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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ


SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO RUI BARBOSA
E.E.E.M. RUI BARBOSA
PROFESSORA: Mª ROSÂNGELA R. F. MARTINS

PROJETOS INTEGRADOS DE ENSINO


E CAMPOS DE SABERES E PRÁTICAS ELETIVOS
1º ANO

INFLUÊNCIAS DA MÍDIA NO ESPORTE


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5. INFLUÊNCIAS DA MÍDIA NO ESPORTE

“Basta ligar a televisão e ´zapear´ um pouco com o controle remoto: o


esporte está em toda a parte. Não apenas nos programas e noticiários
especificamente esportivos, em que é produto espetacular, mas nos filmes,
nos programas de auditório, de entrevistas, nos telejornais, nos desenhos
animados, nas telenovelas e nos seriados. Nos anúncios publicitários, é
invocado para vender sorvete, assinatura de jornal, remédio, automóvel,
desodorante, serviços bancários, refrigerante” (BETTI, 1998).

Mauro Betti, no trecho citado acima, e em todo o seu livro “A janela


de vidro”, faz uma análise de como a mídia televisiva exerce influência
sobre o esporte. Podemos, entretanto, estender sua análise para todos
os tipos de mídia: jornais, revistas, rádio e internet. De fato, o esporte é
onipresente e ocupa espaços relevantes em todas elas. A Folha de São
Paulo, em levantamento sobre os assuntos mais abordados em suas
páginas no ano de 2004, revelou que o futebol foi o assunto que mais
apareceu, acima de quaisquer temas políticos, econômicos e culturais.
Mídia e esporte têm, hoje, uma relação de interdependência
extremamente forte.
Entretanto, essa relação não é apenas de divulgação do esporte na mídia. A mídia também
assume o papel de participar da determinação dos rumos do esporte (horários, regras, formas de
disputa, etc), de enfatizar uma certa compreensão de esporte, de defender ou atacar políticas públicas
de esporte, enfim, mais do que apenas informar sobre o esporte, a mídia influencia o esporte.
Por outro lado, o esporte não só depende da mídia para ser divulgado e patrocinado, e é por ela
influenciado, mas também influencia a cobertura que dele se faz, ao censurar certos assuntos, ao impor
certas visões, ao ocupar os horários nobres, etc. O jornalista Jorge Kajuru, em crônica na Folha de São
Paulo (12/10/2005) afirma que, ao ser convidado para trabalhar por uma emissora de TV, teria sido
alertado: “você não vai poder criticar horário de jogo porque é assunto comercial. Nem vai bater em
dirigentes quando a emissora estiver negociando direitos com os mesmos”.
A lógica que rege a relação entre esporte e mídia é a da espetacularização e do consumo, uma
vez que tanto o esporte quanto a mídia se beneficiam dessa relação. Porém, ao nos referirmos ao
esporte que está na mídia, não estamos nos referindo a qualquer esporte, mas em particular ao esporte
de alto rendimento, uma vez que o esporte de lazer raramente se torna assunto da mídia. Enfim, já não
é possível referir-se ao esporte contemporâneo,
especialmente o esporte de alto rendimento, sem associá-lo
aos meios de comunicação de massa.
A discussão sobre os modos de produção do discurso
da mídia nos ajuda a compreender a quem interessa esse
discurso e por que aqueles jornalistas que fogem à
submissão às regras desse jogo perdem espaço na mídia.
Os ângulos da TV numa transmissão, a omissão de certas
informações, a construção e desconstrução dos ídolos
esportivos, os comentários durante uma transmissão
esportiva, dentre outros, não são questões meramente
técnicas.
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5.1 ESPORTE E MÍDIA

Muitas vezes, os profissionais que trabalham com o ensino negligenciam a forte influência que a
mídia pode exercer no educando por meio de contínuos e variados modismos. Na área de Educação
Física, esse poder é mais acentuado, pois os esportes foram transformados em grandes espetáculos,
os clubes e selecionados, em grandes marcas e os atletas, em “estrelas” com alto potencial para a
venda de produtos esportivos. Um exemplo típico é o número de empresas que procuram fazer sua
publicidade através dos jogadores de futebol, voleibol, basquetebol, etc., de acordo com a popularidade
que esses esportes tem nos diferentes países em que são praticados.
É em virtude disso que as pessoas associam os ídolos a determinadas marcas. Assim, passam a
consumir certos produtos não por sua qualidade, mas, sim, pela falsa impressão de que ela é
fundamental para o sucesso do atleta. Esportistas de destaque, como Ronaldinho, Rivaldo, Giba,
Gustavo Borges, Oscar, Paula, Hortência, Ayrton Senna e Guga já eram talentosos antes de assinarem
contratos milionários com empresas de grande porte. Por sinal, os equipamentos com tecnologia de
ponta usados pelos atletas profissionais trazem uma sutil melhora de performance, interferindo apenas
nos resultados de competições de alto nível - como os campeonatos mundiais, Olimpíadas, ligas, etc. -
e são insignificantes para o praticante amador. Exemplo disso foi o lançamento de uma bicicleta
aparelhada com todos os equipamentos necessários para a realização de acrobacias. A propaganda
desse produto mostrava um dos atletas de renome mundial fazendo várias peripécias com muita
facilidade. Milhares de bicicletas foram vendidas, mas as crianças e jovens que as compraram
acabaram frustrando-se, pois a dificuldade para realizar as manobras era muito grande, ao contrário do
que era enfatizado na propaganda. Outro exemplo foi o marketing criado em torno do jogador
Ronaldinho. O cognome “fenômeno”, como é chamado o jogador, não se refere somente à sua
excelência em campo, mas à sua capacidade de aumentar as vendas do produto que anuncia: de
bebidas lácteas a cerveja e de artigos esportivos a roupas clássicas. Há que se destacar que as
chuteiras feitas de couro de canguru usadas pelo jogador, que pesam poucos gramas, têm um preço
muito acima das chuteiras comuns, mas, mesmo assim, é um sucesso de vendas. Nada comprova que
elas sejam responsáveis pelo bom futebol praticado por Ronaldinho e muito menos que elas possam
fazer alguém jogar melhor.
Além dos esportes, a própria concepção de estética é construída com base nos meios de
comunicação. Os atores, atrizes e outras personalidades de programas como novelas, jornais, seriados,
de auditório, entre outros, mostram um perfil que não condiz com o da maioria da população. As
pessoas exibidas pelos meios de comunicação são magras, altas e belas. Uma pesquisa constatou que
a estatura média dos atores de novela é 1,88 m para homens e 1,76 m para mulheres, enquanto a
média da população brasileira não ultrapassa 1,70m e 1,60m respectivamente. O contraste é muito
grande e afeta diretamente a relação que temos com o próprio corpo. É só pensar nos meninos que
praticam voleibol e que, aos 15 anos de idade, mesmo com 1,80 m, são rejeitados nas “peneiradas” dos
grandes clubes brasileiros porque a altura mínima exigida é de 1,85 m. Esses jovens passam a se
considerar baixos, apesar de se encontrarem muito acima da média da população.
Com a existência de casos tão variados, não se deve ignorar a constante influência que a mídia
exerce sobre os adultos e principalmente os adolescentes. A melhor forma de trabalhá-la é conduzir,
através do debate, a entender que a mídia lança modismos que nem sempre devem ser incorporados
pelo nosso repertório e que a concepção estética é baseada na auto-estima, ou seja, o conceito de
beleza depende mais do autoconhecimento e da aceitação de si mesmo do que de medidas definidas
pelos meios de comunicação.

Portal Educacional
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Atividade:

1. Por que tal visão se impõe na mídia que o esporte competitivo e de alto rendimento são a única
forma ou a forma mais legítima de se praticar e organizar esporte?

2. Por que a perspectiva do esporte de lazer é pouco noticiada?

3. Por que não se encontram ou se encontram muito poucas reportagens sobre as políticas públicas
de esporte e lazer?

4. Pesquise sobre que esportes tiveram suas regras, formas de disputa e horários de realização
alterados devido a influencia da mídia? Esquematize relatando os prejuízos e/ou benefícios
provocados por tais mudanças no esporte?

5. Formem grupos e pesquisem se possível, em todas as produções midiáticas sobre esporte:


recortes de jornal, programas de televisão, documentários, transmissões ao vivo, páginas na
internet, livros sobre esporte, propagandas que usam o esporte ou esportistas para vender seus
produtos, etc. Apresentem em sala os resultados da pesquisa. (trabalho oral, painel, cartazes,
slides, encenação, etc). Pesquise também os esportistas que atualmente são os mais requisitados
para realização de comerciais.
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6. HISTÓRIA DO FUTSAL

6.1 A ORIGEM

O Futebol de Salão tem duas versões sobre o seu surgimento, e, tal como em outras
modalidades desportivas, há divergências quanto a sua invenção. Há uma versão que o futebol de
salão começou a ser jogado por volta de 1940 por frequentadores da Associação Cristã de Moços
(ACM), em São Paulo, pois havia uma grande dificuldade em encontrar campos de futebol livres para
poderem jogar e então começaram a jogar suas ''peladas'' nas quadras de basquete e hóquei.
No início, jogava-se com cinco, seis ou sete jogadores
em cada equipe, mas logo definiram o número de cinco
jogadores. As bolas usadas eram de serragem, crina
vegetal, ou de cortiça granulada, mas apresentavam o
problema de saltarem muito e freqüentemente saiam da
quadra de jogo, então tiveram seu tamanho diminuído e seu
peso aumentado, por este fato o futebol de salão foi
chamado o ''esporte da bola pesada''.
Há também a versão, tida como a mais provável, onde
sua origem se remete ao Uruguai na década de 30, mais
precisamente em 1934 na Associação Cristã de Moços de
1930 - Futebol de Salão jogado em
Montevidéu, Uruguai, pelo Professor de Educação Física quadra de basquete em Montevidéu, no
Juan Carlos Ceriani, que chamou este novo esporte de Uruguai
''INDOOR-FOOT-BALL''.

6.2 PRIMEIRAS ENTIDADES OFICIAIS

Habib Maphuz é um dos nomes que mais se destaca nos primórdios do futebol de salão. Maphuz
era professor da ACM de Saõ Paulo e no início dos anos cinqüenta participou da elaboração das
normas para a prática de várias modalidades esportivas, sendo uma delas o futebol jogado em quadras,
tudo isto no âmbito da ACM paulista, este mesmo salonista fundou a primeira Liga de Futebol de Salão,
a Liga de Futebol de Salão da Associação Cristã de Moços. Mais tarde o professor se tornou o
primeiro presidente da Federação Paulista de Futebol de Salão.

6.3 PRIMEIRAS REGRAS

As primeiras regras publicadas foram editadas em 1956. As


normas foram feitas por Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes, em são
Paulo.
Juan Carlos Ceriani e Habib Maphuz, ambos, professores da
ACM são considerados os pais do Futebol de salão. Este esporte,
relativamente novo, é sem nenhuma contestação a segunda
modalidade esportiva mais popular no Brasil, somente atrás do futebol,
e atualmente o esporte em maior crescimento em todo o mundo.
O Futebol de Salão brasileiro tinha no seu início, várias regras.
Foi então que em 5 de fevereiro de 1957 o então presidente da
Confederação Brasileira de Desportos – CBD, Sylvio Pacheco criou o
Conselho técnico de Assessores de Futebol de Salão para conciliar Juan Carlos Ceriane
Criador do Futebol de Salão
divergências e dirigir os destinos de tal esporte no Brasil.
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6.4 O PRIMEIRO CAMPEONATO MUNDIAL

Em 1982 no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, foi realizado o 1º Campeonato mundial de


Futebol de Salão, com a participação de Brasil, Argentina, Costa Rica, Tchecoslováquia, Uruguai,
Colômbia, Paraguai, Itália, México, Holanda e Japão. O Brasil venceu a final do Paraguai por 1 x 0.

6.4.1 Galeria dos Campeões do Mundo

ANO CAMPEÃO LOCAL ENTIDADE


1982 Brasil Brasil FIFUSA
1985 Brasil Espanha FIFUSA
1988 Paraguai Austrália FIFUSA
1989 Brasil Holanda FIFA
1992 Brasil Hong Kong (China) FIFA
1996 Brasil Espanha FIFA
2000 Espanha Guatemala FIFA
2004 Espanha Taipei (China) FIFA
2008 Brasil Brasil FIFA

6.4.2 Mudança na terminologia

Na década de 90 ocorreu a grande mudança na trajetória do futebol de salão, pois é feita sua
fusão com o futebol de cinco (prática esportiva reconhecida pela FIFA).
Surge então o "FUTSAL" terminologia adotada para identificar esta fusão no contexto esportivo
internacional.

6.5 CONHECENDO AS DIMENSÕES DA QUADRA DE FUTSAL - REGRA 1


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1 – DIMENSÕES DA QUADRA
A quadra de jogo será um retângulo tendo um comprimento mínimo de 25 metros e máximo de 42
metros e a largura mínima de 16 metros e máxima de 25 metros.

a) Para os Certames Nacionais nas categorias Adulta e Sub-20, masculinas, a quadra de jogo terá
medidas de no mínimo 38 metros de comprimento por 18 metros de largura, com área de escape
de no mínimo 1,5 metros. Para as Ligas Futsal masculina e feminina, as medidas da quadra de
jogo, excepcionalmente, poderão ser definidas em reunião entre clubes participantes e
organização, constando, obrigatoriamente, nos regulamentos das competições;
b) Para os Certames Nacionais nas categorias Adulta, Sub-20, Sub-17 e Sub-15 femininas, bem como
nas categorias Sub-17 e Sub-15 masculinas, a quadra de jogo terá medidas de no mínimo 36
metros de comprimento por 18 metros de largura, com área de escape de no mínimo 1,5 metros;
c) Para as competições estaduais, as dimensões das quadras, poderão ser regulamentadas pelas
Federações locais;
d) As quadras devem possuir, obrigatoriamente, em perfeitas condições de uso e visibilidade para o
público, jogadores, membros da comissão técnica e para a equipe de arbitragem, placar ou
mostrador, onde serão fixados ou indicados os tentos da partida e o cronômetro eletrônico para
controle do tempo de jogo.

2 - PARTIDAS INTERNACIONAIS
Para as partidas internacionais a quadra de jogo deverá ter um comprimento mínimo de 38 metros
e máximo de 42 metros e ter a largura mínima de 20 metros e a máxima de 25 metros.

3 - MARCAÇÃO DA QUADRA
Todas as linhas demarcatórias da quadra deverão ser bem visíveis, com 8 (oito) centímetros de
largura e pertencem as zonas que demarcam.

a) As linhas limítrofes de maior comprimento denominam-se linhas laterais e as de menor


comprimento linhas de meta;
b) Na metade da quadra será traçada uma linha divisória, de uma extremidade a outra das linhas
laterais, eqüidistantes às linhas de meta;
c) As linhas demarcatórias da quadra, na lateral e no fundo, deverão estar afastadas no mínimo 1(um)
metro de qualquer obstáculo (redes de proteção, telas, placas de propagandas, grades ou
paredes);
d) O centro da quadra será demarcado por um pequeno círculo com 10 (dez) centímetros de raio,
situado no meio da linha divisória;
e) Ao redor do pequeno círculo será fixado o círculo central da quadra com um raio de 3 (três) metros.

4 - ÁREA PENAL
A área penal, situada em ambas as extremidades da superfície de jogo, será demarcada da
seguinte forma:
A 6 (seis) metros de distância de cada poste de meta, parte externa, haverá um semicírculo
perpendicular à linha de meta que se estenderá ao interior da quadra com um raio de 6 (seis) metros. A
parte superior deste semicírculo será uma linha reta de 3,16 metros, paralela a linha de meta, entre os
postes. A superfície dentro deste semicírculo denomina-se área penal. A linha curva que marca o limite
exterior da área penal denomina-se como linha da área penal e faz parte da área.

5 - PENALIDADE MÁXIMA
A distância de 6 (seis) metros do ponto central da meta, medida por uma linha imaginária
em ângulo reto com a linha de meta e assinalada por um pequeno círculo de 10 (dez) centímetros de
raio, será marcado o respectivo local para a cobrança da penalidade máxima. À distância de 5 (cinco)
8
metros da marca do tiro livre para a direita e para a esquerda, serão feitas marcas, para sinalizar a
distância mínima que os jogadores podem ficar na cobrança dos tiros livres dos 10 (dez) metros. A
largura dessas marcas é de 8 (oito) centímetros.

6 - TIRO LIVRE SEM BARREIRA


A distância de 10 (dez) metros do ponto central da meta, medida por uma linha imaginária em
ângulo reto com a linha de meta, serão marcados retângulos de 10 (dez) por 8 (oito) centímetros, de
onde serão cobrados os tiros livres sem barreira.

7- TIRO DE CANTO
Nos quatro cantos da quadra, no encontro das linhas laterais com as linhas de meta serão
demarcados 1/4 (um quarto) de círculo com 25 centímetros de raio, de onde serão cobrados os tiros de
canto. O raio de 25 centímetros partirá do vértice externo do ângulo formado pelas linhas lateral e de
meta até o extremo externo da nova linha.

8 - ZONA DE SUBSTITUIÇÕES E ÁREA TÉCNICA


1. É o espaço determinado na linha lateral, do lado onde se encontra a mesa de anotações e
cronometragem, iniciando-se a uma distância de 5 (cinco) metros para cada lado, partindo da linha
divisória do meio da quadra, onde inicia a zona de substituição. Para cada zona haverá um espaço de 5
(cinco) metros, localizado em frente ao banco de reservas das equipes, identificados com linhas de 80
(oitenta) centímetros por 8 (oito) centímetros de largura, ficando 40 (quarenta) centímetros no interior da
quadra e 40 (quarenta) centímetros para fora da quadra. Este espaço de 5 (cinco) metros situado entre
estas linhas de 80 (oitenta) centímetros os jogadores deverão entrar e sair da quadra por ocasião das
substituições. O espaço a frente da mesa do anotador e cronometrista com 5 (cinco) metros de cada
lado da linha divisória do meio da quadra deverão permanecer livres.
2. A área técnica deverá ser marcada junto à zona de substituições, a uma distância de 0,75
(setenta e cinco) centímetros da linha lateral, no mesmo alinhamento do início da zona de substituições
e terminando 1 (um) metro após o término da zona de substituições, fechando até o alinhamento dos
bancos de reservas, onde o técnico ou treinador poderá permanecer em pé e passar as instruções para
sua equipe.

9 - METAS
As metas serão colocadas no centro de cada linha de meta. Serão formadas por dois postes
verticais separados em 3 (três) metros entre eles (medida interior) e ligados por um travessão horizontal
cuja medida livre interior estará a 2 (dois) metros do solo.

a) A largura e espessura dos postes e do travessão serão de 8 (oito) centímetros e quando roliços
terão o diâmetro de 8 (oito) centímetros;
b) Os postes e travessão poderão ser confeccionados em madeira, plástico, ferro ou material similar e
pintados em cores contrastantes com a quadra de jogo;
c) Serão colocadas redes por trás das metas e obrigatoriamente presas aos postes, travessão e aos
suportes de sustentação junto ao solo. Deverão estar convenientemente sustentadas e colocadas
de modo a não perturbar ou dificultar a ação do goleiro. As redes serão de corda ou náilon, em
material resistente e malhas de pequena abertura para não permitir a passagem da bola;
d) A profundidade da meta ficará na parte externa da superfície de jogo, sendo no mínimo 80
centímetros na parte superior e de 100 centímetros ao nível do solo.

10 - SEGURANÇA
As metas podem ser portáteis, mas devem ser, preferencialmente, fixadas firmemente ao solo
durante as partidas, de maneira que não caiam sobre os jogadores.
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11 - SUPERFÍCIES DE JOGO
A superfície de jogo deverá ser lisa, estar livre de asperezas e não ser abrasiva. O seu piso será
construído de madeira, material sintético ou cimento, rigorosamente nivelado, sem declives, nem
depressões, prevenindo escorregões e acidentes.

12 – DECISÕES
1. Perpendiculares as linhas de meta e para fora da superfície de jogo, deverá ser feita uma
marca com largura de 8 (oito) centímetros e comprimento de 10 (dez) centímetros, a uma distância de 5
(cinco) metros da união da parte externa das linhas laterais com as linhas de meta, para regular a
distância que os jogadores devem permanecer por ocasião da cobrança dos tiros de canto e laterais.
Os jogadores não necessitam ficar a 5 (cinco) metros da linha lateral, mas devem ficar a uma distância
de 5 (cinco) metros da bola.
2. Os bancos de reservas das equipes situam-se atrás da linha lateral, imediatamente na
continuação da área livre, situada ao lado da mesa de anotações, ficando cada equipe no banco situado
em sua quadra de defesa, onde serão realizadas as suas substituições.

RECOMENDAÇÕES:

a) Os árbitros ao entrarem na quadra, devem conferir se todas as marcações estão corretas e se não
estiverem, solicitar a imediata correção e registrar em relatório as incorreções;
b) Verificar as condições das redes das metas e redes de proteção em volta da quadra de jogo;
c) Não será permitido que o Massagista ou Atendente, Médico ou Fisioterapeuta e Preparador Físico
permaneçam em pé durante a partida, quando não estiverem executando suas respectivas
funções. Também não será permitido qualquer tipo de manifestação durante a partida;
d) Os jogadores reservas devem permanecer sentados em seus respectivos bancos de reservas ou
em aquecimento nos locais apropriados e determinados pelos árbitros;
e) Cada equipe deve permanecer no banco de reservas correspondente a sua meia quadra de
defesa, onde serão feitas as suas substituições;
f) Não serão permitidas marcações na quadra de jogo que não estão previstas.

Atividade:

1. Formem grupos, cada grupo ficará responsável pela verificação das medidas de cada setor da
quadra (divisões a critério do professor) e realizar um comparativo com as medidas
estabelecidas pela Confederação Brasileira de Futsal - CBFS.
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7. JOGO E ESPORTE – COOPERAÇÃO X COMPETIÇÃO

O aumento da conscientização da necessidade de incentivar e desenvolver o espírito de


cooperação, de participação numa comunidade, vem transformando profundamente o estilo de se
trabalhar em grupo.
A própria capacidade cooperativa é um quesito valorizado na hora de conseguir emprego, porque as
pessoas estão descobrindo que não dá para ir muito longe sozinhas. Antigamente, as grandes
invenções eram atribuídas a uma pessoa. Foi assim com o telefone, com a lâmpada. Hoje, são as
equipes que trabalham em conjunto, e unir-se de maneira eficiente tornou-se muitíssimo importante.
Há muito que os jogos estão presentes nas atividades educacionais, mas a maioria dos jogos
tradicionais no Ocidente são competitivos.
O conceito de jogos cooperativos tem como elementos primordiais a cooperação, a aceitação, o
envolvimento e a diversão.
Nos jogos cooperativos o confronto é eliminado e joga-se uns COM os outros, ao invés de uns
CONTRA outros. A comunicação e a criatividade são estimuladas.
Nos jogos cooperativos existe cooperação, que significa agir em conjunto para superar um desafio
ou alcançar uma meta, enquanto que nos jogos competitivos cada pessoa ou time tenta atingir um
objetivo melhor do que o outro. Ex.: marcar gols, cumprir um percurso em menor tempo, etc.

O quadro abaixo nos dá uma idéia das principais características dos dois tipos de jogos.

JOGOS COOPERATIVOS JOGOS COMPETITIVOS


Visão de que "tem para todos" Visão de que "só tem para um"
Objetivos comuns Objetivos exclusivos
Ganhar COM o outro Ganhar DO outro
Jogar COM Jogar CONTRA
Confiança mútua Desconfiança, suspeita
Descontração Tensão
Solidariedade Rivalidade
A vitória é compartilhada A vitória é somente para alguns

As atividades que privilegiam os aspectos cooperativos são importantes por contribuírem para o
desenvolvimento do sentido de pertencer a um grupo, para a formação de pessoas conscientes de sua
responsabilidade social, pois trabalham respeito, fraternidade e solidariedade de forma lúdica e
altamente compensatória, levando a perceber a interdependência entre todas as criaturas. Nelas,
ninguém perde, ninguém é isolado ou rejeitado porque falhou. Quando há cooperação todos ganham,
baseados num sistema de ajuda mútua.
Os jogos cooperativos requerem o desenvolvimento de estratégias onde a cooperação é
necessária para que um determinado objetivo seja atingido, superando as condições ou regras
estabelecidas. Em lugar da competição pessoal, é estimulado o desenvolvimento da ajuda mútua e do
trabalhar com os outros para um objetivo comum. Como ninguém é desclassificado, todos os
participantes podem retirar total satisfação do jogo, porque ninguém corre o risco de se sentir
inferiorizado perante o grupo. A satisfação pessoal advém não do fato de ganhar dos outros, mas do
melhorar progressivo das suas capacidades individuais, que são usadas para atingir um objetivo grupal.
Através de jogos cooperativos torna-se mais fácil criar um bom espírito de grupo, de elementos ligados
por laços solidários e afetivos.
Os jogos competitivos, por sua vez, também têm seu papel educacional, quando nos ensinam a
lidar com a competitividade existente dentro de nós. Compreender a competição e as emoções
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relacionadas a ela num ambiente assistido, no espaço da aprendizagem, é uma oportunidade para que
as crianças passem a lidar com a realidade do mundo competitivo de maneira mais serena e
equilibrada. Afinal, a competição pode gerar diversos conflitos e emoções desagradáveis. Pode levar à
comparação, frustração, ao sentimento de vitória ou de derrota, à exclusão, e as situações de aula,
quando bem encaminhadas, podem contribuir para ajustar a percepção destes momentos à sua
verdadeira dimensão íntima, visando o equilíbrio. No ambiente competitivo bem administrado também
estão presentes a necessidade do respeito, a superação de limites e a amizade.
Quando saudável, a competição pode permitir que uma pessoa chegue a um desempenho que
dificilmente conseguiria alcançar sem a contraposição de outra. Segundo Shutz, a competição é
prejudicial quando há a tentativa de trapacear, quando há um gasto excessivo de energia para ganhar
ou, ainda, quando representa a diminuição do adversário.
Do contrário, ela pode ser altamente positiva, preparando a pessoa inclusive para a
competitividade da própria vida, às vezes expressa pela chamada “seleção natural”. Assim, a presença
do outro em situações de comparação a disputa pode levar a um significativo aprimoramento cognitivo,
afetivo, motor e social.

COOPERAÇÃO: é uma situação em que para o objetivo de uma pessoa ser alcançado, todos os
demais deverão alcançar os seus respectivos objetivos.

COMPETIÇÃO: é quando para que um dos membros alcance os seus objetivos, os outros serão
incapazes de atingir os deles.

7.1 JOGAR COM OU CONTRA?

O que diferencia o jogar com e o jogar contra? Quando jogamos com alguém, entendemos que
ele está apenas temporariamente do outro lado e que significa um desafio lúdico, mas de forma alguma
provoca o desejo de ser violento, desleal, desonesto, rancoroso. Quando jogamos com, elogiamos a
beleza das jogadas do outro lado, reconhecemos a sua superioridade quando for o caso, encaramos
cada bola perdida como um desafio a ser superado na próxima disputa, vibramos com o nosso sucesso
sem diminuir quem está na outra equipe. É preciso ficar claro, entretanto, que quando jogamos com
continuamos movidos pelo desafio de jogar bem e superar o outro lado. O que não fazemos é tentar ser
melhor a qualquer custo, passando por cima de valores como o respeito ao outro, a lealdade, a
ludicidade, entre outros.
Quando jogamos contra, transformamos nossa frustração em violência verbal e corporal,
desdenhamos do sucesso da outra equipe, mentimos (“Eu?!! Nem encostei a mão na bola”, após
deliberadamente termos colocado a mão na bola, por exemplo) quando a mentira nos permite levar
vantagem. Ao jogar contra, podemos chegar a ponto de criar inimigos quando a outra equipe nos vence
ou nos frustra e quando nos recusamos a nos confraternizar com o outro lado após as partidas.
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Atividade:

Com os conhecimentos que a leitura lhe trouxe e sua experiência de vida, responda às questões.

1. Você já vivenciou alguma situação de jogo em que estiveram presentes itens contidos no texto jogo
e esporte – cooperação x competição, seja de forma a dificultar ou a facilitar a realização de um
jogo? Narre sua experiência.

2. Em sua opinião, quando vivenciamos um jogo em que sua metodologia tem como objetivo a
competição, quais aspectos positivos e negativos estamos sujeitos a adquirir para nossa vida? Faça
a mesma análise quando a ênfase for à cooperação.
Competição:

Cooperação:

3. Crie uma estória em quadrinhos que envolva cooperação.

COMPETIÇÃO
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8. O CONCEITO DE LAZER

O Lazer é um fenômeno moderno que, cada vez mais ganha


espaço no âmbito social e acadêmico, respectivamente inserindo-
se na vida das pessoas dentro das comunidades, e nas discussões
acerca de seus potenciais e reflexos no mundo em que vivemos.
Os melhores e principais trabalhos realizados a respeito do
lazer no Brasil fundamentam-se nas teorias do sociólogo
DUMAZEDIER, que define lazer como sendo:
Um conjunto de ocupações às quais o individuo pode entregar-se
de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-
se e entreter-se, ou ainda, para desenvolver sua informação ou
formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua
livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das
obrigações profissionais, familiares e sociais. (DUMAZEDIER,
1976, p. 34).
Próximo a este conceito está o de CAMARGO que define como:
Um conjunto de atividades gratuitas, prazerosas, voluntárias e liberatórias, centradas em interesses
culturais, físicos, manuais, intelectuais, artísticos e associativos, realizadas num tempo livre roubado ou
conquistadas historicamente sobre a jornada de trabalho profissional e doméstica e que interferem no
desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos. (CAMARGO, 1989).
Diante disto, percebe-se que o lazer pode ser considerado como qualquer atividade que venha a
proporcionar:
- Descanso, quando possibilita a reparação das energias físicas e mentais dos indivíduos
ocasionados pelos trabalhos e pelas diversas obrigações cotidianas;
- Prazer e divertimento, quando rompe com o ritmo de vida através da recreação e do
entretenimento;
- Desenvolvimento, quando proporcionam as pessoas a desenvolverem a personalidade
através da participação e da sociabilidade, com mais liberdade.
Não importa as diferentes interpretações que se possa dar à palavra lazer, o que importa é que o
lazer se dá pelo fato de se configurar como espaço de transformação social e de colaboração para a
construção de novas normas de convivência e estabelecimento de novas relações entre as pessoas,
podendo também ser entendido como lugar de execução da cidadania e da liberdade, de forma a
contribuir para a formação do ser humano.

8.1 TIPOS DE LAZER

Existe hoje uma classificação que divide o lazer em cinco tipos, são eles:
• Lazer contemplativo – são aqueles que predominam a beleza plástica, ou seja, tudo aquilo
considerado bonito e agradável de ser visto. Este tipo de lazer é muito importante, pois, vai
mostrar ao usuário o respeito pelo uso, diminuindo assim, a degradação e/ou depredação. Além
disso, gera agradáveis sensações de repouso mental, de bem estar, de relaxamento, entre
outros.
• Lazer recreativo – é o tipo de lazer que faz uso da terapia ocupacional das pessoas. Para as
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crianças, seriam os parquinhos, o playground, as praças, e para os mais velhos, os locais com
bancos fixos e mesas para jogos de cartas, dominós, xadrez, conversas, etc.
• Lazer cultural – é o lazer que envolve a cultura de alguma forma, seja ela de apresentação, de
ensinamento ou de conhecimento. É o tipo de lazer que, além de satisfazer o desejo de diversão
e entretenimento, é indispensável para a produção de conhecimentos que contribuam até para a
solução dos graves problemas que comprometem o desenvolvimento do País. Este tipo de lazer
necessita de espaços bem projetados para a realização de manifestações culturais,
apresentações teatrais, musicais, entre outros.
• Lazer esportivo – é uma realidade que propõe benefícios à saúde física e mental dos
freqüentadores. Esse tipo de lazer necessita de espaços como, campo de futebol, quadras
poliesportivas, pistas de Cooper, área para ginástica, piscinas, e/ou qualquer equipamento para
a realização da prática esportiva.
• Lazer aquisitivo – seriam os equipamentos ou edificações destinados às compras de objetos de
uso pessoal ou doméstico como shoppings, feiras de artesanatos, hipermercados, restaurantes,
lanchonetes, barraquinha e, etc., onde as pessoas também freqüentariam para passear e trocar
idéias.

8.2 O LAZER COMO DIREITO

O lazer como direito está contemplado na Constituição Federal do Brasil no Art. 6º do capítulo
que trata dos “Direitos Sociais”. Como um direito social é dever do Estado promover ações e Políticas
Públicas que garantam a participação da população em um lazer saudável.
Lazer não é privilégio dos que detêm melhor poder aquisitivo. É um direito a ser conquistado,
compreendido e praticado, mesmo que seja difícil de ser exercido. Parte da população ainda luta pela
garantia de direitos essenciais para sua sobrevivência, ficando o lazer esquecido.
A educação de crianças e jovens deve assumir um compromisso, em apresentar a importância
do lazer. O ócio, o uso do tempo livre com atividades culturais são fatores determinantes para a
melhoria da condição humana.
Reservar um tempo para nós mesmos. Participar de grupos de convivência, praticar esportes,
visitar espaços culturais, ler livros, escutar boa música, fazer atividades na natureza e por fim
contemplar o nascer e o pôr do sol, são atividades de lazer importantes para o nosso equilíbrio.
(Universidade Estadual do Ceará)

Atividade:

1. Quais as atividades de lazer que você realiza regularmente?

2. Formem grupos e realizem uma pesquisa sobre os espaços de lazer disponíveis em nossa cidade.
Registre os achados em fotos e/ou vídeos e depois apresentem os resultados da pesquisa.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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