤ 2 e 0 ≤ arg(z) ≤ π/2.
Prof. J. R. Souza a = 0, b = j2, c = 2.
Lado ab: z = jy, 0 ≤ y ≤ 2 → z = yejπ/2 → w = z3 = y3ej3π/2 = −jy3, 0 ≤ y ≤ 2 ou w =

ou
jv, −8 ≤ v ≤ 0
Lado ac: z = x, 0 ≤ x ≤ 2 → w = z3 = x3 = u, 0 ≤ u ≤ 8
Lado cb: z = 2ej, 0 ≤  ≤ π/2 → w = z3 = 8ej, 0 ≤  ≤ 3π/2

.S
3
Ex.: Calcular f(z) = z1/2 para z = 2 (−1 + j√3) = rej.
z reside no segundo quadrante, pois tem parte real negativa e parte imaginária positiva.
9 3 1 2π
r2 = 4(1 + 3) = 9 → r = |z| = 3; − 2 = rcos = 3 cos → cos = − 2 →  =

.R
3
, pois z está no 2o Q.

Como −π <  = 3
≤ π →  = Arg(z)
Aplicando a definição da raiz quadrada complexa:

.J
θ+2kπ 2π
j( ) j( +kπ)
f(z) = z1/2 = √re 2 , k = 0, 1 → z1/2 = √3e 6 , k = 0, 1
2π π
j( ) j( ) √3
k = 0: z1/2 = √3e 6 = √3e 3 = 2
(1 + j√3) → raiz quadrada principal
2π 4π π π
rof
j( + π) j( ) j( +π) j( ) √3
k = 1: z1/2 = √3e 6 = √3e 3 = √3e 3 = −√3e 3 =− (1 + j√3)
2

9 y2
Ex.: Seja S = {z = x + jy | x = − , − < y < }; determinar a imagem de S sob f(z) = z1/2.
-P

4 9

Seja w = f(z) = z1/2 = u + jv → z = w2 → x + jy = (u + jv)2 = u2 − v2 + j2uv


9 𝑦2 3 𝑦 3 𝑦
x + jy = (u + v)(u − v) + j2uv → x = 4 − 9
= (2 + 3 ) (2 − 3 ) = (u + v)(u − v)
3 y
Logo: u = 2 e v = 3
: se y > 0 → v > 0; se y < 0 → v < 0.
EL
ET

Ex. Determinar a imagem do conjunto A sob w = z1/2.


-D

Parábola: Se x = 0 → y = 8; se y = 0 → x = 4.
O conjunto A é limitado pelo trecho da parábola com x ≤ 0, y  8:
 A = {z = x + jy | x, y  , x ≤ 0, y  4√4 − 𝑥}
RJ

Sejam z = x + jy, w = z1/2 = u + jv


Prof. J. R. Souza UERJ  x + jy = (u + jv)2 = u2 − v2 + j2uv
DETEL PAE 2020.1 1 2 𝑦 𝑦
→ x = u2 − v2 = (u + v)(u − v) = 4 − 16
𝑦 = (2 + 4 ) (2 − 4 )
→ u = 2, v = y/4. Como y  8 → v  2.
UE

Portanto, a imagem da parábola é a do conjunto é a reta w = 2 + jv, com v  2: S1 = {w = u + jy| u, v  , u = 2,


v  2}.

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Imagem do eixo imaginário z = jy, com y  8, sob w = z1/2:
Seja w = u + j v = z1/2 → z = jy = (u + jv)2 = (u + v)(u − v) + j2uv
 Duas possibilidades: (i) u = v → y = 2v2  0; como y  8 → v  2;

za
(ii) u = − v → y = −2v2 ≤ 0: não serve, pois y  8.
Portanto, a imagem de z = jy, com y  8, é o conjunto
S2 = {w = u + jv | u, v  , u = v  2}.

ou
A imagem do conjunto A é, então, é o conjunto
A = S1S2 = {w = u + jv | u, v  , u  2, v  u}

.S
Ex.: f(z) = z3 é uma função complexa de um para um? Em caso afirmativo, determinar a função inversa.

Sejam dois números complexos z1 = r1ejθ1 e z2 = r2ejθ2


→ f(z1) = (z1)3 = (r1)3(ejθ1 )3 = r13 ej3θ1 , f(z2) = (z2)3 = r23 ej3θ2

.R
Se f(z1) = f(z2) → r13 ej3θ1 = r23 ej3θ2 → r13 = r23 e ej3θ1 = ej3θ2 → 31 = 32 2nπ, n = 0, 1, 2, 3, ...
Logo, f(z1) = f(z2) não implica em z1 = z2 → f(z) = z3 NÃO é de um para um → NÃO existe função inversa.
Para obter uma função de um para um, é necessário limitar o domínio.

.J
Sejam z = |z|ejarg(z) e w = f(z) = z3 → w = (|z|)3ej3arg(z) = |w|ejArg(w) → Arg(w) = 3arg(z)
como −π < Arg(w) ≤ π → −π < 3arg(z) ≤ π → −π/3 < arg(z) ≤ π/3
No intervalo (−π/3, π/3] → arg(z) = Arg(z).
rof
Portanto, f(z) = z3 será de um para um com domínio A = {z  C | −π/3 < Arg(z) ≤ π/3}.
Assim, a imagem de A será: B = f(A) = {z  C | −π < Arg(z) ≤ π} → B é todo o plano complexo, excluída a
origem.
-P

Por que B exclui a origem? A condição Arg(z) > −π/3 exclui de


A todo o raio que emana da origem e tem fase −π/3 → esse
raio contém a origem!
Entretanto: (|z|e−jπ/3)3 = |z|3e−jπ; (|z|ejπ/3)3 = |z|3ejπ
EL

→ os raios Arg(z) = −π/3 e Arg(z) = π/3 são ambos mapeados


por z3 no eixo real negativo.
Prof. J. R. Souza UERJ DETEL PAE Como a origem fica excluída do raio com Arg(z) = −π/3,
também fica excluída da imagem desse raio sob z3.
ET

2020.1

A figura é redesenhada como:


-D

Se necessário, o domínio A pode ser estendido para incluir o


ponto z = 0, com 03 = 0 e 01/3 = 0.
RJ

Prof. J. R. Souza UERJ DETEL


PAE 2020.1
UE

Prof. J. R. Souza − Departamento de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
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Prof. J. R. Souza − UERJ − DETEL
Ex.: Inversa de z2
(i) Mostrar que z2 é de um para um se for definida no conjunto A = {z  C | −π/2 < Arg(z) ≤ π/2}.
Notar que a condição Arg(z) > −π/2 exclui o raio que emana da origem com fase −π/2, e que esse raio contém

za
a origem.
Sejam z1 = r1 ejθ1  A e z2 = r2 ejθ2  A, com z1  z2
(z1)2 = r12 ej2θ1 e (z2)2 = r22 ej2θ2 → se (z1)2 = (z2)2 → r12 = r22 e ej2θ1 = ej2θ2 ou 21 = 22 + 2kπ, k inteiro.

ou
Como −π/2 < 1 , 2 ≤ π/2 → −π < 21 , 22 ≤ π → 21 = 22 + 2kπ, k inteiro, implica em k = 0
→ 1 = 2. Como r1 > 0 e r2 > 0 → r12 = r22 implica em r1 = r2.
Portanto, se (z1)2 = (z2)2 → z1 = z2 e z2 é de um para um quando definida em A.

.S
Arg(z)+2kπ
(ii) z1/2 tem dois valores: z1/2 = (|z|)1/2ej 2 , k = 0, 1.
Arg(z) Arg(z)+2π
1/2 j 2 1/2 j
Sejam w0 = (|z|) e e w1 = (|z|) e = w0ejπ = −w0.
2

Se w1 for tomada como raiz quadrada principal de z: com −π < Arg(z) ≤ π → −π/2 + π < Arg(z)/2 + π = arg(w1)

.R
≤ π/2 + π.
Mas −π < Arg(w1) ≤ π:

.J
Portanto, Arg(w1) deve satisfazer −π < Arg(w1) ≤ −π/2 ou π/2 < Arg(w1) ≤ π.
Mas a raiz quadrada principal z1/2 deve satisfazer −π/2 < Arg(z1/2) ≤ π/2 → w1 não pode ser a raiz quadrada
principal de z!
rof
(iii) Como z2 é de um para um em A, sua inversa é z1/2, a raiz quadrada principal de z.

Se necessário, z1/2 pode ser estendida para incluir o ponto z = 0 em seu


-P

domínio.
Prof. J. R. Souza UERJ
DETEL PAE 2020.1
EL

Ex.: → Determinar a imagem de A = {z  C | 3π/4 ≤ arg(z) ≤ 5π/4} sob z1/2.


Um desenho sempre ajuda:
Dividindo o conjunto A nas duas partes indicadas na figura à
ET

esquerda:
(I) 3π/4 ≤ Arg(z) ≤ π
z1/2 = (|z|)1/2ejArg(z)/2 = (|z|)1/2ej → 3π/8 ≤  ≤ π/2
(II) −π < Arg(z) ≤ −3π/4
-D

z1/2 = (|z|)1/2ejArg(z)/2 = (|z|)1/2ej → −π/2 <  ≤ −3π/8


A imagem do conjunto A é mostrada à direita:

Ex.: Determinar z1/n para n = 5 e z = −4√3 + j4


RJ

z1/5 = (|z|)1/5ejArg(z)/5→ |z|2 = 16(3 + 1) = 16*4 → |z| = 4*2= 8;


tg−1(1/−√3) = −π/6 → ângulo no 4o quadrante, mas z reside no 2o quadrante
→ Arg(z) = −π/6 + π = 5π/6 → z1/5 = (|z|)1/5ejArg(z)/5 = 81/5ejπ/6 = 81/5[cos(π/6) + jsin(π/6)]
UE

5
√8
→ z1/5 = 2
(√3 + j) = 1,3126 + j0,7578

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Ex.: Determinar a imagem do conjunto A = {z  C | z = rejπ/4 − 1, r  , 0 ≤ r ≤ √2} sob f(z) = z2 .
r
z = rejπ/4 − 1, r  , 0 ≤ r ≤ √2 → z = (1 + j) − 1, 0 ≤ r ≤ √2 ou
√2
z = t(1 + j) − 1, 0 ≤ t ≤ 1

za
→ z é o segmento de reta entre −1 e j.
z2 = [t(1 + j) −1]2 = t2(1 + j2 − 2t(1 + j) + 1, 0 ≤ t ≤ 1 → (1 + j2 = 1 − 1 + j2 = j2

ou
z2 = j2t2 −2t(1 + j) + 1 = j2(t2 − t) + 1 − 2t = u + jv, 0 ≤ t ≤ 1
u = 1 − 2t, v = 2(t2 −t) = 2t(t − 1), 0 ≤ t ≤ 1
→ t = 0: u = 1, v = 0; t = 1: u = −1, v = 0

.S
u = 1 − 2t → t = (1 − u)/2
1−u 1−u 1
v = 2t(t − 1) → v = 2 2
( 2 − 1) = 2(u − 1)(u + 1)
u2 −1
→v= 2
, −1 ≤ u ≤ 1

.R
u =  1 → v = 0; u = 0 → v = −1/2

Ex.: Determinar a imagem de uma reta vertical sob w = 1/z.


.J
rof
Seja z = x0 + jy, x0 e y reais, − < y < .
1 x0 − jy x0 y u vx0
w = 1/z = = = u + jy → u = , v=− =− y →y=−
x0 + jy 𝑥02 + 𝑦 2 x20 + y2 x20 + y2 x0 u
v2 x20
Mas u(x02 + y2) = x0 → u(x02 + = x0 → u[(ux0 )2 + (vx0 )2 ] = x0 u2
-P

u2
)
Se x0  0 → u  0, pois |y| <  (infinito não está incluído no plano complexo)
(ux0)2 + (vx0)2 = ux0
Completado o quadrado: (ux0 − 1/2x0)2 + v2 = (1/2x0)2 → circunferência com centro em (1/2x0, 0) e raio 1/2x0.
A origem w = 0 corresponderia a z = .
EL

Como o plano complexo não inclui , a origem fica excluída da


imagem.
A origem poder ser incluída considerando o “plano complexo
ET

estendido”, em que pontos próximos ao infinito ideal


correspondem a pontos com módulo extremamente grande.
Se z = rej, com r → 0, w = 1/z → .
-D

z 2
Ex.: Existe lim (𝑧 ∗ ) ?
z→0
z 2
Se z → 0 ao longo do eixo real: z* = z → z/z* = 1 → lim (𝑧 ∗ ) = 1.
z→0
z 2
Se z → 0 ao longo do eixo imaginário: z = jy > z* = −jy = −z → z/z* = −1 → lim (𝑧 ∗ ) = (−1)2 = 1.
RJ

z→0
Se z → 0 ao longo da reta y = x → z = x + jy = x(1 + j) → z* = x(1 − j)
𝜋
z 2
𝜋 𝜋 𝑗 𝜋
𝑗 −𝑗 𝑧 √2𝑒 4
Mas 1 + j = √2𝑒 4 e 1 − j = √2𝑒 4 → 𝑧∗
= 𝜋 = 𝑒 𝑗 2 = j → lim (𝑧 ∗ ) = (j)2 = −1.
UE

−𝑗 z→0
√2𝑒 4
z 2
Logo, lim ( ∗ ) não existe!
z→0 𝑧

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Ex.: É certo que lim [(1 − j)z + j2] = 2 + j?
z → 1+j

Sejam f(z) = (1 − j)z + j2, z0 = 1 + j, L = 2 + j2

za
2
f(z) − L = (1 − j)z + j2 − (2 + j2) = (1 − j)z − 2 = (1 − j)(z − 1−j
)
2 2
Mas 1−j = 2
(1 + j) = 1 + j = z0 → f(z) − L = (1 − j)(z − z0) e |f(z) − L |= |(1 − j)||(z − z0)|
→ |f(z) − L |= √2||(z − z0)|

ou
Seja √2||(z − z0)| <  → |(z − z0)| < /√2 → |f(z) − L |<  se 0 < |(z − z0)| < /√2 = 
Como  é arbitrário e pode ser tão pequeno quanto desejado, existe o limite: lim [(1 − j)z + j2] = 2 + j.
z → 1+j

.S
2
z2 + z∗
Ex.: Determinar lim Re(z)+Im(z) .
z→0

Seja z = x + jy → Re(z) + Im(z) = x + y; (x  jy)2 = x2 − y2  j2xy

.R
2
z2 + z∗ 2(x2 − y2 ) 2(x+y)(x−y)
lim = lim = lim = lim 2(x − y) = 0.
z→0 Re(z)+Im(z) (x,y)→(0,0) x+y (x,y)→(0,0) x+y (x,y)→(0,0)

Ex.: Determinar lim[|z| + jArg(jz)].


z→j

.J
Lembrar: −π < Arg(z) ≤ π; arg(jz) = arg(z) + π/2. z = j reside na circunferência unitária → lim|𝑧| = 1.
z→j
Contudo, lim [jArg(jz)] depende da rota seguida:
z→j
rof
(i) z → j no sentido trigonométrico (ii) z → j no sentido horário
-P

lim[jArg(jz)] = jπ lim[jArg(jz)] = −jπ


z→j z→j
Prof. J. R. Souza UERJ
Prof. J. R. Souza
DETEL PAE 2020.1

Logo, o limite proposto não existe.


EL

z3 −1
, se |z| ≠ 1
Ex.: Sejam f(z) = { z−1 e z0 = 1. f(z) é contínua em z = z0?
3, se |z| = 1
ET

1, k=0
Se z3 − 1 = 0 → z = 11/3 = ej2kπ/3, k = 0, 1, 2 → z = { ej2π/3 , k = 1
ej4π/3 , k = 2
z3 −1
-D

Logo: z3 − 1 = (z − 1)(z − ej2π/3)(z − ej4π/3) → z−1


= (z − ej2π/3)(z − ej4π/3), com |z|  1
z3 −1
→ lim = lim(z − ej2π/3)(z − ej4π/3) = (1 − ej2π/3)(1 − ej4π/3) = 1 − ej4π/3 − ej2π/3 + ej6π/3
z→1 z−1 z→1
1 √3 1 √3
Mas: ej2π/3 = − 2 + j 2 , ej4π/3 = − 2 − j 2 , ej6π/3 = ej2π =1
z3 −1 1 √3 1 √3
RJ

lim z−1 = 1 − (− 2 − j 2 ) − (− 2 + j 2 ) + 1 = 3
z→1
Portanto, f(z) é definida em z = 1: f(1) = 3; lim f(z) existe: lim f(z) = 3 = f(1).
z→1 z→1
→ f(z) é contínua em z = 1.
UE

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Ex.: A raiz quadrada principal f(z) = z1/2 é contínua em z0 = −1?
Seja z = rej,  = Arg(z) → z1/2 = r1/2ej/2 , −π <  ≤ π
→ z1/2 = r1/2[cos(/2) + jsin(/2)]

Prof. J. R. Souza UERJ


za DETEL PAE 2020.1
(i) z → −1 no sentido trigonométrico, na circunferência unitária:
 → π: lim cos(/2) + jsin(/2) = j

ou
z→−1
(ii) z → −1 no sentido horário, na circunferência unitária:
 → −π: lim cos(/2) + jsin(/2) = −j
z→−1

.S
Portanto, não existe lim z1/2 → z1/2 não é contínua em z = −1.
z→−1

.R
Ex.: Verificar se a função F(z) = z1/2 tem ponto de ramo no infinito, sabendo que F(z) tem ponto de ramo na
origem.
θ+2kπ θ+2kπ
j( ) j( )
F(z) = z1/2 = √|z|e 2 = √re 2 , k = 0,1
1 −j/2
k = 0 → f1(z) = √re , −π <  < π.

.J
j/2
f1(1/z) = e
√r
1 −j( + 2π)/2 1 −j/2 −jπ 1
Seja z = rej( + 2π) → f1(1/z) = e = e e = − re−j/2
√r √r √
→ após uma volta em torno da origem, arg[f1(1/z)] é alterado em 2π
rof
Prof. J. R. Souza UERJ
→ z = 0 é ponto de ramo de (1/z)1/2.
DETEL PAE 2020.1
Logo, z1/2 tem ponto de ramo no infinito.
Qualquer curva de z = 0 a z =  é um corte de ramo de z1/2: pode não ser
-P

linha reta!

Ex.: Determinar cortes de ramo de G(z) = loge(|z2 − 1|) + jarg(z2 − 1), sabendo que F(z) = loge(|z|) + jarg(z)
tem pontos de ramos na origem e no infinito.
EL

Sejam z = x + jv, w = z2 − 1 = u + jv → G(z) = F(w)


Para determinar corte de ramos de G(z), é necessário identificar os pontos de ramo de G(z): buscar a origem
do plano w.
Origem de w: z2 − 1 = 0 → z = 1 → G(z) tem pontos de ramo em z = 1.
ET

Será o infinito também um ponto de ramo de G(z ) = loge(|z2 − 1|) + jarg(z2 − 1)?
Seja q = 1/z.
1 − q2
-D

Com z = 1/q → z2 − 1 = 1/q2 − 1 = q2


→ loge (|z2 − 1|) = loge (|1 − q2|) − loge (|q2|) e arg(z2 − 1) = arg(1 − q2) − arg(q2) = arg(1 − q2) − 2arg(q) .
→ G(z) = F(1 − q2) − F(q2)
se q = 0 → 1 − q2 = 1 → F(1 − q2) não tem ponto de ramo na origem;
F(q2) tem ponto de ramo na origem → G(z) tem ponto de ramo no infinito.
RJ

Portanto, F(z) = ln(|z2 − 1|) + jarg(z2 − 1) tem três pontos de ramo: z = −1, z = 1 e z = .
Um corte de ramo dessa função é qualquer curva que una esses três pontos de ramo.
UE

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Possíveis cortes de ramo:

za
ou
Exercícios das seções “Foco em Conceitos”:

.S
# 28, Seção 2.1: Determine o contradomínio de cada uma das seguintes funções complexas:
(a) f(z) = Im(z) definida no disco fechado |z| ≤ 2.
Se |z| ≤ 2 → z = 2(cos + jsin), 0 ≤  ≤ 2π. Logo, Im(z) = 2sin e −1 ≤ Im(z) ≤ 1.

.R
Portanto, Range(f(z)) = {w   | Im(w) = 0 e −1 ≤ Re(w) ≤ 1}.
(b) f(z) = |z| definida no quadrado 0 ≤ Re(z) ≤ 1, 0 ≤ Im(z) ≤ 1.
Se z = 1 + j, |z| = √2, que é o valor máximo de |z|. Portanto, Range(f(z)) = {w   | ≤ |w| ≤ √2 }.

.J
(c) f(z) = z* definida no semiplano superior Im(z) > 0.
Como Im(z*) = −Im(z), contradomínio de f(z) é o semiplano inferior, Im(w) < 0.
rof
# 33, Seção 2.1: Este problema explora algumas das propriedades da função exponencial complexa:
(a) Para z = x + jy, mostre que |ez| = ex.
Usando a definição: ez = ex + jy = exejy. Como |ejy| =1 sempre, segue que |ez| = ex, pois ex > 0 sempre.
-P

(b) Existe algum número complexo z tal que ez = 0?


A resposta do item anterior deixa claro que não existe tal número, pois |ez| = ex > 0 para qualquer z = x + jy.
(c) Mostre que f(z) = ez é uma função periódica com período imaginário puro j2π.
f(z) = ez será periódica com período j2π se f(z + j2π) = f(z) para todo z.
Mas f(z + j2π) = = e(z + j2π) = ezej2π. Pela fórmula de Euler, ej2π= cos(2π) + jsin(2π) = 1.
EL

Portanto, f(z + j2π) = = e(z + j2π) = ezej2π = ez = f(z).

# 35, Seção 2.1: O que pode ser dito sobre z se |e−z | < 1?
ET

1 1
Dado que e−z = z = x , |e−z | < 1 significa que ex > 1, ou seja, x > 0. Portanto, z deve ter parte real positiva,
e e
ou seja, z reside no semiplano complexo da direita, excluído o eixo imaginário (x = 0).
-D

# 28, Seção 2.2: Considere a parametrização z(t) = j(1 − t) + 3t, 0 ≤ t ≤ 1.


(a) Descreva esta curva paramétrica em palavras.
Trata-se de uma função de primeiro grau em t, ou seja, segmento de reta que passa pelos pontos z = j, quando
t = 0, e z = 3, quanto t = 1.
RJ

(b) Qual é a diferença entre a curva na parte (a) e a curva definida pela parametrização z(t) = 3(1 − t) + jt,
0 ≤ t ≤ 1?
Trata-se do mesmo segmento de reta, só que percorrido no sentido contrário: quando t = 0, z = 3; quando
t = 1 ,z = j.
UE

3 1
(c) Qual é a diferença entre a curva na parte (a) e a curva definida pela parametrização z(t) = 2 t + j (1 − 2 t),
0 ≤ t ≤ 2?

Prof. J. R. Souza − Departamento de Engenharia Eletrônica e Telecomunicações, Universidade do Estado do Rio de Janeiro
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Trata-se do mesmo segmento de reta, apenas com nova parametrização: t = 2s, em que s faz papel do
parâmetro suado na parte (a).
(d) Determine a parametrização do segmento de reta de 1 + j2 a 2 + j, com o parâmetro definido em 0 ≤ t

za
≤ 3.
Sejam z0 = 1 + j2 e z1 = 2 + j. Uma possível parametrização é z(t) = z0 quando t = 0, z(t) = z1 quando t = 3:
z(t) = (z1 − z0)t/3 + z0 → z(t) = (1 − j)t/3 + 1 + j2, pois z1 − z0 = 2 + j − (1 + j2) = 1 − j.

ou
# 30, Seção 2.2: Considere a reta y = mx + b no plano complexo.
(a) Determine uma parametrização z(t) para a reta.
Seja z = x + jy = x + j(mx + b) = (1 + jm) x + jb ou z(t) = (1 + jm)t + jb, − < t < .

.S
(b) Descreva em palavras a imagem da reta sob a transformação complexa w = z + 2 − j3.
A transformação apenas desloca o ponto z de 2 − j3, ou seja, a imagem é uma reta paralela à original, mas
deslocada de 2 − j3.

.R
(c) Descreva em palavras a imagem da reta sob a transformação complexa w = 3z.
A transformação apenas multiplica o módulo de z por 3. Assim, a imagem da reta é a própria reta.

# 30, Seção 2.3: Descreva como obter a imagem de w0 = f(z0) de um ponto z0 sob a transformação f(z) = az* + b

.J
em termos de translação, rotação, dilatação e reflexão.
Seja z = x + jy → z* = x − jy: reflexão em relação ao eixo real → seja Rf(z) = z*.
Escrevendo a = |a|ejarg(a): dilatação M(z) = |a|z; rotação: R(z) = z ejarg(a).
rof
Translação: T(z) = z + b.
Portanto, w0 = T(M(R(Rf(z0)))) = TMRRf(z0)
Na ordem: é aplicada a reflexão em relação ao eixo real, seguida de rotação por arg(a), seguida de dilatação
por |a| e, por fim, translação por b.
-P

# 32, Seção 2.3: O que você pode dizer sobre uma transformação linear f sabendo que
|z2− z1| = |f(z2) − f(z1)|?
A igualdade proposta significa que a distância entre f(z2) e f(z1) é igual à distância entre z2 − z1; ou seja, f(z)
não altera o módulo de z → f(z) pode efetuar apenas rotação e/ou translação.
EL

Se f(z) = zej → |f(z2) − f(z1)| = |z2ej − z1ej| = |z2 − z1||ej| = |z2 − z1|.
Se f(z) = z + b → |f(z2) − f(z1)| = | z2 + b − (z1 + b)| = |z2 − z1|.
Se f(z) = zej + b → |f(z2) − f(z1)| = |(z2ej + b − (z1ej + b)| = |z2ej − z1ej| = |z2 − z1|.
ET

# 44, Seção 2.4: Determine dois conjuntos no plano complexo que sejam mapeados pela função w = z2 no
1
conjunto limitado pelas curvas u = −v, u = 1 − 4v2 e o eixo real v = 0.
v
Sejam z = x + jy e w = u + jv.
-D

Se w = z2 → u = x2 − y2 , v = 2xy
1 3π/4
Analisando, primeiro as curvas u = −v e u = 1 − 4v2
u

π
(i) u = −v → w reside na reta com ângulo 3 4 : w = u(1 − j) = √2uej 4
u = −v
RJ

Logo: |w| = √2|u|


Como w = z2 → |w| = |z2| = |z|2

− 4 +2kπ 3π 3π
j( +kπ) j( +kπ)
ez=w = 1/2
|w|1/2ej 2 , com k = 0,1 → z = |w|1/2 e 8 ou z = |z| e 8 , k = 0, 1.
UE


Portanto, a curva u = −v é a imagem de da reta de ângulo 8 ; k = 0 corresponde à parte da reta no 1o
quadrante e k = 1, à parte da reta no 3o quadrante.

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Rio de Janeiro – RJ, CEP: 20550-900
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1
(ii) u = 1 − 4v2
Mas u = x2 − y2 , v = 2xy → x2 − y2 = 1 −x2y2 ou x2(1 + y2) = 1 + y2 →x2 = 1 → x = 1.
1
Portanto, a curva u = 1 − 4v2 é a imagem das duas retas z = 1 + jy, − < y < 

za
1
Como u = 1 − 4v2 → se v = 0, u = 1, se v = 2, u = 0.
As curvas (i) e (ii) são desenhadas na figura a seguir:

ou

.S
.R

No semiplano superior, v  0, pontos à direita da reta u = −v são tais que v  |u| ou Arg(w) ≤ ; esses pontos

.J
4
3π 3π
são imagens dos pontos z com 0 ≤ Arg(z) ≤ 8
. Seja o conjunto S1 = {z   | 0 ≤ Arg(z) ≤ 8
}.
Pontos à esquerda da parábola correspondem a v  0; como v = 2xy e x = 1, esses pontos são imagens de
pontos z tais que: se x = 1, y  0, se x = −1, y ≤ 0. Sejam, portanto, os conjuntos:
rof
S2 = {z   | Re(z) = 1, Im(z)  0} e S3 = {z   | Re(z) = −1, Im(z) ≤ 0}.
A região no semiplano superior limitada pelas duas curvas corresponde a v > 0, −v0 ≤ u < 1, em que v0 > 0 é a
interseção da reta e da parábola no 2o quadrante:
-P

1
1 − 4v2 = −v → v2 −4v − 4 = 0 → v = 2 2√2; logo, v0 = 2 + 2√2 .
Como v = 2xy e x = 1 → v0 = 2|y0| = 2 + 2√2 → |y0| = 1 + √2.
Sejam, portanto, os conjuntos:
S2′ = {z   | Re(z) = 1, 0 ≤ Im(z) ≤ 1 + √2} e S3′ = {z   | Re(z) = −1, −1 − √2 ≤ Im(z) ≤ 0}.
Os dois conjuntos procurados são: S3 = S1  S2′ e S4 = S1  S3′ .
EL

# 45, Seção 2.4: Parábolas com vértices no eixo x são mapeadas por w = z1/2 em retas? Explique.
Sejam z = x + jy e w = u + jv. Se w = z1/2 → z = w2 → x = u2 − v2, y = 2uv.
ET

y2 y2
Parábolas com vértices no eixo x têm a forma (i) x = k2 − 4k2 ou (ii) x = 4k2 − k2.
y2 y
(i) x = k2 − 4k2 = u2 − v2 → u = k, v = 2k é solução e também satisfaz y = 2uv.
y
Portanto, w = u + jv = k + jv, com v = 2k, − < y <  → − < v < . Logo, w = u + jv é uma reta vertical.
-D

O resultado segue válido se k for substituído por −k.


y2 y
(ii) x = 4k2 − k2 = u2 − v2 → v = k, u = 2k é solução e também satisfaz y = 2uv.
y
Portanto, w = u + jv = u + jk, com u = 2k, − < y <  → − < u< . Logo, w = u + jk é uma reta horizontal.
O resultado segue válido se k for substituído por −k.
RJ

Portanto, a resposta à pergunta é sim, parábolas com vértices no eixo x são mapeadas por w = z1/2 em retas.
1
u = 1 − v2
4
Mas u = x2 − y2 , v = 2xy → x2 − y2 = 1 −x2y2 ou x2(1 + y2) = 1 + y2 →x2 = 1 → x = 1.
UE

1
Portanto, a curva u = 1 − 4v2 é a imagem das duas retas z = 1 + jy, − < y < 
1
Como u = 1 − 4v2 → se v = 0, u = 1, se v = 2, u = 0.

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# 23, Seção 2.5: Mostre que imagem da reta x = k, x  0, sob a transformação recíproca definida no plano
1 1
complexo estendido é a circunferência |w − 2k
| = |2k|.
1 1 k − jy
Sejam z = k + jy, w = u + jv → w = z = = k2 + y2 = u + jv

za
k+jy
k y y
→ u = k2 + y2, v = − k2 + y2 = − ku
1 u u
Calculando: u2 + v2 = = → u2 + v2 − =0
k2 + y2 k k

ou
1 2 1 2
Completando o quadrado: (u − 2k
) + v2 = (2k) , que é a equação de uma circunferência com centro em
1 1 1
u = 2k, v = 0 − ou seja, w = 2k − e raio |2k|, pois k pode ser real negativo. Em termos de w, esta circunferência

.S
1 1
é escrita como |w − | = | |.
2k 2k

1
# 30, Seção 2.5: Considere a função f(z) = + j definida no semiplano z  2.
z

.R
(a) Use transformações para determinar um limitante superior M para o módulo de f(z).
(b) Determine um valor de z que leve ao limitante calculado em (a). Ou seja, determine z0 tal que z0 resida no
semiplano x  0 e |f(z0)| = M.

(a) O exercício anterior mostra que a reta x + jy, x  0, − < y < , é mapeada pela função recíproca na

.J
1 1 1
circunferência com centro em w = 2x e raio 2x, com x no semiplno x  2. Como lim 2x = 0, o semiplano x  2
𝑥→
1 1
é mapeado no interior da circunferência com centro em w = 4 e raio 4, imagem da reta z = 2 + jy.
rof
1 1
A função f(z) = + j aplica uma translação por j, ou seja, o centro dessa circunferência passará para w = + j.
z 4

Da figura ao lado, fica evidente que o máximo valor de |f(z)| é a diagonal do


-P

1 25 √26
retângulo com lados 1/4 e 1+1/4= 5/4. → M = √ + = .
16 16 4
1 1 1
(b) Seja f(z0) = + j (1 + ) = (1 + j) + j
4 4 4
1 1+j 2 1 1
Mas 1 − j = 2
→ 1+j =1− j → f(z0) = 2(1 − j)
+j= z0
+ j → z0 = 2(1 − j)
1 1 1
EL

Desigualdade triangular |f(z)| = |z + j| ≤ |z |+ |j| = |z |+ 1.


1 3
O menor valor de |z| ocorre para z = 2 → |f(z)| ≤ 2
+ 1 = 2 = 1,5
√26
Verificando: M = 4
= 1,27 < 1,5!
ET

# 53, Seção 2.6: (a) É verdade que lim [f(z)]∗ = lim f(z ∗ ) para qualquer função complexa f? Em caso
z → z0 z → z0
-D

afirmativo, dê uma breve justificativa; caso contrário, dê um contraexemplo.


(b) Seja f(z) uma função contínua em z0; é verdade que [f(z)]∗ é contínua em z0?
(a) Se os limites existirem e forem iguais, então [f(z0 )]∗ = f(z0∗ ). Sejam z = x + jy e f(z) = u(x,y) + jv(x,y);
[f(z0 )]∗ = f(z0∗ ) requer que u(x0,y0) = u(x0,−y0), −v(x0,y0) = v(x0,−y0), ou seja, v(x0,y0) deve ser função par de y0
e v(x0,y0), função ímpar de y0, o que nem sempre é verdade.
RJ

Por exemplo: f(z) = z + j = x + j(y + 1) → contínua para todo z.


→ [f(z)]∗ = x − j(y + 1); f(z*) = x + j(−y +1)  [f(z)]∗ 
(b) Se f(z) = u(x,y) + jv(x,y) for contínua em z0, então u(x,y) e v(x,y) também são contínuas em z0 → −v(x,y) é
UE

contínua em z0. Como [f(z)]∗ = u(x,y) − jv(x,y) → [f(z)]∗ é contínua em z0.

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# 57, Seção 2.6: Considere a função multivalente F(z) = (z − 1 + j)1/2.
(a) Quais são os pontos de ramo de F? Explique.
(b) Defina explicitamente dois ramos distintos f1 e f2 de F. Em cada caso, identifique o corte de ramo.

za
(a) A raiz quadrada complexa tem pontos de ramo na origem e no infinito; o corte de ramo é usualmente
tomado como o eixo real negativo.
Sejam z = x + jy e w = z − 1 + j = u + jv → u = x − 1, v = y + 1.
Eixo real negativo de w: v = 0 e u ≤ 0. Se v = 0 → y = −1; u ≤ 0 se x − 1 ≤ 0 → x ≤ −1.

ou
Portanto, o eixo real negativo de w é o raio horizontal que parte de z0 = −1 − j em direção ao lado negativo
y
do eixo real x:
−1

.S
x
−1

.R
Assim, pontos de ramo de F: z = −1 − j e infinito.
(b) f1 pode ser o ramo definido com o corte de ramo acima, ou seja, o domínio desse ramo é
Dom(f1(z)) = {z   | Re(z) > −1 se Im(z) = −1}.

.J
Um outro ramo poder ter como corte de ramo o raio horiontal que parte de de z0 = −1 − j em direção ao lado
positivo do eixo real x:
rof
y O domínio desse ramo é
−1 Dom(f2(z)) = {z   | Re(z) < −1 se Im(z) = −1}.
x
-P

−1
EL
ET
-D
RJ
UE

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